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quarta-feira, 1 de maio de 2024

40% dos profissionais acham que o Burnout é inevitável para o sucesso, diz estudo

No modelo de vida atual, a quantidade de tarefas que uma pessoa exige dela mesma vai além do que se pode aguentar

 

De acordo com o Ministério da Previdência Social, houve mais de 288 mil licenças concedidas em 2023 no Brasil devido a transtornos mentais. Esse número representa um aumento de 38% em relação ao ano anterior. Mesmo assim, nos últimos três anos não houve menos de 200 mil licenças. 

Já uma pesquisa realizada pela corretora Pipo Saúde mostrou que aproximadamente 48% dos profissionais apresentam risco de desenvolver doenças mentais e 44% sofrem de insônia. Além disso, o estudo revelou que cerca de 60% são sedentários e estão com sobrepeso ou obesidade. O estudo envolveu 8.980 participantes de diversas empresas e níveis hierárquicos.

 

Como reverter esse cenário

Segundo Monica Machado, psicóloga e fundadora da Clínica Ame.C, e pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein; pode ser difícil admitir que o trabalho tem sido a sua principal fonte de estresse e ansiedade. 

“Especialmente em tempos de mudanças ou incertezas, a empresa é o último lugar onde queremos que percebam nossas fragilidades emocionais. Em contrapartida, se você não respeitar seus limites físicos e mentais, não terá condições de desempenhar as tarefas profissionais e nem pessoais”, diz a apresentadora do podcast Ame.Cast 

Para Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, pesquisadora e supervisora na residência de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM); é fundamental validar os sintomas negativos o quanto antes, para impedir que eles evoluam para transtornos graves e incapacitantes. 

“Claro que não existe uma fórmula universal que funcione para todas as pessoas, afinal, cada indivíduo é único e tem recursos e situações particulares. Mas, é possível se reinventar, elencar suas prioridades e fazer escolhas certas, sem correr riscos mal calculados em nenhuma das esferas de sua vida”, pontua a especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Em homenagem ao Dia do Trabalho, em 01/05, as especialistas citam 5 formas de lidar com as adversidades da carreira sem perder o equilíbrio emocional:

 

Reconheça seus sentimentos: Nem sempre é fácil admitir que a saúde mental está comprometida. Muitas vezes, a pessoa finge não perceber que há algo de errado com seu emocional. Essa visão, ainda que distorcida, parece fazer sentido no ambiente corporativo. Segundo a pesquisa Anatomy of Work Special Report, 40% dos profissionais acham que o Burnout é inevitável para o sucesso. 

“O perfeccionismo e a autocrítica geram um círculo vicioso. Passamos a viver tentando nos proteger das situações capazes de expor nossos defeitos ao mundo. Quando entendemos que a perfeição não existe e nos acolhemos exatamente como somos, torna-se mais fácil admitir que não está tudo bem e buscar ajuda”, analisa Monica Machado.

 

Respeite seu momento de descanso: Para Danielle Admoni, o universo corporativo obscureceu as fronteiras entre trabalho e casa, e as mudanças para o modelo remoto/híbrido causadas pela pandemia afrouxaram ainda mais os limites entre vida pessoal e profissional. 

De acordo com o estudo Anatomy of Work Index 2023, 44% dos profissionais disseram que seus dias não têm um horário claro para começar ou terminar, e mencionaram a frequente necessidade de trabalhar fora do expediente, monitorando mensagens à noite, durante as férias ou nos fins de semana. 

“Como seria se você se permitisse fazer menos e incluir momentos de descanso em sua jornada? Períodos de desconexão são essenciais para o bem-estar. Esquecer um pouco o check-list, olhar para si e fazer algo que não esteja vinculado a responsabilidades, mas ao prazer, ao conforto que tanto lhe falta. Sua mente ficará mais descansada e até mais produtiva”, aponta Danielle Admoni.

 

Desista de querer dar conta de tudo: No modelo de vida atual, a quantidade de tarefas que uma pessoa exige dela mesma vai além do que se pode aguentar. E quando não dá conta de tudo, ela se sente frustrada. Acorda no dia seguinte já se programando para fazer ainda mais e melhor. E a simples ideia de desacelerar se torna cada vez mais impensável. 

“Saber delegar ou compartilhar funções é fundamental, caso contrário, é provável que a qualidade das tarefas fique comprometida, além de gerar exaustão desnecessária. Defina o que pode ser feito por outras pessoas, o que só pode ser feito por você e elimine de vez tudo que só te faz perder tempo”, orienta Monica Machado.

 

Abra o jogo com seu chefe: Dizer que o trabalho está lhe sobrecarregando não é exatamente o tipo de conversa que alguém quer ter com seu chefe. É uma situação delicada e intimidadora, especialmente quando as empresas estão querendo produzir mais com menos gente. 

Conforme Danielle Admoni, é natural ter receio de como isso pode impactar na sua imagem e fazer seu chefe duvidar de sua capacidade. 

