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terça-feira, 11 de julho de 2023

Férias escolares exigem cuidados para evitar acidentes elétricos com crianças

 Campanha da Abradee alerta sobre riscos envolvendo energia elétrica dentro e fora de casa 



O período de férias escolares está chegando e, com isso, aumentam os desafios dos pais para entreter seus filhos durante a época de tempo livre. Seja em viagens, passeios e atividades em casa, é importante redobrar a atenção durante esses dias para garantir a segurança também em relação aos riscos de choques elétricos. A curiosidade pode expor as crianças a algumas situações perigosas.

Para minimizar os riscos com a energia elétrica, a Abradee reforça a atenção com os pequenos em sua 17ª Campanha Nacional de Segurança. Com o slogan “Se ligue! Entre a vida e a sorte, escolha viver com segurança.”, a Associação e as 39 distribuidoras associadas no país buscam conscientizar a população para os principais cuidados com a rede elétrica, além de fornecer orientações e dicas para preservar a nossa vida e de outras pessoas.

Os brinquedos e aparelhos eletroeletrônicos são muito populares atualmente entre as crianças e adolescentes, mas é preciso ficar atento ao uso correto, evitando choques elétricos. Sem ter como avaliar os perigos na hora de recarregar celulares, tablets e notebooks, é importante manter os pequenos longe de tomadas, fios e aparelhos elétricos e não usar os eletrônicos durante o carregamento. A busca pelo novo e o senso de aventura estimulam o aprendizado, mas também podem levar a situações e lesões perigosas quando se trata de eletricidade, especialmente envolvendo a inserção de objetos na tomada, ocasionando acidentes elétricos que podem causar danos à saúde.

O presidente da Abradee, Marcos Madureira, destaca a importância da campanha como prevenção para pais e toda a família. "Esta campanha nacional é absolutamente imprescindível para alertar de forma efetiva sobre os cuidados a serem adotados, evitando choques elétricos. Queremos enfatizar e ressaltar veementemente que a implementação de medidas simples, porém cruciais, pode se tornar determinante para garantir a segurança de todos os envolvidos."

Durante este período, é crucial também estar atento a um alerta importante relacionado às pipas, uma brincadeira comumente praticada durante as férias. É fundamental ter consciência de que realizar essa atividade em áreas inadequadas pode acarretar em danos à rede elétrica e, principalmente, sérios riscos à saúde, podendo inclusive resultar em morte devido a descargas elétricas. Portanto, é fundamental que a brincadeira ocorra sempre em locais abertos, distantes de redes elétricas, como parques, praias, campos de futebol e áreas isoladas dos centros urbanos.

Somente no último ano (2022), foram registrados no Brasil 16 acidentes envolvendo brincadeiras com pipa. Desses, dois incidentes foram fatais. O perigo de soltar pipa em locais inapropriados reside no risco de a linha se enroscar nos fios e equipamentos da rede elétrica, o que pode ocasionar curtos-circuitos. Além dos riscos para a população, essa situação também pode prejudicar o fornecimento de energia. Outra ameaça é o uso de linhas com cerol, que podem causar danos aos fios elétricos, além de ilegais e oferecerem riscos à integridade física de outras pessoas. Portanto, é fundamental estar consciente desses perigos e evitar qualquer prática irregular que comprometa a segurança tanto das pessoas quanto da infraestrutura elétrica.

A Associação ainda alerta para que as famílias tomem cuidado na hora de instalar ou reparar antenas de TV. Foram registrados 14 incidentes com antenas em 2022, sendo cinco fatais. Com toda a família em casa, a TV é um dos principais meios de entretenimento, porém a instalação ou conserto das antenas de TV deve ser feito exclusivamente por profissionais treinados e qualificados para essa atividade.

Confira outras dicas para evitar acidentes elétricos com crianças nas férias.



Dentro de casa:

· Verificar se as tomadas e interruptores estão em boas condições, sem desgastes nas partes plásticas ou fiação exposta;

· Não sobrecarregar as tomadas, com usos adaptadores (ou “Ts”), com mais de um equipamento ligado ao mesmo tempo;

· Proteger as tomadas com protetores específicos, para evitar que as crianças as toquem ou coloquem objetos dentro;

· Água e eletricidade não combinam: mantenha os aparelhos elétricos longe de água e ao utilizar qualquer equipamento esteja sempre calçado e com as mãos enxutas;

· Nunca deixar que crianças utilizem aparelhos eletrônicos enquanto estão sendo carregados;

· Desligar os aparelhos da tomada quando não estiverem sendo usados, para evitar o consumo desnecessário de energia e prevenir possíveis acidentes;



Fora de casa:

· Soltar pipas em locais abertos e afastados da rede elétrica. Jamais use fios metálicos ou cerol, e caso a pipa fique presa, não tente resgatá-la. Estas orientações devem ser reforçadas junto às crianças;

· Contratar profissional treinado e qualificado para fazer reparos em antenas de TV;

· Nunca se aproximar de cabos de energia elétrica, sobretudo se estiverem ao solo. Se vir um cabo energizado no chão, afaste-se e contate a distribuidora de energia da sua região.


