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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

6 dicas para alcançar o selo premium no mundo dos negócios

Especialista revela estratégias utilizadas para se destacar neste universo exclusivo

 

No mundo dos negócios, alcançar o patamar premium é mais do que um objetivo, é uma arte. Clara do Vale, especialista em gestão empresarial e posicionamento de marcas, compartilha insights valiosos sobre como transformar produtos e serviços comuns em experiências premium. Segundo Clara, o segredo não está apenas na qualidade superior, mas também em elementos como acesso restrito, experiências personalizadas e uma aura de exclusividade.

“A jornada para o mercado premium começa com a construção de uma marca pessoal impactante e eficaz. Para isso, é preciso refletir valores, conquistas e deixar uma impressão positiva duradoura. Só assim as portas do mercado premium se abrem com a força da sua marca pessoal", diz Clara.

Ela destaca que uma marca pessoal de sucesso vai além das habilidades técnicas. É um reflexo de sua identidade única, uma experiência excepcional que você oferece e a qualidade inquestionável do seu serviço ou produto, e a comunicação estratégica é decisiva para realçar a exclusividade e o valor da sua marca.

Clara conclui enfatizando que o mercado premium não se trata apenas do que se vende, mas de como se vende. "A percepção do valor está intrinsecamente ligada à experiência oferecida ao cliente. Adotando essas abordagens, os empreendedores podem não apenas elevar seus negócios, mas também estabelecer um legado no mundo premium".


1 - Marca pessoal

A autorreflexão não apenas constrói uma narrativa pessoal profunda, mas também desempenha um papel indispensável na construção de marca. A compreensão autêntica das origens, o compromisso em desempenhar papéis significativos e a visão clara para o futuro, formam os alicerces de uma marca pessoal robusta e impactante. Cada elemento, costurado delicadamente, contribui para a criação de uma narrativa harmoniosa, que ecoam com autenticidade e propósito.


2 - Jogo das percepções

A construção de uma marca é um verdadeiro jogo de percepções, influenciado por diversos fatores. Cada interação, mensagem e elemento visual desempenha um papel fundamental na formação da imagem. Estar atento a todas essas referências é de extrema importância para assegurar que a impressão passada não seja diferente da impressão que se deseja passar.


3 - O mapeamento

O mapeamento é uma jornada de autodescoberta. Neste processo, é fundamental identificar elementos que verdadeiramente falam sobre a alma da marca. Não são apenas símbolos visuais, são ícones portadores de significados profundos, refletindo experiências, inspirações e conquistas pessoais. Ao escolher cuidadosamente os elementos, é possível construir uma linguagem visual representativa que é também, imediatamente, reconhecida pelos outros.


4 - Conceito premium

O conceito premium vai além da simples qualidade, é uma expressão de personalidade e autenticidade. Uma marca que abraça o premium, não apenas oferece produtos ou serviços excepcionais, mas também reflete uma identidade distinta. Neste universo, a marca não é apenas uma escolha, mas uma afirmação de estilo de vida e valores, elevando a experiência a um patamar único. A personalidade premium proporciona uma conexão genuína, que se torna uma expressão autêntica de quem escolhe.


5 - O Senso estético e o belo

 No universo premium, o senso estético é mais que uma busca pelo belo, é uma expressão refinada de bom gosto e elegância. Cada detalhe, desde o estilo, até os elementos, deve ser cuidadosamente escolhido para transmitir uma sensação de ordem e sofisticação. A beleza deve ser uma experiência que reflete em todos os pontos, elevando o padrão e criando um universo onde a estética é uma manifestação elegante da atenção aos detalhes.


6 - A exposição

A exposição da figura, vai além das fronteiras profissionais, revelando um repertório multifacetado que enriquece a identidade individual. Seja por meio do gosto musical, envolvimento no teatro, apreciação da arte ou outras paixões, os interesses devem transcender a especialidade da marca, formando um mosaico único. Ao compartilhar as dimensões pessoais, a marca não só se humaniza, mas também estabelece conexões autênticas, oferecendo uma visão mais completa e cativante da pessoa por trás da imagem profissional.

 

Clara do Vale - nutricionista por formação, com duas pós-graduações na área da saúde e MBA em gestão, empreendedorismo e desenvolvimento de negócios pela PUCRS. Focada no empreendedorismo feminino, viajou o mundo formando alunas em mais de 60 países e já acumulou um faturamento médio de 15 milhões em vendas. CEO da empresa Mentory International, também é pioneira no ensino da Gestão Premium para Marca Pessoais e Negócios que Vendem Alto Ticket.


Cancelamento é a principal causa de processo contra companhias aéreas no Brasil e 20% dos passageiros registraram problemas em voos, mostra levantamento da ICA Advocacia

Dados do escritório especializado em direito do consumidor revelam que atrasos de voos e extravios de bagagem também estão entre os maiores motivos de judicialização

 

 

Os problemas que muitos brasileiros enfrentam nos aeroportos nacionais e que se transformam em processos judiciais podem ser detalhados em números:40% deles são por causa de cancelamentos de voos, 25% por atrasos, 20% por extravio de bagagem, 10% por overbooking (venda de mais passagens do que a aeronave comporta) e 5% por impedimento de embarque. Os dados se referem a 2022 e fazem parte de um levantamento realizado pela ICA Advocacia, escritório especializado em direito do consumidor que atua defendendo passageiros em processos judiciais contra companhias aéreas. A análise da empresa também mostra que dos 90 milhões de passageiros no ano passado em território nacional, 18 milhões foram prejudicados, ou seja, 20% dos viajantes registraram problemas.

