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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Quem é o profissional adequado para 2021?

Especialistas alertam: resiliência, excelência técnica e relacionamento são fundamentais para entrar e crescer no mercado de trabalho

 

A pandemia da Covid-19 trouxe mudanças significativas na estrutura do mercado de trabalho, assim como na vida das pessoas. Trabalho remoto, isolamento social e alteração na lógica das empresas. Por causa disso, o mundo dos negócios - já em processo de mudança por conta das transformações da inovação no modo de conceber o business 4.0 - passou a demandar profissionais ainda mais múltiplos, alertam especialistas. Um desafio de adaptação para todos: desde os milhares de jovens em busca de formação e até tantos outros já no mercado querendo saber como se adaptar. Mas o que o mercado espera dos profissionais que desejam crescer em suas carreiras em 2021?

 

Para Rodrigo Neves, Professor de Gestão de Projetos e Scientific e Director do curso de mestrado de Gestão de Projetos da SKEMA no Brasil, cada etapa exige um tipo de perfil. Porém, de forma geral, a resiliência, o engajamento, a criatividade e flexibilidade são pontos fortes dos candidatos. O especialista destaca ainda que as grandes oportunidades estão em trabalhos virtuais, em home office e as seleções valorizam atualmente mais o perfil psicológico e o conhecimento tecnológico que os próprios diplomas. E mais, noções de marketing e fluência em inglês são sempre desejáveis nas vagas mais qualificadas. Veja as dicas de Neves para cada momento da carreira:


 

Iniciante


De modo geral, tudo começa em como se estuda. Nesse sentido, escolher instituições que ofereça programas híbridos, que motive também o autoconhecimento para aplicação das competências na carreira, desenvolvimento da inteligência emocional e ainda o uso da inovação em processos, projetos e gestão é fundamental para formar o profissional adequado ao mercado de hoje.

Dica: encontre um mentor dentro das universidades e/ou empresas. Trilhe seu plano de carreira curto, médio e longo prazo e concentre-se no presente. Experimente todas as possibilidades de praticar seus conhecimentos e comece a construir sua rede de relacionamentos.


 

Recém-formado


Terminou sua graduação ou qualificação agora, concentre-se nas linguagens novas e os processos de ‘experienciação’ de reais problemas. Um bom observador pode ser um bom transformador e a iniciativa de proposição e solução de imprevistos e tão importante quanto as habilidades técnicas. Reforçar sua rede de contatos é também um bom caminho.

Dica: se puder, concentre-se nas vagas que tem a ver com seu objetivo de carreira. Se estiver sem trabalho, ofereça seus conhecimentos como voluntário para estar sempre praticando dentro de seu planejamento. Precisa trabalhar para sobreviver? Use o trabalha que tiver para crescer e conquistar seus objetivos. Não pare de estudar e atualizar-se.


 

Profissional Pleno – até 15 anos de formado


Se ainda não está imerso na tecnologia e não fez nenhuma especialização, atenção! Seu conhecimento pode estar defasado. Essa é uma boa hora de olhar para o caminho percorrido, listar acertos e percalços e assim trilhar como atualizar-se também conceitualmente.

Dica: momento de alerta! Você deve sempre atualizar seus conhecimentos consolidados às novas práticas de mercado. Inove metodologias, abra novas áreas de conhecimento e siga complementando e ajustando seu aprendizado. É hora de renovar seu plano de carreira e atualizar seus mentores e passar a transferir conhecimento para os mais jovens. Ensinar ensina e renova energias.


 

 Profissional Sênior ou em processo de aposentadoria


Nesse caso, duas coisas são muito prováveis: seu conhecimento é um trunfo no mercado. Mas se o processo não estiver adequado e o básico da inovação incorporado, vai ser difícil manter-se em um bom posto. Nesse sentido é preciso ter paciência e humildade para começar do zero em algumas áreas.

Dica: É preciso bastante calma para entender o que deseja fazer. Aposentar-se pode ser um jeito de retomar caminhos perdidos ao longo da vida ou partir do zero para novos projetos. O mais importante é não deixar que todo o conhecimento conquistado fique estático porque o mercado exige movimento e estar aberto às mudanças é o melhor jeito de renovar-se. Não deixe seu plano de carreira de lado. O que decidir, projete e encontre formas de executar.





 

Prof. Rodrigo Neves - Professor de Gestão de Projetos e Scientific Director do curso de mestrado de Gestão de Projetos da SKEMA no Brasil. Doutorando em Administração pela UNR, Mestre e graduado em Engenharia Civil. Rodrigo Neves também é escritor, consultor e palestrante. Especialista e entusiasta em Gerenciamento de Projetos, Programa e Portfólio, PMO, Análise de Negócios, Processos e Sistemas de Gestão, com mais de 25 anos de experiência na área.


IRPF-2021 Atualizado - Auxílio emergencial vira ponto de atenção na declaração, veja outras novidades

A Receita Federal apresentou, na quarta-feira (24), o novo programa para entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física 2021 - ano-base 2021 e importantes novidades sobre o tema foram divulgadas.