Além dessas dicas, é fundamental que os pais estejam sempre atentos e supervisem as atividades dos filhos. Com cuidado e prevenção, é possível garantir que esse período de descanso e diversão seja seguro e tranquilo para toda a família. Nas redes sociais da Abradee e das distribuidoras em todo o país, a população consegue acompanhar as principais mensagens da campanha, atualizações e ainda conferir dicas de como evitar acidentes. Além disso, foram criados um hotsite específico da Campanha e uma cartilha com orientações e cuidados necessários em atividades realizadas próximas à rede elétrica.


Quatro dicas valiosas para conseguir o primeiro emprego, mesmo sem experiência

Empresas especializadas explicam os segredos para conseguir a primeira oportunidade no mercado de trabalho


A busca pela primeira oportunidade no mercado de trabalho é um grande desafio. Afinal, o que colocar no currículo quando não se tem experiência? Como fazer os recrutadores prestarem atenção nas qualificações e agendarem uma entrevista, em meio a tanta concorrência?

De acordo com Ana Paula Prado, CEO do Infojobs, o profissional de RH sabe que a “primeira chance” é fundamental para a construção de uma bela carreira. Para isso, o candidato deve focar nas qualificações, conhecimentos e habilidades que desenvolveu com os estudos e de forma pessoal ao longo dos anos e que fazem sentido para a vaga que está aplicando. Falar sobre as experiências acadêmicas que contribuem para melhor desempenho no mercado é uma boa forma de mostrar as competências técnicas. Mas há muitos outros segredos…

Pensando em contribuir com quem quer conquistar o primeiro emprego, três empresas especialistas prepararam um passo a passo completo para passar uma boa impressão para recrutadores. Confira as dicas:

 

Prepare um bom currículo

De acordo com Francisco Pereira, Gerente de Recursos Humanos da Intelligenza IT, o currículo é a primeira etapa decisiva em uma seleção de emprego. “Na hora de elaborar o documento é preciso ter atenção, capricho e demonstrar profissionalismo. Informações a mais ou a menos são detalhes que fazem toda a diferença aos olhos do recrutador. Mas por outro lado, como Gerente de RH de uma empresa de tecnologias para RH, ressalto a importância de oferecer uma experiência de recrutamento que cativa, envolve e atrai os talentos que mais se identificam com a sua cultura”.  

Caso a pessoa esteja em busca do primeiro emprego, a melhor estratégia é priorizar a vida acadêmica e habilidades aprendidas durante os cursos realizados. Ressaltando, que independente se o candidato tem ou não experiência no mercado profissional, é fundamental que ele direcione o currículo para uma área específica e, preferencialmente, para o cargo que almeja”, orienta Pereira.

 

Faça cursos profissionalizantes

Uma ótima alternativa para quem não tem experiência mas necessita de recursos para apresentar em uma entrevista é a especialização por meio de cursos profissionalizantes disponíveis na internet. 

“Hoje em dia, muitas pessoas iniciam sua jornada profissional com cursos na internet que ajudam a preencher o currículo, mas é preciso cuidado. A oferta é grande, mas nem sempre vem acompanhada de bom conteúdo e certificação. É importante escolher um curso de qualidade e com preço justo”, comenta João Martins, CEO da Hashtag Treinamentos.

A Hashtag, por exemplo, possui a Comunidade Impressionadora, que é o “Netflix do mercado de trabalho”. A estratégia foi criada para os usuários terem acesso a conteúdos sobre Excel, Power Point, Power BI, Python e muito mais a um preço único, permitindo maior capacitação e preparo para conquista de melhores oportunidades. O assinante pode acessar as aulas a qualquer momento e quantas vezes quiser, além de receber um certificado com validação profissional do software, assim que concluir as aulas.

 

Se cadastre em um jobsite

Quem está em busca de uma oportunidade de emprego, pode e deve contar com o auxílio de um jobsite. No Infojobs, por exemplo, os candidatos podem cadastrar o currículo de forma gratuita e, por meio de palavras-chave, são encontrados com mais facilidade por recrutadores. 

"São mais de 35 milhões de visitas ao mês. A probabilidade do candidato ser visto é enorme. Só em abril, por exemplo, tivemos 6.329 anúncios, com oferta de 32.347 vagas para posições que geralmente contratam pessoas sem experiência. Para estágio, foram 5.401 (85,3%), Jovem Aprendiz  foram 828 (13,1%) e  Trainee, 100 (1,6%). Além disso, há completa segurança em todo o processo, já que temos uma política bastante rígida que preza pela segurança dos dados", destaca Ana. 

 

Prepare-se para entrevista

Segundo a CEO do Infojobs, os recrutadores buscam sinceridade na entrevista de emprego. "O candidato não deve mentir ou fugir dos assuntos. O profissional de RH tem um motivo para realizar cada pergunta e às vezes, apenas quer entender qual habilidade a empresa deve se atentar em desenvolver no dia a dia. Também é fundamental ser pontual e cuidar do tom de voz e postura durante todo o processo seletivo", diz Ana. 

