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domingo, 19 de junho de 2022

Busca por profissionais de saúde em redes sociais deve ser feita com muita cautela

Quando se acredita apenas no que veem no Instagram, as pessoas têm grandes chances de escolher profissionais nem sempre gabaritados. O médico cirurgião plástico e oncológico, Dr. Wandemberg Barbosa e a social media, Rejane Toigo dão orientações sobre o tema 

 

As redes sociais são, na atualidade, um dos meios mais importantes para a divulgação e potencialização de vendas de produtos e serviços. Apesar dos benefícios gerados, também são fontes de muitos problemas quando o assunto é a busca por profissionais de saúde e estética gabaritados. Não raramente, as pessoas “compram gato por lebre” quando acreditam apenas no que veem no Instagram e acabam optando por profissionais responsáveis por procedimentos com alta possibilidade de causarem danos físicos aos pacientes.

Para evitar esse tipo de transtorno, o médico referência em cirurgia plástica e oncológica no Brasil, Dr. Wandemberg Barbosa, aconselha pacientes a selecionarem bem as informações que encontram nas redes sociais a respeito dos profissionais aos quais desejam contar com o serviço. “Primeiramente, evite encantar-se com a beleza da clínica e a vida pessoal do cirurgião e procure informar-se sobre o currículo dele. A carreira dele é mais importante do que sua estampa”, enfatiza

Nesse sentido, Dr. Wandemberg orienta que os pacientes busquem saber se o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SCBP). Conforme o médico, essa distinção não significa que o profissional seja infalível, mas que pelo menos passou por um filtro técnico, o que minimizará as chances de um trabalho mal feito. Além disso, Dr. Wamdemberg aconselha que os pacientes acessem o Currículo Lattes do médico e se inteirem a respeito dos resultados das cirurgias previamente realizadas a partir de depoimentos de pacientes antigos. “Fazendo essa filtragem já é possível evitar 70% de futuros problemas”, garante.

Além de informar-se a respeito do currículo do cirurgião, Dr. Wandemberg ressalta a importância da consulta presencial com o médico. É nela que o profissional irá informar ao paciente sobre as limitações e os riscos da cirurgia. “Quando o paciente decide pela cirurgia estética, ele entra em um estado de euforia psíquica, uma espécie de encantamento. Assim, é obrigação de quem tem experiência (o médico) trazer essa pessoa para o plano normal novamente”, diz.

Conforme Dr. Wandemberg, na consulta, o médico deve esclarecer ao paciente, entre outros aspectos, que qualquer procedimento cirúrgico está sujeito a complicações, como o surgimento de infecções causadas por vírus ou bactérias, e que o resultado da cirurgia depende de vários fatores, inclusive cicatrização – que no caso de predisposição genética o paciente poderá desenvolver queloide.  Além disso, o médico deve orientar o paciente sobre os cuidados pré e pós-operatório e a respeito da importância de escolher um bom hospital para a realização da cirurgia.

Para o Dr. Wandemberg, se o médico cirurgião tiver uma boa bagagem profissional e se o paciente seguir à risca todas as suas recomendações, as chances de ocorrerem complicações cirúrgicas diminuem drasticamente.


Importância das redes sociais para a divulgação de profissionais de saúde

A importância das redes sociais para a divulgação dos serviços de profissionais de saúde na atualidade é tão grande, que segundo a especialista em mídias sociais, produtora de conteúdo, e fundadora da Like Marketing, Rejane Toigo, muitas pessoas têm evitado se consultar com médicos, dentistas, nutricionistas, esteticistas etc. que não divulgam informações a respeito de seu trabalho em canais digitais.

“Ao acreditarem ser essencial inteirarem-se mais a respeito de como estes profissionais encaram seu ofício antes de tomar uma decisão, possíveis clientes preenchem essa lacuna de informação principalmente por meio das redes sociais, que se tornam assim imprescindíveis não só para quem procura, mas para quem oferece serviços”, explica a produtora de conteúdo. Conforme Rejane, através das redes sociais, os pacientes conseguem escolher o médico de acordo com suas expectativas e os profissionais podem captar clientes já mais bem informados sobre sua forma de trabalhar.

Não obstante, na hora de divulgar seus serviços no Instagram, Youtube, ou Facebook, o profissional de saúde deve tomar alguns cuidados, priorizando a ética e o bom-senso, de modo a minimizar as chances de engano de futuros pacientes/ clientes.  Assim sendo, a especialista em mídias sociais sugere que o profissional opte por publicar conteúdo majoritariamente relacionado a sua área de atuação. “Quem almeja ser respeitado precisa falar principalmente sobre o que entende, ou seja, sobre sua profissão e se possível fazer isso de modo científico”, orienta.

A produtora de conteúdo sugere que os profissionais se comportem principalmente como educadores, porque, segundo Rejane, não se faz saúde sem educação. “Educar para a saúde é o que todo profissional que atua nessa área deve fazer em suas redes sociais. Agindo dessa forma o profissional aproxima-se cada vez mais da comunidade e contribui de forma efetiva para a melhoria da saúde das pessoas”, diz.

A fim de auxiliar o profissional de saúde a disponibilizar conteúdo profissional em suas redes sociais de maneira que não prejudique sua reputação, Rejane aconselha que ele busque a consultoria de um profissional. “Este será o responsável por elaborar e validar a estratégia de conteúdo relacionada às redes sociais, analisando a linha editorial e decidindo junto ao profissional quais assuntos e como eles devem ser abordados”, afirma. 

