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sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Verão e as doenças da circulação

 

FreePik
Em um ano atípico na vida de todos, o tempo não para e as estações continuam passando. Chegamos ao verão, que sempre foi sinônimo de sol, liberdade e alegria. Natal, Ano-Novo e Carnaval se inserem no verão. Porém, este verão de 2020/2021 vai ser diferente, com a necessidade de se manter o distanciamento social.

Entretanto nem tudo é alegria no verão. Esta é uma estação difícil para os portadores de doenças venosa e linfáticas, pois o calor faz com que ocorra uma vasodilatação, com piora dos sintomas.

As pessoas portadoras de varizes sentem as pernas mais cansadas e pesadas nesta estação, além do inchaço que acompanha, especialmente no período da tarde.

Para que isso não estrague o verão, é importante manter o peso, ter uma atividade física regular e evitar o excesso de sal na alimentação, mantendo uma dieta saudável associada à ingestão de água. Deve-se elevar os membros quando for tomar sol ou nos momentos de repouso.

A pessoa deve conversar com o cirurgião vascular sobre o caso, para que se possa fazer os ajustes no tratamento.

Se não tem um acompanhamento de um cirurgião vascular, a pessoa não deve se automedicar, pois a automedicação na maioria das vezes é inadequada e atende apenas a interesses comerciais de quem a anuncia. A sugestão é fazer uma avaliação com um cirurgião vascular o quanto antes possível.

Este ano, ainda por causa da pandemia, não foi possível um cuidado maior da estética, com o tratamento das telangectasias, conhecidas como varicoses. É uma pena, mas vai ter que ficar para o próximo verão. É importante lembrar que não existe creme ou medicamento que possa ser usado para desaparecer com elas. Para isso, é preciso procurar um especialista, um cirurgião vascular, para realizar o tratamento, pois existem técnicas convencionais, tais como, a injeção de glicose, de espuma densa, e técnicas que utilizam o Laser e a radiofrequência.

É importante lembrar que o tratamento das varicoses pode trazer sérias complicações, até a necrose de pele, quando realizado por pessoas não habilitadas e que não dominam as diferentes técnicas e momentos para a sua realização.

Em suma, uma vida saudável e a orientação de cirurgião vascular farão com que mesmo tendo varizes, a pessoa passe um verão mais agradável, apesar do distanciamento social.

 


Dr. Jorge R. Ribas Timi - cirurgião vascular e chefe do serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital VITA Curitiba

 


Hospital VITA 

www.hospitalvita.com.br

 

Volta às aulas: perda auditiva pode comprometer o desempenho escolar

Especialista dá dicas de como identificar se tem alguma alteração na audição das crianças  


 

Desatenção e notas baixas nem sempre significam falta de interesse dos alunos. Muitas vezes pode estar relacionado à saúde do ouvido, como problema de processamento auditivo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que 32 milhões de crianças no mundo possuem algum tipo de deficiência auditiva, por isso, na volta às aulas é importante que os pais façam um check-up nos pequenos.

 

A audição é essencial para assimilar as informações passadas pelos professores. Segundo o fonoaudiólogo Gleison Barcelos, da clínica Microsom Brasília, as crianças podem ter dificuldades de desempenhar as tarefas se não tiverem suas funções auditivas dentro dos padrões de normalidade. “Elas podem ficar desestimuladas e não absorver o conteúdo e com isso poderá ocorrer uma desmotivação no processo de aprendizagem, e através dessa exaustão de tentar absorver o conteúdo, ficar estressada, seja em aula online ou presencial'', explica o especialista.

 

Gleison também ressalta que é importante os pais ficarem atentos em casos em que a criança comete trocas na fala. "Se essas trocas persistirem deverá procurar um especialista otorrinolaringologista e/ou fonoaudiólogo para uma avaliação, pois isso poderá afetar o seu desempenho escolar, podendo ser as trocas na fala um dos sinais da perda auditiva", afirma.

 

O fonoaudiólogo dá algumas dicas para os pais ficarem atentos a qualquer dos itens abaixo relacionados à saúde auditiva dos pequenos:  

 

● Falta de atenção ou hiperatividade

● Dificuldade na fala ou voz muito alta

● A criança recorrer a leitura labial

● Desmotivação nos estudos.

 



 

Microsom

 

Vírus da COVID-19 é capaz de curar linfomas? Especialista esclarece

 Caso de paciente com Linfoma de Hodgkin avançado que teria apresentado sinais de desaparecimento do câncer após ser contaminado pelo coronavírus virou manchete pelo mundo; Onco-hematologista ressalta que a história pode abrir caminhos para novas descobertas da ciência - mas isso não significa que o Sars-Cov-2 será usado no combate a tumores



Um estudo de caso publicado recentemente pelo periódico científico British Journal of Haematology chamou a atenção da comunidade médica e público em geral por relatar um caso de dupla cura de um paciente oncológico contaminado pela Covid-19. Segundo o artigo, um homem de 61 anos diagnosticado com linfoma de Hodgkin, tipo de câncer hematológico que se origina no sistema linfático, deixou de apresentar sinais da doença após um período de internação para tratar o novo coronavírus.