“Portanto, ao aborda-lo, não leve apenas o ‘problema’. Estruture um diálogo que esclareça os motivos do seu estresse, mas, principalmente, sua preocupação em buscar soluções. Além de transparente, sua atitude mostrará que, mesmo sobrecarregado, você tem comprometimento com a empresa, já que o intuito não é trabalhar menos, e sim, melhor”.

 

Saiba quando pedir ajuda profissional: De acordo com a psiquiatra, nos casos em que o esgotamento chegou ao limite, é fundamental buscar auxílio médico especializado para avaliação do quadro e orientação quanto ao tratamento. “Especialmente no caso das pessoas cujas características de personalidade as tornam mais propensas ao Burnout, a psicoterapia é um complemento importante, pois o problema está, muitas vezes, dentro da pessoa, e não tanto em suas condições de trabalho”, finaliza Danielle Admoni.


BOLETIM DAS RODOVIAS

 

FERIADO DIA DO TRABALHADOR

1º de maio - 13h


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta quarta-feira (1º). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.


Dia do Trabalho: desmistificando a Geração Z no mercado

O Dia do Trabalho pode ser um feriado nacional, mas uma parcela da população não está pensando apenas em “dar uma pausa” na semana corporativa. Para a geração Z (Gen Z, iGeneration, zoomer ou centennial, pessoas nascidas entre 1995 e 2021), a data celebrada em 1 de maio também serve como um momento de reflexão sobre os desafios que esses jovens enfrentam no mercado de trabalho, um cenário dinâmico e sempre em evolução. 

Boa parte dessa “galerinha”, hoje entre 14 e 29 anos, já está ingressada - ou se preparando para ingressar - no mercado de trabalho de alguma maneira. Além disso, a Gen Z, dentro das empresas e corporações, deve ultrapassar os chamados Baby Boomers (nascidos entre 1945 e 1964) ainda em 2024, de acordo com o site Glassdoor. 

Por um lado, enquanto a iGeneration traz em sua bagagem várias habilidades importantes para o nosso cenário econômico atual, sobretudo a fluência digital, ambição por experiência e conhecimento e uma espantosa (no bom sentido) capacidade de adaptação, por outro, sua entrada em peso no mercado de trabalho preocupa gestores e recrutadores de empresas.

 

Diferenças geracionais no mercado de trabalho

 

Em janeiro deste ano, o Resume Builder, software que usa inteligência artificial para ajudar pessoas a montarem um bom currículo, publicou dados alarmantes. De acordo com a pesquisa, mais de 30% dos recrutadores simplesmente se recusam a contratar zoomers, preferindo candidatos mais velhos; ainda em relação a esse levantamento, 30% dos gestores demitiram seus funcionários Gen Z um mês depois de sua integração à equipe.

 

Existem motivos e justificativas para isso, que vão de questões comportamentais durante a entrevista às posturas adotadas por esses jovens no ambiente de trabalho. Alguns desses apontamentos podem estar relacionados à mentalidade da geração - tal qual o modo como ela interpreta a carreira profissional e, sobretudo, uma tentativa de quebrar os padrões estabelecidos por gerações passadas, hoje considerados antiquados ou obsoletos.

 

Ainda, é importante levar em consideração que a pandemia de Covid-19 acabou impactando a Gen Z de maneira mais severa. Aqueles que já procuravam emprego em idos de 2020 já estavam sendo apresentados ao modelo home office (ou semipresencial, dependendo do segmento), o que também moldou as expectativas dos jovens em relação ao mercado de trabalho como um todo.

 

Em 2021, no auge da pandemia, a plataforma LinkedIn apontou que 70% da iGeneration acreditam que um distanciamento de colegas de trabalho mais velhos e gestores impacta negativamente a carreira, já que é difícil aprender com eles a distância. Além disso, 72% dos entrevistados para esse estudo disseram que o lockdown afetou a capacidade de desenvolver as chamadas soft skills.

 

No entanto, o ponto importante desse levantamento do LinkedIn é que os zoomers procuram maior flexibilidade em sua carreira, com 38% dizendo que preferem o modelo híbrido de trabalho.

 

Os jovens de hoje são o futuro de amanhã

A educação que a Gen Z recebeu em casa também é importante para entender por que seu comportamento no mercado de trabalho é tão diferente daquele visto em profissionais mais experientes de gerações passadas. E, mesmo a contragosto de recrutadores e gestores, ignorar esses jovens e o potencial que eles possuem não é o ideal para nenhuma empresa - em alguns anos, os zoomers serão maioria no ambiente corporativo, ultrapassando até mesmo os millennials em números.

Existem meios de contornar as diferenças geracionais, como apostar em mentorias e outros programas de desenvolvimento para melhorar a etiqueta e o desempenho desses jovens e até mesmo usar suas ambições para criar oportunidades de crescimento e inovação. Essas medidas ajudam não apenas a lapidar esse diamante bruto chamado Gen Z, mas também aprender com ela.

