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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Sete itens automotivos para revisar antes de pegar a estrada



Além de tornar a viagem mais segura, check-up básico de componentes do carro
pode ajudar a economizar no consumo de combustível em até 15%


Com o feriado da Páscoa chegando, no dia 14 de abril, bate aquela vontade de pegar a estrada. Para garantir uma viagem segura, a BlaBlaCar, maior plataforma de compartilhamento de caronas do mundo, chama a atenção para a importância de realizar a manutenção preventiva dos veículos, para que os condutores tenham mais segurança nas estradas e ainda consigam economizar em seus trajetos.

Resolver problemas mecânicos geralmente sai mais caro do que fazer a manutenção preventiva, destacam especialistas da Bosch. Mais: revisar o carro antes das viagens pode ajudar a reduzir em até 15% o consumo de combustível, contribuir com o meio ambiente e ainda evitar multas - rodar com "pneus carecas" é uma infração de trânsito que gera cinco pontos na carteira de habilitação e pagamento de penalidade, por exemplo. Certamente, a economia gerada com a revisão regular do veículo e com o cumprimento de regras do Código de Trânsito Brasileiro podem ser revertidas para outras finalidades e usufruídas de maneira mais interessante - como, por exemplo, viajar.

Confira sete itens sobre os quais o condutor precisa ficar atento:


Freios
A principal recomendação é verificar o sistema de freios a cada cinco mil quilômetros. Esta análise indicará se existe a necessidade de substituição dos componentes, o que garante maior segurança e um menor custo na manutenção do sistema. Em caso de uma viagem, a dica é revisar o sistema de freios com no mínimo duas semanas de antecedência, sendo que no caso de troca de discos e pastilhas é preciso tomar alguns cuidados nos dias subsequentes do reparo, como evitar freadas bruscas e em altas velocidades.


Palhetas
É um item simples de ser reparado e de baixo custo, além de serem indispensáveis para a segurança. Na estrada, com chuva forte, as palhetas se tornam um forte aliado do condutor. Como é um item de uso pontual, vale acioná-las de vez em quando para fazer um teste e ver se está tudo bem. Com o tempo elas podem desgastar e até mesmo ressecar, sendo necessário substituí-las, sobretudo se estiverem causando formação de faixas e riscos, ruído ou trepidação, formação de névoa e falhas na limpeza do para-brisa.

Sonda Lambda
Já ouviu falar deste componente? Pois é, nem todos conhecem ou sabem para o que serve, mas é um sensor do sistema de injeção eletrônica que ajuda a gerar uma economia de até 15% no consumo de combustível, proporcionar mais potência ao motor, proteção ao meio ambiente, além de aumentar a vida útil do catalisador. A durabilidade deste componente é grande quando o veículo apresenta condições de manutenção favoráveis e quando é abastecido com combustível de qualidade.

Óleos e outros fluídos
Geralmente a troca de óleo do carro ocorre apenas nas revisões programadas. Contudo, também é muito importante verificá-lo de tempos em tempos, principalmente antes das viagens. Sempre que for rodar grandes distâncias, além de conferir o nível de óleo, é recomendável também verificar o estado dos filtros de óleo, ar e combustível, pois em más condições podem causar diversos problemas ao veículo. Os fluidos da direção hidráulica ou elétrica também são importantes; vale então aproveitar o check-up e pedir para um profissional avaliar.


Lâmpadas automotivas
São essenciais para a segurança na estrada, ainda mais no caso dos faróis dianteiros, que são obrigatórios nas rodovias de todo o país desde julho de 2016 -- a multa para essa infração é de aproximadamente R$ 130, gerando 4 pontos na carteira. Ou seja, conferir os faróis e lanternas de freio (que são mais difíceis de serem observadas) antes de sair para viajar é essencial.

