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quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Campanha #FiqueEsperto dá dicas de como proteger suas informações

Objetivo é orientar a população sobre os cuidados necessários para garantir maior segurança e evitar fraudes no ambiente digital

 

Começou nesta semana a terceira fase da campanha #FiqueEsperto, com dicas e informações para a população sobre a importância de se adotar cuidados com a segurança dos dados pessoais. Com a participação dos setores de telecomunicações, financeiro, de internet, comércio e varejo, a campanha já desenvolveu uma série de iniciativas desde outubro, quando foi lançada.

Nesses dois meses, já foram enviados cerca de 400 milhões de SMS e o hotsite https://fe.seg.br/ recebeu 2,2 milhões de acessos de usuários únicos nos últimos 30 dias. Também foram enviados e-mails sobre o tema para clientes dos segmentos atendidos por entidades apoiadoras e feitas postagens nas redes sociais.

A campanha procura alertar os usuários de internet e de serviços digitais para tentativas de fraude que possam ocorrer no ambiente digital e informar sobre os cuidados que devem ser adotados para evitar golpes e problemas resultantes dessas fraudes.

 


Nos dois primeiros meses, outubro e novembro, o foco da campanha foi em dicas para orientar os usuários quanto às medidas para proteger suas contas e senhas. Neste terceiro mês, as dicas são para proteger os dados pessoais dos usuários e, nos próximos dois meses focará em cuidados a serem tomados em mensagens com links e com aplicativos que se fazem passar por outros para enganar os usuários.

A iniciativa, liderada pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa o setor de telecomunicações, conta com a parceria da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), Associação Brasileira de Internet (Abranet), Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Associação NEO, Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), da Federação Nacional de Bancos (Febraban), da Internet Society Capítulo Brasil (ISOC Brasil) e do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Essa campanha se soma a outras iniciativas do setor de telecomunicações, especialmente neste momento em que a conectividade está sendo ainda mais fundamental para a população manter atividades a distância, como home office, aulas virtuais e entretenimento.

 

Sobre a Conexis - A Conexis Brasil Digital reúne as empresas de telecomunicações e de conectividade, que são a plataforma da economia digital, da sustentabilidade e da conexão de todos os brasileiros. A Conexis, dentro de um movimento de transformação digital pelo qual o mundo está passando, vem substituir a marca do SindiTelebrasil, reforçando o propósito do setor de telecomunicações de digitalizar o País e de conectar todos os brasileiros.

 

Empregos: números e incertezas na retomada pós-pandemia

 Especialistas debatem últimos levantamentos da FGV sobre expectativa de emprego e taxa de desempregados


De acordo com o último levantamento da Fundação Getulio Vargas, o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 0,4 ponto em novembro, e ficou em 84,5 pontos. Este é o primeiro recuo do indicador, após seis altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp subiu 3,2 pontos - para 83,8 pontos.

O professor de Contabilidade e Gestão Financeira da IBE Conveniada FGV, Diego Barbieri, explica o estudo. “O objetivo é tentar prever os principais movimentos do mercado de trabalho somando dados sobre a expectativa do brasileiro, levando em conta a situação econômica local, a situação das famílias, a situação do emprego e intenção de gastos. Com esse número é possível tentar prever o aumento ou redução de vagas”.

O professor analisa que o aumento do indicador mostra que o brasileiro acredita numa melhora no cenário econômico e, portanto, pode significar um aumento nas vagas. “A economia é autorrealizável. Quando há uma expectativa de melhora, as pessoas tendem a gastar mais, injetando mais dinheiro no mercado. Mas, o contrário também ocorre. Em momentos de tensão e instabilidade, gastamos menos, contribuindo para a recessão”, avalia.

Barbieri ainda aborda alguns pontos de atenção nos dados do IAEmp. “Avaliando a subida desse indicador, podemos interpretar que no curto prazo vai ser bom porque demonstra que o sentimento das pessoas em relação à economia está indo bem. Porém, o fim do auxílio emergencial é algo a se notar, por exemplo, pois não sabemos como a economia irá reagir sem esse capital na rota”, pontua.

Já o professor de Gestão, Cleber Zanetti, que também dá aulas na IBE Conveniada FGV, complementa que “o movimento de incerteza cria certa dificuldade”. “Entendemos que em dezembro as expectativas por conta das festas de final de ano geralmente são maiores contribuindo também para o crescimento do indicador”. Mas, segundo ele, provavelmente em janeiro o cenário deverá sofrer alteração, ficando mais próximo ao de novembro.


Indicador Coincidente de Desemprego

Outro indicador avaliado pelos professores é o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que subiu 3,2 pontos, somando 99,6 pontos - o maior nível desde maio de 2020. O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto maior o número, pior o resultado. Em médias móveis trimestrais, houve alta de 1,1 ponto para 97,5 pontos.

Diego Barbieri responde que os dois dados devem ser analisados em conjunto. Enquanto o primeiro (IAEmp) é um indicador de sentimento e sensação, o segundo (ICD) é um indicador consciente. “Um diz o que estou pensando e o segundo o que de fato está acontecendo”, avalia Barbieri.

Para ele, é normal esse aumento do nível de desempregados devido aos impactos da pandemia. O professor avalia que, embora seja esperado, alguns fatores contribuem para esse aumento como a crise mundial de saúde pública e o momento de tensão política, ao qual ele ressalta que já está mais “diluído no dia a dia das empresas” devido às constantes mudanças nos anos recentes no Brasil.