De certo modo, investir nesses jovens vai além dos benefícios para as empresas; ele é o fator principal para que tenhamos, hoje e cada vez mais, um mercado de trabalho mais inclusivo, dinâmico e resiliente.

 

Mari Galindo - fundadora da Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos verticais e geração Z

 

Comportamento do consumidor próximo ao Dia das Mães mostra que a preferência por compras via dispositivo móvel continua em alta

Segundo pesquisa realizada pela Digital Turbine em parceria com a Adsmovil, 73% dos consumidores afirmam que vão comprar um presente por meio de uma publicidade em dispositivos móveis se o produto os atrair 

 

Segundo um levantamento de 2023 feito pela Nuvem Shop - plataforma para criação de lojas online líder na América Latina -, os lojistas movimentaram 189,5 milhões em vendas digitais no período relacionado ao Dia das Mães, com um tíquete médio nacional de R$ 249,60. 

A empresa ainda mostrou que as PMEs online utilizaram campanhas específicas para alcançar novos clientes e, consequentemente, aumentar o faturamento. Já dados da Rakuten Advertising revelaram que a data registrou um tíquete médio de 25% nas vendas online no ano passado em relação a 2022.

Números como esses nos mostram a intenção de compra dos consumidores, e a disponibilidade e tempo usados para pesquisa via internet. Dado o apelo emocional que a data traz, as marcas têm em mãos uma valiosa oportunidade de se conectarem com seu público-alvo através de campanhas integradas nos diferentes canais de vendas disponíveis. 

Isso é o que o estudo realizado pela Digital Turbine em parceria com a Adsmovil, adtech líder em inovação de soluções de publicidade digital, mostra ao revelar que 65% dos consumidores declararam ter comprado presentes para o Dia das Mães no passado e estão considerando fazê-lo novamente este ano, sendo que a maioria (69%) pretende fazer isso por meio de aplicativos móveis.

“Os anúncios em smartphones ainda são os que mais geram lembrança, com 58%, seguido pelo PC/portátil com 40% e a televisão em terceiro com 34%. Além disso, os motores de busca e os anúncios em dispositivos móveis são as principais ferramentas para descoberta de produtos, figurando com 42% e 32% respectivamente. Isso também se reflete no ambiente onde as pessoas realizam a maioria de suas compras, tornando essencial a maneira como as marcas se apresentam nesses meios”, comenta Leila Guimarães, Managing Director da Adsmovil no Brasil.

Os dados revelam ainda que 73% dos consumidores afirmam que vão comprar um presente para o Dia das Mães por meio de uma publicidade em dispositivos móveis se o produto os atrair. Em relação ao tipo de presente, três segmentos se destacam: vestuário (60%), chocolate (58%) e linha de cosméticos (54%).

Por fim, a pesquisa mostra que 52% dos consumidores escolhem fazer as compras online com opção de entrega em casa e 48% ainda vão até a loja buscar o presente ideal.

Com este panorama mapeado, torna-se mais evidente as preferências do público durante a data, revelando um cenário repleto de oportunidades para o comércio. Essas tendências de mercado têm o potencial de impactar significativamente nas vendas.

“Através da pesquisa percebemos que os consumidores estão cada vez mais atraídos pela facilidade de busca personalizada que as plataformas oferecem. As interações estão mais dinâmicas, gerando mais lembranças, e facilitando as compras e a escolha dos clientes. Acreditamos que o Dia das Mães trará grandes retornos para aqueles que souberem passar a mensagem de forma qualificada”, enfatiza Leila.

 

4 Benefícios da Assessoria Tributária para sua empresa


Um projeto de lei que visa alterar a lei de falências e ampliar o poder dos credores em processos do tipo ou de recuperação judicial, foi aprovado pela Câmara dos Deputados na última semana, abrindo o leque para um diálogo importantíssimo sobre o papel do tributarista em questões administrativas e judiciais para entes privados. Isso porque, ele deve ir além da simples defesa do contribuinte, atuando também preventivamente, reduzindo a probabilidade de litígios futuros e melhorando a carga tributária da empresa.

Muitos contribuintes subestimam a importância da atuação preventiva do tributarista dentro do ambiente empresarial, o que a longo prazo pode resultar em problemas financeiros e legais no futuro. É fundamental enxergar o tributarista não como um custo, mas sim como um investimento capaz de proporcionar ganhos competitivos à empresa.


A complexidade das normas tributárias no Brasil expõem a necessidade de uma assessoria jurídica.

É preciso enfatizar a complexidade das normas tributárias no Brasil e que essa problemática pode se tornar uma grande dificuldade para a conformidade fiscal da empresa. Além disso, também é um dos principais fatores que fazem com que, muitas vezes, seja pago mais impostos do que o necessário. Nesse cenário, a escolha do regime tributário adequado e a identificação de benefícios fiscais podem fazer grande diferença na saúde financeira da empresa.

