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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Palavra de especialista: como o isolamento social pode afetar a saúde mental dos idosos

 Psiquiatra explica como evitar que o distanciamento e a falta de contato físico desencadeiem problemas psicológicos


A pandemia do novo coronavírus trouxe mudanças de certa forma abruptas em nossas vidas. O home office foi aplicado na rotina da maioria dos trabalhadores, professores e alunos tiveram que se adaptar ao ensino remoto e as pessoas precisam se isolar dentro de casa, muitas vezes sozinhas.

O isolamento talvez seja a parte mais difícil de todo esse processo, principalmente para os idosos, grupo de risco na pandemia. Sem ter contato com familiares e, na maioria das vezes, aposentadas, as pessoas com mais de 65 anos se tornaram mais vulneráveis não só ao vírus, mas aos problemas psicológicos.

Para a psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília (APBr), Renata Nayara Figueiredo, o isolamento e o distanciamento social impostos pela pandemia apenas intensificaram o sentimento de solidão. "Muitos idosos já estavam sem contato social por viverem em casas de repouso ou até por não trabalharem mais", complementa.

Renata ressalta que o estresse psicológico pode ter um impacto na saúde física das pessoas na terceira idade, que também precisam de atenção. "Ao mesmo tempo em que protege o idoso da Covid-19, o isolamento pode contribuir para redução da resposta imunológica do corpo, ao colocá-lo sob uma condição estressante, aumentando assim o risco de doenças vasculares", explica.

A psiquiatra ainda alerta para um risco maior de dependências químicas, transtornos psicológicos e tentativas de suicídio nesse grupo. "A incerteza com o futuro e o aumento de tempo ocioso, podem desencadear o crescimento no consumo de álcool, falta de motivação, depressão, transtorno de ansiedade e pensamentos suicidas", lista. Ela informa que "a cada duas tentativas de suicídio em idosos, uma evolui para óbito", taxa extremamente maior que na população geral.



Adaptando a rotina


Para melhorar e evitar esses quadros psicológicos, a médica psiquiatra fala que é de suma importância que a família sempre esteja atenta ao comportamento do idoso, e pede para que os parentes tentem diferentes formas de continuar a interação com os mais velhos. "Ligar todos os dias, nem que seja por 10 minutos, já ajuda. Às vezes pode ser preciso ir atrás de um cuidador, para que se tenha uma melhor visão da saúde da pessoa", diz.

Por mais que a rotina não seja a mesma, a especialista recomenda que a família ajude os idosos a adaptarem o seu dia a dia. "Continuar com uma alimentação saudável, realizar atividades físicas, mesmo que dentro de casa, fazer videochamadas com todos da família, são formas de manter a saúde física e mental mesmo sem contato físico", pontua. Interromper outros tratamentos médicos não pode ser uma opção, e a psiquiatra fala para os familiares recorrerem à telemedicina.

Dra Renata, por fim, lista uma série de queixas que devem ter um cuidado, como: falta de apetite, dores no corpo, dificuldade para dormir, irritabilidade, insônia, falta de memória, preocupações com a morte e sensação que é um fardo para os outros. "Esses sinais precisam de atenção, e é recomendável procurar um psiquiatra e um psicólogo, para uma melhor avaliação", conclui.



Psicoterapia


Milena Silva, doutora em psicologia do desenvolvimento humano e professora do CEUB destaca que a psicoterapia de idosos é muito importante, por dois motivos. Segundo ela, o primeiro serve para proteger a população idosa que começa a sentir o declínio do envelhecimento natural, isso vai demandar algumas mudanças significativas como, por exemplo, saída do emprego, provavelmente uma mudança de local na família, mudança nas relações sociais, porque o idoso sai de alguns espaços muito importantes para ele, como trabalho e também das perdas que são muito comuns nesta fase.

"O idoso precisa ser reorganizado, se reconectar com a sua identidade. E agora dentro de um novo contexto, de uma nova demanda de vida", afirma a especialista. Ela continua: "a psicoterapia possibilita trabalhar de maneira geral, temáticas como autonomia, saúde física e mental, socialização e entre outras questões".

Em resumo, a psicóloga explica que é reforçado para o idoso a importância das relações afetivas, sejam sexuais, com familiares e amigos.


Pesquisadores usam engenharia genética para investigar mecanismos envolvidos em transtornos psiquiátricos

Grupo cria vírus capaz de atuar em áreas específicas de cérebros adultos, ajudando a elucidar o papel de neurônios-chave no córtex pré-frontal. Técnica foi testada em camundongos (interneurônio preenchido com biocitina, em verde, com marcações positivas para trkB.DN, em laranja, e parvalbumina, em azul; esses resultados permitem saber que houve o registro de interneurônios inibitórios que expressam os receptores trkB.DN inseridos pelo vetor viral; imagem: Nicolas Guyon)

 

Com ferramentas de engenharia genética, pesquisadores criaram um vírus capaz de entrar em neurônios específicos e inserir no córtex pré-frontal um novo código genético que induz à produção de proteínas modificadas. Em testes com camundongos, a alteração dessas proteínas se mostrou suficiente para modificar a atividade cerebral, indicando um potencial biomarcador para o diagnóstico de transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia e autismo.

Conhecido como o “executivo do cérebro”, o córtex pré-frontal é a região que gerencia as ações cognitivas e está envolvido na tomada de decisões do ser humano. Estudos anteriores realizados em tecidos dessa região do cérebro de pacientes com esquizofrenia já encontraram alterações, principalmente, em duas proteínas: a BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) e a trkB (tropomiosina quinase B).