 

No escritório ICA, especializado nesse tipo de demanda do consumidor, por exemplo, o índice de procedência nos processos é de 89%. Isso é possível porque existe uma jurisprudência pacificada no STJ e nos tribunais sobre o reconhecimento da responsabilidade da companhia aérea e/ou agência de viagens, o que contribui para indenizações e possibilidade de acordos extrajudiciais, além de maior segurança jurídica das decisões em 1ª Instância e nos Juizados Especiais. Um processo bem instruído, com fatos expostos de forma clara e objetiva e ampla documentação probatória, é a chave para o consumidor conseguir não apenas um reembolso, mas também uma indenização por todos os danos sofridos em virtude da situação enfrentada por ele. Para que isso ocorra, é indispensável o papel do advogado para orientar, ingressar e conduzir o processo em juízo”, explica Igor Coelho, fundador do ICA.

 

O consumidor prejudicado deve reunir o máximo de provas possíveis para fortalecer seu manifesto de insatisfação. Em caso de atraso ou cancelamento de voo sem justo motivo, por exemplo, é muito importante solicitar à companhia aérea a Declaração de Contingência e, se possível, tirar uma foto do painel do aeroporto que demonstre a situação do voo em tempo real. Além disso, há cuidados a serem tomados prevendo a possibilidade de extravio de bagagem: o passageiro pode filmar sua mala aberta em casa com todos os itens já guardados, bem como pode registrá-la no momento de despacho no aeroporto, quando a mala recebe uma etiqueta e é encaminhada ao bagageiro do avião.

 

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor e as convenções internacionais competentes, o prazo prescricional para reivindicar em juízo os direitos decorrentes de voos nacionais é de cinco anos e, para voos internacionais, o período é de dois anos, contados a partir da data do problema. Assim que o fato ocorrer, não deixe de consultar o advogado de sua confiança para saber como proceder com relação à companhia aérea e quais os direitos podem ser reivindicados naquele momento. Depois, com calma, é hora de reunir documentos pessoais e relacionados à viagem e procurar um advogado que irá verificar qual a documentação necessária para aquela situação em específico”, finaliza Igor Coelho.

 

 

 

 

ICA Advocacia



Alienação Parental: Entenda o que é a acusação que o ex de Ana Hickmann fez contra a apresentadora

A alienação parental não pode gerar prisão, apenas multa determinada pelo juiz e mudanças no regime de visitas, afirma a advogada Dra.Lorrana Gomes, do escritório L Gomes Advogados

 

Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann, solicitou à justiça a prisão da apresentadora por não cumprir a determinação judicial quanto à guarda do filho. Ele alegou que Ana se recusou a entregar o filho para que passasse uma semana com o pai, contrariando a decisão de que o filho estaria com ele entre os dias 3 e 10 de dezembro. 

 

De acordo com o documento, a apresentadora teria permitido “apenas um rápido encontro para um lanche no final da tarde, alegando que iria para praia com amigos e que levaria o menor junto” em desacordo com a ordem judicial.

 

O que é alienação parental?


Conforme estabelecido pela Lei 12.318/2010, a alienação parental se refere à ação de um dos pais que interfere no desenvolvimento psicológico da criança ou adolescente, levando-os a rejeitar o outro genitor, prejudicando assim o vínculo entre eles. 

Uma das ações mais comuns de praticar a alienação parental é a dificultação ou impedimento total intencional do contato da criança com o outro genitor. Cada vez mais o tema tem ganhado notoriedade atualmente.

 

Alienação parental pode levar à prisão?


De acordo com a advogada e consultora jurídica, Dra. Lorrana Gomes,  do escritório L Gomes Advogados, a prática não pode levar à prisão.

A punição estabelecida para a prática de alienação parental é uma multa, que será fixada pelo juiz, e alterações no regime de visitas, no qual, em geral, o genitor perde parte da guarda ou até mesmo perde a guarda total da criança”, destaca. 

No entanto, no caso de Ana Hickmann há um diferencial, a medida protetiva que ela possui contra o ex-marido, o que pode demonstrar risco de violência doméstica, ou seja, diante disso o juiz pode dar a guarda total para a mãe”, afirma Dra. Lorrana Gomes.

 

 



Dra. Lorrana Gomes - Advogada e Consultora Jurídica, inscrita sob a OAB/MG188.162, fundadora do escritório de Advocacia L Gomes Advogados (full service). Graduada em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara e pós graduada em Direito Previdenciário e Lei Geral de Proteção de Dados. Pós graduada em Processo do Trabalho. Membro da Comissão de Admissibilidade do Processos Ético Disciplinar da OAB/MG. Autora de diversos artigos jurídicos.


Aporofobia é uma realidade nas redes sociais

O preconceito é uma realidade insidiosa que permeia nossa sociedade. Ele se manifesta de diversas formas, desde discriminação racial e de gênero até intolerâncias relacionadas a idade, aparência física, orientação sexual, classe social, religião e origem ética.

Mas, afinal, o que é preconceito? Uma manifestação de julgamento prévio e injusto, ou negativo, em relação a indivíduos, ou a grupos, baseado em características intrínsecas, muitas vezes alheias ao caráter ou habilidades.

As raízes do preconceito frequentemente residem em processos históricos, culturais e sociais, a transmissão de ideias discriminatórias ao longo de gerações contribui para a perpetuação dessas intolerâncias. Consequentemente, o preconceito pode ser enraizado em sistemas sociais, perpetuando desigualdades estruturais.

