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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Saúde já enviou doses da vacina contra a Covid-19 para imunizar 100% dos idosos previstos no público prioritário da primeira etapa

Também foram enviadas doses para vacinar 100% dos indígenas que fazem parte do primeiro grupo-alvo da campanha. A previsão é que o próximo público prioritário atendido seja de idosos com idade entre 80 e 89 anos e trabalhadores de saúde

 

O Ministério da Saúde já enviou as doses necessárias para a imunização de 100% dos idosos de 60 anos ou mais institucionalizados e demais idosos acima de 90 anos contra a Covid-19. A última entrega ocorreu no início do mês de fevereiro para imunizar aproximadamente 895 mil idosos. A próxima etapa de vacinação será voltada para o grupo prioritário de idosos com idade entre 80 e 89 anos e trabalhadores de saúde. 

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Francieli Fontana, explica que foram priorizados idosos acima de 90 anos a partir dos indicadores de internações. “Os idosos acima de 90 anos possuem um sobrerisco (SR) de 8,5 vezes maior de hospitalização e de 18,3 vezes mais óbitos, quando comparado a idade anteriores. Por isso, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 orienta que este grupo seja priorizado”, destaca Francieli.  

A coordenadora afirma que o próximo grupo prioritário a ser atendido, conforme orientação do PNI, será composto por 100% dos idosos com idade de 85 a 89 anos; 24% dos idosos de 80 a 84 anos; além de 8% dos trabalhadores da saúde ainda não atendidos. “O andamento da campanha ocorre conforme o cronograma de entrega dos laboratórios produtores", ressalta Francieli.  

O Ministério da Saúde já iniciou a distribuição de mais 3,2 milhões de doses de vacinas contra a C#mce_temp_url#ovid-19 para ampliar a vacinação no Brasil entre o fim de fevereiro e o início de março de 2021. Todos os estados e o Distrito Federal começam a receber 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford, importadas da Índia, e 1,2 milhões de doses do imunizante do Instituto Butantan. As doses são enviadas pelo Ministério da Saúde aos estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios para que organizem a estratégia de aplicação das vacinas. 


VACINAÇÃO DE INDÍGENAS 

O Ministério da Saúde também enviou doses para vacinar 100% dos indígenas acima de 18 anos que vivem em terras indígenas, atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do Sistema Único de Saúde (SASISUS) e especificidades da ADPF 709. A estimativa é vacinar cerca de 413 mil indígenas, nesse primeiro momento. 

Dentro do público priorizado para a campanha foi feito um recorte, levando em consideração pessoas que teriam maior risco de internação e óbito, bem como o quantitativo de vacina disponibilizado inicialmente. 

As especificidades da ADPF incluem todas as Terras e Reservas Indígenas que estejam em qualquer fase de Estudos a Homologação do processo administrativo de demarcação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI). A priorização da população indígena justifica-se por critérios epidemiológicos, modo de vida coletivo e dificuldades geográficas para acesso aos serviços de saúde, sendo necessário que a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) percorra longas distâncias por vias fluvial, terrestre e aérea para atender a esta população. 

Os demais brasileiros, assim como os indígenas que vivem em contexto urbano ou rural em municípios, serão imunizados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, nas demais fases de vacinação do Plano, podendo entrar nos demais grupos prioritários. 

 

 

Angélica Mengue


Ministério da Saúde


5 dicas para se adaptar ao retorno das aulas em 2021

Este ano, além de voltar à rotina de horários, estudantes também precisam enfrentar a adaptação às aulas presenciais em meio a uma pandemia; especialistas explicam como fazer isso de forma mais tranquila


Todos os anos, a volta às salas de aula depois das férias pede adaptações na rotina de estudantes e familiares. E, em 2021, esse processo se tornou ainda mais necessário. Após passar quase um ano longe dos amigos e dos professores e funcionários da escola, boa parte das crianças e adolescentes está retomando as aulas presenciais e, com elas, hábitos e horários que já não faziam mais parte de seu cotidiano.

Como, então, tornar essa transição entre as aulas remotas e as presenciais menos estressantes e mais proveitosas para os estudantes? 


  1. Aposte na revisão constante dos conteúdos

2020 foi um ano muito atípico para todos os envolvidos com Educação. Como muitos não se adaptaram totalmente ao ensino remoto, há conteúdos que podem ter se perdido ao longo do ano. Por isso, revisar constantemente o que é ensinado pode ajudar muito nessa retomada. A consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Yasmim Forte, afirma que “todos os professores estão com um olhar cuidadoso e o início de 2021 naturalmente priorizará diagnósticos constantes sobre as aprendizagens que foram ou não consolidadas pelos alunos. No caso dos estudantes mais novos, a participação dos responsáveis será mais importante do que nunca. Já os mais velhos podem praticar a autogestão, que também contribui para que eles desenvolvam de forma autônoma”.


  1. Defina seu modelo de estudo ideal

Enquanto muitas famílias - e muitos estudantes - não viam a hora de voltar para o ambiente escolar, o contexto da pandemia ainda é uma realidade e, por isso, outras famílias não pretendem retomar as atividades presenciais por enquanto. Para escolher o modelo de ensino mais adequado para cada um, Yasmim defende que cada um analise com cuidado as próprias limitações. “Por exemplo, nem todos os alunos terão condições de participar de um escalonamento com aulas presenciais e remotas, o que exige conectividade e boa internet. Então, alunos que não têm essas condições,  se darão melhor em um modelo híbrido, com aulas presenciais em alguns dias e atividades remotas impressas em outros”, ressalta.

Para decidir qual modelo é melhor para o estudante, família e escola devem estar em constante comunicação. O comportamento dos alunos também merece atenção. “O fato de voltar ao ambiente escolar com toda essa mudança pode gerar uma ansiedade exacerbada prejudicial. É importante conversar com os responsáveis da escola, saber de todas as regras a serem seguidas e ter empatia: um olhar atento e uma conversa verdadeira podem ajudar muito nesse momento”, lembra.