A relação entre BDNF e trkB é importante durante a fase de desenvolvimento cerebral. Quando uma dessas proteínas se liga à outra, inicia-se uma cascata de sinalizações intracelulares essenciais para a maturação e o crescimento neuronal. Desequilíbrios nesse tipo de sinalização podem estar associados à manifestação de alguns transtornos.

Agora, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade de São Paulo (USP), no campus de Ribeirão Preto, e do Instituto Karolinska, em Estocolmo, criou um vírus que consegue carregar o código genético para produzir uma forma mutante de trkB. Com essa modificação da proteína, ao se ligar à BDNF, ocorre um bloqueio do início da cascata de sinalizações intracelulares, reproduzindo assim características observadas em tecidos cerebrais de pacientes diagnosticados com esquizofrenia.

Na pesquisa, realizada com apoio da FAPESP e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o grupo atuou sobre um tipo de neurônio: os interneurônios inibitórios que expressam parvalbumina (PV). São eles que atuam como “maestros” no cérebro, ou seja, organizam as atividades excitatórias e inibitórias no córtex, gerando ritmos de alta frequência (oscilações gama, entre 30 e 80 hertz). Se houver disfunção dos interneurônios PV, o processamento entre a informação gerada pela região cortical do cérebro e o comportamento cognitivo é prejudicado. Pacientes com transtornos psiquiátricos apresentam alterações nessas oscilações, possivelmente relacionadas à integridade dos interneurônios PV.

Considerado uma máquina complexa, o cérebro humano conta com grupos de neurônios e interneurônios que se comunicam por meio de correntes elétricas. Elas ativam e inibem outros neurônios ao seu redor, além de circuitos em áreas cerebrais distantes. A atividade organizada desses diferentes circuitos dá origem à consciência, sentimentos e comportamentos.

“Usando uma nova estratégia viral para a expressão de trkB negativo dominante (trkB.DN) em um tipo celular específico e de forma espacialmente restrita, mostramos que a sinalização de BDNF/trkB é essencial para a integridade e manutenção de interneurônios PV pré-frontais em camundongos adultos”, escrevem os autores no artigo publicado em fevereiro pela revista científica The Journal of Neuroscience.

O estudo foi realizado com a introdução do vírus em tecido cerebral de camundongos transgênicos adultos, utilizando a tecnologia de recombinação Cre-Lox, uma técnica de engenharia genética que permite inserir ou apagar sequências-alvo no DNA. Depois, o grupo registrou a atividade elétrica no córtex pré-frontal dos camundongos.

Foram encontradas alterações no equilíbrio das atividades excitatórias e inibitórias, assim como mudanças nas ondas cerebrais e na atividade neuronal, resultando em um comportamento mais agressivo e de ansiedade nos animais.

O professor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG Cleiton Lopes Aguiar, um dos coordenadores do estudo juntamente com a professora Marie Carlén, do Instituto Karolinska, explica que, ao utilizar essa técnica, foi possível manipular circuitos específicos do córtex de forma inovadora.

“Os resultados indicam que a manipulação de BDNF/trkB em adultos é capaz de alterar não apenas a atividade cerebral, mas também comportamentos complexos dependentes do córtex pré-frontal. Isso mostra que a sinalização BDNF/trkB é necessária tanto no processo de desenvolvimento como para a manutenção de redes neurais maduras”, afirma Aguiar.

Um dos coautores da pesquisa, Leonardo Rakauskas Zacharias, do Laboratório de Investigação em Epilepsia, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), destaca que essa nova técnica permite o estudo do cérebro já desenvolvido, depois de adulto.


O papel dos interneurônios

Na mesma edição do The Journal of Neuroscience, o grupo publicou outro artigo que trata da sincronia de interneurônios inibitórios que expressam a parvalbumina.

“As oscilações cerebrais são fundamentais para a coordenação da atividade entre neurônios e estruturas. As oscilações gama [30-80 Hz] têm recebido atenção especial por sua associação com processos perceptuais e cognitivos. (...) Mostramos como a inibição deficiente de PV pode levar a disparos excitatórios aumentados e assíncronos, contaminando os registros de potenciais de campo locais e se manifestando como aumento de potência gama. Portanto, a potência gama aumentada nem sempre reflete um ritmo oscilatório genuíno”, escrevem os autores.

Segundo Nicolas Gustavo Guyon, um dos pesquisadores do grupo ligado ao Instituto Karolinska, ao estudar as oscilações, eles detectaram que os interneurônios inibitórios nos camundongos geneticamente modificados não são capazes de responder a todos os estímulos excitatórios gerados por outros neurônios, o que leva a uma atividade dessincronizada.

Para Aguiar, o que une os dois artigos é a tentativa de desvendar o papel dos "maestros" (interneurônios) no córtex pré-frontal e entender como o cérebro organiza o balanço entre excitação e inibição. “Estamos tentando entender o cérebro normal para chegar a uma melhor compreensão de transtornos psiquiátricos, como a esquizofrenia. Mostramos que, se houver alteração de alguns aspectos específicos nesses animais normais, eles apresentam sintomas que podem ser pistas iniciais para elucidar os transtornos”, afirma.

