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Espera-se que os viajantes que eram passageiros frequentes antes da Covid-19
façam quase seis voos nos próximos 12 meses, sublinhando seu desejo de viajar o
quanto antes
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78% atribuem estar vacinado contra a Covid-19 como fundamental para sua
confiança na segurança das viagens aéreas e 74% desejam um passaporte de
vacinação
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A quarentena de alguns países segue sendo um grande impedimento às
viagens internacionais, com 72% a citando como motivo para não viajar
• 48% têm mais chance
de usar o acesso a salas VIP de aeroportos do que antes da pandemia
Uma nova pesquisa
divulgada pelo Priority Pass, da Collinson, revelou que os passageiros
frequentes pré-pandemia estão prontos para voltar a embarcar, afirmando que
esperam viajar quase seis vezes nos próximos 12 meses. Comparado com as médias
pré-Covid, de quase 10 voos por ano, isso representa uma recuperação de 61% em
relação às viagens em 2019.
A pesquisa global analisou as opiniões de mais de 46.000 associados do
programa Priority Pass™ da empresa e mostra que as viagens a lazer responderão
por mais da metade das viagens (55%) feitas no próximo ano. Embora a
recuperação das viagens a negócios vá ser mais lenta, há uma demanda dos
passageiros frequentes por seu retorno, com a expectativa de que esse tipo de
deslocamento vai representar 45% dos voos feitos globalmente no próximo ano.
Viajantes prontos para
um recomeço
Mais de um ano se
passou desde o início da pandemia, e a vida e os planos de viagem das pessoas
continuam sendo impactados. Nos últimos meses, contudo, o processo de vacinação
em andamento pelo mundo trouxe uma nova esperança para quem anseia pelo retorno
das viagens.
Quando questionados
sobre a possibilidade de viajar de avião nos próximos 12 meses, 78% dos
associados expressaram sentimentos de entusiasmo e 61% se sentiam confiantes,
resultados que, certamente, serão reconfortantes para o setor de viagens.
As viagens domésticas
(em 64%) devem ter uma recuperação maior do que as viagens internacionais (em
59%), em comparação com os níveis de 2019.
Em um estudo realizado
em junho deste ano pelo Melhores Destinos - site brasileiro de promoções de
passagens aéreas, 27,15% dos 5.956 participantes do levantamento afirmaram que
já voltaram a viajar pelo Brasil e outros 76% disseram que pretendem viajar
pelo país ainda esse ano.
Também de junho,
pesquisa do site de reservas Booking.com apontou que o Brasil é o terceiro país
com a população que mais sonha em viajar ainda neste ano, representando 76% do
total de brasileiros entrevistados, empatando com os indianos e atrás dos israelenses
(80%) e vietnamitas (82%). Outro dado de destaque é que 1 em cada 5 brasileiros
já comprometeu uma parte da renda para viagens, mesmo com o setor de turismo
parado.
Mudanças nas
expectativas das experiências de viagem
O desejo de manter os
riscos à saúde o mais baixos possível resultou em mudanças nas maneiras como as
pessoas vivenciam as viagens aéreas, com o objetivo de manter o contato externo
ao menor nível.
• 22% têm mais chance
de fazer voos curtos;
• 24% têm mais chance
de usar instalações sem pessoas, tais como quiosques de passaportes
biométricos;
• 48% têm mais chance
de usar o acesso a salas VIP de aeroportos do que antes da pandemia;
• 20% têm mais chance
de pedir alimentos e bebidas com antecedência e retirá-los antes da partida;
• 49% indicaram que o
distanciamento social e transações sem contato no aeroporto são de importância
relativamente alta ao viajar.
Vacinação cria um
ambiente de esperança
Os motivos por trás da
crescente confiança nas viagens incluem a disponibilidade de vacinas contra a
Covid-19, com 78% dos viajantes mundiais admitindo que se sentem mais
confiantes em relação à segurança das viagens aéreas com mais pessoas sendo
vacinadas, enquanto 40% dizem que viajarão um mês depois de receber a vacina.
Embora a vacinação ainda não tenha sido concluída no mundo todo, sua
disponibilidade continua gerando esperança, assim como as discussões sobre
certificados digitais de saúde, com 74% dos entrevistados afirmando que
gostariam de utilizar um.
Ao mesmo tempo, 76%
dos associados afirmam que se sentiriam confiantes para viajar
internacionalmente se a vacinação se tornasse uma medida obrigatória. Esse
sentimento é corroborado por outros 64% dos viajantes que concordam que os
testes de Covid-19 e o uso de certificados digitais de saúde os encorajariam a
viajar para o exterior.
Quarentenas vistas
como ineficientes
A pesquisa também
mostra que, embora medidas de quarentena sigam sendo aplicadas ao redor do
mundo, somente 29% dos viajantes sentem que se trata de uma medida de segurança
essencial, enquanto outros 72% a veem como um grande impedimento às viagens
internacionais. Explorando mais a fundo os motivos por trás desse sentimento
amplamente negativo em relação à quarentena, 70% culpam os custos adicionais
envolvidos e a natureza imprevisível das regras de quarentena, enquanto 61%
relutam em passar tanto tempo dentro de casa, um achado que provavelmente está
ligado à crescente ênfase no bem-estar mental ao viajar.
David Evans, CEO
Conjunto da Collinson, afirma: "Nossa pesquisa mostra a confiança que os
viajantes frequentes têm no ano seguinte, o que é imensamente encorajador; no
entanto, isso sozinho não levará o mundo a voltar a viajar com segurança. Cabe
agora aos governos ao redor do mundo entrar em acordo e alinhar-se em relação a
um programa efetivo para retomar as viagens internacionais frequentes,
empregando certificados digitais de saúde, juntamente com testes antes da
partida e na chegada, para reduzir ou remover o tempo de quarentena, ao mesmo
tempo mantendo os viajantes a salvo."
Com o evidente apetite
por viajar e a esperança no alinhamento dos governos, o setor precisa estar
preparado.
Henrique Donnabella,
Diretor Geral da Collinson Brasil, afirma: "Está claro que os viajantes
que eram passageiros frequentes antes da COVID-19 estão prontos e esperando
para embarcar, contanto que as medidas certas, como distanciamento social e
transações sem contato, estejam em vigor. Mas a experiência de viagem mudará,
com uma demanda dos viajantes por mais automação e espaços com distanciamento
social, como salas VIP, a fim de equilibrar as dificuldades do ano que passou.
Assim, todos os players do ecossistema de viagens precisam estar
totalmente preparados para administrar o grande aumento, que tende a ocorrer,
com o objetivo de oferecer uma jornada de retorno que seja o mais tranquila e
agradável possível. A comunicação e a colaboração entre todos os players
do setor de viagens, e, por sua vez, com os viajantes, serão essenciais."
Sobre os dados
Realizou-se uma
pesquisa on-line com 46.830 associados do Priority Pass de 15 a 17 de março de
2021. Destes, 52% eram viajantes a lazer e 24% eram viajantes a negócios -
embora alguns entrevistados tenham respondido tanto da perspectiva do viajante
a lazer quanto do viajante a negócios. A pesquisa foi realizada em mercados na
África, APAC, Europa, Oriente Médio, América do Norte, América Central, América
do Sul e Caribe.