 

Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Algum tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista, onde atendia milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo um alto padrão de cirurgias, junto com assistentes e residentes. Nessa ocasião, foi responsável por criar uma residência médica neste hospital. Em 1989, começou a trabalhar no Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, onde instituiu um grupo de cirurgia oncológica, no qual atuou até 2005. Em 1998, concluiu mestrado em Cirurgia Plástica Reparadora pela Faculdade Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e, em 1999, titulou-se especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

 

Obesidade afeta 7 milhões crianças brasileiras

A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica, afetando cerca de 224 milhões de crianças em todo o mundo

 

O Brasil passou por um fenômeno interessante nos últimos 50 anos em se tratando de nutrição infantil. O país saiu de um quadro onde a desnutrição era o maior desafio familiar para um momento em que o excesso de peso extrapola aquela antiga associação de crianças gordinhas à saúde e se junta ao cenário pandêmico mundial da Obesidade Infantil. 

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pesquisa realizada em 2019 indicou que 16,33% das crianças brasileiras entre 5 e 10 anos se enquadram na categoria de obesidade, definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde). “Só no Brasil estima-se que quase 7 milhões de crianças apresentam excesso de peso e segundo o Ministério da Saúde viu-se que uma em cada 10 crianças brasileiras de até 5 anos está com o peso acima do ideal: são 7% com sobrepeso e 3% já com obesidade”, relata a nutricionista, pós-graduada em Nutrição Funcional e CEO da CalcLab (plataforma que faz leitura diagnóstica de exames laboratoriais), Karla Lacerda. 

A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica, afetando cerca de 224 milhões de crianças em idade escolar em todo o mundo. As tendências pós-anos 2000 previram um mundo onde, pela primeira vez, haveria mais crianças e adolescentes obesos do que com baixo peso. Segundo a OMS sua prevalência é crescente e se atribuí a fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, genéticos, ambientais e comportamentais.

 

A luta

O desafio da atualidade é trazer atenção e conscientização da sociedade para esse alerta, promover diálogo e visibilidade sobre a relevância e o impacto dos hábitos de vida na saúde dos pequenos. 

De acordo com a nutricionista, a obesidade é uma condição complexa, multifatorial e pró-inflamatória que está associada à uma combinação de fatores incluindo a exposição das crianças a um ambiente que estimula a ingestão de alimentos densamente calóricos, o sedentarismo, o excesso de telas e suas respostas biológicas a esse ambiente. 

“Antigamente, a obesidade era um problema quase que exclusivamente de adultos, mas aos poucos foi se estendendo a faixas de idades cada vez menores, chegando hoje inclusive a acometer gravemente crianças menores de 5 anos”, relata Karla. 

Ela ainda observa que a partir dessa informação é possível fazer uma previsão sobre os adultos do futuro, pois atualmente as doenças advindas da obesidade já atingem crianças cada vez mais novas apontando para perspectivas de adultos mais doentes. “Inclusive, a Sociedade Brasileira de Pediatria relembrou uma previsão sombria da OMS, que antevê que em 2030, o Brasil pode ser o quinto país com o maior número de crianças e adolescentes obesos. Se nada for feito, a possibilidade de reverter a projeção é de somente 2%”. 

De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil recente, 80% das crianças brasileiras de até 5 anos consomem alimentos ultraprocessados, como bolachas recheadas, o que também é observado entre bebês com menos de 2 anos. 

Karla explica que um momento muito determinante para essa situação é a gestação, pois já é sabido que a nutrição inadequada da mãe e o excesso de peso já influenciam o perfil alimentar do bebê que ainda nem nasceu. “Outro problema identificado pelos especialistas é a desobservância e descumprimento da exclusividade do aleitamento materno até os seis meses de idade, inserindo a criança no ambiente de alimentação não saudável mesmo antes dela estar apta a comer e introduzindo industrializados e ultraprocessados já durante os primeiros meses de vida”. 

A nutricionista ressalta a importância da família se atentar aos riscos dos alimentos ultraprocessados. Mesmo este modelo de alimento apresentar maior durabilidade, e atenderem a demanda alimentar fast food impulsionada pela falta de tempo da vida moderna, eles não devem fazer parte da rotina alimentar uma vez que apresentam elevadas quantidades de açúcar, sal, gordura trans e aditivos químicos que podem ser prejudiciais à saúde. 

“Já está mais que comprovado que o consumo regular de ultraprocessados como sorvete, suco de caixinha, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, achocolatados, bolos industrializados, embutidos, por exemplo, é uma das fortes razões do ganho de peso excessivo na infância e essa tendência de consumo é o reflexo do impacto do marketing e políticas permissivas sobre alimentação infantil”. 

Na prática, explica Karla, para uma melhor visualização e entendimento dos pais uma criança que tem seu peso 25% maior que o desejável para sua idade, já apresenta sobrepeso, que é um primeiro alerta para a obesidade. “Quando o peso está 30% acima, ela já é considerada obesa. Ambas as condições podem favorecer a doenças como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, depressão, câncer e doenças cardiovasculares. O aumento de peso entre os pequenos hoje resultará em um aumento significativo no futuro nos custos da saúde”. 

Há de se colocar na balança a pandemia da Covid-19 que ainda agravou a situação quando causou uma interrupção abrupta e significativa na rotina das crianças, aumentou o sedentarismo e teve impacto negativo na saúde mental e bem-estar, pois, sem espaço para gastar energia propiciou ambiente ideal para ter tempo de folga com os eletrônicos e suas estratégia agressivas de marketing.


Decisão

Diante desta situação faz-se, necessário pôr em prática ações que favoreçam a melhora desse quadro e pensando nisso o primeiro passo é identificar que a criança está acima do peso. “Essa é a maior dificuldade dos pais ou responsáveis, pois normalmente, identificam apenas quando as crianças já estão muito obesas ou já apresentam doenças advindas do excesso de peso. Os adultos tendem a não dar tanta atenção ao fato de a criança estar gordinha até que isso vire um problema grave de saúde”. 