Segundo relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), embora os transtornos sejam responsáveis por mais de um terço do total de incapacidades nas Américas, os investimentos em programas de saúde mental ainda ficam abaixo do necessário. Estão incluídos nesse dado casos de transtornos mentais e depressivos, entre eles demência e esquizofrenia, que atingem cerca de 23 milhões de pessoas no mundo, sendo 1,5 milhão de brasileiros.

Zacharias destaca que o trabalho do grupo, fruto de mais de sete anos de pesquisa, pode contribuir no futuro com o desenvolvimento de potenciais tratamentos. “Trabalhamos com ciência básica para entender os mecanismos do cérebro. Isso serve como um tijolinho para compreender os transtornos psiquiátricos”, diz o pesquisador da USP.

O artigo Adult trkB signaling in parvalbumin interneurons is essential to prefrontal network dynamics pode ser lido em: www.jneurosci.org/content/early/2021/02/10/JNEUROSCI.1848-20.2021. E o estudo Network asynchrony underlying increased broadband gamma power está disponível em: www.jneurosci.org/content/early/2021/02/10/JNEUROSCI.2250-20.2021.

 


Luciana Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/pesquisadores-usam-engenharia-genetica-para-investigar-mecanismos-envolvidos-em-transtornos-psiquiatricos/35728/ 


Lei da Reconstrução Mamária completa oito anos e sofre com o impacto da pandemia; lei é conquista da FEMAMA

A Covid-19 diminuiu a possibilidade de cirurgias eletivas serem feitas; apesar de ser direito garantido, somente 27,6% das mulheres têm conhecimento da lei


No último sábado, dia 24 de abril, a Lei da Reconstrução Mamária, que prevê o direito a cirurgia reparadora após a retirada total ou parcial da mama devido ao tratamento de câncer, completou oito anos de vigência. A Lei nº 12.802, de 2013, declara que a paciente tem direito a realizar o procedimento através do Sistema Único de Saúde (SUS) imediatamente após a retirada da mama com câncer, na mesma cirurgia, se houver condições clínicas, ou assim que a paciente apresentar os requisitos necessários. Mas, ao fazer aniversário, a lei também sofreu com o impacto da pandemia da Covid-19.

A lei é uma conquista da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) e suas associadas para contemplar esse procedimento imediato, sempre que possível por meio de alteração na Lei nº 9.797/1999, que determinava que pacientes mastectomizadas tinham direito à cirurgia reparadora na rede pública de saúde, porém sem prazo especificado.

“Imediata ou não, a cirurgia de reconstrução é um direito de toda paciente de câncer de mama que passou por mastectomia durante o tratamento da doença. Esse direito deve ser exigido junto ao SUS e aos planos de saúde e discutido com o médico antes da realização da cirurgia ou a qualquer momento após o procedimento de retirada do tumor, no caso de uma reconstrução tardia. A cirurgia devolve para a mulher a imagem corporal e a autoestima”, comenta a Dra. Maira Caleffi, mastologista e presidente voluntária da FEMAMA.

 

Desconhecimento e dificuldades impostas pela pandemia

Mesmo considerando que fazer a reconstrução mamária é uma decisão unicamente da paciente, há um desconhecimento dessa possibilidade garantida por lei, de maneira geral. De acordo com pesquisa da FEMAMA realizada em 2018 em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, a Johnson & Johnson Medical Devices e o instituto Ideafix, somente 27,6% das mulheres que passaram pela mastectomia afirmaram conhecer bem a Lei da Reconstrução Mamária.

Dessas que conhecem a lei, 71,9% optaram por passar pelo procedimento, enquanto entre as que nunca tinham ouvido falar da legislação, essa taxa ficou em 38,9%. O DataSUS aponta que a proporção é de apenas uma cirurgia de reconstrução a cada 7,5 mastectomias realizadas, em média, nos últimos anos.

A chegada do Covid-19 ao Brasil, em 2020, adicionou uma variante problemática a essa equação pois diminuiu a possibilidade de cirurgias eletivas, aumentou dificuldades já antigas e ampliou a desigualdade no acesso. Ao passo que há pacientes do sistema privado de saúde conseguindo fazer a reconstrução imediatamente após a mastectomia como a “cereja do bolo” do seu tratamento, há outras no SUS em que essa possibilidade nem é oferecida, afetando sua autoestima e, muitas vezes, fazendo com que a mulher nem consiga se olhar no espelho. “A reconstrução mamária imediata não pode ser considerada uma cirurgia eletiva, e sim parte do tratamento do câncer de mama, nem em tempos de pandemia por coronavírus”, reafirma a presidente da Femama.

Esse acompanhamento e orientação médica são muito importantes. Reforçando seu compromisso de lutar pelos direitos e acesso de pacientes com câncer e comemorando os oito anos da Lei da Reconstrução Mamária, a FEMAMA realizou, no último 22 de abril, uma live em seu canal para trazer luz ao assunto e falar de outros direitos mais recentes, como a Lei 13.770/2018, que permite também realizar o procedimento de simetrização da outra mama e a reconstrução do complexo aréolo-mamilar.

 


FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

femama.org.br


Fit Informa: Suspensão e Redução da Jornada de Trabalho

O Governo assinou ontem a Medida Provisória nº 1.045, que reabre a possibilidade dos empregadores e empregados em comum acordo efetuarem a suspensão ou redução da jornada de trabalho. 

O Ministério da Economia através da secretaria de trabalho e emprego, deverá informar os procedimentos a serem adotados para que as empresas possam formalizar os acordos previstos na MP.

 

A suspensão e redução da jornada de trabalho tem as seguintes características:


 

 Redução da Jornada de trabalho.

