Pesquisar no Blog

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Agosto Violeta e o Dia Nacional do Perdão: compreenda os benefícios deste ato para sua saúde física e uma vida mais plena

Especialista em autoconhecimento e inteligência emocional, Heloísa Capelas, explica a importância de perdoar e como este sentimento pode nos ajudar a construir relações mais sustentáveis, livres e felizes

 

Celebrado anualmente em 30 de agosto, desde que foi determinado por lei, em 2017, o Dia Nacional do Perdão busca trazer uma reflexão sobre o poder deste nobre sentimento à sociedade como um todo; ressaltando sua importância para a qualidade de vida, bem-estar e redução de conflitos que geram violência, estreitamente ligados à carga de vingança que a ausência deste ato acarreta. Simbolizado pela cor violeta, como alusão a esta data, o mês passou a ser igualmente reconhecido como Agosto Violeta para abraçar as campanhas que atuam neste propósito.

Embora seja um processo complexo, que exija um mergulho profundo no autoconhecimento para alcançar, enfim, a inteligência emocional necessária para esta escolha, o ato de perdoar é ainda o melhor caminho para o sucesso de uma vida plena e de paz.

De acordo com pesquisadores da Universidade do Tenesse, nos Estados Unidos, as pessoas tendem a se sentir menos hostis, irritadas e chateadas quando param de se vingar e perdoam, o que melhora a qualidade do sono, a tensão, a raiva, a fadiga e a depressão. Ainda nesse sentido, uma pesquisa publicada no Journal of Behavior Medicine concluiu que as pessoas capazes de perdoar incondicionalmente vivem por mais tempo do que aquelas que perdoam mediante alguma condição, como um pedido de desculpas.

“Muitos de nós carregamos padrões de controle, crítica, julgamento e perfeccionismo, mas antes de vivermos esses comportamentos em relação ao outro, vivemos em relação a nós mesmos. Muitas vezes, a dor que sentimos por não sermos perfeitos é tão profunda que exigimos demais de nós, somos o nosso pior algoz: cobramos e nos impomos situações que vão se repetindo e só fazem aumentar as autoexigências. Portanto, o processo de perdoar deve começar conosco, o autoperdão é o primeiro passo para esta jornada libertadora”, destaca Heloísa Capelas, especialista em autoconhecimento e inteligência emocional, palestrante e autora do livro “Perdão, a revolução que falta”.

Heloísa ainda ressalta que quando perdoamos, recuperamos nosso bem-estar, nossa autoestima, amor-próprio e satisfação pessoal, independentemente de fatos e pessoas. Trata-se de uma escolha que nos permite ter uma vida mais leve, feliz e satisfeita, mesmo com tudo que nos aconteceu. E principalmente, encontramos uma paz interior duradoura e indescritível.

“O perdão é uma qualidade que não liberta o algoz, liberta a vítima, e isso é sensacional! Eu tenho esse autopoder de me libertar da dor que o outro me provocou quantas vezes forem necessárias e estar livre para me relacionar do ponto de vista positivo, fazendo escolhas que me façam bem. Isso não significa que continuarei a me relacionar com essa pessoa, mas que solto as mágoas para, inclusive, viver novas relações”, complementa a especialista.

Para romper com os processos de raiva e mágoa desencadeados por diferentes situações, a especialista aponta a autorresponsabilização como uma iniciativa que breca o remoer da culpa e procura por culpados, fazendo com que reconheçamos nossas próprias emoções. “A responsabilidade por si mesmo, permite que se compreenda seus caminhos, vontades, escolhas e decisões. Não temos controle sobre o outro, mas podemos tê-lo sobre nós mesmos. Não podemos esperar que o outro tome uma atitude de pedir perdão ou nos perdoar, isso deve partir de nós. Para quê ficar visitando uma dor e remoendo aquele mal inúmeras vezes ao longo da vida? Já parou para pensar que cada um tem uma limitação e age dentro de suas condições, fazendo o melhor ou entregando o melhor que pôde em determinado momento? Pensar desta forma e entender as circunstâncias é fundamental para se alcançar o perdão”, conclui.



Heloísa Capelas -reconhecida como uma das mais brilhantes especialistas em autoconhecimento e inteligência emocional do país. Autora best-seller, palestrante e empresária, ministra treinamentos para profissionais que buscam evolução na vida e carreira. É criadora do Universo do Autoconhecimento, plataforma de cursos on-line e considerada uma das maiores autoridades aplicação do Processo Hoffman, no mundo. CEO do Centro Hoffman, sua mais recente obra é “Inovação Emocional”, seguida de “Perdão, a Revolução que falta” e “O Mapa da Felicidade”.


Exercemos o papel de Líder em muitas áreas da vida e não percebemos. Quer saber como isso impacta você?

Administrar uma casa, funcionários e suas rotinas de manutenção, cuidar da família, gestão financeira, organização do happy hour com os amigos e por aí vai. Coloquei aqui somente alguns exemplos em que a liderança - e suas habilidades, são usadas e muito bem-vindas na rotina fora do trabalho. Mas, você já tinha parado para pensar em como atuar nessas áreas da vida? Tudo bem se a resposta for não, à medida que amadurecemos, tomamos espaço na sociedade e muitas vezes não nos damos conta do impacto que geramos. No entanto, isso não significa que o processo de liderar projetos na vida pessoal e social sejam tarefas simples ou que não nos tome tempo. 

Quando abordo temas assim durante os treinamentos, gosto de deixar claro que essa conversa serve para perceber o quanto podemos aproveitar ainda mais desses contextos para enriquecer nossas relações, fortalecer laços já construídos ou até mesmo novos; mas também, alerto que: é muito mais corriqueiro recair em problemas de comunicação e conflitos exercendo funções na vida pessoal do que na profissional. 

Como especialista em Comunicação Não-Violenta (CNV) - uma ferramenta de comunicação que nos apoia a falar e escutar o que precisamos, as mudanças que são importantes para nós e como nos sentimos diante das situações - costumo observar que em relações onde temos certa proximidade e trocas mais profundas, acabamos por nos comunicar, quando em conflito, ferindo uns aos outros. Pode parecer contraditório falarmos ou agirmos dessa forma com as pessoas que mais amamos, porém, é na intimidade que muitos de nossos problemas de comunicação se revelam.

E como relacionamos isso com a nossa liderança? Ser líder, também na vida pessoal, exige feedbacks, trocas sobre pontos de melhoria e lidar com conflitos. Da mesma maneira como nos preocupamos em ser ou ter um líder justo, honesto e empático no trabalho, nossos amigos e família precisam (e merecem!) o mesmo empenho.

O uso da CNV, permite que a gente desenvolva habilidades de comunicação que aumentam a probabilidade de sermos escutados em momentos de feedbacks, conflitos ou planejamentos sobre o futuro. Imagine poder falar sobre as atividades da casa, sobre o relacionamento ou decisões financeiras trazendo o que é mais importante para você e conseguindo escutar expressões difíceis sem levar para o lado pessoal!

