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sexta-feira, 4 de abril de 2025

7 de abril - Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola

Defensor Público alerta para a urgência de ações preventivas e educativas nas escolas; série "Adolescência", da Netflix, impulsiona debate sobre a violência escolar. 

 

No contexto do Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola, celebrado neste dia 7 de abril, e impulsionado pelo debate gerado pela série "Adolescência", da Netflix, o Defensor Público Federal André Naves faz um alerta para a necessidade urgente de ações preventivas e educativas que combatam as agressões e hostilidades que assolam o ambiente escolar. 

O bullying e a violência na escola são realidades que afetam milhões de estudantes brasileiros, com consequências devastadoras para o desenvolvimento social e emocional de crianças e jovens. O Defensor Público, que é especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, destaca a importância de compreender a complexidade desses problemas e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar. "A escola deve ser um espaço seguro e acolhedor, onde o respeito e a empatia sejam valores fundamentais. O bullying e a violência são manifestações de um problema social mais amplo, que exige ações conjuntas de escolas, famílias e autoridades”, ressalta Naves. 

A série "Adolescência", da Netflix, que tanto tem gerado comentários na mídia e redes sociais, traz à tona questões importantes sobre a violência escolar, servindo de alerta para a necessidade de ações urgentes e eficazes por parte das escolas, pais, professores e poder público. "É fundamental que as vítimas de bullying e violência na escola recebam apoio psicológico e jurídico para que possam superar os traumas e buscar justiça", enfatiza André Naves. 

Segundo o Defensor Público, algumas iniciativas são essenciais para combater a violência escolar: capacitação de professores e funcionários para lidar com situações de violência; implantação de programas de prevenção e combate ao bullying nas escolas; criação de canais de denúncia e apoio às vítimas; promoção de atividades educativas que incentivem o respeito e a empatia; e o fortalecimento da parceria entre escolas, famílias e autoridades. 

"A legislação brasileira prevê medidas de proteção às vítimas de bullying e violência na escola, mas é preciso garantir que essas leis sejam efetivamente aplicadas! É fundamental promover também maior diálogo e reflexão sobre esses temas, para construirmos uma cultura de paz e respeito. Temos que agir agora, já, para garantir que nossas crianças e adolescentes tenham um futuro livre de violência e discriminação", conclui André Naves.

 

Definindo bullying e violência na escola:

 - Bullying: ações repetitivas de violência física ou psicológica, intencionais e com desequilíbrio de poder.

- Violência na escola: abrange diversas formas de agressão, incluindo violência física, verbal, psicológica, sexual e virtual (cyberbullying).

 

André Naves - Defensor Público


NR-1 prevê gestão de riscos psicossociais para o trabalhador

Pressmaster
Regra que passa a vigorar no Brasil se alinha à tendência mundial para aprimorar a segurança, a saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho

 

A NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1), que passa a vigorar em maio no Brasil, reflete uma preocupação mundial com a segurança e a saúde no trabalho. Atualizada no ano passado, por meio da Portaria MTE nº 1.419/2024, a nova regra inclui uma abordagem a gestão de riscos psicossociais, como estresse, assédio e sobrecarga de trabalho. Para Aline Oliveira, diretora da IntelliGente Consult, empresa de consultoria e mentoria especializada em estratégias, programas e projetos empresariais, “mais do que responder à fiscalização a partir da NR-1, as organizações têm a oportunidade de adotar medidas efetivas que acolham, orientem e cuidem da saúde emocional e física de seus colaboradores também de maneira preventiva”.

A inclusão dos riscos psicossociais no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), vêm se tornando obrigatória a empresas com mais de 100 funcionários a adoção de medidas preventivas para a proteção da saúde mental dos trabalhadores, é apontada por Aline Oliveira como a principal atualização da NR-1.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, os riscos psicossociais têm relação direta com a organização do trabalho e também com as interações interpessoais no ambiente laboral. O MTE elenca entre os fatores de riscos psicossociais metas excessivas, jornadas extensas, assédio moral, ausência de suporte, conflitos interpessoais e falta de autonomia no trabalho, que são potenciais causadores de estresse, ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental nos trabalhadores.

Na perspectiva de Fernanda Toledo, CEO da IntelliGente Consult, a NR-1 deve ser um marco na segurança e saúde do trabalho. “Dados do Ministério da Previdência Social indicam o maior número de afastamentos por ansiedade e depressão em 10 anos no Brasil. Este fato gera um alerta e, ao mesmo tempo, aponta para a necessidade de mudanças e prevenção no ambiente produtivo”, afirma a executiva. Em 2024, foram registrados mais de 470 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais, revela o levantamento do MPS.

No perfil dos profissionais afastados, a maioria é formada por mulheres, impactadas por sobrecarga de trabalho, menor remuneração, responsabilidade com o cuidado familiar e violência. “Além do impacto social, para as empresas o custo também é alto”, destaca Fernanda. A Organização Mundial de Saúde calcula em US$ 1 trilhão o custo anual pela ausência de dias trabalhados.

A adaptação das empresas à NR-1, segundo Aline Oliveira, vai impor aos empregadores a identificação, gestão e mitigação dos riscos psicossociais no ambiente de trabalho. “Neste contexto, é importante que as organizações tenham o suporte de uma consultoria especializada, que atue na implementação de medidas preventivas, como treinamentos para lideranças e ações de suporte ao bem-estar dos funcionários”, diz.

