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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Relatório mostra como as mudanças climáticas favorecem o terrorismo



● As mudanças climáticas não criam terroristas, mas ajudam a criar um ambiente em que os terroristas prosperam e operam mais livremente.
● Grupos terroristas exploram a escassez de água e alimentos para controlar as populações
● A mudança climática destrói os meios de vida tornando as pessoas mais vulneráveis ​​ao recrutamento por parte de grupos terroristas


Um novo relatório lançado hoje na Alemanha mostra como os impactos das mudanças climáticas contribuem com o surgimento e crescimento de grupos terroristas, como Boko Haram e o Estado Islâmico.  Elaborado pelo think-tank alemão Adelphi, o estudo Insurreição, Terrorismo e Crime Organizado em um Mundo em Aquecimento concluiu que as alterações do clima multiplicam e interagem com ameaças, riscos e pressões já existentes, como a escassez de recursos, o crescimento populacional e a urbanização.  Segundo Lukas Rüttinger, autor do relatório, a junção desses fatores leva à fragilidade e conflitos violentos nos quais esses grupos podem prosperar.
 
Cada vez mais os grupos terroristas estão usando recursos naturais - como a água - como arma de guerra, controlando o acesso a ela, agravando ainda mais e exacerbando sua escassez. Quanto mais escassos os recursos se tornam, maior poder é dado àqueles que os controlam, especialmente em regiões onde as pessoas dependem particularmente dos recursos naturais para sua subsistência.

Por exemplo, ao redor do Lago Chade, as alterações climáticas contribuem para a escassez de recursos que aumentam a concorrência local por terra e água. Esta competição, por sua vez, muitas vezes alimenta tensões sociais e até conflitos violentos. Ao mesmo tempo, esta escassez de recursos erode os meios de subsistência de muitas pessoas, agrava a pobreza e o desemprego e leva ao deslocamento populacional. Grupos terroristas como Boko Haram ganham poder neste ambiente frágil.

À medida que as alterações climáticas vão afetando a segurança alimentar e a disponibilidade de água e de terra, as pessoas se tornam mais  vulneráveis
​​não só aos impactos negativos do clima mas também ao recrutamento por grupos terroristas que oferecem meios de subsistência e incentivos econômicos alternativos.
"As áreas já vulneráveis podem ser colocadas em um ciclo vicioso, que torna mais fácil a operação do terrorismo, o que, por sua vez, leva ao surgimento desses grupos, com conseqüências para todos", resume Rüttinger.

Às vezes, os grupos terroristas tentam preencher a lacuna deixada pelo Estado, fornecendo serviços básicos para ganhar apoio da população local. À medida que os impactos do clima se agravarem, alguns Estados terão que lutar cada vez mais para conseguir fornecer serviços e manter sua legitimidade.
Este relatório coincide com a ameaça da fome, da seca e da guerra sobre milhões de pessoas na região em torno do lago Chade, na África. Em 31 de março, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) aprovou uma resolução sobre essa região, onde o Boko Haram atua, a qual destacada a preocupação com a interação dos fatores que levam à crise e pedindo uma melhor colaboração entre os membros das Nações Unidas para lidar com a situação. A resolução, que também solicita que o Secretário Geral da ONU emita um relatório sobre a crise, veio depois que os embaixadores do CSNU visitaram a região recentemente.
O relatório lançado hoje confirma algumas das conclusões da ONU:

● Lidar com a mudança do clima, impulsionar o desenvolvimento e fortalecer os governos reduzirá a ameaça do terrorismo.

● A ação climática, o desenvolvimento, as estratégias de luta contra o terrorismo e a consolidação da paz devem ser conduzidas de forma holística e não isoladamente, como acontece frequentemente e que gera o risco de agravar cada um dos fatores.

● Melhorar o Estado de Direito e fortalecer as instituições locais ajudará a reduzir o risco que a mudança climática representa para o crescimento e crescimento de grupos terroristas, além de ser um componente essencial da adaptação e construção da paz.

● As pessoas que são vulneráveis
​​ao recrutamento por grupos terroristas dependem frequentemente da agricultura para a sua subsistência, pelo que os esforços de desenvolvimento devem centrar-se na garantia de que esses meios de subsistência são sustentáveis ​​diante de um clima em mudança.
 
● As cidades são frequentemente a válvula de pressão quando o clima, conflito e fragilidade ocorrem - a construção de cidades resilientes minimizará as chances de as tensões se derramarem.

"Uma perspectiva mais ampla ajudará a enfrentar melhor as causas do surgimento e o crescimento de grupos armados não estatais", disse Rüttinger.





