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quarta-feira, 9 de março de 2016

Quebrar comprimidos prejudica tratamento





Ato de quebrar o comprimido pode levar a alterações na dosagem do mesmo, desde a superconcentração do remédio até uma subdose, sem o efeito desejado

A prática de quebrar um comprimido pela metade para alcançar a dose prescrita pelo médico faz parte da rotina de milhares de brasileiros, mas o que muitos não sabem é que essa prática pode prejudicar o tratamento ou expor o paciente a uma superconcentração do remédio, deixando-o vulnerável a efeitos tóxicos.

Segundo o farmacêutico e presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), entidade que representa o segmento das farmácias de manipulação, Ademir Valério, estudos feitos em laboratórios mostram que as metades obtidas na partição do comprimido apresentam uma variação de conteúdo além dos limites recomendados, resultando em “significativa diferença” de massa entre as partes e perda de partículas.

Muitas vezes, explica Valério, os comprimidos são de liberação sustentada, ou seja, após a ingestão, são absorvidos pouco a pouco pelo organismo.

Segundo o farmacêutico, esse tipo de medicamento não deve ser partido em nenhuma condição. “A quebra é desaconselhável em qualquer caso, mesmo quando o medicamento for fabricado com um sulco para facilitar a partição. Vimos que a posologia (indicação de doses) acaba comprometida no momento da quebra”, diz.

Quando quebrado, além da falta de uniformidade, o medicamento pode sofrer alterações no teor ou se degradar em substâncias que tenham toxicidade. 

A farmácia de manipulação tem um papel importante nesse caso de evitar quebras de comprimidos, pois abre o leque de opções para o médico prescritor que irá adequar a dose para cada paciente” diz. “Além disso, o paciente levará para casa o estritamente necessário para seu tratamento, sem ter que partir ou interferir na integridade da fórmula e também sem sobras de medicamento, gerando economia e segurança (evitando a automedicação no futuro)”.

Valério explica que a quebra de comprimidos virou prática comum porque, em alguns casos, uma caixa de comprimidos de 20 mg custa o mesmo que uma de 40 mg. O paciente, então, "economiza" comprando o de 40mg e partindo em dois, o que não acontece na manipulação, em que a dose é feita de acordo com a necessidade do paciente.

Outro alerta que deve ser observado e que tem acontecido com frequência são os casos de pacientes que compraram comprimidos em concentrações inadequadas, tiveram de parti-los e comprometeram o tratamento. Exemplo são aqueles pacientes que sofrem de hipertensão (pressão alta) e, como partem o medicamento, não conseguem o controle adequado da pressão.


Com desemprego em alta, remuneração têm queda de até 43%





Levantamento da Page Personnel mostra que empresas estão oferecendo quase metade da remuneração sugerida há um ano
 

A crise está afetando o bolso do trabalhador que está em busca de mudança ou recolocação no mercado de trabalho. É o que aponta levantamento realizado pela Page Personnel, uma das maiores empresas globais de recrutamento especializado de profissionais de suporte à gestão, parte do PageGroup. De acordo com os dados da consultoria, a remuneração de um Engenheiro de Projetos na Construção Civil, variava de R$ 8 a 12 mil no ano passado. Agora, as empresas que buscam um profissional como esse estão oferecendo remuneração de R$ 6 a 8 mil.

“Como há mais profissionais qualificados no mercado e poucas oportunidades de emprego, a régua salarial acaba caindo. É um fenômeno que não acontece desde 2009. Temos observado que essa queda tem atingido especialmente os trabalhadores mais experientes, que buscam recolocação ou troca de emprego em posições mais sêniores, em cargos de gerência ou coordenação”, explica Lucas Oggiam, gerente da Page Personnel.

Foram avaliadas nesse levantamento as remunerações de 10 mil candidatos de setembro de 2015 a fevereiro de 2016. Confira abaixo a relação de cargos mais afetados pela desvalorização salarial:


1. Engenheiro de Projetos em Construção Civil

O que faz: planejamento e execução de projetos envolvendo construção civil de mercados como obras residenciais, comerciais e de infraestrutura. São responsáveis por todo o processo desde envolvimento na venda do projeto, passando pelo planejamento e execução e finalizando com acompanhamento e entrega da obra.