Nesse ano a grande alteração é que quem recebeu o auxílio emergencial para enfrentamento da crise de saúde pública e outros rendimentos tributáveis em valor superior a R22.847,76, passa a ser obrigado a enviar a declaração.

A Receita também informou que, nesta situação de auxílio emergencial, quem recebeu valor superior a R22.847,76 no ano calendário 2020 deve devolver os valores recebidos por eles e seus dependentes, sendo que o programa irá elaborar a guia de pagamento para a devolução do valor. A estimativa é que três milhões de pessoas receberam o auxílio e excederam esse valor e terão que devolver.

"Esse ponto será crucial para muitos contribuintes que terão que fazer esse ajuste sobre risco de serem penalizados pela Receita Federal", explica o diretor executivo da Confirp, Richard Domingos. Lembrando que se a pessoa já fez a devolução no mesmo ano-calendário não precisa declarar e não há o que devolver.

Outra novidade é ampliação do acesso a declaração pré-preenchida, que poderá ser feita até mesmo sem certificado digital. "Esta simplificação já existia, mas é interessante ver que o Governos está buscando melhorias para um futuro mais digital da declaração. Tirando a necessidade do certificado digital será muito maior o número de contribuintes possibilitados de usar a alternativa", analisa Richard Domingos.


Veja outras novidades:

• Os dependentes poderão passar uma procuração para os declarantes que assim terão acesso às informações dos primeiros, para conferência dos dados.

• Haverá um código específico para a declaração de criptoativos, atualizando a declaração a uma importante demanda da atualidade.

• Teve alteração no uso de e-mail e telefone que poderão ser utilizados para informar a existência de mensagens, para depois o contribuinte entrar na área segura.

• Será permitido o pagamento da restituição por conta pagamento.


Quando e quem precisa entregar

A Entrega da Declaração Imposto de Renda Pessoa Física 2021 - Ano Base 2020 já é uma realidade para grande parte dos contribuintes brasileiros. O período de entrega é de 08 horas do dia 01 de março até às 24 horas do dia 30 de abril.

"Por mais que o início do prazo seja em março, é importante se antecipar e já separar os documentos, garantindo a melhor restituição ou menor pagamento e minimizando os riscos de malha fina. Lembrando que quem entrega nos primeiros dias, normalmente recebe a restituição já nos primeiros lotes", orienta o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

A Confirp detalhou quem está obrigado a declarar o Imposto de Renda 2021:

1) Quem recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior à R 28.559,70;

2) Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior à R 40.000,00;

3) Quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

4) Relativamente à atividade rural, quem:

I. obteve receita bruta em valor superior a R 142.798,50;

II. pretenda compensar, no ano-calendário de 2020 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2020;

5) Quem teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior à R 300.000,00;

6) Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição se encontrava em 31 de dezembro;

7) Quem optou pela isenção do imposto sobre a renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005;

8) Recebeu o auxílio emergencial para enfrentamento da crise de saúde pública e outros rendimentos tributáveis em valor superior a R22.847,76.

Estão dispensados de entregar a declaração os contribuintes que não estejam relacionados em nenhuma das hipóteses acima. Contudo, isso não impede a elaboração da declaração, sendo que muitas vezes isso é interessante, garantindo uma renda extra ou segurança tributária.


Assédio moral no home office existe e tem se alastrado com a pandemia

Condutas radicais, como horas extras excessivas e falta de pausas para descanso ou alimentação é assédio moral e causa fadiga digital


         A pandemia causada pela Covid-19 empurrou as empresas para a digitalização e para a adoção de novos modelos de trabalho e muitas, de uma hora para outra, não tiveram alternativa senão implantar o home office.

         Esse formato de trabalho, que já é tendência nos países desenvolvidos, ainda divide opiniões entre líderes e companhias brasileiras. Isso acontece, porque alguns gestores têm a falsa impressão de que o trabalho remoto é uma comodidade, ficando ainda mais difícil de coordenar suas equipes de forma eficaz. Com isso, diversas condutas radicais estão ocorrendo e elas podem ser vistas como assédio moral.

         O assédio, segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST) é “toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho”.

         Vale destacar que esses preceitos também valem para o ambiente virtual. Acúmulo de funções, aumento na carga horária de trabalho e/ou exigir tarefas fora do escopo do cargo são situações que podem ser perfeitamente caracterizadas como assédio moral.

         Eliana Saad Castello Branco, advogada, empreendedora, palestrante e uma estudiosa das questões trabalhistas ressalta ainda que quando se trata de ambiente virtual existem, também, outras situações que se enquadram na questão. “Como a exigência de ligação da câmera nas videoconferências. O gestor que insistir que colaborador o faça está incorrendo em invasão de privacidade; sem contar que é contraproducente que seja imposto envio de imagens da estação de trabalho no decorrer do dia, opinando sobre o lugar ou organização do local onde o colaborador está realizando suas atividades”, observa a especialista.