Outro ponto avaliado por Barbieri é a falta de insumos. “Essas matérias-primas que são commodities vinculadas ao dólar, como celulose e aço, estão mais caras. Portanto, acabam sendo exportadas em detrimento do consumo no mercado local. Isso impacta diretamente na economia, afinal poderia estar produzindo mais e vendendo mais, mas falta material”.

O especialista FGV conclui que a recuperação será lenta, devido à alta instabilidade do momento, porém, a situação pode melhorar a partir de janeiro, sobretudo por causa da possível vacina. “Com a vacinação em janeiro e o fim do auxílio emergencial, conseguiremos sentir o desenvolvimento da economia no próximo ano. No entanto, acredito que esse cenário de desemprego se manterá um pouco. Em dezembro existem as compras natalinas e janeiro costuma ser um período de vacas magras”, define.

Já o professor Cleber Zanetti acredita que para o primeiro trimestre de 2021 os dados ainda deverão mostrar um aumento na taxa de desemprego. “Mas, a partir do segundo trimestre devemos gradativamente retornar à redução nessa taxa, com o aumento da atividade econômica”.


Os índices

O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, tendo capacidade de antecipar os rumos do mercado de trabalho no país. O indicador é positivamente relacionado com o nível de emprego no país.

O ICD é construído a partir de dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, do quesito da Sondagem do Consumidor que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. Desse modo, o indicador capta a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, sem refletir, por exemplo, a diminuição da procura de emprego motivada por desalento. O ICD varia no mesmo sentido na taxa de desemprego. Ou seja, quanto maior o desemprego, maior o indicador e vice-versa.

 

Voltar à escola… voltar à vida

Considerando que a pandemia permanecerá como fato e pano de fundo no mundo pelos próximos meses ou anos, até que a ciência dê a palavra final sobre a imunização coletiva, parece coerente pressupor um retorno à vida a partir dessa realidade. Utilizando a metáfora do retrovisor e do para-brisa, é preciso considerar que há um movimento obrigatório e urgente a seguir e que é preciso estar atento à estrada que se percorre a partir daqui, porém, sem deixar de olhar para trás, guardando a prudência sobre o que nos forçou a reduzir tudo nesse período, assumindo consequências desejáveis ou não – porque, de fato, nada parou, mas adaptou-se nos formatos, na qualidade, na velocidade e no tempo.

Nessa etapa de convívio de nove meses com o vírus ainda não debelado, urge parir uma nova rotina de vida, acrescentada de novos códigos de comportamento que se amplifiquem e entronizem na cultura da sociedade, considerando que humanos possuem natureza gregária e que, para não adoecerem mentalmente, terão de adaptar espaços e formas de convivência. As horas que a criança e o jovem passam na escola fazem falta – não apenas pelo que aprendem, mas também pelos relacionamentos que constroem, pelo que vivem e sentem nela. 


Escola é vida.

Além disso, escolas fechadas significam, para um grande número de crianças e jovens, o cerceamento do acesso a qualquer infraestrutura de bem-estar e desenvolvimento, aumentando a vulnerabilidade e o isolamento. Um exemplo disso é a queda no número de notificações de ocorrências de estupro de vulnerável (quando a vítima é menor de 14 anos) no Brasil durante o isolamento - e isso, segundo especialistas em direitos da infância e da juventude, é um sinal da possível subnotificação gerada pelo fechamento de creches e escolas, já que geralmente as denúncias chegam por meio de educadores, cuidadores, professores e profissionais da área de saúde escolar. 

Em âmbito mundial, relatório da ONG World Vision prevê um aumento que pode variar de 20% a 32% da média anual de violência física, emocional e sexual contra crianças e adolescentes. Então, diante da realidade das famílias pela busca de sustento e renda, a escola se impõe também como um espaço indiscutível de cuidado. Escola é proteção.

O retorno à atividade escolar presencial – desde que em áreas em processo de descenso de infecções, obedecendo e zelando por protocolos sanitários, com assentimento dos responsáveis e diálogo para preparar a toda comunidade – pode ser considerado viável. Protocolos seguidos na escola inspiram a criança a ensinar a família. Escola é multiplicadora de bons hábitos.

Um estudo do Center for Disease Control and Prevention (CDC) evidencia que crianças apresentam susceptibilidade até 5,5 vezes menor à infecção pelo Sars-CoV-2 do que os adultos, e representam uma fração mínima dos casos. Além disso, a mortalidade e a taxa de complicações por Covid-19 em crianças são mínimas e menores do que a da influenza na mesma faixa etária. Estudo publicado na Nature Pediatrics afirma que entre 90% e 99% das crianças infectadas são assintomáticas ou oligossintomáticas; diz ainda que a gripe comum, para a qual já temos vacinas disponíveis, já causou duas vezes mais mortes de crianças este ano do que a Covid-19 e que a mortalidade proporcional da H1N1 é 4,5 vezes maior do que a da Covid-19 em crianças. Estudo do CDC atesta que a mortalidade é pelo menos 37,5 vezes menor em crianças do que em adultos.

Em que pese a razoabilidade dos argumentos, o que se infere aqui, mais o contraditório nas opiniões, é que a discussão vai muito além de ir ou não ir a certos lugares, abrir ou fechar portas, fazer ou não fazer o que sempre se fez. Mas de encarar e angustiar-se com o dilema que, na verdade, explica e justifica a vilania, a coisa terrível que é para o presente e muito mais para o futuro, viver o estado de pandemia. 