A nutricionista ainda instiga a família, como um todo, a mudar os hábitos pois a criança repete o que ela vê os adultos a sua volta fazendo, então se todos se sentam a mesa, sem telas, com alimentos saudáveis, se é um momento tranquilo e bom a criança replicará esse comportamento e desenvolverá uma relação melhor com a comida. Isso inclusive está no guia alimentar para a população brasileira, que orienta comer com atenção em ambiente tranquilo e sempre que possível em companhia.

“Além disso, criança precisa ter rotina. A rotina é uma segurança para a criança e permite que ela se desenvolva melhor num ambiente seguro, onde ela está ciente das atividades que vão acontecer no dia da família, incluindo seu momento de brincar, de estudar, de comer, de dormir, gerando menos tensão e estresse na hora de concluir as tarefas”. 

Uma última dica de Karla é incluir a criança já desde bem pequena nas compras da feira e na produção da alimentação, dando oportunidade para que ela conheça e escolhas os vegetais, frutas, legumes, hortaliças que vão compor o cardápio da semana. 

“As estratégias preventivas provaram ser a intervenção de saúde pública mais eficaz para conter esta pandemia. Uma abordagem multidisciplinar envolvendo modificação da dieta e implementação de um estilo de vida saudável, incluindo atividade física regular, minimizando o tempo de tela e intervenções comportamentais, foi considerada a mais benéfica na prevenção da obesidade”, finalizou.

 

CalcLab

 

Hormônios liberados pela atividade física são requisito para saúde física e mental

Educadora física e coordenadora técnica da Fit Anywhere, Alaíde Martins Marques Souza Crédito Amanda Ocanha


Mesmo com benefícios comprovados, o número de adeptos ao exercício físico diário no Brasil é abaixo diante do índice recomendado pela OMS
 

Durante a prática de atividade física o corpo vai responder de forma diferente aos estímulos hormonais, contudo a sensação de relaxamento e felicidade estão entre os benefícios que a mente recebe do sistema endócrino, pois algumas substâncias serão liberadas no corpo. São muitos tipos de hormônios produzidos (ou ativados) neste momento que, comprovadamente, beneficiam a saúde física e mental das pessoas. 

Os hormônios ativados pelo exercício são: a adrenalina que é liberada para aumentar a frequência cardíaca e acelera a queima de calorias. A endorfina é responsável por aliviar dores, reduzir a ansiedade e traz a sensação de bem-estar para o corpo. Já a noradrenalina é produzida pelo sistema endócrino durante exercícios muito intensos, pois é necessário um esforço do corpo para aguentar a carga. 

São ativados ainda o hormônio do crescimento, que ajuda na queima de gordura e é responsável pelo crescimento dos tecidos no corpo, além de sintetizar proteína para construir a fibra muscular; como também a serotonina que auxilia na estabilidade emocional e humor no dia a dia da pessoa. 

Contudo, mesmo com os benefícios comprovados cientificamente, o engajamento social à atividade física no Brasil mostra números pouco satisfatórios. O isolamento social por conta da pandemia da covid-19 converteu-se em uma taxa maior de sedentarismo e o aumento do lastro de doenças físicas e mentais no país. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde feita pelo Ministério da Saúde apontam que 47% dos brasileiros adultos não chegam a praticar o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda: 75 minutos de atividade física intensa ou 150 minutos de exercícios moderados durante a semana. 

Com uma população cada vez mais sedentária, e os níveis de transtornos psicológicos mais abrangentes, praticar atividades físicas tornou-se parte fundamental da rotina de um indivíduo que busca equilíbrio e bem-estar, cientificamente é comprovado que atividade física oferece inúmeros benefícios à saúde mental e física, promovendo mais qualidade de vida às pessoas de modo geral.

 

Endorfina

O exercício é uma das ferramentas para a liberação pelo sistema endócrino do hormônio da endorfina, que atua no desenvolvimento mental e físico das pessoas, além de equilibrar os níveis emocionais, auxiliando no funcionamento equilibrado de nosso organismo, e melhorando a saúde de modo geral.

A ciência já identificou que nossas glândulas endócrinas recebem comumente três diferentes estímulos. Os nutrientes, frutos da alimentação, são responsáveis por impulsionar a liberação dos hormônios; neste ponto, o organismo promove uma reação em cadeia e os hormônios estimulam a produção de outros hormônios; e por fim, o estímulo das fibras nervosas, vindo da atividade física.

Em conjunto com nosso sistema nervoso, o endócrino controla e equilibra de todas funções orgânicas, incluindo a integração e controle das funções do nosso corpo, e estabilização da homeostase, em atividade física e estresse.

Com isto, explica a educadora física e coordenadora técnica da Fit Anywhere, Alaíde Martins Marques Souza, os baixos níveis de endorfina podem trazer sérias consequências para o corpo, como estresse excessivo, incluindo irritabilidade, tristeza, resultando em graves problemas, entre eles ansiedade, depressão, enxaqueca crônica, fibromialgia, entre outros.

A endorfina, segundo a Ciência, é responsável pela mediação química do cérebro no qual o controle de produção e metabolismo são reguladores ao longo e após a prática dos exercícios. Estudos comprovaram que já é possível associar a liberação da endorfina às atividades moderadas. Isto é, de 60% a 80% de sua máxima capacidade executados durante cerca de 40 minutos a 1 hora, ou mais, com predominância das atividades aeróbicas.

Entretanto, é preciso ter em mente que a liberação de endorfina não ocorre de maneira simples. “O indivíduo precisará chegar próximo ao seu limite máximo de gasto energético, ou seja, uma exaustão. Portanto, é fundamental praticar atividades físicas não apenas por questões estéticas, mas também para qualidade de vida e saúde mental e emocional”, relata Alaíde.

O organismo masculino tem maior produção de endorfina do que o corpo da mulher.