Para se ter idéia, seguem alguns dos benefícios da contratação de uma assessoria jurídica para negócios


Escolha do Melhor Regime Tributário: O tributarista pode indicar o regime tributário mais adequado para a sua empresa (Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional), reduzindo o impacto tributário nas contas da organização.


Planejamento Financeiro Efetivo: Antecipar as obrigações tributárias permite um planejamento financeiro mais eficaz, evitando surpresas futuras com obrigações fiscais não cumpridas ou erros de interpretação.


Saúde Financeira Sólida: A eficiência fiscal contribui para a saúde financeira da empresa. O advogado tributarista pode ajudar a economizar com a redução de alíquotas, por exemplo.


Defesa em Ações Judiciais: Com segurança e conhecimento, o advogado tributarista defende a empresa em ações judiciais relacionadas à tributação.

Em resumo, a contratação de uma assessoria tributária pode proporcionar diversos benefícios para o negócio, como a escolha do regime tributário ideal, um planejamento financeiro mais eficaz, uma saúde financeira mais sólida e defesa mais consistente em ações judiciais tributárias. Portanto, é fundamental contar com a expertise desse profissional para garantir o cumprimento adequado das obrigações fiscais e melhorar a situação tributária da empresa.

 

Nayhara A. Cardoso Queiroz - Head de Direito Tributário na RGL Advogados

 

Digitalização de dados na Saúde: o que os EUA nos ensinam

Mesmo com todo o avanço em tecnologia e legislação, a área da Saúde enfrenta mais desafios na digitalização e no armazenamento de dados do que outros segmentos de mercado. Além de manter informações financeiras e de recursos humanos, as empresas de Saúde precisam arquivar dados de saúde, classificados pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) como sensíveis.

A LGPD especifica “como informações sensíveis” origem racial ou étnica, convicções filosóficas ou religiosas, opiniões políticas, questões genéticas, biométricas sobre saúde ou a vida sexual. Além dessas, as informações pessoais também precisam ser mantidas de forma apropriada.

Embora a nossa legislação tenha sido influenciada pelo conjunto normativo norte-americano em relação à segurança médica, o conceito de informação sensível no Brasil é mais amplo do que nos Estados Unidos – que conceitua especificamente quais os dados médicos precisam ser protegidos.

Em 1966 foi criado nos EUA o Health Insurance Portability and Accountability Act – HIPAA (Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguro Saúde, em português) para assegurar a confidencialidade, integridade e disponibilidade na proteção de informações dos pacientes como: diagnóstico, número do seguro social, tratamento, exames, prescrição médica, faturas de cobrança, entre outros. Conhecer como as empresas norte-americanas protegem esses dados pode ajudar os profissionais do Brasil em sua estratégia de digitalização e armazenamento.

 

Do físico para o digital

O grande avanço de digitalização nos Estados Unidos começou a partir de 2009, com a Health Information Technology for Economic and Clinical Health – HITECH (Lei de Tecnologia de Informação em Saúde para Saúde Econômica e Clínica, em português), que estimulou, por meio de incentivos financeiros, a digitalização dos dados de saúde. O programa MyHealthEData, lançado em 2018, promoveu o conceito que os pacientes deveriam ter o controle de suas informações e poderiam transferi-las de um médico a outro, o que estimulou as organizações a buscarem ferramentas para a interoperabilidade de dados.

Segundo o Office of the National Coordinator for Health Information Technology – ONC (Gabinete da Coordenação Nacional de Tecnologia da Informação em Saúde, em português), dos Estados Unidos, em 2008, 9% dos hospitais e 17% dos médicos usavam registros eletrônicos dos pacientes. Em 2021, os números eram de 96% dos hospitais e 78% dos médicos.

No Brasil, em 2009, foi publicada a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 1.931. A norma estabelecia que o prontuário ficaria sob a guarda do médico ou da instituição que assiste o paciente, vedava o manuseio e o conhecimento dos prontuários por pessoas não obrigadas ao sigilo profissional e concedia ao paciente ter acesso ao seu prontuário quando solicitado.

A digitalização avançou aqui a partir de 2018, ano de publicação da LGPD e da Lei 13.787, que dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente. Nos anos posteriores, o governo já organizou várias iniciativas para ampliar a digitalização. A última, em janeiro de 2024, foi a realização da 1ª Jornada de Proteção de Dados Pessoais no SUS, pela Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde – Seidigi, que buscou orientar sobre a necessidade de serem desenvolvidas habilidades para aumentar a segurança da informação, interpretação da LGPD e tratamento e compartilhamento de dados pelo poder público em conjunto com a sociedade civil.

Atualmente, as organizações de saúde devem ter políticas e procedimentos de gestão de registros médicos - físicos e agora digitais - para manter a conformidade, garantir a privacidade dos pacientes e mitigar riscos como erros médicos e violações de dados. Ao mesmo tempo é preciso se preparar para uma era de interoperabilidade dessas informações.