O relato aponta que o paciente havia recebido diagnóstico do tumor hematológico em estágio avançado, mas antes mesmo de iniciar as medicações específicas usadas para combater o câncer ele testou positivo para o novo coronavírus. O artigo detalha que por conta de sintomas respiratórios (falta de ar e pneumonia), o homem precisou permanecer internado por 11 dias e neste período, seguindo o protocolo de cuidado estabelecido para este tipo de caso, recebeu exclusivamente o tratamento para Covid. Recuperado, ele passou por novos exames relacionados ao linfoma e definição das terapias a serem adotadas para controle da neoplasia. Contudo, os resultados dessa segunda avaliação indicaram que o homem apresentava uma considerável regressão da doença oncológica. Os médicos analisaram minuciosamente o quadro e o estágio do linfoma de Hodgkin do paciente foi reclassificado como em remissão, ou seja, sem mais nenhum tipo de atividade ou de avanço do câncer.

Para o onco-hematologista Jacques Tabacof, da Oncoclínicas em São Paulo, o fato pode ser explicado por uma forte resposta imune do paciente à infecção por SARS-CoV-2, o que também levou a uma ação antitumoral pelas células de defesa do corpo dele. "Em linhas gerais, é como se o vírus da Covid tivesse ‘acordado’ os soldados de defesa, fazendo com que eles combatessem os dois inimigos de uma só vez", explica.

A reação produzida em resposta à infecção, de acordo com o médico, pode ter ativado as chamadas células T, capazes de "derrotar" o tumor. "Possivelmente, essa infecção viral levou ao estímulo do sistema imunológico do paciente por linfócitos T, células que apelidamos de natural killers (que têm um papel importante no combate a infecções virais e células tumorais) ou outros mecanismos imunológicos, o que acabou controlando, pelo menos até o momento, o Linfoma de Hodgkin. Isso não é um absurdo de se pensar, pois na oncologia já foram utilizadas terapias imunológicas como essa, chamadas de estímulos imunológicos inespecíficos. Vale lembrar ainda que, em algumas circunstâncias, no tratamento deste tipo de linfoma pode ser adotado o uso da imunoterapia, que justamente atua na potencialização do organismo para atacar as células do câncer", explica o médico.

Mas Jacques Tabacof alerta: diferente das medicações especificamente desenvolvidas para essa função de estimular a defesa do nosso corpo, não há qualquer tipo de comprovação científica que aponte que o novo coronavírus poderia ter um "efeito colateral do bem" capaz de eliminar um ou mais tipos de câncer. "É essencial que os pacientes oncológicos entendam que não existe benefício decorrente da contaminação pela Covid-19. O vírus, como sabemos, é perigoso e os riscos de complicações geradas por ele são muito elevados. Por isso é importante que fique o alerta: este foi um caso raro e extraordinário que impressiona a todos nós, mas a probabilidade disso acontecer é ínfima. A boa notícia é que a história desse paciente contribui para a análise estratégica de uso de imunoterápicos e as terapias genéticas com linfócito T. Eles têm papel importante no combate ao câncer e as medicações que vêm sendo desenvolvidas tendem a trazer um prognóstico cada vez melhor no controle de tumores como o linfoma", pontua.



Linfomas e seus tratamentos

Os Linfomas são um conjunto de mais de 60 tipos de tumores que têm origem nas células do sistema linfático, essencial para a proteção de doenças. Existem dois grupos majoritários para classificação deles: Linfoma de Hodgkin e Linfoma Não Hodgkin.

"O grupo de tumores classificados como linfoma está entre os 10 tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres na região Sudeste. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", aponta Jacques Tabacof.

Entre os sinais mais comuns da doença estão ínguas - aumento dos gânglios linfáticos ou linfonodos - no pescoço, axilas ou virilha, concomitantemente a sintomas como febre e suores noturnos, fadiga, perda de peso e coceira na pele.

No lado da ciência, o desenvolvimento de novas alternativas de tratamentos para os Linfomas está gerando resultados cada vez mais efetivos. As terapêuticas para combater os linfomas incluem convencionalmente quimioterapia e, ocasionalmente, radioterapia. O transplante de medula óssea pode ser também uma alternativa, dependendo do caso. Mas para os que não respondem a essas opções, a medicina tem avançado nos últimos anos com uso da terapia celular.

"A terapia com células CAR T é a principal novidade da área. Altamente especializadas, foram desenvolvidas a partir de uma modificação genética das células do próprio paciente, que são reprogramadas em laboratório para se tornarem capazes de atacar especificamente o tipo do câncer do paciente. Elas inclusive já foram aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regularizador do setor nos Estados Unidos", diz o onco-hematologista da Oncoclínicas.

Ele destaca que essa opção de uso de células de defesa do próprio paciente para combater a doença está trazendo resultados animadores para aqueles que não apresentaram resposta a outras alternativas de tratamento. Aliada ao diagnóstico precoce, a adoção dessas avançadas técnicas da medicina de precisão despontam como a chave para aumentar os índices de respostas positivas no controle do câncer e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.