 

Van de serviços da Sabesp permanece estacionada no Poupatempo de Cidade Ademar até dia 17 de julho

 Atendimento será feito por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento prévio

 

O Poupatempo de Cidade Ademar recebe até a próxima segunda-feira, 17 de julho, uma van da Sabesp para serviços rápidos à população, como segunda via de conta de consumo e parcelamento e negociação de débitos. Os serviços ficam à disposição de segunda a quinta-feira (das 10h às 16h), e na sexta-feira (10h às 15h), por ordem de chegada. 

A van está estacionada em frente a unidade do Poupatempo em Cidade Ademar, localizada Av. Cupecê, 5497, no Jardim Miriam. 

O Poupatempo também oferece atendimento presencial diário para outros serviços da Sabesp, como atualização cadastral, atestados e informações da conta. Nestes casos, o agendamento prévio pelos canais digitais é obrigatório e totalmente gratuito. 

Nas plataformas eletrônicas são mais de 265 opções online, no portal (poupatempo.sp.gov.br), aplicativo Poupatempo Digital, totens de autoatendimento e no assistente virtual, chamado P, no WhatsApp, pelo número (11) 95220-2974. O Poupatempo oferece serviços eletrônicos como renovação de CNH, pesquisa de débitos e pontos na CNH, licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho Digital, seguro-desemprego e atestado de antecedentes criminais, entre outros.

 

Preparação Black Friday: CEO explica como achar a melhor estratégia para cada negócio

Marketplaces se consolidam como tendência no varejo digital e ajudam quem quer ampliar oferta de produtos ou canais de venda a alavancar resultados, principalmente em datas como a Black Friday

 

A transformação digital dos negócios e os novos hábitos de consumo seguem em alta e isso pode ser percebido pelos resultados do varejo online. As datas comemorativas e comerciais do segundo semestre do ano são extremamente importantes para o comércio digital, especialmente a Black Friday. No ano passado, o comércio digital faturou um total de R$6,1 bilhões, o que representou uma queda de 23% em relação ao ano anterior. E, justamente por isso, as empresas já estão começando a se preparar para a data com antecedência, optando por estratégias que possam alavancar as vendas. 

 

“Sem dúvidas as principais tendências de mercado e comportamento do consumidor estão conectadas às lojas virtuais e marketplaces, mesmo com a atuação normal das lojas físicas. Em datas como a Black Friday, as demandas online costumam ter altas expectativas para o setor. Nesse cenário, trago como estratégias para os negócios, o Marketplace In e o Marketplace Out que podem ajudar a aumentar a receita de sellers e de quem gerencia as plataformas em datas comemorativas que possuem alta demanda. Esse modelo de negócio mais colaborativo está em crescimento e é uma característica forte da transformação digital”, pontua Matheus Pedralli, CEO da Omnik, empresa do Grupo FCamara, especializada em transformar e-commerces em marketplaces escaláveis.

 

As diferenças e vantagens de cada modelo 

 

Entender as diferenças e vantagens das duas estratégias é fundamental para tomar decisões mais assertivas nesse período do ano. No Marketplace In, o foco é ampliar a diversidade da oferta. Isso se aplica, por exemplo, quando uma loja virtual identifica uma base de clientes consolidada que poderiam estar comprando mais se ofertasse uma diversidade maior de produtos. 

 

“Ao identificar esse público, o empreendedor abre seu próprio marketplace e faz a captação de sellers para que eles vendam em sua plataforma, o que dispensa grandes investimentos em estoque. Uma das grandes vantagens é o conhecimento prévio que se tem do público. Fica mais fácil construir um portfólio que interesse aos consumidores, acelerar as vendas e aumentar a frequência de compra na loja. Além disso, é uma estratégia que favorece a conquista de novos clientes, impactando também a escalabilidade do negócio e o faturamento”, explica Matheus.

 

Já no Marketplace Out, o propósito principal é ampliar os canais de venda. Dessa forma, em vez de abrir seu próprio marketplace, as marcas buscam plataformas já estruturadas, onde possam ofertar os seus produtos. “A expectativa aqui é buscar players que já possuam grande audiência e relevância e usá-los para otimizar as vendas. Mapeiam-se plataformas que estejam abertas a receber novos sellers e paga-se uma comissão por venda realizada. Além de aproveitar uma base de clientes já estabelecida, aproveita-se o forte investimento em mídia que essas plataformas mais consolidadas fazem”, comenta o CEO.

