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segunda-feira, 15 de agosto de 2022

O Que Leva Uma Pessoa A Engordar De Repente?

Afinal, Como Emagrecer De Vez? É Possível Vencer A Obesidade? Conheça Os 3 Pilares Básicos Do Emagrecimento Com A Dra. Gabriela Iervolino, Médica Endocrinologista, Membro Da Sociedade Brasileira De Endocrinologia E Metabologia (SBEM) 

 

Entre as causas que levam uma pessoa a engordar de repente, deve-se considerar em primeiro lugar as alterações hormonais; seja por ter desenvolvido um hipotireoidismo, ou alguma doença com excesso de cortisol, sedentarismo que faz perder musculo e o metabolismo desacelerado, ou ainda quando a pessoa está passando por um período de extrema ansiedade e começa a comer descontroladamente, muitas vezes sem perceber.

Para começar a avaliação do paciente para a perda de peso, precisamos observar os três pilares básicos que são: equilíbrio hormonal, dieta equilibrada e mudança da mente. Antes de qualquer tratamento para perda de peso, precisamos avaliar as causas, o que está envolvido com o ganho de peso, incluindo as doenças relacionadas com a obesidade e como elas devem ser tratadas. Além de uma série de outros exames que são necessários para o diagnóstico exato e o tratamento adequado para cada caso – explica a Dra. Gabriela Iervolino.

Outra causa muito importante e que devemos ficar atentos é o uso de medicações que faz com que a pessoa ganhe peso, como por exemplo, escitalopram, lítio, quetiapina, paroxetina, mirtazapina entre outras. São medicações normalmente utilizadas por neurologistas ou psiquiatras. Mas é preciso ter muito cuidado porque tais medicações, uma vez indicadas por estes especialistas, são de fato necessárias, mas podem fazer com que a pessoa tenha mais fome, resultando em ganho de peso. Neste caso, a sugestão é que se converse com o psiquiatra/ neurologista e veja uma outra alternativa, caso a pessoa esteja ganhando muito peso.

Depois que avaliamos a parte hormonal, se há uso ou não de medicações que vai impactar com o ganho de peso, vamos avaliar a parte da alimentação, o tipo de dieta equilibrada com uma quantidade de nutrientes e proteínas adequadas para perder peso. É preciso lembrar que a obesidade não significa que a pessoa seja bem nutrida, a maioria dos obesos são desnutridos, pois eles possuem excesso de peso, mas não tem quantidade de nutrientes, ou seja, vitaminas e proteínas, na medida adequada – esclarece a Dra. Gabriela Iervolino.

É preciso ter um apoio, um suporte, isso também é muito importante. Para se vencer o peso de vez, é preciso saber onde se está errando para mudar os seus hábitos, como praticar exercícios físicos com frequência semanal. E a parte principal é a mudança de mente; o paciente precisa enxergar a alimentação de outra forma e voltar a ter o controle sobre a escolha da sua alimentação.

Hoje as pessoas, em sua grande maioria, que passaram por tantas dietas e alimentação profissionais, já não acreditam mais que seja possível emagrecer efetivamente, e quando procuram um profissional é apenas por desencargo de consciência. Em consulta, converso com os meus pacientes sobre isso, porque não é só o peso, mas a mudança de atitude que conta muito, escolhendo alimentos mais saudáveis, com uma programação ideal na alimentação, hábitos saudáveis, prática de exercícios físicos. Para tudo isso, a mudança de mente é extremamente importante. Outro ponto a ser considerado são os níveis de “jacada”, mas esse é um assunto para uma próxima vez – finalizou a Dra. Gabriela Iervolino.É preciso ter um apoio, um suporte, isso também é muito importante. Para se vencer o peso de vez, é preciso saber onde se está errando para mudar os seus hábitos, como praticar exercícios físicos ao menos três vezes por semana. E a parte principal é a mudança de mente; o paciente precisa enxergar a alimentação de outra forma e voltar a ter o controle sobre a escolha da sua alimentação.

Hoje as pessoas, em sua grande maioria, que passaram por tantas dietas e alimentação profissionais, já não acreditam mais que seja possível emagrecer efetivamente, e quando procuram um profissional é apenas por desencargo de consciência. Em consulta, converso com os meus pacientes sobre isso, porque não é só o peso, mas a mudança de atitude que conta muito, escolhendo alimentos mais saudáveis, com uma programação ideal na alimentação, hábitos saudáveis, prática de exercícios físicos. Para tudo isso, a mudança de mente é extremamente importante. Outro ponto a ser considerado são os níveis de “jacada”, mas esse é um assunto para uma próxima vez – finalizou a Dra. Gabriela Iervolino. 

 

Dra. Gabriela Iervolino - Médica, Endocrinologista formada pela UNIFESP e FMABC, titulada pela SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
https://dragabrielaiervolino.com.br/
@dra.gabrielaiervolino


Achados na pandemia propiciaram descobrir câncer de pulmão mais cedo, mas doença ainda é primordialmente avançada

Ao longo da pandemia, a realização de tomografias de tórax para investigar a Covid-19 tem resultado em mais casos de diagnóstico de tumores no pulmão em fase inicial, com nódulos de 1 a 2 centímetros e com indicação de cirurgia e maior sobrevida. Apesar disso, apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados em estágio inicial no país 

                                                               depositphotos

Cirurgia, em câncer de pulmão, é mais comumente indicada na fase inicial da doença


Durante a pandemia de Covid-19, a saúde dos pulmões esteve nos holofotes das instituições de saúde pública. A quantidade de tomografias do tórax, exame indicado para investigar lesões nos pulmões, saltou nos dois anos de pandemia, em especial no período de abril a julho de 2020, quando houve um aumento de 124% de exames realizados, segundo o Grupo CURA. Este aumento no número de exames resultou em achados incidentais de câncer de pulmão, inclusive de casos em fase inicial, com maior indicação de cirurgia minimamente invasiva e maior sobrevida do paciente, destaca a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

“Não é possível dizer que a Covid-19 foi a responsável pelo aumento dos casos de câncer de pulmão, mas como ‘todo mundo’ fez tomografia de tórax tivemos mais detecções precoces de nódulos pulmonares”, relata Antônio Bomfim Rocha, cirurgião oncológico e membro da Comissão de Pulmão da SBCO. O médico informa que a cirurgia é mais comumente indicada justamente na fase inicial, ou seja, quando um indivíduo ainda não tem sintomas e/ou o tumor está restrito ao pulmão. “Geralmente, estes nódulos apresentam de 1cm a 2cm e podem ser encontrados em exames de rotina”, observa.

Nesse cenário, a cirurgia oncológica em câncer de pulmão torna-se vital. Ao detectar de forma precoce, as chances de sobrevida dos pacientes aumentam e, dessa forma, os médicos planejam intervenções cirúrgicas com mais tempo e menos risco. Mas, essa não é a realidade do Brasil: apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados precocemente, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).