Saúde íntima: descubra o que significa a cor da secreção vaginal

Pexels

Especialista destaca que secreção é comum; mudança de cor, consistência e odor desse corrimento, por sua vez, podem ser sinais de alerta

 

 

De vez em quando, a secreção vaginal aparece sorrateira na calcinha, mas ela, por si só, não é motivo para pânico algum. Então, tranquilize-se! Muita gente não sabe, mas ter secreção é super comum. 

 

Essa secreção de líquidos é natural e mantém a vagina limpa e lubrificada, além de evitar infecções provocadas pelo desequilíbrio da flora vaginal. 

 

O fluido geralmente é transparente, esbranquiçado, com aparência leitosa e não tem cheiro forte, mas vale lembrar que nem sempre esse líquido é igual. Segundo Mariana Betioli, obstetriz e fundadora da marca de coletores menstruais Inciclo, o corrimento pode mudar de aspecto em alguns contextos específicos, como, por exemplo, durante as diversas fases do ciclo menstrual. 

 

"Em certos dias do mês, a secreção aumenta. Isso acontece porque a produção do líquido é estimulada pelo estrogênio, um hormônio que está presente em maior volume perto da ocorrência da ovulação e também durante a gravidez", explica. 

 

Além da menstruação, o uso de absorvente interno, medicamentos, chegada da menopausa, hábitos de higiene e outras situações também influenciam na natureza da secreção vaginal. 

 

Cores de secreção


Por outro lado, é necessário prestar atenção na cor da secreção e alguns outros sintomas para poder identificar quando algo não vai bem, como a mudança na consistência e odor do fluido. Saiba o que possivelmente significa a cor do seu corrimento, de acordo com a obstetriz:

 

Branco: é bem provável que seja um corrimento normal, porém, se há mau odor e aparenta ter placas brancas ou acinzentadas (como a textura de queijo cottage), pode ser sinal de vaginose bacteriana. Se for uma secreção branca acompanhada de ardência, coceira ou vermelhidão, pode ser candidíase.

 

Marrom: costuma indicar a presença de sangue. Pode ser restinho de sangue coagulado da menstruação, irritação no canal vaginal após a penetração ou uso de duchas vaginais, mas também pode ser sinal de infecção. A secreção marrom também pode sugerir implantação do embrião nos primeiros dias de gravidez e, muito menos frequente, ser um sintoma de gravidez ectópica.

 

Amarelo: corrimento levemente amarelado e sem cheiro pode ser normal. Mas se for acompanhado de mau cheiro e aparência purulenta, com aspecto de pus, pode ser sinal de inflamação, devido a infecções, como por exemplo clamídia ou gonorréia.

 

Amarelo-esverdeado: corrimentos com essa coloração e odor bem desagradável costumam indicar tricomoníase.

 

Cinza: corrimento acinzentado com cheiro forte, espesso, que se agrupa em placas como queijo cottage, costuma ser sinal de vaginose bacteriana.

 

É importante ficar de olho no corrimento e notar se está acompanhado de irritação, coceira, vermelhidão, ferida ou ardência. "Consultar um profissional de saúde para avaliar o seu quadro é fundamental, já que alguns sinais podem indicar infecções, alergias ou até mesmo algumas doenças", alerta a especialista. 

 

Dicas de como evitar infecções e manter a saúde íntima


Sabendo dos sintomas e o que significa cada aspecto do corrimento, fica mais fácil entender como cuidar da região íntima do jeito certo. Betioli reuniu algumas dicas que podem ser aplicadas no dia a dia para a prevenção de doenças nesta região. Confira!

 

Ventilação em primeiro lugar:


“A melhor alternativa é usar roupas que deixem a região genital mais ventilada", indica. “Evite calças jeans e outras peças mais justas e apertadas para dar preferência a saias, vestidos e shorts mais folgados, além do uso de calcinhas de algodão, para ajudar na transpiração da vagina”.

 

Durma sem calcinha:


O ideal, inclusive, é dormir sem roupa íntima para deixar a vulva “respirar”, de acordo com a especialista. “A dica é deixar que a região íntima ‘respire’ livremente em pelo menos alguns momentos do dia”, afirma Mariana. 

 

Evite roupas molhadas: 


“Evite ficar muito tempo com as roupas molhadas, como biquínis e maiôs, pois a umidade facilita a proliferação de fungos e bactérias e pode resultar em outras infecções”, ressalta.

 

Para quem costuma deixar as peças íntimas secando no banheiro, muita atenção. “Não tem nada de errado em lavar a calcinha no banho usando um sabonete neutro. O problema é deixar a calcinha secando no box”, diz a especialista. 

 

“O banheiro é uma região úmida; lá, sua calcinha vai demorar mais para secar e ter mais chance de atrair fungos e bactérias. Se você lava suas peças íntimas no banho, coloque suas calcinhas para secar no varal, que é um ambiente seco e arejado.”

