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quarta-feira, 29 de abril de 2020

Homens com disfunção erétil podem ter risco de morte aumentado, diz estudo


 Um estudo que seria apresentado no ENDO 2020, a reunião anual da Sociedade Americana de Endocrinologia, chegou à conclusão de que homens com disfunção erétil têm risco de morte aumentada, independentemente de seus níveis de testosterona.

Segundo o Dr. Marcelo Lorenzi, médico urologista do Centro Integrado de Urologia (CIU), a disfunção erétil pode preceder sintomas cardiovasculares em até 10 anos. Por este motivo, os médicos urologistas devem estar atentos ao atenderem pacientes com estas queixas, encaminhando a outros especialistas sempre que houver suspeita.
"Um paciente com disfunção erétil pode apresentar deficiência na irrigação dos microvasos periféricos que, com o passar do tempo, afetarão estruturas vitais, como o miocárdio".
O evento, que seria realizado em março último, na Califórnia, Estados Unidos, mas foi cancelado em virtude da pandemia da COVID-19, foi publicado em um suplemento especial do Journal of the Endocrine Society, a publicação científica da entidade médica organizadora do evento. 

Segundo o Prof. Dr. Leen Antonio, pesquisador principal do estudo, médico do Hospital KU Leuven, na Bélgica, doença vascular e baixos níveis de testosterona, que prejudicam a função erétil, podem ser um sinal precoce de aumento do risco cardiovascular e da mortalidade. 

Os baixos níveis de testosterona têm sido associados a um maior risco de morte em homens de meia idade e de idade mais avançada, mas os resultados do estudo ainda são inconsistentes, afirmou o especialista.

Os pesquisadores utilizaram dados do Estudo Europeu do Envelhecimento Masculino (EMAS), um grande estudo observacional desenvolvido para investigar alterações hormonais relacionadas à idade, com uma ampla gama de informações em saúde. Foram analisados dados de 1.913 participantes de cinco centros médicos diferentes, incluindo a relação entre medidas hormonais e função sexual ao longo de 12 anos.

Durante o acompanhamento, 483 homens (25%) morreram. Nos homens com níveis normais de testosterona, a presença de sintomas sexuais, particularmente disfunção erétil, aumentou o risco de morte em 51%, quando comparados a homens sem esses sintomas.


 

Metade dos hipertensos não sabem que estão doentes


Cardiologista destaca a importância de cuidar da saúde para enfrentar a pandemia da Covid-19


Considerada uma das principais complicadoras do quadro de infecção da Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, a hipertensão, mais conhecida como “pressão alta”, matou 34 pessoas por hora no ano passado, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Embora seja de fácil diagnóstico, metade das pessoas que têm a doença não sabem disso. Ainda segundo o MS, 35% da população sofre da comorbidade. 

Em um cenário de risco que se estabelece na atualidade com a pandemia da Covid-19, o cardiologista Vinícius Marques Rodrigues (CRMGO 10224), aponta alguns motivos para a desinformação quanto ao diagnóstico. “Isso acontece porque algumas pessoas são assintomáticas e só descobrem a doença quando passam mal ou fazem exames preventivos”, explica o médico que atende em clínica especializada no Órion Complex, em Goiânia. 

Um homem hipertenso e diabético de 62 anos foi a primeira morte confirmada no Brasil por Covid-19. Estudo recém-publicado no British Medical Journal (BMJ) apontou que 48% das pessoas vítimas do novo coronavírus tinham pressão alta. Pesquisa avaliou 113 pessoas que morreram na cidade de Wuhan, na China. Os números reforçam a condição de grupo de risco dos hipertensos. 

Embora algumas sociedade médicas internacionais levantaram a hipótese sobre a relação entre os efeitos adversos do uso de medicamentos por paciente hipertensos e o aumento do risco de infecção e a gravidade da doença pelo coronavírus, a Sociedade Brasileira de Hipertensão não recomenda a suspensão dos medicamentos. O argumento é a falta de evidências científicas que relacionem a ação das medicações com a infecção que causa a atual pandemia. 

Para Dr. Vinícius, ao controlar a pressão, o indivíduo diminui os riscos das complicações em casos positivos para a Covid-19, por isso a importância de não interromper os tratamentos. “Geralmente esses pacientes têm outras doenças associadas, como diabetes e problemas cardíacos, o que agrava ainda mais os casos”, pontua. 