 

Câncer de pulmão e saúde pública

O câncer de pulmão é o mais letal no mundo. O Globocan, levantamento do IARC, braço de pesquisa do câncer da OMS, aponta que são mais de 1,8 milhão de mortes anuais, muito superior ao segundo colocado em mortalidade (câncer colorretal, com 935 mil mortes/ano). No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente entre homens e o quinto mais comum entre as mulheres, com estimativas de 30.200 novos casos em 2022, sendo 17.760 entre homens e 12.440 em mulheres. De acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM, em 2020 foram registradas 28.620 mortes por câncer de pulmão no Brasil.

O câncer de pulmão, quando diagnosticado em estágio inicial, apresenta taxa de sobrevida de 56% (pacientes vivos após cinco anos do início de tratamento). “A única forma de conseguir aumentar o número de diagnósticos iniciais é implementando política de rastreamento para câncer de pulmão”, explica Bomfim. O médico cita o exemplo da China - um dos países com melhores resultados na política de rastreamento: “Fazem tomografias de rotina em toda população acima dos 50 anos de idade, principalmente entre aqueles que fumam ou são expostos ao uso do cigarro, em todas suas formas”.

Este ainda é um grande desafio para os serviços públicos de saúde no Brasil: um levantamento mostra que apenas 15% das cidades brasileiras possuem tomógrafos disponíveis para a população. Segundo Bomfim, a tomografia de tórax precisa fazer parte do checkup anual - especialmente para quem tem mais risco de adquirir o câncer de pulmão: fumantes e pessoas acima de 50 anos.

O cirurgião destaca as ações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) para a promoção da saúde da população: “A SBCO tem cada vez mais investido em campanhas de informação para combate ao tabagismo, que é a principal causa de morte evitável do mundo. Precisamos da imprensa para tornar isso uma coisa de abrangência maior”, ressalta. Para ele, a formação e acompanhamento do cirurgião especialista em câncer também são pilares para a garantia de tratamentos com sucesso e mais chances de cura.

 

Tabagismo moderno: a reinvenção de um problema antigo

A estética vintage explorada por artistas, cantores e influenciadores dos millenials tem trazido bastante visibilidade a um inimigo conhecido da saúde pública: o cigarro. Além dele, as novas formas de tabagismo, como os cigarros eletrônicos e narguilés, também deterioram a saúde pulmonar da nova geração. Os médicos e autoridades de saúde já perceberam um aumento do tabagismo entre os mais novos.

Antônio Bomfim afirma que combater o tabagismo é “uma luta constante contra uma indústria bilionária que sempre dá um jeito de se reinventar”. Inclusive, até mesmo o perfil do câncer de pulmão tem mudado nos últimos anos: a adição de filtro nos cigarros alterou o tipo de câncer, mas não a incidência. “Antes, o comum era o tipo de câncer mais central no brônquio, chamado de carcinoma espinocelular. Após o filtro, as partículas ficaram menores e conseguiram adentrar as periferias do pulmão, o que permitiu o surgimento de adenocarcinomas”, explica o médico.

Ainda não é possível relacionar o uso de vape - um tipo de cigarro eletrônico - ao surgimento de novos casos de câncer de pulmão, pois esse é um problema de saúde pública relativamente recente. Os impactos das novas formas de tabagismo vão começar a ser vistos daqui a algumas décadas. Mesmo assim, a Medicina já lida com as consequências hoje: Bomfim informa que a literatura médica já lida com doenças inflamatórias pulmonares relacionadas ao vape.

 

Avanços da cirurgia oncológica no pulmão

Nos últimos 15 anos, Antônio Bomfim dedicou-se às cirurgias oncológicas no pulmão em vários tipos de pacientes. Por isso, o profissional acompanhou diversos avanços nas tecnologias para tratar esse tipo de câncer. “Tivemos a possibilidade de fazer o tratamento de forma minimamente invasiva, tanto do diagnóstico quanto das cirurgias mais complexas. A cirurgia robótica é uma das intervenções mais modernas no mundo, e que já é uma realidade em várias regiões do Brasil”, informa.

As vantagens da cirurgia robótica para o câncer de pulmão são vastas, segundo ele. “Ela proporciona uma qualidade no tratamento oncológico, o que resulta em menos sofrimento ao paciente. Ela também permite que os pacientes voltem às suas atividades habituais com mais rapidez, uma vez que as cirurgias tendem a ter menos complicações.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - SBCO


Numero de casos de gripe tem aumento de 168,9%¹ no Brasil em 2022

A campanha de vacinação segue em andamento, já que a cobertura vacinal atual no país é de 58,9%¹ 

 

O Ministério da Saúde anunciou em julho que prossegue com a campanha de
vacinação contra a gripe. Todas as pessoas a partir de 6 meses de idade, em todo o país, ainda podem se vacinar contra a gripe enquanto durarem os estoques da vacina contra Influenza.²
 

A meta de vacinar 90% do grupo prioritário, composto por crianças entre seis meses a menores de cinco anos, idosos acima de 60 anos, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e professores, não foi atingida, com a cobertura vacinal tendo alcançado 58,9%*.² Em 2021, a campanha nacional de vacinação contra a Influenza teve uma adesão de 72,1% do público-alvo, abaixo da meta de 90% de cada população prioritária, de acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). ³

Segundo dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), há um crescimento de 168,9% no número total de casos de gripe comprovados em laboratório no Brasil nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 (do início de janeiro à primeira semana de julho de 2022) comparado com o número de casos com comprovação laboratorial no mesmo período do ano passado. ¹

No total, foram 7174 casos nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 ante 2668 no mesmo período de 2021 na somatória dos números de todas as unidades da federação e do Distrito Federal. 1 Levando em conta a soma de todos os casos de influenza notificados nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022, a alta é de 150,8%, com 4953 casos ante 3284 no mesmo período em 2021. ¹

Dra. Sheila HomsaniDiretora médica de Vacinas na Sanofi

“Esses números são preocupantes. Após o relaxamento das medidas de proteção, como o uso de máscaras e o distanciamento social, observamos no início de 2022, fora do período habitual, um retorno da circulação de Influenza no Brasil, confirmando sua imprevisibilidade. Apesar de julho ter sido um mês de temperaturas mais quentes do que o habitual 4 , mesmo em uma estação normalmente mais fria, ainda estamos na metade da estação de inverno, quando historicamente há um aumento de casos de gripe. Por isso, é recomendado que as pessoas dos grupos prioritários sejam imunizadas. A vacinação é, comprovadamente, a forma mais eficaz de prevenir a gripe e suas complicações.”



Por que se vacinar todos os anos?