Não é apenas um problema individual, tem ramificações profundas na sociedade, podendo resultar em disparidades econômicas, oportunidades limitadas e, em última análise, na exclusão de grupos inteiros. A relação entre o preconceito e a violência é multifacetada. O prejulgamento pode alimentar atitudes violentas de diversas maneiras, contribuindo para a criação de um ambiente propício a hostilidade verbal e até física.

Em um período em que a liberdade de expressão é encorajada, as pessoas estão quase “literalmente” vivendo por meio das redes sociais e o mundo seria dos ideais, corpo ideal e riqueza extrema, temos visto um crescente exponencial de aporofobia. Palavra criada pela filósofa espanhola Adela Cortina, que tem como significado “aversão ao pobre”.

A aporofobia é um desafio que requer atenção e ação coletiva, uma vez que o respeito pela dignidade de todos, independentemente de sua situação econômica, é fundamental para que possamos conviver em sociedade.

As redes sociais têm o potencial de gerar a aporofobia de diversas maneiras, muitas das quais estão relacionadas a disseminação de estereótipos, desinformação e criação de bolhas sociais.

A disseminação de estereótipos negativos sobre pessoas em situação de pobreza, nas redes sociais, gera a formação de preconceito. Imagens, memes ou mensagens podem reforçar uma imagem distorcida. Já a comparação social destrutiva existe quando as redes sociais exibem padrões de vidas ideais ou irreais, podendo incentivar a comparação social prejudicial, alimentando ainda mais a discriminação de quem não está dentro dos padrões estabelecidos.

Agora as bolhas sociais podem levar a falta de exposições a diferentes realidades, devido aos algoritmos utilizados pelas plataformas digitais onde os usuários são expostos, principalmente, a opiniões semelhantes as suas. Estes algoritmos, geradores destes isolamentos, são os responsáveis pelo aumento de julgamentos e preconceitos.

Temos um problema, social e cultural, gerado principalmente por meio de instrumentos tecnológicos, ou seja, as famosas plataformas digitais. Portanto, precisamos urgentemente de uma regulamentação única que deve ser aplicada a todas as plataformas, para conter situações de preconceito. Não podemos ficar mais nas mãos dos “moderadores” das plataformas, pois tais serviços não se mostram efetivos. A prova disso é o aumento incessante de post, vídeos e comentários preconceituosos, que vemos todos os dias, de forma incessante.



Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br


Mercado de petróleo: o que esperar em 2024?

 O ano de 2023 foi marcado por muitos eventos que adicionaram ainda mais incerteza ao mercado global de petróleo. Em especial, a guerra no Oriente Médio poderia provocar uma enorme elevação dos preços do petróleo, uma vez que a região abriga cerca de metade das reservas comprovadas do mundo. Porém, observa-se que o preço do petróleo Brent tem se mantido na faixa USD 80 por barril e, mais recentemente, na faixa de USD 70 por barril. Para 2024, a EIA (Energy Administration Agency nos EUA) estima um preço médio em cerca de USD 83 por barril.

De fato, fazer previsões de preço de commodities é uma tarefa complexa. Na prática, elas possuem valores que acompanham a demanda e a capacidade de oferta global e, no caso do petróleo, é ainda mais complexo em função de inúmeros desafios geopolíticos e pelo fato de existir uma influência dominante da OPEP+ (organização dos países exportadores de petróleo, que inclui a Rússia, México, Malásia, entre outros 10 países), que controla cerca de 40% da oferta global de petróleo.

Nos últimos dois anos, a OPEP+ tem conduzido uma política mais restritiva na oferta para fazer frente a suas despesas orçamentarias domésticas dos países membros. Esta estratégia tem sido na contramão do ocidente, que busca maior estabilidade de preços e mitigação dos efeitos da inflação elevada no período pós-pandemia. Assim, o bloco trava um “cabo de guerra” com o ocidente, principalmente EUA, para manter a oferta global um pouco abaixo da demanda e, com isto, alcançar patamares de preços mais elevados.

Os EUA têm desempenhado um papel de grande relevância na estabilidade do mercado global de petróleo. Em especial no segundo semestre de 2023, o país atingiu recordes de produção, em particular de “shale gas”, na região oeste do Texas, na bacia chamada de “Permian Basin”. E, para fortalecer sua posição no controle de preços internacionais, o país também fez uso de reservas estratégicas – saindo de 617,8 para 351,3 milhões de barris nos últimos dois anos, uma redução de cerca de 53%.

Desde o início da guerra entre Rússia-Ucrania, na mesma direção, a União Europeia (UE) ampliou os seus estoques de petróleo para fazer frente a eventuais cortes de produção pelo bloco OPEP+. Além disso, vem buscando alternativas para diminuir a dependência do gás natural proveniente da Rússia, e acelerando a transição energética com diversas fontes renováveis.

Desta forma, o mundo pós-pandemia lida com uma nova e complexa dinâmica no mercado de energia, em particular no setor de petróleo, com choques sucessivos na cadeia de suprimento e pressões inflacionárias significativas – principalmente, pela elevação nos preços de energia e commodities. Adiciona-se a este contexto as guerras na Europa (Rússia-Ucrania) e no Oriente Médio (Israel-Hamas), tornando o ambiente geopolítico e econômico mais adverso e incerto.

Entretanto, diferente de outras crises no passado, o mercado parece estar mais equipado e resiliente para lidar com adversidades. O principal fator do lado da oferta é a revolução do “Shale Gas” nos EUA, que tornou o país o maior produtor de petróleo do mundo e vem atuando como contrapeso aos cortes sucessivos de produção da OPEP+.