 

O preço da má gestão

Segundo o relatório da IBM Cost of a Data Breach Report, de 2023, pelo 13º ano seguido o setor de saúde foi o que registrou o maior prejuízo com o vazamento de dados com o custo médio de US$ 10,93 milhões, valor 53,3% superior ao registrado em 2020. A pesquisa, realizada entre março de 2022 e março de 2023, analisou mais de 550 empresas, de 17 setores da economia, em 16 países, incluindo o Brasil.

Nos Estados Unidos, um único ataque ocorrido em 2015, causou a um hospital prejuízos estimados em US$ 260 milhões. O valor inclui indenizações às pessoas que tiveram os dados vazados, ações para notificar sobre a ocorrência e a implantação de medidas de segurança.

O ataque mais recente, que ganhou notoriedade no Brasil, aconteceu em janeiro de 2024, quando funcionários do Instituto Nacional do Câncer (Inca) não conseguiram inserir informações no sistema. Apesar dos hackers não acessarem os dados dos pacientes, a unidade do instituto que mais recebe pacientes para fazer o tratamento de radioterapia precisou parar o serviço por três dias.

Além de ataques, o mau gerenciamento dos dados gera prejuízo e riscos jurídicos. Em 2019, a 7ª Vara Cível de Campo Grande (MS) condenou um hospital ao pagamento de R$ 5 mil de danos morais a um paciente, pois o hospital não forneceu seu prontuário médico. A solicitação foi feita no ano de 2015, pois o paciente queria solicitar a indenização do seguro DPVAT. E a resposta do hospital, já na esfera judicial, foi que não conseguia encontrar o documento.

 

Como gerenciar bem os dados

A conversão de arquivos físicos em documentos eletrônicos pode ser complexa. Contar com o apoio de uma empresa especializada na gestão de documentos com especialistas, que tenham as ferramentas corretas para digitalizar as informações pode tornar o processo mais simples e eficiente.

Da criação até a destruição, os registros dos pacientes devem estar seguros. Os registros eletrônicos devem ter uma trilha de auditoria detalhada e os registros em papel devem ser trancados com segurança em uma sala com acesso restrito. Os registros armazenados fora do local devem ser mantidos em instalações certificadas e com controle climático. No final de seu ciclo de vida, 20 anos após a última consulta do paciente, os registros em papel e eletrônicos devem ser destruídos com segurança.

As organizações devem treinar todos os membros da força de trabalho nos procedimentos de segurança dos registros médicos, limitar o acesso às instalações onde os registros são armazenados ou acessíveis, implementar hardware, software e procedimentos para monitorar o acesso.

Os registros realizados em vídeo e áudio devem ter o mesmo tratamento dos textuais e precisam ser realizados de maneira transparente e com autorização do paciente. Também é preciso manter a privacidade dos dados dos funcionários das instituições de saúde.

A finalidade dos avanços tecnológicos, da digitalização à interoperabilidade das informações, é reduzir os custos operacionais das instituições de saúde, melhorar o desfecho do atendimento e aumentar a percepção de acolhimento do paciente e seus familiares.


Inon Neves - vice-presidente sênior da Access Latam


Seu negócio não anda? A culpa pode estar em você mesmo

 Terapeuta especialista em comportamento empresarial dá dicas de como fortalecer seu empreendimento

 

O sucesso de um negócio depende de diversos fatores, desde a demanda do mercado até a execução eficiente das operações. No entanto, muitas vezes, quando um negócio não vai bem, a culpa pode estar no próprio empreendedor. 

De acordo com a terapeuta formada pelo CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito, e especialista em comportamento empresarial, Simone Resende, isso pode acontecer por motivos como:

 

Falta de planejamento estratégico: 


Um plano de negócios bem definido é essencial para o sucesso de longo prazo de um empreendimento. “Sem um plano claro, o empreendedor pode tomar decisões impulsivas e sem foco no longo prazo”, afirma Simone.

 

Falta de foco: 


Um negócio precisa ter um foco claro para se destacar no mercado. “Se o empreendedor tentar atender a todos os públicos, pode acabar não agradando a ninguém”, acrescenta Resende.

 

Falta de marketing e vendas:

 

Ela destaca que mesmo tendo um ótimo produto ou serviço, o negócio precisa ser conhecido e vendido. A falta de investimento em marketing e vendas pode ser um grande obstáculo para o sucesso.

 

Gestão deficiente:

 

Gerenciar um negócio envolve diversas tarefas, como finanças, operações, recursos humanos e marketing. Se o empreendedor não tiver as habilidades necessárias para gerenciar essas áreas, o negócio pode sofrer.

 

Falta de adaptabilidade:

 

O mercado está em constante mudança, e o negócio precisa se adaptar para acompanhar essas mudanças. “Se o empreendedor for resistente a mudanças, o negócio pode ficar para trás da concorrência”, destaca a terapeuta.

 

Falta de motivação e persistência:

Empreender é um desafio, e haverá momentos de dificuldade. Se o empreendedor não for motivado e persistente, pode desistir facilmente.