  1. Dê um passo de cada vez

Quando a pandemia de Covid-19 começou, muitos costumes diários precisaram ser alterados de uma só vez. Da noite para o dia, não se podia mais frequentar a escola, passear sem máscara ou mesmo sentar para conversar entre amigos. Toda essa alteração tem um custo e, agora, é preciso ir com calma na retomada das atividades. “A dica é retomar gradativamente, dentro do protocolo proposto e do esquema de retorno a uma rotina que propicie organização, momentos de estudo, lazer, entre outros. Para que a vida volte ao ‘antigo normal’ precisaremos nos readaptar”, afirma Yasmim.


  1. Conte com uma rede de apoio

Para a psicóloga Rosane Melo Rodrigues, do Hospital Marcelino Champagnat, de Curitiba (PR), o comprometimento da família com essa nova realidade é uma das ferramentas mais importantes neste momento. “É fundamental que a família ajude a preparar as crianças e adolescentes para que eles voltem a ter o convívio social que tinham antes. Essa retomada assusta e, embora os cuidados devam continuar, é preciso estar emocionalmente estruturado para encarar essa nova fase”, argumenta.


  1. Reinvente sua rotina

A rotina escolar conhecida antes de 2020 provavelmente já não se encaixa no contexto atual, que continua sendo o de uma pandemia. Portanto, é preciso criar uma nova rotina, planejando as obrigações escolares da semana e otimizando o tempo para cada uma delas, de acordo com Yasmim. Para isso, é importante definir um local de estudo tranquilo e que impeça distrações recorrentes. “Também vale usar a tecnologia como aliada, acessando outras fontes de conhecimento e métodos de estudo. Pesquise sobre os temas vistos nas aulas e utilize metodologias diversas para esses registros – mapas mentais, conceituais, fichamentos e outros”, reforça.

Rosane lembra a importância de estabelecer uma rotina saudável que vá além da sala de aula. “É preciso manter uma boa alimentação e a prática regular de exercícios físicos. Também ajuda trabalhar com uma organização mental e uma rotina com horários pré-estabelecidos. Temos que entender que esse é um novo modelo de vida”, completa.


Qual o custo da evasão escolar?

  Brasil perde, anualmente, R$ 220 bilhões quando jovens não concluem a educação básica


A pandemia do novo coronavírus tem trazido desafios novos para os jovens brasileiros, fazendo com que muitos não tenham acesso às atividades escolares e estejam em risco de abandonarem a escola. Foi o que apontou a pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, realizada pelo Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) em parceria com diversas entidades. O estudo, realizado em maio de 2020, mostrou que três em cada 10 jovens já tinham pensado em não retornar às aulas desde o início da pandemia.

As consequências e os custos da evasão escolar para os jovens e o país são imensos. Anualmente, o Brasil perde R$ 220 bilhões devido à evasão escolar, de acordo com o estudo “Consequências da Violação do Direito à Educação”, realizado pelo Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e disponível na Plataforma Gente. Para ler, acesse aqui. As consequências dessa realidade podem ser medidas em quatro dimensões: empregabilidade e remuneração, efeitos que a remuneração tem para a sociedade, qualidade de vida e violência. A pessoa que não chega a se formar na educação básica recebe remunerações entre 20% e 25% inferiores ao que receberia se tivesse concluído.

O estudo mostrou também perda econômica no valor estimado de R$ 54 mil para a sociedade quando o jovem não conclui a educação básica. Isso sem citar que a educação é uma das formas de se promover a cultura da paz. Na prática, para cada ponto percentual de redução na evasão, há 550 homicídios a menos a cada ano.

A educação é direito de todos, dever do estado e garantida na Constituição Federal. O estudo mostra que os reflexos da evasão escolar não são individuais, mas coletivos e, principalmente, econômicos. E no atual cenário de pandemia, e pós-pandemia, os números podem ser ainda maiores.



 Plataforma Gente

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Consumidores mais jovens têm cobrado novos padrões de sustentabilidade das empresas

Cada vez mais as empresas precisam repensar seu papel e a influência na sociedade da qual fazem parte.


O termo ESG nunca esteve tão em alta. A sigla inglesa significa ambiental, social e governança (environmental, social e governance). "São os três pilares que toda e qualquer empresa responsável deve adotar e observar em seus negócios ,"salienta Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News ( www.revistaecotour.news).


A letra E de ambiental significa que a empresa deve ter responsabilidade com o meio ambiente. Deve cuidar de todo o lixo gerado, tratar os seus esgotos para evitar a poluição de rios e mananciais, além de estar, realmente, comprometida com o desenvolvimento de tecnologias que reduzam o impacto de suas atividades na natureza.


A letra S de social indica que a empresa respeita todos os direitos de seus colaboradores, não discrimina ninguém e promove uma cultura de respeito às diferenças, minorias e á individualidade. A empresa que observa os fatores sociais, sempre avalia, mede e busca reduzir os impactos negativos que a sua atividade pode trazer à vida de todos que com ela se relacionam.


A letra G indica que a empresa busca incansavelmente adotar boas práticas na gestão de seus negócios. Ela se compromete a ser transparente, respeitando leis, normas e regulamentos. Tem uma postura que se preocupa com o respeito às leis, bons costumes, ética e transparência.

Especialistas apontam que, em razão da ameaça à estabilidade do clima, as condições de desigualdade das populações vulneráveis e o anseio da sociedade por um equilíbrio mais justo no relacionamento entre pessoas fez com que as diretrizes ESG ganhassem grande visibilidade.

As exigências inerentes aos princípios de ESG vêm ganhando peso até mesmo como fator de decisão para investimentos. Globalmente, segundo dados da XP, mais de 30 trilhões de dólares em ativos sob gestão são gerenciados por fundos que definiram estratégias sustentáveis. Somente na Europa, são 14,1 trilhões, equivalentes a mais de 50% do total do continente. Nos Estados Unidos, 25%.

Uma coalizão crescente de 61 líderes de empresas, como a KPMG, anunciou o compromisso com as Métricas de Capitalismo das Partes Interessadas, um conjunto de métricas e divulgações ambientais, sociais e de governança divulgadas pelo Fórum Econômico Mundial e pelo Conselho Empresarial Internacional, em setembro do ano passado, que mensura a criação de valor empresarial de longo prazo para todas as partes interessadas.