As executivas da IntelliGente Consult concordam que neste momento a dificuldade primordial das empresas é entender como vêm agindo para prevenir estresse, depressão, burnout e outros problemas de saúde mental de seus funcionários.

Na visão de Fernanda, o exercício da empatia é um dos aspectos com papel relevante nas políticas internas para mitigar os riscos ocupacionais psicossociais. A gestão empática, segundo ela, preza pelo reconhecimento e estimula o trabalhador a desenvolver capacidades e habilidades. “Este é um ponto a ser aprimorado através de iniciativas por qualquer empresa que se posiciona competitiva no mercado e valoriza sua marca empregadora”, afirma.

Aline considera que a prevenção de riscos psicossociais deve ser observada desde a contratação dos profissionais. “Já no momento da admissão, é preciso que haja acolhimento e cuidado com o colaborador. É fundamental que no processo de contratação a empresa também identifique potenciais problemas que o profissional possa desenvolver e esteja pronta para acolher e auxiliá-lo em toda a sua jornada”, enfatiza.

“Com a NR-1, estamos diante de uma oportunidade para modernizar abordagens de lideranças”, afirma Aline Oliveira. “O momento também é propício a integrar estratégias que visem o bem-estar profissional combinado com a produtividade e também com a reputação das organizações”, completa Fernanda Toledo.

 

Passageiros aéreos brasileiros são os que mais sabem que existem regras que garantem seus direitos, mas não as utilizam corretamente ou não sabem como proceder, revela pesquisa global AirHelp

 

  • 95% dos passageiros brasileiros sabem que existem regulamentações que protegem seus direitos em caso de problemas com as companhias aéreas. 
  • 91% não utilizam as leis corretamente ou não sabem como proceder em casos de interrupções de voos. 
  • Levantamento contou com a participação de 3100 passageiros para compreender se realmente entendem os seus direitos.

 

Os passageiros aéreos brasileiros são os que mais sabem que existem regras que garantem seus direitos, mas é uma minoria que sabe utilizá-la ou o que fazer com essas leis que os protegem. É o que revela pesquisa global da AirHelp, empresa de tecnologia de viagens que auxilia passageiros em interrupções de voos. De acordo com o levantamento, 95% dos passageiros brasileiros sabem que existem regulamentações que protegem seus direitos em caso de problemas com as companhias aéreas. Entretanto, 91% não utilizam as leis corretamente ou não sabem como proceder em casos de interrupções de voos. 

“Os resultados da pesquisa reforçam a necessidade dos passageiros aéreos conhecerem seus próprios direitos, evitando problemas maiores ao enfrentar situações de atrasos, cancelamentos ou impossibilidade de embarque. Esses problemas com voos já costumam ser estressantes e saber identificar os seus direitos pode ajudar o viajante a tomar decisões mais rápidas e eficazes”, avalia Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil. Na média global, 81% dos passageiros afirmaram saber que possuem direitos em caso de problemas com um voo, enquanto 79% disseram não saber como aplicá-los. 

O estudo também procurou entender quais foram as assistências recebidas pelos passageiros aéreos nas interrupções de voos. Apenas 40% foram informados sobre os seus direitos pelas companhias aéreas. Outros 47% receberam comida e bebida de graça. Em outra análise, para a maior parte (74%) foi oferecido um voo substituto ou reembolso – apenas em casos de cancelamento e overbooking. A pesquisa também revela que menos da metade dos passageiros (40%) tentou obter indenização após uma severa interrupção com voo. 

A pesquisa mostra que a maior parte dos passageiros (61%) quer melhores direitos para os viajantes, sendo que 30% desejam que esses direitos sejam muito mais fortes em seus países. Outro aspecto observado é que 79% dos viajantes pagariam mais em passagens por proteções mais fortes para serem indenizados. 

“Notamos uma tendência crescente entre os passageiros aéreos de priorização da segurança e da busca pela aplicação dos seus direitos em suas experiências de viagem. Nossa missão é auxiliar os viajantes a verificarem a elegibilidade do voo e garantir que ele receba os cuidados e a indenização que lhe são devidos”, completa Luciano Barreto. 

A AirHelp realizou a pesquisa de 11 a 18 de março, em formato on-line, com 3100 passageiros aéreos do Brasil, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França, Irlanda, Portugal e Espanha. O objetivo era conhecer se os viajantes realmente entendem os seus direitos.

 

Divergências regionais

 

Brasil 

  • 95% afirmam que existem regulamentações que protegem os direitos dos passageiros quando voam. 
  • 91% não utilizam as leis corretamente ou não sabem como proceder em casos de interrupções de voos. 
  • 43% acreditam que os direitos dos passageiros aéreos deveriam ser muito mais fortes e fornecer muito mais proteção aos passageiros. 
  • 28% estariam dispostos a pagar € 20 adicionais à passagem se soubessem que isso significaria que receberiam uma indenização em caso de atraso ou cancelamento. 
  • 74% não solicitaram uma indenização 
  • 31% alegaram que não solicitaram uma indenização por ser muito demorado ou complicado

 

Estados Unidos 

  • 77% afirmam que existem regulamentações que protegem os direitos dos passageiros quando voam. 
  • 93% não utilizam as leis corretamente ou não sabem como proceder em casos de interrupções de voos. 
  • 52% acreditam que os direitos dos passageiros aéreos deveriam ser muito mais fortes e fornecer muito mais proteção aos passageiros. 
  • 26% estariam dispostos a pagar de €9 a €18,5 adicionais à passagem se soubessem que isso significaria que receberiam uma indenização em caso de atraso ou cancelamento. 
  • 80% não solicitaram uma indenização. 
  • 55% alegaram que não solicitaram uma indenização por não saberem que poderiam pleitear uma compensação financeira.