 

Lave a região íntima do jeito certo:


Algo fundamental para ajudar na saúde íntima é deixar a região limpinha. Só que há um porém: a limpeza não deve ser feita na parte interna, a vagina. A pessoa precisa lavar somente a vulva, que é a área externa.  

 

“A vagina é autolimpante, então pode esquecer ducha, sabonete ou qualquer outro tipo de limpeza interna. Já a vulva, só com água morna e os dedos, a pessoa consegue higienizar aqueles espaços entre os lábios internos e externos, para tirar uma eventual secreção”, recomenda.

 

“Se quiser, dá para usar um pouquinho de sabonete neutro na vulva e na parte do monte de vênus, onde nascem os pêlos. Após a limpeza, é só secar direitinho”, acrescenta Mariana.

 

Sexo com camisinha:


Não pense que a camisinha durante a relação sexual evita apenas a gravidez. “A proteção no momento do sexo também diminui as chances de contrair doenças sexualmente transmissíveis e infecções”, ressalta a obstetriz.

 

Cuidado extra durante a menstruação:


Além disso, segundo Mariana, o coletor e o disco menstrual são opções mais saudáveis para a região íntima. 


“Os modelos mais comuns do mercado – os absorventes descartáveis externo e interno – não são os mais indicados. O absorvente externo abafa essa região e o sangue que fica em contato com a vulva começa a entrar em decomposição, o que também aumenta o risco de problemas”, aponta.  


“Já os absorventes internos, quando inseridos no canal vaginal, acabam sugando não só o sangue, mas também toda a umidade da vagina, desregulando o pH e favorecendo a proliferação de fungos e bactérias indesejadas.”

 

Para ela, o ideal é evitar produtos químicos em contato com a região genital. “Como o coletor e o disco menstrual da Inciclo são feitos de silicone hipoalergênico, um material sem corante e substâncias químicas, preservam a saúde da vagina e ainda deixam a vulva arejada. Uma outra alternativa são as calcinhas absorventes, que tem um tecido com tratamento antimicrobiano que diminui o risco de infecção”, garante a CEO da Inciclo.

 

Goiás está entre os dez estados com mais casos de hanseníase no Brasil


Janeiro roxo destaca a importância do tratamento precoce da doença. Especialistas falam sobre como identificar e necessidade de vencer estigmas ainda existentes


Entre 2010 e 2019 Goiás registrou 18.654 mil casos de hanseníase, o estado é o sétimo com mais casos da doença no Brasil. O dado é resultado de levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Ao longo dos últimos dez anos, o Brasil registrou 312 mil casos novos de hanseníase, o que coloca o País no segundo lugar do ranking mundial desta doença milenar, perdendo apenas para a Índia.  

A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa causada pela Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. Para chamar atenção sobre a importância da doença, 31 de janeiro foi estabelecido como o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase e o mês se torna o Janeiro Roxo, para debater o assunto. A dermatologista Camila de Paula Orlando (CRM 17108), que atende no centro clínico do Órion Complex, destaca que a doença afeta primariamente a pele e os nervos e alerta sobre os sintomas. 

“É possível suspeitar quando surgem manchas claras na pele, esbranquiçadas ou mais rosadas, principalmente se houver perda de sensibilidade no local. Porém, nem toda mancha branca é hanseníase, por isso é importante procurar um médico especialista para o correto diagnóstico”, salienta. Outros sintomas, segundo a SBD que devem deixar as pessoas atentas é a sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros, perda de pelos em algumas áreas, redução da transpiração e em casos mais tardios, caroços pelo corpo e inchaços nas mãos, pés e articulações. 

No Brasil, em 1976 foi determinado o uso da palavra hanseníase para se referir a doença, pela mácula que a denominação lepra causava aos pacientes. Camila Orlando destaca que ainda existe muito estigma com a doença. “Principalmente pelo seu potencial de causar deformidades físicas e também pelo conceito equivocado de que só atinge pacientes com baixo poder aquisitivo, o que não é verdade, pode atingir qualquer pessoa. Não há motivos para ter preconceito, tem 100% de cura”, afirma a médica.  

Ela reforça ainda a importância do diagnóstico precoce. “Quando tratada precocemente, evitamos possíveis sequelas, principalmente as neurais, como a mão em garra, oculares e a perda de sensibilidade nas manchas. Portanto é muito importante o exame da pele para observar possíveis alterações e fazer o diagnóstico precoce”, salienta a dermatologista.  O tratamento para hanseníase é realizado com antibióticos.

 

Janeiro roxo


A dermatologista Lara Gonçalves (CRM 22.907), que atende na clínica Derma-Uro, também localizada no centro clínico do Órion Complex, destaca a relevância de falar sobre o tema. “A importância do Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase é a oportunidade de promoção de cuidados com os pacientes doentes e combater o estigma da doença. O Janeiro Roxo ressalta o tratamento precoce e o enfrentamento da doença”, afirma. 