 



Cleia Farinhas - gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.

 

Ano letivo de 2021 traz desafios para professores e alunos

As mudanças impostas pela pandemia na rotina dos professores podem afetar a saúde mental desses profissionais. É o que alerta a psicóloga e consultora educacional Carla Jarlicht. Na entrevista abaixo, ela analisa a necessidade de os gestores das escolas estarem atentos aos efeitos desse período junto ao corpo docente, os impactos do ensino remoto no dia a dia das aulas e a nova dinâmica pedagógica que o formato híbrido exigirá.

Num contexto de normalidade, quais são os problemas que costumam afetar a saúde mental dos professores?


A rotina diária de um professor é bastante desafiadora, e por vezes, exaustiva. A categoria enfrenta baixos salários, carga horária extensa, falta de estrutura e segurança nas escolas, falta de suporte e tantos outros problemas. Quem pensa que o trabalho do professor se encerra quando ele termina o seu turno de trabalho está bastante equivocado. Há ainda as tarefas de planejamento, verificação de materiais dos alunos e pesquisa que , invariavelmente, são realizados em casa( e sem remuneração), depois do seu horário de trabalho. Para além disso, há o vínculo afetivo construído por quem trabalha diretamente com pessoas diariamente, portanto os professores envolvem-se com seus alunos, preocupando-se com eles dentro e fora da sala de aula. Apesar desse vínculo ser desejável e, muitas vezes, condição para o desenvolvimento do trabalho, ele pode ser também mais um ingrediente de pressão quando o professor não encontra parceria seja com o aluno como com a própria família e com a escola. Esse conjunto de fatores pode, sim, afetar a saúde mental dos professores que se sentem( e são) extremamente exigidos pela sociedade, pela escola, pelas famílias de seus alunos, pelos próprios alunos e por eles mesmos, que querem realizar um trabalho de qualidade. Caso esses excessos não venham acompanhados de um suporte consistente da escola( gestores e coordenadores) podem tornar-se extremamente pesados, acarretando problemas de saúde como estresse e depressão, para citar apenas dois.


Com a mudança repentina para as aulas remotas e a necessidade de lidar com um cenário totalmente novo e com novas tecnologias, muitos professores sentiram piora na saúde mental. Por que isso acontece? Que fatores dessa nova realidade afetam o emocional e psicológico desses profissionais?

Tudo que é novo desacomoda e inquieta até se tornar conhecido. E devido à pandemia tudo teve que acontecer sem muito planejamento, o que gera ainda mais desconforto. Somada à todas as questões desafiadoras já sabidas, os professores tiveram que dar conta também de uma mudança drástica na sua prática de sala de aula. A maioria sequer havia recebido formação para trabalhar remotamente, muitos nem acesso à internet de qualidade tinham e outros nem as ferramentas necessárias. Tudo isso contribuiu para o aumento do estresse. E para além de todas as mudanças ocorridas havia ainda todos os temores pessoais, novas precauções e lutos trazidos pela pandemia. A sala de aula passou a acontecer na casa de cada um, com muitas diferenças quanto à recepção e à percepção de cada aluno( e suas famílias) quanto ao novo modo de trabalho. Foram( e são ainda) muitos os questionamentos que vão da estrutura do trabalho remoto em si à dúvida sobre a eficácia da aprendizagem do aluno passando pela necessidade da parceria das famílias e do apoio da escola e pela qualidade do próprio trabalho que está sendo realizado. Imagine que o professor é aquele acrobata que roda vários pratinhos ao mesmo tempo. Todos estão ao seu alcance e nenhum deles pode cair. Todos os seus pratinhos são bem diferentes uns dos outros. Se essa situação já provoca uma certa ansiedade, imagine se, de repente, surge um obstáculo entre ele e os pratinhos. Os graus de ansiedade e de tensão aumentam. Tudo isso pode gerar mais ansiedade, angústia, fadiga mental, principalmente, quando o professor não encontra o apoio necessário. Afinal, os pratinhos do professor são inteiramente diferentes daqueles do acrobata e não têm reposição.


Em muitos locais, o ensino remoto migrou para o ensino híbrido, no qual o professores precisam dar aulas presenciais e continuar dando aula remota. Como essa nova mudança pode afetar os professores? Muitos têm comentado sobre o medo de pegar o vírus e contaminar seus familiares e sobre a carga maior ainda de trabalho

Todas essas mudanças são ainda muito recentes, mas parece que o conceito de ensino híbrido vem sendo mal compreendido. Ensino híbrido é uma combinação entre atividades no presencial, em sala de aula, como vem sendo realizado há tempos, com o modo online, o qual as tecnologias digitais são ferramentas empregadas para enriquecer o ensino( e não necessariamente o aluno está fora da escola). Uma vez que nem todos os alunos estarão presentes na escola, é possível que o professor precise elaborar um planejamento diferenciado para o grupo que estiver em casa, a menos que esse grupo usufrua das aulas presenciais sincronicamente. De uma maneira ou de outra, existe aí uma mudança radical em relação à proposta de ensino tradicional e tudo caminha cada vez mais para que o ensino seja personalizado. Como toda e qualquer mudança é preciso tempo, paciência e investimento na formação do professor para que ele possa abraçar esse novo lugar com propriedade e confiança. E esse processo é sempre trabalhoso, podendo ser também estressante caso o professor não tenha apoio necessário.