         A advogada também destaca a questão do isolamento virtual. “Quando um colaborador tem suas ideias e sugestões ignoradas por todos ao longo de reuniões e conferências. O contrário também acontece, se existe a super exposição do profissional perante os demais colegas. Fazer críticas ou piadas a seu respeito nas redes sociais ou no chat interno são situações gravíssimas que podem trazer problemas para os gestores”.

         As metas impostas devem ser tangíveis, observa a advogada. “Com o home office, a exigência de resultados impossíveis e a realização de tarefas muito abaixo/alto do cargo ocupado, cresceram de forma exponencial, e são esses tipos de cobranças que podem resultar em esgotamento físico e mental do colaborador, gerando o pânico e outros transtornos psicológicos. Esse é um típico quadro de estafa digital”.

         A palestrante orienta que empresas e gestores se alinhem aos seus colaboradores para que não haja problemas futuros. “Assim, combinar horários e disponibilidade do funcionário é fundamental. Vale também definir cronogramas e prazos para a entrega de tarefas de forma prévia. Inclusive, caso seja necessário alguma colaboração além do horário, é indicado considerar sempre o limite físico e mental de cada membro. Aqui vale o bom e velho ditado: o combinado não sai caro!”.

         Para ela, o funcionário que identificar situações de assédio moral tem a opção de notificar a empresa, que possui a obrigação de investigar a queixa. “Caso a companhia não tome as atitudes necessárias, o funcionário pode denunciar junto ao Ministério Público do Trabalho ou ingressar com uma ação judicial”, conclui Eliana Saad Castello Branco.

 



Eliana Saad Castello Branco - advogada e sócia do escritório Saad Castello Branco, que está em atividade há três gerações.  Participou da 3ª Turma de Criação de Novos Negócios e Empreendedorismo, GVPEC e se especializou em Direito Empresarial do Trabalho pela FGV/Law.          Diplomada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) pelo reconhecimento aos trabalhos prestados, é importante palestrante do meio jurídico, empreendedor e de gestão de pessoas.          Soma importantes conquistas jurídicas, como em favor dos consumidores que tiveram seu nome inscritos indevidamente no Serasa e SCPC, das vítimas de erro médico e da falta de atendimento em plano de saúde.   Permanece trabalhando incansavelmente na busca do ressarcimento de violação de direito à imagem, da proteção e defesa de trabalho intelectual por meio de litígios, sempre com o foco em advogar com sucesso na interlocução social com empresas e trabalhadores.

 

Crescimento de e-commerce deve seguir ordenamento legal e proteger o consumidor

Comércio eletrônico viu suas vendas dispararem com a pandemia e nem sempre observando as prerrogativas legais do consumidor


         A sociedade como um todo foi impactada pela pandemia de Covid-19. Tanto que as restrições de circulação, variando entre cores e bandeiras pelo País, atingiu comerciantes e empreendedores Brasil afora, que tiveram que baixar suas portas e migrar “de corpo e alma” para o digital.

         Essa brusca mudança de hábito levou consumidores do offline para o online e provocou grandes reflexos na economia brasileira. Só no primeiro semestre de 2020 as negociações online fecharam o período em sua maior alta em 20 anos, 47% de crescimento.

         Segundo relatório semestral do e-commerce, o Webshoppers edição 42, elaborado pela Ebit | Nielsen, o crescimento do faturamento nas vendas virtuais nos seis primeiros meses do ano passado foi amplamente impulsionado pelo total de 90,8 milhões de pedidos, um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2019.

         Obviamente que com o aumento das vendas online as queixas de consumidores que se sentiram lesados pelo comércio eletrônico também aumentaram, como indica Eliana Saad Castello Branco, advogada, empreendedora, palestrante e uma estudiosa das questões trabalhistas. “Lá em setembro dados do Procon de São Paulo já mostravam que a quantidade de reclamações sobre problemas em compras online feitas até aquele momento, desde o início da pandemia de Covid-19, chegou a 130 mil. O número já superava em mais de quatro vezes o total de queixas sobre o comércio virtual registrado durante todo o ano de 2019, de cerca de 30 mil reclamações. A questão é que as pessoas passaram a priorizar as compras pela internet, uma oportunidade de continuar comprando o que era necessário na segurança de seus lares, mas não ficaram livres de terem seus diretos enquanto consumidores simplesmente ignorados”, alerta a especialista.


 

Código de Defesa do Consumidor e o comércio eletrônico

                O Código de Defesa do Consumidor passou por uma adaptação para abarcar as questões relativas ao comércio eletrônico é a Lei do E-commerce (Decreto Federal nº 7.962/2013). Assim criou-se uma série de regras específicas para as relações comerciais eletrônicas.