  • Comunicar o empregado a intenção da redução com 2 (dois) dias de antecedência.
  • Prazo máximo de redução é de 120 (cento e vinte) dias.
  • Percentuais de redução: 25%, 50% ou 70% da jornada de trabalho.
  • Não poderá ocorrer redução do valor do salário hora do empregado.
  • Efetuar acordo escrito individual, convenção coletiva, negociação coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
  • Informar ao sindicato da categoria os acordos individuais celebrados dentro do prazo de 10 (dez) dias.

Para os empregados que tiverem a jornada de trabalho reduzida, será pago pelo governo o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, esse pagamento será determinado de acordo com o percentual de redução da jornada

Suspensão do Contrato de Trabalho

 

  • Comunicar o empregado a intenção da suspensão com 2 (dois) dias de antecedência.
  • Prazo máximo de suspensão é de 120 (cento e vinte) dias.
  • O empregado com o contrato suspenso, não poderá exercer atividade de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância.
  • Pagamento de 30% de ajuda compensatória (caso a empresa em 2019 tenha receita bruta maior que R$ 4.800.000,00.
  • Efetuar acordo escrito individual, convenção coletiva, negociação coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
  • Informar ao sindicato da categoria os acordos individuais celebrados dentro do prazo de 10 (dez) dias.

Para os empregados que optarem pela suspensão do contrato de trabalho, o governo federal por meio do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, pagará o equivalente a 100% do valor do seguro-desemprego que o empregado teria direito.


Caso o empregado receba da empresa a ajuda compensatório de 30%, o governo irá pagar o percentual de 70% do valor do seguro-desemprego.


 

Garantia Provisória no emprego (estabilidade)

 

Os empregados que optarem pela suspensão ou redução da jornada de trabalho, terão direito a uma garantia provisória de emprego (estabilidade) do mesmo período da suspensão e/ou redução da jornada de trabalho.

 

A empresa que mesmo no período de estabilidade, decidir em dispensar o empregado deverá efetuar a indenização do período considerado como estabilidade, salvo em dispensa por justa causa.

 

 

 

 

Regina

Consultora Trabalhista


Dia da Educação: educadores falam sobre o desafio de educar na pandemia

Data comemorada em 28 de abril convida comunidade escolar a refletir sobre os desafios e perspectivas do setor e, também, sobre a importância do educar em tempos de desinformação



O Dia da Educação é celebrando anualmente em 28 de abril desde os anos 2000, estipulado pelo Fórum Mundial de Educação, tendo como objetivo estabelecer um compromisso de levar educação básica e secundária a todas as crianças e jovens do mundo. No entanto, em 2021, a data traz uma nova perspectiva sobre a reflexão a respeito dos desafios enfrentados no setor, pois após mais de 1 ano de pandemia a realidade tem gerado muitos desafios no cumprimento dessa meta.

Com a necessidade de se reinventar, os principais players da área comentam a importância da educação em tempos de pandemia e desinformação.

 

Educação Básica | Escolas

Lucas Seco, diretor do Colégio Anglo Chácara Sto. Antônio, comenta, como gestor, os desafios do setor no último ano e as perspectivas para os próximos meses: “O Dia da Educação está chegando e, em termos de gestão escolar, os desafios são imensos. Temos desde questões técnicas, passando por desafios de aprendizagem e imaginando como os alunos vão aprender nesse contexto de ensino híbrido, até questões emocionais, que a pandemia tem impactado muito. Então, temos que entender que nos tempos atuais, os desafios são gigantes em diferentes frentes. Acho que a pandemia e todos essas questões nos trouxeram muitos aprendizados. Tivemos que nos adaptar a uma outra realidade, fazendo uma escola online - o que seria impensável há pouco tempo e hoje é possível e viável. Foi preciso entender que certos aspectos da educação são tão importantes quanto o aprendizado do conteúdo em si. Também entendemos como todas essas lições foram importantes e nos trouxeram essa perspectiva de futuro, de que talvez a escola não funcione exatamente do mesmo jeito após a pandemia. É importante considerar que a pandemia trouxe um novo jeito de fazer educação, um novo jeito de fazer escola e que, ainda que a gente volte ao presencial, certas práticas educacionais ligadas à tecnologia talvez tenham vindo para ficar. E conseguir fazer a dosagem certa, mesmo após a pandemia, realmente pode ser útil no que diz respeito à aprendizagem, às facilidades e ao bem-estar da comunidade estudantil. É nisso que precisamos mirar".

Para a Camino Education, a aprendizagem vem sempre em primeiro lugar. Com a suspensão das aulas presenciais, certamente houve muitos desafios. O ensino remoto também trouxe aprendizados que deverão impactar o processo educacional nos próximos anos. “Um dos principais legados está relacionado à nossa possibilidade de trabalhar de verdade em comunidade com os pais e com as famílias dos nossos estudantes. O fato de nos mantermos abertos, prontos para a escuta e para adaptar nossas expectativas e maneiras de fazer ao contexto de cada família nos aproximou e garantiu que a aprendizagem se tornasse muito mais potente”, afirma Leticia Lyle, cofundadora da Camino Education, da Cloe e diretora da Camino School.  Ela aponta ainda que o ensino remoto resultou em uma aproximação das escolas aos possíveis meios de uso da tecnologia como ferramenta de apoio, além de um “diálogo” com novos formatos possíveis.