Considerando ainda que estamos imersos no frágil e incerto contexto da pandemia, é possível que os professores estejam se sentindo inseguros, principalmente, em relação à sua saúde e a de seus familiares e pessoas próximas. Isso precisa ser legitimado pela escola, que por sua vez, necessitará investir no diálogo com seu corpo docente para que juntos possam alinhar expectativas e pensar em outras estratégias para essa nova etapa escolar contemplando o bem-estar de todos, especialmente dos professores, pois são eles que estão na linha de frente com seus alunos.


Quais são as dicas para os professores melhorarem sua saúde mental e lidar melhor com esse período?

A pandemia abalou três necessidades básicas do ser humano: a pertença( relacionado aos vínculos afetivos,a importância de se sentir compreendido), a competência( relacionada à capacidade de estar no controle) e a autonomia( relacionado a nossa capacidade de tomar decisões tendo em vista as consequências). Portanto, é preciso estar atento/a a esses aspectos em especial porque eles vão reverberar nas nossas formas de pensar, sentir e agir. Precisamos observar os sinais de cansaço, irritação, ansiedade e tristeza. Sempre que algum sentimento impede aquilo que precisamos realizar, é preciso ligar o sinal de alerta. Respirar, falar sobre o assunto que aperta o peito e buscar ajuda especializada podem ser alguns caminhos.

Os professores ocupam um lugar de extremo valor dentro da sociedade que, apesar de pouco reconhecido e valorizado atualmente, é de bastante responsabilidade e extremamente exigido. E, vivemos um momento em que todos os olhares se voltam para eles, como se estivesse apenas nas suas mãos a solução para os problemas gerados pela pandemia. Para não cair na cilada do herói, é importante que os professores entendam que são primeiramente humanos e que por isso, podem direcionar para si mesmos o olhar generoso que direcionam para os seus alunos, respeitando assim, os seus próprios limites.

Para evitar o aumento de estresse, pensar no planejamento da semana, equilibrando suas responsabilidades pessoais e de trabalho pode ser um excelente investimento de tempo. É fundamental reservar em alguns pontos da semana ou do dia para relaxamento. Às vezes, parar dez minutos para tomar um café longe da tela pode ser tudo que se precisa para recarregar, para arejar a cabeça. Se puder se exercitar ou apenas esticar o corpo, melhor ainda! Outra coisa importante é se perguntar quanto às prioridades. Quais são as prioridades? O que é urgente de verdade? Será que é possível distribuí-las, endereçá-las melhor ou até partilhá-las com alguém?

Outro aspecto a ser considerado é relativo à quantidade de horas trabalhando. Se a hora para começar é importante de ser cumprida, a hora de encerrar é igualmente importante. Determine ( e respeite) o seu tempo. Lembrem das crianças que, mesmo quando estão no meio da brincadeira, pedem "altos" para descansar, tomar fôlego e seguir brincando. Nosso corpo precisa de pausas para pensar melhor e para a gente ser mais feliz com o que faz.

Da mesma maneira que o professor procura a todo custo e , principalmente no atual contexto, evitar exigências desnecessárias com os alunos, esse mesmo cuidado precisa ser direcionado a ele próprio. Fortalecer o que já faz bem pode ser um caminho mais tranquilo e promissor no cuidado com a saúde mental.

 

Lançamento coberto de opções: o que é e como funciona

Para os investidores que possuem um perfil agressivo o lançamento coberto de opções pode ser uma boa escolha de operação no mercado de renda variável. O investidor pode comprar uma determinada ação, e no mesmo momento, realizar a venda de opção de compra, chamada de call desta mesma ação. Entre benefícios da venda coberta de uma opção de compra estão: a otimização da carteira, proteção parcial contra quedas e operações de taxas.

Também conhecido como “dividendos sintéticos” ou financiamento coberto, outro ponto positivo é a remuneração da carteira, além da validação para as posições de ações de longo prazo. Essa operação protege parcialmente contra a queda do ativo, mas limita o ganho. Quando esse procedimento é bem feito pode gerar uma rentabilidade extra no decorrer do tempo para o investidor.


Na prática

Abaixo, apresento a análise de alguns cenários sobre o financiamento coberto, admitindo que será realizada no vencimento da opção.

Cenário 

Preço IHUB3

Venda de IHUBJ105

Variação de IHUB3 até o vencimento

Rentabilidade no vencimento

1

100

5

-20%

-15,79%

2

100

5

-10%

-5,26%

3

100

5

-5%

0,00%

4

100

5

0%

5,26%

5

100

5

5%

10,53%

6

100

5

10%

10,53%

Suponha que você comprou 1.000 ações da empresa IHUB3 no preço de R$ 100,00 cada. Assim que você adquiriu essas ações lançou para venda as 1.000 opções com o código IHUBJ105, recebeu R$5,00 por opção, e se comprometeu a vender a mesma ação a R$ 105,00 no vencimento.

Quando você realiza a venda de uma call, conhecida como opções de compra, da empresa IHUB3 e possui a mesma quantidade em ações dessa empresa, você estará coberto na operação, pois na pior situação, caso aconteça a queda da ação estará protegido parcialmente.

Comprando o papel a R$ 100,00 e recebendo R$ 5,00 pela venda da opção, pense que o preço da aquisição passa a ser R$ 95,00, esse novo preço médio é a proteção.