Alinhamento e balanceamento
O alinhamento garante mais vida útil dos pneus, já que proporciona um desgaste regular de superfície de contato do pneu com o piso. O balanceamento, por sua vez, proporciona mais estabilidade para a condução do veículo, contribuindo para uma melhor dirigibilidade em retas e também em curvas, pois evita que o carro desvie ou puxe para os lados, além de evitar vibrações em baixas e altas velocidades.
Segundo especialistas da Bosch, para identificar se é necessário efetuar os processos, a dica é observar se existe vibração no volante ou se o carro fica puxando para o lado durante a condução normal ou mesmo durante uma frenagem. Outro fator que pode ser observado é se existem ruídos nos pneus durante a realização de curvas, mesmo em baixa velocidade.

Calibragem
Usando muito ou pouco o veículo, a calibragem dos pneus e do estepe não deve ultrapassar o tempo de um mês para ser realizada. Além do mais, rodar com pneus com calibragem abaixo do indicado no manual do proprietário aumenta o consumo de combustível, além de poder causar danos ao veículo. Antes de pegar a estrada, calibrar os pneus é uma tarefa obrigatória, ainda mais considerando a quantidade de passageiros e o peso das bagagens. Pneus murchos também costumam danificar mais rapidamente. Dica importante: os pneus precisam ser calibrados frios.
Com tudo isso, vale lembrar que pneus desalinhados, descalibrados ou gastos aumentam o consumo de combustível.









Transporte de produtos perigosos: Um risco silencioso




Falha humana é a principal causa de acidentes com veículos que transportam substâncias químicas


  Especialistas orientam população a redobrar cuidados ao identificar placas que indicam o transporte de produtos perigosos

 


Em sua maioria, os veículos que transportam produtos perigosos trafegam despercebidos pelas ruas e rodovias do país em meio ao trânsito cotidiano. Não raro, eles ganham holofotes somente quando protagonizam alguma catástrofe. Foi o caso de um caminhão carregado de combustível, que explodiu em julho deste ano na BR-277, no Litoral do Paraná, envolveu treze veículos e resultou em três óbitos. A maneira correta de transportar produtos tais como líquidos inflamáveis, explosivos, corrosivos, gases, materiais radioativos e muitos outros, desperta dúvida e revela uma combinação alarmante de desinteresse e desconhecimento da sociedade. Afinal, quais os perigos que esta prática guarda à população e por que deve ser vista com mais atenção? A Perkons ouviu especialistas no transporte de produtos perigosos para responder estas e outras questões.




Entre janeiro e setembro de 2015, foram registrados 249 acidentes de trânsito com envolvimento de veículos que transportam substâncias perigosas - definidas em nove classes pela Organização das Nações Unidas (ONU). No mesmo período de 2016, foram 187 ocorrências, redução de 25%. Ainda comparando os mesmos intervalos de tempo, o número de autuações aplicadas a este tipo de transporte teve uma queda de 55%. Os dados são da Polícia Rodoviária Federal (PRF), responsável por fiscalizar o transporte de substâncias perigosas no país. Apesar dessa diminuição nos números, o instrutor na fiscalização rodoviária de produtos perigosos, Nilson Restanho, lembra que a maioria dos acidentes com veículos que transportam este teor é resultado de falha humana. “Falta conscientização dos motoristas em saber os riscos da carga transportada e, em alguns casos, há exigência das empresas quanto ao horário de entrega destes produtos, o que leva muitos motoristas a agirem com imprudência, extrapolando as horas de trabalho ou dirigindo com sono ou sob efeito de álcool”, elenca.

Ainda que em um primeiro momento sejam associados a um cenário trágico, estas substâncias estão presentes no dia a dia por meio de tintas, perfumes e cosméticos, e participam significativamente da economia do país. Para se ter ideia desta dimensão, estimativa da Associação Brasileira de Indústria Química (Abiquim) de 2015 aponta que os produtos químicos tenham a quarta maior participação no PIB (Produto Interno Bruto) industrial no Brasil.