Mas como isso pode ser evitado? Simone compartilha estratégias para solucionar esses problemas:

 

Faça um plano de negócios detalhado:

Defina seus objetivos, estratégias e metas de curto, médio e longo prazo.

 

Identifique seu público-alvo:

Conheça as necessidades e desejos dos seus clientes para oferecer produtos ou serviços que realmente atendam às suas expectativas.

 

Invista em marketing e vendas:

Crie uma estratégia de marketing para divulgar seu negócio e gerar leads. Treine sua equipe de vendas para converter leads em clientes.

 

Aprimore suas habilidades de gestão:

Busque cursos, treinamentos e mentoria para desenvolver as habilidades necessárias para gerenciar seu negócio de forma eficiente.

 

Esteja aberto a mudanças:

Mantenha-se atualizado sobre as tendências do mercado e esteja disposto a adaptar seu negócio para se manter competitivo.

 

Mantenha-se motivado e persistente:

Acredite no seu negócio e não desista diante das dificuldades. Comemore suas conquistas e aprenda com seus erros.

“Lembre-se que o sucesso de um negócio é um processo contínuo que exige trabalho duro, dedicação, persistência e acima de tudo, ter inteligência emocional. Quanto mais você conhecer as suas emoções e aprender a lidar com elas, mais facilmente irá passar pelos desafios de empreender. É importante também estar sempre disposto a aprender e se adaptar às mudanças do mercado. Não tenha medo de pedir ajuda a outros profissionais quando precisar”, finaliza Simone.

  



Simone Resende - Terapeuta pelo CPAH (Centro de Pesquisa e Análises Heráclito) e Profissional com formações em Ciências Econômicas e Direito. Ao longo de 31 anos no Tribunal de Justiça do DF, se destacou como Diretora-Geral Administrativa da Vara da Infância e Juventude. Com certificações em Mastercoach pela Federação Brasileira de Coach Integral Sistêmico, é Treinadora Comportamental, PNL e Mastercoach pelo Instituto Marcelo Lyouman. Participou de um curso de Oratória com Samer Agi.


Dia do Trabalho: o uso do canal de denúncia na segurança ocupacional para prevenir acidentes

 No cotidiano laboral, a segurança dos trabalhadores permanece sendo um tema abordado por companhias no mundo inteiro. Seja por meio de treinamentos recorrentes, reciclagens e orientações, o assunto se faz presente independente do setor. No entanto, o cenário ainda não está perto de ser otimista. 

Segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab), no ano de 2021, diariamente, mais de 1.670 acidentes de trabalho foram notificados e em decorrência deles, sete pessoas morreram por dia. 

Alguns esforços têm sido feitos para a redução desse número. Existem datas de conscientização e engajamento, como o Dia Mundial da Segurança e Saúde, comemorado em 28 de abril, e o 1° de maio, mais conhecido como Dia Mundial do Trabalho. 

O poder público também é parte importante nessa luta, atuando por meio da Justiça do Trabalho na promoção de iniciativas voltadas ao assunto. Entretanto, cabe às empresas os principais esforços para promover um ambiente de trabalho cada vez mais saudável para seus colaboradores. 

Nesse contexto, a tecnologia emerge como uma aliada poderosa na prevenção de acidentes e na promoção de ambientes laborais seguros. Uma das ferramentas mais eficazes nesse sentido são os canais de denúncia, que oferecem uma plataforma para que os colaboradores relatem problemas relacionados à segurança, desde condições de trabalho inadequadas, até comportamentos inseguros por parte de colegas ou superiores. 

Os canais de denúncia, são uma via de reporte seguro entre a operação e a administração da empresa. Seu principal objetivo é tornar conhecidas situações que possam prejudicar o desenvolvimento do trabalho, permitindo a averiguação e solução dos relatos. 

A integração do tema segurança ocupacional nos canais de denúncia não apenas facilita o processo de reporte, mas também agiliza a resposta e a resolução de problemas. Plataformas on-line e aplicativos móveis permitem que os funcionários relatem incidentes em tempo real, possibilitando uma resposta por parte da equipe de segurança. Além disso, a tecnologia desses meios podem oferecer opções de anonimato, o que encoraja os trabalhadores a denunciarem sem medo de represálias, promovendo uma cultura ética. 

A análise de dados provenientes dos canais de denúncia também é uma maneira poderosa de identificar padrões e tendências que podem indicar áreas de risco ou problemas sistêmicos. Segundo o 9° Estudo Nacional sobre Canais de Denúncias, as categorias “má intenção/ilícitos” e “descumprimento de políticas, normas, procedimentos” representaram 32,93% das denúncias gerais em 2023, sendo essa última líder entre os tipos mais relatados em determinados setores, como o de Construção, por exemplo. 