O vencimento da operação é casado com o vencimento das opções, no mercado nacional, atualmente, é feito toda terceira segunda-feira do mês. A estrutura do lançamento coberto normalmente é mensal, porém há possibilidade de ser feita com vencimento maior ou menor que um mês.

Vale ressaltar que o encerramento antecipado, total ou parcial da operação, pode implicar em um resultado significante, diferente daquele esperado para o vencimento.


Lançamento coberto no portfólio

Essa operação é usualmente realizada em dois cenários diferentes, o primeiro é o investidor que já detém a ação e pode utilizar a estratégia para rentabilizar sua carteira ou proteger parcialmente sua posição. Já a segunda possibilidade é quando o investidor que compra a ação tem como objetivo realizar a estratégia para obter lucros acima das taxas de juros. Em ambos os casos, há o risco de o papel cair mais do que a proteção.

 



Daniel Abrahão - assessor de investimentos e sócio da iHUB Investimentos, um escritório de assessoria de investimentos credenciado à XP. 

 

Transformação digital a favor da geração de novos negócios

Todas as vezes em que acessamos redes sociais, sites de busca ou de e-commerce, geramos um grande volume de dados sobre nosso comportamento, nossos hábitos e nossas preferências. A conversão desses dados em informações estruturadas, aplicando inteligência analítica - e em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) -, contribui para o desenvolvimento e aprimoramento de produtos, serviços, processos e conhecimento aprofundado sobre o comportamento do consumidor. Os aplicativos de mapas são um bom exemplo da transformação digital a favor da geração de novos negócios.

Mais do que mapear pontos em mapas é preciso pensar geomarketing como uma dinâmica de processos de marketing que acontece no espaço. Quando este espaço é o ponto de venda, esse marketing fica ainda mais dinâmico. A informação é o principal pilar do trade marketing. Canais de vendas, ações promocionais, resultados, mix de produtos, preços, concorrentes, share de gôndola e presença são exemplos de indicadores que precisam estar sempre a mão. Para isso, o Economapas oferece um conjunto de ferramentas construídas para armazenar, manipular, e cruzar dados georreferenciados com mais de 500 bases de dados públicos, como IBGE, Receita Federal, entre outros, além de informações de associações comerciais e empresas como Serasa, Google e Facebook.

Gustavo Furtado, administrador e CEO da empresa aponta os casos de uso mais comuns do software em trade marketing, "É possível definir os canais de venda onde a marca estará presente e avaliar a distribuição e logística do produto, além de traçar estratégias de mix de preço/produto conforme o perfil de consumo local ou gerenciar os territórios de pontos de vendas de cada promotor e suas performances".

Mais do que um caminho, a start up oferece um sistema de acompanhamento de vendas mais inteligente, com demonstração de números de forma gerencial.

 


Economapas

https://www.economapas.com.br

 

Secretariado Remoto: profissão vira tendência no “novo normal”?

Assim como as empresas buscam formas de facilitar o dia a dia no trabalho, pessoas também investem em profissões mais flexíveis e práticas; o secretário remoto auxilia empreendedores e empresários e também é uma ótima opção para quem quer mudar de carreira 


 

Empreender em um país como o Brasil, que tem inúmeras opções de mercado para todas as áreas, além de um alto valor nos impostos, não é uma tarefa fácil. E as dificuldades aumentam quando se trata de mulheres que desejam empreender já que, infelizmente, ainda existe um certo preconceito em relação a capacidade de gestão. Entretanto, durante a pandemia do covid-19, as mulheres encontraram novas formas para se manterem na ativa no mercado. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, as empreendedoras brasileiras foram mais rápidas e eficientes ao implementar inovações em seus negócios durante a pandemia do que os homens. 

 

Uma das principais buscas para inovação das mulheres neste período foi o secretariado remoto - uma área que se pode trabalhar de forma virtual e de qualquer lugar. Para Anna Oliveira, Secretária Remota Especializada e sócia-fundadora da Remottas, uma empresa de Assessoria Virtual, essa é uma área que está em constante crescimento. “Principalmente durante a pandemia, os profissionais precisaram abrir os olhos para novas oportunidades. Nessa profissão, realizamos a execução de tarefas burocráticas para empresas e profissionais liberais, nas áreas administrativa, financeira, comercial e de Secretariado. O trabalho do secretariado remoto depende do que cada cliente deseja e necessita, é tudo muito personalizado”, explica.

 

Em um mundo pós-pandemia investir em uma carreira flexível virou a preferência de muitos profissionais. “Além disso, no caso dos profissionais que trabalham com o Secretariado Remoto, eles também surgem para facilitar a vida de milhões de empreendedores que seguem uma rotina corrida. Costumamos dizer que é uma profissão do futuro, já que beneficia quem presta e quem contrata o serviço”, salienta. 

 

Pensando nisso, a especialista lista quatro principais resoluções que o Secretariado Remoto pode trazer para as empresas. Confira:

 

Controle de burocracias: existem certas burocracias e preocupações que são dedicadas a contratação de profissionais que se deslocam até o trabalho, como por exemplo, o registro de entrada e saída do serviço, valores referentes ao transporte do empregado, eventuais faltas, entre outras questões. 

