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quarta-feira, 14 de junho de 2017

Malware pode causar apagão nas cidades





Descoberto depois de atacar na Ucrânia, o CrashOverride pode atingir qualquer sistema de energia que utilize padrões internacionais




Foi o malware CrashOverride o responsável pelo apagão que deixou sem energia elétrica parte da área Norte de Kiev, capital da Ucrânia, em 17 de dezembro do ano passado - um dia em que a temperatura máxima na cidade foi um grau abaixo de zero. Descoberto por pesquisadores de duas empresas de segurança, o malware desligou apenas uma subestação e agora está sendo analisado inclusive pelo governo dos EUA, no National Cybersecurity and Communications Integration Center (NCCIC). Ladislav Zezula, pesquisador de segurança da Avast, explica nesta entrevista os perigos trazidos por esse malware.


    Como o CrashOverride funciona?

    “Depois de se infiltrar no computador que controla o sistema de energia elétrica, o CrashOverride envia um comando ‘desligar’ para o controlador do sistema de energia. Isso causa em seguida um apagão. O malware também tem a capacidade de danificar o PC controlador para além do ponto de inicialização, o que significa que restaurá-lo para eliminar o apagão não é possível em curto prazo. Um sistema pode ser infectado de várias maneiras, inclusive através de spear phishing ou mesmo através de um pen drive contaminado.”


    Isso se aplica aos sistemas brasileiros?

    “O malware foi projetado para usar as normas da International Electrotechnical Commission IEC 60870-5-101, IEC 60870-5-104 e IEC 61850. Esses padrões especificam protocolos de comunicação e de monitoramento para sistemas de energia industriais. Qualquer sistema de energia que utilize esses padrões pode ser atacado pelo malware, seja ele brasileiro ou não. O sucesso de um ataque usando este malware depende de os dispositivos darem suporte a esses padrões ou não. Sem esse suporte, o malware teria de ser adaptado e testado especificamente para funcionar com os sistemas de energia de um fabricante em particular.”


    Quais são as consequências do ataque?

    “O que já aconteceu foi um corte de energia na Ucrânia em 17 de dezembro de 2016. A mesma conseqüência seria esperada se este malware fosse infectar outro sistema de energia.”


    Isto pode afetar o desenvolvimento do cibercrime em geral?

    “Não, isso não afeta o desenvolvimento do cibercrime. A tendência dominante no cibercrime é obter dinheiro de uma forma ou de outra, seja através de ransomware, furto de credenciais bancárias, spam, anúncios indesejados ou roubo de identidade. Este tipo de malware não ajuda os cibercriminosos autores dele a ganharem dinheiro - seu objetivo é prejudicar a instalação atingida. Além disso, o desenvolvimento de malwares como esse exige o acesso aos sistemas industriais com os quais ele deva trabalhar, e aos quais os autores de malware geralmente não têm acesso”.




Avast



Tornar-se vegetariano não é tão simples




A busca por hábitos mais saudáveis tem aumentado no mundo todo e, nesse cenário, as discussões sobre vegetarianismo também se tornam mais comuns. No Brasil, mais de 15 milhões já se declaram adeptos à alimentação livre de proteína animal, segundo dados do Ibope. Já em Portugal, acaba de entrar em vigor uma lei que determina a inclusão de pelo menos um prato vegetariano no cardápio das cantinas públicas. 

Para muitas pessoas, a decisão de se tornar vegetariano – ou até mesmo vegano, quando não se consome nenhum alimento de origem animal – é mais do que uma mudança de comportamento alimentar e representa uma nova filosofia de vida. Em todos os casos, no entanto, é necessário tomar alguns cuidados antes de aderir ao vegetarianismo para que a saúde não seja prejudicada

A eliminação da proteína animal é uma novidade para o corpo, e ele precisa de adaptar ao novo hábito. Por isso, o ideal é ir cortando aos poucos. A dieta vegetariana também sugere refeições de três em três horas e um equilíbrio no cardápio. A vitamina B12 - normalmente encontrada na proteína animal -, por exemplo, faz parte da produção das hemácias (glóbulos vermelhos do sangue). A sua carência pode causar anemia, principalmente nas mulheres, que já perdem sangue naturalmente por conta do período menstrual.