Além disso, a utilização do canal de denúncias como via de reporte eficaz para casos que ponham a segurança laboral em risco, permite a promoção de ciclos de educação e treinamentos dos funcionários sobre como aumentar a efetividade dos relatos ao denunciar corretamente essas situações. As empresas podem oferecer uma variedade de recursos para o engajamento e acesso fácil à ferramenta, desde cursos on-line interativos até panfletos informativos com QR Code espalhados estrategicamente. 

A utilização dos canais de denúncia para a promoção de um ambiente mais seguro pode ser uma realidade que irá poupar prejuízos financeiros às companhias, auxiliar na construção de um ambiente organizacional mais saudável e, principalmente, salvar vidas. Ao facilitar esse processo de reporte e agilizar a resposta a incidentes, analisando dados para identificar áreas de risco e educando os funcionários, as empresas podem criar locais de trabalho que protejam o bem-estar de seus colaboradores.
 



Pedro César Sousa Oliveira é advogado e consultor sênior de Inteligência Corporativa da Aliant, empresa especializada em soluções para Governança, Compliance, Ética, Privacidade e ESG.


Aliant
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Dia do Trabalho: 5 mitos sobre a Geração Z no mercado


Mari Galindo, fundadora da Nice House, ajuda a desmistificar estigmas sobre a trajetória profissional da GenZ

 

O Dia do Trabalho pode ser um feriado nacional, mas além da pausa para o descanso, a data também desperta uma série de reflexões sobre a chegada dos mais jovens às empresas. Diante de um mercado dinâmico e em constante mudança, a geração Z (nascidos entre 1995 e 2021) cultiva expectativas e enfrenta desafios muito diferentes de seus líderes millennials e boomers.

 

“Boa parte dessa ‘galerinha’ já ingressou ou está se preparando para ingressar no mercado de trabalho. Inclusive, o número de profissionais da Gen Z deve ultrapassar o de  boomers (nascidos entre 1945 e 1964) nas empresas ainda em 2024, de acordo com o site Glassdoor”, comenta Mari Galindo, fundadora da Nice House, plataforma de entretenimento com foco em vídeos verticais e geração Z.

 

“Por um lado, enquanto a Gen Z traz em sua bagagem várias habilidades importantes para o cenário econômico atual, sobretudo a fluência digital, ambição por experiência e conhecimento e uma espantosa (no bom sentido) capacidade de adaptação, por outro, sua entrada em peso no mercado de trabalho preocupa gestores e recrutadores de empresas”, explica.

 

Mitos e verdades sobre a Gen Z no mercado de trabalho

 

Em janeiro deste ano, o Resume Builder, software que usa inteligência artificial para ajudar pessoas a montarem um bom currículo, publicou dados alarmantes. De acordo com a pesquisa, mais de 30% dos recrutadores simplesmente se recusam a contratar a Gen Z, preferindo candidatos mais velhos; ainda em relação a esse levantamento, 30% dos gestores demitiram seus funcionários mais jovens um mês depois de sua integração à equipe.

 

A seguir, Mari comenta os principais estigmas que a geração Z enfrenta no dia a dia profissional. Confira:

 

1. Falta de compromisso com o trabalho

MITO. “A dificuldade de gerir a Gen Z no ambiente de trabalho tem a ver, na maioria dos casos, com mentalidade da geração - tal qual o modo como ela interpreta a carreira profissional e, sobretudo, uma tentativa de quebrar os padrões estabelecidos por gerações passadas, hoje considerados antiquados ou obsoletos”, explica Mari.

 

2. A educação recebida em casa contribui para certas posturas no trabalho

VERDADE. “Algumas questões comportamentais, durante a entrevista e também no ambiente de trabalho, tanto positivas quanto negativas, vêm da educação que os jovens tiveram em casa. Não necessariamente se tratam de características geracionais”, conta.

 

3. Os jovens preferem o trabalho 100% remoto

MITO. “A pandemia de Covid-19 acabou impactando a Gen Z de maneira mais severa. Aqueles que já procuravam emprego desde 2020 já estavam sendo apresentados ao modelo home office (ou semipresencial, dependendo do segmento), o que também moldou as expectativas dos jovens em relação ao mercado de trabalho como um todo. Em 2021, por exemplo, o LinkedIn apontou que 70% da geração Z acredita que um distanciamento de colegas de trabalho mais velhos e gestores impacta negativamente a carreira, já que é difícil aprender com eles a distância”, aponta a fundadora da Nice.

 

4. Flexibilidade entre profissional e pessoal é tudo

VERDADE. “O mesmo estudo do LinkedIn apontado acima também mostrou que 38% dos entrevistados preferem o modelo híbrido de trabalho, justamente porque os ajuda a manter sua rotina pessoal e também trocar experiências com os colegas mais experientes”, complementa.

 

5. Não dá para mudar a postura da Gen Z no ambiente de trabalho

MITO. “Existem meios de contornar as diferenças geracionais, como apostar em mentorias e outros programas de desenvolvimento para melhorar a etiqueta e o desempenho desses jovens e até mesmo usar suas ambições para criar oportunidades de crescimento e inovação. Essas medidas ajudam não apenas a lapidar esse diamante bruto chamado Gen Z, mas também aprender com ela”, instrui.