         A advogada Eliana Saad Castello Branco lembra que na lei do E-commerce estão garantidos três direitos fundamentais ao consumidor. “O primeiro direito é à clareza e disponibilidade de informações, com fácil acesso aos dados (CNPJ, endereço, contato, etc) do comércio eletrônico do qual está consumindo. Além disso, devem estar expostas as informações sobre o produto ou serviço anunciado e sobre a aquisição do mesmo. O consumidor também tem direito ao suporte imediato. Lembrando que de acordo com o Decreto Federal, é essencial que o atendimento (CRC ou SAC) ao cliente esteja sempre disponível. Desse modo, é possível garantir que o comprador tenha suas dúvidas e problemas solucionados. E o terceiro direito fundamental é o direito de arrependimento, onde o consumidor tem até 7 dias úteis (a partir do recebimento do produto) para solicitar o cancelamento da compra. A devolução deve ocorrer sem a realização de nenhum desconto ou nova cobrança.

         São muitas as queixas dos consumidores e o número de reclamações relacionadas a compras de produtos pela internet durante a Black Friday do ano passado, por exemplo, havia se estabilizado até 2019, com um crescimento paralelo ao crescimento das vendas. Porém, a pandemia mudou esse o quadro e fez o número de reclamações disparar novamente.

         A advogada Eliana Saad cita um estudo da consultoria BIP que revela que os principais motivos das reclamações ao longo de 2020 foram relacionados a entrega de produtos e atendimento ao consumidor. Entre julho e setembro, as queixas relacionadas ao atendimento/SAC registraram crescimento de 150%, segundo dados da consultoria. Esse mesmo levantamento alerta também para o aumento da insatisfação com as entregas, 197% de aumento no terceiro trimestre. Segundo os consumidores, o maior gargalo é o tempo de entrega dos produtos, havendo uma piora em relação ao mesmo período de 2019, quando o prazo médio de entrega era de 10,3 dias. Em setembro de 2020, chegou a 11,8”, contabiliza a advogada e palestrante.

         Ela alerta ainda que de abril a outubro do ano passado, as reclamações no portal do consumidor, do governo federal, cresceram 93% na comparação com o mesmo período de 2019. Ao total foram mais de 330 mil queixas, quase o dobro das 170 mil registradas no mesmo intervalo de 2019. “Antes da pandemia, o comércio digital registrava um aumento de 20% ao ano. No primeiro semestre de 2020, o crescimento foi de 47% por conta da entrada de 7,1 milhões de novos consumidores no mundo digital”, destaca Eliana Saad Castello Branco.

         Vale alertar também para que o consumidor se organize antes de decidir realizar uma compra pela internet. Dependendo da distância entre consumidor e comprador, o produto pode demorar para chegar. “Claro que em algumas situações, pequenas diferenças ou transtornos podem ocorrer e devem ser tratadas com o vendedor. No entanto, situações de abusividade não devem ser toleradas, jamais”, enfatiza a advogada. 


Leis de e-commerce que protegem o consumidor e não estão no CDC

         O arcabouço legal brasileiro é muito rico e existem outras leis cujas interpretações afetam também a prática de comércio eletrônico. No entanto, elas não servem especificamente o propósito de regrar o e-commerce, como o Marco Civil da Internet (lei nº 12.965/2014), suprimido pela LGPD: Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (nº 13.709/2018), a Lei do Cadastro Positivo (nº 12.414/2011), e até a Lei dos Planos de Saúde (nº 9.656/1998).

         “Também existem entidades que visam proteger o consumidor eletrônico, como no caso da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, que promove a segurança nas relações de e-commerce”, completa a advogada e palestrante Eliana Saad Castello Branco.

 



         Eliana Saad Castello Branco - advogada e sócia do escritório Saad Castello Branco, que está em atividade há três gerações.          Participou da 3ª Turma de Criação de Novos Negócios e Empreendedorismo, GVPEC e se especializou em Direito Empresarial do Trabalho pela FGV/Law.          Diplomada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) pelo reconhecimento aos trabalhos prestados, é importante palestrante do meio jurídico, empreendedor e de gestão de pessoas.          Soma importantes conquistas jurídicas, como em favor dos consumidores que tiveram seu nome inscritos indevidamente no Serasa e SCPC, das vítimas de erro médico e da falta de atendimento em plano de saúde.   Permanece trabalhando incansavelmente na busca do ressarcimento de violação de direito à imagem, da proteção e defesa de trabalho intelectual por meio de litígios, sempre com o foco em advogar com sucesso na interlocução social com empresas e trabalhadores.


Tendências de marketing estratégico para 2021

O ano de 2020 trouxe mudanças drásticas para o marketing digital, ressignificando a forma como empresas e clientes se relacionam. A pandemia do Covid-19 trouxe uma série de novos cenários para a atuação de empresas nas redes sociais, ampliou o tráfego de pessoas nos canais de relacionamento, forçando empresas e marcas que ainda não haviam implementado a transformação digital, implantá-la.


Por isso, ficar por dentro das tendências e implementá-las em sua própria estratégia de marketing é essencial. Além disso, isso é uma das melhores maneiras de sair ou permanecer à frente de seus concorrentes no mercado. Veja a seguir algumas tendências de marketing estratégico para 2021:

Propósito: apenas as marcas que compreendem profundamente o porquê existem estarão bem posicionadas para navegar esses tempos complexos e de transformação sem precedentes. O propósito de uma marca é uma afirmação clara do motivo fundamental dela existir. É uma declaração de intenção de como ela quer influenciar positivamente as pessoas e transformar a realidade e o mercado. Ele também mostra o motivo da marca existir e que diferença ela quer fazer na vida das pessoas e, em consequência, no mundo. E isso é algo poderoso, que engaja e motiva todos que tem contato com ela. 
 