Vale destacar que é fundamental tomar a vacina contra a gripe anualmente, 5 uma vez que a vacina incluindo a cepa Darwin de H3N2, que foi a que causou o surto entre novembro de 2021 e o início de 2022, só chegou ao Brasil a partir de março deste ano. A atualização das vacinas é feita anualmente conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). 6 Para a temporada de 2022-2023 a composição da vacina recomendada pelo OMS ao Hemisfério Norte é a mesma para o Hemisfério Sul. 7

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) atualizou recentemente as orientações do seu calendário de vacinação para influenza. 9 Em situações epidemiológicas de risco, uma segunda dose da vacina Influenza pode ser considerada no mesmo ano, a partir de 3 meses da primeira dose, especialmente para idosos e pessoas com comorbidades (em especial imunodeprimidos). 10


Grupos de risco

A gripe é uma doença respiratória aguda causada pelo vírus Influenza. A doença afeta todos os grupos etários, mas os grupos com maior risco de complicações são gestantes, crianças com idade inferior a cinco anos, idosos, pessoas com comorbidades, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde. 10
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, todos os anos, de 5% a 10% da população mundial seja infectada pelo vírus. Também anualmente, de acordo com a entidade, são notificados no cerca de 1 bilhão de casos da doença, dos quais 3 a 5 milhões são graves e entre 290.000 e 650.000 evoluem para o óbito. 11


Por isso, importante ressaltar que a proteção da vacina contra gripe vai além da própria gripe. Ela é fundamental para a redução de óbitos, bem como para evitar o ingresso de pacientes em UTI e hospitalizações por pneumonia em pessoas com diabetes, podendo reduzir o risco de óbito em 46% de acordo com uma análise agrupando resultados de 6 estudos. 12 Uma outra pesquisa incluindo 2650 idosos com diabetes (65 anos e mais) vivendo em instituições de longa permanência na Espanha, apontou que a cada 435 idosos com diabetes vacinados em um ano, um
óbito foi evitado. 13

 

 Sanofi

 

Referências

*semana 26
1. SIVEP-Gripe (SRAG 2021 e 2022 - Banco de Dados de Síndrome Respiratória Aguda Grave - incluindo dados da COVID-19 -
Conjuntos de dados - OPENDATASUS. Acesso em 27/07/2022
2. Vacinação contra a gripe continua em todo o país.
3. Ministério da saúde - Informe Técnico -- 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza.
4. G1. Cidade de SP tem o mês de julho mais quente desde 1984.
5. Agência Brasil. Por que se vacinar contra gripe todo ano?
6. WHO. Influenza vaccine viruses and reagents.
7. WHO. Recommended composition of influenza virus vaccines for use in the 2022 southern hemisphere influenza season.
8. WHO. Recommended composition of influenza virus vaccines for use in the 2022 northern hemisphere influenza season.
9. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
10. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). D
11. Centers for Disease Control. About Flu | CDC
12. Bechini A et al. Impact of Influenza Vaccination on All-cause mortality and hospitalization for pneumonia in adults and the
elderly with diabetes: a meta-analysis of observational studies. Vaccines 2020;8: 263.
13. Rodriguez-Blanco T et al. Relationship between anual influenza vaccination and winter mortality in diabetic people over 65
years. Human Vaccines & Immunotherapeutics 2012: 8.

 

Perda rápida do olfato prevê demência ligada à doença de Alzheimer

  

Embora muitas vezes subestimemos nossa capacidade de cheirar em comparação com nossas habilidades de ver e ouvir, nosso sentido olfativo fornece ao nosso cérebro informações críticas, desde a detecção de perigos potenciais, como fumaça, até o reconhecimento do cheiro doce de biscoitos assados. 

Não apenas um declínio no olfato pode prever sua perda de função cognitiva, mas também pode prever mudanças estruturais em regiões do cérebro, importantes na doença de Alzheimer e na demência. 

As descobertas, baseadas em um estudo longitudinal de 515 idosos, publicado em 2 de julho no Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association, podem levar ao desenvolvimento de testes de olfato para detectar comprometimento cognitivo mais cedo em pacientes. 

"Este estudo fornece outra pista de como um rápido declínio no sentido do olfato é um indicador do que vai acabar ocorrendo estruturalmente em regiões específicas do cérebro", disse o autor sênior Jayant M. Pinto, professor de cirurgia na Universidade de Chicago e especialista em otorrinolaringologia que estuda doenças olfativas e sinusais. 

Estima-se que mais de 1 milhão de brasileiros tenham a doença de Alzheimer, que é caracterizada por perda de memória e outros sintomas, como alterações de humor e problemas para realizar tarefas cotidianas. Não há cura para essa doença, mas alguns medicamentos podem aliviar temporariamente seus sintomas. 

A memória desempenha um papel crítico em nossa capacidade de reconhecer cheiros, e os pesquisadores sabem há muito tempo de uma ligação entre o sentido do olfato e a demência. As placas senis e emaranhados neurofibrilares, que caracterizam os tecidos afetados pela doença de Alzheimer, geralmente aparecem em áreas olfativas e associadas à memória antes de se desenvolverem em outras partes do cérebro. Ainda não se sabe se esse dano realmente causa o declínio do olfato de uma pessoa. 

Os pesquisadores queriam ver se era possível identificar alterações no cérebro que se correlacionassem com a perda de olfato e função cognitiva de uma pessoa ao longo do tempo. “Nossa ideia era que as pessoas com um olfato em declínio rápido ao longo do tempo estariam em pior forma -- e mais propensas a ter problemas cerebrais e até mesmo a própria doença de Alzheimer -- do que as pessoas que estavam diminuindo lentamente ou mantendo um olfato normal”, disse um dos pesquisadores. 

A equipe aproveitou dados anônimos de pacientes do Projeto Memória e Envelhecimento da Universidade Rush (MAP), um grupo de estudo iniciado em 1997 para pesquisar condições crônicas de envelhecimento e doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Os participantes do MAP são idosos que vivem em comunidades de aposentadoria ou residências para idosos no norte de Illinois e são testados anualmente quanto à capacidade de identificar certos cheiros, função cognitiva e sinais de demência, entre outros parâmetros de saúde. Alguns participantes também realizaram uma ressonância magnética. 

Os cientistas da UChicago Medicine descobriram que um rápido declínio no olfato de uma pessoa durante um período de cognição normal previu várias características da doença de Alzheimer, incluindo menor volume de massa cinzenta nas áreas do cérebro relacionadas ao olfato e memória, pior cognição e maior risco de demência nestes idosos. Na verdade, o risco de perda do olfato era semelhante ao de carregar o gene APOE-e4, um conhecido fator de risco genético para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. 

As mudanças foram mais perceptíveis nas regiões olfativas primárias, incluindo a amígdala e o córtex entorrinal, que é uma importante entrada para o hipocampo, um local crítico na doença de Alzheimer. 