 

Reino Unido 

  • 81% afirmam que existem regulamentações que protegem os direitos dos passageiros quando voam. 
  • 72% não utilizam as leis corretamente ou não sabem como proceder em casos de interrupções de voos. 
  • 19% acreditam que os direitos dos passageiros aéreos deveriam ser muito mais fortes e fornecer muito mais proteção aos passageiros.
  • 25% pagariam a mais pela passagem se soubessem que isso significaria que receberiam uma indenização em caso de atraso ou cancelamento. Sempre pegariam o voo mais barato. 
  • 56% não solicitaram uma indenização 
  • 43% alegaram que não solicitaram uma indenização por não saberem que poderiam pleitear uma compensação financeira

 

União Europeia 

  • 78% afirmam que existem regulamentações que protegem os direitos dos passageiros quando voam. 
  • 76% não utilizam as leis corretamente ou não sabem como proceder em casos de interrupções de voos. 
  • 33% acreditam que os direitos dos passageiros aéreos deveriam ser um pouco mais fortes e oferecer mais proteção aos passageiros. 
  • 23% estariam dispostos a pagar de € 5 a € 10 adicionais à passagem se soubessem que isso significaria que receberiam uma indenização em caso de atraso ou cancelamento. 
  • 50% não solicitaram uma indenização 
  • 44% alegaram que não solicitaram uma indenização por não saberem que poderiam pleitear uma compensação financeira 

 

Compensação de passageiro  

Para reivindicar uma indenização, os passageiros devem estar cientes de certas condições. A primeira é verificar se o atraso ou cancelamento realmente causou sofrimento, estresse ou lesão ao usuário. Acontecimentos como faltar a uma consulta médica importante, cancelamento de contrato, demissão, afastamento de um acontecimento de grande relevância emocional, são situações que podem dar lugar a um pedido de indenização perante a companhia aérea. Se o passageiro já sofreu os chamados "danos morais" e pode prová-los, os passageiros têm boas chances de obter uma indenização financeira de até R$ 10 mil por pessoa. 

O passageiro tem mais chance de obter uma compensação financeira se a companhia aérea for a responsável direta pela interrupção do voo, por problemas técnicos ou falta de tripulação, por exemplo. A reparação deve ser integral, inclusive para compensação de sofrimentos psicológicos. Mesmo quando a interrupção do serviço é devida a condições climáticas extremas ou situações de força maior que estão fora do controle da companhia aérea, os passageiros continuam a ter direito ao serviço e à informação adequada e tempestiva. 

“O conjunto de direitos dos passageiros aéreos que temos no Brasil é orientado para o cliente e oferece aos passageiros aéreos uma grande consideração, especificando exatamente quais os cuidados que as companhias aéreas devem oferecer e quando em caso de problemas de voo. No entanto, a lei é muito vaga quando se trata de critérios de compensação e pode ser um desafio para um único indivíduo sem conhecimento especializado interpretar a lei corretamente. Entre os principais motivos pelos quais os passageiros brasileiros não reivindicam seus direitos em caso de problemas de voo, podemos encontrar: falta de conhecimento sobre como fazer uma reclamação, mas também falta de consciência dos direitos dos passageiros”, diz Luciano Barreto, diretor-geral da AirHelp no Brasil.

 

Leis que protegem os passageiros no Brasil  

Quem voa no Brasil está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor e pela legislação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que são os instrumentos jurídicos mais relevantes para o passageiro. Essas leis definem claramente as responsabilidades das companhias aéreas para com seus passageiros sempre que houver problemas de voo. 

A legislação brasileira abrange voos domésticos dentro do Brasil, voos internacionais com partida ou chegada em aeroportos brasileiros, bem como voos com conexão em um aeroporto brasileiro. 

A legislação brasileira protege os passageiros, desde que seus voos atendam aos 4 critérios a seguir: 

● O voo pousou ou decolou em um aeroporto brasileiro 

● O voo foi cancelado com aviso tardio, o voo estava com mais de 3 horas de atraso ou estava com overbook 

● Os passageiros não foram atendidos adequadamente pela companhia aérea 

● O problema ocorreu nos últimos 5 anos 

 


Para mais informações, visite www.airhelp.com/pt-br/


AirHelp
www.airhelp.com/pt-br/


Marketing offline: ainda é vantajoso para as empresas?

A imersão digital foi um movimento natural do mercado com o avanço da conectividade global, levando uma série de empresas e pessoas a sentirem a necessidade de estarem presentes nesse espaço para se relacionarem com os outros. Porém, assim como toda moeda tem seus dois lados, essa inserção acabou gerando um crescente número de casos de ansiedade e sua relação com a utilização da internet por várias horas durante o dia – o que vem gerando um debate acerca de como a presença offline pode voltar a ser um ponto de extrema importância para a manutenção do relacionamento da marca com seus clientes.

Para o marketing, a chegada dos avanços tecnológicos foi algo extremamente benéfico visando o maior alcance das campanhas e aumento das vendas no digital. Afinal, existem uma série de plataformas e recursos capazes de rastrear e metrificar quase qualquer tipo de informação sobre o comportamento do usuário ao ser atingido por campanhas publicitárias, facilitando a realização de ajustes em estratégias e a geração de resultados esperados.