Agilidade: um mundo cada vez mais digital é um dos motivos mais que suficientes para uma estratégia de marketing ágil capaz de ser adaptada de acordo com as mudanças do mercado.

Experiências humanas: as organizações precisam ter visão de serem uma entidade humana que espelham e suportam os valores das pessoas que elas foram criadas para servir. Hoje, além de comprar, os consumidores buscam criar experiências com a marca, para assim, se tornar um público fiel.

Confiança: para construir confiança nesses tempos turbulentos, as marcas precisam olhar além dos dados demográficos e entender o que as pessoas realmente valorizam.

Participação: hoje é necessário criar estratégias de engajamento para gerar conexão com os consumidores em níveis profundos de emoção e empatia. Não basta apenas vender, é preciso participar e interagir com o seu público.

Fusão: as marcas podem cumprir melhor seu propósito ao criar experiências inovadoras através da fusão de competências entre indústrias.

As marcas que levarem essas tendências em consideração sairão na frente e conseguirão conquistar mais pessoas, construindo relacionamentos que geram mais e melhores negócios. Hoje as empresas representam algo muito maior do que aquilo que vendem, por isso as marcas que comunicam seus propósitos e demonstram comprometimento, têm maior probabilidade de atrair consumidores, influenciado nas decisões de compra e melhorando a sua competitividade no mercado.

 


D.J Castro - Especialista em marketing digital e Sócio-proprietário da Nexia Brading.


Mindfulness corporativo: Prática de atenção plena pode ajudar na carreira profissional

Inteligência emocional e saúde mental são essenciais. Para ajudar, especialista dá dicas de como implementar a técnica no dia a dia


O mercado de trabalho está em constante evolução. Graduação, inglês e informática básica já não são suficientes para assegurar um bom emprego. Respondendo às exigências, cada vez mais os trabalhadores buscam atualização nas respectivas áreas enquanto lidam com a pressão de bater metas e produzir constantemente (ou mesmo com a busca de recolocação). Para isso, é fundamental estar com a saúde mental em dia e ter inteligência emocional. E é aqui que entra o mindfulness.

Criado pelo médico John Kabat Zinn na década de 70, a prática se desenvolveu com o passar dos anos e hoje é um estilo de vida que auxilia em diversas frentes da vida. "Com a prática de atenção plena, as pessoas ficam mais atentas, compassivas, empáticas e tranquilas, o que melhora a comunicação através da escuta ativa, evitando ruídos, e também os relacionamentos na vida pessoal e trabalho, de modo que as pessoas não descontam suas frustrações nos outros", destaca Luiza Bittencourt, instrutora sênior de mindfulness pelo MTI (Mindfulness Trainings International).

O mundo passa por um momento delicado em que tudo é amplificado com a incerteza e as angústias geradas pela pandemia do novo coronavírus. Rotina de casa, lidar com o medo e ansiedade de pais, filhos, familiares e amigos, além da própria carreira, pode ser exaustivo. Por isso mesmo o mindfulness pode ser uma ótima ferramenta, pois ajudará não apenas o profissional (e por consequência a empresa), mas também o indivíduo. Melhora do sono, memória e da sensação de bem estar, redução de estresse e ansiedade, além de trabalhar a inteligência emocional são alguns dos benefícios da prática.

A seguir, Luiza deixa dicas mindfulness para reduzir estresse e ansiedade, aumentar foco, produtividade, sensação de bem estar, trabalho em equipe e saúde. Confira:

1-  Pausas conscientes: Pare algumas vezes ao longo do dia e sinta sua respiração;

2- Uso consciente dos eletrônicos: Estabeleça horários para olhar e-mails ou celular;

3- Início, meio e fim das atividades: Não faça mais de uma coisa ao mesmo tempo. É mais produtivo fazer cada atividade com atenção plena;

4- Escuta Atenta: esteja realmente presente quando um colega ou chefe estiver falando com você, escute com atenção. Isso evita diversos erros de comunicação.

5- Mindful Eating: Não coma trabalhando. Quando estiver comendo, apenas coma. Desfrute desse momento tão saboroso.

6- Pratique meditação: A prática regular, mesmo que apenas alguns minutos por dia, muda seu cérebro e traz os benefícios da prática. Tire esse tempo pra você.

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Mindfulness com Luiza Bittencourt - Instrutora sênior de Mindfulness pelo MTI (Mindfulness Trainings International), com o mentor Lama Jangchub Reid (fundador do MTI), que é uma das maiores referências no meio. E também é instrutora de Mindful Eating pelo Protocolo Eat For Life. Hoje, ela já participou de diversos retiros e cursos como Mindfull Schools (Califórnia), Mindfulness na Liderança pelo Institute for Mindful Leadership (fundado por Janice Marturano), Introducción a Mindfulness, Compasión y Florecimiento Humano no Instituto Cultivo (México). É membro da AbraMind (Rede Aberta de Mindfulness), também colaborando com as boas práticas entre os instrutores.