Nosso papel de liderança pode ser levado de uma maneira mais leve, tornando menos solitária a função de ser arrimo de família ou ser a única pessoa que organiza os programas entre amigos, comunicando o que precisamos com autenticidade e honestidade e escutando com o coração aberto. E, isso pode funcionar de uma maneira muito mais prática do que se imagina: observar a situação e filtrar ruídos de apenas um ponto de vista, perceber sentimentos e entender quais necessidades importantes para cada um eles revelam e elaborar pedidos que comuniquem o que você mais deseja, funciona como pontes para a relação e não os muros que acabamos construindo.

A CNV é uma ferramenta incrível para resolução de conflitos (internos ou externos) - inevitáveis na vida em sociedade e qualquer área dela. Tornando nosso papel de liderança e influência mais autêntico e cuidadoso com quem nos rodeia, colhemos relações mais duradouras. Esse é o maior impacto.

 

Liliane Sant'Anna - cofundadora do Intituto CNV Brasil 


Saúde mental e política: a representação do ódio na psique humana

Os discursos governamentais e a forma como as políticas são conduzidas podem afetar emocionalmente uma parcela da população, podendo trazer danos irreparáveis

 

Existem muitos fatores que afetam a saúde mental das pessoas e, cada vez mais, a polarização política acarreta danos aos relacionamentos, chegando, por vezes, a  ameaçar a liberdade do indivíduo.

Como a psicanálise vê este embate de lados políticos? Quais são exatamente os desafios que trazem à saúde psíquica do cidadão?

A psicanalista e publisher, Fernanda Zacharewicz, da Aller Editora - especializada em publicações de psicanálise - traz algumas obras que ajudam os analistas e todos aqueles que se interessam pelo tratamento criado por Freud,  a entender como esses embates as afetam.


Psicanálise e pandemia Esta obra traz uma perspectiva bastante incomoda: a da necropolítica. Antes mesmo da pandemia do COVID-19, o Brasil já mostrava seus discursos de ódio, manifestações de preconceito e desrespeito com as pessoas. As últimas eleições foram marcadas por esses temas, a aniquilação dos diferentes e o descaso com minorias. E todas as falácias rancorosas, evidenciadas na cultura do espetáculo das redes sociais, acabaram por estimular o comportamento violento e furtar (pelo medo) o direito de as pessoas se expressarem, o que para Freud é um caminho danoso para se trilhar dentro da psique humana.

Diante dessa abordagem, Fernanda expõe que o trabalho em uma análise trata justamente que o sujeito possa reconhecer sua singularidade e como relacionar-se com os outros contando com esse seu traço próprio. Estar inserido em uma sociedade onde a diferença é o incômodo, o que deve ser apagado ou até mesmo destruído tanto profundos danos à saúde mental do cidadão como também põe em risco sua integridade física ao incentivar discursos de intolerância ou realocar verbas para projetos que apoiam o ódio à diferença.  


Ensaios sobre mortos-vivos – Políticas de empobrecimento, incentivo à violência e à discriminação aumentam exponencialmente a sensação e insegurança dos habitantes dos grandes centros urbanos. Neste livro, os autores apontam o possível adormecimento do pensamento crítico dos cidadãos, tornando menos penoso à existência no atual contexto histórico, mas, simultaneamente, há uma automatização da própria vida. Vive-se pela metade, como morto-vivo. A partir de um olhar ora político, ora psicanalítico, ora artístico, mas sempre contextualizando sobre o simbólico dos corpos sem alma, os textos reunidos esmiúçam o conceito de decomposição para revelar o que há de comportamento zumbi nas relações humanas (ou desumanas).

Fernanda aponta que é parte inerente à vida humana a construção de vínculos sociais criando uma comunidade na qual o sujeito possa sentir-se seguro para descobrir e desenvolver suas habilidades. A incerteza dessas condições, a permanente ameaça de violência e a exigência do mercado capitalista por resultados cada vez mais inatingíveis pode prejudicar fortemente a inserção do cidadão em sua sociedade. Essa marginalização pode ser exemplificada pelos aglomerados humanos que foram grupos com regras próprias e que se caracterizam pelo afastamento da vida pública, aqui podemos usar como exemplos os grupos de usuários de drogas ou os suntuosos condomínios fechados onde os economicamente mais privilegiados criam uma ficção de mundo ideal ao murar-se de seu entorno. 


Faces do sexual – A discussão sobre as questões de gênero está presente nas questões políticas de forma mais assídua nos últimos tempos. E a psicanálise não pode ser furtar desse debate.  Com artigos de especialistas do mundo todo, esse livro discute sobre as identidades de gênero, o tratamento que se deu a elas durante a história da psicanálise (desde o caso Dora em Freud até o atendimento a candidatos à cirurgia de redesignação sexual) dando espaço para que a sexualidade humana seja compreendida em suas diversas expressões, abandonando a ideia do padrão heteronormativo. Com esse debate, a própria psicanálise incentiva e abre espaço em sua comunidade para que essa população encontre espaço de escuta livre de preconceitos.

A psicanalista ainda complementa que a sexualidade é parte essencial da vida humana e compreender suas diversas expressões é respeitar cada sujeito desde sua singularidade.


Ato analítico e afirmação da vida – A postura de negação da existência do vírus da COVID e a resistência em aderir às medidas de prevenção, de nosso governo federal durante a pandemia  contribuiu enormemente com milhares de mortes ocorridas no país. Essa dura realidade traz à ordem do dia os temas ligados à gestão da saúde pública. Essa obra traz uma coletânea de textos frutos de um ano de debate entre psicanalistas sobre a importância decisiva de posicionar-se desde uma ética em que a vida humana seja sempre prioridade. Retoma, ainda, a perspectiva freudiana que aponta que a extrema fragilidade do momento vivido “conduz a um doloroso cansaço do mundo e a  uma rebelião contra o fato constatado”. Todo este cenário, traz uma resposta neurótica; o ressentimento e a culpabilização desenfreada do próximo.

Para finalizar, Fernanda ressalta a necessidade de optar eticamente a cada escolha pois essas têm consequências que podem ser nefastas, como o vivido pelo Brasil no âmbito federal há mais de três anos. Optar eticamente fornece ao sujeito a possibilidade de redimensionar seu lugar no mundo e sua responsabilidade para com aqueles com quem compartilha a existência.