Saúde da mulher

Com foco na saúde da mulher, a atividade física torna-se prioritária. “Ao se manter uma rotina ativa de atividades físicas constantes, os níveis de endorfina aumentam em repouso, fazendo com que a substância auxilie na regulação do equilíbrio menstrual, e trazendo mais qualidade de vida”, conta Alaíde. 

Além disso, ainda sobre o organismo feminino, a falta de práticas físicas também pode estar relacionada a problemas de saúde, incluindo irregularidades e alterações no ciclo menstrual, bem como os sintomas da TPM (Tensão Pré-Menstrual). 

Contudo, pontua Alaíde, é preciso levar em consideração os limites adequados das atividades físicas para não ter um efeito reverso e, por exemplo, aumentar os níveis de endorfina, o que acaba acarretando na inibição do ciclo menstrual.

 

FIT ANYWHERE

 

Diabetes: especialista explica como aproveitar São João com saúde

Comidas juninas em excesso podem representar um risco na saúde dos diabéticos

 


O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), de acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes. Com números tão altos, como é possível aproveitar de forma plena o São João, reconhecido pelas comidas típicas da época?

Segundo a especialista em nutrição clínica funcional, Morgana Mascarenhas, as comidas típicas juninas realmente podem representar um problema para pessoas que precisam de restrição alimentar, como diabéticos. Morgana destaca a importância de estar atento na forma que estes alimentos foram produzidos e, principalmente, evitar o consumo de ultraprocessados.

“Como uma época de colheita de vegetais, como milho, amendoim, batata doce e mandioca, são comuns os pratos à base desses ingredientes. Porém o cardápio também acaba ficando recheado de preparações ricas em carboidratos refinados, de gorduras e principalmente os alimentos ultraprocessados, o que reforça a atenção para o equilíbrio no consumo e importância de alguma substituição de ingredientes nessas separações tradicionais”, pontua a especialista, que também é professora da Rede UniFTC.

Possíveis substituições - Morgana explica que o risco do consumo exagerado destes alimentos juninos para pessoas com diabetes é aumentar o nível de glicose no sangue. Contudo, é possível fazer substituições que deixaram a festa mais saudável e divertida para todos.

Por exemplo, é possível substituir o leite integral por desnatado, o açúcar por adoçante artificial (próprios para o forno) como sucralose e stevia e a margarina por manteiga. Outra opção é consumir diretamente os vegetais, em vez dos produtos derivados. Então pode-se trocar o bolo, paçoca e pamonha por consumir o milho, amendoim e a mandioca cozida.

“Outro fator interessante que vale lembrar é que para aqueles pacientes que não fazem a contagem de carboidratos e que não são insulino dependentes, é importante verificar sempre os seus níveis de glicose antes e após as refeições e fazer as correções necessárias para evitar essas variações glicêmicas”, aconselha Morgana.

Além das comidas, a nutricionista também recomenda que o licor tradicional seja evitado por pessoas com diabetes, pois - além do álcool e da frutose (açúcar da fruta) - ele tem uma calda rica em açúcar. Neste caso, a pessoa pode escolher consumir um licor feito com adoçante.

Muito frio para levar as crianças à escola?

Também existe aprendizado e diversão na escola nos dias frios e chuvosos
Saiba como minimizar os efeitos das baixas temperaturas na rotina dos pequenos em idade escolar

 

Enquanto algumas crianças ficam aconchegadas em casa nos dias mais frios, outras tantas pulam cedo da cama rumo à escola. Para se unir aos colegas, muitas se deslocam de carro, outras usam o transporte coletivo ou vão caminhando.  De acordo com o Censo Escolar, de 2021, o país possui mais de 26,5 milhões de crianças matriculadas na educação básica. Diante disso, e independentemente da circunstância, é importante seguir algumas precauções antes de expô-las às baixas temperaturas.

“As crianças são propensas à perda de calor em climas frios", diz a educadora Dayse Campos, de Curitiba (PR). Ela lembra que, para além do frio, as mudanças de estações podem trazer riscos à saúde dos pequenos, como crises respiratórias, contaminação por doenças virais e bacterianas - o que vem a calhar em tempos pandêmicos.

Uma particularidade da região mais ao sul do país, nessa época do ano, é o fato de ser sazonalmente fria. Em Curitiba, por exemplo, a luz solar é tímida e a umidade prevalece. A dupla frio e umidade na capital paranaense levanta uma questão frequente entre pais e professores da educação infantil: como manter os pequenos aquecidos na jornada diária? 

“Fazê-los brincar”, explica Dayse Campos, que é diretora da Escola Interpares, em Curitiba. Sua experiência de mais de 15 anos na direção da escola a permite observar que nos dias mais frios e chuvosos os espaços ficam reduzidos. "Cerca de 80% das escolas, em dias assim, aglomeram as crianças numa sala para promover o “dia do cinema”  ou outras atividades em locais fechados. Os alunos ficam parados, assistindo filme, ouvindo histórias, compartilhando viroses e com o corpo frio”, afirma. 

Por isso, a Interpares não tem televisão ou programação 100% em sala nenhum dia do ano, nem mesmo para o berçário. Além de  manter as crianças ativas, a escola prioriza espaços amplos e cobertos, mas fora da sala de aula. Promove brincadeiras nos pátios e ambientes onde o ar circule e as crianças possam se movimentar, sempre bem agasalhadas. "Temos várias caixas temáticas, que levamos para vários cantos da escola, e promovemos com elas movimento, investigação, socialização e descobertas", relata. 