 

Como escolher a melhor estratégia para a Black Friday

 

O executivo destaca que é preciso conhecer o momento em que o negócio se encontra para identificar a melhor estratégia em cada caso. “As empresas precisam entender o momento do negócio e suas necessidades, questionando sua relevância em volume de visitas e alcance, sua posição em relação aos concorrentes, se de fato sabe o que o cliente consome e qual é o seu perfil, entre outros fatores que ajudam a tomada de decisão. Além disso, devem ter em mente que não existe uma estratégia ideal. O que existem são objetivos diferentes dentro de um modelo de negócio colaborativo e omnichannel e que é possível, inclusive, adotar o mutualismo com garantia de ganho, ou seja, conciliar Marketplace In e Marketplace Out e explorar as vantagens de ambos”.

 

Pedralli acrescenta ainda que buscar apoio especializado ajuda tanto na identificação das melhores soluções, quanto na implementação das estratégias escolhidas. “Os resultados sempre vão depender de decisões assertivas e de ações bem planejadas, por isso reforçamos sempre a questão de se preparar com antecedência. Como especialistas em soluções para e-commerce e marketplaces, uma certeza que podemos dar é que o varejo digital segue cada vez mais forte e que é preciso aproveitar as tendências. Todos os mercados podem se beneficiar dos marketplaces, pois as soluções existentes podem ser adaptadas e customizadas para cada tipo de negócio”, finaliza.

 

FCamara
www.fcamara.com


Como conciliar autocuidado e negócios?

Foto: Internet
Cuidar de si mesma não é egoísmo, mas um ato de amor-próprio


Equilibrar negócios, família e ainda cuidar de si mesma é uma tarefa muito desafiadora para as mulheres. Por muitas vezes, o ritmo intenso de trabalho pode levar ao esquecimento do autocuidado e ao desequilíbrio entre vida profissional, familiar e pessoal. Essa sobrecarga pode levar ao esgotamento físico e emocional, afetando sua motivação e desempenho em ambas as áreas. 

Manter uma rotina saudável e cuidar de si mesma são fatores que aumentam a autoestima e as tornam mais seguras. “Não é egoísmo tirar um tempo para se cuidar e se priorizar, mas sim uma necessidade para se manter saudável e ser capaz de desempenhar suas obrigações com qualidade”, ressalta a empresária  e moderadora do Grupo Amor de Mãe BH, Márcia Machado.  

É importante lembrar que o autocuidado não é apenas cuidar do corpo físico, mas também da saúde mental e emocional. Como mãe e empreendedora, é fácil perder-se nas responsabilidades e nos desafios do cotidiano. “Quando estamos esgotados não vemos oportunidades, fechamos caminhos que poderiam trazer resultados incríveis, não conseguimos ser produtivos e agimos na impulsividade, o que pode ser péssimo para os negócios. Ao priorizar seu bem-estar emocional, você é capaz de lidar melhor com o estresse, tomar decisões mais equilibradas e manter uma mentalidade positiva”, destaca Márcia.

 

Como conseguir cuidar de você e do seu negócio? 

·         Faça pausas durante o trabalho;

·         Realize atividades físicas;

·         Tenha um sono de qualidade;

·         Encontre-se mais com familiares e amigos;

·         Tire um tempo para ficar sozinha;

·         Seja sempre honesta com você;

·         Análise tudo o que você está sentindo;

·         Aceite suas emoções;

·         Tenha um hobby.

Encontrar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, estabelecer limites saudáveis e permitir momentos de descanso e prazer,não só beneficiará você, mas também aqueles ao seu redor, incluindo seus filhos e seu negócio.

 

Fonte: Márcia Machado - empresária, influenciadora digital e moderadora do Grupo Amor de Mãe BH. Casada, mãe da Nanda e do Lipe e boadrasta do Victor e do Marco. – @marciacmachado @grupoamordemaebh @espacoamordemae



Condenação de Felipe Prior reabre discussão sobre o que é ou não estupro

Advogada especialista em Direito da Mulher explica quais as formas de violência sexual


A condenação do ex-bbb Felipe Prior a seis anos de prisão em regime semiaberto por estupro trouxe à tona as discussões sobre o que é estupro, o que é violação sexual e quando é cometida a importunação sexual, que embora sejam crimes diferentes, então no contexto de atos sexuais sem consentimento.

Na acusação contra Felipe Pior, a vítima contou que o ex-bbb usou a força física para obrigá-la a fazer sexo puxando-a pelos braços, pela cintura e pelos cabelos, mesmo depois de ela ter dito que não queria manter relações sexuais. Prontuário médico da vítima, que atestou laceração na região genital, prints de mensagens entre ela e Prior e depoimentos das testemunhas comprovaram a acusação. Como a condenação é em primeira instância, cabe recurso.

A advogada Marilia Golfieri Angella, sócia-fundadora do Marília Golfieri Angella – Advocacia Familiar e Social, especialista em Direito de Família, Gênero e Infância e Juventude, mestre em Processo Civil pela Faculdade de Direito da USP, explica em quais situações enquadram-se estupro, violação sexual e importunação sexual e faz um alerta: “ainda se faz necessário debatermos, enquanto sociedade, sobre o quão vulnerável é o corpo da mulher diante da estrutura machista na qual estamos inseridas. Ainda habita no consciente coletivo a ideia de que a mulher é propriedade do homem e, por isso, ele pode invadir o corpo dela quando quiser. Ninguém tem direito ao nosso corpo, exceto nós mesmas”, afirma a advogada.