 

Fernanda Zacharewicz - psicanalista, editora da Aller, membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacanian


O espaço da decisão

Conta a história que Kofi Annan, diplomata africano nascido em Gana, que foi Secretário Geral da ONU entre 1997 e 2006 e ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2001, era particularmente preparado para situações de crise e risco, envolvendo vidas, História, futuro. A sua esposa comentou em uma entrevista que chegava a ficar desesperada como o marido, quanto mais grave e impossível fosse a situação, mais tranquilo e distanciado ele ficava. Quanto maior a tensão, mais tranquila ficava a sua voz, mais pausadas as suas palavras, como se quisesse contaminar a todos com sua serenidade.

Há muitos anos atrás eu li um livro de Semiótica do italiano Humberto Eco. Numa palestra que ele seu em um Congresso de Imunologia, perguntaram para ele se as células de defesa, os Linfócitos, teriam ou não uma inteligência em sua resposta. Nunca esqueci da sua explicação: a questão é muito interessante. Se, diante de um estímulo, no caso do Linfócito, uma agressão de um invasor - Se a célula do corpo tiver a reação A, ou a reação B como possibilidade e estiver num Espaço C, onde ela pode “escolher” entre A e B, então ela é inteligente. A Inteligência deriva da capacidade de escolher o que e como fazer.

Essa resposta do intelectual italiano me veio à cabeça durante a epidemia de Coronavírus, quando o que realmente determinava a gravidade não era a proliferação do Vírus, apenas, mas a capacidade do Sistema Imune regular a força de sua resposta. Os pacientes cujo organismo explodia numa tempestade de Citocinas, substâncias pró inflamatórias que induziam um ataque generalizado, morriam por conta da inflamação dos pequenos vasos em todos os órgãos do organismo. Apareciam as lesões em Pulmões e Rins, mas não havia nenhum lugar, nenhum órgão que não fosse afetado pela tempestade inflamatória. Era como explodir a casa para protegê-la do ataque dos ladrões. Eu diria para Umberto Eco que as células perdiam a sua capacidade não de decisão, mas de regulação de resposta, com consequências muito graves e fatais para muita gente. Infelizmente. A doença retirava das células seu Espaço C.

Quando eu explico a meus pacientes a regulação da resposta ao estresse eu pego muitas vezes emprestado o conceito de Umberto Eco: a

capacidade de reagir de maneira equilibrada ou explosiva depende imensamente do Espaço C que alguém tenha, ou não tenha. O Secretário da ONU Kofi Annan, depois de décadas de trabalho em situação de estresse e pressão, desenvolveu esse Espaço C imenso, que lhe permitia quase o efeito da dilatação do tempo, para olhar de longe as opções, procurar saídas, visualizar a melhor alternativa, longe da tempestade de Medo que vem das áreas profundas do Subcórtex. Aposto que sentia muito, muito medo, mas usava o seu medo para ampliar seu Espaço C, chegando a irritar os desesperados à sua volta.

Nossa reação instintiva, diante da ameaça, é reagir de pronto. Revidar. Fugir. Atacar. Congelar. É preciso muito treino para criar e ampliar um espaço interno de avaliação e decisão de como e quando reagir. E como proteger ao máximo quem não pode se proteger os ataques, dos perigos.

No decorrer dessas décadas de Psiquiatria, fui testemunhando a evolução dos protocolos, dos algoritmos decisórios, dos critérios para tomar a melhor decisão e minimizar os riscos para os pacientes e seus entes queridos. Tudo isso vem no sentido de dar subsídios aos profissionais envolvidos. Em eras do Big Data, vamos ter cada vez mais os dados à mão para tomada de decisão: vamos pelo caminho A, pelo caminho B, vamos esperar, o que fazer?

Em Medicina, como na vida, as escolhas não se determinam pelas zonas em preto e branco. As decisões ficam muito em territórios mais ou menos cinzentos, em que o erro pode causar muito estrago. Nunca me ensinaram a treinar, refinar, afiar a capacidade de tomar distância e, no espaço C dos grandes líderes, olhar as peças no tabuleiro para tomar as decisões. Fui, como muita gente, a criar um Espaço C no peito e na raça. Isso faz diferença na hora do aperto. Na hora cinzenta.

Os dados são muito importantes, sim, mas olhar só os números pode deixar o líder sem a visão do todo. E sem Espaço C.

 


Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”.


Quando a birra da criança deixa de ser uma atitude normal e passa a ser um transtorno?

As crises de raiva podem ser normais ou indicar um distúrbio

 

É comum ver crianças esperneando no chão ou gritando porque os pais não compraram um brinquedo da loja ou brigaram com elas. Essa é a famosa “birra”, que incomoda a maioria das pessoas e é vista como falta de educação. Essas crises de raiva são atitudes normais, mas também pode indicar um possível transtorno. Márcia Karine Monteiro, psicóloga, neuropsicopedagoga e coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, explica como os pais devem lidar nesses momentos e quando se preocupar. 

“É uma situação complicada, mas os pais precisam encontrar tranquilidade para falar com os filhos. Perguntar como podem ajudá-los, demonstrar a possibilidade de resolverem o incômodo juntos, falar que não há problema em chorar, oferecer um abraço, compreender sua frustração e contar que também sente raiva e sempre estará presente para escutá-los são formas saudáveis de resolver ou amenizar a crise. Brigar só vai piorar a explosão de raiva”, afirma Márcia. 

É preciso procurar a melhor maneira de lidar com o filho, pois cada criança apresenta um comportamento diferente. Caso nenhuma das frases funcione, é interessante procurar um profissional para ele indicar outros métodos e avaliar se a “birra” é, na verdade, o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD). 

“O diagnóstico não é tão simples, já que crianças costumam agir dessa maneira. Inclusive, muitas só são diagnosticadas após anos. Para descobrir a presença ou não do TOD, o psicólogo avaliará se os sintomas são frequentes. Um sinal do distúrbio, por exemplo, é quando a desobediência e os comportamentos agressivos se tornam constantes, afetando a vida social”, comenta a neuropsicopedagoga. 

Ela reforça que o Transtorno Opositivo-Desafiador não aparece apenas em crianças, mas também em adolescentes, podendo permanecer até a vida adulta. Com o tratamento adequado, as alterações comportamentais devem melhorar, resultando em uma melhoria na qualidade de vida da pessoa.


4 dicas para desligar a mente ao final de um dia de trabalho.

 Psiquiatra ensina

 

É comum chegar ao final de um dia de trabalho ou até mesmo no final de semana sem conseguir realmente se desligar da rotina para descansar. Por isso, a médica psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental separou algumas dicas essenciais para esvaziar a mente, cultivar o ócio e se preparar para depois então, voltar à rotina com força total.
 