Contudo, em uma recente pesquisa realizada pela Accenture, em seu relatório “Accenture Life Trends 2025”, 42% das pessoas entrevistadas disseram que seus momentos mais prazerosos, nesse sentido, aconteceram fora do ambiente digital. Em um primeiro momento, pode parecer contraditório uma grande quantidade de pessoas ter passado por experiências marcantes no offline diante de tantas oportunidades que o online proporciona, mas, o cenário que estamos presenciando hoje já não é mais tão unilateral nesse sentido.

Dos 36,9% brasileiros que passaram três horas ou mais por dia nas redes sociais, 43,5% possuem diagnóstico de ansiedade, conforme o que apontou o relatório “Panorama da Saúde Mental”, do Instituto Cactus e da AtlasIntel. Na visão do estudo, este uso excessivo pode desencadear uma série de doenças mentais, o que vem fazendo com que muitos optem por se desconectar, mesmo que temporariamente, para evitar esses riscos.

Esse movimento foi identificado por outra pesquisa da Faculdade de Saúde da Universidade de York, no Reino Unido, a qual mostrou que mulheres que fazem uma pausa no uso das redes sociais têm uma melhora significativa na autoestima e imagem corporal. Todos esses comportamentos passaram a chamar a atenção do mercado como um todo, prestando maior atenção ao fato de que a presença online, hoje, pode não ser mais suficiente para alcançar seu público-alvo.

Apesar de ser de conhecimento geral que a mensuração de dados e comportamentos das pessoas no “mundo real” é mais complexa, é necessário compreender que o cansaço das redes apresenta uma oportunidade muito grande para empresas que buscam criar um vínculo mais forte com seus consumidores, e não apenas a realização de vendas. Uma única conexão criada com um indivíduo pode levá-lo a ser um fã e eterno brand advocate, público que defende, apoia e tenta convidar pessoas de dentro de seu círculo de conhecidos a experienciar o que a marca tem a oferecer.

Existem diversas ações que podem ser realizadas pelas marcas nesse sentido, as quais irão depender do nível de criatividade de cada empresa e equipe de marketing – as quais podem incluir ações de guerrilha, que fazem uma intervenção física em um local específico de modo a impactar pessoas que passam por ali; realização de eventos, os quais podem ser utilizados não só para fortalecer a relação da marca com seus consumidores, mas também atrair pessoas que passam pelo local e, até mesmo, conseguir aumentar ainda mais seu market share, visando a conquista de novos consumidores através de incentivos para que os atuais brand advocates convidem seus conhecidos para acompanhá-los aos locais; e a criação de locais temáticos que tenham ligação com a história ou crenças da marca.

Diante deste cansaço da internet, um possível “êxodo” do digital para manter a sanidade mental, a criação de conexões, brand advocates e experiências que podem eternizar uma marca dentro da mente de alguns clientes, reavaliar a importância de espaços físicos é de extrema importância para alguns tipos de nichos de mercado e empresas, sendo, possivelmente, uma oportunidade para uma grande expansão de seus negócios.




Renan Cardarello - CEO da iOBEE - Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.


iOBEE
https://iobee.com.br/


Curso gratuito sobre mercado financeiro tem inscrições abertas a partir do dia 14 de abril

ABAI, CIEE e Melver Educação criam programa para formação de profissionais do mercado financeiro e capitais, para jovens de todo o Brasil que estejam cursando Engenharia, Administração de Empresas, Economia e Publicidade e Marketing

 

Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos (ABAI), o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e a Melver, edtech especializada na formação de profissionais do mercado financeiro, assinam um acordo para impulsionar a formação e o ingresso de jovens talentos na carreira de assessoria de investimentos.

 

A parceria oferecerá oportunidades de estágio profissional em escritórios associados a ABAI de todo o Brasil, com treinamento especializado para o mercado financeiro e de capitais. O programa será direcionado a estudantes dos cursos de Engenharia, Administração de Empresas, Economia e Publicidade e Marketing possibilitando que absorvam experiências e desenvolvam uma trajetória empreendedora no setor.

 

A ABAI tem observado o crescente interesse pela profissão de assessor de investimentos, especialmente entre os jovens. Para Francisco Amarante, superintendente da ABAI, a parceria reforça o compromisso da entidade com a capacitação profissional. “Acreditamos que a formação de novos assessores é essencial para fortalecer o mercado financeiro. Esse convênio nos permite oferecer aos jovens uma base sólida de conhecimento e a oportunidade de ingressar em uma carreira promissora, pautada pela ética e credibilidade”, destaca.

 

A Melver celebra a oportunidade de contribuir com a formação de jovens em assessoria de investimentos, oferecendo sua expertise no setor. A instituição, que já trabalha com cursos para capacitação de profissionais do mercado financeiro, oferecerá conteúdos especializados e aulas gravadas e ao vivo. O treinamento seguirá o mesmo formato do programa da edtech desenhado para o certificado da Ancord (Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias), garantindo uma experiência alinhada às exigências do mercado.

 

“Nosso objetivo é proporcionar uma formação de excelência, aliando teoria e prática para os jovens talentos estarem prontos para atuar no setor de assessoria de investimentos com confiança e competência”, afirma Raony Rossetti, CEO da Melver.