Para se ter ideia da magnitude da influência dos EUA, na mesma época, no ano passado, as agências de governo nos EUA projetavam que a produção interna seria em média de 12,5 milhões de barris por dia no último trimestre de 2023.

Entretanto, essa estimativa aumentou para 13,3 milhões – a diferença equivale a acrescentar uma nova Venezuela ao abastecimento global. Adicionalmente, o aumento da produção de atores de fora da OPEP+, tais como Canadá (Out 2023: 4,8 MM bbl/d), Brasil (Out 2023: 3,5 MM bbl/d), Guiana (Nov 2023: 0,6 MM bbl/d), entre outros, tem sido um fator que contribui de forma significativa para a oferta global.

Do lado da demanda, porém, espera-se que já no primeiro trimestre de 2024, o Federal Reserve (banco central americano) inicie a queda na taxa básica de juros nos EUA, que deve estimular de forma mais acentuada o consumo e investimentos no país, afastando o cenário antes esperado de recessão.

Igualmente importante, a China apresenta indícios de recuperação, ou pelo menos, a atividade econômica demonstra sinais de resiliência acima do esperado. Observa-se ainda, uma dinâmica geopolítica bem diferente no mundo, com grandes movimentos em relação a segurança, transição energética e iniciativas coordenadas dos países para enfrentar as mudanças climáticas, tais como a COP (Conference of Parties), conferência organizada anualmente pela ONU.

No cenário doméstico, também observamos movimentações importantes. Seguindo a onda internacional, o Brasil vem investindo de forma decisiva na transição energética nos últimos anos, com possibilidade de se tornar um exportador líquido de crédito de carbono se progredir na regulamentação deste mercado e diminuir as queimadas ilegais, principalmente na região amazônica. Nota-se, também, que o país se destaca com um avanço significativo de oferta de energia proveniente de fontes renováveis e na produção de biocombustíveis.

Atualmente, a oferta de energia interna do país conta com a participação de cerca de 48% de fontes de energia renováveis, enquanto a média mundial está na faixa de 16%. Não menos importante, cabe mencionar que o Brasil, além de possuir uma vocação relevante na produção de energia de fontes renováveis e biocombustíveis, mais recentemente, vem se destacando na produção de hidrogênio verde, resultado de sua diversidade em fontes de energias renováveis e abundância de ativos neste setor.

Outro movimento, diz respeito ao reposicionamento estratégico da Petrobras – Novo Plano Estratégico 2024-2028. Nesta nova edição do plano estratégico, a empresa sinaliza uma mudança relevante que, em princípio, encontra-se em desacordo com o TCC (Termo de Compromisso de Cessação), firmado com o CADE, em meados de 2019. Neste novo plano, a empresa indica que irá fortalecer sua posição nos setores de refino e petroquímico – movimento de verticalização e com implicações concorrenciais importantes.

Seguindo em linha com esta direção, a empresa, inclusive, já anunciou o cancelamento de venda de parte do seu parque de refino e a possibilidade de recompra e/ou acordo de cooperação dos ativos já negociados, além da ampliação de sua participação e/ou compra da Braskem, no setor petroquímico. Assim, a Petrobras demonstra que tem a intenção de fortalecer sua posição dominante nos vários segmentos em que atua. Este posicionamento vai na contramão no desenvolvimento de um mercado aberto, dinâmico e competitivo. E, certamente, desmotiva novos investimentos do setor privado, o que pode provocar distorções concorrenciais com possíveis efeitos deletérios à sociedade.

Mais interessante seria, talvez, se a empresa optasse por um modelo de parcerias em alguns destes segmentos e, assim, criar oportunidades para novos entrantes e/ou empresas existentes operarem nos segmentos onde a Petrobras não possui vantagem competitiva ou não se alinha com seu core business.

Nestes casos, a empresa poderia participar com sua expertise e/ou até como potencial investidor – ganha o mercado com inovação e diversidade de atores; ganha a sociedade com oferta de produtos e serviços com preços mais competitivos. A consequência para sociedade seria maior geração de empregos e renda e, finalmente, uma maior arrecadação e investimentos do setor privado pelo governo.

Somado a isso, há o recente anúncio de que o Brasil pretende participar do cartel de países exportadores de petróleo OPEP+, inicialmente como observador – e, neste caso, sem imposição de cota e/ou direito a voto. Certamente, no formato atual, a Petrobras, por ser uma empresa de economia mista e listada em bolsa, não poderia se submeter a quotas de produção e, neste sentido, restaria somente a fração de óleo que a União tem controle através dos contratos de partilha da produção. Atualmente, estes contratos estão sob gestão da PPSA (Pré-Sal Petróleo/ SA), que administra um portfólio de contratos na região do pré-sal com cerca de 900 mil bbl/d de produção (último boletim Agosto de 2023).

A busca pela participação do Brasil de uma forma mais efetiva, demonstra uma preocupação cada vez maior da OPEP+ de aumentar a participação de países não membros no bloco, notadamente, caso do Brasil e da Guiana. Os países de fora da organização com produção crescente e relevante enfraquecem a influência da OPEP+ no mercado global e possibilitam um maior controle dos preços pelo ocidente, em particular EUA.

Desta forma, o Brasil, sendo um exportador líquido de petróleo e em ascensão, ser membro da OPEP+ somente por razões políticas, enfraqueceria sua posição de destaque no cenário global. Isso representa um verdadeiro “tiro no pé” pelo fato de o país ainda não ser autossuficiente em derivados, gerando uma preocupação adicional no controle da inflação, já que a estratégia do bloco é pela manutenção de preços de petróleo mais elevados. Como dizia o economista Roberto Campos, “o Brasil não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade”.