Uma pesquisa desenvolvida pela KPMG entrevistou líderes de oito setores da economia brasileira apontando os efeitos do isolamento social nas estratégias das empresas. Dos CEOs brasileiros entrevistados, 73% afirmaram que ganharam uma importância maior os temas relacionados ao comportamento social e às questões de meio ambiente, sustentabilidade e governança. "Entre os executivos, apenas 20% discordam desse movimento, enquanto 7% não concordam e nem discordam", relata Vininha F. Carvalho.

O presidente da KPMG no Brasil, Charles Krieck, avaliou que os consumidores mais jovens têm cobrado novos padrões de sustentabilidade das empresas.

Ao adotar e reportar essas métricas, a comunidade empresarial continuará catalisando uma maior cooperação e alinhamento entre as normas existentes, estimulando o progresso no desenvolvimento de um conjunto sistêmico e globalmente aceito de normas comuns capazes de fortalecer o desempenho da sustentabilidade.

"Investidores que buscam maior responsabilidade e transparência em seus investimentos também devem buscar empresas que se norteiam por estes princípios para realizar os seus negócios", conclui Vininha F. Carvalho.

 

MEI: Saiba se você deve fazer a Declaração do IRPF 2021

Microempreendedores individuais devem ficar atentos ao teto de isenção do imposto


Entre os dias 1º de março e 30 de abril, milhões de brasileiros terão que fazer suas declarações de Imposto de Renda 2021. Com o crescimento exponencial do número de microempreendedores individuais (MEI) no último ano, muitas pessoas têm dúvidas de como preencher a declaração. Mesmo com a pandemia, o número de MEI registrados bateu recorde. Foram mais de 2,6 milhões de novos microempreendedores individuais criados em 2020 e o número total de MEI ativos supera 11,3 milhões em todo o Brasil.

“É importante destacar que o  MEI exerce dois papéis, o de empresário (Pessoa Jurídica) e o de cidadão (Pessoa Física) e que ele precisa ficar atento às suas obrigações com o fisco”, ressalta o gerente de Políticas Públicas, Silas Santiago. Além da obrigatoriedade de entrega da Declaração Anual do Simples Nacional do Microempreendedor Individual – DASN-SIMEI, que deve ser entregue até 31 de maio, quem já se formalizou pode também estar obrigado à entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF).

Saiba se você deve declarar o IRPF e como fazer:


Todo MEI deve declarar IRPF?

A obrigatoriedade de apresentar a Declaração de IRPF depende da sua condição como pessoa física e não como pessoa jurídica. Se você é MEI, deve entregar a Declaração de Imposto de Renda se recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano anterior (cerca de R$ 2.380 por mês) ou seja, se a parcela tributável do que você retirou do negócio é maior que este valor, você é obrigado a declarar. Se o seu rendimento tributável foi abaixo deste valor, você não é obrigado, mas pode declarar, se preferir.

No entanto, existem outras regras que tornam obrigatória a entrega da DIRPF. Entre as regras estão ganhos de mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou tributados na fonte no ano (como indenização trabalhista, saque do FGTS ou rendimento de poupança),  ganhos com a venda de bens; compra ou venda de ações na Bolsa,  era dono de bens de mais de R$ 300 mil, passou a morar no Brasil em qualquer mês de 2020 e ficou aqui até 31 de dezembro ou vendeu um imóvel e comprou outro num prazo de 180 dias, usando a isenção de IR no momento da venda.


Há algum tipo de isenção para quem ultrapassa o teto de R$  28.559,70?

Há uma parcela da renda vinda do MEI que é pode ser distribuída à pessoa física de forma isenta; o restante é tributado. A isenção é calculada segundo um percentual sobre o total do faturamento: 32% para serviços, 16% para transporte de passageiros e 8% para comércio ou indústria.

Qualquer outro valor transferido da empresa do MEI para sua pessoa física, seja em dinheiro ou por transferência bancária – da conta da empresa para a conta da pessoa física, é tributável a título de “retirada de pró-labore”.

Exemplo: MEI que atua no comércio e faturou R$ 81 mil em 2020. Pode transferir R$ 6.480,00 para a pessoa física, sem tributação, a título de distribuição de lucros. Qualquer valor transferido à pessoa física além desse valor será tributado a título de “retirada de pró-labore”.

No exemplo acima, se a empresa do MEI transferir, além do lucro, mais R$ 28.559,70 para a pessoa física, a título de pró-labore, ainda assim não estará obrigado a entregar a declaração do IRPF, salvo de tiver outros rendimentos que, somados, ultrapassem esse teto.

Enfim, no comércio o MEI pode distribuir para a pessoa física 8% do seu faturamento a título de lucros, sem tributação, e mais R$ 28.559,70 a título de retirada de pró-labore, tributável, mas dentro do limite de isenção anual, salvo de tiver outros rendimentos que, somados, ultrapassem esse teto.

Quem atua no transporte de passageiros pode distribuir para a pessoa física 16% do seu faturamento a título de lucros, sem tributação, e mais R$ 28.559,70 a título de retirada de pró-labore, tributável, mas dentro do limite de isenção anual, salvo de tiver outros rendimentos que, somados, ultrapassem esse teto.

Quem atua na área de serviços pode distribuir para a pessoa física 32% do seu faturamento a título de lucros, sem tributação, e mais R$ 28.559,70 a título de retirada de pró-labore, tributável, mas dentro do limite de isenção anual, salvo de tiver outros rendimentos que, somados, ultrapassem esse teto.

É necessário que o MEI pratique a “separação patrimonial”, sabendo bem qual o “bolso do dinheiro da empresa” e qual é o “bolso do dinheiro da pessoa física”, esse último utilizado para pagar as despesas pessoais suas e da sua família. O que vai para o bolso da pessoa física significa distribuição de valores da empresa para a pessoa física.

Por fim, os valores que ficam na empresa, seja no caixa – o bolso da empresa, seja em estoques, insumos ou bens, seja dinheiro do banco ou um veículo em nome da empresa, por exemplo, não representam distribuição de valores para a pessoa física.

Uma ressalva: caso o MEI tenha lucros superiores aos limites acima estabelecidos (8%. 16% ou 32%), há uma alternativa para distribuição de todo o lucro para a pessoa física de forma isenta, mas para isso terá que fazer contabilidade completa e entregar à Receita Federal, por meio da Escrituração Contábil Digital – ECD.