 

“Estamos confiantes com o sucesso dessa parceria. Como ONG de empregabilidade, comprometida com a inclusão produtiva de jovens no mundo do trabalho, nosso objetivo é impulsionar o aumento de vagas e incentivar a educação dos estudantes do nosso país. Acreditamos que, com a parceria firmada, vamos gerar centenas de oportunidades de estágio, proporcionando conhecimento de alta qualidade e experiência prática no mercado financeiro e de capitais”- aponta Rafael Tatsch, Gerente Regional de Atendimento do CIEE.

 

A assinatura do contrato oficializa essa iniciativa inovadora, que une educação e mercado, preparando estudantes para um futuro de sucesso na assessoria de investimentos.

 

Os alunos interessados poderão se inscrever, a partir do dia 14 de abril, no link: https://cmp.melver.com.br/vai/ 




MELVER
https://www.melver.com.br/


CIEE
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Paradoxo entre longevidade e startups

 

Recentemente, dados divulgados pelo Distrito lançaram luz sobre uma tendência preocupante no cenário de investimentos em startups brasileiras. Em 2023, as startups levantaram US$ 1,9 bilhão em investimentos, uma queda significativa de 56,8% em relação ao ano anterior, quando foram aportados US$ 4,4 bilhões. Essa redução nos investimentos tem levado os fundos a repensarem suas estratégias e a adotarem abordagens mais proativas para garantir o sucesso e a longevidade das empresas investidas. 

Com um contexto no qual 80% das micro e pequenas empresas não completam um ano no Brasil e 60% fecham antes dos cinco anos, os fundos de investimento estão cada vez mais cientes da importância de não apenas fornecer capital, mas também de oferecer suporte estratégico e operacional às startups em que investem. 

Há cinco anos comecei a investir em startups e a montar meu portfólio. Hoje, entre investimentos e a ocupação como mentor e/ou conselheiro, estou envolvido com 6 startups: 180 Seguros, Let´s Delivery, Silver Hub, Homens de Prata, Vida60Mais e Misyu. Um ponto que particularmente observo ao investir em uma empresa é a motivação que deu origem a empresa. Observo também quão engajados estão os fundadores, a capacidade de tração que terão para escalar e possíveis dores solucionadas. Percebo que estes aspectos vão evoluindo e são aprimorados à medida que mais me envolvo com os empreendimentos e seus fundadores. Costumo dizer que estou construindo minha “Hoja de Ruta”, num aprendizado constante. 

Capacidade de resiliência dos sócios é um ponto imprescindível. Com tanta tecnologia disponível, é necessário entender como desfrutar de cada uma delas e saber que é preciso saber pivotar muitas vezes, se adequar, saber entender o potencial que cada cliente tem e, se preciso, fazer projeto piloto para atendê-lo, como validação. 

Um dos assuntos que abordo como empreendedor é a longevidade, aliás, parte da minha ocupação está centrada em apoiar empreendedores que estão desenvolvendo produtos e serviços para a população madura. Quanto mais estudo mais me convenço que, neste tema e no âmbito dos negócios, podemos fazer um paralelo entre a essência da Longevidade e as startups e seus fundadores. 

De acordo com o Dicionário Oxford, longevidade é considerada a duração da vida. Na medicina moderna, o seu conceito é mais amplo: envolve viver mais e com qualidade de vida. A maioria das pessoas quer viver mais e melhor.

A Longevidade, neste paradoxo, para startups seria justamente a capacidade emergente de sobreviver e prosperar ao longo do tempo, num contexto em que é importante avaliar a taxa de sobrevivência, buscar o crescimento sustentável, analisar impactos, reforçar temas de domínio com foco no público alvo. Além disso, garantir que todos os recursos estejam à disposição é fundamental: saber quem vai estar com você neste barco, seja um sócio complementar, seja um conselheiro, seja sua rede de apoio ou networking. Priorizar o capital humano e recursos faz toda a diferença. 

Independente do setor, o networking é uma chave fundamental. Sejam grupos de amigos, participação em cursos ou até mesmo em eventos como o Inova Silver, idealizado pela Silver Hub anualmente, que é uma oportunidade fundamental para expandir contatos e construir parcerias estratégicas no setor. Em um cenário onde o envelhecimento populacional está em ascensão, criar uma rede sólida de relacionamentos com profissionais, empresas e pesquisadores envolvidos no desenvolvimento de soluções inovadoras para a saúde e bem-estar da população idosa pode acelerar a troca de conhecimento, o acesso às novas tecnologias e a colaboração em projetos de impacto. Esse intercâmbio possibilita a criação de oportunidades de negócios, fortalecimento de alianças e a disseminação de ideias que visam melhorar a qualidade de vida e promover o envelhecimento saudável. 

A longevidade já existe, é palpável e pode ser vivida de forma estratégica e ativa. É preciso estar atento aos sinais, compreender a fase, entender os momentos de possíveis mudanças, ter uma boa rede de apoio, saber investir, financeiramente, falando - como pode perceber, poderia tranquilamente me referir a vida das startups também. Talvez este seja o principal segredo.