Ela destaca que o preconceito ainda é uma forte barreira para com a hanseníase. “O estigma social decorrente da falta de informação dificulta o combate à enfermidade”, conta.  Segundo Lara existem pessoas que podem ser mais suscetíveis à doença. “Homens, negros, pardos e jovens tem mais predisposição à doença. Fatores genéticos estão fortemente ligados à enfermidade e sua evolução”, afirma. A dermatologista revela ainda que quando uma pessoa é diagnosticada é importante examinar aqueles que moram ou têm uma convivência de forma prolongada com o doente. 

Lara Gonçalves reforça que os diagnosticados podem se tratar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de forma totalmente gratuita. “O tratamento varia de seis meses a um ano, dependendo da forma da doença, podendo ser prorrogado ou feita a troca da medicação, em casos especiais. Após a primeira dose dos medicamentos, não há mais risco de transmissão da hanseníase e o paciente pode conviver com outras pessoas”, explica a dermatologista.

 

Treinamento olfativo: médica dá dicas de exercícios para fazer em casa e recuperar o olfato, um dos sintomas do Coronavírus

 

A otorrinolaringologista Dra. Mariana Schmidt Kreibich Faccin explica como fazer treinamentos caseiros com aromas e essências para recuperar a falta de olfato durante ou a pós a Covid-19.

 

A perda temporária do olfato é um dos sintomas e sequelas mais frequentes em pacientes com o Coronavírus. A perda da capacidade de sentir cheiros pode durar por semanas ou meses, e sendo assim, muitos pacientes infectados com o vírus, relataram a falta de olfato durante e até mesmo após o diagnóstico de cura da Covid-19, conforme revela a médica otorrinolaringologista do Hospital Dia do Pulmão, centro de referência na área respiratória de Blumenau, Santa Catarina, Dra. Mariana Schmidt Kreibich Faccin. “Para ajudar os pacientes que, por conta do Coronavírus tiveram o seu sistema olfativo afetado, existem técnicas de treinamento caseiro com aromas e essências para recuperar este sentido”, diz.

 

Treinamento olfativo caseiro

A médica explica que o método é feito a partir da inalação de aromas e essências como, café, cravo, mel, vinagre de vinho tinto, pasta de dente de menta, essência de baunilha e suco de tangerina, de tipo concentrado. “O paciente precisa cheirar uma pequena porção de cada um dos odores, sendo necessários pelo menos quatro deles, por 10 segundos, com um intervalo de 15 segundos entre eles, duas vezes ao dia, durante três meses, ou mais tempo, se necessário”, indica a otorrinolaringologista. 

Dra. Mariana aponta que o treinamento tem o objetivo de aguçar o olfato, fazendo o organismo recuperar a sensação e a memória de tal aroma. “O nosso cérebro recebe as informações olfativas por meio de uma estrutura chamada de bulbo olfatório, sistema essencial para o funcionamento do nosso olfato. Depois, essa informação chega a diferentes áreas do cérebro como a que é responsável pelas emoções, bem como a que entende qual o aroma que está sendo inalado, e por último a emocional, fazendo o corpo lembrar de tal aroma em algum momento de sua vida”, esclarece. 

Por fim, a especialista alerta sobre a importância de procurar a ajuda de um médico, caso a pessoa tenha dificuldade de sentir cheiros, devido à Covid-19. “Além disso, o paciente precisa realizar o treinamento corretamente, se concentrando no odor estimulado. Assim, o cérebro buscará as lembranças, facilitando a regeneração das células”, conclui.

 


Hospital Dia do Pulmão (HDP)


Métodos Contraceptivos de Longa Duração são os mais indicados para adolescentes

18% dos brasileiros nascem de mães adolescentes
Divulgação
Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência especialistas alertam para os riscos da gestação precoce


Entre os dias 1º e 8 de fevereiro acontece a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, um momento de conscientização frente às estatísticas preocupantes sobre a incidência da maternidade nesta faixa etária. Anualmente, cerca de 18% dos brasileiros nascem de mães adolescentes, o correspondente a 400 mil adolescentes grávidas. Os números alarmantes se repetem no mundo todo, onde aproximadamente 18 milhões de adolescentes até 19 anos se tornam mães.

O principal risco na gravidez durante a adolescência é o da morte materna, até duas vezes mais comum nesta faixa etária. Há também riscos de prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclâmpsia, depressão pós-parto, entre outros. A ginecologista e obstetra Juliana de Biagi, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR), alerta que o risco de mortalidade acontece também devido a interrupções gestacionais. “O índice de mortalidade aumenta no parto, pós-parto e também por abortos clandestinos. Por isso, a melhor forma de prevenção é a adoção de métodos contraceptivos assim que iniciar a vida sexual”, diz.

A médica reforça que os contraceptivos mais recomendados para adolescentes, pelas organizações de saúde, são os Métodos Contraceptivos de Longa Duração (LARCs). Ou seja, aqueles que não precisam ser ingeridos diariamente e têm alta efetividade para prevenir gravidezes indesejadas. O DIU de cobre, o DIU hormonal e implantes subdérmicos (aplicados no antebraço da mulher), são algumas dessas alternativas. Métodos de curta duração, como as pílulas diárias, têm recomendação secundária, uma vez que entre as adolescentes é muito comum o esquecimento ou a ingestão no dia e hora errados, elevando o índice de falha do método.