O sal é o principal vilão da hipertensão. Segundo levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o brasileiro ingere 9,34 gramas de sal por dia, quase o dobro das 5 gramas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Baixar a ingestão de sal é o primeiro passo para evitar e controlar a doença”. Vinícius destaca que comer mais frutas e verduras, manter o peso adequado, fazer atividade física regularmente, dormir bem, evitar alimentos gordurosos e fazer exames de saúde rotineiros são outras atitudes que evitam a hipertensão e várias doenças. 

Confira alguns sintomas da hipertensão:
  • Dor de cabeça, principalmente na nuca;
  • Dor no peito;
  • Falta de ar;
  • Palpitações;
  • Zumbido no ouvido; 
  • Tontura.

Coronavírus e gestação: pré-natal é a principal arma contra a doença


Apesar do isolamento social, o acompanhamento periódico com o obstetra não deve ser deixado de lado; as consultas podem ajudar a diagnosticar casos leves da Covid-19 e a evitar complicações ao longo da gravidez


Incluídas como grupo de risco para o novo coronavírus, muitas gestantes estão com receio de sair do isolamento social até mesmo para fazer o pré-natal. Apesar da necessidade de se resguardar a saúde das futuras mamães, em especial nesse momento de pandemia, ainda é muito importante que o acompanhamento periódico não seja deixado de lado. “O pré-natal é a principal arma da gestante para reconhecer problemas que podem alterar o desfecho da gravidez. Por isso, a orientação é evitar sair de casa sempre que possível, mas não faltar às consultas com o obstetra. É uma medida de equilíbrio e diálogo com o médico”, ressalta o ginecologista e obstetra do Grupo de Gestação de Alto Risco da Paraná Clínicas, Dr. Diego Esteves dos Santos.

Não é preciso, por exemplo, fazer múltiplas ecografias, evitando assim idas desnecessárias até as clínicas. “As gestantes têm de redobrar os cuidados com a higiene, utilizar máscara, álcool gel e lavar as mãos com frequência, além de evitar ir acompanhada às consultas”, completa o médico. Tudo isso porque o sistema imunológico da mulher fica mais sensível durante o desenvolvimento do bebê, o que faz com que elas fiquem mais suscetíveis a contaminações. “A tendência é que as infecções virais, principalmente respiratórias, sejam mais graves nas gestantes. No caso do coronavírus, como ainda não temos dados concretos sobre seus efeitos para a mãe e o bebê, torna-se mais seguro se reduzir as chances de contágio”, destaca Dr. Diego.

No consultório, por telefone ou mensagem de texto, os médicos trabalham para tranquilizar as pacientes e esclarecer todos os questionamentos possíveis sobre a relação entre a gravidez e o novo coronavírus. Confira abaixo alguns pontos principais destacados pelo obstetra da Paraná Clínicas:


- Algum sintoma da Covid-19 pode ser confundido com os da gestação?

Sim, existem vários. Por exemplo, fadiga, falta de ar leve ou taquicardia ao levantar da cama são sintomas comuns tanto à gestação quanto ao coronavírus. Diferem em intensidade, características e evolução clínica. Por isso, é sempre importante a avaliação médica periódica e a manutenção do pré-natal, para reconhecermos se há ou não risco de ocorrência da doença. 


- Se a gestante for diagnosticada com Covid-19, há risco de contaminação do bebê?

De modo geral, ainda existem poucas pesquisas concluídas sobre o coronavírus, por isso é difícil afirmar com certeza como a doença se comporta. O que temos visto em pequenos estudos é a ausência da contaminação vertical, quando a mãe passa o vírus para o feto, e o bebê tende a nascer com saúde. Sendo assim, não há contraindicação de via de parto e a recomendação de parto natural pode ser mantida.


- Depois do nascimento, como fica a amamentação?

Há uma discussão entre várias escolas de medicina do mundo sobre o aleitamento materno e a infecção por Covid-19, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a manutenção do contato entre mãe e bebê. Nesse caso, precisa-se reforçar alguns cuidados, como o uso de máscara, lavagem das mãos antes e depois do aleitamento ou de manusear as mamas, evitar tossir ou espirrar perto do bebê. São exemplos de cuidados de higiene que tornam possível manter o benefício da amamentação. Nos casos graves, em que há confirmação da doença, o distanciamento entre mãe e bebê pode ser recomendado. Mesmo assim, torna-se possível fazer a ordenha do leite para que outra pessoa alimente o bebê.


 


Paraná Clínicas


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