Arthur Buzatto, diretor-presidente da Escola Vereda, aponta que apesar dos desafios ocasionados pela pandemia, ele acredita que a sociedade está mais próxima de olhar a educação para além de um resultado final. “Aqui, refiro-me à importância da conexão do estudante com a família e com os seus colegas, do desenvolvimento de habilidades socioemocionais e da relação entre os responsáveis e a escola. Houve um sofrimento em relação a isso ao longo desses últimos meses. Hoje, temos uma visão mais próxima do papel de diversos agentes dentro do desenvolvimento dos estudantes e entendemos que isso deve ser valorizado de forma ativa. Apenas assim garantiremos uma educação formal de qualidade, olhando para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, com a adequada apropriação de conteúdos contextualizados e, ao mesmo tempo, ajudando o estudante a se tornar partícipe e transformador da realidade que o cerca.”

 

Educação Básica | Sistemas de ensino

Paulo Moraes, diretor do Sistema Anglo de Ensino, comenta que “na pandemia, os médicos arregaçaram as mangas e foram para a linha de frente salvar vidas. Enquanto isso, os professores, os educadores, arregaçaram as mangas e foram para linha de frente salvar gerações. A educação é transformadora na sua essência. Transforma a sociedade e o mundo. Forma cidadãos que construirão o futuro. Se o futuro da sociedade foi posto em xeque, cabe a todos nós educadores enfrentar o desafio proposto. E vencê-lo.”

 

Tecnologia Educacional | Plataformas de Ensino

Rafael Parente, da BEI Educação, comenta: “Que nesse Dia da Educação nós possamos lembrar que só teremos um país moderno, sério, justo e fraterno para todos quando priorizarmos de verdade a educação. Que só a educação pode oferecer a crianças e jovens brasileiros a oportunidade de desenvolver plenamente as suas potencialidades. E que nós devemos urgentemente criar políticas públicas de ação afirmativa para que seja possível estancar e diminuir as nossas desigualdades educacionais, que estão explodindo nesse momento por conta do fechamento das escolas”.

A Mangahigh, uma plataforma de ensino de matemática amparada na gamificação, enxerga que a educação, com o advento do ensino remoto, ganha um novo lugar nesse cenário de isolamento social. “Os efeitos da pandemia nos alertaram para o fato de que ainda há muito o que fazer para oferecer educação de qualidade para todos onde quer que estejam e em quaisquer circunstâncias. Com o afastamento de alunos e professores da escola, esse desafio tornou-se ainda maior e urgente. A escola, temporariamente, deixou de ser o epicentro do aprendizado e ganhou as ruas e os lares, mas sempre com a mediação dos professores e com um envolvimento maior dos pais e responsáveis, que tiveram de se requalificar e inventar para viabilizar essa transição para o ensino-aprendizagem remoto e híbrido, que por sinal ainda não foi concluída”, afirma George Balbino, VP da Mangahigh para o mercado brasileiro. A empresa acredita que o emprego dos games pode ser uma maneira mais eficaz e atraente de engajar os aprendizes da ciência exata. “Pensamos que a aprendizagem pode – e deve – ser uma experiência prazerosa, independentemente de qualquer cenário ou contexto histórico”, complementa. 

 

Contraturno escolar | social

O LAR da Benção Divina se orgulha por manter suas atividades a pleno vapor, mesmo com as questões trazidas pelo isolamento social e alteração no cronograma presencial das escolas. A organização sem fins lucrativos continua atendendo cerca de 500 crianças com projetos de contraturno escolar em diversas frentes: esportes, cultura e reforço em disciplinas como português e matemática. “Nosso maior aprendizado na educação foi com relação a tecnologia. Os professores tiveram que se reinventar e aprender a usar ferramentas, como Whatsapp, Google Sala de Aula e Google Meet. Foi necessário ser muito mais criativo para que as atividades fossem cativantes. O maior desafio se refere aos protocolos de saúde dentro dos nossos espaços, principalmente com crianças de 1 a 3 anos. Outra questão nesse aspecto é conseguir alcançar todas e todos. Há lares em que a internet não é muito veloz ou o celular não conta com uma boa conexão. Mas nosso intuito é não deixar ninguém para trás. Neste ano, o Dia Mundial da Educação pode ser bem comemorado, pois muitos olhos se voltaram para essa área. Todo mundo entendeu sua essencialidade. É uma data para refletir”, salienta Marcia Mattos da Silva Soares, diretora do CEI do LAR da Bênção Divina.


Monopólio ameaçado

 PL em votação na Câmara pode acabar esta semana com monopólio bilionário no sistema de pagamento automático dos pedágios


A Câmara dos Deputados volta a analisar, nesta semana, o Projeto de Lei 886/2021, que estabelece a implantação do sistema free flow para a cobrança de pedágio nas rodovias do país. O sistema permite que o usuário das estradas pague um valor referente a exatamente o trecho de rodovia que ele percorreu e não mais tarifas fixas nas praças de pedágio. Aprovado pela Câmara em 2013 (sob número original 1023/2011), a proposta só foi apreciada pelo Senado em março deste ano. De volta à Câmara, o texto permite acabar com a exclusividade do uso de tag eletrônica para a identificação dos veículos, abrindo a possibilidade de utilização de novas tecnologias, dependendo apenas de futura regulamentação pelo Contran.