 



Felipe Kury - ex-diretor da ANP – Agência Nacional de Petróleo e Managing Partner na FK Energy Partners.

ESTUDO REVELA DESAFIOS E ASPIRAÇÕES DE MULHERES VULNERÁVEIS NO MERCADO DE TRABALHO

 Um recente estudo conduzido pelo Instituto Carlos Chagas, por meio do Projeto Menina-Moça, Mulher, apresentou resultados reveladores sobre as dificuldades enfrentadas por mulheres em situação de vulnerabilidade social no Rio de Janeiro ao buscarem oportunidades de trabalho. As entrevistas realizadas com 40 participantes atendidas pelo projeto forneceram insights importantes sobre a realidade enfrentada por esse grupo. 

Dados indicam que uma maioria expressiva, representando 67% das mulheres participantes, manifestou o desejo de trabalhar, contudo, enfrenta o desafio do desemprego. O estudo destacou que 87% dessas mulheres são mães, sendo que 89% delas têm filhos menores de 15 anos, tornando a busca por oportunidades de emprego formal mais complexa.

  Apesar das adversidades, 75% das participantes expressaram o desejo de retornar aos estudos, evidenciando claramente sua aspiração por um futuro mais promissor. Surpreendentemente, 42% das mulheres possuíam algum curso profissionalizante concluído, mas não foram encaminhadas para o mercado de trabalho após a conclusão. 

A falta de uma rede de apoio familiar para cuidar dos filhos durante a busca por emprego é uma dificuldade significativa, conforme evidenciado por relatos das participantes. Além disso, o estudo revelou que a falta de recursos financeiros foi um obstáculo para aquelas que não conseguiram concluir seus cursos de capacitação ou aperfeiçoamento. 

Entrevistas destacam o impacto dessas dificuldades na vida dessas mulheres: 

“Eu tenho uma filha de cinco anos, só que assim, para mim deixar ela com alguém teria que pagar. Só que eu não tenho uma pessoa que possa ficar com ela. Tipo vou começar a trabalhar e não tem ninguém para olhar ela, entendeu?” - CRDO, 42 anos.
 

“No momento, eu não tenho uma pessoa porque foi tudo muito recente que eu me separei (...), então minha mãe está trabalhando, minha irmã também trabalha aqui próximo, o pai só pega nos finais de semana, mas não são todos, então pra mim eu ainda não tenho uma pessoa de confiança para olhar ele. Mas eu quero bastante trabalhar.” - TM, 23 anos.
 

Apesar dos obstáculos, 75% das mulheres expressaram o desejo de voltar a estudar, demonstrando sua busca por um futuro mais promissor. O estudo destaca a importância de enfrentar os desafios identificados, não apenas por meio de políticas públicas eficazes, mas também através de iniciativas como as desenvolvidas pelo Projeto Menina-Moça, Mulher. A análise desses dados à luz das pesquisas premiadas de Claudia Goldin sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho fornece insights valiosos para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes em prol da igualdade de gênero e do empoderamento econômico.


Ano Novo, emprego novo: Serasa Experian inicia 2024 com 40 vagas abertas

 • Maioria das oportunidades é destinada para tecnologia e dados;

• Além da jornada flexível, companhia oferece participação em programas globais de melhoria contínua.


Já para o início de 2024, a Serasa Experian, datatech, líder em soluções de inteligência para análise de riscos e oportunidades, com foco nas jornadas de crédito, autenticação e prevenção à fraude, abre 40 vagas de trabalho. As oportunidades são destinadas às áreas de tecnologia e dados, além de posições para Vendas, Marketing, Finanças, Jurídico, Produtos e Atendimento. Para se candidatar, as pessoas interessadas podem acessar o site: www.serasaexperian.com.br/carreiras

 

A empresa conta com jornada flexível: das vagas disponíveis, 31 são para o formato híbrido, 7 para home office e 2 para o modelo presencial. As localidades prioritárias são a capital de São Paulo, São Carlos, Blumenau e Brasília.

 

A Serasa Experian oferece uma gama de benefícios como vale-transporte, vale-refeição, assistência médica e odontológica, seguro de vida, Gympass e Totalpass, canal de suporte 24h para apoio em questões sociais, de saúde, financeiras e jurídicas e parceria com cursos de idiomas.

 

Destacando-se no compromisso com a excelência e o desenvolvimento contínuo, a empresa apresenta o programa EmPower, uma iniciativa global de melhoria contínua, que reúne diversas metodologias de aprimoramento de processos, como Lean, Six Sigma, Kaizen, A3 e Design Thinking. A certificação Lean Six Sigma, especificamente, é oferecida com treinamento e mentoria custeados pela empresa. 

Como diferencial da cultura corporativa global, os colaboradores da Serasa Experian têm a oportunidade de participar dos Hackathons Globais, promovendo a inovação e desenvolvimento de soluções criativas para desafios internos e externos. Adicionalmente, a empresa incentiva o projeto Social Innovation, estimulando a criação de soluções e produtos que impactem positivamente a vida financeira das pessoas.