 

A contratação de uma secretária virtual apresenta uma garantia de presença relativamente maior em relação a contratação de um profissional que necessita ir até o trabalho. “Assim, a opção pela secretária virtual é uma garantia de menor preocupação não só com documentações e burocracias, como com ocorrências que são muito características de um deslocamento até o trabalho”, diz Anna. 

Tecnologia no serviço: a pandemia nos ensinou que será cada vez mais comum usar o avanço da tecnologia a nosso favor, na hora de economizar com idas para reuniões ou até para gerar mais conforto para um colaborador que não precisa mais passar horas no trânsito para chegar ao trabalho. “Um dos motivos que contribuiu para o crescimento dessa profissão foi que o serviço é bem flexível e pode ser realizado de qualquer lugar, além de poder ser uma possibilidade de profissão para mulheres que querem ser mães (ficar mais pertinho do seu bebê) e ao mesmo tempo continuar trabalhando e ter uma renda mensal, por exemplo”, explica.

 

Otimização de tempo: é difícil encontrar um profissional que consiga administrar o seu trabalho, prestar os serviços e ainda cuidar de toda a gestão de tempo, atender ligações, realizar reuniões, entre outros afazeres que surgem na rotina de trabalho. Especialistas indicam que um profissional que trabalha com atendimento ao público pode perder até 50% de todas as ligações do dia durante o tempo que se dedica a clientes.

 

“Por isso que optar por um serviço de uma secretária virtual ajuda diretamente na economia do tempo do empreendedor, que passa a ter mais tempo para dedicar seu tempo completo ao foco de atuação de seu negócio”, complementa Anna. 

 

Organização: a organização é certamente uma das chaves para uma gestão de negócios que apresenta resultados positivos. Quando um empreendedor tem sua agenda bem estabelecida e sinalizada com as prioridades do dia, além de ter seu trabalho facilitado, apresenta uma maior produtividade. 

 

“Sendo assim, a contratação de uma secretária virtual garante que este profissional tenha o seu dia bem organizado antes mesmo de começar a trabalhar. E claro, dando a assistência durante o período de trabalho até o final do expediente”, finaliza a executiva. 

 



Remottas

https://remottas.com.br/ 

 

Pessoa com deficiência e o Mercado de Consumo

Resultado desta pesquisa do Procon-SP indica que a pessoa com deficiência ainda enfrenta dificuldades para exercer seu direito de consumidor e que os fornecedores ainda estão despreparados


Com o objetivo de iniciar investigação sobre as dificuldades que os consumidores com deficiência encontram no mercado de consumo, tanto físico como virtual o Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP disponibilizou no site e nas redes sociais, no período de 08/10 a 03/11/20, questionário estruturado e acessível a esses consumidores.

A pesquisa foi respondida por 976 pessoas, sendo que 56,35% (550) delas informaram que não possuem deficiência e nem vínculo com pessoa que possui, mas já presenciaram pessoa com deficiência em relação de consumo (terceiros); 30,64% (299) possuem alguma deficiência e 13,01% (127) são acompanhantes ou atendentes pessoais de pessoa com deficiência.


Constatação de terceiros (550)

Questionados sobre o que constataram ao verem pessoa com deficiência na relação de consumo, quanto à dificuldade de consumir e o que ocorreu, a maioria, 64% (352) observou dificuldades, sendo que o fornecedor só prestou auxilio em 44,03% (155) dos casos; 46,02% (162) verificaram que a pessoa em questão teve auxilio de outra pessoa e 9,94% (35) relataram que a pessoa com deficiência sequer conseguiu comprar o produto ou contratar o serviço.


Perfil da Pessoa com Deficiência

O resultado foi obtido com base nos participantes que possuem alguma deficiência ou são acompanhantes ou atendentes pessoais de pessoa com deficiência (426).

A maioria, 37,56% (160) possui deficiência visual, 25,59% (109) física e 17,61% (75) possuem mobilidade reduzida. A maior parte dos entrevistados, 75,12% (320) está na faixa etária de 20 a 59 anos. Quanto ao grau de escolaridade, o maior percentual, 30,28% (129) é de pessoas que possuem ensino superior completo. E, quanto a faixa de renda mensal, o maior percentual é daqueles que têm renda acima de R
1.045,00 até R 3.135,00 (ou seja, mais de 1 até 3 salários mínimos), 33,57% (143).


O Consumidor com Deficiência nas Relações de Consumo

Tomando como base participantes que possuem alguma deficiência ou são acompanhantes ou atendentes pessoais de pessoa com deficiência (426), a pesquisa buscou verificar o que ocorre nas relações de consumo das pessoas que possuem alguma deficiência quando estão consumindo em lojas físicas ou online.


Lojas físicas

Apenas 6,10% (26) afirmaram que nunca encontraram dificuldades para comprar ou utilizar produtos e serviços. A maioria, 59,15% (252) informou que "às vezes" ocorrem dificuldades e 34,74% (148), disseram que "sempre".

Os que informaram que sempre ou às vezes as pessoas com deficiência encontram dificuldades nas relações de consumo (400) apontaram os setores que mais acontecem como sendo: lojas em geral, supermercados e bancos/financeiras.

A dificuldade mais apontada foi com relação ao atendimento da empresa (falta de preparo dos atendentes, inclusive os do SAC; barreiras relacionadas a comunicação e atitudes).

A grande maioria das pessoas com deficiência e acompanhantes afirmou que não tomou
nenhuma atitude diante do problema: 73,25% (293).