Estupro

A lei diz que constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça – como usar uma faca, ou arma, puxar a vítima pelos cabelos, pela cintura, ou ainda forçar a abertura das pernas, para ter conjunção carnal ou ato libidinoso (práticas e comportamentos que tenham finalidade de satisfazer desejo sexual) é crime de estupro, com penas de 6 a 10 anos de prisão.

Felipe Prior foi condenado porque usou violência física para forçar a vítima fazer sexo com ele. Assim ficou caracterizado o crime.


Estupro de Vulnerável

 O crime ocorre quando o ato libidinoso ou sexo ocorre com menores de 14 anos ou ainda com alguém que não tem discernimento e não consegue oferecer resistência. “Forçar sexo com uma mulher doente ou embriagada, que não tenha condições ou não consiga consentir é cometer estupro de vulnerável”, explica Marilia Golfieri Angella. “A regra também é aplicada para maridos que acham que podem ter relações com a mulher enquanto ela dorme. Se não há consentimento, há crime”, afirma.


Violação Sexual

É o ato de forçar a conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com alguém mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. É este crime que pode ocorrer, por exemplo, nos consultórios médicos. A vítima consente o ato porque acredita no que diz o médico. “Quando lemos notícias ou vemos reportagens na TV sobre abuso sexual, é sobre violência sexual que está se falando”, exemplifica a especialista em Direito da Mulher.


Importunação sexual

Vindo de uma lei mais recente, de setembro de 2018, em termos técnicos a importunação sexual acontece com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro. Na prática, é a passada de mão no corpo da mulher sem que ela tenha dado consentimento.

“Vimos o crime de importunação sexual na prática pela TV este ano, também envolvendo o Big Brother Brasil, nas cenas em que o lutador Cara de Sapato e cantor MC Guimê aparecia cercando, imobilizando e tocando a modelo mexicana Dania Mendez sem aviso e sem consentimento dela”, diz a advogada.

Beijo forçado, encostar órgão sexual no corpo de alguém, pegar a mão de alguém e colocar em seu órgão sexual sem anuência prévia também caracterizam importunação sexual.

 

Ventos da mudança no Despacho Aduaneiro

Recentemente, escrevi sobre o atual cenário do despacho aduaneiro e os possíveis impactos do bônus de produtividade. Naquela ocasião, comentei que espero que o bônus de produtividade sirva como forma de introduzir a "eficiência e efetividade" na fiscalização aduaneira.  

Mais que ninguém, os auditores fiscais deverão prezar para que a fiscalização seja eficiente, eficaz e bastante sólida. O que é totalmente distinto da realidade atual. Lembrando que, em recente estudo do TCU foi demonstrado a pouca eficiência na lavratura de autos, visto que aproximadamente 70% (setenta por cento) dos autos de infração são anulados, ainda, na esfera administrativa. 

 

Sim, pode me chamar de otimista. Porém, um otimista pragmático. Nas palavras de Fernando de Pessoa: devemos esperar o melhor e preparar-se para o pior.

Bom, o que vejo é um Brasil dividido entre o que podemos e devemos ser, e o que hoje somos. Vivemos uma dicotomia. De um lado, ventos de mudança, do outro, a manutenção do status quo. 

De um lado temos um país que claramente veio adotando uma clara política de desburocratização e facilitação do comércio exterior, contribuindo para a redução do Custo Brasil. Um país com Portal Único de Comex e que recentemente ratificou e promulgou diversas convenções internacionais relativas ao COMEX. 

Um país que claramente quer deixar de ser um dos países mais fechados ao COMEX do mundo. Mais do que isso, um país que deseja reduzir os custos de importação, tanto por reduções tarifárias como por reduções em exigência de Licenças de Importação (52% de todo o estoque de Licença de Importação) e redução de pagamentos de taxas incidentes na importação.

Estas medidas deixam claramente a intenção do país de facilitar o comércio exterior. Passamos por uma verdadeira mudança de mindset de visão e o posicionamento da Aduana frente ao particular. Ainda que essa mudança cultural não tenha chegado na “ponta”, a nível institucional, a Aduana mudou drasticamente o posicionamento frente aos importadores. 

A aposta é na auto-regularização, fiscalização pós desembaraço e parceria com empresas, inclusive com a OEA.

Da mesma forma, as penalidades aduaneiras sofreram enorme transformação com a aprovação e promulgação pelo Brasil do Acordo de Facilitação do Comércio/OMC, Convenção de Quioto Revisada/OMA e o Acordo de Comércio e Cooperação Econômica assinado com os Estados Unidos. 

Assim, a legislação aduaneira agora demanda uma análise subjetiva da infração aduaneira. O Fiscal deve verificar a boa-fé e que os erros não foram cometidos intencionalmente, para somente assim, poder penalizar o agente, e sempre de forma razoável e proporcional. Evitando, assim, a penalização de erros despidos de qualquer intencionalidade.