“Conseguimos mostrar que o volume e a forma da massa cinzenta nas áreas olfativas e associadas à memória do cérebro de pessoas com rápido declínio no olfato eram menores em comparação c
 

Uma autópsia é o padrão-ouro para confirmar se alguém tinha Alzheimer. Os pesquisadores esperam eventualmente estender essas descobertas examinando o tecido cerebral em busca de marcadores de Alzheimer. A equipe também quer estudar a eficácia do uso de testes de olfato em clínicas -- de maneira semelhante à forma como os testes de visão e audição são usados ​​-- como meio de triagem e rastreamento de idosos em busca de sinais de demência precoce e desenvolver novos tratamentos. 

Os testes de olfato são uma ferramenta barata e fácil de usar que consiste em uma série de varetas com aparência semelhante a canetas de feltro. Cada bastão é infundido com um aroma distinto que os indivíduos devem identificar a partir de um conjunto de quatro opções.
 

"Se pudéssemos identificar pessoas na faixa dos 40, 50 e 60 anos que correm maior risco desde o início, poderíamos ter informações suficientes para inscrevê-las em ensaios clínicos e desenvolver medicamentos melhores", disse um pesquisador. 

O estudo foi limitado, pois os participantes realizaram apenas uma ressonância magnética, o que significava que a equipe não tinha dados para identificar quando as mudanças estruturais nos cérebros começaram ou a rapidez com que as regiões do cérebro encolheram.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). 

 

Fonte: Rapid olfactory decline during aging predicts dementia and GMV loss in AD brain regions, Alzheimer s & Dementia (2022). DOI: 10.1002/alz.12717

5 fatos sobre o metabolismo que você precisa saber

A endocrinologista Dra. Thais Mussi explica uma nova - e reveladora! - pesquisa sobre o funcionamento do metabolismo.

 

O metabolismo humano era um mistério até pouco tempo - afinal, quem nunca ouviu: "o seu metabolismo é rápido, por isso emagrece fácil" ou um "o meu metabolismo é muito lento!" na vida? 

Mas não é mais assim: na verdade, uma série de estudos recentes mostram como o nosso metabolismo funciona, e os resultados vão chocar muitas pessoas que costumavam "culpar" o metabolismo pela dificuldade em perder peso e até pela falta de desempenho em outras atividades. 

"Antes de entrarmos no resultado dos estudos, é importante entendermos que eles comprovaram algo que já sabíamos: metabolismo significa o trabalho que as células realizam no corpo", explica a médica endocrinologista e metabologista pela SBEM Dra. Thais Mussi. "Temos cerca de 37 milhões de células no corpo que trabalham o tempo inteiro, de maneira individual ou combinada - logo, o metabolismo está sempre funcionando, queimando calorias nas atividades físicas e nas tarefas básicas da existência humana." 

Com isso em mente, a médica nos ajuda a entender os resultados da pesquisa desenvolvida pelo antropólogo Herman Pontzer, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e publicada no livro “Burn: New Research Blows the Lid Off How We Really Burn Calories, Lose Weight, and Stay Healthy”. A pesquisa foi feita com mais de 6000 entrevistados de várias partes do mundo, gêneros diferentes e idades que iam de recém-nascidos até idosos com 95 anos completos.

 

1.O metabolismo não diminui com a idade

Mas é duas vezes maior em uma criança entre 0 e 1 ano do que em um adulto. A partir dos 20, cai 3% ao ano e, a partir dos 60, cai 0,70% ao ano.

 

2.O metabolismo queima muitas calorias por dia

A média diária, sem atividades físicas, é de 2500 calorias queimadas.

 

3.Os homens não queimam calorias mais rápido do que as mulheres

"Eles apenas possuem um modelo maior de estrutura corporal, que distribui mais a massa magra do que gordura (o que queima mais calorias), dando a impressão de que emagrecem mais rápido", explica a médica.

 

4.Marcos femininos não alteram o metabolismo

Gravidez, ciclo menstrual ou a menopausa não têm interferência no metabolismo. Ele só vai começar a se alterar a partir dos 60 anos, como o de todos os seres humanos.

 

5.Ganho de massa magra ajuda o corpo, sim

Por fim, a pesquisa demonstrou que o ganho de massa magra é, sim, importante para ajudar o corpo a queimar calorias. "Esse pode ser um dos focos de uma atividade que privilegie o emagrecimento, combinando atividades de musculação (que privilegia a massa muscular), com boa alimentação, dentre outros", continua a Dra. Thais.

 

6.Não é possível aumentar o metabolismo

Isso talvez deixe muita gente chocada: não existem formas de realmente aumentar o metabolismo do corpo. Pelo menos, até o momento.

 

 

DRA. THAIS MUSSI -Crm 27542-PR 118942-SP RQE 373 - Formada em medicina para Universidade do Vale do Itajaí (Univali); Residência em clínica médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Residência em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro titulado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e  Membro do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV); Pós-graduação em Nutróloga pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Médica integrante da C.A.S.A Sophie Deram- centro de aconselhamento em saúde alimentar; Especializacao em Mindfull Eating; Participação em diversos congressos internacionais voltados a Obesidade e Síndrome metabólica.


Burnout ou Boreout? Síndromes que geram o adoecimento mental no trabalho

Psicanalista alerta que a segurança emocional nas empresas precisa ser repensada 

 

A Síndrome de Burnout já é nossa velha conhecida. Tanto que, em janeiro de 2022, ela foi oficializada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma síndrome crônica na nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), especificando o adoecimento psíquico através do esgotamento e da sobrecarga profissional. Mas e quando o colaborador também adoece pelo excesso de tédio no trabalho? Neste caso, surge a Síndrome de Boreout, outro problema emocional que vem preocupando as empresas, causado por um tédio crônico que pode levar à depressão, ansiedade, insônia e ao estresse.

As altas cargas horárias de trabalho podem ser prejudiciais para a saúde mental, assim como o tédio constante, pois geram afastamentos e uma maior rotatividade no quadro funcional das instituições. Claro que sentir-se entediado em algum momento da vida não é nada absurdo. A questão é quando esse tédio se arrasta, distanciando a expectativa da realidade, de forma intensa e prolongada, provocando desânimo, inquietação, falta de interesse e foco. Além de tudo que essa síndrome pode causar, ela tira o brilho e a vivacidade do indivíduo, que acaba por perder o interesse em se envolver em atividades corriqueiras.

A segurança emocional nas empresas precisa ser repensada bem como na vida cotidiana de todo ser humano. Visto que, se não for identificada a tempo, a Síndrome de Boreout pode se agravar, causando ainda mais frustração e, até mesmo, depressão e afastamento social, já que o isolamento está diretamente relacionado ao fato de que a pessoa começa a se sentir inútil e sem condições de desempenhar seus papéis.

Porém, ao perceber sinais de Boreout, esse indivíduo deve ser encaminhado a um psicanalista ou psiquiatra para que a situação possa ser melhor avaliada e um tratamento adequado seja proposto, objetivando, através da intervenção terapêutica, diminuir os impactos que a síndrome exerce na saúde mental desse colaborador. O estado de apatia e desinteresse desmotivam e minam o prazer de viver e de estar em comunidade, por isso é necessário implantar um senso de humanidade nas organizações para resgatar o estímulo ao equilíbrio físico e mental na vida pessoal e profissional de cada funcionário.