Segundo a diretora, desde que os espaços amplos passaram a ser priorizados, a incidência de doenças como gripe, mão-pé-boca e outras comuns da infância foi significativamente reduzida na escola. As dicas da diretora ajudam pais e cuidadores a minimizar os efeitos do frio severo sobre os pequenos em idade escolar. Confira algumas delas:

Tenha a tecnologia como aliada na escolha do vestuário - A tecnologia é uma boa aliada também no setor têxtil, que já popularizou roupas térmicas e tecidos confortáveis que permitem a movimentação dos pequenos ao ar livre. Há uma variedade de meias, conjuntos, agasalhos e jaquetas de preços diversos, inclusive a custos acessíveis. Em dias muito frios, utilize várias camadas de roupas leves e tenha em mente sempre vestir na criança uma camada a mais de roupa que um adulto usaria em dias muito frios. Também é recomendável escolher calçados impermeáveis e manter os pés aquecidos. 

Extremidades úmidas - É comum acontecer de molhar as meias e gelar os pés devido o suor natural. O mesmo pode acontecer com as roupas mais próximas da pele. Nesse caso, tenham sempre um conjunto extra de roupas, sapatos e meias e, se necessário, faça a troca.

Preocupações com aglomerações - No frio, a tendência é manter janelas fechadas e promover atividades dentro das salas de aula, o que é desaconselhável, pois coloca em risco a saúde dos pequenos que ficam suscetíveis a vírus e bactérias com mais facilidade. Se esforce em promover atividades ao ar livre ou em ambientes amplos e bem arejados, além de aproveitar a luz solar (e seu calor) sempre que possível. 

Hidrate, hidrate e hidrate - É muito importante manter as crianças hidratadas no frio, pois a desidratação no inverno costuma ser imperceptível para o organismo. Geralmente percebemos que necessitamos beber água quando já estamos com bastante sede. Por isso, além da ingestão de água, aposte nas bebidas quentes, como chás, caso a criança goste. 

Proteger regiões mais expostas e as extremidades do corpo - O uso de acessórios como capas de chuva, luvas, toucas,  coletes e cachecóis são excelentes opções para manter a cabeça, ouvidos, mãos e a região do tórax mais protegida do frio e do vento.  Botina de borracha é uma alternativa para os dias chuvosos, lembrando que já existem modelos com revestimento interno de lã. 

Diversificar as brincadeiras e atividades - Não é uma boa ideia em dias frios manter as crianças aglomeradas em salas fechadas e com pouca luz. Isso facilita o frio nos pés e mãos pela falta de movimento. Além disso, favorece a contaminação por vírus e bactérias. Invista em brincadeiras que façam os pequenos se movimentarem. É recomendável sempre ter duas ou três atividades específicas para os dias mais frios e chuvosos. Isso cria, inclusive, a memória nas crianças. "Entender que existem possibilidade de aprendizado e diversão em dias frios, quentes, secos e chuvosos faz parte do ensino", finaliza. Dayse

 

Dia do Cinema Brasileiro: 14 livros nacionais que deveriam virar filmes

Confira a seleção especial de lançamentos que os leitores certamente adorariam ver nas telas

 

Comemorado em 19 de junho, o Dia do Cinema Brasileiro foi instituído para homenagear a captação das primeiras imagens em movimento no país. A data permanece importante para relembrar e valorizar as produções cinematográficas que nem sempre recebem o devido reconhecimento, mesmo narrando histórias inesquecíveis.

Por este motivo, preparamos uma lista de obras brasileiras com enredos tão fascinantes que poderiam ir parar nas telonas do cinema ou nas telinhas das plataformas de streaming. De romances a distopias, de universos paralelos aos cenários tipicamente brasileiros, confira 14 títulos nacionais que deveriam virar filmes e séries.


Um de Nós Foi Feliz

No cemitério de Marburg, em um dia frio de inverno, uma mulher está em frente a uma lápide, acompanhada apenas por uma desconhecida e uma sombra que a persegue há muitos anos. Ela decidiu viajar até a Alemanha unicamente para visitar esse túmulo, que guarda os restos do homem que sempre lhe fora um mistério: seu pai. Essas três figuras – a desconhecida, a sombra e o pai –, são as respostas para um ciclo de infelicidade causado por um passado doloroso na época da Alemanha Nazista.

(Autor: Paulo Stucchi | Maquinaria Editorial | Onde encontrar: Amazon)

 

 

David Goffman e a Travessia Infernal

Por séculos, os demônios vêm instigando o lado mais obscuro da humanidade com um jogo tão tentador quanto perigoso. Uma vez por ano, um humano predestinado a embarcar para o Inferno quando morto é selecionado por Satanás, o imperador das trevas, para lutar contra o seu destino. Inspirado no clássico “A Divina Comédia”, o escritor Gabriel Ract reimagina nesta obra os cenários e batalhas do inferno.

(Autor: Gabriel Ract | Editora Labrador | Onde encontrar: Amazon)

  

Pulp à Brasiliana

Sabrina Barlavento é famosa e premiada no circuito literário, mas segue assombrada por uma crítica negativa a respeito de seu trabalho. Desesperada para encontrar uma boa história, ela aceita a proposta inusitada e até mesmo perigosa de Rafael Perso, um vigarista envolvido com o narcotráfico, para se aventurar em um cemitério nazista abandonado. Uma pitada de romance e uma boa dose de aventura deixam a história ainda mais instigante.

(Autor: Yvis Tomazini | Lura Editorial | Onde encontrar: Amazon)

 

 

A Ilha e o Espelho

Mandado para Cambridge a trabalho, um brasileiro é convidado para se juntar a um eclético grupo, capitaneado por um fotógrafo correspondente de guerra com o qual guarda surpreendente semelhança física. Paralelamente aos dilemas, às aventuras e ao triângulo amoroso que consomem o protagonista, a atmosfera de sabedoria da cidade é perturbada por atos de violência noturna, cuja autoria é um mistério.