Marcos Eduardo Ferreira - Investidor Anjo, Especialista em Longevidade e Mercado Securitário. Possui experiência de 32 anos como Executivo na MAPFRE. Nos últimos 15 anos, ocupou o cargo de CEO no Brasil e América do Sul, período em que também viveu como expatriado em Bogotá (2017 a 2020). Após essa trajetória profissional, decidiu embarcar em um período sabático, com o objetivo de reorganizar sua vida familiar e aprimorar seus conhecimentos em temas relacionados à Longevidade. Durante esse período de pausa, Marcos cursou a 1ª Turma do Programa de Especialização em Mercado de Longevidade da FGV – SP. Além disso, investiu em startups e, cofundou o Homens de Prata, canal no Youtube. Em julho de 2022, lançou a Silver Hub - Aceleradora e Agregadora de Negócios, com foco no apoio ao desenvolvimento de empreendedores e startups que oferecem produtos e serviços para o público 50+. Marcos é um entusiasta do empreendedorismo e um observador ativo dos impactos da longevidade, além de ser um grande incentivador da economia prateada.



Homens pedem salário 77% maior do que mulheres para ocuparem cargos de diretoria, aponta Grupo Hub

Levantamento também revela que mulheres se candidatam menos a vagas de liderança do que homens 

 

Homens dominam as candidaturas para cargos de liderança, representando cerca de 60% das vagas abertas para gerência e coordenação e 53,2% das de diretoria. Os dados são de levantamento realizado pela plataforma Hub Labs, do Grupo Hub, consultoria de RH especializada em recrutamento, seleção e desenvolvimento de pessoas, com base em 2.789 candidatos. Desses, 936 se candidataram para coordenador, 1.806 para gerente e 47 para diretor. Em relação à pretensão salarial, a diferença é notável: homens solicitam, em média, 77% a mais que as mulheres para posições de diretoria (R$ 20.010,04 contra R$ 11.295,45). Já para as posições de gerência, a discrepância é de 8,3% (R$ 18.323,35 contra R$ 16.921,38), enquanto para coordenação, mulheres tem pretensão ligeiramente maior (R$ 13.844,57 versus R$ 13.692,86).  

 

Quando analisada a remuneração média dos candidatos, a diferença salarial também é significativa entre homens e mulheres aspirantes a vagas de liderança. Homens que se candidatam a cargos de diretoria ganham, em média, cerca de 60% a mais que as mulheres (R$ 16.806,27 versus R$ 10.510,27). Para os cargos de gerência a diferença chega a 42% (R$ 9.618,88 versus R$ 6.781,81), e para os de coordenação 17,6% (R$ 5.575,21 versus R$ 4.736,48). Foram analisadas posições em cinco setores da economia, como varejo, bens de consumo, indústria, agronegócio e tecnologia.  

 

Segundo Inara França, gerente de RH do Grupo Hub, os achados revelam que as mulheres evitam se candidatar a vagas onde existe o risco de rejeição por não atenderem 100% dos requisitos. “É comum ouvirmos que as meninas amadurecem antes dos meninos, mas, na verdade, elas apenas são cobradas e corrigidas com mais rigor desde cedo, enquanto os meninos têm mais liberdade para errar e aprender com o tempo. No mercado de trabalho, isso se reflete em um padrão onde muitas mulheres só se candidatam a oportunidades quando sentem que estão 100% preparadas, enquanto os homens se arriscam mais. Os homens olham para uma vaga e pensam ‘eu consigo aprender o que falta’, enquanto as mulheres pensam ‘se eu não atender a todos os critérios, talvez eu não seja boa o suficiente’", analisa.  

 

Quando a mulher busca uma nova oportunidade, continua Inara, a referência salarial de seu trabalho tende ainda a ser influenciada pelo que ela já recebe. “Se uma mulher já vem de um histórico de salários mais baixos, ela tende a pedir menos. Se a empresa aceita esse valor sem revisão, a disparidade continua. Esse é um ciclo autorreprodutivo que mantém a desigualdade salarial e é importante dizer que o mercado não vai quebrar este ciclo sozinho. Ele precisa ser quebrado de forma estratégica e intencional pelas empresas”, complementa. 

 

 

Disparidade salarial também atinge cargos de analista  


Já em relação aos cargos de analista, a situação se inverte, com mulheres respondendo por 58,3% do total de 3.178 candidaturas. E embora a remuneração média do público feminino que se candidata a vaga seja maior (R$ 6.455,69), representando quase o dobro da do público masculino (R$ 3.281,91), ainda assim, homens pedem cerca de 6,24% a mais (R$ 8.246,78 versus R$ 7.762,49).  

 

“Este dado reflete uma série de fatores culturais e sociais, incluindo expectativa de gênero e valorização diferenciada das competências entre homens e mulheres. É uma situação que reforça a necessidade de políticas de equidade salarial mais robustas e ações afirmativas que promovam qualidade nas condições de remuneração e plano de carreira para ambos os gêneros”, finaliza Victor Fazzio, sócio sênior do Grupo Hub.     




Grupo Hub
https://grupohub.com/


Conheça três safáris em Angola para quem busca experiências exclusivas e tranquilas

Divulgação
Os Parques Nacionais da Quiçama, Mavinga e Luengue-Luiana são ideais para quem busca este tipo de atração 

  

A África do Sul, tradicionalmente associada a safáris espetaculares, vê Angola se destacar como um destino emergente para os amantes da vida selvagem. Com sua rica biodiversidade, paisagens deslumbrantes e áreas protegidas, o país oferece uma experiência única, longe das multidões, e com a autenticidade de um ambiente ainda preservado. Sua grande variedade de ecossistemas – que inclui florestas tropicais, savanas e montanhas – cria um habitat ideal para diversas espécies de fauna, tornando a região um verdadeiro paraíso para os entusiastas do ecoturismo. 