Uma boa dica é contribuir com atividades que provoquem um ambiente saudável e de competitividade natural, sem exageros, para que as pessoas se sintam estimuladas a se autodesenvolverem e participarem. Além disso, uma comunicação clara e transparente faz muita diferença, assim como abrir espaço para que as pessoas possam externar seus sentimentos e verbalizar suas emoções, sempre através de uma escuta ativa e sem julgamentos prévios.

Outra dica é a criação de atividades internas que incentivem o indivíduo a encontrar pequenas motivações diárias a serem intercaladas com o trabalho. Hobbies podem gerar excelentes resultados. Fato é que cada dia precisa ser significativo e valorizado, afinal, tanto a Síndrome de Burnout quanto a Boreout podem atingir qualquer pessoa em atividade laboral.

Enfim, mais uma vez constatamos a clara necessidade de conhecimento e divulgação de doenças relacionadas ao adoecimento emocional, no sentido de evitar julgamentos e o surgimento de maiores dores. Na verdade, o tédio não faz mal algum, pelo contrário, não fazer nada, às vezes, também auxilia a saúde mental. Mas esse tédio, para ser saudável, precisa ser passageiro, sem provocar sintomas desagradáveis. Ele se torna um problema quando vira companheiro eterno do indivíduo e se associa às emoções prejudiciais à saúde mental, gerando transtornos constantes.

 

 

Dra. Andréa Ladislau -Psicanalista.

 

Saiba mais sobre trombose nos homens em apenas 10 perguntas

Dos 50 anos aos 69 anos, trombose venosa é mais frequente em indivíduos do sexo masculino e, depois dos 70, registros de trombose são parecidos entre homens e mulheres; médico hematologista e professor-doutor da Unicamp explica a doença, seus tipos, prevenção, diagnóstico e tratamento 

 

A trombose é uma doença considerada bastante comum, porém grave. Trata-se da formação de coágulos do sangue nas veias ou artérias. Estes coágulos são também conhecidos como trombos. Normalmente, a trombose venosa ocorre pela formação de coágulos nas veias internas das pernas, o que chamamos de trombose venosa profunda (TVP). Mas as complicações podem se espalhar para o restante do corpo, podendo ser fatal, como na situação em que o trombo vai parar no pulmão e causa uma embolia pulmonar (EP). O termo “tromboembolismo venoso”, referido pela sigla “TEV”, é usado para definir a presença de uma trombose venosa profunda (TVP) e/ou embolia pulmonar (EP), já que ambas decorrem da formação de um trombo nas veias. Por sua vez, as tromboses arteriais em geral se formam nos próprios órgãos, e têm consequências ainda mais dramáticas, como os infartos e os acidentes vasculares isquêmicos cerebrais (AVC), popularmente conhecidos como “derrames”. Por isso, para preservar a vida da pessoa com trombose, seja homem ou mulher, o tratamento precisa ser iniciado o quanto antes.

Para explicar o que é a trombose, os seus tipos, prevenção, diagnóstico e tratamento, em especial para indivíduos do sexo masculino, notadamente mais resistentes às visitas e exames médicos, Erich de Paula, médico hematologista, professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) e membro da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH), responde a dez questões sobre a doença.


  1. O que é trombose?

Trombose pode ser definida como uma obstrução de um vaso sanguíneo por um coágulo. Ela pode ser arterial, quando acontece nas artérias que levam o sangue do coração aos tecidos e órgãos, ou venosa, quando ocorre nas veias que trazem o sangue dos tecidos para o coração. Na arterial, há uma maior gravidade, pois interrompe a oxigenação para o tecido, como no caso de um infarto ou derrame (AVC). Já na venosa, a obstrução está mais relacionada à obstrução do retorno venoso, ao inchaço que fica nesse local e à possibilidade de que um pedaço desse coágulo se desprenda da veia e possa causar embolia pulmonar. Isso porque antes de retornar ao coração, o sangue passa por um filtro muito importante que é o pulmão. A chegada de um trombo à circulação pulmonar pode comprometer a função de oxigenação do sangue, podendo ser fatal ao paciente. O termo tromboembolismo venoso (TEV) engloba a trombose venosa localizada na perna, que chamamos de trombose venosa profunda (TVP), e/ou a embolia pulmonar (EP).


  1. Quais as especialidades médicas mais indicadas para fazer o diagnóstico e tratamento do tromboembolismo venoso?

As especialidades médicas que normalmente fazem o diagnóstico do TEV são a medicina de emergência, feita pelos profissionais emergencistas que estão nos prontos socorros, o cirurgião vascular, o cardiologista, o hematologista ou qualquer médico que atua em UTIs. De fato, a suspeita do diagnóstico de trombose é uma competência que todo médico que atende paciente deve possuir. Uma vez feita a suspeita diagnóstica de TEV, quem vai conduzir uma avaliação mais detalhada é, em geral, o cirurgião vascular ou o hematologista.


  1. Como é feito o diagnóstico do tromboembolismo venoso?

Primeiramente, faz-se a suspeita diagnóstica pela apresentação clínica, isto é, um inchaço, dor ou vermelhidão. Após, é pedido um exame de imagem, pois há necessidade de averiguar onde está o trombo, isto é, o coágulo de sangue. Se for na perna, um ultrassom; se for no pulmão (embolia pulmonar), tomografia; e se for no fígado, em geral, ultrassom ou tomografia. O diagnóstico do tromboembolismo venoso – doença que é o foco de nossa campanha do Dia Mundial da Trombose, lembrado em 13 de outubro –, pode ser geralmente feito por ultrassom no caso da TVP, ou por tomografia no caso da EP.


  1. Quais os tipos de tromboses que mais acometem pessoas do sexo masculino? Há alguma razão em especial?

A trombose acomete homens e mulheres. Há, porém, uma diferença relacionada à faixa etária. Nas faixas mais jovens, as tromboses venosas são mais comuns nas mulheres, principalmente porque elas estão expostas a fatores de risco importantes que os homens não estão: o uso de hormônios estrógenos em pílulas anticoncepcionais e o ciclo de gestação e puerpério (período de seis semanas após o parto) que aumentam o risco de tromboembolismo venoso (TEV). A partir da menopausa, as mulheres deixam de ter essa exposição, motivo pelo qual acima de 50 anos de idade a frequência de tromboses venosa passa a ser mais altas em homens. Por sua vez, a incidência de trombose arterial é maior em homens durante toda a vida, com uma tendência à redução da diferença acima de 70 anos.


