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terça-feira, 26 de junho de 2018

Como combater a depressão


A depressão é uma doença que acomete até 12% da população mundial; e estes números estão em crescimento. Pessoas deprimidas possuem maior risco de morrer prematuramente. Há uma piora significativa na qualidade de vida e deterioração da saúde geral.
As mulheres são duas vezes mais cometidas pela depressão que os homens. Outro fator que está relacionado ao aumento da prevalência desta enfermidade é a presença de doenças crônicas. Apesar de ser altamente prevalente, nem sempre a depressão é diagnosticada e tratada corretamente. Por este motivo é muito importante ficar atento aos sintomas como humor depressivo na maior parte do dia, perda de interesse nas atividades, insônia, alteração importante do peso (para mais ou para menos), lentidão ou agitação psicomotora, cansaço ou baixa energia sem motivo óbvio, dificuldade crônica em focar e tomar decisões, pensamentos de inutilidade ou culpa excessiva e  pensamentos suicidas recorrentes ou tentativa de suicídio.

A avaliação de um médico é imprescindível para fazer o diagnóstico e instituir o tratamento adequado. Procure um profissional de confiança sempre que suspeitar de alguma alteração de humor ou comportamentos suspeitos. O tratamento com antidepressivos é efetivo e pode levar duas semanas em média para fazer efeito.
Outras medidas comportamentais também podem contribuir para a prevenção e melhora da depressão. Existem evidências científicas que mudanças benéficas do estilo de vida quando aliadas a medicação são efetivas em melhorar a qualidade de vida.

Que exercício é bom todos nós sabemos. Associada a uma alimentação saudável, esta prática é imbatível para uma vida livre de depressão. As comprovações cientificas são inúmeras e constantes.

Em um revisão publicada em junho de 2018, pesquisadores avaliaram 33 estudos randomizados incluindo 1877 pessoas. O exercício resistido (como musculação) foi associado a diminuição significativa dos sintomas depressivos independente do estado de saúde da pessoa e da quantidade de atividade. E quanto é necessário? Segundo os pesquisadores 150 minutos de exercício por semana são suficientes para manter o nosso cérebro saudável. A melhor solução é encontrar uma atividade física que você goste e incorporar à rotina.

Uma forma maravilhosa de aumentar a sensação de felicidade e combater a depressão é manter contato com a natureza. Uma revisão publicada em 2017, demonstrou que há benefícios múltiplos para pessoas que passam tempo nas florestas, inclusive melhora dos sintomas depressivos.

Um outro estudo randomizado, publicado na revista médica Aging & Mental Health avaliou pessoas idosas (idade entre 67 e 92 anos) com depressão. A conclusão foi: três meses de atividades ao ar livre uma vez por semana foram suficientes para melhorar o humor dos participantes, comparado ao grupo controle.

Frequentar um parque ou praça pode ser um grande começo para combater a depressão. E se você puder fazer isso acompanhado de pessoas queridas melhor ainda. Pois outro fator importante para melhorar o humor é o convívio com amigos.

Existe uma relação estreita entre isolamento social e incidência de depressão. Pessoas que estão passando por algum tipo de doença, estresse e estado depressivo se beneficiam imensamente da presença de familiares, amigos e entes queridos. Se existe algo que você possa fazer por alguém próximo que seja acometido por sintomas depressivos seria: estar presente e demonstrar genuína preocupação.

Alguns estudos recentes confirmaram que a suplementação com vitamina D pode melhorar os sintomas depressivos. A melhor fonte de vitamina D é a exposição solar. Trinta minutos de banho de sol nos braços e pernas três vezes por semana são suficientes. E se você conseguir ir a um local repleto de verde, melhor ainda.

Adotar uma alimentação saudável é um dos pilares de uma vida com melhor qualidade. Não seria diferente para amenizar os sintomas da depressão. Se você precisa de mais um motivo para incluir alimentos naturais na sua rotina, a melhora do humor está diretamente relacionada a este hábito.