Segurança no PIX: novos tipos de fraude e pontos de atenção

Lançado em novembro de 2020, o PIX, meio de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, tem sido usado, principalmente, como transferência de dinheiro de pessoa para pessoa. E, consequentemente, entram em ação os fraudades, com tentativas cada vez mais elaboradas de ataques.

O PIX, em termos técnicos, possui protocolos de segurança. Mas isso, infelizmente, não impede a atuação de fraudadores com práticas criminosas. O que mais observamos hoje em dia é a aplicação de golpes, como o "PIX em dobro", fora do momento da transação.

O exemplo acima ilustra bem o que estou dizendo. Nele, o fraudador dispara um e-mail ou coloca um vídeo na internet fazendo a seguinte oferta: transfira uma quantia para determinada chave aleatória do PIX e ganhe esse valor em dobro. O usuário, iludido pela mensagem, acaba fazendo a transferência na esperança de ser beneficiado. Mas claro que se trata de uma proposta enganosa.

No cenário que envolve a segurança do PIX, o maior desafio hoje em dia de bancos e aplicativos é evitar que seus usuários caiam em golpes que ocorrem em momentos anteriores a transação.

Para isso, eles precisam, além de contar com um sistema eficiente antifraude, criar suas próprias regras para validar ou barrar uma ação suspeita, levando em conta o comportamento do usuário. Calibrando regras de velocidade, por exemplo, é possível evitar que transações em massa sejam feitas para uma mesma chave num intervalo curto de tempo, acendendo o sinal de alerta.

Essas regras devem ser dinâmicas e customizadas para cada tipo de perfil: usuários de alta renda com limites mais alto de transferências; jovens com o uso mais frequente em determinados tipos de estabelecimentos ou horários; profissionais liberais fazendo pagamentos ou recebendo diversas vezes ao dia etc são exemplos de perfis bem diferentes, mas um ponto tem que ser observado para todos eles, o cuidado de não comprometer a experiência do consumidor, que ficará indignado caso encontre muitas camadas de segurança para realizar suas transações do dia a dia.

É importante destacar que no PIX não existe a possibilidade de uma revisão ou qualquer tipo de processo manual, tudo é realizado em tempo real. Por meio de machine learning e inteligência artificial, o sistema aprova ou rejeita um pagamento de acordo com um cruzamento de dados realizado em segundos. Por isso, recomendo ter muito cuidado com as regras de atuação do antifraude e controles de acesso para não errar a mão no momento de barrar uma operação e deixar o consumidor insatisfeito.

Além da calibragem correta dos sistemas de segurança, identificando rapidamente comportamentos suspeitos, todos os participantes, sejam diretos ou indiretos do Pix, têm o papel de prevenir e alertar os usuários sobre as tentativas de golpe mais comuns. Algumas dicas podem ser úteis:

• Escolha bem a chave que você vai usar em cada situação. Se for receber ou fazer uma transferência para alguém desconhecido, prefira a chave aleatória, ou seja, desvinculada de seus dados pessoais (e-mail, CPF e telefone).

• Evite cadastrar na mesma conta todas as suas chaves. Pense que, caso alguém invada a sua conta, essa pessoa terá acesso atodas as suas chaves.

• Ao cadastrar seu celular como chave, existe o risco de você receber mensagens e propagandas indesejáveis no seu aparelho, mesmo não tendo concedido o número para essa finalidade.

• E, claro, muito cuidado com ofertas milagrosas, como o "PIX em dobro", que chegam até você. Desconfie sempre de promessas e vantagens muito fáceis.

Os desafios de segurança aumentam à medida que mais serviços são acoplados ao PIX. Na Cybersource e na Visa, trabalhamos com uma tecnologia bastante flexível para buscando aumentar o nível de garantir a segurança dnas transações via PIX, mas as soluções antifraudes precisam ser customizadas a cada situação.

Com uma parcela enorme da população fazendo uso pela primeira vez de um sistema novo de pagamento, é preciso redobrar os cuidados e agir rápido para garantir preservar a segurança e evitar contratempos em todos os momentos da operação.

 



Gustavo Carvalho - Diretor Executivo da CyberSource Brasil


Liderar com parceria e proximidade é essencial para manter uma equipe motivada, afirmam executivos

WTC São Paulo Business Club promoveu um debate que pontuou características importantes para aumentar a performance produtiva dos colaboradores nas organizações 


 

Liderança e motivação são elementos fundamentais para qualquer organização. Entretanto, a maior dúvida dos empreendedores é: o que fazer para incentivar o funcionário e deixá-lo satisfeito com a empresa? Para falar sobre essas estratégias, o WTC São Paulo Business Club promoveu um encontro online do comitê Business Transformation no dia 23 de fevereiro, que apontou passo a passo para uma liderança inspiradora. O evento contou com a presença do sócio-diretor e head de coaching da Crescimentum, Danilo Porto, e do presidente do Comitê e board member da Zinzane e Chilli Beans, Felipe Meldonian. 