Como deve ser feira a declaração dos MEI que tiveram faturamento acima do teto previsto?

Para o MEI que precisa declarar na pessoa física, a parcela isenta relativa aos lucros distribuídos dentro dos limites permitidos deve ser informada na ficha “Rendimentos isentos e não tributáveis”, na opção 13: “Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional”. O restante deve ser informado na ficha “Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica”, junto do CNPJ e do nome da empresa.


Como são as regras dos trabalhadores com Carteira de Trabalho e Previdência Social assinada?

Eles devem fazer a declaração como trabalhadores, com as devidas informações que são enviadas pelas empresas e acrescentar os rendimentos do MEI seguindo as regras relativas a rendimentos isentos e não tributáveis acima descritas.

 

Mercado automotivo aposta na venda de usados para a retomada

Divulgação
Expectativa do setor é que semi-novos sigam tendo desempenho superior ao dos zero quilômetros em 2021


A indústria automotiva vai precisar de cinco ou seis anos para se recuperar do tombo que a pandemia causou em 2020. A constatação é da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que, apesar das perdas, prevê aumento de 16,6% nas vendas de 2021 em relação ao ano anterior. A projeção para carros e comerciais leves é de 15,8%. Para caminhões, a expansão pode ser de 21,7% e a de ônibus deve chegar a 8,2%.

No ano passado, 1,96 milhão de veículos novos e usados foram comercializados no Brasil. Para este ano, as previsões variam de 2,3 milhões a 2,5 milhões de veículos vendidos. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) crava que a indústria automobilística produzirá 2,52 milhões de veículos este ano, sendo 2,38 milhões de leves e 135 mil pesados (caminhões e ônibus). É um aumento de 25% sobre o volume produzido ano passado. E, de acordo com as expectativas, quase tudo o que for fabricado deverá ser vendido: são previstos 2,37 milhão de unidades emplacadas.

Conforme pesquisa do portal Webmotors em parceria com a Anfavea, 96% dos 2.103 usuários do site que responderam ao questionário têm a intenção de adquirir um veículo em 2021, contra os 88% relatados na última checagem.

 

Financiamentos favorecidos em 2021

No acumulado do ano de 2020, até o mês de dezembro, as vendas de veículos financiados somaram 5.529 mil unidades, entre novos e usados – incluindo motos, automóveis e caminhões. Esse número apresentou uma queda de -9,6% em relação ao ano de 2019 e equivale a 585 mil unidades a menos.

Apesar disso, o setor de financiamentos está otimista e deve voltar quase ao patamar de antes da pandemia. Segundo Cristiano Dantas, diretor comercial da Tecnobank, um pilar essencial é o apoio do mercado financeiro. "Os bancos e financeiras estão e estiveram o tempo todo ao lado deste mercado. Nunca faltou crédito e as instituições dão mostras de que estão firmes em seu papel nessa retomada", comemora.

Além deste cenário, Dantas diz que o PIB deverá ser favorável este ano, já que os economistas preveem uma variação de 3% a 4%. "Os juros para o financiamento e a inadimplência também estão baixos. Já a oferta de crédito começou a aumentar no segundo semestre de 2020. Com essa combinação de fatores, os financiamentos vêm ficando mais vantajosos, já que exigem entradas menores e parcelamentos mais longos, cenário que começou a ser visto no último trimestre do ano passado", analisa.

 

Impulso dos usados

Em 2020, as vendas de veículos usados somaram 11,4 milhões de unidades, o equivalente a 83% do mercado total, um aumento em relação aos 80% de 2019. Salto semelhante foi visto nos financiamentos, com os seminovos e usados passando a responder por 67% dos contratos aprovados pelos bancos em 2020, contra 63% no ano anterior.

"A falta de peças e a consequente alta nos preços dos veículos novos acabaram impulsionando a aquisição de automóveis usados, com parte deles recorrendo à chamada 'troca com troco', em busca de algum alívio financeiro na coronacrise", justifica Dantas. Além disso, segundo ele, um ponto fundamental foi a concessão de crédito. "Em outras crises do passado, os agentes financeiros eram os primeiros a se retrair. Mas desta vez, foi diferente. Eles ficaram e apostaram nas suas posições. Os bancos e financeiras estão e estiveram o tempo todo ao lado deste mercado. Não faltou crédito e as instituições dão mostras de que estão firmes em seu papel nessa retomada”.

Para 2021, mesmo com a retomada da economia, a expectativa dos bancos é que os carros usados sigam tendo um desempenho superior ao de novos. O Itaú, por exemplo, prevê expansão de 20% para as vendas de seminovos e usados.

  


Tecnobank

 

O Varejo Digital continuará em alta em 2021 no Brasil

Segundo relatório da XP Investimentos a expectativa é que o varejo digital cresça em 2021 acima de 32% no Brasil, seguindo a linha de recordes históricos que ocorreu no setor em 2020 por conta da Covid-19.

Algumas explicações para esse crescimento e otimismo do setor é que no Brasil não existe apenas uma empresa dominante, como na China com o Alibaba. Aqui, temos uma diversidade enorme de empresas, de grande e pequeno porte. Por exemplo, a taxa de penetração das vendas online ficou em 9% em 2020. Tendo esse dado em mente, podemos concluir que ainda há um grande espaço a ser explorado.

Em 2020 o segmento que mais se destacou, sem dúvida, foi o de eletrônicos, que foi responsável por um quarto das vendas, isso significa que de cada 100 vendas, 25 foram desse segmento. Um destaque especial para os jogos que respondeu por 19% das vendas desse segmento.

Uma grande inovação que o setor passou a utilizar no ano passado e também contribuiu para o crescimento do setor, segundo o relatório, foram os serviços financeiros e cashbacks, que são os serviços financeiros oferecidos pelas empresas, para facilitar o pagamento e o recebimento das transações realizadas nas plataformas online.

Uma grande tendência para esse setor é o seu formando figital que é um conjunto de estratégias de omnichannel para integrar os canais físico/digital. Com a vacina sendo disponibilizada esse formato só tende a aumentar. A experiência de compra na loja física sempre vai existir, agora, o desafio das empresas é alinhar essa experiência ao digital, para se adaptar a esse novo tipo de cliente que passou pela experiência da Covid-19.