Os que tomaram alguma atitude (107), a maioria procurou o fornecedor, registrando uma reclamação no SAC, Ouvidoria ou em outro canal da empresa. 50,47% (54) afirmaram que o problema foi solucionado, porém 68,22% (73) disseram que não houve mudança por parte do fornecedor.


Lojas virtuais

Dos 426 entrevistados, 74,18% (316) fazem compras pela internet.

A maioria, 60,76% (192), considera que não há dificuldades em comprar e acessar serviços no comércio virtual. Porém, considerando que a lei garante acesso a todos, o percentual daqueles que têm dificuldades é elevado: 39,24% (124).

As dificuldades mais apontadas pelos 124 consumidores que alegaram ter dificuldades foram: site não acessível (99), fazer cadastro e/ou validar senhas e acessos (68) e obter informações sobre os produtos (61). Destacaram-se as lojas de variedades (78) e estabelecimentos de serviço em geral (76), conforme apresentado abaixo.

Os que passaram por algum problema na compra, utilização e/ou contratação de produtos e serviços online, apenas 19,35% (24) tomaram alguma atitude (procuraram o fornecedor por meio de seus canais de atendimento ou recorreram a um órgão de defesa do consumidor), 80,65% (100) não fizeram nada.

A maioria, 66,67%, não teve seu problema solucionado e quase nenhuma mudança foi
observada no site do fornecedor reclamado.


Conclusão

Diante do resultado desta pesquisa, especialistas do Procon-SP concluíram que a pessoa com deficiência ainda enfrenta, na maioria das vezes, tanto no mercado físico como no online, dificuldades para exercer seu direito de consumidor e que os fornecedores ainda estão despreparados.

É necessário, no mínimo, investimento em treinamento de pessoal, já que foi apontada pela grande maioria a falta de preparo dos atendentes, inclusive os do SAC.

A existência de barreiras arquitetônicas e obstáculos físicos, falta de sinalização, portas e
elevadores com medidas inadequadas, que dificultam ou impeçam a entrada, e a ausência de banheiros acessíveis também são os principais obstáculos apontados pelos entrevistados. Normas que estabelecem as adequações necessárias existem, porém, não estão sendo cumpridas.

Além disso, os resultados indicam que investimentos em tecnologia são primordiais para
melhorar e garantir a acessibilidade dos consumidores com deficiência, tanto na produção das embalagens dos produtos, quanto nos sites que vendem online



I Congresso do Consumidor com Deficiência


O resultado da pesquisa, assim como os avanços e retrocessos legislativos na garantia da integração das pessoas com deficiência no mercado de consumo, serão debatidos nesta quinta-feira (17/12) no I Congresso do Consumidor com Deficiência promovido pelo Procon-SP.


Serviço:
I Congresso do Consumidor com Deficiência
Data e Hora: 17 de dezembro, das 9h30 às 12h
Ambiente virtual Plataforma Teams
Inscrições gratuitas no site do Procon-SP (
https://www.procon.sp.gov.br/congresso-consumidor-deficiencia/)

Certificado de participação de 3 horas de atividades extracurriculares para estudantes



Procon-SP


Queda expressiva do setor aéreo faz turismo brasileiro perder R$ 46,7 bilhões entre março e outubro

Prejuízo já é quase o montante do auxílio emergencial pago a cada mês pelo governo federal; em outubro, retração no faturamento foi de 32%

 
Do início da pandemia, em março, até o mês de outubro, o turismo brasileiro perdeu R$ 46,7 bilhões em faturamento, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O valor é quase o total que o governo federal despendeu para o pagamento mensal do auxílio emergencial (R$ 50 bilhões). Considerando o melhor momento da série histórica – o ano de 2013 –, e tirando a inflação do período, a queda nas receitas já chega a 38,5%.
 
Só em outubro, por exemplo, o setor faturou 32% a menos do que no mesmo mês do ano passado (R$ 9,8 bilhões). Em setembro, vale dizer, as receitas somaram R$ 8,6 bilhões – o pior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2011.
 
Para a FecomercioSP, o cenário de prejuízos a cada mês deve continuar no futuro próximo: isso porque há muitos negócios sendo fechados e, por consequência, muitos postos de trabalho encerrados. Por outro lado, a valorização de ações de empresas de tecnologia que atuam no turismo na bolsa de valores de Nova York é uma demonstração de que o mercado aposta em inovações tecnológicas também neste setor.

 
Companhias aéreas puxam retração

A retração do turismo até agora é encabeçada novamente pelo setor de transporte aéreo, que já faturou 52,2% entre março e outubro em comparação ao mesmo período de 2019. Ele vem, contudo, amenizando suas quedas a cada mês: caiu 64,6% em setembro; 68,8% em agosto e 78,1% em julho. As companhias enfrentam um longo período de baixa demanda de procura e mesmo de assentos, segundo a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac): em outubro, a redução de lugares nos aviões foi de 41%.
 
Depois do setor aéreo, o maior prejuízo nos meses da pandemia foi registrado pelas atividades de hospedagem e alimentação, que faturaram 30,3% a menos entre março e outubro de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Esses resultados negativos impactam no turismo como um todo, já que a retração da demanda por quartos de hotéis, por exemplo, afeta a baixa procura por passagens aéreas.
 
No período analisado, houve diminuição de faturamento entre as atividades culturais, recreativas e esportivas (-27,2%), as locadoras de veículos, agências e operadoras de viagens (-15%) e o transporte rodoviário intermunicipal e interestadual (13,5%).