Adelphi





No Dia Mundial da Boa Ação, movimento A Corrente do Bem incentiva a adesão de 1 milhão de brasileiros





- Pelo sétimo ano consecutivo, a equipe de voluntários do movimento “A Corrente do Bem” no Brasil está incentivando a adesão ao Dia Mundial da Boa Ação, que será comemorado em 28 de abril. No mundo, a ação celebra 11 anos e tem por meta inspirar mais de 10 milhões de pessoas em 80 países.

- Inspirada no Pay it Forward Day – surgido na Austrália, em 2006, alusivo ao livro Pay it Forward, de Catherine Ryan Hyde, e ao filme protagonizado por Kevin Spacey, Helen Hunt, James Caviezel e Haley J. Osment – A Corrente do Bem é um movimento da sociedade civil que tem a proposta de mobilizar as pessoas a incluir práticas e ações de gentileza no cotidiano.  


Imagine 10 milhões de pessoas em mais de 80 países praticando atos de gentileza em um único dia. Imaginou?! Pois essa é a proposta do movimento colaborativo A Corrente do Bem, que está convidando os brasileiros a celebrarem o Dia Mundial da Boa Ação, em 28 de abril. Para disseminar uma cultura baseada em práticas cotidianas de generosidade, cidadãos dos quatro cantos do mundo estarão conectados à causa nesta data, no décimo ano da ação. Os voluntários do movimento colaborativo no Brasil, que participa pelo sétimo ano consecutivo da ação, querem inspirar mais de 1 milhão de brasileiros – marca conquistada nas edições de 2016 e 2015.

A ideia central é mostrar que boas ações são simples, rápidas, divertidas e têm um enorme potencial de transformar a sociedade; ou seja, o impacto social de uma boa ação, de um gesto de carinho ou de uma gentileza gera um fator multiplicador de bem-estar social. Conectar as pessoas é uma das premissas do movimento. Na prática, construir um novo modelo de articulação social coerente com as tendências de organização e mobilização em rede, gerando bem-estar social, psicológico e emocional. Essa é uma das propostas da mobilização A Corrente do Bem – que visa conectar pessoas, empresas, projetos e ações, dando não só respaldo e base para a realização de boas ações, mas sendo protagonista efetivo na formatação de um novo modelo de colaboração social.

“O importante é mostrar para as pessoas que por meio de um gesto simples de generosidade é possível reconhecer a existência do outro; gerar um fator multiplicador desse sentimento. É a sabedoria de entender que se buscamos a felicidade e o bem-estar social, temos que caminhar juntos. Meu índice de felicidade se reduz quando o mundo à minha volta não está bem”, analisa Livia Hollerbach, uma das coordenadoras do movimento.


Da teoria à prática

É dentro do cotidiano das pessoas – no quintal das nossas casas –, que residem as melhores oportunidades de realizar um ato gentil. Com essa premissa, A Corrente do Bem defende que a prática de atos gentis e generosos envolve simplicidade,  despojamento. No ano passado, por exemplo, muitos participantes do Dia Mundial da Boa Ação pagaram um café para a pessoa que estava atrás na fila da cafeteria ou pagaram um tíquete de metrô; doaram livros ou palavras de conforto; entre outras iniciativas. Segundo os coordenadores, o importante é pedir que a pessoa que recebe o ato passe o gesto adiante; que seja um agente da gentileza. “É claro que existem atos mais complexos como mobilizar os amigos a doar tempo em prol de uma instituição; ou arrecadar brinquedos e livros para entidades assistenciais. No entanto, o que importa mesmo é a disponibilidade de tornar a generosidade algo palpável, coletivo e cotidiano”, afirma Livia.

A coordenadora salienta que muitas das ações não envolvem dinheiro; que o movimento não é exclusivo ao auxílio de pessoas em situação de risco social. “Há inúmeros exemplos de doação de gentileza em forma de atos; ajudar o vizinho a transportar as compras ou simplesmente segurar o elevador; dar um abraço encorajador em um amigo ou colega de trabalho. Enfim, é importante estar disposto a passar adiante a gentileza, estar conectado com pequenos atos que tornam o mundo melhor, mais humano”, afirma.

As empresas, instituições de ensino e organizações que participaram no ano passado estão definindo as novas ações e intensificando a parceria com ideias simples e de pouco – ou nenhum – investimento. Trata-se de uma forma simples de atingir o propósito de transformar a cultura das pessoas em relação ao altruísmo, solidariedade e irmandade; uma iniciativa geradora de resultados.