Pesquisadores da Rush University Medical Center em Chicago avaliaram 964 pessoas com idade média de 81 anos durante 6 anos e meio. A conclusão foi que os indivíduos que aderiam a uma alimentação saudável rica em frutas, verduras, carnes magras e limitaram alimentos com gorduras saturadas tiveram menor risco de desenvolver depressão. Os achados foram apresentados na 70a reunião anual da American Academy of Neurology em Los Angeles em 2018.

O aumento do peso piora os sintomas depressivos e estes contribuem para que a pessoa engorde. Trata-se de uma retroalimentação, a depressão causando a obesidade e vice-versa. A melhor forma de quebrar este círculo vicioso é procurar ajuda médica, tanto para tratar a depressão quanto o aumento do peso. A boa notícia é que o inverso também é verdadeiro: quando se perde peso, o humor também melhora.

Dormir a quantidade de horas suficientes por dia é essencial para a saúde. Portanto, para pessoas com depressão adequar o sono deve ser uma prioridade. Em uma revisão publicada em na revista médica Depression and Anxiety em 2015, pesquisadores avaliaram mais de 25 mil pessoas e seus padrões de sono. Os autores chegaram à conclusão que os indivíduos que dormiam excessivamente ou muito pouco tiveram maior chance de desenvolver quadro depressivo.






Adriana Pessoa - graduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e possui Residência em Clínica Médica e Endocrinologia pela mesma instituição. É Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Associação Médica Brasileira. Contato:    arpessoa80@gmail.com




Referências


10 dicas para incentivar a leitura em casa


“O incentivo ao hábito da leitura é o desafio do século”. Quem afirma é a prof.ª Dra. Elaine Silva, que ministra a disciplina “Leitura e Letramento” no Ensino Médio, no Colégio Mary Ward, em São Paulo. Acostumada a fomentar o contato com as letras entre os alunos, ela dá dicas práticas para os pais que querem fazer do lar um ambiente propício para a prática:

·         Torne o livro acessível: não adianta ter vários títulos infantis e mantê-los da parte alta da estante. A criança deve ter fácil acesso aos materiais de leitura.

·         O contato com os livros deve acontecer antes mesmo da alfabetização: é importante ler para criança e demonstrar que a atividade é prazerosa e faz parte da rotina da casa.

·         Dê o exemplo: pais que lêem fazem do hábito da leitura uma tendência natural para a criança. 

·         Converse sobre o que você lê: alguns pais se preocupam com os temas que lêem e chegam até a esconder os livros das crianças. É importante manter um diálogo sobre a leitura demonstrando, mais uma vez, que a leitura é uma fonte de diversão, inclusive, para os pais.

·         Fique atento às preferências de seu filho: animais, histórias fantásticas, castelos, batalhas medievais. Observe os temas preferidos da criança e adquira livros que estejam inseridos nesses contextos.

·         Comece por filmes inspirados em livros: assistir filmes baseados em livros, discutir sobre eles e, dependendo do entusiasmo da criança, comprar o livro que inspirou a história é uma boa dica para que não se perca o interesse.

·         Viagens podem ajudar: buscar periódicos e livros sobre o destino pode ser uma maneira de estimular a leitura e a curiosidade.

·         Invista em gibis: estas publicações são consideradas uma porta de entrada importante para os pequenos leitores. A união entre imagens e escrita facilita a compreensão nos primeiros contatos com esse universo. Atualmente, as editoras têm adaptado grandes clássicos da literatura para este formato.

·         Invista nas notícias: se possível, sempre tenha jornais e revistas acessíveis a todos os moradores da casa. De maneira geral, os alunos com um melhor texto são aqueles que “consomem” notícias.

·         Não tenha medo da tecnologia: os sites com livros em domínio público e a popularização dos e-readers podem ser aliados dos novos leitores. Vale a pena deixar o preconceito de lado e dar uma chance para a leitura na tela.





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