 
Como sobreviver à crise?

Recentemente, uma pesquisa da FecomercioSP mostrou que quase um terço das pessoas (31%) querem viajar depois que a pandemia acabar – o que indica uma demanda reprimida à espera de condições para se realizar. É com base neste número que a Entidade vê alguns caminhos para o setor em 2021.
 
O primeiro deles é que os empresários mantenham os canais digitais ativos desde já, não apenas para ofertar pacotes e destinos, mas também para que os clientes tenham uma comunicação clara dos novos protocolos de segurança do turismo.
 
Além disso, com as incertezas da crise atual, muitos turistas procuram por locais com flexibilidade de cancelamento ou remarcação, além de possibilidades de reembolsos. Adaptar as reservas e os fluxos a esta especificidade do mercado representa uma vantagem significativa para agora e para o cenário pós-pandemia.

 
Nota metodológica

O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços com dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram escolhidas as atividades que tem relação total ou parcial com o turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.

Saúde inicia aquisição de seringas e agulhas para vacinação

Edital prevê a aquisição de 330 milhões de seringas e agulhas para atender o Programa Nacional de Imunização contra a Covid-19 e sarampo ao longo de 2021. Pregão está marcado para 29/12

 

Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União (DOU), nesta quarta-feira (16/12), o edital de Pregão Eletrônico nº 159/2020 de menor preço para aquisição de mais de 330 milhões seringas e agulhas de diversos modelos visando atender ao Programa Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19 e sarampo ao longo de 2021. Ao todo serão adquiridos quatro tipos de seringas com agulhas. O pregão deverá ocorrer no próximo dia 29/12, às 9h.

Durante o período de oito dias, a partir da publicação do edital, as empresas interessadas podem registrar as propostas no sistema, além de solicitar informações e tirar dúvidas sobre o certame. O critério de julgamento adotado no edital será o de menor preço por item, observadas as exigências técnicas contidas no edital e anexos.

O cronograma de entrega dos produtos foi elaborado de acordo com a capacidade de produção industrial e os estoques já disponíveis nos estados para o PNI.

Cabe ressaltar que os gestores locais de saúde são responsáveis pela compra de seringas e agulhas, bem como os estoques. Contudo, o Ministério da Saúde tem saído na frente, centralizando a aquisição de insumos, EPI e ventiladores pulmonares, como apoio estratégico a estados e municípios no enfretamento à pandemia.

Poderão participar do pregão somente as empresas do ramo de atividade que seja compatível com o objeto desta licitação, e que estejam com credenciamento regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF).

Publicação do Aviso de Licitação no Diário Oficial da União.

 

 

Bruno Cassiano

Ministério da Saúde


Conheça as 13 regras de ouro do mercado de trabalho para o pós-pandemia

Especialista aponta que o futuro do mercado de trabalho está pautado na geração da autonomia responsável

 

A pandemia afetou a economia mundial de forma bastante democrática, fomentando uma grande e intensa modificação das relações de trabalho. Em geral, devido às dificuldades de compreender este acontecimento inédito, o que se percebe é um “vai e volta” econômico sem avisos prévios, nos deixando à mercê de nos acostumarmos com o constante exercício de desvendar o imprevisível.

A taxa de desemprego aumentou consideravelmente desde o início da pandemia, atingindo aproximadamente 13,8 milhões de brasileiros, ou seja, 14,4% da população, a maior taxa já registrada desde 2012. Segundo June Alisson Westarb Cruz, professor de Governança, Estratégia e Finanças no ISAE Escola de Negócios e na PUC-PR, o que se percebe nas relações de trabalho é a fragilidade dos modelos de gestão pautados no “comando e controle”, que se apresentam cada vez mais difíceis e caros de serem praticados.

“O futuro do mercado de trabalho está pautado na geração da autonomia responsável, que valoriza competências como agilidade, criatividade, confiança e relacionamento humano e digital”, aponta o especialista. Atualmente, pesquisas de mercado apresentam uma recuperação econômica com picos de altas e baixas em um futuro próximo. Por hora, no Brasil, a retomada gradual da economia deve levar cerca de 2 anos para retomar ao valor nominal do Produto Interno Bruto, registrado em janeiro de 2020.

De toda maneira, interpelar o futuro do trabalho na atual circunstância requer uma reflexão de tendências oriundas de um ‘velho normal’. “Como tendência, ainda temos muito a viver e aprender nos próximos meses, tanto na dimensão cultural quanto na econômica. Neste momento, o melhor a se fazer é seguir as treze regras de ouro”, complementa June Alisson Westarb Cruz.

 

Confira a seguir as treze regras de ouro do mercado de trabalho segundo o especialista:

 

1. Gaste menos do que ganha;

2. Seja criativo;

3. Mantenha-se em movimento;

4. Valorize a simplicidade das boas coisas da vida;

5. Conviva de forma intensa com seus familiares;

6. Pense muito bem antes de usar suas economias;

7. Aprenda mais sobre si mesmo;

8. Procure novas oportunidades no mercado;

9. Reinvente novas formas de relacionamento com as coisas e pessoas;

10. Esteja aberto ao novo;

11. Mantenha-se hidratado e em segurança;

12. Nunca desperdice a chance de conhecer alguém, sempre faça networking;

13. Reconheça que, talvez, tudo que você aprendeu até o presente momento merece ser novamente aprendido.


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