Bebês podem desenvolver noções de relacionamento em grupo e
respeito por meio do esporte
Além de prazeroso, por ser praticada dentro da piscina, a natação
é um esporte completo, trabalha diversas partes do corpo, como
o fortalecimento da musculatura, a noção de espaço e de
equilíbrio. No caso dos bebês esses não são seus únicos benefícios.
O Professor de Educação Física da UNG Universidade Clóvis Paes
Marques explica que "O corpo imerso no meio líquido recria a experiência
do período intrauterino, por isso é tão atraente e convidativo. Se faz
necessário que a nova experiência seja tão segura e acolhedora quanto, para que
haja reconhecimento e pronta adaptação". Para isso, as aulas são
acompanhadas pelos pais ou responsável. A interação do acompanhante pela fala,
toque ou afago, torna a adaptação à nova atividade mais confortável. É neste
período que o laço de confiança entre eles se estreita e o
desenvolvimento afetivo é construído, o que desperta a inteligência
emocional da criança e proporciona sensação de bem-estar, estimulando o
convívio com os demais integrantes do grupo. Sendo assim, ela aprende desde
pequena a respeitar as diferenças e se tornar sociável.
Ao contrário do que muitos pensam o bebê não faz natação para
aprender a nadar, mas para praticar exercícios que estimulem sua coordenação
motora, por isso as aulas são lúdicas, cheias de brincadeira e diversão.
Normalmente a turma é composta por alunos de seis meses a dois anos de idade e
duram por volta de 30 minutos, tempo o suficiente para que a ele estimule os
sentidos sensoriais desenvolvendo o cérebro e ainda gaste toda sua energia. “O
contato da pele com a água, a temperatura, a proximidade com o
instrutor ou familiar e o estímulo motor, fornecem ricos subsídios
para o desenvolvimento psíquico, motor e social da criança”, afirma o professor
ao recomendar a prática do esporte.
Porém, Marques adverte que antes de matricular seu filho em uma
academia, pergunte ao pediatra que o acompanha se está apto àquilo,
recomenda-se que a criança faça após os seis meses por ter tomado a maioria das
vacinas. Verifique também as condições higiênicas da academia e certifique-se
da qualidade do profissional que irá instruir seu filho, afinal más
experiências podem resultar em traumas e o pequeno pode ter dificuldades de
entrar na água novamente.