Setor de atuação: empresas nacionais de projetos de engenharia atendendo ao mercado de construção residencial, comercial e de infraestrutura.

Tempo médio para recolocação: 3 a 12 meses

Expectativa salarial há um ano: R$ 8 mil a R$ 12 mil

Expectativa salarial hoje: R$ 6 mil a R$ 8 mil


2.  Analista de Comércio Exterior Sênior

O que faz: processos de importação e exportação de matérias-primas e produtos acabados. Responsável por toda parte operacional do processo burocrático da importação ou exportação e pela interface entre fornecedores ou matriz no exterior e as áreas de logística, produção e vendas dentro da empresa no Brasil ou clientes nacionais.

Setor de atuação: empresas especializadas em importação e exportação e distribuidores de produtos importados.

Tempo médio para recolocação: 3 a 12 meses

Expectativa salarial há um ano: R$ 5 mil a R$ 6 mil

Expectativa salarial hoje: R$ 4 mil a R$ 5 mil


3. Coordenador de TI


O que faz: Coordena equipe e todas as atividades de tecnologia na empresa com perfil generalista. Fica à frente dos projetos na área de TI, cuidando do cronograma e sendo referência, realiza o relacionamento com os fornecedores e gestão dos contratos.

Setor de atuação: Empresas nacionais ou multinacionais de pequeno porte e médio porte.

Tempo médio para recolocação: de 1 a 6 meses

Expectativa salarial há um ano: R$ 9 mil

Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil


4. Gerente de Marketing generalista (com inglês fluente)


O que faz: Coordena equipe e todas as atividades de marketing e comunicação desenvolvidas dentro da empresa. Tem responsabilidade pelo marketing digital e off-line, definindo planejamento de mídia, eventos, ações pontuais, etc.
Com foco na alavancagem de vendas de produtos ou serviços.

Setor de atuação: Empresas nacionais ou multinacionais de pequeno porte

Tempo médio para recolocação: de 1 a 12 meses

Expectativa salarial há um ano: R$ 10 mil

Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil


5.  Gerente Nacional de Vendas - setor alimentício


O que faz: Coordena equipes de vendas regionais, com foco em aumento do volume de vendas, além de responsabilidades em treinamento, desenvolvimento e avaliação de equipes de vendedores.

Setor de atuação: Empresas nacionais ou multinacionais de pequeno e médio porte

Tempo médio para recolocação: de 1 a 12 meses

Expectativa salarial há um ano: R$ 10 mil

Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil


6.  Coordenador Financeiro / Contábil

O que faz: Coordena área de Finanças e/ou Contabilidade. Foco nas atividades de conciliação de contas bancária, reports financeiros da empresa, e fechamento contábil como um todo. Pela crescente exigência técnica da área, muitos salários foram inflacionados nos últimos anos; atualmente, é uma das principais áreas afetadas por redução de custos nas empresas.

Setor de atuação: Empresas nacionais ou multinacionais de pequeno e médio porte

Tempo médio para recolocação: de 1 a 12 meses

Expectativa salarial há um ano: R$ 8 mil a R$ 12 mil

Expectativa salarial hoje: R$ 8 mil a R$ 10 mil

Conheça a campanha nas redes sociais que chama atenção para doença pulmonar rara





Você já ouviu falar em FPI? A iniciativa #metiraofolego engaja celebridades e explica o que é essa doença que enfrenta um sério desafio de diagnóstico


A campanha #metiraofolego, promovida pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), movimentou as redes sociais nas últimas semanas para conscientizar a população sobre uma doença rara: a Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI). Vídeos e fotos foram postados por celebridades como Chris Flores, Bianca Rinaldi, Louro José, Carla Diaz e Sophia Valverde que contaram o que lhes “tira o fôlego” e, em seguida, sopraram um balão de ar até estourar e desafiaram seus amigos a participar da ação.

Além da repercussão dos vídeos, foi lançado o site www.metiraofolego.com.br e a fanpage no Facebook em que estão disponíveis mais informações sobre a FPI – quais os sintomas mais frequentes, formas de diagnóstico e qual o perfil de pessoas mais propensas a desenvolver a doença.  A campanha  é promovida pela SBPT e têm o apoio da farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim do Brasil.