De um lado temos um país que ratificou Convenções Internacionais que determinam a não aplicação de penalidade aduaneiras quando inexistente a culpabilidade da empresa. Mais do que isso, temos uma legislação que prevê o instituto de relevação de pena de perdimento e de multa aduaneira.

A regra é clara de que as Autoridades Aduaneiras não podem punir por cometimento de “erros menores”

Porém, do outro lado temos a subversão desses valores. Institutos de relevância que nunca ou raramente são aplicados. A presunção de boa-fé do Contribuinte subvertida para presunção de Má-fé em clara afronta à Lei de Liberdade Econômica.

Entretanto, até entendo a posição da Fiscalização Aduaneira. A mudança do status quo, e principalmente, a mudança cultural e de mentalidade da fiscalização não é algo que se muda do dia pra noite. Não é porque o Brasil tenha mudado sua política de comércio exterior, e principalmente, o papel da Aduana em sua relação com as empresas, que tais preceitos vão ser incorporados automaticamente na mentalidade da fiscalização aduaneira.

Não estamos falando de robôs, e sim, de pessoas. Portanto, é uma mudança de mentalidade que não ocorre do dia pra noite. 

Doutro modo, quando você tem institutos de relevação de penalidades sem maiores critérios objetivos, sempre existirá o temor de má interpretações. Melhor dizendo, sempre existirá o medo, por parte da fiscalização aduaneira, da relevação de penalidades vir a ser interpretada como uma conduta em proveito/benefício do contribuinte. 

Portanto, mesmo agindo completamente no rigor da lei, sempre terão o temor do ato ser visto como alguma suspeita. E, no final do dia, ninguém quer ter sobre si uma suspeita ou dúvida.  

Assim, caberia a Autoridade Aduaneira brasileira listar todas essas penalidades tidas como de menor potencial lesivo e regulmentar o instituto da relevação. Para que  em determinadas hipoteses pudessem ser de pronto e indiscutivelmente reconhecidos e acatados pela fiscalização aduaneira, e assim, sequer aplicado penalidade.  Enquanto, que em outras ocasiões, poderia ser de pronto aplicado a relevação da penalidade.

Caso contrário, o reconhecimento desse direito dependerá sempre de ser chancelado pelo Poder Judiciário. 

Nada obstante, a aplicação de penalidades contra infração de um empresário que agiu de boa-fé, não mais guarda guarida nas normas que foram recentemente internalizadas pelo Brasil. Agora, cabe à fiscalização aduaneira comprovar a má-fé. 

E assim, ainda que estejamos esperando o melhor, estaremos preparados para o pior.

Caso o cenário piore, e o quantitativo de penalidades aumentem, os contribuintes poderão se socorrer das diversas convenções recentemente ratificadas pelo Brasil como defesa.  

Porém, ainda prefiro acreditar que o Decreto Regulatório do Bônus de Produtividade servirá como forma de melhorar e qualificar a fiscalização aduaneira, principalmente diante de tantas fiscalizações vazias e completamente arbitrárias. A fiscalização aduaneira deve incorporar a mentalidade desse novo momento do papel da Aduana no Comércio Exterior do nosso país.

O fato é que estamos diante de mudanças, e nunca um processo de mudança é fácil. E esse é o desafio de todo "sopro de mudança", pois a defesa pela manutenção do Status Quo sempre existirá. Não porque as pessoas não queiram mudar para melhor. Porém, é sempre mais fácil permanecer como sempre foi.

Entendo que devemos mudar. Na realidade, precisamos mudar. Devemos transformar a mentalidade atual. O empresário deve deixar de ser visto como um predador a ser abatido, muito menos como uma vaca a ser ordenhada, porém como poderoso garanhão puxando a carreta, como dizia Winston Churchill.

Lembro, a ideia não é a de trazer soluções nem respostas prontas, porém, iniciar um debate. Para que todos possam refletir sobre qual é a Política de Comércio Exterior que queremos para nosso país e se estamos no caminho correto!

Caso contrário, temos que ajustar as velas!

 

Larry Carvalho - advogado, mestre em Direito Marítimo e especialista em logística, comércio internacional e agronegócio.

 

40% da geração Z usa a mesma senha em várias contas – por que deveríamos estar preocupados com isso?

Imagem meramente ilustrativa
Retome o controle de sua segurança online com as soluções inteligentes do Samsung Knox

 

Com uma parte considerável de nossas vidas acontecendo no mundo online, pode parecer trabalhoso estar em dia com a segurança cibernética. Mas só porque é possível usar a mesma senha no seu smartphone, aplicativos e contas, isso não significa que essa seja a coisa certa a fazer. 

Uma pesquisa recente da BDG Studios/OnePoll com mais de 1 mil pessoas da geração Z nos Estados Unidos1 descobriu que quase 40% dos participantes relataram usar a mesma senha em várias contas, deixando-os vulneráveis a ataques e tentativas de fraude. 