  1. A partir de qual idade é mais frequente a trombose em homens? Por quê?

Dos 50 anos aos 69 anos, a trombose venosa, ou tromboembolismo venoso, passa a ser mais frequente em homens, e ainda não se sabe o porquê de acometer mais pessoas do sexo masculino nesta faixa etária. E depois dos 70 anos, os registros de trombose são parecidos entre homens e mulheres. Outro fato importante é que se uma pessoa que já teve um tromboembolismo venoso (TEV) for do sexo masculino, sua chance de recorrência (isto é, de uma nova trombose) é mais alta, e isso ocorre em todas as faixas etárias.  Como já mencionado, as tromboses arteriais são mais frequentes e mais precoces em homens, como em casos de infarto e AVC. Os motivos por que o TEV é mais frequente em homens a partir dos 50 anos, bem como a maior tendência a apresentar uma nova trombose observada em homens, é desconhecido, havendo várias hipóteses ainda não confirmadas.


  1. Quais são os fatores de risco para homens terem trombose venosa (TEV)?

Os fatores de risco para homens terem tromboembolismo venoso (TEV) são o mesmo para as mulheres: imobilização prolongada em internações e viagens com mais de 4 a 6 horas, o câncer, doenças inflamatórias, cirurgias e algumas alterações genéticas. O tabagismo e a obesidade também são outros fatores que aumentam o risco de TEV. Ainda há o uso de hormônios estrógenos em geral pelas mulheres por meio de anticoncepcionais. No entanto, em mulheres trans (identificadas no nascimento como do sexo masculino e que fazem a transição para o feminino), o uso de estrógenos leva a um aumento no risco de trombose venosa. Importante destacar que, de longe, a principal causa de TEV são as internações hospitalares, em particular devido à imobilização. Nestes casos, o uso de medidas de prevenção pode reduzir muito a ocorrência destas tromboses.  


  1. Há, eventualmente, homens que têm predisposição a ter trombose venosa? Por quê?

Assim como mulheres, há homens que têm predisposição a ter trombose venosa. No entanto, isto ocorre de forma semelhante entre os sexos, já que as alterações genéticas que aumentam a probabilidade de ter a doença não estão relacionadas, em sua maioria, a genes localizados nos cromossomos X (mulher) ou Y (homem).


  1. Quais os sintomas da trombose venosa em homens?

Os sintomas da trombose venosa em homens são os mesmos que nas mulheres. Se for na perna, há inchaço unilateral e assimétrico, isto é, uma das pernas fica mais volumosa que a outra. A perna também pode ficar mais quente e vermelha, podendo surgir varizes. Estes são sintomas, portanto, de trombose venosa profunda (TVP) de perna. Já os sintomas de embolia pulmonar são dor no peito, falta de ar e, em raros casos, é preciso frisar, tosse e expectoração de sangue.


  1. O que os homens deveriam fazer para se precaver contra uma futura trombose venosa?

Para quem nunca teve trombose venosa, e isso é válido para homens e mulheres, antes de mais nada é preciso conhecer os fatores de risco. Saber que quando se é internado em um hospital ou após longas viagens há um aumento da chance de ter a doença. Isto também ocorre em indivíduos com câncer. Conhecer estes fatores é importante, pois permite que seja estabelecido um diálogo com o seu médico sobre as melhores estratégias de prevenção, que podem incluir, por exemplo, o uso de meias elásticas durante uma viagem ou medicamentos específicos durante uma internação. O paciente pode e deve conversar com seu médico sobre este tema.

Já para quem teve trombose venosa, há diferenças importantes quanto à prevenção. Para esses indivíduos, o tratamento usual de uma trombose venosa logo após seu diagnóstico inclui em geral medicamentos anticoagulantes por três a seis meses. Após esse período, o médico avalia se deve-se seguir ou parar o tratamento. Na maioria dos casos, ele é parado, em particular quando a causa da trombose não mais existe (por exemplo, uma TVP após uma internação). Porém, essa avaliação envolve muitos fatores e alguns poucos exames laboratoriais. Importante destacar que se a pessoa for do sexo masculino, o risco de uma nova trombose venosa é maior. Então, isso também é levado em conta quando da decisão médica sobre uma eventual continuidade do tratamento com anticoagulantes.


  1. Há tratamentos específicos para trombose venosa em homens?

Os tratamentos são iguais para homens e mulheres. O que muda apenas é que quando estratificamos o risco para definir a duração do tratamento, o fato de paciente ser do sexo masculino é considerado um fator de risco para uma segunda trombose. Isto não quer dizer que todo homem que apresentou um TEV deve usar anticoagulante por mais tempo, mas com certeza este é um fator de risco que levamos em conta.

 

Sobre o Dia Mundial da Trombose

No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta efeméride é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (SITH) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Para saber mais, acesse https://www.worldthrombosisday.org/ e também o site da SBTH: https://www.sbth.org.br/.


Opa! Escapou!

Escapes eventuais de urina afetam público feminino cada vez mais jovem: confira orientações para combater e evitar o problema



Espirrar forte, rir demais, pular, levantar muito peso ou exagerar nos exercícios de impacto. Para 10 milhões de brasileiros (Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia) essas atividades trazem um pequeno inconveniente que, a longo prazo pode prejudicar de forma significativa a qualidade de vida: a incontinência urinária. Se você acha que esse é um problema exclusivo dos idosos, está muito enganado! Boa parte de população que sofre com o problema está na casa dos 18 aos 50 anos.

Segundo pesquisa do IPEC (Inteligência e Pesquisa e Consultoria) feita em 2021, com duas mil pessoas em todo o país, as mulheres são as mais afetadas, representando 68% dos afetados — 20% contam que o problema começou durante ou após a gravidez, 15% após ou durante a menopausa e 15% na terceira idade.

Segundo a fisioterapeuta em saúde da mulher, Flaviana Meyer, um dos motivos pelos quais os casos de incontinência urinária entre mulheres mais jovens estarem tornado-se evidentes nos consultórios, é justamente pelo fato das gerações mais jovens lidarem com a questão de forma mais aberta, sem "tabus". "As gerações mais velhas, acima dos cinquenta anos, ainda enxergam a situação como motivo de vergonha e procuram soluções paliativas para resolver o problema sem conversar com um profissional", explica.

Com isso, a procura por soluções para minimizar o desconforto e constrangimentos devido à leve perda urinária vem aumentando significativamente e tal fator, já traz reflexos no mercado. Segundo Renata Maciel, gerente de marketing e trade da Mili, indústria do segmento de higiene pessoal, as fraldas para adultos foram os produtos mais procurados entre todos os oferecidos pela empresa em 2022. "Comparando os seis primeiros meses deste ano com o mesmo período de 2021, o que observamos foi um aumento de 119% na compra de fraldas geriátricas da marca o que é um indicador importante de que a incontinência urinária vem afetando parcela cada vez maior da população", afirma.


Como identificar o problema?

Flaviana explica que qualquer perda de urina involuntária ao espirrar, tossir ou fazer qualquer esforço físico merece atenção. "Outro sinal de alerta é não conseguir chegar a tempo ao banheiro", explica.