"É importante falarmos sobre isso especialmente porque em um país onde mais da metade das gravidezes são indesejadas, as consequência para as jovens que se deparam com essa situação normalmente são muito prejudiciais. Padrões de pobreza e exclusão social se intensificam no momento em que estas deixam a escola, buscam empregos geralmente mal remunerados e assumem o papel precoce de mãe", avalia.

A Associação Médica Brasileira (AMB) recomenda iniciativas que disseminem medidas protetivas e educativas para reduzir os casos de gravidez na adolescência. “As meninas e suas famílias precisam entender que as consultas ginecológicas e a busca por orientações são as melhores formas de mudar esta realidade. As mulheres têm o direito de iniciar a vida sexual juntamente com o planejamento reprodutivo, mas ainda temos um longo caminho a percorrer nesse tema, bem como na prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis”, finaliza.


10 medidas para evitar contágio de covid-19 nos escritórios

Agora que o país recebeu a notícia do início lento e progressivo da vacinação, não podemos deixar a manutenção dos cuidados já adquiridos no ambiente corporativo. Embora diversos municípios estejam com atividades presenciais, é fundamental seguir alguns cuidados para a segurança de todos.

Listaremos aqui 10 medidas para evitar o contágio de covid-19 nos escritórios:


1.    Higienização do local de trabalho: superfícies representam uma das principais formas de contaminação e disseminação da covid-19, pois a presença de gotículas e outras secreções podem, ao entrar em contato com as mãos, serem levadas para o rosto, principalmente olhos e nariz. A higienização deve ser realizada constantemente (em intervalos de poucas horas) com álcool a 70% ou solução com hipoclorito.


2.    Telefones e computadores: se necessário o seu compartilhamento, higienizar com álcool 70% antes da utilização. Preventivamente, mesmo que você saiba quem utilizou o equipamento antes de você, repita a operação de limpeza.


3.    Disponibilização de álcool gel: o ideal é que cada colaborador possua em sua estação de trabalho, um frasco individual para uso continuo, vale ressaltar a importância da limpeza da superfície do álcool em gel, pois na maioria das vezes tocamos no frasco antes da utilização.


4.    Utilização de máscara com tripla camada: essa deverá ser continua e somente retirada para a ingesta de água. Sua troca precisa ocorrer a cada duas horas, portanto é importante levar a quantidade suficiente para um turno de trabalho. A tripla camada não representa aquelas dobrinhas que são vistas em máscaras de tecido e sim 3 camadas de tecido como observado nas máscaras de procedimento cirúrgico.


5.    Distanciamento social: é essencial ocorrer o distanciamento de no mínimo dois metros entre um colaborador e outro.


6.    Lixeiras: utilizar somente as que possuem pedal, para que não haja contato com a superfície para a abertura da tampa.


7.    Corredores, lanchonetes, copa/café: três setores que comumente as pessoas gostam de conversar, porém nesse momento é necessário evitar a aglomeração nos locais, e manter o distanciamento para segurança, verificando se existe limite máximo de pessoas no local.


8.    Materiais de escritório: cada estação de trabalho precisa ter o seu para que não haja compartilhamento de objetos. E caso seja necessário compartilhar, repetir o processo preventivo do item 1.


9.    Ambiente arejado e ventilado: os espaços de trabalho precisam manter as janelas abertas para constante ventilação. Evitar a utilização do ar condicionado é essencial.


10.    Seja o exemplo: é importante que todos os colaboradores possam ser o exemplo uns para os outros, assim é possível que todos acabem seguindo as regras. Evite polêmicas e priorize ações de segurança.

Além dessas dicas, é essencial que os cumprimentos com aperto de mão, abraços e beijo no rosto não ocorram. Adote um comportamento amigável sem o contato físico, mas sempre com um sorriso no rosto. Se todos seguirem as medidas, a equipe estará com risco reduzido de contágio. E lembre-se sempre, na presença de qualquer um dos sintomas de covid-19, não trabalhe presencialmente, pois o risco de contaminação dos colegas torna-se muito maior.

 



Prof. Dr. Cristiano Caveião - enfermeiro e doutor em Enfermagem. Coordenador da Área da Saúde e professor do Centro Universitário Internacional Uninter.


Prof. Dr. Benisio Ferreira da Silva Filho - biomédico e mestre em ciências da saúde e doutor em Biotecnologia. Coordenador do curso de Biomedicina do Centro Universitário Internacional Uninter.


