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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

É possível ajudar a criança com TDAH a vencer os desafios diários, afirma especialista



Conviver com crianças que apresentam o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) pode ser cansativo e, muitas vezes, frustrante para os pais. Porém, há muitas ações que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a convivência familiar.

Segundo a neuropediatra, Dra. Karina Weinmann, é possível ajudar a criança a vencer os desafios diários, canalizar a energia de forma positiva, trazendo mais equilíbrio para a vida em família. “Quanto mais cedo a criança tiver a ajuda apropriada para gerenciar as consequências do TDAH, melhores serão as chances de ter uma vida bem sucedida no futuro e mais qualidade de vida no presente”, explica a médica.

Veja agora 10 dicas elaboradas pela equipe da NeuroKinder, clínica especializada em neurodesenvolvimento, que podem ser aplicadas no dia a dia pelos pais:
 
  1. Veja sempre o lado bom da vida: Lembre-se que o comportamento da criança está relacionado com o TDAH, por isso, na maioria das vezes, as atitudes não são intencionais. Mantenha o senso de humor. O que é embaraçoso hoje, pode se tornar uma história de família engraçada daqui a alguns anos.
  2. Celebre as conquistas- Uma tarefa não cumprida não deve ser encarada como um grande problema se a criança conseguiu completar outras. O excesso de críticas à criança é prejudicial, por isso procure elogiar mais quando a criança apresenta bons comportamentos.  
  3. Acredite na criança: Faça uma lista de tudo que é positivo e único no seu filho. Acredite que ele pode aprender, mudar, amadurecer e ser bem-sucedido. Faça desse pensamento um exercício diário.
  4. Cuide de você: Coma de forma saudável, pratique exercícios e gerencie seu estresse. Para cuidar de outra pessoa, você precisa cuidar de si em primeiro lugar. Se for o caso, procure fazer psicoterapia. Uma das coisas mais importantes para se lembrar é que você não está sozinho. Procure grupos de pais com crianças com TDAH, converse com a equipe que acompanha a criança. Leia sobre as experiências positivas em relação ao tratamento.
  5. Estabeleça uma rotina: É fundamental estabelecer hora e local para todas as atividades de uma criança com TDAH. Se possível, faça um quadro e deixe disponível em um local para que todos saibam o horário de comer, tomar banho, brincar, fazer a lição de casa, ver TV, etc. Além disso, ajude a organizar o material escolar e o uniforme para o dia seguinte. Use relógios com avisos sonoros para indicar o término das atividades.
  6. Simplifique: Crianças com TDAH podem se tornar ainda mais distraídas quando a agenda está “lotada” de atividades. Converse com a equipe que acompanha o seu filho para avaliar quais são as atividades essenciais e quais podem ser excluídas da agenda para não sobrecarregar a criança.
  7. Cada coisa em seu lugar: Crie um espaço dedicado aos estudos em casa, sem ruídos ou muito barulho. Assim, a criança irá conseguir se concentrar melhor nas atividades. O ideal é que não tenha nenhum aparelho eletrônico por perto, como TV, tablets, som, etc.
  8. Crie regras simples e claras: Toda criança precisa de limites e regras para crescer de forma saudável. Crianças com TDAH não são diferentes. Escreva as regras e fixe-as em um local de fácil acesso, mas explique como elas funcionam. Você pode usar um sistema de recompensa e consequências, ou seja, incentivos para quando ela cumpre os acordos e o que pode acontecer caso desobedeça. Use o bom senso e sempre que as normas forem cumpridas, reforce de maneira positiva. 
  9. Sono: Reduza o tempo que a criança passa na TV, computador, celulares e aumente o tempo de atividades ao ar livre durante o dia ou de esportes. Elimine alimentos que contêm cafeína da alimentação da criança, como chocolate, achocolatados, chás, etc. Encontre atividades mais calmas antes de dormir. Carinhos e afagos também são ótimos para desacelerar, além de oferecer à criança segurança e fortalecer o vínculo amoroso entre pais e filhos.
  10. Incentive seu filho a ter amigos: Para uma criança com TDAH, fazer e manter amigos pode ser uma tarefa difícil. É importante que você seja honesto com a criança, explicando seus desafios. Convide um amigo para brincar em casa e supervisione as brincadeiras. Observe os bons e os maus comportamentos, para que possa elogiar ou intervir, se for o caso.  
   

Mais tempo em dispositivos digitais significa menos chances de terminar a lição de casa




Estudo descobre relação dose-dependente entre o tempo gasto assistindo TV, jogando videogames ou usando um smartphone e tablet e as chances de uma criança não terminar o dever de casa


Em conclusões que não surpreenderão os pais de qualquer criança em idade escolar, uma nova pesquisa descobre que quanto mais tempo as crianças passam usando dispositivos digitais, menos provável é que elas terminem o dever de casa. No entanto, as consequências vão além do rendimento escolar...

Crianças que passam de duas a quatro horas por dia usando dispositivos digitais, sem contar o uso escolar, têm 23% menos chances de sempre ou geralmente não terminar a lição de casa, em comparação com as crianças que passam menos de duas horas consumindo mídia digital. As conclusões são de um trabalho - Exposição à mídia digital em crianças em idade escolar diminui a frequência de trabalhos de casa -  apresentado durante  a Conferência Nacional da Academia Americana de Pediatria de 2016, em San Francisco, EUA.