A possibilidade de quebra do monopólio das empresas de tags, que hoje já atuam no sistema de passagem livre pelas cancelas de pedágio, desobrigaria o motorista brasileiro de instalar o dispositivo em seu veículo e ser cliente de uma dessas companhias, que cobram assinaturas mensais. Com novos concorrentes neste mercado, o consumidor sairia ganhando, com a possibilidade de novas tecnologias com maior eficácia e menor custo. Para as empresas, isso significaria menor risco de fraudes ou inadimplência.

Às empresas de tags, porém, o processo de abertura do mercado significa uma grande ameaça ao faturamento bilionário, dividido entre poucos players (Sem Parar, ConectCar, Move Mais, Veloe, Greenpass e mais algumas de menor expressão). Em 2018, o segmento de pedágios movimentou R$ 19 bilhões, com 1,75 bilhão de transações em um patamar que gira em torno de 47% do total de pagamentos. De uma frota de 48 milhões de carros no país, cerca de 6 milhões circulavam com esses sistemas automáticos, em 2018. Ou seja, se o sistema free flow for aprovado com a restrição da cobrança às empresas de tags, o faturamento dessas companhias pode ultrapassar R$ 40 bilhões, já que o valor médio da mensalidade cobrada gira em torno de R$ 30.

O governo federal já tentou implementar um sistema de reconhecimento de placas de veículos por meio de chip nas placas Mercosul, prevendo uma futura utilização no sistema de pedágio por quilômetro rodado, prevenindo também – e inclusive – a falsificação e clonagem de placas. Mas o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alterou a resolução antes mesmo do início da fabricação das novas placas. “Na época, o chip foi retirado das placas, pois ameaçava um negócio bilionário das empresas de meio de pagamento que atuam nas rodovias, que hoje tentam obrigar a instalação de uma ‘placa eletrônica’ no para-brisas dos veículos, que além de não ter base legal (já que a única forma de se identificar um veículo segundo o Código Brasileiro de Trânsito é a placa), vai obrigar os proprietários a se tornarem clientes de uma destas empresas, com custo mensal de manutenção para utilizar tal apetrecho”, alegou a ANFAPV (Associação Nacional dos Fabricantes de Placas Veiculares), em comunicado.

O Sistema free flow com a cobrança por reconhecimento de placa já é utilizado em diversos países, como Alemanha, Hungria, Eslováquia, Bélgica, Áustria, República Tcheca, Polônia, Portugal, Irlanda e Reino Unido, e aguarda apenas essa regulamentação para ser implementado no Brasil. O novo programa de concessões de rodovias do governo federal, inclusive, já prevê que essa modalidade de cobrança de pedágio esteja prevista pelas empresas concorrentes, por trazer maior eficiência, equidade entre os usuários de rodovias, arrecadação condizente com os serviços prestados pela concessionária e fluidez ao tráfego, com a retirada das praças de pedágio. 

"Para a eficiência do sistema e o real benefício ao usuário, é fundamental que a lei que o regulamente não limite as tecnologias de identificação de veículos que poderão ser utilizadas, deixando aberta a oportunidade para o desenvolvimento de mecanismos mais modernos e mais baratos que os utilizados atualmente. O projeto tramita desde 2011 e não pode acabar aprovado limitando o sistema a uma tecnologia de dez anos atrás", afirma Cláudio Roberto Gaiewski Martins, presidente da ANFAPV.


DIA DAS MÃES: 8 em cada 10 brasileiros pretende não promover encontros familiares, revela Pesquisa

62,8% dos brasileiros acredita que o feriado ocorrerá em fases amarelas e vermelhas em função do COVID-19

 

Guerreiras, competentes no trabalho e em casa, o Dia das Mães, pela segunda vez, acontece em meio à pandemia, e neste ano, com uma bagagem ainda maior de exaustão, em função dos mais de 15 meses em isolamento social, sendo a pessoa multitarefa de sua casa. O distanciamento permanece, e a dúvida também: como será celebrada a data este ano? Para 20,7% dos brasileiros, ir até casa da mãe ou sogra é uma opção. Este e outros dados inéditos são revelados em nova pesquisa realizada pela Hibou - empresa de monitoramento de mercado e consumo -, em parceria com a Scoregroup.

Para o brasileiro o Dia das Mães é como se fosse uma data de reconhecimento para todas elas (33%) ou com uma simbologia importante (22,1%). Já 13,8% enxerga como uma chance de reunir a família. O que não pode faltar nessa data tão especial é a família (71,2%), almoço (35,7%) e presentes (12,8%).

Obviamente as mães estão no topo da lista de presentes para esse dia tão especial para 73,6% da população, porém 17,6% também se auto presenteia, 12,1% não compra presente para ninguém e 11,6% compra sim, mas para as avós. Para escolher esse presente, 52,9% aposta em algo que ela já queira, 22% algo que ela não espera e 21,9% escolhe algo útil para o dia a dia. Entre os tipos, temos: vestuário (61,6%), calçados (44%), perfumes (40,3%), bolsas e acessórios (37,6%), beleza e maquiagem (26,5%) e joalheria (26%).

"Por conta de tudo o que estamos passando com o COVID-19, a nova pesquisa da Hibou mostrou que 58,4% dos brasileiros colocou a segurança em primeiro lugar e fará a compra dos presentes pela internet, com a entrega em casa. Uma porcentagem ainda alta, de 24,1%, tem planos de assumir o risco e fazer a compra em lojas físicas, mesmo com a opção pick-up (encomendar e retirar) disponível, opção que traz menos risco e considerada por 8,6% dos entrevistados ", diz, Lígia Mello, sócia da Hibou.