 

Para Danilo Porto, o segredo para ser um líder que inspira é garantir que a equipe mantenha-se engajada e sinta-se parte da organização, sendo uma peça importante e fundamental para o andamento do negócio. Para isso, é preciso ter um bom planejamento estratégico. “Muito mais do que oferecer um bom salário, estabilidade e um emprego tranquilo, o engajamento dos funcionários é essencial para proporcionar satisfação em relação ao ambiente de trabalho, ao bem-estar e qualidade de vida, além do desenvolvimento do desempenho pessoal e profissional. Pensando nisso, planejar ações que proporcionem essa motivação é um bom caminho. Na ‘roda da liderança’, é importante que o líder construa relações de confiança, que assuma o papel de líder baseado em uma missão ou valores, que alinhe expectativas e que empodere o time”, afirmou o sócio-diretor e head de coaching da Crescimentum. 

 

Outra ação considerada essencial para gerar satisfação nos funcionários é apresentar feedbacks com frequência, de acordo com o board member da Zinzane e Chilli Beans. “É importante ressaltar a importância de dar feedback para os colaboradores. Quando isso não é feito, o nível de insatisfação aumenta e a produtividade do funcionário entra em uma curva que diminui um pouco todos os dias. Erros podem ocorrer e cabe ao líder assumir a responsabilidade perante os gestores. Assim, a equipe sabe que pode contar com ele. Por outro lado, ele deve repassar feedbacks para os colaboradores a fim de que as falhas não voltem a acontecer. E isso precisa ser feito através de um bate-papo descontraído, da maneira correta. Valorizar e reconhecer as boas práticas dos funcionários também é fundamental para formar uma equipe engajada, afinal, receber pontos positivos também é motivador”, disse Felipe Meldonian.

 

Considerando todas essas características e o cenário pelo qual as empresas passam atualmente, é possível afirmar que a motivação é o que impulsiona os colaboradores. “Uma equipe motivada estará mais atenta e disponível para o seu trabalho, atuará de maneira mais proativa e se dedicará mais para alcançar resultados profissionais e pessoais. Para isso, a figura do líder motivador é fundamental”, finalizou Meldonian.


Empresários do ramo de festas afirmam que precisam voltar às atividades imediatamente e pedem auxílio às autoridades de saúd

Empresário Michel Abou Abdallah, dono da Casa Sion Festas na capital mineira, ator e músico da banda Abou e os Caras da Terra, acredita que sempre é tempo para o diálogo com as autoridades e pede flexibilização imediata para a volta das atividades nos estabelecimentos

 

Há quase um ano sem poder trabalhar, o setor de eventos quer uma solução para voltar à ativa. Pelos protocolos impostos pelas autoridades da saúde, festas e eventos particulares ainda seguem suspensos, mas quem trabalha no ramo pede uma chance para aliviar os impactos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19. Muitos trabalhadores do ramo, infelizmente, morreram vendo os negócios indo à falência.

 

“Alguns estabelecimentos, como bares e restaurantes, já voltaram a funcionar. Foram impostas restrições e a maioria está seguindo e sobrevivendo. Entretanto, questiono: um jantar de casamento é diferente de um restaurante? Um show é diferente de uma valsa? Nossos estabelecimentos ainda nem tiveram chances de tentar o funcionamento em condição segura e eficaz, não podemos ser os últimos da fila no plano de reabertura, é necessário um rodízio, empatia e coerencia”, afirma o empresário Michel Abou, dono da Casa Sion Festas, Belo Horizonte.

 

Com dezenas de funcionários parados e prejudicados pela pandemia, ele afirma que casas de festas e eventos foram duplamente afetados pela pandemia.    

 

“A Lei Federal Aldir Blanc, número 14.017, de 29 de junho de 2020, prevê que o município preste auxílio emergencial ao setor cultural durante o estado de calamidade, com o intuito de dar apoio ao setor, no entanto, o que se observa é que, além de não podermos voltar ao trabalho, esse benefício do auxílio financeiro também foi negado à categoria que atua com eventos e festas particulares”, comenta. 

 

“Os impostos estão chegando, mas estamos fechados e sem poder trabalhar. Ao meu ver, nem deveriam ser cobrados pois não temos receita. Já abri mão de várias festas de pequeno porte por não poder fazer nenhum tipo de evento e ir contra a lei. O que se observa são festas clandestinas sem nenhuma estrutura, saída de emergência e perigosas acontecendo, justamente por fecharem os lugares adequados para as comemorações inevitáveis. É um absurdo e falta de respeito com os empresários ”, completa.

 

O empresário ainda lembra que "a Constituição Federal  determina que deve existir uma relação de paralelismo entre as disposições dos Estados e Municípios, em seu artigo 5, inciso XXXVI. Que está diretamente ligado aos direitos e garantias fundamentais. A segurança jurídica tem como objetivo proteger e preservar, como medida de justiça as expectativas das pessoas, assegurando e garantindo direitos expressos na Lei Federal 9.784/99 em seu artigo 2.”