Para realizar o estudo, os pediatras da Brown University School of Public Health analisaram o uso das mídias digitais pelas crianças para entender melhor como ele se relaciona com o bem-estar positivo global, que pode ser medido por comportamentos e características, incluindo diligência, a conclusão de tarefas e relacionamentos interpessoais. Eles usaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde da Criança 2011-2012 para analisar o uso de mídias e hábitos de casa de mais de 64.000 crianças, de 6 a 17 anos, conforme relatado por seus pais ou responsáveis.

Os pesquisadores descobriram que 31% dos entrevistados estavam expostos a menos de duas horas de mídias digitais, incluindo assistir televisão, usar computadores, jogar videogames, usar tablets e smartphones ou usar outros dispositivos para outros fins que não o trabalho escolar por dia. Outros 36% usavam mídias digitais por duas a quatro horas por dia; 17% eram expostos a quatro ou seis horas; e 17% eram expostos a seis ou mais horas de mídias digitais por dia.

“Para cada duas horas adicionais de uso de mídia digital combinada, por dia, houve uma diminuição estatisticamente significativa na probabilidade de sempre ou geralmente não completar o dever de casa”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Crianças que passavam de quatro a seis horas usando mídias digitais apresentavam 49% menos chances de nunca terminar sua lição de casa do que aqueles com menos de 2 horas por dia. Aqueles com seis ou mais horas de uso de mídia tinham probabilidades 63% menores de nunca  terminar sua lição de casa em comparação com as crianças que passavam menos de duas horas por dia usando mídia.

Outras consequências...

“Os autores também encontraram uma relação semelhante entre a exposição à mídia digital e outras ações medidas na infância, como completar tarefas que são iniciadas, mostrar interesse em aprender coisas novas e manter a calma quando confrontado com desafios. As tendências permaneceram significativas independentemente da faixa etária, do sexo ou do nível de renda familiar da criança”, destaca o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Estudos anteriores mostraram uma grande variedade de consequências negativas para a saúde e para os comportamentos em decorrência da exposição à mídia digital. Este estudo acrescenta evidências ao que já é conhecido:  mostra que a exposição à mídia digital está associada à diminuição das medidas de bem-estar geral da criança.

Moises Chencinski destaca que “é importante que pais e cuidadores compreendam que, quando seus filhos estão expostos às várias formas diferentes de mídia digital, a exposição combinada total está associada a diminuições em uma variedade de medidas de bem-estar. A conclusão? O interesse em aprender coisas novas e manter a calma quando desafiado ficam comprometidos. Os pais devem considerar esses efeitos combinados ao estabelecer limites para os dispositivos de mídia digital”.





Moises Chencinski





A tensão antes da prova




Se tem uma coisa que temos que lidar desde muito cedo, é com o nervosismo antes das provas. Desde muito pequenos somos avaliados e devemos lidar com isso. Porém, na grande maioria das vezes em que essas avaliações acontecem, o stress e o nervosismo tomam conta do nosso emocional, podendo até prejudicar os resultados.

E se em nós adultos o “estrago” pode ser grande, imagem para as crianças. Ir mal numa prova nem sempre tem haver com o fato dela não saber determinado conteúdo, mas com o estado emocional em que ela se encontra a realizar tal ato. A cobrança por parte dos pais, professores e até da sociedade é tão grande, que muitos não conseguem lidar e executar as tarefas como gostariam.

Tal ato é um misto de sentimentos, como o medo, a frustração e a preocupação. É um processo delicado em que o professor deve estar atento, já que para os alunos, o dia da avaliação é esperado com muita ansiedade, estresse e nervosismo. Para eles, essas avaliações muitas vezes são a identificação do julgamento do que é certo ou errado, é o que rotula, o que o diferencia dos colegas em sala.

E toda essa tensão pré-prova, pode acabar levando a criança a níveis de stress fora dos padrões para a idade. Podendo desencadear sintomas ainda mais graves com enjoo, diarreia, pressão baixa, taquicardia, sensação de desmaio, choro e sentimento de incapacidade. 

Infelizmente, uma criança que no dia de prova já acorda estressada, mal-humorada, fala para os pais que está nervosa, que não consegue comer, mesmo tendo estudado a matéria, não é rara hoje e deve chamar nossa atenção para a questão.
Esses exemplos devem sim chamar a atenção do corpo docente para os atuais métodos avaliativos, será que eles são realmente eficazes? Ou será que podemos melhorá-los? Evitando assim que as crianças ou adolescentes e até o próprio professor sofra.
O professor é a porta de entrada para o conhecimento, a abertura do novo, é ele que acompanha o aluno desde o primeiro ao último dia de aula. Se essa mediação acontecer de maneira tranquila, alguns problemas podem ser evitados. Agora, se esse docente não estiver preparado, acabará revelando alguns dos problemas já citados, os quais devem ser analisados e encaminhados para a solução adequada, evitando assim maiores prejuízos.

Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.


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