1- Evite checar e-mails coorporativos após o horário do expediente e o mesmo vale para as mensagens no celular. Estabeleça horário máximo e mínimo para fazer isso;

2- Silencie os chats no celular que envolvem os grupos do trabalho ou aquele em que o assunto são relacionados a profissão;

3- Não cheque as redes sociais e páginas relacionadas ao trabalho, elas podem deixar o indivíduo ligado a novos projetos ou problemas;

4- Evite ainda manter contato telefônico ou por internet com clientes ou chefes, pois pequenos problemas que parecem ser facilmente resolvidos a distância podem na verdade se tornar problemas que tomam várias horas das preciosas do descanso;

5- Por fim, cultive o ócio. Entre em contato com a natureza, leia um livro, fique ao lado de pessoas queridas e procure programas de entretenimento leves. Assim fica mais fácil deixar o cérebro longe das preocupações da rotina.
 

Dra. Jéssica Martani - Medica psiquiatra, observership em neurociências pela Universidade de Columbia em Nova Iorque -- EUA, graduada pela Universidade Cidade de São Paulo com residência médica em psiquiatria pela Secretaria Municipal de São Paulo e pós graduação em psiquiatria pelo Instituto Superior de Medicina e em endocrinologia pela CEMBRAP.

CRM 163249/ RQE 86127

5 frases que não ajudam em nada durante uma crise de ansiedade

Crédito: canva
  Ao tentar ajudar alguém em quadro ansioso, muita gente acaba piorando a situação; psiquiatra da SIG Residência Terapêutica lista o que evitar


Você se considera ansioso? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem de ansiedade. O transtorno está entre os mais comuns no mundo, e foi agravado durante a pandemia da Covid-19. Mas existem diversos gatilhos que podem piorar a situação, por isso, nessas horas é fundamental ter muita cautela e paciência.

Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, coloca em pauta a importância de tratar o transtorno ansioso com a validação que ele merece. De acordo com o especialista, em muitos casos falta empatia, um simples ato para se colocar no lugar do próximo. Em outras situações, é comum o excesso de preocupação, que pode prejudicar ainda mais alguém que está em crise.

“O importante é ter equilíbrio e tentar manter a calma sobre a situação, já que a pessoa ansiosa em crise não vai conseguir fazer isso a curto prazo. Ouvir mais do que julgar é crucial para a melhora do cenário, Em casos extremos, é preciso ajudar o indivíduo a controlar a respiração, auxiliando-o a ritmá-la”, comenta o médico. Ele ressalta também que a ajuda terapêutica médica é indispensável. “Aquele que vive com ansiedade precisa aprender a conviver com ela sem sofrer”, pontua.

Mas como ajudar as pessoas que são acometidas com o transtorno mental? De acordo com o médico psiquiatra, existem muitas formas de ajudar, mas é importante entender que, até mesmo nas melhores intenções, algumas coisas não devem ser ditas para as pessoas que têm ansiedade.

Confira quais são:


“Mantenha a calma”

A expressão “é mais fácil falar do que fazer” se encaixa muito bem nesse caso. Quando uma pessoa está em crise ansiosa, essa fala é uma das mais prejudiciais, senão a pior. A vítima da ansiedade gostaria de estar calma, e, por isso, não é de grande ajuda indicar o que ela deveria estar fazendo.

Vale lembrar que crises não são fáceis de controlar, assim como manter o equilíbrio perante uma situação estressante. “O fato de o indivíduo não conseguir moderar algo incontível pode, consequentemente, reduzi-lo a uma culpa e incapacidade que, na realidade, é desumana”, explica o dr. Lipman.



“Você está exagerando”

Quando alguém diz isso para uma vítima de ansiedade está diretamente invalidando o sentimento e a dor daquele que sofre. Essa fala propaga falta de empatia com a vítima - algo que a pessoa com ansiedade não precisa.

Em casos como esses, pode haver uma piora no quadro da vítima, pois ela mesma pode questionar suas emoções. Para controlar ao mínimo uma crise ansiosa é preciso ter consciência de que ela é, antes de tudo, verídica e válida.

“Já não basta a invalidação pessoal sobre os obstáculos e suas consequências naqueles que sofrem de ansiedade. É injusto que pessoas de fora anulem, colocando o quadro ansioso como exagero. Essa ação pode gerar gatilhos enormes, dificultando ainda mais a melhora do paciente”, comenta o médico.


“Eu te entendo!”

“Não, você não entende”, diz o médico. Uma situação é reconhecer a dor do próximo e se colocar no lugar dela e outra, completamente diferente, é a diferença da compreensão e atuação daquele que está em crise e a de quem vê de fora.

Mesmo que aquele que está tentando auxiliar um ansioso também sofra de ansiedade, esse transtorno não age da mesma maneira para todos. Desse modo, é injusto se impor dessa forma, como se você soubesse exatamente o que o próximo está enfrentando. “Ao invés disso, tente distrair a pessoa - pergunte a ela qual é o seu filme favorito para afastá-la de pensamentos ansiosos”, recomenda o psiquiatra.


“Você tem que superar”

Como dito anteriormente, alguém com ansiedade, muitas vezes, não consegue controlá-la como deseja. Dessa forma, dizer o que o indivíduo na situação deve fazer, especialmente no momento que não há condições para a execução do objetivo, irá atrapalhar mais do que ajudar a vítima.

“Muitas vezes, ao observarmos alguém em crise, parece óbvio o que essa pessoa tem que fazer para driblar suas dores, mas esse indivíduo não está em condições para agir dessa forma. Existem múltiplas formas de indicar e aconselhar pessoas com ansiedade - as piores delas são as cobranças sobre algo que não são capazes de controlar”, alerta o dr. Lipman,


“Eu também sou ansioso”

É normal uma pessoa ficar ansiosa antes de um encontro, uma entrevista de emprego ou algum outro evento importante, mas isso não interfere na sua qualidade de vida como um transtorno mental, muito menos trata-se de uma doença como a ansiedade. “Muitas pessoas comparam o fato de estarem ansiosas para determinada situação com o transtorno de ansiedade, mas são coisas diferentes. A pessoa que sofre com o transtorno ansioso não precisa de um motivo para ter uma crise, ela precisa ser tratada e compreendida”, finaliza o médico psiquiatra.


Isolamento e solidão apresentam grandes riscos à saúde

Índices de infarto e AVC podem estar relacionados à falta de conexões sociais

 

Situações de isolamento e solidão podem ser difíceis de lidar para a maioria das pessoas. A falta de conexões sociais pode gerar danos emocionais e psicológicos ao indivíduo. Mas, os prejuízos à saúde podem ir além desses quadros, é o que mostra um estudo da Associação Americana do Coração (American Heart Association - AHA), que reforçou o fato de que o ser humano não sobrevive bem sozinho. 

 

A análise revelou que o isolamento e a solidão podem aumentar cerca de 29% os riscos de ataque cardíaco ou morte por problemas cardíacos e 32% o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo o neurocirurgião especialista em doenças vasculares do cérebro Victor Hugo Espíndola Ala esse tipo de quadro pode levar à morte prematura e aumentar a taxa de AVC’s até mesmo em jovens.