 


Elizeu Barroso Alves - coordenador dos cursos de Gestão Comercial e Varejo Digital do Centro Universitário Internacional Uninter.


Abertura de empresas em 2020 bateu recorde. Oito dicas para manter o negócio aberto

O cenário corporativo no Brasil é um dos mais complexos para se empreender
(Divulgação)
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do Covid-19, queda da atividade econômica e elevação do índice de desemprego. Entretanto, o Brasil teve o melhor desempenho no que diz respeito a abertura de novas empresas


A pandemia levou milhares de desempregados a se reinventarem e muitas pessoas encontraram no empreendedorismo a solução para garantir o seu sustento. Em 2020, foram abertas 3.359.750 empresas – registrando um aumento de 6% em relação ao ano anterior. No mesmo período, ocorreu o fechamento de 1.044.696 empresas, com queda de 11,3% na comparação com 2019. O saldo positivo é de 2.315.054 empresas abertas. De acordo com os dados do Ministério da Economia, as atividades recordistas de novos negócios foram: 


1º Comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios: 200.662 empresas abertas;


2º Promoção de vendas: 149.063 empresas abertas;


3º Cabeleireiros, manicure e pedicure: 134.992 empresas abertas;


4º Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar: 110.261 empresas abertas;


5º Obras de alvenaria: 108.135 empresas abertas.


No que diz respeito ao MEI – Microempreendedor Individual – os números também animaram. De acordo com o Ministério da Economia, foram 2.663.309 de novas empresas, em 2020 (o MEI responde por 56,7% dos negócios em funcionamento no país).


Triste realidade 

O administrador, contabilista e professor Carlos Afonso, fez uma reflexão sobre o número de empresas abertas e o atual momento econômico, uma vez que parte significativa dessas novas empresas abertas em 2020, tenham as atividades encerradas em até cinco anos. 

“Infelizmente, essa é uma triste estatística identificada em diversas pesquisas do SEBRAE – Serviços Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. As causas que podem levar ao fracasso das atividades empresariais são as mais diversas, sendo as principais: falta de planejamento; falta de recursos financeiros e gestão financeira precária; falta de comportamento empreendedor e divergência entre os sócios”, esclareceu professor Carlos. 

Ele afirma que tocar uma empresa no Brasil é bem difícil, pois o cenário corporativo é um dos mais complexos para se empreender. “O sistema tributário brasileiro é caótico. Não existe crédito disponível em abundância (em especial para novos empreendimentos), e quando se consegue, as taxas de juros praticadas são extremamente elevadas. A legislação trabalhista é paternalista. Falta mão de obra qualificada em diversas regiões. Concorrência desleal, entre tantos outros percalços”, pontuou ele. 


É preciso ser forte! 

Empreender no Brasil é tarefa para os fortes! É necessário perseverar muito, além da necessidade de se capacitar sempre e cercar-se de profissionais competentes. O maior erro do empreendedor é acreditar que pode fazer tudo sozinho ou que não precisa de ajuda externa para fazer o negócio ter sucesso – certamente, haverá algum fator preponderante fora do radar, que trará enormes prejuízos aos negócios. 

O Professor Carlos orienta que para se ter resultados e o negócio perdurar, o empreendedor deve ser um questionador, e perguntar sempre o que pode ser melhorado no negócio. “É importante ficar antenado em relação ao que está ocorrendo ao redor e como inovar. Porém, não se pode descuidar das finanças, da contabilidade, dos recursos humanos, dos assuntos administrativos e de tantos outros que afetam direta ou indiretamente o seu empreendimento”, aconselhou. “Desta forma, sorte é o fator menos provável para justificar o sucesso de um negócio”


Oito dicas para fazer o negócio dar certo 

Brasileiros encontraram no empreendedorismo a solução para driblar a crise
(Divulgação)

Independentemente de quando a empresa tenha sido aberta – antes ou durante a pandemia – para que ela tenha vida longa, não basta apenas ter o espírito empreendedor, e se preocupar apenas com produto, público e concorrência. Abaixo, o Professor Carlos oferece dicas para uma melhor gestão dos negócios. 

1 – Planejamento

Este é um instrumento de gestão que incluiu cenários, metas definidas e objetivos organizacionais, bem como estratégias e métodos para conquistar os resultados definidos neste planejamento. Ele quem determinará como será a jornada de crescimento da empresa, por isso é tão essencial. 

Em linhas gerais, significa projetar o futuro que se deseja, definir o que é preciso para chegar lá e identificar o que se deve mudar para isso. 


2 – Controlar fluxo de caixa

É importante controlar o fluxo de caixa e não apenas o montante de receitas e despesas. A simples gestão sobre as entradas de recursos e de contas a serem pagas, evita a necessidade de se adquirir empréstimos e, consequentemente, o pagamento de juros que absorvem recursos vitais da empresa. 


3 – Aprenda com quem tem mais experiência

Buscar conselhos de outras pessoas que tenham melhor domínio sobre determinado segmento, pode ajudar a tomar decisões importantes e dar uma diretriz, de forma que a empresa se mantenha na linha de frente. Um bom conselho é contratar uma assessoria jurídica para evitar erros. 


4 – Separe a pessoa física da jurídica

Sobretudo na questão financeira. Mantenha o dinheiro em bolsos separados. Misturar o dinheiro da pessoa física ao da jurídica impede a gestão do seu orçamento pessoal e não permite avaliar o desempenho real da empresa. 

E não faça retiradas de dinheiro sem planejamento, pois isso afetará o caixa e a saúde financeira da empresa em períodos de crise. Além de simbolizar uma fatia que não existe na planilha financeira e gerar problemas tributários. 


5 – Defina o preço correto do produto ou serviço

Se for muito baixo para atrair clientes, não será o suficiente para pagar as contas. Se for muito alto, não será competitivo e o cliente não virá.

Desta forma, para chegar ao valor ideal, considere os custos diretos de produção ou fornecimento do serviço, os custos fixos e indiretos que independem do volume de venda, preço da concorrência e diferenciais que sua empresa oferece. 