A CORRENTE DO BEM

Criado pelo australiano Blake Beattie, em 2006, o movimento Pay it Forward Day (A Corrente do Bem) tem como proposta motivar as pessoas a incluir práticas de gentileza e generosidade no cotidiano. Inspirado na obra Pay it Forward, de Catherine Ryan Hyde, a ação – que contou com a adesão de 250 mil pessoas em 2010 – chegou ao Brasil em 2011 com o desafio de mostrar que boas ações são simples, rápidas, divertidas e têm um enorme potencial de transformar a sociedade. Na prática, o impacto social de uma boa ação, de um gesto de carinho ou de uma gentileza gera um fator multiplicador de bem-estar social.

Hoje, a iniciativa está presente em mais de 80 países, entre eles: Argentina, Austrália, Áustria, Bangladesh, Bielo Rússia, Bélgica, Belise, Bósnia, Brasil, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Costa do Marfim, República Tcheca, Croácia, Dinamarca, El Salvador, Egito, Etiópia, França, Fiji, Finlândia, Alemanha, Grande Caimão, Geórgia, Grécia, Guatemala, Herzegovina, Hungria, Islândia, Índia, Indonésia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Jordânia, Cazaquistão, Quênia, Coreia, Kuwait, Líbia, Lituânia, Malta, Malásia, Macedônia, México, Moçambique, Nepal, Holanda, Nova Zelândia, Nigéria, Noruega, Paquistão, Panamá, Peru, Filipinas, Polônia, Portugal, Porto Rico, Qatar, Romênia, Rússia, Arábia Saudita, Escócia, Reino Unido, Sérvia, República Eslovaca, Singapura, África do Sul, Sudão do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Síria, Taiwan, Peru, Reino Unido, Estados Unidos, Ucrânia, Trinidad e Tobago,  e Vietnã.




Acesso à Universidade e Populismo




É interessante observar que, diante das dificuldades econômicas de um país, quanto maiores elas forem, maior será o sonho dos jovens em se preparar para ingressar no mercado de trabalho, ou seja, quanto menos emprego, mais sonho. 

E é exatamente ao nos depararmos com essa condição natural, como o é a ascensão social, que surgem ideias e programas eleitoreiros, para não dizer traiçoeiros. Um exemplo disso foi o famoso Financiamento Estudantil (FIES), que o petismo implementou e em cujas contas uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu um rombo estimado em R$ 20 bilhões entre os anos de 2009 e 2015, cifra que coloca em xeque um dos principais programas do Ministério da Educação. 

Como estamos diante de uma condição assombrosa de corrupção no Brasil, descobrindo que não há mais nenhum partido político sério, uma vez que a maioria dos políticos brasileiros está sob suspeição, já não temos a certeza de que determinados setores, por “pretextos sociais”, estejam sendo poupados, como ocorreu com a indústria automobilística, entre outras. A grande verdade é que, em vez de o governo, já desprestigiado, desacreditado, se preocupar, por exemplo, com a reforma da previdência, que poupa servidores públicos e forma castas sociais no país, poupa também essa farra da gastança chamada FIES, visando a agradar o poderoso lobby das Universidades, pois o maior beneficiário desse programa – por meio do qual as mensalidades se tornam “lucro certo” vindo do Tesouro Nacional, cujo custo global só em 2016 chegou a R$32,2 bilhões – são os grandes grupos universitários internacionais e nacionais, que transformaram o sonho do pobre em ser “doutor” num rombo de 20 bilhões, como apurado pelo TCU.

A saída para estancar tal sangria seria acabar de vez com o Programa, que parece estar fora de controle contábil, e repensar um novo projeto de viabilização do acesso dos jovens carentes à Universidade, aumentando o número de vagas nas Universidades Federais e Estaduais, construindo novas Universidades Públicas e evitando o comprometimento do erário público, pois, diante da forte inadimplência desse programa ilusório e mercantilista, quem perde é o país e quem ganha são os comerciantes da educação.

É mister salientar que nem sempre a presença do Estado em alguns setores é ruim, pois pior, ao meu ver, são as manobras educacionais políticas que punem os mais carentes, aproveitando-se do sonho de uma vida melhor, num país com altas taxas de desemprego. Infelizmente, no Brasil, vender sonhos impossíveis ainda é a melhor forma de negócio... Aliás, diga-se de passagem, um ótimo negócio. 





Fernando Rizzolo - Advogado, Jornalista, mestre em Direitos Fundamentais - www.blogdorizzolo.com.br




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