 "Vale lembrar que o diagnóstico pode ser dado tanto por um fisioterapeuta ou urologista. O importante é procurar suporte médico assim que os primeiros sintomas de incontinência urinária aparecem", recomenda Flaviana.

Ainda segundo a fisioterapeuta, é fundamental manter a atenção sobre a saúde da pélvis, antes mesmo do problema aparecer. "Para isso, exercícios de fortalecimento - como agachamentos, contrações musculares e pranchas abdominais - devidamente orientados por um profissional, podem ajudar a evitar problemas futuros", finaliza.

Herpes zóster: uma doença difícil, mas que tem tratamento e conta com vacina eficaz


Já ouviu falar de herpes zóster? Mais popularmente conhecido como “cobreiro”, o herpes zóster é uma doença que causa erupção cutânea dolorosa, quase sempre com o aparecimento de bolhas. Ela surge pela reativação do vírus varicela-zoster (que, por sua vez, é o causador da catapora), que em muitos casos persiste, adormecido, no organismo após a pessoa desenvolver a doença durante a infância ou a adolescência. Entre outros sintomas que podem surgir nos casos leves, há febre, dor de cabeça e tremores. 

Contudo, justamente por não ser tão conhecida e por não exigir notificação junto aos agentes de saúde, pois não é contagiosa, a doença tem poucos dados oficiais disponíveis, então é difícil estabelecer um cenário preciso a seu respeito. Um estudo da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), publicado em 2021, mostrou que o número de casos de herpes zóster aumentou 35,4%, na média, de pouco mais de 30 casos/milhão de habitantes, antes da pandemia de Covid-19, para quase 41 casos/milhão de pessoas em 2020. 

A complicação que mais preocupa nos quadros agudos de herpes zóster é a chamada neuralgia pós-herpética (NPH), que se caracteriza pela ocorrência de dor neuropática. O quadro causa sensação de queimação, agulhada, choque, formigamento ou adormecimento e pode comprometer bastante a qualidade de vida do paciente. A condição normalmente surge cerca de um mês depois do aparecimento das bolhas. 

O risco de desenvolver o herpes zóster aumenta com a idade. Assim, pessoas idosas têm mais chance de ter a doença em sua forma mais grave, associada à NPH. Ao longo de toda a vida, cerca de 30% da população pode desenvolver a doença. Porém, ela também pode ser desencadeada por estresse e baixa imunidade, o que faz com que atinja muitas pessoas fora da principal população de risco. O fator emocional, que interfere na imunidade, é um caminho para explicar a reativação do vírus. 

Além da possibilidade de a pessoa desenvolver a NPH, que vira uma dor crônica, o herpes zóster pode atingir cérebro e pulmões de pessoas incluídas na população mais vulneráveis, causando pneumonia, cegueira, encefalite e podendo levar a óbito. Vale lembrar, também, que é comum que pessoas idosas tomem diferentes remédios, o que facilita a interação medicamentosa e torna o tratamento ainda mais complexo.  

O diagnóstico é realizado por exames clínicos e pela observação da evolução do quadro clínico-epidemiológico. O tratamento geralmente é realizado por meio do uso de antivirais e analgésicos, que devem ser prescritos por um médico de confiança. 

Recentemente, foi disponibilizada no Brasil uma nova opção de vacina inativada recombinante contra o herpes zóster. A vacina Shingrix atua de maneira diferente da vacina até então disponível, a Zostavax – composta por vírus vivo atenuado. A Shingrix tem uma vantagem importante, pois é segura também para a população imunossuprimida em razão de doenças ou do uso de medicamentos imunossupressores – os quais, inclusive, aumentam as chances de desenvolvimento da doença. Indicada para adultos a partir de 50 anos de idade e para pessoas com mais de 18 anos com risco aumentado de herpes zóster, a proteção dessa vacina dura até 10 anos. 

É muito importante que as pessoas dentro da faixa indicada se vacinem contra o herpes zóster. Além disso, também é essencial que as pessoas mais jovens, que dadas as crescentes exigências do mercado de trabalho, as complexidades no dia a dia das grandes cidades e as dificuldades de relacionamento tão típicas deste momento em que tudo é digital – inclusive a vida perfeita dos outros, não a nossa –, estão comprometendo a própria saúde mental. Fora dos grupos de risco, a manutenção da qualidade de vida e da saúde global, física e mental, é crítica para evitar o surgimento de herpes zoster. 

 

Sandra Gomes de Barros - infectologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 

 

Segundo a OMS, 50% de todos os transtornos mentais têm início aos 14 anos

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) alerta que 50% de todas as condições mentais têm início aos 14 anos, mas, na maioria dos casos, o problema não é diagnosticado nem tratado.

“É importante sempre ressaltar que assim como os adultos, os nossos jovens também precisam de cuidados, principalmente quando apresentam uma saúde mental fragilizada”, destaca Katherine Paula Machado, neuropsicóloga da Clínica Maia, instituição que possui uma unidade voltada exclusivamente ao atendimento de crianças e adolescentes. 

Localizada em Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo, a clínica é referência no tratamento infantojuvenil de transtornos mentais e dependência química.

“Entendemos que os pacientes nesta faixa etária têm necessidades específicas e que o tratamento tende a ser mais eficaz se realizado sem a interação com pacientes adultos”, explica Katherine. 

Através de um acolhimento multidisciplinar, os jovens pacientes possuem uma grade terapêutica bem completa, com diversas atividades ao longo do dia, entre elas: atividade física, hidroginástica, jogos esportivos, grupos focados em psicoeducação, acompanhamento psicopedagógico, arteterapia e treino de habilidades com a metodologia ABA (Análise do Comportamento Aplicada). 

 “Muitas vezes, não é frescura, não é rebeldia, não é drama, não é uma fase, como muita gente pensa; é coisa séria! Então, quando preciso, é fundamental buscar o suporte especializado de profissionais da saúde mental, para assim evitar sérios impactos na qualidade de vida, no desenvolvimento, no desempenho e no futuro de crianças e adolescentes”, completa a especialista.


Mitos e verdades sobre a vitamina D


Em agosto, completam-se 100 anos desde o primeiro estudo sobre vitamina D, nutriente cuja deficiência tornou-se um problema de saúde global, atingindo 88% da população mundial, de acordo com estudo publicado no The Journal of Nutrition. Entre as principais causas, Dr. Héctor Cori, diretor científico da DSM para América Latina, aponta a menor exposição solar, fonte de 80%-90% da vitamina D. 

Comumente associada à saúde óssea, a vitamina D é fundamental também para outros benefícios de saúde, incluindo a imunidade, estando associada a um menor número de infecções. Ponto este que gera cada vez mais interesse pela população, como identificou o estudo Consumer Immunity Panel, realizado pela DSM em 2020 com 12 mil pessoas em 24 países. A pesquisa mostrou que a imunidade foi classificada como uma das três principais preocupações de saúde dos entrevistados e que aproximadamente 65% dos consumidores preocupam-se em aumentar suas defesas. 