Nos últimos anos, Angola tem investido significativamente no desenvolvimento do turismo ecológico e de aventura, com os safáris ganhando destaque como uma das principais atrações. Ao contrário de outros destinos mais turísticos, o país oferece uma vivência mais íntima e exclusiva, permitindo aos visitantes explorar uma natureza exuberante sem o excesso de turistas. Outro ponto que diferencia o país é que os safáris em Angola são realizados com guias que falam português, proporcionando uma experiência ainda mais imersiva, acessível e de fácil compreensão para os brasileiros. Essa autenticidade é uma das grandes vantagens de Angola, ideal para quem busca vivenciar a África de forma mais genuína. 

Entre os principais destinos para safáris, o Parque Nacional da Quiçama se destaca como uma das áreas de preservação mais importantes da África Central. Localizado a aproximadamente 70 km ao sul de Luanda, a capital, o parque abrange cerca de 3.600 km² e é um refúgio de biodiversidade. Durante os safáris, os turistas têm a oportunidade de observar animais selvagens em seu habitat natural, como elefantes, leões, antílopes, crocodilos, zebras, hipopótamos e diversas espécies de aves. O parque também oferece atividades como caminhadas guiadas, permitindo aos visitantes uma imersão ainda maior na vida selvagem.
 
Outro destaque é o Parque Nacional de Mavinga, na região sudeste do país, na província do Cuando Cubango. Com uma área de cerca de 15.000 km², o parque faz parte de um conjunto de áreas protegidas que visa preservar ecossistemas de savana e floresta tropical. Além de sua grande importância para a biodiversidade regional, o parque é um destino-chave para o ecoturismo, abrigando elefantes, leões, antílopes, crocodilos, hipopótamos e aves, entre outras espécies. O governo angolano, em parceria com organizações internacionais, tem trabalhado na recuperação do parque, após os desafios impostos pela guerra civil, para promover a conservação e o turismo sustentável.
 

O Parque Nacional de Luengue-Luiana, também localizado na província do Cuando Cubango, é um dos maiores e mais remotos do país, ocupando cerca de 22.000 km². Com uma vasta diversidade de fauna e flora, o parque é um destino imperdível para aqueles interessados na conservação e no ecoturismo. Os visitantes podem observar a mesma variedade de animais que habitam os outros parques, como elefantes, leões, antílopes, crocodilos, zebras e hipopótamos, além de uma incrível diversidade de aves. 

O que diferencia um safári em Angola de outros destinos é a possibilidade de explorar áreas menos turísticas e mais isoladas, garantindo uma experiência íntima e exclusiva. A infraestrutura local tem evoluído, com lodges e guias especializados que proporcionam uma verdadeira imersão na natureza, ao mesmo tempo em que promovem a preservação ambiental e o turismo sustentável. Além disso, as rotas de safári em Angola oferecem a oportunidade de combinar a observação da vida selvagem com a exploração da cultura local e de paisagens deslumbrantes, como as praias desertas da Costa Atlântica e as imponentes montanhas do interior. Assim, Angola se apresenta como um destino único, onde a vida selvagem, a conservação e o turismo sustentável se encontram em perfeita harmonia.

 

Como ir para Angola  

A TAAG Linhas Aéreas de Angola, oferece conexões para oito cidades do continente africano a partir de Luanda. São elas: Cidade do Cabo e Joanesburgo (África do Sul), São Tomé (São Tomé e Príncipe), Windhoek (Namíbia), Maputo (Moçambique), Kinshasa (República Democrática do Congo), Ponta Negra (República do Congo) e Lagos (Nigéria). Além disso, a companhia também se conecta com 12 províncias de Angola e Lisboa, em Portugal. 

Atualmente, os voos da companhia partem quatro vezes por semana do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, com destino a Luanda, capital de Angola, às quartas, sextas, sábados e domingos. Além disso, os passageiros têm a opção de conhecer Angola com um stopover de até cinco dias, facilitado pela isenção de visto para cidadãos brasileiros, que podem permanecer no país por até 90 dias.

 

O boom do terceiro setor no Brasil: desafios jurídicos e oportunidades para igrejas e ONGs

Organizações sem fins lucrativos crescem no país e motivam novas abordagens jurídicas

 

O que une associações comunitárias, fundações filantrópicas e igrejas? Todas fazem parte do chamado Terceiro Setor, um universo que movimenta recursos, projetos e ações voltadas ao bem-estar social. De acordo com o Relatório sobre Organizações da Sociedade Civil (OSC), publicado em dezembro de 2024 pelo Portal MROSC (Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil), mais de 420 mil entidades sem fins lucrativos atuam formalmente no Brasil. E as igrejas compõem parcela relevante desse cenário, não apenas na promoção de atividades religiosas, mas também no desenvolvimento de projetos sociais e comunitários. 

“Diferentemente de uma empresa, cujo foco principal é o lucro, as entidades do Terceiro Setor — incluindo as igrejas — concentram suas energias em propósitos sociais e filantrópicos. É o trabalho voluntário, a gestão transparente e a busca contínua por recursos que impulsionam esses projetos”, afirma a advogada familiarista Luciana Gandra. Ela ressalta que a atuação de entidades religiosas no Terceiro Setor envolve, por exemplo, a criação de creches comunitárias, projetos de reforço escolar e serviços de amparo a famílias em situação de vulnerabilidade. 