 

Mesmo que, algumas vezes, a contragosto de recrutadores e gestores, é extremamente importante que as empresas invistam nos mais jovens“Ignorar o potencial que eles possuem não é o ideal para nenhuma empresa - em alguns anos, eles serão maioria no ambiente corporativo, ultrapassando até mesmo os millennials em números. Investir na Gen Z vai além dos benefícios para as empresas; ele é o fator principal para que tenhamos, hoje e cada vez mais, um mercado de trabalho mais inclusivo, dinâmico e resiliente”, conclui Mari Galindo.

 

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Segurados podem pensar que estão protegidos e não estão, diz educador financeiro

Segundo Thiago Martello, artigo 769 do Código Civil Brasileiro pode ser armadilha para quem não faz ideia de sua existência


Contar com um seguro de vida é essencial por diversas razões, mas muitas  vezes os segurados podem achar que estão protegidos e não estão. Segundo Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, o artigo 769 do Código Civil Brasileiro deveria ser conhecido por todos que contratam um seguro, mas normalmente não é. 

De acordo com o planejador financeiro, que também é certificado pela SUSEP, o artigo 769 do Código Civil Brasileiro obriga o segurado a comunicar ao segurador, logo que saiba, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito à garantia, se provado que silenciou de má-fé. “Muitos bancos se apoiam nessa lei para tentar não pagar o seguro de alguém. O problema é que eles também não explicam claramente para a pessoa, no ato da contratação, que ela precisará  informar que adquiriu alguma doença, por exemplo. Geralmente está nas letras miúdas. Aí a pessoa não informa e, quando vai ver, não está mais coberta”, diz Martello. 

Além disso, segundo o especialista, os bancos costumam aceitar qualquer pessoa na hora da contratação, sem pedir exames nem nada do tipo. Porém, depois de um tempo, podem dizer simplesmente que não querem mais, e deixam a pessoa a ver navios ou tendo que desembolsar um valor muito mais alto para continuar tendo direito.  

“Isso não acontece com seguradoras tradicionais que, normalmente, antes de aceitarem a apólice de alguém, pedem exames, fazem entrevistas e todos os procedimentos necessários. Nesses casos, uma vez que a pessoa seja aceita, não poderá ser excluída a qualquer tempo. Por isso é extremamente necessário escolher o seguro de vida com atenção para realmente estar protegido. Procure conhecer a procedência das empresas e a forma como se comportam perante o pagamento das apólices, além de ler o contrato com atenção”, adverte.

Martello ressalta que um seguro de vida é uma ferramenta fundamental em qualquer planejamento financeiro, já que não apenas ajuda a garantir proteção individual, mas também a segurança dos entes queridos e a proteção do patrimônio adquirido. “Um seguro de vida vai garantir que a família tenha suporte no caso de morte prematura. Além disso, pode garantir uma renda por tempo determinado ou indefinido caso a pessoa não possa mais trabalhar. O valor não passa por inventário e pode garantir o pagamento de despesas essenciais, como custos de moradia, educação dos filhos e despesas diárias”, explica. 

Além disso, o seguro de vida pode ser usado para pagar dívidas pendentes, como empréstimos pessoais e cartões de crédito, evitando que essas obrigações financeiras recaiam sobre os familiares. “Sem contar com a cobertura de despesas funerárias, que pode gerar altos custos de uma hora para a outra”, complementa Martello.

Ele orienta que é preciso escolher com atenção a empresa seguradora e ler as “letras miúdas” do contrato para não correr riscos de não receber o valor justamente quando mais for necessário. “Boa parte das pessoas escolhe qualquer banco, faz um seguro por lá e não se preocupa em ler as entrelinhas ou conhecer a legislação. Por isso, quando algo acontece e o seguro é acionado, muitas vezes acaba sabendo que não terá direito a receber”, alerta. 

“Ou, ainda, a pessoa faz o seguro quando jovem. Anos passam e, lá na frente, quando já está mais velha e com maior dificuldade de contratar um seguro, recebe uma notificação do banco dizendo que não será mais coberto”, finaliza.  



Thiago Martello - Planejador Financeiro, fundador da Martello Educação Financeira, Administrador de Empresa com Pós em Finanças pela FGV, Assessor de Investimentos pela CVM, Especialista em Investimentos ANBIMA, Corretor de Vida e Previdência pela Susep. Embaixador da APOEF (Associação de Profissionais, Orientadores e Educadores em Finanças). Thiago Martello também participou da versão brasileira do Shark Tank Brasil, o maior programa de empreendedorismo do mundo. Atualmente, ele fala semanalmente, como especialista, para vários veículos da imprensa, entre eles: O Globo, Estadão, SBT, Folha de São Paulo, Jovem PAN, CNN e outros.
https://martelloef.com.br/


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