Experian
www.experianplc.com


Superdotação: Mitos prejudicam evolução da compreensão do tema

Existem muitas informações erradas disseminadas por “especialistas” em superdotação, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

 

Nunca a superdotação esteve tanto em pauta e toda essa repercussão sobre o tema ajuda a chamar a atenção para uma condição que, por muito tempo, foi deixada de lado. No entanto, ainda existem muitos mitos sobre a superdotação, como afirma o Pós PhD em neurociências, especialista em genômica e em inteligência, membro da Royal Society of Biology no Reino Unido, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

 

A superdotação se tornou um tema ‘viral’, o que por um lado ajuda a disseminar conhecimento sobre o tema, mas por outro também espalha muita desinformação, por exemplo, sempre surgem ‘especialistas’ para falar sobre o tema que não têm realmente um conhecimento profundo, o que contribui para distorcer detalhes sobre a condição”, explica.

 

O que é a superdotação?

 

De acordo com o Dr. Fabiano de Abreu, a superdotação possui diversos fatores de influência que geram as altas habilidades.

 A superdotação refere-se a indivíduos com desempenho intelectual, criatividade e habilidades acima da média. São pessoas que se destacam pela capacidade de pensar, raciocinar e julgar. Pessoas superdotadas apresentam interesses diversos e profundos em determinados assuntos e temas. Pessoas superdotadas tem comportamentos comuns”.

"A superdotação é definida como uma habilidade intelectual ligada a uma pontuação de QI de 130 ou mais no desvio padrão 15, pontuação essa definida por estudos científicos assim como foram definidas a média como 100 e o desvio padrão fixado como 15 neste caso, chegando ao máximo de 160 pontos. No entanto, nem todas as pessoas superdotadas se destacam em uma área acadêmica. Os sinais de uma pessoa superdotada também incluem uma alta capacidade  artística, musical e/ou de liderança em relação aos colegas da mesma idade."

A superdotação sofre influência de diversos fatores, mas tem uma forte relação com a genética e pode ser comprovada a partir de testes de QI supervisionados ou teste genético de inteligência, este último é infalível e livre de dúvidas, será o mecanismo mais utilizado em breve”, afirma.

 

Mitos mais comuns sobre a superdotação

 

01 - Todo superdotado é autista:

 

Pode haver, em alguns casos, a presença da superdotação e do autismo, mas isso está longe de ser a regra. A divulgação de uma minoria que possui as duas condições pode gerar uma noção distorcida de que isso é a regra. Até porque no diagnóstico de autismo, geralmente há a testagem de QI, logo, a maioria mede o quoficiente de inteligência”, ressalta Dr. Fabiano de Abreu.

 

02 - Todo superdotado tem algum transtorno?

 

Estudos replicados trazem provas sólidas de que os indivíduos altamente inteligentes não têm mais perturbações de saúde mental do que a população média. Inclusive, a inteligência surge como um fator de proteção para transtornos mentais. Isso quer dizer que existem pessoas superdotadas com transtornos, sim, mas não seria uma maioria”, afirma.

 

03 - Superdotação é um espectro?

 

Essa distorção tem sido muito espalhada atualmente, pois o termo ‘espectro’, apesar de poder ser aplicado em diversos contextos, acaba transmitindo a ideia errada de que a superdotação é um transtorno, assim como outros termos como AHSD ou dupla excepcionalidade, que induzem uma associação errada entre a superdotação e transtornos”, ressalta.



Acidentes domésticos aumentam durante férias escolares

Evitar acidentes em casa pede atenção e orientação. 
Foto: Tanaphong Toochinda/Unsplash

Saiba orientar e prevenir as machucados em casa

 

Crianças naturalmente exploram o mundo ao seu redor. Com o período de recesso escolar, o maior tempo em casa também amplia as possibilidades de brincadeiras, descobertas e acidentes em casa. No líder do ranking estão os tombos, enquanto os meses mais quentes trazem maior número de afogamentos No entanto, grande parte das ocorrências pode ser evitada por meio de medidas simples de segurança. 

“A criança precisa de ambientes lúdicos, atrativos, adequados à idade e, principalmente, seguros para que brinquem livremente, prevenindo para que situações inesperadas ou graves sejam evitadas”, orienta a coordenadora de Educação Infantil do Colégio Marista Santa Maria, Ana Paula Detzel.

 

Como criar ambientes mais seguros para as crianças?

Estar atento é muito importante para a prevenção de acidentes domésticos. É preciso, por exemplo, ter cuidado com objetos que podem machucar, pecinhas pequenas que possam ser engolidas e objetos cortantes ou pontiagudos. 

Os períodos do final da tarde e começo da noite, quando os níveis de energia e agitação podem estar maiores do que a atenção, são momentos críticos para se redobrar os cuidados. 

Os pais devem ter um cuidado ainda mais especial com as crianças pequenas, que não devem ser deixadas sozinhas. O uso de telas de proteção em escadas abertas, sacadas e janelas também são essenciais para evitar quedas, um dos acidentes mais comuns nesta fase, de acordo com a ONG Criança Segura Brasil. Para evitar que isso ocorra, é preciso prevenir. Isso não quer dizer que os pais devem superproteger a criança, mas sim oferecer um ambiente seguro para que ela possa brincar e se desenvolver de forma saudável.

 

Como ensinar prevenção de acidentes às crianças?

As crianças ainda não têm conhecimento nem experiência suficientes para compreender a consequência de seus atos. Por isso, o cuidado e a proteção são responsabilidades dos adultos. No entanto, também cabe a eles educar e ensinar os filhos sobre formas de cuidar de si mesmos. “A orientação e o diálogo constantes com as crianças, explicando sobre os riscos, estabelecendo regras e combinados sobre o que é permitido e o que não pode, precisam ser incluídos na rotina da família”, ressalta Ana Paula. 