Esse não é o único comportamento questionável de segurança cibernética. A mesma pesquisa descobriu que apenas 39% dos participantes apagam fotos de informações altamente privadas – como CPF ou números de cartão de crédito – imediatamente. 

O risco de roubo de dados aumenta ainda mais quando você comete outros erros comuns, como enviar arquivos não criptografados ou não ajustar as configurações do aplicativo. E com 61% dos entrevistados admitindo o armazenamento de documentos de trabalho e informações altamente confidenciais de suas funções em seus dispositivos pessoais, os ataques de segurança também podem ter implicações negativas para o seu serviço. 

Felizmente, existem soluções disponíveis para ajudar a ter mais controle da segurança online. O Samsung Knox, por exemplo, é uma plataforma de segurança que protege você dia e noite, desde o chip até os aplicativos. 

No Painel de Segurança & Privacidade do smartphone, você pode visualizar qualquer aplicativo externo que possa querer acessar o microfone do seu aparelho Há também o Samsung Knox Vault, que mantém seus dados mais confidenciais isolados do sistema operacional principal, agindo como um escudo para proteger seu smartphone em todos os níveis. 

Aumente a segurança de sua presença digital com o Painel de Segurança & Privacidade do Samsung Galaxy e o Knox Vault. Clique aqui para saiber mais.

 



Samsung Electronics Co. Ltd.
https://news.samsung.com/br


1 A Samsung colaborou com o Bustle Digital Group (BDG) para realizar uma pesquisa online entre novembro e dezembro de 2022 com uma amostra de 1.000 residentes dos EUA entre 18 e 25 anos de idade.


Este conteúdo foi publicado originalmente no Elite Daily em 22 de dezembro de 2022. Clique aqui para saber mais.


O que você não pode deixar de lado ao lançar um infoproduto

Sócia-fundadora da Especializei cita pontos fundamentais que devem ser considerados ao vender um produto on-line


Um infoproduto é um produto digital criado e vendido no ambiente on-line. Entre os infoprodutos estão e-books, cursos on-line, mentorias, webinars, templates e outros. Uma das principais vantagens de lançar um infoproduto é que eles podem ser produzidos uma única vez e vendidos várias vezes, sem a necessidade de produção física ou estoque. Mas o que não se pode deixar de lado ao lançar um infoproduto?

De acordo com Bruna Ávila, sócia-fundadora da Especializei, agência empenhada no lançamento e desenvolvimento de negócios digitais, o lançamento de um infoproduto é uma junção poderosa de técnicas de vendas na internet com um produto capaz de educar e trazer conhecimento. “Por conta disso, um dos elementos importantes é oferecer conteúdo de qualidade. É essencial se certificar de que o conteúdo oferecido, seja o que for,  está bem estruturado, fácil de entender e com informações valiosas”, explica.

Além do cuidado com o conteúdo, a especialista afirma que também é importante a construção de uma audiência prévia. “Antes do lançamento, é essencial criar um movimento que interaja com sua audiência, fazendo com que ela tenha desejo na compra do seu produto. É de extrema importância que você entenda as necessidades e desejos daqueles que te acompanham. Quando você se atenta a esses princípios básicos, a venda passa a ser mais leve e fluida”, recomenda ela. 

O lançamento de um infoproduto também deve contar com uma boa estratégia de marketing, o que inclui desde a criação de páginas de vendas que convençam até parcerias com influenciadores e outras alternativas. “Muitas pessoas desejam fazer um lançamento, mas não realizam um bom planejamento prévio. Isso pode impactar negativamente os resultados e frustrar a experiência, por isso é importante contar a ajuda de especialistas para fazer certo desde o início”, avalia a sócia-fundadora da Especializei.

Finalmente, Bruna ressalta que além do investimento em um infoproduto de qualidade e um lançamento bem planejado, é importante estar preparado para prestar suporte ao cliente em todas as etapas. “É fundamental responder perguntas sobre o infoproduto, fornecer assistência, oferecer reembolso quando necessário, estar disponível para tirar dúvidas e ajudar no que for necessário. Um bom atendimento pode fazer toda a diferença para o cliente comprar e fidelizar!”, aconselha. 



Bruna Ávila - sócia-fundadora da Especializei, agência empenhada no lançamento e desenvolvimento de negócios digitais. Empreendedora nata, a trajetória de Bruna é marcada pela diversidade de empreendimentos. Desde a distribuição local de panfletos até a fundação da própria loja de roupas, passando pela venda de quitutes e lanches na escola, ela sempre demonstrou habilidade para encontrar soluções inovadoras que atendessem às demandas do mercado. Hoje, se destaca como estrategista e mentora em negócios digitais, liderando uma equipe dedicada em buscar soluções e aprimoramentos para ampliar o acesso ao conhecimento. Sua visão estratégica e seu comprometimento têm sido pontos-chave para estabelecer parcerias duradouras e obter resultados significativos, ajudando a transformar empresas tradicionais em negócios lucrativos na internet, com a geração de milhares de reais em vendas online.
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5 dicas de um especialista para crescer na carreira de advogado

É preciso ser resiliente para ter sucesso profissional, afirma o advogado Sérgio Vieira 

 

Crescer na carreira de advogado é um objetivo buscado por diversos profissionais que desejam se destacar e alcançar o sucesso nessa área tão competitiva, mas para além de habilidades exclusivamente técnicas, existem várias características que podem lhe ajudar a se destacar, como explica o advogado e Sócio Diretor da Nelson Wilians Advogados, Sérgio Vieira.