(Autor: Fausto Panicacci | Maquinaria Editorial | Onde encontrar: Amazon)

  

Se Pudesse Contar as Estrelas

Dica de leitura para os fãs de Peter Pan, que aguardam ansiosos o live-action! A protagonista Alison acorda de um afogamento, sem saber quem é ou o que aconteceu. Ao ser resgatada por um grupo de crianças, descobre que está na Terra do Nunca, lar dos que nunca nasceram. O livro de Becca Mackenzie apresenta um universo alternativo para as almas perdidas e trata sobre vida, dor, luto e segundas chances.

(Autora: Becca Mackenzie | Onde encontrar: Amazon )

 

 

Nosso Lugar entre Cometas

A série de livros Cometas da Galáxia é o único ponto em comum entre uma menina destemida, um garoto inseguro e uma jovem fugindo de si mesma. Ao menos, é o que Lorena, Gabriel e Stefana pensavam, até que a criadora da série vem pela primeira vez ao Brasil para o maior evento literário do país. Só que nem o plano mais mirabolante para encontrá-la vai funcionar enquanto cada um não vencer os próprios desafios. No fim das contas, o que está em jogo é a mudança mais significativa que poderia acontecer em 24 horas: a coragem de entender quem somos e do que gostamos.

(Autora: Fernanda Nia | Plataforma21 | Onde encontrar: Amazon)

 

 

Cartas para Anna – Crônicas de um amor que não deu certo

Nesta obra o escritor e roteirista Léo Luz reúne cartas, bilhetes e e-mails que escreveu para sua antiga namorada, Anna, durante e após o fim do relacionamento. Intensos, explosivos, sem censura e com uma pitada de sofrimento, os textos narram a história real do casal.  O autor compartilha a própria experiência de como superou a ex para inspirar quem lê, principalmente aqueles que estão de coração partido.

(Autor: Léo Luz | Onde encontrar: Amazon)

 

 

Da Fossa à Bossa

Aos 17 anos, Maria Júlia não se encaixa em seu próprio tempo. Ao folhear um velho álbum da avó, ela se apaixona pela fotografia de Carlos André. É esta imagem que muda de vez o seu destino, levando-a para uma viagem inimaginável para 1959. Maria Júlia viverá uma experiência intensa e inesquecível em seus sonhados Anos Dourados, regada a muita “bossa nova” e “rock and roll”. Mas a menina vai ter que escolher entre o verdadeiro amor e a chance de uma vida com propósito. O que vai falar mais alto: a paixão ou a oportunidade de fazer a diferença no mundo?

(Autora: Gisele Fortes | Onde encontrar: Amazon)

 

 

Subterrâneo: Revelação

Neste que é o segundo livro da saga "Subterrâneo", a protagonista, Carolina, terá de se adaptar à nova realidade do mundo. No primeiro livro, Ascensão, a civilização foi forçada a viver no subsolo, pois o ar tóxico causado pela poluição tornou a superfície inabitável. Na continuação, Carol retorna e descobre que a Terra voltou a ser um lugar habitável e as pessoas que ali chegaram criaram uma comunidade mais acolhedora e tolerante.

(Autora: Anne C. Beker | Onde encontrar: Amazon)

 

 

A Travessia dos Sempre Vivos

Em “A travessia dos sempre vivos”, a autora se inspira na história do seu bisavô, um padre espanhol, personagem rebelde e iluminado, que viveu em uma cidadezinha do Pantanal (Nossa Senhora do Livramento) e se apaixonou por uma mulher negra do Quilombo de Mata Cavalo, enfrentando uma sociedade tradicional e preconceituosa. A narrativa é permeada pelo fantástico e sobrenatural.

(Tereza Albues | Entrelinhas Editora | Onde encontrar: Amazon)

 


O Fio Que Nos Une

Após perder o noivo em um acidente, Letícia se fecha para o mundo, desacreditando no amor com a certeza de que seu coração nunca mais poderá se recuperar. Até que, um dia, sua grande amiga Marina a leva para um festival no bairro japonês da cidade, e Letícia acaba fazendo um pedido no santuário local. É quando coisas misteriosas começam a acontecer e nossa protagonista se vê numa missão um tanto inesperada: juntar as almas gêmeas conectadas pelo misterioso fio vermelho do destino.

(Deborah Strougo | VR Editora | Onde encontrar: Amazon)

 

  


As Últimas Memórias de um Morto-vivo

E se os mortos-vivos fossem capazes de pensar? Nessa história, o protagonista recém morto-vivo narra seu cotidiano no apocalipse, apresentando o leitor a um diferente ponto de vista sobre o tema, sempre trazido pelo olhar dos seres humanos vivos. A trama conduz o leitor por situações absurdas e as narrações incríveis de Joe, o morto-vivo que precisa lidar com os problemas do dia a dia enquanto controla o desejo por sangue.

(Diego Rates | Editora Viseu | Onde encontrar: Amazon)

 

 

O Canto do Cisne

Linda, jovem e rica, Grace foi assassinada nos anos de 1990, mas o mistério da morte nunca foi solucionado. Passados 27 anos, a história se mistura com as investigações de outro crime brutal. Desta vez, a jovem Thalita Medeiros é asfixiada no Parque Barigui, em Curitiba. Quem investiga a morte da garota para encontrar o verdadeiro assassino é o advogado Alexandre Lobo Neto, filho de Grace. O objetivo dele é inocentar Hugo, preso injustamente pela morte de Thalita há dois anos.

(Autora: Marisol F. | Artêra Editorial | Onde encontrar: Amazon)

 

 

Projeto AXO

Originalmente pensado como roteiro audiovisual, o romance de estreia do escritor Tadeu Fernandes conta a história de Thiago, que misteriosamente recebe um pedido para ajudar Helena e Gustavo a se libertarem da Neph Tec., empresa que mantém os irmãos como cobaias. Mas Thiago não recebe o pedido de forma comum, recebe em sua mente. Rapidamente, os personagens entram de cabeça em uma outra realidade que sequer cogitaram existir.