A coordenadora lembra que, desde muito pequena, a criança é capaz de aprender regras sociais e de cuidado de si e do outro. “Aos poucos, ela amplia seu entendimento e pode seguir ou reproduzir combinados. Para que isso aconteça, a mediação do adulto precisa ser constante. Assim, a criança vai construindo sua base e seu próprio repertório para lidar com as situações do dia a dia”, conclui.

 


Colégios Maristas
maristabrasil.org/


Metas dos brasileiros para 2024 incluem ouvir os outros com mais interesse e lidar melhor com conflitos, diz pesquis

À Preply, 25% dos entrevistados ainda reconheceram que foram impacientes com as pessoas ao redor ao longo de 2023 


Enquanto refletia sobre sua vida em 2023, você chegou a sentir que não se comunicou como deveria ao longo do último ano? Se sim, saiba que está longe de ser o único com essa impressão. Isso porque, durante a mais nova pesquisa da Preply, brasileiros de todas as partes do país também admitiram: seja porque interromperam os outros, se mostraram impacientes ou evitaram conflitos, não agiram da melhor maneira no quesito comunicação.

As metas principais para o ano que se inicia, nesse sentido, são diversas — e incluem desde ouvir as pessoas com cuidado e ser mais construtivo a conseguir expressar as emoções de modo mais direto.

Para compreender melhor a comunicação das pessoas nos diferentes estados, recentemente, a plataforma pediu que entrevistados de Norte a Sul do Brasil compartilhassem como avaliam suas interações passadas, bem como as habilidades comunicativas que pretendem melhorar em 2024. `À especialista no ensino de idiomas, os respondentes ainda tiveram a oportunidade de analisar o uso da língua portuguesa em 2023, entre habilidades como escrita, leitura e conversação.


2023 entre erros e acertos

Respeito, empatia, assertividade. Pelo menos ao que sugerem as respostas ao levantamento, essas são as três palavras que melhor resumiram a comunicação dos brasileiros com as pessoas ao redor durante 2023, um ano no qual, de forma geral, grande parte dos entrevistados se mantiveram atentos ao próprio comportamento nos âmbitos pessoal e profissional.



Esse foi o caso, por exemplo, dos mais de 61% que revelaram ter sido respeitosos e empáticos ao se expressarem, bem como aqueles que enfatizaram: quando o assunto foi expor suas opiniões com precisão (36,8%) ou negociar acordos e soluções de modo eficaz (19%), se autoavaliam, sim, positivamente quanto ao último ano.

Isso não significa, de toda maneira, que as avaliações positivas sejam uma unanimidade entre os que responderam a pesquisa.

Para cerca de 25% deles, 2023 foi marcado por certa dificuldade em expressar os próprios sentimentos e ter um pouquinho mais de paciência na hora de se comunicar, desafios tão populares quanto evitar conversas difíceis ou confrontos necessários (32,4%). Para outros, se autoavaliar foi perceber o quanto interromperam as falas alheias (12%) e lidaram mal com os conflitos interpessoais (15%).


Mais vocabulário ao longo do ano




Mas, afinal, para além dos aspectos gerais de suas comunicações, como os brasileiros utilizaram a nossa língua ao longo de 2023? Enquanto especialista na aprendizagem online de idiomas, a Preply também fez essa pergunta aos respondentes, com respostas que, convenhamos, merecem os aplausos de qualquer professor de português.

Para se ter uma ideia, de acordo com quatro em cada dez entrevistados, o grande ganho do último ano foi ver o próprio vocabulário enriquecer, com diversas palavras novas se tornando aliadas no dia a dia.

Não apenas isso, aliás: tanto a escrita e leitura (29,4%) quanto a habilidade de se comunicar formalmente (19,8%) ainda fizeram parte dos destaques, em meio a projeções de aumento no número de leitores no país nos próximos anos segundo a Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia.

Já os desafios comuns relativos ao nosso idioma, por sua vez, englobam a sensação de não se ter compreendido as gírias do momento (20,6%), além de ter sido mais informal do que gostaria (18,2%) em muitos momentos.

Clareza, atenção, sinceridade: os desejos dos brasileiros para 2024

Como de costume nos começos de ano, muita gente tem aproveitado a chegada do mês de janeiro para traçar o conjunto de metas para 2024 — e as resoluções envolvendo a comunicação, em 2024, farão parte das listas de boa parte dos brasileiros.



Embora os desejos tenham variado em diferentes regiões e momentos de vida, a meta que mais uniu os entrevistados foi, em poucas palavras, a busca por mais objetividade. Afinal, para 65,6% das pessoas consultadas, a prioridade nos próximos doze meses será ter mais clareza e assertividade ao comunicar ideias, habilidade imprescindível dentro e fora de casa.

Provando que uma comunicação eficiente requer bons ouvintes, 5 em cada 10 respostas também mencionaram o desejo de desenvolver melhor a arte de saber ouvir, ao lado de metas como expressar emoções de forma mais clara (38,6%) e lidar bem com embates e conflitos (35,4%).

Por fim, para se tornar um comunicador de mão cheia independente da modalidade, uma faceta comunicativa específica também foi adicionada à lista de objetivos anuais mais recentes da população: a atenção à comunicação digital (21%), algo que, sobretudo em tempos de TikTok e ChatGPT, costuma ser o ponto fraco dos menos antenados. Você tem se comunicado como gostaria nos ambientes online?

“Fazer resoluções de ano novo é o momento ideal para refletir sobre suas falhas de comunicação e priorizar o trabalho nessa habilidade para que você possa melhorar as interações diárias, promover o entendimento mútuo e abrir a porta para avanços na carreira”, explica Sylvia Johnson, líder de Metodologia da Preply. “Em nossas vidas pessoais, a comunicação clara facilita laços mais fortes e promove relacionamentos livres de mal-entendidos. Profissionalmente, ela melhora o trabalho em equipe, a tomada de decisões e a resolução de problemas, ao mesmo tempo em que aumenta as perspectivas profissionais”.