Embora as igrejas sejam conhecidas pelo exercício de fé e liturgia, elas também podem se registrar como Organizações Religiosas — uma categoria que, segundo a Lei 10.825/2022, faz parte das instituições sem fins lucrativos. Na prática, isso significa que, além de realizar cultos e atividades pastorais, elas podem formalizar programas de caráter assistencial. Conforme consta no último Boletim de Ações Sociais em Instituições Religiosas (BASIR) de 2025, divulgado pelo Observatório do Terceiro Setor, 56% das igrejas brasileiras desenvolvem algum tipo de ação social continuada, como doação de cestas básicas ou atendimento psicológico. 

Para tanto, é essencial seguir diretrizes legais que garantam transparência na prestação de contas e compliance. A Lei 13.019/2014, conhecida como Marco Regulatório das OSCs, estabelece mecanismos de monitoramento e avaliação de parcerias com o poder público, exigindo relatórios de atividades e a comprovação de boa gestão dos recursos. Quem descumpre as regras pode enfrentar sanções, que vão desde a suspensão de convênios até o ressarcimento ao erário. 

Na visão de Luciana Gandra, um dos grandes desafios para os gestores dessas instituições é equilibrar a vocação religiosa (ou comunitária) com a responsabilidade administrativa. “Uma igreja tem uma missão de fé, mas, ao atuar no Terceiro Setor, precisa adotar procedimentos de governança semelhantes aos de qualquer entidade filantrópica, como atas de reunião, demonstrações contábeis e relatórios de impacto social. Sem esses cuidados, o risco de perder benefícios fiscais e apoios públicos aumenta”, ressalta a advogada. 

Por fim, vale lembrar que a participação das igrejas no Terceiro Setor não se limita a doações ou ações pontuais de caridade. Elas podem firmar convênios com órgãos públicos, obter reconhecimento de utilidade pública e até receber incentivos fiscais para desenvolver projetos de educação, saúde ou cultura. O grande segredo é manter a transparência — afinal, quando a fé encontra a eficiência administrativa, a comunidade agradece e o impacto social realmente ganha força.

 

ABGA

Luciana Gandra - Advogada da vara de família
contato@abga.adv.br
@abga.adv_
www.abga.adv.br
Rua Candido Lopes, 205, Cj 31. Curitiba-PR.


PF investiga organização criminosa que levou mais de 700 brasileiros ilegalmente aos EUA

Segundo Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, ação expõe o crescimento de redes transnacionais de imigração irregular e reforça a urgência de alternativas legais

 

A Polícia Federal deflagrou uma operação para desarticular uma organização criminosa responsável por promover a entrada ilegal de brasileiros nos Estados Unidos. De acordo com as investigações, o grupo atuava há anos no aliciamento de pessoas interessadas em migrar para os EUA, utilizando rotas clandestinas pela América Central até alcançar a fronteira com o México. Estima-se que, ao menos, 700 brasileiros tenham sido levados ao território norte-americano por meio desse esquema, que também envolvia a cooperação de coiotes internacionais e o uso de documentos falsificados.

Os criminosos cobravam valores que variavam entre R$ 100 mil e R$ 150 mil por pessoa, dependendo do ponto de partida e do tipo de “pacote” oferecido. As promessas incluíam travessias seguras, orientações jurídicas e até hospedagem no destino, mas a realidade era outra: os migrantes enfrentavam riscos extremos, situações precárias durante o trajeto e a constante ameaça de detenção pelas autoridades americanas.


Redes ilegais se sofisticam e desafiam autoridades

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o caso revela não apenas a atuação de quadrilhas locais, mas o fortalecimento de uma rede transnacional de imigração irregular. “Essas operações são altamente estruturadas, com ramificações em diversos países e atuação coordenada. Elas exploram o desespero de quem busca uma vida melhor, mas acabam colocando essas pessoas em risco e fora da proteção da lei”, avalia.

O esquema desarticulado nesta semana não foi um caso isolado. Em junho do ano passado, uma outra investigação da PF revelou que mais de 400 brasileiros haviam sido levados ilegalmente aos EUA, movimentando mais de R$ 50 milhões em pagamentos ilícitos. Para Toledo, a reincidência dessas ações aponta para a necessidade de atuação integrada entre os países e de uma comunicação mais efetiva com a população. 

“Muitos não conhecem os caminhos legais possíveis para migrar e acabam recorrendo a soluções perigosas. A informação, aliada ao combate efetivo dessas redes, é uma das formas mais eficazes de reduzir esse tipo de prática”, reforça.


Alternativas legais evitam riscos e oferecem mais estabilidade

Segundo o advogado, mesmo que não sejam detidos de imediato, esses migrantes vivem sob constante ameaça de deportação e com acesso limitado a serviços básicos. “Quem cruza a fronteira sem autorização dificilmente terá acesso a emprego formal, saúde, educação ou qualquer tipo de proteção jurídica. E, no cenário atual, o rigor das autoridades de imigração americanas está ainda mais acentuado”, comenta Toledo.

Toledo ressalta a importância de buscar orientação antes de tomar qualquer decisão. “Há vistos de trabalho, estudo, investimento e outras possibilidades legítimas que podem viabilizar a permanência legal nos Estados Unidos. O problema é que muitas pessoas desconhecem esses caminhos ou acreditam que são inacessíveis, quando na verdade, com o apoio adequado, podem ser viáveis”, conclui.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 500 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR. Para mais informações, acesse o site.

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