(Autor Tadeu Fernandes | Onde encontrar: Amazon)

 

Brasileiros têm alto interesse em tecnologias wearable, mas os aplicativos são considerados os responsáveis pelas experiências digitais

 

O mercado de wearables (ou dispositivos vestíveis) como smartwatches e outros sensores é um dos setores que mais cresce na indústria de tecnologia. Pesquisas recentes mostram que o mercado global de wearables voltados à saúde deve atingir US$ 30,1 bilhões até 2026, de US$ 16,2 bilhões em 2021. De acordo com a Deloitte, 320 milhões de wearables de saúde serão vendidos globalmente em 2022.

Com o avanço das inovações tecnológicas, a possibilidade de resolver alguns dos maiores desafios de saúde e bem-estar que enfrentamos em nossa sociedade se torna cada vez mais empolgante. Sejam monitores de frequência cardíaca que poderiam ser usados para detectar tendências preocupantes ou pulseiras que ajudam na previsão e concepção da ovulação, os benefícios potenciais das tecnologias wearable se tornam cada vez maiores.

Do ponto de vista dos fornecedores, as oportunidades para conquistar uma fatia deste enorme mercado são imensas, tanto para os players já estabelecidos quanto para a infinidade de novas startups que estão surgindo em todas as áreas da saúde digital.

A Cisco AppDynamics realizou uma pesquisa sobre as atitudes e comportamentos do consumidor em relação às tecnologias wearable e os resultados mostraram alta demanda e expectativa dos consumidores nesta área – 88% acreditam que a tecnologia wearable agora tem o potencial de transformar positivamente tanto a saúde pessoal quanto os serviços de saúde pública como um todo.

A pesquisa descobriu que as pessoas estão abertas ao uso de dispositivos e aplicativos de saúde digital relacionados à sua saúde e bem-estar para rastrear e gerenciar desde sua aptidão física geral, gerenciamento da saúde sexual e fertilidade até a identificar e reduzir a propagação de doenças infecciosas. De fato, o estudo aponta que descobrimos que 89% dos consumidores brasileiros desejam usar tecnologias de saúde, incluindo wearables, para gerenciar condições crônicas ou contínuas de saúde e 92% gostariam de ser capazes de identificar os primeiros sinais de alerta de doenças.

Ainda, 90% dos entrevistados no Brasil estão entusiasmados com o potencial dessa tecnologia para ajudá-los a rastrear e melhorar a saúde e o bem-estar de seus entes queridos.


 Os aplicativos – e não os dispositivos - são a chave para impulsionar a tecnologia wearable

Ao pensar em tecnologia wearable, é natural imaginar um relógio ou pulseira. Também pode-se pensar em um monitor de ECG ou uma peça de roupa conectada. A realidade é que a grande maioria funciona apenas como dispositivos de coleta de dados que alimentam aplicativos de saúde digital utilizados pelos consumidores para monitorar e gerenciar um número crescente de diferentes aspectos de sua saúde, condicionamento físico e bem-estar.

Os consumidores já têm acesso a mais de 350.000 aplicativos de saúde digital e espera-se que este número aumente ainda mais. Com tanto entusiasmo, é vital que as marcas não negligenciem o papel crítico que estes aplicativos precisam desempenhar.


O sucesso da tecnologia médica wearable vai depender do desempenho dos aplicativos

Os fornecedores de aplicativos de tecnologia wearable precisam reconhecer que as expectativas do consumidor em relação às experiências digitais dispararam nos últimos dois anos. Com as pessoas dependendo quase exclusivamente de serviços e aplicativos digitais em tantas áreas de suas vidas durante a pandemia, elas se tornaram muito mais exigentes e menos tolerantes quando os aplicativos não funcionam como deveriam.

De fato, um relatório recente da Cisco AppDynamics descobriu que 58% dos consumidores ao redor do mundo afirmam que as marcas têm apenas “uma chance de impressionar” e, se não oferecerem uma boa experiência digital, mudarão para um concorrente - possivelmente para sempre. Essa é a realidade que todas as marcas agora têm que enfrentar.

E quando se trata de saúde digital, onde a confiança é de suma importância, as apostas em torno da experiência digital são ainda maiores. Ao usar um dispositivo como um smartwatch ou pulseira para monitorar os dados de saúde, os consumidores estão compartilhando dados extremamente pessoais e confidenciais e eles precisam saber que esses dados estão sendo tratados adequadamente.

De fato, 92% dos brasileiros relataram que a confiança é um fator crítico ao escolherem um dispositivo wearable ou aplicativo médico. Contudo, não é apenas em relação à privacidade e segurança de dados que as pessoas têm tolerância zero para experiências ruins. Desde aplicativos lentos ou que travam até dificuldades com download e instalação, os consumidores não perdoam quando encontram experiências ruins de fornecedores de tecnologia médica desse tipo. É por isso que 83% dos entrevistados brasileiros afirmam que deixariam de usar um dispositivo ou aplicativo wearable específico se tivessem uma experiência digital ruim.

A mensagem é clara. As marcas precisam garantir que estão sempre oferecendo experiências digitais excelentes, caso contrário, correm o risco de ver uma grande parte de seus clientes indo embora. E em um momento em que a adoção dessa tecnologia (com todos os seus benefícios potenciais para a saúde global) está prestes a explodir, isso não pode sequer ser uma possibilidade.

Com isso em mente, os profissionais de tecnologia precisam garantir que tenham as ferramentas e os insights certos para monitorar e gerenciar o desempenho e a disponibilidade da infraestrutura de TI e aplicações o tempo todo. Isso significa gerar visibilidade em tempo real do desempenho em toda a domínio de TI para que possam identificar problemas em potencial e resolvê-los antes que eles afetem a experiência do usuário final.