 

“Os nossos adolescentes estão sempre ali em frente às telas e, consequentemente, são mais isolados em relação às gerações passadas. E isso mostrou que aumenta, inclusive, o risco de doenças cardiovasculares nessa faixa etária, porque predispõe a obesidade, hipertensão, o aumento de glicose sanguínea e, como consequência, o diabetes que vai aumentar esse estado inflamatório no organismo.”

 

Espíndola salienta que, nos últimos dois anos, por causa da pandemia da Covid, o índice de isolamento aumentou consideravelmente, o que, de acordo com ele, pode ter gerado o agravamento na ocorrência de doenças cardiovasculares. O neurocirurgião ainda comenta sobre a relação da solidão com o desenvolvimento de doenças graves.

 

“Uma possível explicação para essa relação, é que a solidão pode levar ao aumento de obesidade, consequentemente de marcadores inflamatórios, aumento da produção de cortisol, gera estresse, e a gente sabe que isso tudo são fatos que podem aumentar tanto a ocorrência de AVC, quanto a de infarto.”

 

Segundo Victor Hugo Espíndola, o estudo da Associação Americana do Coração evidencia a necessidade de novas pesquisas que relacionem a solidão com doenças cardiovasculares. “ A gente precisa entender melhor essa relação entre solidão, isolamento e doenças cardiovasculares, para que a gente possa ter mais medidas sociais e medidas governamentais que possam evitar e combater esse quadro”, completa. 

 

O neurocirurgião defende que é importante reservar boas relações e manter o convívio social, e explica os efeitos positivos disso: “O convívio com outras pessoas gera sensação de bem estar, produz oxitocina e neurotransmissores que dão a sensação de bem estar que diminuem o estresse, diminuem o quadro inflamatório global e, consequentemente, pode prevenir a ocorrência dessas doenças cardiovasculares, como o AVC e o infarto.”


O autoconhecimento e o desdobramento astral

O autoconhecimento nos traz infinitas possibilidades, seja pela eliminação de pensamentos e sentimentos indesejáveis, pela meditação, pela vivência quando dormimos através da concentração etc.

Vejamos este último tópico: quando nosso corpo dorme ocorre um fenômeno em que nossa consciência e características psicológicas passam a agir em um outro mundo onde temos nossos sonhos. Esse mundo é chamado de astral.

Ocorre que nunca nos disseram que podemos fazer isso de forma consciente, ou seja, enquanto nosso corpo dorme, em vez de sonhar, podemos conhecer esse outro mundo que visitamos todas as noites, mas que é como se não existisse, pois nunca o exploramos realmente. Agora poderemos explorá-lo.

Esse processo é chamado de desdobramento astral e pode ser feito através da concentração no coração ou em alguns sons que fazem vibrar partes do corpo que ajudam a manter a consciência durante a mudança de mundo.

No astral existe o mesmo que existe no mundo material e muito mais. Mas o funcionamento é diferente e, curiosamente, se pode ver do astral o que está acontecendo no mundo material, pode-se voar (uma sensação única), flutuar, estudar, visitar lugares e pessoas. Pode-se examinar o corpo e pasme: podemos espichar um dedo se assim quisermos.

Para ter essa experiência incrível de forma consciente é necessário abandonar alguns sentimentos ruins como o medo do desconhecido, a ansiedade e o orgulho. Veja que você sempre fez isso e acordou sem problemas, apenas você fará de forma consciente. Logo não há porque ter medo.

A ansiedade é danosa e impede a nossa experiência. Então, durante a prática, pense tranquilamente algo como: “eu faço isso todas as noites”.

O orgulho impede novas experiências, então é prudente não comentar com outras pessoas os resultados da nossa prática. Assim, teremos ainda os benefícios de manter a inveja longe de nós e não expor a nossa intimidade.

Vamos à prática: deite e pronuncie algumas vezes a palavra LAAAAARRRRRRAAAAASSSSSS (o “r” é pronunciado com a língua vibrando como na palavra “motor” e o “s” é como um silvo) depois siga fazendo muitas vezes mentalmente. Mas sem pensar em outras coisas.

Num dado momento você sentirá um frio ou estremecimento. Continue concentrado e logo terá a sensação de que o corpo subiu alguns centímetros. Pode haver outras sensações também. Nessa hora, levante muito devagar da sua cama e dê um salto mínimo.

Se tudo deu certo você irá flutuar e poderá sair pelo telhado ou pela janela, pois no astral o corpo atravessa paredes.

Boa prática.

Divulgação - Literare Books International



Alexandre Camozzato Zaffari - Estudante e praticante de autoconhecimento. Autor do livro “33 Anos Descobrindo Ensinamentos” (Literare Books International).





5 fatos sobre o corpo de quem pratica atividade física regularmente

Manter rotina de exercícios melhora o sono, desempenho na concentração e até nas relações sexuais
 

Todo mundo sabe que os exercícios físicos são os maiores aliados para manter um estilo de vida saudável, seja com atividades ao ar livre ou em academias. Porém, manter essa rotina ainda não é uma realidade para o povo brasileiro. De acordo com o IBGE, apenas 30,1% praticam o nível recomendado de atividades físicas. A doutora Karina Santos, médica de família na Sami -- operadora de saúde de São Paulo -, listou os principais fatores que beneficiam o corpo de quem pratica:


Reduz a pressão arterial

Manter a rotina de exercícios, mesmo que seja com caminhadas diárias, ajuda a reduzir a pressão arterial, porque melhora a circulação sanguínea - o que é um grande benefício para quem é hipertenso. A atividade também equilibra os níveis de colesterol bom e reduz o ruim, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares como aterosclerose, infarto ou derrame cerebral.


Fortalece ossos e articulações

As atividades físicas ajudam a fortalecer os ossos e as articulações por promover o crescimento ósseo e aumentar a resistência dos mesmos. Assim, previne a osteoporose e risco de lesões, quedas e fraturas relacionadas com o enfraquecimento dos ossos.


Traz maior qualidade no sono

O sono também é afetado com práticas recorrentes de atividades. Um estudo feito pelo Johns Hopkins Center for Sleep, no Howard County General Hospital dos Estados Unidos, mostrou que pessoas que se exercitaram por pelo menos 30 minutos tiveram mais qualidade do sono já no dia da prática. Seja ao dormir mais rápido ou até com a sensação de maior relaxamento e descanso, o sono acaba sendo mais profundo e reparador. Isso se dá devido ao cansaço “positivo” dos ossos após os exercícios.


Aumenta a libido

Parece até mito, mas não é. Estudos já comprovam que manter uma rotina de exercícios contribui para o aumento da libido e melhor desempenho sexual. Uma pesquisa divulgada pelo The Journal of Sexual Medicine, por exemplo, revelou que homens que não praticam atividades físicas têm 50% mais chance de apresentar disfunção erétil do que os que praticam. E entre as mulheres, as que praticam pelo menos seis horas de exercícios apresentaram níveis mais altos de excitação, desejo e lubrificação do que as sedentárias. Isso se dá graças à melhoria na circulação sanguínea e ao aumento da resistência física.