6 – Contratos e acordos trabalhistas

Não assine documentos sem ter certeza de que todo o teor está compreendido e que não haverá prejuízos em caso de desistência ou encerramento imprevisíveis. Atente-se principalmente aos contratos com fornecedores. 

Analise os mínimos detalhes do acordo de trabalho e certifique-se que ele está bem formulado, com descrição, detalhes e especificações. Isso evitará processos trabalhistas e condenações que desestruturam a saúde financeira da empresa. 


7 – Antecipe os problemas

Problemas sempre vão surgir e é preciso estar preparado para resolvê-los ou, na melhor das hipóteses, nem deixar que eles aconteçam. 


8 – Inovação

Inove sempre! Crie diferenciais competitivos. Isso chamará a atenção dos clientes, sobretudo nos momentos de crise.

 

Reserva de emergência e caixa: fique por dentro desses conceitos

A vida é cheia de incertezas e imprevistos. Mas, principalmente os momentos de crise mostram o quanto é importante contar com uma reserva financeira para enfrentar uma série de problemas que costumam acontecer e cobrir despesas do dia a dia. 

Considerando as melhores práticas de planejamento financeiro, primeiro é preciso construir uma reserva para depois começar a investir. 

Sim, vale ressaltar que reserva não é um investimento, mas um dinheiro que deve estar disponível para uso a qualquer momento, para lidar com situações como desemprego, perda ou redução de renda, um acidente, um tratamento de saúde, a necessidade de algum reparo no carro ou reforma da casa etc. Assim, ela precisa ser mantida em aplicações mais conservadoras com alta liquidez, que podem ser facilmente resgatadas, com um retorno próximo do juro básico de mercado, do CDI, como um fundo DI, CDBs e outros títulos de renda fixa. 

Não é na reserva que se deve buscar aumento de patrimônio, o objetivo, sim, é ter recursos nas mãos diante de qualquer eventualidade. Dessa forma, os ativos de renda variável não funcionam nessa dinâmica. Por exemplo, alguém que aplica a reserva de emergência em ações ou cotas de fundos imobiliários pode precisar vendê-los em um momento ruim, de baixa no mercado, assumindo perdas e, o pior, não resolvendo as necessidades de curto prazo. 

Entre as perguntas mais comuns estão: “Quanto eu preciso manter para ter tranquilidade?” e “Qual é o valor para uma reserva de emergência?”. Isso depende muito do perfil de cada um, mas o ideal é que a reserva seja suficiente para assegurar o padrão de vida ao longo de seis meses pelo menos. Na verdade, um ano seria o mais recomendável.


O caixa e os investimentos

Depois de construída essa base, é a hora de montar uma carteira diversificada, combinando ativos de renda fixa e variável, para alcançar maior rentabilidade e aumentar o patrimônio. A estratégia do portfólio deve ser alinhada com os projetos de vida no curto, médio e longo prazos.

E o caixa é uma das ferramentas de gestão de portfólio que pode ser utilizada. Por exemplo, um investidor pode manter uma parcela dos recursos em ativos de renda fixa com baixa volatilidade e alta liquidez, ficando preparado para captar oportunidades no mercado logo que elas apareçam, ou seja, comprar ativos mais baratos. Pode ser a ação de uma empresa que se desvalorizou momentaneamente por conta de uma notícia ou declaração de algum político, mas que não têm nada a ver com seus fundamentos e estratégias de geração de receitas e lucro no longo prazo. Ou ainda, uma situação em que o dólar se desvaloriza e que pode ser o momento para a entrada em um fundo cambial. 

Ter um caixa é uma técnica que levanta polêmica. Há alguns especialistas que criticam a manutenção desse recurso em caixa, em ativos que rendem próximos ao CDI, por uma questão de custo de oportunidade. Ou seja, os investidores poderiam estar aproveitando retornos maiores com outras aplicações. 

Porém, é interessante destacar que, os retornos dos investimentos também podem ser maximizados quando eles são feitos no momento certo, quando o investidor entra na ocasião mais oportuna. 

Então, vale a reflexão, e com a ajuda de um assessor de investimentos, fica mais fácil escolher a melhor tática. 

E com um consolidador de investimentos, é possível controlar e monitorar de forma eficaz e automática a reserva de emergência, o caixa e toda a carteira.



Cassio Bariani - CEO e sócio-fundador da Smartbrain

 

Com dados da FX Data Intelligence, SBVC evidencia queda no fluxo de visitas em shoppings e lojas físicas em 2020

Estudo apresenta o fluxo de consumidores nos centros de comércio do varejo brasileiro, apontando retração geral no país


Fluxo no comércio segue em baixa

O fluxo de consumidores no comércio do país está em baixa, conforme evidencia o mapeamento realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a FX Data Intelligence – especialista em visão computacional dirigida por IA, fornecendo insights estratégicos para o varejo. O estudo destaca o comparativo de desempenho em relação a 2020 e ao mês anterior, evidenciando os reflexos do fechamento do comércio durante alguns meses da pandemia da covid-19. Houve queda de 33% no faturamento dos shoppings, de R$ 192,8 bilhões em 2019 para R$ 128,8 bilhões em 2020, além da diminuição do fluxo de pessoas, que passou de 502 milhões de visitas ao mês em 2019 para 341 milhões em 2020. Ressalta-se também a retração de 9,5% na geração de empregos diretos.

Conhecer o volume do fluxo de visitantes em uma loja, seja ela de rua ou em shopping, e a variação percentual comparada ao mês e ano anterior pode evidenciar informações relevantes para a gestão do negócio. É o que apresenta o Mapeamento de Fluxo de Visitas em Shopping Centers e Lojas Físicas, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).

A FX Data Intelligence, empresa especializada em monitoramento de fluxo para o varejo, mostra esses dados. O objetivo do monitoramento é proporcionar novas ideias aos lojistas a partir do mapeamento de fluxo dos consumidores e reforçar a importância desses números para, a partir deles, tomar uma decisão e definir a estratégia do negócio.

A pesquisa traz as nuances completas da quantidade dos visitantes em lojas físicas e shopping centers em 2020, destacando o comparativo de desempenho em relação a 2020 e ao mês anterior. A exemplo, por conta da pandemia da covid-19, o comércio permaneceu fechado em março de 2019 e começou a ser parcialmente reaberto em junho do mesmo ano, interrompendo o fluxo de movimento nesse período. O fechamento trouxe como consequência uma queda de 33% no faturamento dos shoppings, caindo de R$ 192,8 Bilhões em 2019 para R$ 128,8 bilhões em 2020.