Prof. Dr. Vinícius Bednarczuk de Oliveira - farmacêutico, doutor em Ciências Farmacêuticas e coordenador dos cursos de Farmácia e Práticas Integrativas e Complementares do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

Pfizer reforça campanha pela mamografia no SUS a partir dos 40 anos



Objetivo é aproveitar o Dia Nacional da Mamografia, 05 de fevereiro, para mobilizar a sociedade em defesa da aprovação do Projeto de Decreto Legislativo em tramitação na Câmara dos Deputados que garante às mulheres o direito de obter a detecção precoce do câncer de mama a partir desta faixa etária


A Pfizer lançou no Brasil a campanha de mobilização social Mamografia no SUS a partir dos 40 anos, que visa engajar toda a sociedade para defender o direito das mulheres à realização da mamografia de forma preventiva e mais cedo no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir dos 40 anos, diferentemente do critério atual de 50 anos. Sociedades médicas nacionais e internacionais recomendam o exame a partir dos 40 anos como a forma mais eficiente para a detecção precoce do câncer de mama, aumentando assim, a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso mais satisfatórias1, 2. O Dia Nacional da Mamografia, 05 de fevereiro, reforça a importância do tema.

A campanha é a primeira no Brasil baseada na plataforma global da Pfizer Unidos pela Cura (Ready for Cures), que tem como missão promover um ambiente de políticas públicas que incentive a detecção precoce e a inovação em saúde.


Gargalos do sistema

Segundo a Lei nº 11.664/2008, a mamografia é um direito das mulheres no SUS dos 40 aos 69 anos. No entanto, a portaria nº 61/2015 do Ministério da Saúde contraria essa lei proposta e restringe, na prática, o exame preventivo para mulheres dos 50 aos 69 anos, apesar de 40% das pacientes brasileiras serem diagnosticadas antes dos 50 anos, portanto, uma proporção significativa da população afetada desenvolve câncer de mama antes da faixa etária de triagem atendida pelo SUS3.

Mas agora, o projeto de decreto legislativo nº 679/2019, que anula os efeitos da portaria no 61/2015 e assegura o direito à realização da mamografia preventiva a partir dos 40 anos ou mais, já foi aprovado no Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Por meio da campanha Mamografia no SUS a partir dos 40 anos, a Pfizer quer informar a sociedade sobre essa questão e incentivar que os brasileiros entrem na plataforma Unidos pela Cura (www.pfizer.com.br/unidos-pela-cura) para enviar mensagens aos deputados federais e senadores, manifestando apoio à causa e aprovação do projeto de decreto legislativo.

"Estamos confiantes de que podemos, juntamente com a sociedade, mostrar aos nossos congressistas que é hora de apoiar a Ciência, buscando acesso ao diagnóstico precoce para as mulheres brasileiras com mais de 40 anos. A iniciativa busca também empoderar a população e reforçar a voz dos cidadãos junto aos representantes legislativos", destaca Cristiane Santos Blanch, diretora de Comunicação e Assuntos Corporativos da Pfizer Brasil.

Para o oncologista clínico Gilberto Amorim, especialista em câncer de mama, esse é um tema importante, pois a taxa de mortalidade por câncer de mama no Brasil está aumentando, enquanto em outros países a queda é significativa. "A idade média do diagnóstico de câncer de mama no país é de 53 anos, sendo que 40% dos casos têm menos de 50 anos, ou seja, uma parcela significativa de mulheres está fora da recomendação do Ministério da Saúde", diz Dr. Gilberto Amorim que também ressalta: "Se negarmos o rastreamento a essas mulheres jovens, podemos comprometer o diagnóstico precoce de milhares de brasileiras. É hora de mudar esse cenário".

A médica radiologista Linei Urban, especialista em imagem mamária e uma das coordenadoras da Comissão de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), lembra que o rastreamento mamográfico está associado à redução da mortalidade pelo câncer de mama. "Dados e estudos científicos consolidados demonstram que a realização do exame anual reduz a mortalidade decorrente da doença entre 18% e 32%, sendo recomendada para mulheres acima de 40 anos", explica Dra. Linei Urban.


O tempo que importa é agora

Além do aspecto de mobilização, a campanha é apoiada por um esforço de mídia paga em plataformas sociais, como Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter. Com o slogan O tempo que importa é agora, a campanha Mamografia no SUS a partir dos 40 anos é realizada no ambiente digital, com presença nos canais oficiais da Pfizer no Brasil, e terá continuidade nos próximos meses. As peças trazem o conceito da passagem do tempo, que é sensível para a mulher e muitas vezes vista de forma negativa pela sociedade. Mas, neste caso, a campanha reverte esse olhar, chamando a atenção para o fato de a mulher estar numa fase da vida em que ainda tem muito para viver e, agora, é a hora de se cuidar e se prevenir.

Já a logomarca, traz uma imagem que simboliza o seio feminino e a mamografia. O texto "Mamografia a partir dos 40" é um sorriso e as formas desenhadas em rosa também podem sugerir um olho atento.

"Esse é um assunto muito relevante, tanto que na nossa associação muitas voluntárias tiveram o diagnóstico do câncer de mama antes dos 50 anos, inclusive eu aos 30, minha mãe com 44 e minha tia com 40 anos", Joana Jeker, presidente da Recomeçar Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília.