Metodologia

Entre 13 e 14 de novembro, foram entrevistados 500 brasileiros de todas as regiões do país no intuito de compreender suas metas de comunicação para o ano de 2024. Para tal, os respondentes responderam a diferentes questões envolvendo suas interações ao longo de 2023, bem como resoluções para os próximos doze meses. O índice de confiabilidade foi de 95%, e a margem de erro foi de 3,3 pontos percentuais.



Preply
https://preply.com/pt/


5 perguntas comuns em entrevistas de emprego e como respondê-las

Parece fácil. Óbvio. Se estamos um pouco paranoicos, parece que nos perseguem. Colocam perguntas maliciosas só para pegarem algo, que será utilizado para descartar o candidato. Suspeitei desde o princípio que a vaga tinha dono, afinal, pois não tenho o QI (quem indica) necessário.  

Ou então, se nos bate a soberba, pensamos: perguntas bobas. Por que não perguntaram as coisas que fiz, tudo que sei e que já conquistei? "Fale sobre você" é um porre. E as razões pelas quais eu quero o trabalho, sem tempo, irmão. Respondi três, quatro coisas decoradas e pronto.  

Se chegou até aqui, leitor, aposto que já passou por entrevistas de emprego e, nesse momento, algumas das ideias aqui listadas surgiram em sua mente. Confesso que já passei por isso várias vezes, nas inúmeras entrevistas que fiz no começo da carreira.

E, pasmem, sempre foram um suplício para mim. Como alguém tímido, com certa dificuldade extra de falar com pessoas que não tenho intimidade, precisei treinar e me dedicar. Santa preparação. Anos depois, passei a ocupar "o outro lado": o dos recrutadores.  

Com base em toda essa vivência, proponho aqui uma reflexão sobre cinco perguntas comuns e, assim, trazer luz e, quem sabe, mais confiança para momentos definitivos na carreira.

 

1- Você pode falar sobre você?

De forma resumida, trago um exemplo pessoal de como já respondi a esta pergunta:

Me formei em Engenharia Mecânica, pois sempre amei carros e aviões. Queria ser piloto ou construí-los. Depois de formado, falou mais alto o entendimento sobre como as coisas, e empresas, funcionam. Mergulhei na área de Processos, Qualidade, Lean Seis Sigma, Gestão de Projetos e Excelência Operacional.  

Já fui consultor no começo da carreira, dei aulas na Graduação de Engenharia de Produção, na Pós em Estatística e na Economia. Passei pelo cargo de gerente corporativo de melhoria de processos de uma grande empresa, me tornei responsável pelo escritório de processos e terminei como empreendedor. 

No tempo livre, fui tesoureiro do Aeroclube de Rio Claro, participando de uma centenária instituição que fazia parte da minha vida desde os tempos que ia com meus pais visitar o "campo da aviação" aos domingos. 

Captou a essência? Minha sugestão é trazer suas principais experiências, que vão além das meramente profissionais, e que evidencie sua proatividade e mentalidade aberta, disposta a aprender e encarar situações diversas. Se houver um trabalho voluntário, por exemplo, algo que faça sentido citar, vá em frente. 

 

2- Por que você está interessado nesta posição?

Enfatize como suas habilidades e experiências se alinham com os objetivos da empresa e o escopo do cargo. Mostre que fez a lição de casa sobre a empresa, destacando aspectos específicos da cultura ou do trabalho que o atraem. Demonstre paixão e entusiasmo, mas de uma maneira que também esclareça sua consciência sobre os desafios e como você pode contribuir para superá-los, alinhando suas ambições pessoais com as da organização.

 

3- Quais são seus pontos fortes e fracos?

Aborde seus pontos fortes com exemplos concretos de como eles beneficiaram empregadores anteriores ou projetos em que trabalhou. Para os pontos fracos, seja franco e explique como você está trabalhando para melhorá-los. Isso mostra autoconsciência e compromisso com o autodesenvolvimento.

 

4- Onde você se vê daqui a cinco anos?

É importante mostrar ambição, mas também realismo. Concentre-se em como você deseja crescer dentro da empresa, enfatizando o desejo de aprender, contribuir e assumir responsabilidades crescentes. Evite parecer que você tem aspirações que não estão alinhadas com o papel ou a empresa. Ao invés disso, demonstre como suas metas de carreira se alinham com a trajetória e os valores da empresa.

 

5- Por que você quer deixar seu emprego atual?

Ao responder esta pergunta, evite falar negativamente sobre seu emprego ou empregador atual. Em vez disso, concentre-se nas oportunidades que o novo cargo oferece e como ele se alinha melhor com seus objetivos de carreira a longo prazo. Explique, de forma positiva e construtiva, como a mudança representa um passo adiante em sua trajetória profissional, demonstrando gratidão pelas experiências e aprendizados obtidos em seu papel atual. 

Com essas recomendações, espero que consiga mostrar autoconsciência, alinhamento claro com empresa e cargo e compromisso com o crescimento pessoal e profissional. Não são regras, mas é algo que penso ser útil e que pode suscitar reflexões pessoais. Seria como se preparar para conseguir mostrar o que a empresa realmente quer ver, com a entrevista. É ajustar as expectativas suas com as dos recrutadores. Boa sorte!

 

Virgilio Marques dos Santos - um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

 

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