Assim, o transporte delas acontece rotineiramente Brasil afora e, para proteger a população e o meio ambiente de possíveis danos causados por um translado inadequado, há normas específicas que regulamentam a prática. Uma delas, por exemplo, proíbe o transporte conjunto de produtos perigosos com animais, alimentos, medicamentos, embalagens de mercadorias ou objetos destinados ao uso humano ou animal.

Para transportar produtos químicos, condutor deve atender requisitos específicos
Os condutores que transportam produtos perigosos devem ser habilitados nas categorias D ou E, e, para tanto, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) elenca algumas exigências. São elas: ter mais de 21 anos; não ter cometido infração grave ou gravíssima nem ser reincidente em infrações médias nos últimos 12 meses; para se habilitar à categoria D deve ser habilitado no mínimo há dois anos na B ou há um na C, e para habilitar-se na categoria E deve ser habilitado no mínimo há um ano na C; e passar pelo Curso MOPP (Movimentação Operacional de Produtos Perigosos), conforme normatização do Contran.

Para que informações importantes sobre a substância transportada - como a classe da qual faz parte e os riscos que pode gerar - sejam comunicadas à população, os veículos contam com painéis de segurança e rótulos de risco, conforme define a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A fixação e a quantidade desta simbologia são estabelecidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Conforme explica o especialista em Medicina de Tráfego, Henrique Shimabukuro, a leitura e o entendimento destes sinais ajuda os demais usuários da via numa atitude preventiva. “Ao identificar que o veículo transporta produtos perigosos, o motorista deve redobrar os cuidados que já são comuns em qualquer circunstância, como manter distância adequada e ter cautela para fazer ultrapassagens”, orienta.

Para o gerente de gestão empresarial da Abiquim, Luiz Harayashiki, o transporte de produtos perigosos deve ser encarado como prioridade, tanto por quem fabrica as substâncias como pelos que a transportam. “O que se recomenda é a realização de uma análise de riscos antes do transporte, com a implantação de medidas profiláticas que atendam à legislação pertinente”, orienta. Entre as iniciativas da entidade para conferir segurança à prática estão os programas SASSMAQ (Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade), com atenção às transportadoras, e o Olho Vivo na Estrada, que busca reduzir a ocorrência de acidentes graves por meio da prevenção de atitudes inseguras dos motoristas durante a distribuição de produtos químicos.

Outra proposta é o sistema de informações Pró-Química que fornece, gratuitamente pelo 0800 11 8270, orientações técnicas no caso de emergências com produtos químicos. Aos que se depararem com situações de risco, como acidente na estrada, o gerente instrui não entrar em contato com o produto e comunicar o fato imediatamente às autoridades (polícia, bombeiro e concessionária). “Caso seja possível, contribuirá muito se o indivíduo passar as informações que estiverem legíveis nas placas de sinalização do veículo”, completa.






Beatriz Souza
Assessoria de Imprensa Perkons



Controle de fronteiras, uma prioridade da agenda nacional



Nos últimos anos, mesmo em meio à grave crise econômica mundial, o fluxo do comércio internacional brasileiro cresceu mais de 70%, ampliando o volume de importações e exportações em portos, aeroportos e postos de fronteira em todo o país. Cresceu também o número de veículos e pessoas cruzando nossas fronteiras.

A ampliação do fluxo de pessoas, mercadorias e veículos que ingressam e saem do país por portos, aeroportos e pontos de fronteira também traz outros desafios e exige o aprimoramento dos meios de controle realizados pelo Estado. Até porque, não foi apenas o fluxo legal de mercadorias que cresceu. Nos últimos anos, cresceram também as apreensões de contrabando, descaminho, drogas, armas, munições e outras mercadorias que ingressaram ilegalmente no país.

Mesmo diante de inúmeras dificuldades como a falta de servidores nas unidades que realizam fiscalização e o controle aduaneiro, em 2015, conforme o último Balanço Aduaneiro divulgado pela Receita Federal, foram realizadas 3.144 operações de vigilância e repressão ao contrabando e descaminho, que resultaram na apreensão de mais R$ 1,8 bilhão em mercadorias. Em 2015, foi registrado aumento de 43,16%, em valor comparativo com o ano de 2014, de apreensão de armas e munições. Também houve, no mesmo ano, apreensões de 2,4 toneladas de maconha e 1,7 tonelada de cocaína, resultados que reforçam o papel da Receita Federal como instituição vinculada ao combate de crimes transfronteiriços e ao enfrentamento de ameaças à segurança, materializadas por crimes como contrabando e tráfico de drogas.