Panorama da doença

Em todo o mundo, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres e, no Brasil, é responsável por quase um terço de todos os diagnósticos de tumores malignos entre a população feminina, correspondendo a 29,7% da estimativa de cânceres de localização primária nas mulheres, exceto câncer de pele não melanoma4.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer, a estimativa de novos casos de câncer de mama no Brasil é de 66.280 para o triênio 2020-2022.4 Apesar da prevenção reduzir as chances de desenvolvimento do câncer de mama, nem sempre a sua ocorrência é completamente evitável. Por isso, a combinação de prevenção e detecção precoce é fundamental para melhorar as chances de cura do câncer de mama e reduzir o risco de desenvolver metástase.





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Referências:

1. Stephen W Duffy, at al. Effect of mammographic screening from age 40 years on breast cancer mortality (UK Age trial): final results of a randomised, controlled trial. The Lancet Oncology. September 2020, Volume 21, Issue 9, P1165-1172. https://doi.org/10.1016/S1470-2045(20)30398-3

2. Stephen W Duffy. Mammography screening reduces rates of advanced and fatal breast cancers: Results in 549,091 women. Cancer, ACS Journals, July 2020 1;126(13):2971-2979. https://doi.org/10.1002/cncr.32859

3. Simon SD, Bines J, Werutsky G, Nunes JS, Pacheco FC, Segalla JG, et al. Characteristics and prognosis of stage I-III breast cancer subtypes in Brazil: The AMAZONA retrospective cohort study. Breast. 2019;44:113-9.

4. MS/ INCA / Tipos de Câncer; MS / INCA / Estimativa de Câncer no Brasil, 2020; MS / SVS/DASIS/CGIAE/Sistema de Informação sobre Mortalidade, 2020.

Câncer de pele representa 27% de todos os casos malignos no Brasil, segundo o INCA

- Especialistas em cirurgia plástica, dermatologia e mastologia explicam sobre as doenças


- 04/02 é o Dia Mundial de Combate ao Câncer


Segundo levantamento do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência estimada do câncer de mama em mulheres, no ano de 2020, era de cerca de 66 mil novos casos. Já o de câncer de pele representa 27% de todos os casos malignos no Brasil.

No Dia Mundial de Combate ao Câncer (04/02) preparamos a entrevista abaixo com o Dr. Fernando Amato, médico cirurgião plástico, e com as Dras. Priscila Beatriz Oliveros dos Santos, mastologista, e Luciana Malzoni Langhi, dermatologista, ambas da equipe do Dr. Amato.


Quando está indicada a reconstrução mamária?

Dr. Fernando - Antes de tudo é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia. Dependendo do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e confiança feminina, contribuindo até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença.

Dra. Priscila – Considero de extrema importância ressaltar que a mamografia é essencial para o diagnóstico precoce. Por isso, não deixe de realizá-la, já que este exame pode diminuir a mortalidade em até 30%, quando feito periodicamente.

 

Como é o resultado de uma mama reconstruída?

Dr. Fernando - Diferentemente de uma cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. Os mamilos, muitas vezes, precisam ser refeitos. A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e mais endurecida. Por isso, sempre oriento que a paciente busque auxílio psicológico para compreender o momento.

Dra. Priscila - É um direito da mulher ter a mama reconstruída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde no Brasil, assim como a cirurgia plástica da mama oposta para simetrização e harmonização. A reconstrução, imediata ou tardia deve ser individualizada, respeitando tanto o desejo da paciente como as condições clínicas e tratamento aos quais será submetida.

 

Quais são os sinais na pele que indicam a busca por um especialista e quais são os tipos de câncer de pele?

Dr. Fernando - Quando encontrar as seguintes alterações em uma lesão ou pinta suspeita, método conhecido como ABCDE:

A – Assimetria: quando uma parte da lesão é diferente da outra;

B – Borda: irregularidades no contorno;

C – Cor: cores diferentes na mesma pinta ou lesão;

D – Diâmetro: quando for maior de 6 milímetros;

E – Evolução: perceber se a lesão apresenta crescimento, muda de formato ou cor.

Feridas que não cicatrizam depois de três semanas ou que sangram facilmente também devem ser investigadas

 

Dra. Luciana - Há diversos tipos de câncer de pele, porém, os três mais comuns no Brasil são: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma, sendo esse último o mais grave, com risco de desenvolver metástase e podendo levar o paciente a óbito.

A dermatologista e o cirurgião plástico trabalham em equipe nos casos de câncer de pele?

Dr. Fernando - Normalmente, o dermatologista é quem faz a suspeita do diagnóstico pela dermatoscopia, exame realizado com lente de aumento. Sendo necessários a biópsia e o estudo anatomopatológico para definição do diagnóstico. Dependendo da localização da lesão, no caso de regiões do corpo mais delicadas e expostas, como a face, o paciente é encaminhado para o cirurgião plástico, que faz a remoção e reconstrução se necessário.

Dra. Luciana - Depois que é feito o estadiamento da doença, ou seja, identificado até onde ela avançou, pode ser necessário o envolvimento de outros especialistas, como o oncologista, para dar seguimento no tratamento.

 

 


Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

 

Dra. Priscila Beatriz Oliveros dos Santos - Graduação, Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP)

 

Dra. Luciana Malzoni Langhi - Graduação e Residência Médica em Dermatologia pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

 

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