Essa queda no faturamento evidentemente também fez com que o fluxo de pessoas diminuísse, indo de 502 milhões de visitas ao mês em 2019 para 341 em 2020, ocasionando retração de quase 9,5% na geração de empregos diretos.

“A queda na movimentação do varejo já era esperada, mas se observamos o contexto ao longo de 2020, percebemos que pouco a pouco começam a recuperar o fluxo perdido. Além disso, há a consolidação de novos canais de vendas, permitindo uma integração de canais completa pela primeira vez no cenário brasileiro” afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC. 

O fechamento do comércio em 2020, em especial dos shoppings, foi de maior impacto nos meses de abril (retração de 94,94% no fluxo de visitas) e maio (retração de 91,94%). Mesmo com as festividades de final de ano, o mês de dezembro apresentou ainda queda de 51,28% no fluxo de visitantes. O mapeamento mostra os dados divididos por regiões brasileiras – o Nordeste apresentou a menor queda em dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019 (40%). As regiões do Sudeste e Sul apontaram queda de 54,34% e 61,58% respectivamente. 

O estudo contempla a mensuração do fluxo de visitas em diversos segmentos de lojas, como departamento, drogaria, eletrônicos, moda, beleza e ótica – todos apresentaram retração, exceto um: home center. As pessoas passaram a ficar mais em suas casas e a se mudar para se adaptarem ao novo modelo de trabalho. Comparando os meses de dezembro de 2019 com o mesmo período de 2020, a categoria de home center teve aumento de 2,85%, além de ter conseguido se manter estável durante o ano todo.

O estudo realizado destrincha as particularidades de acordo com as regiões e os segmentos, informações específicas do mercado de shopping centers como faturamento, quantidade de centros comerciais, número de lojas, entre outros, proporcionando ao varejista uma análise setorial mais aprofundada.

“A pesquisa elaborada pela SBVC evidencia quão importantes esses números podem ser no cenário do varejo atual, e assim se conseguir trazer novas soluções aos clientes”, explica Flávia Pini, CEO da FX Data Intelligence.

O estudo está disponível na íntegra para download em nosso site: http://sbvc.com.br/ estudo-mapeamento-do-fluxo-de-visita-em-shopping-center-e-lojas-fisicas-do-brasil-2021

 

 


Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC)

www.sbvc.com.br

 

FX Data Intelligence

www.fxdata.com.br

 

Entenda a "nova onda" de crescimento do empreendedorismo feminino

Apesar do cenário do empreendedorismo feminino estar em constante ascensão nos dias de hoje, fato é que ainda existem muitos desafios a serem superados nessa área. Enquanto, por um lado, a demanda familiar e falta de estímulos para a capacitação das mulheres são alguns dos problemas enfrentados por todas que sonham em abrir seus próprios negócios, por outro as empreendedoras que conseguem se estabelecer no mercado geram o dobro de retorno quando comparadas aos empreendedores homens, segundo dados do estudo da consultoria BCG em parceria com a Masschallenge. 

Atualmente, no Brasil existem cerca de 24 milhões empreendedoras que lutam, diariamente, para o crescimento de suas empresas, uma vez que, na maior parte das vezes, precisam se desdobrar para cumprir todas as suas obrigações além do trabalho, como cuidados com a casa e com os filhos.

No mercado financeiro, as mulheres também trabalham para derrubar tabus, ampliar sua atuação e, consequentemente, aprimorar sua independência financeira. O investimento das mulheres na Bolsa de Valores em 2020 cresceu 118%, mas o público feminino representa apenas 26% dentro desse setor que é dominado pelos homens. 

Um pouco de toda essa realidade que temos hoje quando o assunto são mulheres à frente dos negócios vem do fato de que elas entraram no mercado de trabalho muito tempo depois deles e somente mais tarde puderam ter uma conta no banco em seus nomes sem precisar da assinatura do marido, por exemplo. Nos dias atuais, o que essas líderes mais precisam é de apoio e reconhecimento, afinal, são agentes de transformação social.

Cada vez mais mulheres apostam no empreendedorismo e durante essa jornada desafiadora, muitos obstáculos relacionados à administração, gestão e comunicação dos negócios podem surgir. Pensando nisso, sugiro Flávia Mello (perfil completo abaixo), investidora e mentora de empresas fundadas por mulheres, para qualificar o debate sobre liderança feminina na atualidade.

 


Flávia Mello -  Com mais de 10 anos de experiência nas áreas de vendas e publicidade, Flávia trabalhou em empresas como Uber e Facebook, além de grandes agências de digital. É investidora e mentora de empresas fundadas por mulheres que estejam desenvolvendo soluções para equidade de gênero, entre elas: SafeSpace, Oya, HerMoney, Todas e The Feminist Tea. Apresentou por um ano o podcast Familia Feminista, disponível nas principais plataformas de streaming.


Agilidade e conveniência do áudio explicam sucesso do Clubhouse

Divulgação
Nova rede social utiliza a voz, meio de interação entre pessoas e equipamentos em ascensão no mundo todo. Apesar de já ter se tornado um fenômeno, a novidade ainda deixa perguntas em aberto


Imagine entrar numa sala virtual e ouvir, ao vivo, personalidades como a apresentadora americana Oprah Winfrey ou o todo poderoso do Facebook Mark Zuckerberg conversando ao vivo com os ouvintes. Com usuários de peso, como personalidades do Vale do Silício e celebridades brasileiras como Anitta, Luciano Huck, e Felipe Neto, o Clubhouse é a rede social do momento e está agitando o cenário virtual. Lançada em abril de 2020, nos dois primeiros meses de lançamento, contava com cerca de 1.500 adeptos e era avaliada em U$ 100 milhões. Em janeiro de 2021, após nova rodada de investimentos, alcançou U$ 1 bilhão em valor de mercado e estima-se que já possua mais de 6 milhões de usuários. No Brasil, as buscas pelo Clubhouse cresceram 525% entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro, se comparado com a semana anterior, ultrapassando o TikTok no interesse de buscas no mês de fevereiro.