Melhora o desempenho no trabalho

Além dos benefícios citados acima, o maior desempenho no trabalho também é notado após incluir os exercícios no dia a dia. A atividade física pode melhorar a saúde do cérebro, incluindo melhora na memória e capacidade de aprendizado e concentração, além de reduzir as chances de doenças psicológicas, como depressão e ansiedade, já que com atividades, os neurotransmissores responsáveis pela noradrenalina e serotonina - substâncias que causam felicidade - aumenta a dosagem no corpo humano.

 

Sami


Dinheiro é uma das principais causas de brigas no casamento

Fintech brasileira oferece conta compartilhada gratuita via aplicativo como alternativa para evitar conflitos relacionados à questões financeiras entre casais

 

Quando duas pessoas se casam e decidem morar juntas, devem considerar as questões financeiras como um dos principais pilares do relacionamento. Afinal, é a partir deste fator que é possível realizar planos e se organizar para o futuro. No entanto, não é incomum os conflitos gerados pelo dinheiro. São muitos os casos em que a falta de consenso sobre a administração das contas pode causar sérios problemas e, até mesmo, o fim dos relacionamentos.

Levantamento realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), aponta que o dinheiro pode ser a principal razão de brigas no casamento. Aliado a isso, estão os dados da plataforma iDivorciei, hub de soluções e conteúdos para divorciados, onde problemas financeiros figuram na quinta posição entre os principais motivos que levam casais a se divorciarem.

Segundo Daniel Ruhman, CEO e fundador da Cumbuca, primeira fintech brasileira a oferecer conta compartilhada gratuita via aplicativo, o lado financeiro interfere mais na vida a dois do que as pessoas imaginam. “Muitos casais, mesmo depois que começam a viver juntos, continuam agindo financeiramente de forma individual, porque não estão acostumados a dividir as contas da casa com outra pessoa, e isso é capaz de gerar desentendimentos entre ambos”, explica.

As discussões financeiras podem envolver vários tópicos, como falta de dinheiro, gastos excessivos, diferença de salários, incompatibilidade sobre prioridade de gastos, atraso no pagamento das contas, rigidez no controle de gastos, entre outros. Porém, existem formas de evitar os conflitos, a principal é realizar conversas frequentes sobre dinheiro, para que seja possível entender a situação financeira em que cada um se encontra.

De acordo com Ruhman, ainda é um tabu falar sobre dinheiro no Brasil, mas para que essas conversas funcionem de verdade, o casal precisa se sentir confortável e também entender que possuem um espaço seguro, um com o outro, para abordar qualquer tema que englobe questões financeiras. “Confiança vai ser a base para que a relação com o dinheiro de um casal não seja mais motivo de brigas”, ressalta.

Como forma de tentar solucionar esse problema, alguns casais aderem a uma só conta para ambos, buscando melhor controle sobre o dinheiro. No entanto, a conta conjunta tradicional é pouco flexível e não tem uma experiência pensada para duas ou mais pessoas, apesar de ser conjunta, e as contas digitais, por outro lado, não possuem versões para mais de um usuário.

Diante desse cenário, o aplicativo da Cumbuca se mostra uma opção funcional para que casais consigam ter apenas uma conta para ambos, mas sem que surjam conflitos. O app é uma conta compartilhada, onde o casal adiciona os seus saldos individuais e quando forem realizar um pagamento, escolhem quanto tirar do saldo de cada um, o que facilita a divisão de contas e despesas, além de ser mais igualitário.

“Com a conta compartilhada é possível dividir despesas que vão desde o delivery à conta de luz e aluguel, além de dar visibilidade aos pagamentos efetuados. Trata-se de uma forma de simplificar o que costuma gerar muito desgaste não só nos casamentos, mas nas relações no geral, seja com amigos, colegas de trabalho e familiares”, aponta Daniel.

O atual momento econômico brasileiro exige que as despesas financeiras sejam ainda mais organizadas, em especial, as que envolvem o dia a dia de uma família, na qual, geralmente, mais de uma pessoa costuma contribuir com os gastos. Daniel Ruhman ressalta que o dinheiro não pode e nem deve criar ruídos nas relações, e sim se apresentar como um facilitador para que objetivos pessoais e coletivos sejam alcançados.

 

Cumbuca - fintech brasileira a oferecer conta compartilhada gratuita via aplicativo. O aplicativo está disponível para download nos sistemas Android e iOS. Mais informações no site.


Entenda como a atividade física ajuda no desenvolvimento das crianças

Rodrigo Flores Sartori, professor do curso de Educação Física da FSG, explica a importância dos exercícios físicos desde a infância 

 

Não é segredo para ninguém que praticar exercícios físicos proporciona ótimos benefícios para a saúde do ser humano, o que muitos não sabem, é que a prática deve ser iniciada ainda na infância.  

Segundo o professor Rodrigo Sartori, do curso de Educação Física da FSG Centro Universitário, a estimulação cognitiva através de novas habilidades motoras na infância, pode induzir mudanças em redes funcionais especificas do sistema nervoso, quando associadas a tarefas complexas. "Portanto, aprender um esporte, luta, dança, andar de bicicleta, patins, ou aprender alguma atividade esportiva que ainda não foi realizada, é um mecanismo de adaptação que pode contribuir no desenvolvimento das crianças”.  

“Estudos sobre os benefícios de realizar exercícios físicos tem mostrado que esta prática melhora e protege a função cerebral, sugerindo que crianças fisicamente ativas apresentam menor risco de serem acometidas por desordens mentais, além de apresentarem melhor desempenho em algumas funções cognitivas”, explica Rodrigo. 

“No atual momento em que estamos vivendo, torna-se crucial estimular as crianças a se movimentarem, especialmente diante dos desafios impostos pelo avanço da tecnologia. É cada vez mais comum encontrarmos crianças hipnotizadas pelos seus celulares e tablets, e realizando pouca atividade física”.  

Rodrigo Sartori ressalta que são muitos os benefícios da prática de exercícios físicos. “Entres eles, está o controle do peso adequado e a diminuição do risco de obesidade. Para ajudar nesse processo, é recomendado um plano de atividades físicas elaborado com base nas necessidades e características de cada criança, auxiliado com um programa de alimentação saudável e sobretudo com a participação da família e de toda a rede social em que a criança participa ativamente”.  

O docente aponta que para crianças e jovens entre 6 e 17 anos, a recomendação, segundo o Guia de Atividade Física para a População Brasileira (BRASIL, 2021), é praticar 60 minutos ou mais de atividade física por dia, dando preferência para aquelas de intensidade moderada. Além disso, devem ser realizadas pelo menos 3 dias na semana, atividades de fortalecimento dos músculos e ossos, como saltar, puxar, empurrar ou praticar esportes. 