Importante salientar ainda que escolha pela compra online também reflete na idade da população e afinidade com internet e tecnologia, em que a maior fatia, de 69,7%, possui de 26 a 35 anos. Veja abaixo o gráfico com todas as faixas:



Dia das Mães em alerta

Pesando no isolamento social, 62,8% dos brasileiros acredita que o feriado ainda será em meio às cidades em fases amarelas e vermelhas em função do COVID-19, ou seja, com medidas sanitárias rígidas sugeridas pelo Governo. Uma parte de 52,1% continuará utilizando máscaras caso seja necessário sair de casa, número 7% maior em comparação com o feriado de Páscoa. 52,5% dos entrevistados acredita que ainda teremos muitas pessoas internadas por causa da pandemia. Apenas 7,4% pensa que tudo estará mais flexível até lá e fará compras na rua, e uma parcela ainda menor, de 4,1%, acha que lojas e restaurantes estarão abertos para um almoço de família no Dia das Mães.


Visitar ou não visitar?

Antes da pandemia, 52,9% comemorava a data na casa da mãe ou da sogra e, agora, em 2021, essa opção está nos planos de apenas 20,7% da população, já que 38,1% ficará em casa e sem receber visitas. Fazer uma vídeo conferência com a família na Páscoa é uma possibilidade interessante para 9,4%. Sobre os costumes antes do COVID-19, vale ressaltar ainda que 25,9% recebia a família em casa e 19,3% almoçava em restaurantes.


Pratos mais queridos no Dia das Mães

Em relação à organização da comida e da cozinha, para 37,9% todo mundo ajuda um pouco, 22,5% deixa a responsabilidade com a "mãe" da família, 13,7% acredita que é tarefa de qualquer um, menos a "mãe" da família, 11,4% pede em restaurante e 10,6% acha que quem tem que cozinhar é o dono da casa. A pesquisa trouxe traz ainda um TOP 10 dos pratos mais amados no Dia das Mães: churrasco, lasanha, macarronada, pudim, maionese, macarrão, feijoada, pavê, carne assada e nhoque.


Metodologia

Um total de 2.691 brasileiros respondeu a pesquisa de forma digital, entre 6 e 7 de abril de 2021, garantindo resultado com 1,9% de margem de erro. A pesquisa engloba níveis de renda ABCD e todas as faixas etárias, de entrevistados em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba, Brasília, Recife e Manaus.

 


Hibou

consumo. http://www.lehibou.com.br


Telemedicina: a importância do atendimento virtual para aliviar a demanda dos prontos-socorros

Médicos esclarecem os tabus que envolvem a teleconsulta e os possíveis desfechos que um paciente pode encontrar ao realizar uma consulta por vídeo

 

 

Se há pouco tempo a telemedicina era vista como o futuro, hoje já é possível dizer que o serviço é o presente – uma realidade no Brasil. No entanto, ainda há uma grande barreira a ser vencida: educar a população para entender que, para casos de baixa complexidade, a consulta médica por vídeo é a porta de entrada do paciente no sistema de saúde e não o pronto-socorro. A tecnologia desenvolvida pela Docway somada ao seu método de operacionalização e treinamento médico voltado a oferecer atendimentos de maneira humanizada e acolhedora, mostrou ser um canal mais rápido, seguro e tão eficaz quanto um atendimento médico presencial para estes casos.

 

Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o tempo de espera no pronto-socorro pode ser de até duas horas, a depender da classificação de risco do paciente, isso sem mencionar a alta exposição a outras doenças presentes no ambiente hospitalar, o deslocamento até o local e o alto custo se comparado à solução do Pronto Atendimento Digital. Já na telemedicina, o paciente pode tirar dúvidas e conversar com um médico, receber a melhor orientação e resolução para sua situação de mostrar uma lesão e receber uma prescrição digital sem pegar nenhuma fila para ser atendido, sem burocracia, de onde estiver, sempre que precisar: o serviço está disponível 24h por dia, 7 dias na semana.

 

“É comum que as pessoas deixem para resolver um problema de saúde no último instante. E como a rede de saúde brasileira funciona apenas em horário comercial, os prontos atendimentos acabam ficando superlotados”, conta Aier Adriano Costa, Médico Responsável Técnico da Docway, empresa referência em soluções de saúde digital. “A telemedicina é uma alternativa vital para que os casos graves recebam atendimento rápido no pronto-socorro, enquanto os casos leves são resolvidos através das consultas por vídeo”, diz. O médico aponta ainda a eficácia do modelo de atendimento na prevenção da automedicação e autodiagnóstico. “As pessoas querem praticidade buscando seus sintomas na internet, mas a teleconsulta veio para oferecer essa mesma praticidade somada a um conhecimento técnico embasado, ou seja, é mais segurança e comodidade para o paciente”, explica.

 

Segundo a Head Médica de Operações da Docway, Carolina Pampolha, o principal motivo que afasta as pessoas da telemedicina é o receio do desconhecido: “O paciente acha que vai ser algo muito complexo, mas quando percebe que é só clicar em um link, fazer um teste de áudio e vídeo e já falar com o médico, percebe que é simples e quebra essa pré-impressão criada”, conta. O medo de perder tempo e não conseguir resolver a urgência médica através da tela do celular também está entre as principais preocupações dos brasileiros. “É preciso entender que a telemedicina é perfeita para um atendimento pontual de baixa complexidade, com o objetivo de resolver o problema existente naquele momento. Se houver necessidade de um exame especializado, o médico saberá realizar o encaminhamento”, afirma.