A FPI é uma doença de causa desconhecida, progressiva, crônica e rara que afeta os pulmões, ocasionando cicatrizes (fibrose) e a sobrevida média após o diagnóstico é de 2 a 3 anos. Os sintomas típicos da doença como falta de ar e tosse crônica seca podem não ser valorizados corretamente e o paciente demora a ser diagnosticado, por isso a importância da conscientização sobre esta doença. As publicações com a hashtag (#metiraofolego) chamaram a atenção do público por conta do apelo emocional e engajador.

Segundo Dr. José Baddini Martinez, coordenador da comissão cientifica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a campanha expõe um dos sintomas dessa grave doença, a falta de ar: “A ideia é fazer com que a população passe a conhecer a doença a partir da reflexão sobre os momentos bons que a enfermidade acaba privando seus pacientes – estar com a pessoa amada, conhecer um lugar novo, brincar com os netos, etc. Por ser pouco conhecida, o diagnóstico da FPI é um grande desafio, pois as pessoas se consultam com 2 a 3 especialistas antes de serem diagnosticadas. Por isso, é fundamental engajar a população sobre o assunto e alertar que sintomas simples como falta de ar e tosse seca em pessoas entre 50 e 70 anos podem ser indícios de FPI. Por fim, nosso objetivo é que, conforme a doença torne-se mais  conhecida, as pessoas busquem por especialistas, sejam diagnosticadas mais cedo e tenham a oportunidade de ter uma melhor qualidade de vida”, explica.

















Conheça um pouco mais sobre Fibrose Pulmonar Idiopática
Causasi: A origem da FPI é ainda desconhecida. Dentre os fatores associados ao desenvolvimento da doença esta o tabagismo. A predisposição genética pode ter influência, e até 20% dos casos de fibrose pulmonar são hereditárias.

Sintomas[i]: Além dos sintomas principais (falta de ar e a tosse seca e crônica), os pacientes com FPI também podem apresentar exacerbações (crises agudas de falta de ar), hipocratismo digital (alargamento e arredondamento das pontas dos dedos) em estágios mais avançados da doença e ainda fadiga, fraqueza e perda de peso sem causa aparente.

Diagnósticoi: Diagnosticar FPI pode ser um desafio, uma vez que requer a imagem dos pulmões a partir da Tomografia Computadorizada de Alta Resolução (TCAR) para se obter maior detalhamento e identificar as lesões causadas pelas cicatrizações (lesões fibrosantes). Por esse exame, cerca de 95% dos casos são diagnosticados. Outra análise diferencial realizada para identificar a doença são os “Estertores tipo velcro”. Mais de 80% dos pacientes com FPI apresentam um tipo específico de ruído pulmonar que pode ser detectado por meio do estetoscópio. Erros de diagnóstico inicial são frequentes e ocorrem em cerca de metade dos pacientes: os sintomas são semelhantes aos de envelhecimento, doenças cardíacas, enfisema pulmonar. Por conta disto, o paciente leva, em média, dois anos para ter a doença identificada e, nessa altura, seus pulmões já estão comprometidos e sua expectativa de vida, reduzida.

Sobre Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia
A SBPT, filiada à Associação Médica Brasileira, é uma Associação sem fins lucrativos, de caráter científico, cultural e representativo, com número ilimitado de associados, com prazo indeterminado de duração e que se rege por Estatuto e pela legislação em vigor. A SBPT tem por missão: congregar os pneumologistas brasileiros através da defesa de seus interesses de classe e da difusão dos conhecimentos científicos com ética e visão humanística, para promover o engrandecimento da pneumologia brasileira, desenvolvendo a área da pneumologia no país, melhorando a assistência médica no setor das doenças respiratórias, fortificando e preservando a pneumologia brasileira, promovendo e participando de ações preventivas junto à população.


[i] Raghu G, et al, ATS/ERS/JRS/ALAT Committee on Idiopathic Pulmonary Fibrosis
AnofficialATS/ERS/JRS/ALATstatement: idiopathic pulmonary fibrosis: evidence-based guidelines for diagnosis and management.
Am J Respir Crit Care Med 183 (6), 788 - 824 (2011)

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