Ainda há dúvidas sobre por que é tão difícil normalizar os níveis de vitamina D, seus benefícios e como fazer, no entanto, ainda são comuns. Dr. Héctor Cori, diretor científico da DSM para América Latina, esclarece alguns mitos e verdades em torno do assunto: 


1. É verdade que a vitamina D pode ajudar na prevenção de gripes ou resfriados? 

Verdade. Assim como várias outras vitaminas, a D desempenha um papel imunoregulador. Isso acontece porque os linfócitos (células que fazem parte do sistema imunológico), apresentam receptores para a vitamina D, e quando os níveis estão adequados, podem atuar melhor no combate a infecções. Sendo assim, nosso organismo responde mais rápido ao processo de recuperação. Além de ter grande importância para nossa imunidade, a vitamina D também auxilia nosso organismo a absorver cálcio e fósforo – suportando a saúde e o bem-estar. 

 

2. A vitamina D pode atuar também de forma positiva na recuperação de infecções respiratórias. 

Verdade – Diversos estudos comprovam que a vitamina D é capaz de articular o sistema imune inato, ou seja, barreiras que compõem a primeira linha de defesa do organismo. Resultados recentes da National Health and Nutrition Examination mostraram que o risco de infecções do trato respiratório foi 25% maior nas pessoas com baixos níveis de vitamina D, em comparação com aquelas que continham níveis mais elevados do nutriente. Outro estudo, publicado em 2017 pelo British Journal of Medicine, mostrou que a suplementação de vitamina D mostrou-se eficaz para pessoas com níveis séricos abaixo de 25 nmol/l na prevenção de infecções respiratórias agudas.

 

3. Não é indicado aumentar a exposição ao sol para normalizar os níveis de vitamina D mais rapidamente. 

Verdade. Apesar de o sol ser essencial para a absorção da vitamina, não é recomendado exagerar, 15-20 minutos ao dia já são suficientes e podem auxiliar a alcançar 10 mil unidades de vitamina D. A contraindicação acontece porque, para que haja absorção, é necessário que a exposição seja feita sem protetor solar e, se possível, com braços e pernas expostos, pois a quantidade de vitamina D obtida é proporcional à pele exposta. Fazer isso por um tempo prolongado pode trazer diversos riscos à saúde da pele. Qualquer ação deve ter o acompanhamento de um especialista, para que o oriente detalhadamente, de acordo com seu histórico e necessidades.

 

4. Idosos têm maior dificuldade de absorção de vitamina D. 

Verdade. Existem grupos mais suscetíveis à deficiência e à insuficiência de vitamina D, como indivíduos de fototipos elevados, crianças, gestantes e idosos. Um estudo realizado em Toronto com grupos de 77 a 82 anos, na comparativa com pessoas de 8 a 18 anos, revelou a queda de quase pela metade na capacidade de produção do nutriente com o aumento da idade. Além de o envelhecimento ser considerado um fator de risco para a absorção da vitamina D, com o passar dos anos, a exposição solar fica limitada por alterações no estilo de vida, uso de roupas mais fechadas, perda da mobilidade e redução das atividades ao ar livre.

 

5. Vegetarianos e veganos têm baixos níveis de vitamina D por conta da restrição alimentar.

 Mito. Não necessariamente a alimentação é a causa dos baixos níveis de vitamina D no organismo. Ela é, de fato, encontrada em maior concentração na gordura de peixes e em produtos lácteos, mas os alimentos não são a principal fonte de obtenção do nutriente. O sol é o responsável por 80%-90% da absorção e a correta exposição diária pode ajudar a normalizar os níveis séricos no organismo, podendo ser complementada com suplementos, caso haja recomendação médica. O ideal é estar sempre com exames em dia e buscar fontes alternativas para normalizar os índices, se necessário.

 

6. Determinadas substâncias, como a cafeína, prejudicam a absorção das vitaminas pelo nosso organismo. 

Verdade - Refrigerantes de cola, café, chá preto e outros ricos em cafeína podem atrapalhar a absorção de algumas vitaminas, como B e D. O mesmo acontece com a ingestão de bebidas alcoólicas, que afetam a absorção do cálcio e reduz a resposta do organismo à vitamina D. Já o tabaco prejudica o aproveitamento da vitamina E, enquanto o excesso de consumo de fibras dificulta a assimilação das vitaminas A, E e D pelo nosso organismo.

 

7. A vitamina D protege contra a Covid-19 e outros vírus? 

Mito. A vitamina D é um agente propulsor de melhores condições relacionadas à imunidade e ao quadro de infecções respiratórias, no entanto, não foi comprovada uma relação entre o nível de vitamina D e prevenção do coronavírus. O que se demonstrou foi que pessoas com níveis normais ou elevados de vitamina D teriam um menor risco de serem acometidas pela Covid 19 ou de desenvolver quadros graves da doença, mas isso não significa que elas não possam ser contaminadas. A vacina é a melhor forma de se proteger contra o vírus, além do uso de máscara, higiene das mãos e o distanciamento social.

 

8. Não existe limite para o consumo de vitaminas, quanto mais, melhor. 

Mito. Nada em excesso é bom, inclusive a absorção vitamínica. O suplemento deve ser administrado da forma correta e em doses adequadas, o que ocorrerá de acordo com a avaliação clínica de cada paciente, além de sua idade e condições físicas. A hipervitaminose, isto é, quando a o nível de vitamina ultrapassa os limites máximos recomendados, que no caso da D é de 100 mcg, pode causar problemas importantes, como o acúmulo de cálcio e outras complicações. Porém, há um ponto fundamental a se desmistificar: as vitaminas são bem toleradas e há uma ampla margem de segurança, sendo preciso doses muito superiores ao recomendado para que cause algum distúrbio. Por conta disso, a carência de vitamina D tem sido mais preocupante que o excesso.

 

9. Suplementos de vitamina D podem ser utilizados mesmo sem a pessoa fazer exame de sangue antes? 

Verdade - Os produtos que contém vitamina D na quantidade de até 2000UI são classificados como suplementos alimentares e considerados seguros para a utilização em pessoas saudáveis como forma de complementar as necessidades diárias de vitamina D. O seu médico ou nutricionista, pode indicar um desses suplementos, baseado na sua história (anamnese), mesmo sem a dosagem da vitamina no sangue.  O exame, em geral, é solicitado pelo médico sempre que há suspeita de deficiência de vitamina D. 

 

Dr. Héctor Cori - engenheiro de alimentos, com ênfase em Ciência e Tecnologia de Alimentos, pela Universidade do Chile. O especialista atua como diretor científico da DSM para a América Latina, empresa global baseada em saúde, nutrição e biociência.


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