Ao garantir isso, os aplicativos de saúde digital podem atender a novos níveis de expectativas dos consumidores e cumprir totalmente a promessa da tecnologia wearable. 

 

Direitos Mínimos das Pessoas em Situação de Rua e o Direito a Liberdade


As pessoas em situação de rua tem direitos fundamentais que devem ser respeitados, implementados e efetivados. Indispensável apontar que, como ser humano que é, tem direito à vida com saúde, ao trabalho, a educação, a segurança, a moradia, a assistência social e ao lazer.

De rigor que essas pessoas sejam tratadas se levando em conta o princípio da dignidade da pessoa humana, com o devido respeito aos seus mínimos direitos.

Conforme a Constituição Federal, o objetivo da nossa Republica Federativa é construir uma sociedade justa e solidária, acabar com a pobreza e diminuir as desigualdades sociais. Qualquer morador em situação de rua que sofrer ameaça ou prejuízo a algum direito poderá, gratuitamente, requerer na justiça a punição dos responsáveis.

Pessoas em situação de rua têm o direito de ficar nos espaços públicos e são livres para estarem nesses locais, não podendo, em regra ser desrespeitadas no seu direito de ir, vir e permanecer.

Igualmente, têm o direito a uma moradia provisória ou definitiva digna e participar de programas especiais de moradia através de habitação popular federal, estadual e municipal.

É direito também desta numerosa população, que teve um enorme aumento na fase de pandemia, o social de exercício de qualquer tipo de trabalho, ofício ou profissão, a um atendimento à saúde adequado, a uma alimentação digna, a educação, ao lazer e ao esporte.

O DECRETO N. 7.053, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009, institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e revela os seus mínimos direitos.

Além da igualdade e equidade, os moradores em situação de rua têm o direito de respeito à sua dignidade da pessoa humana, à convivência familiar e comunitária, a valorização e respeito à vida e à cidadania, atendimento humanizado e universalizado, respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência.

Assim, não pode ser ameaçado de prisão ou ser preso ilegalmente, não passível de abuso de poder de alguma autoridade, ou qualquer ameaça, agressão física, ofensas ou xingamentos.

Tem o direito de ser atendido por rede de acolhida e serviços como de abordagem de rua, centros de referência, casas de acolhimento, encaminhamento para retirada de documentos e projetos de capacitação, emprego e renda.

As pessoas em situação de rua, que estejam recebendo acompanhamento socio-assistencial, deverão ter prioridade no sorteio das casas do Programa Minha Casa, Minha Vida e acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), bem como ter acesso a programas especiais de moradia provisória em repúblicas, pensão social, bolsa-aluguel, locação social e moradia definitiva, por meio de programas de habitação popular federal, estadual e municipal.

As pessoas em situação de rua com deficiência e idosos têm direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e ao exercício de qualquer tipo de trabalho, ofício ou profissão.

Ademais, tem o direito de atendimento a saúde - SUS, nas condições em que ele se encontra, mesmo sem endereço, sem documento e sem acompanhante, assim como a ser atendido nos postos de saúde e hospitais e em redes de serviços especializados para prestar auxílio a quem bebe e/ou usa drogas e para quem tem problema mental, conhecidos como Centros de Apoio Pscicossocial (CAPS) e Centros de Apoio Pscicossocial em Álcool e Drogas (CAPS AD).

No tocante ao direito a liberdade, em regra, a pessoa em situação de rua pode se recusar a remoção compulsória, bem como a medidas que forcem seu deslocamento permanente.

Proibida também, em regra, a retirada de pertences pessoais, como documentos, bolsas, mochilas, roupas, muletas, cadeiras de rodas, instrumentos de trabalho, carroças, materiais de reciclagem, ferramentas, instrumentos musicais e etc.

Contudo, em situações de grave ameaça a vida ou integridade física, de saúde ou moral dessas pessoas, como por exemplo, nas situações climáticas de extremo frio e calor, a liberdade da pessoa em situação de rua deve ser flexibilizada frente ao risco de morte, prevalecendo o direito a vida diante ao direito de liberdade de escolha.

A preservação da vida é muito mais importante do que ao direito de ir e vir. Havendo colisão de direitos constitucionais, sempre deverá prevalecer o de maior peso. Prepondera o direito de maior significância ao ser humano sobre aquele a que o órgão jurisdicional competente atribuir peso menor.

Nesse sentido, pode o Poder Judiciário ser provocado pelo órgão público responsável pela tutela das pessoas em situação de rua, no sentido de autorização de remoção compulsória com desta população com pleno intuito de proteção da vida, da saúde e da integridade física ou moral. Mas para isso, o autor da medida judicial deve comprovar que possui meios adequados de cumprimento dos mínimos direitos das pessoas em situação de rua, como por exemplo moradia adequada com alimentação saudável e local apto para guarda de pertences e até animais de estimação.

Assim, não respeitados os mínimos direitos dessas pessoas vulneráveis, indispensável a apuração severa pelo Ministério Público, Defensoria, OAB e Secretaria de Direitos Humanos para punição dos infratores ou para a busca dos mínimos direitos ausentes.

  


Marcelo Válio - Graduado em 2001 PUC/SP, Marcelo Válio é especialista em direito constitucional pela ESDC, especialista em direito público pela EPD/SP, mestre em direito do trabalho pela PUC/SP, doutor em filosofia do direito pela UBA (Argentina), doutor em direito pela FADISP, pós doutor em direito pelo Universidade de Messina (Itália) e pós doutorando em direito pela Universidade de Salamanca (Espanha), e é referência nacional na área do direito dos vulneráveis (pessoas com deficiência, autistas, síndrome de down, doenças raras, burnout, idosos e doentes).


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