Qual o segredo para tanto sucesso? O Clubhouse é uma plataforma de voz. O aplicativo tem uma vasta quantidade de rooms ou salas de bate-papo, limitadas a 5 mil ouvintes e organizadas por segmentos como talk shows, podcasts, networking, música, filmes, relacionamento e tantos outros. O usuário entra e escolhe uma sala para trocar uma ideia com os contatos que possui ou então apenas para ficar ouvindo outras pessoas falarem sobre o tema de sua preferência. De acordo com o especialista em inteligência artificial aplicada à voz e CEO da PhoneTrack, Marcio Pacheco, a ascensão da voz pode explicar o sucesso da nova rede social. "Desde sempre, a voz é um poderoso instrumento de comunicação e interação entre as pessoas, mas, de uns tempos para cá, ela ressurgiu com força total. Falar é mais conveniente do que escrever. A gente fala até sete vezes mais rápido do que escreve, e podemos falar ou escutar enquanto realizamos outras tarefas, como andar e dirigir; já escrever é quase uma monotarefa", afirma Pacheco. 

Para ele, o comportamento do consumidor e de usuários das redes sociais já vinha dando sinais claros de que a voz voltaria a ser o principal canal de interação entre pessoas e equipamentos. "A vida moderna está sempre acrescentando um ritmo mais acelerado à rotina das pessoas. Além disso, as novas gerações são cada vez mais multitarefas. Os smart speakers nos mostram como é fácil fazer buscas por voz e consumir conteúdo e informação dessa forma. Interagir com outras pessoas por meio da voz também está se mostrando muito mais prático. Todo esse contexto tornou o terreno fértil para o surgimento de uma rede social como o Clubhouse", ressalta o especialista. Segundo Pacheco, o conceito veio para ficar e está abrindo espaço, inclusive, para que outras plataformas com a mesma proposta possam surgir. "Uma rede dessas, na nossa visão, vem para fortalecer aquilo que a gente acredita que é o futuro da comunicação entre as pessoas: menos tela e mais interação por voz", acrescenta.

O presidente da Abradi/PR (Associação Brasileira de Agentes Digitais) e professor da pós-graduação em Mídias Digitais da Universidade Positivo, Ney Queiroz, concorda que uma rede social exclusiva para áudios seja mesmo uma tendência e destaca alguns pontos interessantes sobre a nova plataforma. O primeiro deles é que, por restringir a participação dos usuários apenas à voz e áudio, ela elimina a exposição da imagem, dando à quem fala uma liberdade e conforto muito maiores. Outro ponto destacado por Queiroz está ligado ao conteúdo do que está sendo falado. "Esse início de experiência na nova rede já nos mostrou que o conteúdo que está proposto ali é o mais importante e ele precisa ser muito bom, porque não há mais nada para prender ou desviar a atenção, não tem uma imagem, por exemplo. Em outras redes sociais, o visual complementa a mensagem - mas pode também desviar o foco do conteúdo principal", explica. Segundo Queiroz, esse novo conceito é muito bom para quem busca conteúdo mais aprofundado.

O especialista em mídias digitais acredita que o caminho aponta para uma segmentação das redes sociais. "O Clubhouse não vai acabar com o Instagram ou com o Twitter; as redes sociais se complementam e elas vêm para preencher lacunas deixadas pelas outras redes. Com o tempo, acabam fidelizando públicos diferentes e com objetivos diferentes. O TikTok é um exemplo disso. A rede surgiu com foco e público alvo específicos - quem quer fazer vídeos de danças com músicas inusitadas vai para o TikTok. Agora, quem quer discutir política, postar fotos, ver a família e amigos, busca outras redes", ressalta Queiroz.

E como controlar o que é dito?

O presidente da Abradi/PR afirma que ainda não é possível saber como vai ser a política de monitoramento e qual o trabalho que os criadores da plataforma terão para fazer um controle sobre os conteúdos e o que é falado ali. "Ainda é cedo para saber como e se isso será feito, até que ponto uma curadoria nesse sentido vai funcionar. Não sabemos como será, por exemplo, se surgir uma sala com tema ou conteúdo voltado para uma prática criminosa, ou para disseminação de ideias como racismo. Como a rede social vai se comportar? O fato é que hoje há uma liberdade muito grande, qualquer um pode criar uma sala, propor temas, tudo de forma muito aberta e democrática", destaca.

Outras dúvidas são levantadas pelo Chief Marketing Officer (CMO) do Banco Bari, Ricardo Sanfelice. Ele lembra que, neste início, a rede social é gratuita e ainda não se falou em um modelo de monetização. "Não se sabe se a moderação das salas num futuro poderá ser patrocinada, ou se os temas serão dirigidos e sugeridos pelo algoritmo conforme interesses dos patrocinadores", alerta. Sanfelice destaca também que o Clubhouse é uma rede social de topo de pirâmide, já que, inicialmente, está reservada apenas a usuários do sistema IOS (IPhone), tornando o público da classe A majoritário dentro da plataforma. "As temáticas e o foco principal de quem está por lá também acabam influenciados por essa segmentação, voltando o Clubhouse fortemente para o lado business", aponta.

Para Sanfelice, isso já impõe à nova rede um desafio: o da massificação. "Será que o Clubhouse vai conseguir gerar conteúdo que seja atrativo para todas as classes sociais? Depois que passar esse início estrondoso, será que vai continuar em alta? E, a partir da massificação, a grande oferta de conteúdo vai exigir um esforço extra para mineração do que mais interessa ao usuário, num universo enorme de temas e salas, o que vai exigir do algoritmo muita habilidade e inteligência para selecionar o que realmente vale", analisa. Profissional da área de marketing, Sanfelice confessa que estava cético em relação à novidade, mas salienta que o Clubhouse conseguiu explorar muito bem o efeito FoMO - Fear of Missing Out - medo de estar perdendo algo. É uma sensação muito comum em pessoas viciadas em redes sociais. O aspecto de exclusividade fez muita gente correr em busca de um convite. "Ainda existem muitos pontos de interrogação, mas certamente, vale a pena conseguir entrar e provar da novidade", completa.

 

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