“Realizar exercícios físicos na escola, ajuda nos processos de aprendizagem e em uma série de aspectos do desenvolvimento infantil. Especificamente, percebemos que existe uma relação entre o desempenho das habilidades motoras e funções cognitivas (de aquisição de conhecimento) importantes para o sucesso dos alunos na escola. Por exemplo, para crianças menores, como na Educação Infantil, as habilidades motoras finas, como recortar, brincar de bolinha de gude ou com massinhas de modelar, estão relacionadas positivamente com a escrita do nome, com as formas de expressão escrita e com a matemática. Tais atividades motoras podem fornecer às crianças oportunidade de praticar o mapeamento daquilo que veem para utilizar em ações como desenhar letras com marcadores, adaptar os movimentos ao giz de cera ou lápis, desenvolver a capacidade de contar objetos ou mesmo na habilidade de selecionar objetos em um conjunto”.  

Quanto ao papel dos educadores físicos, Rodrigo comenta que deve ser promovido o desenvolvimento de habilidades motoras, atitudes, valores e conhecimentos, procurando levar as crianças a uma participação ativa e voluntária em atividades físicas e esportivas ao longo de suas vidas. “A atuação do educador físico é um caminho privilegiado de educação, pelas suas possibilidades de desenvolver a dimensão motora e afetiva de crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e sociais, e por tratar de um dos mais preciosos recursos humanos, que é o corpo”, comenta. 

Por fim, o professor do curso de Educação Física da FSG, explica que um dos pontos mais importante que as ciências do movimento vêm explicando, é que a prática de atividades físicas e aprendizado de habilidades motoras impacta não apenas nas questões físicas, como aqueles benefícios relacionados ao combate de doenças como diabetes, hipertensão e o próprio controle da obesidade, mas também no desenvolvimento das habilidades sociais e cognitivas.  

 

FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha

https://www.fsg.edu.br/


Síndrome do Impostor: será que sou uma fraude?

 “Por que estou nesse lugar?”

“Será que tenho competência para esse cargo?”

“Será que mereço esse relacionamento?”

“Eu não deveria estar aqui!”

“Eu não merecia esse prêmio”

Se você se sente incomodado toda vez que recebe um elogio, deixa tudo para depois, tem dificuldade de dizer não para os outros, quer agradar todo mundo ou sempre acha que as coisas boas e as oportunidades são apenas sorte que surge em sua vida, preste bem atenção: você pode estar sofrendo da chamada Síndrome do Impostor.

A Síndrome do Impostor é caracterizada por pessoas que têm tendência à autossabotagem e isso é muito sério, principalmente em tempos difíceis.

Entenda o que é Síndrome do Impostor, a sensação de que a qualquer momento alguém vai descobrir que você é uma fraude.

Segundo estudos da psicóloga Gail Matthews, da Universidade Dominicana da Califórnia, nos Estados Unidos, a condição está ligada à alta competitividade do mercado e atinge 70% dos profissionais.

Você pode perder ótimas oportunidade e ideias criativas, simplesmente por sofrer essa síndrome.

A Síndrome do Impostor é aquela insatisfação recorrente com o seu próprio desempenho, que se soma à falta de valorização dos seus resultados.

Pessoas com essa autopercepção atribuem o sucesso de suas conquistas a fatores como ajuda de terceiros, momentos oportunos, conexões, coincidências, carisma e outros elementos que não possuem relação com seu esforço pessoal.

Isso pode ocorrer em todos os aspectos da sua vida, seja no campo social, profissional, pessoal ou no aprendizado constante, atrapalhando e muito na prosperidade.

Algo bem interessante — e daí vem o nome impostor — é que essas pessoas que desenvolvem essa síndrome “temem ser descobertas como fraudes”. Por não confiarem em suas próprias habilidades e intelecto, acreditam que os demais podem chegar à conclusão de que, na verdade, não são capazes de atingir o nível de excelência atribuída a elas. Assim, serão acusadas de enganarem a todos.

Quem não acredita nas coisas positivas e está sempre esperando o pior de si mesmo, sem perceber, está se autossabotando e tende a não conseguir cumprir seus projetos ou tarefas simples entrando, assim, em um ciclo de negatividade constante.

Quem não enxerga seu próprio valor acaba não se sentindo merecedor das coisas boas que a vida traz. É como receber uma benção divina, mas ao invés de ficar feliz, se sente não merecedor e acaba sofrendo por isso.

A Síndrome do Impostor faz com que suas vítimas não consigam perceber o valor das suas habilidades e competências e elas acabam se colocando numa espécie de vigília negativa, num temor intermitente de serem consideradas “uma fraude”.


Algumas características são sempre presentes

A Síndrome do Impostor tem muitos sintomas, os quais podem ser encontrados abaixo.


Fazer comparações: isso atrapalha qualquer pessoa, mas no caso do impostor, a comparação traz base para suas teorias de que o outro é sempre melhor. As comparações são constantes em pessoas com essa síndrome. Elas não conseguem se satisfazer consigo mesmas, por isso, comparam os seus talentos, conquistas e carreira com as dos outros. Olha sua vida e a dos outros o tempo todo e em todos os campos.


Procrastinação: deixa sempre coisas para depois. Esse é um dos sintomas mais presentes. Adiar compromissos e tarefas, deixando para concluí-los no último minuto. Pode parecer normal para muitos, mas no caso do impostor tem uma intenção: deixando para fazer em cima da hora afasta o momento de ser criticado ou avaliado. Por outro lado, reduz a qualidade do trabalho também. Algo bem comum também é o abandono de tarefas. Devido ao medo de não conseguirem chegar a um bom resultado, deixam de fazer a tarefa.


Trabalhar excessivamente: pode parecer um ciclo sem fim, mas no caso do impostor, ele faz muito por não sentir que está bom o suficiente. Para tentar alcançar o ideal em suas mentes e combater possíveis suspeitas de terceiros acerca de seu merecimento, essas pessoas passam muito tempo trabalhando. Dessa forma, acabam sendo mais suscetíveis ao esgotamento psicológico.


Medo de receber críticas: a Síndrome do Impostor faz com que as pessoas fujam de ocasiões em que possam ser criticadas ou avaliadas. Elas se “escondem”. Podem, muitas vezes, adiar o início de um projeto ou ideia criativa por desejarem não receber críticas por conta disso. Vivem sempre com a voz interna condenando a si mesmas. 

Vontade de agradar a todos: se recebem uma crítica vão trabalhar incansavelmente até agradar aquela pessoa. O medo de ser desmascarado pode levar as pessoas com essa síndrome a tentar agradar a todos ao seu redor. Podem até mesmo se submeter a situações degradantes para conseguirem a aprovação dos outros.