Pesquisas recentes apontam que o Brasil perde bilhões de reais todos os anos com subfaturamento de exportações e do superfaturamento de importações, com o contrabando e o descaminho. O Instituto de Ética Concorrencial (Etco) e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) estimam que o Brasil perde, com a sonegação e outros prejuízos provocados pelo contrabando, R$ 100 bilhões ao ano. O relatório produzido pela Global Financial Integrity (GFI) estima que de 2003 a 2012, o Brasil tenha perdido US$ 217 bilhões, cerca de US$ 21 bilhões ao ano, com crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, mas, principalmente, por meio do subfaturamento de exportações e do superfaturamento de importações.

Já o Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf) mostrou que o governo federal deixou de arrecadar R$ 10 bilhões em Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação (II), entre 2011 e 2014, por conta do contrabando. O Idesf concluiu que a arrecadação de somente esses dois impostos teria um acréscimo de R$ 3 bilhões anualmente se a Operação Ágata – esforço integrado das Forças Armadas e mais de quarenta órgãos de fiscalização, entre eles a Receita Federal – ocorresse sem interrupção durante todo o ano. Segundo o estudo, o gasto com a Operação é de aproximadamente R$ 1,1 milhão por dia, ou R$ 401,5 milhões ao ano.

Não se trata de ampliar a arrecadação, mas de dotar as instituições de Estado da capacidade necessária para atuar como facilitadora do comércio internacional e, ao mesmo tempo, ampliar os meios de fiscalização e controle, fortalecendo o combate a crimes transfronteiriços como o contrabando, o descaminho e o tráfico de drogas, reduzindo o ingresso de armamentos que são utilizados pelo crime organizado. Ações, portanto, que estão diretamente associadas à redução da violência.

Nesse sentido, precisamos urgentemente trazer para a agenda nacional o debate sobre o controle de fronteiras. Não podemos mais ficar reféns de acontecimentos dramáticos como os que ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e mais recentemente no Amazonas, quando o crime organizado promoveu ataques às forças policiais, passou a controlar áreas de grandes cidades e a promover massacres em presídios como demonstrações de poder. Agora, o foco está voltado para a falta de controle das fronteiras na região norte, que permitiu que grupos criminosos se utilizassem da fragilidade da fiscalização para dominar o tráfico de drogas.

Como forma de contribuir para este debate, ao longo dos últimos anos, os Analistas-Tributários da Receita Federal têm promovido diversas ações. Mais intensamente, desde 2010, com o projeto “Fronteiras Abertas”, temos denunciado o abandono das fronteiras. Agora, para dimensionar o desafio que é controlar o fluxo do comércio internacional que ocorre pelos portos, aeroportos e fronteiras secas do país, os Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil lançam o “Fronteirômetro”. Com essa nova ferramenta, os Analistas-Tributários apresentam projeções do volume de cargas, pessoas e veículos que ingressam e saem do país, dando à sociedade uma ideia de quantitativo no exato momento em que a consulta for feita.

Com o “Fronteirômetro” também mostramos a importância da fiscalização e do controle aduaneiro, e os desafios impostos pelo crescimento do fluxo do comércio. Pretendemos ampliar o debate sobre a importância das ações de fiscalização e controle de nossas fronteiras e mostrar a dimensão do desafio enfrentado pelos órgãos que atuam no controle de fronteiras e comércio exterior. Seguramente, o enfrentamento da violência só será efetivo no país quando a sociedade e as autoridades entenderem que o controle de fronteiras deve ser encarado como prioridade da agenda nacional.






Geraldo Seixas – Presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita)





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