 

Neste mês, representantes do setor de eventos apresentaram à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)  um documento com pedido de isenção de alguns impostos e taxas, como medida para reduzir os impactos financeiros. Entretanto, para o empresário, o que resolveria a situação seria a flexibilização para funcionamento imediatamente.

 

 


Fotos - Divulgação banco de imagens/ Arquivo pessoal. 

MF Press Global


Prefeitura de São Paulo divulga nesta quinta-feira lista de mulheres convocadas para o POT Volta às Aulas

 São mais de 4.500 vagas para trabalhar nas escolas da rede municipal de ensino para orientação aos alunos na prevenção à Covid-19  


A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo da Prefeitura de São Paulo divulga nesta quinta-feira, 25 de fevereiro, a lista com os 4.590 nomes de mulheres aptas ao Programa Operação Trabalho – POT Volta às Aulas. A publicação será feita no Facebook, facebook.com/spsmdet, da Secretaria às 12h. Posteriormente, as candidatas receberão mais informações sobre o andamento do processo de seleção por meio de SMS e email, encaminhados pela administração municipal. A ação ocorre em parceria entre as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, da Educação e da Saúde.   
  
Desde o dia 18 de fevereiro, os técnicos do Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo têm realizado a triagem de mais de 91 mil pessoas que se cadastraram no Programa Operação Trabalho – POT Volta às Aulas. Na primeira seleção, 57.068 mulheres atenderam às exigências do programa para trabalhar como orientadoras dos protocolos de saúde na rede municipal de ensino da capital. Durante a avaliação, foram eliminados 34.715 cadastros em razão de não atenderam aos critérios pré-estabelecidos pelo POT apresentando renda per capita superior a meio salário mínimo, informações incompletas para o cruzamento de dados, entre outros. Parte destas inscrições era de homens, não abrangidos pela iniciativa. 
  
“Os técnicos do Cate avaliaram um grande volume de inscrições em tempo hábil para atendermos o cronograma estabelecido e as mulheres iniciarem as atividades no início de março”, salienta a secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso. “Fomos muito rigorosos na elaboração desta iniciativa, procurando ofertar oportunidades para as mulheres em vulnerabilidade social, que foram duramente afetas pelo desemprego desde o começo da pandemia”.

Na triagem, além de cruzadas informações pela equipe do Cate, que atendam ao Programa Operação Trabalho, foram aplicados critérios de desempate como maior tempo de desemprego, maior idade, sendo o limite 50 anos, e ser mãe de criança matriculada na rede municipal de ensino. “Houve uma queda de cerca de 20% das candidatas aptas com a aplicação desses critérios. Fazendo com que o objetivo de inserir o público-alvo seja atendido. Assim uma mulher mais próxima dos 50 anos e que esteja há mais tempo fora do mercado de trabalho e que ainda tenha filhos terá maior chance de conquistar uma das vagas do programa”, ressalta a secretária Aline Cardoso.  
   
A avaliação, após a aplicação dos critérios de desempate, ainda contou com análises que incluíram o número de mulheres por escola, que deve chegar a três por unidade.  “Esse programa trouxe um desafio novo às equipes que desenvolveram uma avaliação baseada não somente nas exigências do Programa Operação Trabalho, que possui legislação própria, mas também de analisar as diretorias regionais, escolas em que as inscritas têm filhos matriculados e critérios de desempate”, explica a secretária Aline Cardoso


POT Volta às Aulas  
   
O POT Volta às Aulas contará com mulheres com idade entre 18 e 50 anos; moradoras da capital, desempregadas há mais de quatro meses e que não estão recebendo seguro-desemprego. Outras exigências é ter renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa da família e ter filhos matriculados. As selecionadas contarão com bolsa auxílio no valor de R$ 1.155,00 para uma carga de seis horas por dia, totalizando 30 horas semanais. As mulheres atuarão no projeto pelo período de seis meses.

Entre as atividades estão a manutenção da higiene e segurança sanitária dos alunos, cuidados como aferição de temperatura, limpeza de equipamentos escolares e ambientes de uso coletivo, monitoramento e sensibilização sobre prevenção à covid-19 no ambiente escolar e nos equipamentos da Secretaria Municipal da Educação.    
     
  
Capacitação    
     
Após assinarem o contrato, o grupo selecionado participará de uma capacitação para atuar na função, por meio do Portal do Cate. As atividades serão desenvolvidas pela Escola Municipal de Educação Profissional e Saúde Pública Professor Makiguti, da Fundação Paulistana, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, que abordará, além dos protocolos de saúde, as questões éticas e emocionais do acolhimento de alunos na pandemia.   
    
Para acessar o portal, é necessário fazer um cadastro que já está disponível no endereço cate.prefeitura.sp.gov.br



Serviço:    


     
Divulgação da lista de candidatas aptas ao POT Volta às Aulas 
Dia: 25 de fevereiro, às 12h 
Local:  facebook.com/spsmdet
 

 

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