 

Aier explica que, em casos graves, com alto risco de saúde, o médico é capaz de identificar rapidamente o problema e encaminhar o paciente para um pronto atendimento. Em casos moderados, o médico faz o atendimento inicial, pode prescrever um tratamento sintomático ou uma orientação de alívio, e então direcionar para um exame físico presencial – “não é urgente, mas precisa de uma análise específica”, diz. Para situações de médio/leve grau, o paciente vai para a consulta virtual, faz o tratamento inicial e, se houver necessidade de passar por outro especialista, sem a necessidade de exame, é redirecionado imediatamente por vídeo. Já os casos simples são resolvidos na própria consulta por tela, finalizando o atendimento ali mesmo ou, se o médico identificar ser necessário, ele aciona o acompanhamento de enfermagem – “neste caso, após um período determinado pelo médico, o enfermeiro responsável entra em contato com o paciente para verificar se está tudo bem e se existe a necessidade de um novo atendimento, caso contrário a consulta é encerrada”, detalha.

Pensando em como continuar oferecendo humanização através da tecnologia, a Docway também oferece a opção do Fast Track – o médico que realiza a consulta por vídeo pode encaminhar o paciente para o pronto-socorro mais próximo, já com a triagem feita, agilizando o atendimento no local. “Essa é uma tecnologia que também depende da tecnologia do cliente para que possamos integrar os sistemas. Atualmente, milhões de beneficiários SulAmérica, por exemplo, contam com esse benefício para os casos de COVID-19”, conta Aier.

 

Para que a empresa possa oferecer todos os recursos necessários ao paciente, Aier aponta alguns protocolos que devem ser seguidos. “Não é um médico inexperiente ou que nunca atuou com telemedicina que irá realizar o atendimento. Todos os profissionais passam por validação, supervisão e treinamentos trimestrais para estarem aptos a atender neste formato”, explica. “A teleconsulta não veio para se transformar no herói da medicina, sabemos que nem tudo pode ser resolvido virtualmente. Na grande maioria dos casos temos a resolução por telemedicina, com períodos em que alcançamos cerca de 95% de resolução em tela. Para os demais casos, que precisam de outro desfecho, é importante que o paciente saiba que ele não fica desamparado – ele vai receber o encaminhamento ideal para sua situação de saúde, seja o direcionando para um especialista, para o pronto-socorro, solicitando exames, acompanhamento de enfermagem ou até remoção”, finaliza Aier.



 

Docway

 www.docway.com.br  


MUDANÇA DE MINDSET TRANSFORMA SIGNIFICADO DO CARRO NA SOCIEDADE


Por muitos anos - especialmente desde a segunda metade da década de 1990, quando o Brasil viu sua economia estabilizada com a implantação do Plano Real - foi registrado o crescimento do consumo de bens móveis, caso dos carros. Em 2014, eram 45,4 milhões de veículos, ou seja, já se contabilizava 1 carro para cada 4,4 habitantes. Em 2019, tínhamos 45,9 milhões de veículos na frota brasileira. É interessante notar, de acordo com dados do Sindipeças, que os veículos em circulação estão envelhecendo. A idade média dos carros foi de 9 anos e 10 meses, em 2019. 

 

No entanto, há uma mudança de comportamento do brasileiro em curso. Anteriormente, comprar um carro significava que havia um certo descontentamento com as políticas públicas de transporte e a compreensão de que a posse de um automóvel era símbolo de status, ascensão social e poder. Ter um carro era uma conquista e visto por muitos como a chave de acesso para uma classe especial. 

 

Hoje, vemos uma mudança de mindset acontecendo. Ter um carro é encarado por uma fatia cada vez maior da população como uma forma de “perder” dinheiro, além de ser um custo adicional no orçamento. Isso, porque o veículo é um bem que desvaloriza e que traz outras despesas no “pacote”, como a necessidade de manter um seguro, o pagamento de impostos e de possíveis multas, etc. 

 

Não por acaso, uma saída muito comum para quem vem mudando de hábitos são os carros por assinatura. Há serviços que oferecem não só a escolha da marca e do modelo do veículo, como a personalização dos acessórios e outros itens. Alguns, inclusive, adicionam entre as alternativas de customização, a possibilidade de blindagem do automóvel. 

 

Além disso, a empresa fica responsável por realizar a melhor negociação, cuida das burocracias – como emplacamento, documentação, pagamento de impostos e multas, bem como cuida da realização de manutenções e reparos. Tudo que o cliente tem a fazer é, simplesmente, abastecer o veículo para circular pela cidade. Os valores que seriam empregados na compra, manutenção, segurança e outras necessidades com o veículo podem ser investidos pelo cliente, resultando em rendimentos interessantes em vez de ficar imobilizado em um suposto bem, que só desvaloriza com o passar dos anos. 

 

Esse é um movimento que o mercado automotivo já consolidou nos EUA e na Europa e que, desde 2020, começa a se desenvolver e ganhar força no Brasil, especialmente em capitais como São Paulo. O mercado é amplo e as possibilidades são enormes. Há operações que contemplam desde veículos populares até carros de luxo, de marcas como BMW, Honda, Land Rover, Jaguar, Volvo, Jeep, Mercedes-Benz, Audi e Toyota. Já pensou a respeito? 



 

Marcel Ribeiro - gestor do Drive Select, marca que oferece carros premium por assinatura a pessoas físicas e profissionais liberais – www.driveselect.com.br  

 

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