Autossabotagem: todos os sintomas são consequência de uma tentativa árdua, inconsciente (ou não) e contínua de autossabotagem. Ele nunca é bom o suficiente. Por achar que vai ser “descoberto”.

Para se prevenir e mesmo enfrentar a Síndrome do Impostor é preciso abandonar hábitos negativos. Por exemplo, ao invés de colocar-se para o mundo como uma pessoa preguiçosa, faça o contrário e pense que você é uma pessoa de sucesso, lembrando das suas características positivas e de coisas que já deram certo para você. A simples mudança de foco vai te ajudar a entrar em um ciclo de positividade. O maior desafio está em perceber que a Síndrome do Impostor acontece com você em maior ou menor escala. Agora, se você percebeu algum desses sintomas, pode começar a trabalhar para mudar essa realidade.

Outro hábito positivo que se deve criar é aceitar os elogios que são dirigidos a nós. Se você foi elogiado é por que mereceu e teve reconhecimento por isso. É sinal de que o outro viu um valor em você que, às vezes, nem você havia percebido. Receba esse elogio. Passar a aceitar o que dizem de bom sobre você é um exercício. Você pode estar programado só para aceitar críticas, ofensas, xingamentos e quando chega um elogio pode estranhar. Faça o contrário, agradeça e mentalize: eu mereço, recebo e agradeço.

E quando receber uma crítica, lembre-se de que todos estamos em constante processo de aprendizado e que errar faz parte do caminho. Nada é perseguição ou uma crítica somente à sua pessoa. Quando aceitamos e identificamos o que pode ser melhorado, adotamos uma postura mais assertiva e evitamos nos colocar na posição de vítimas.

O que mais agrava a Síndrome do Impostor é o seguinte: quem sofre com o não merecimento, acaba se contentando com uma vida muito abaixo do que realmente poderia ter. E isso não tem nada a ver com zona de conforto. Justamente porque o “impostor” exige muito de si mesmo, mas acha que nunca é suficientemente bom. A insegurança faz com que a pessoa não acredite que é capaz para realizar um trabalho ou mesmo para ser aceita pelos outros.

Ela pensa que os melhores resultados estão guardados para quem merece ser mais amado e valorizado, ou seja, todo mundo pode ter mais e melhor, menos ele mesmo.

Quem busca uma perfeição que não existe precisa tomar algumas atitudes imediatas, como abandonar os pensamentos que superestimam sua importância e cultivar a autoestima. Como expliquei, são pequenos, mas importantes passos que definem sua nova postura: a de vencedor. Aceite mais que é bom de verdade, pare de comparar-se com os outros, tire um tempo para você.

Abra as portas para as coisas boas que estão chegando, lembre-se de que a felicidade bate à sua porta, mas ela é tão educada que espera você a convidar para entrar.


Famosos que assumiram ter a Síndrome do Impostor

Acordar, olhar-se no espelho e se sentir uma fraude. Viver atormentada por sentimentos de incapacidade e inferioridade. Relatada recentemente por personalidades como Juliette e Adele, e já abordada abertamente por nomes como Michelle Obama e Meryl Streep, essa sensação, que aflige grande parte das mulheres, tem nome: a “Síndrome da Impostora”.

A Síndrome do Impostor é uma autopercepção ilusória e distorcida das próprias habilidades, que leva indivíduos a acreditarem que não são qualificados para desempenhar tarefas para as quais têm plena competência.

 

William Sanches -Terapeuta e autor de mais de 20 livros. Especialista em Comportamento Humano e Reprogramação Neurolinguística. É pós-graduado em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS.  Também cursou Letras, Pedagogia e é pós-graduado em Literaturas, Educação, Psicologia Positiva e Programação Neurolinguística. Estudou as Questões Sociais do Novo Milênio na Universidade de Coimbra, em Portugal.  Apaixonado pelas questões que envolvem a alma, aprofundou-se nos estudos sobre espiritualidade independente e participou de retiros pelo Brasil, Índia e Israel.  Com uma linguagem dinâmica e atual, consegue permitir uma reflexão capaz de construir novos caminhos. Educador por excelência, dedica-se às palestras, cursos e workshops que profere em todo o mundo, já atingindo um público estimado em dois milhões de pessoas. Possui mais de 25 livros publicados no Brasil, Europa e em toda América Latina.  Seu Canal no YouTube ultrapassa 35 milhões de visualizações. 

www.williamsanches.com ou pelas redes sociais @williamsanchesoficial


Mistérios do Cérebro – O cérebro aprende enquanto dormimos

Enquanto descansamos, nosso cérebro é responsável por organizar as informações e aprendizados que utilizaremos no dia seguinte, atividade essa muito importante para a organização das ideias

 



Quando dormimos estamos repondo as energias que foram gastadas durante o dia, desta forma nosso cérebro também descansa, correto? Errado!

Quando estamos dormindo nosso cérebro está trabalhando para que ao acordar, tenhamos as informações alinhadas para prossegui com nossas atividades diárias.

De acordo com estudos realizados pela Universidade de Northwestern, o cérebro memoriza e aprende enquanto estamos dormindo.

Nesta pesquisa, os voluntários aprenderam a tocar duas músicas simples, em seguida, os mesmos tiraram uma soneca de uma hora e após entrarem em um sono mais profundo, os pesquisadores tocavam uma das melodias.

Ao acordar, esses voluntários deveriam tocar as duas músicas e o resultado demonstrou que eles tocaram muito melhor e com menos erros a música que haviam escutado enquanto estavam dormindo em relação a outra que escutaram menos vezes.


Mas, qual é a explicação para este fato?

Segundo Ken Paller, o psicólogo responsável pelo estudo, receber estímulos enquanto dormimos pode influenciar no aprendizado de uma habilidade complexa. Entretanto, é necessário compreender que não é com qualquer soneca que conseguimos estimular nosso cérebro, para que isso ocorra, precisamos estar em um nível de sono mais profundo.

Nessa etapa do sono, é como se o nosso cérebro conseguisse dividir aquilo que deve ser aproveitado, o que pode ser descartado e, além disso, organiza as memórias.

Essas informações externas induzem nosso cérebro a reforçar uma memória, no caso desse estudo, foi reforçado a música que os voluntários haviam aprendido.

A partir desse estudo, foi comprovado que nosso cérebro consegue aprender enquanto estamos dormindo, mas também, outra dúvida permeia a mente dos cientistas: por que dormimos?

Antigamente, para nossos ancestrais, adormecer era sinônimo de perigo, já que poderiam ser atacados pois é um momento ao qual estamos vulneráveis, mas esse assunto falaremos melhor em outro blog Super Cérebro. Aproveite e venha conhecer o nosso método, auxiliamos no desenvolvimento cerebral para você ser Super!



Grupo Super Cérebro


Posts mais acessados