É importante ressaltar que as indicações de suplementação sempre devem ser feitas por um profissional da área, que leva em conta uma série de informações e antecedentes do paciente. Normalmente, caso a pessoa não tenha nenhuma particularidade, os alimentos indicados são proteína texturizada de soja, milho, grão de bico, lentilha, feijão, soja em grão e frutas oleaginosas, como nozes, castanha-do-Pará e castanha-de-caju. Essas frutas suprem a falta de gordura no organismo, por isso o consumo deve ser moderado, em uma média de três unidades por dia.

Independentemente de qual seja a motivação para se tornar vegetariano ou fazer qualquer tipo de alteração nos hábitos alimentares, uma coisa é fundamental: tomar os cuidados necessários para que essa transição aconteça de forma saudável.




Flavia Salvitti - nutricionista e coordenadora do Departamento de Nutrição do Hospital San Paolo.



Uso indiscriminado de medicamentos cresce no frio



Interação de colírio com remédios para gripe, resfriado e outras doenças respiratórias atinge 2 em 10 pacientes.


O inverno só começa oficialmente na próxima semana, mas as baixa temperaturas já estão aumentando os casos de conjuntivite viral por causa das aglomerações em ambientes fechados. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier em Campinas, o frio também resseca a lágrima. Isso aumenta a síndrome do olho seco e a conjuntivite alérgica em quem já tem predisposição à alergia. O problema é que a maioria das pessoas pensa que colírio é uma aguinha refrescante. Por isso, quando sente ardência, vermelhidão, dor nos olhos e sensação de corpo estranho usa qualquer colírio indicado pelo amigo, familiar ou vizinho e até uma sobra guardada em casa.

Para piorar as doenças respiratórias como gripe, resfriado, asma, rinite e sinusite chegam a triplicar nos meses mais frios, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Resultado: Um levantamento feito por Queiroz Neto nos prontuários do hospital mostra que no outono/inverno as  interações perigosas entre colírios e  medicamentos indicados para tratar estas doenças chegam a dobrar e atingem 20% dos pacientes.


Combinações arriscadas

Um exemplo, comenta, é o uso de descongestionante nasal com colírio betabloqueador para controlar a pressão interna do olho em portadores de glaucoma. Isso porque, esta combinação pode cortar o efeito do colírio e levar à piora do glaucoma.

O médico destaca que as mulheres devem estar atentas ao uso de colírio antibiótico para conjuntivite bacteriana com pílula anticoncepcional. Isso porque, os antibióticos cortam o efeito da pílula.

Já a lágrima artificial não tem efeito quando usada com anti-histamínico. O especialista  afirma que para alérgicos, as cápsulas de semente de linhaça que contêm ômega 3 garantem a melhor lubrificação dos olhos.

O mais grave, adverte, são as interações que levam a outros problemas de saúde. Este é o caso do uso de  medicamentos broncodilatadores para aumentar a entrada de ar nos pulmões com colírio betabloqueador para glaucoma que leva à falta de ar e pode causar asma.


Cuidados com colírios

Queiroz Neto ressalta que depois de aberto todo colírio deve ser descartada após 30 dias porque perde a validade. 

O bico dosador também não pode ser encostado no olho para que o medicamento não seja contaminado pela flora bacteriana da superfície ocular.
A escolha do tipo de colírio depende da avaliação médica. O tratamento da conjuntivite viral pode ser feito com anti-inflamatório não hormonal e em casos mais severos anti-inflamatório hormonal que contém corticóide quando o paciente não tem comorbidades que impedem o  tratamento. O médico afirma que o uso de corticóide não pode ser interrompido bruscamente porque ocorre efeito rebote, ou seja, a conjuntivite volta mais forte. Por outro lado, o uso prolongado provoca glaucoma e catarata. Por isso, só deve ser usado com supervisão médica.

O único cuidado imediato liberado antes da consulta médica é  a aplicação de compressas frias feitas com gaze e água filtrada. Não desaparecendo os sintomas em dois dias a recomendação é consultar um oftalmologista.




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