 

“Para ter sucesso atuando como um advogado, saber trabalhar é importante, dominar o conteúdo técnico é fundamental, mas para alcançar seus objetivos é preciso bem mais que isso, organização, planejamento e persistência fazem parte do hall de habilidades necessárias” Afirma.

 

1. Especialize-se em uma área específica do Direito:

O mercado jurídico está cada vez mais exigente e competitivo, por isso, investir em tornar-se um especialista e aprofundar seus conhecimentos e habilidades em uma área específica pode ser um diferencial importante” Afirma Sérgio Vieira.

 

2. Invista em networking:

Estabelecer e manter uma rede de contatos sólida é fundamental para crescer na carreira de advogado, participe de eventos, congressos e conferências da área jurídica, onde poderá conhecer e interagir com profissionais influentes e experientes, interaja!”.

 

3. Seja proativo e vá além:

Não espere que as oportunidades caiam do céu. Seja proativo na busca por experiências enriquecedoras, participe de projetos, trabalhos voluntários e estágios que ampliem seus horizontes e habilidades. Mostre iniciativa, vá além das expectativas e demonstre sua vontade de aprender e crescer, essa é a chave!” Explica Sérgio Vieira.

 

4. Cultive uma reputação sólida:

Sua reputação profissional é um dos ativos mais valiosos que você pode ter. Seja ético, honesto e comprometido com a excelência, cumpra seus compromissos e trate todos com respeito e profissionalismo”.

 

5. Seja um eterno aprendiz:

A educação não acaba com o diploma de Direito. Mantenha-se atualizado e nunca pare de aprender, acompanhe as mudanças legislativas, esteja atento às inovações tecnológicas e explore novas áreas, faça cursos de especialização, participe de workshops e leia livros relacionados à sua área de atuação” Indica. 

 



Sergio Rodrigo Russo Vieira - Formado em Direito em 2006 na Universidade Salvador, assumiu o cargo de Sócio Diretor do escritório Nelson Wilians Advogados em Manaus, que é atualmente é o maior escritório do país e conta com filiais em todos os Estados da Federação, empregando cerca de 2.000 colaboradores e com 450.000 processos ativos em sua base.


Chat GPT e IA já são ameaças à cibersegurança de empresas

Inteligência Artificial será ocasionadora de uma série de novos ataques. Por outro lado, companhias devem usar a própria IA para aprimorar segurança cibernética

 

Em 29 de março deste ano, mais de mil pesquisadores, especialistas e executivos do setor de tecnologia, entre eles Elon Musk, CEO da Tesla, e Steve Wozniak, cofundador da Apple, pediram em carta aberta uma pausa de seis meses no desenvolvimento das novas ferramentas de inteligência artificial (IA), chamando a situação atual de “perigosa” corrida armamentista. O contexto apresentado pelas mentes mais brilhantes da tecnologia expõe uma dicotomia em torno de um dos temas mais falados no momento: se por um lado é comemorado que a IA trará benefícios claros para o desenvolvimento da economia e sociedade, por outro, é inevitável que ela tem o potencial de colocar em xeque as bases mais fundamentais desses sistemas.  

Para o Security Design Lab (SDL), rede global de pesquisa e desenvolvimento de cibersegurança com operação na América do Sul e Europa, a Inteligência Artificial e a Segurança Cibernética estão trilhando caminhos da integração e a convivência entre ambas será inevitável. Um exemplo é a Microsoft, parceira da OpenAI, empresa criadora do ChatGPT: enquanto anunciou a injeção de bilhões de dólares na evolução ferramenta, por outro lado, também dobrará o investimento em pesquisa e desenvolvimento em segurança cibernética, para cifras na casa de US$ 20 bilhões. 

 

Quais os riscos que a Inteligência Artificial poderá trazer para a segurança das empresas?   

Um dos maiores desafios são os hackers usarem a Inteligência Artificial para desenvolver ameaças cibernéticas mais sofisticadas, como e-mails de phishing realistas, implantar malwares ou criar vídeos deepfake convincentes. Em recente evento da Dell em Las Vegas, um dos maiores golpistas da história dos Estados Unidos, Frank Abagnale Jr, que teve a sua vida retratada no filme “Prenda-me se for capaz”, foi bastante claro: “O que eu fiz há 40 anos, hoje está muito mais fácil de fazer por conta das tecnologias existentes. Não apenas do ponto de vista de tecnologia, mas especialmente, das pessoas. A engenharia social é uma realidade e não vai mudar. Os cibercriminosos vão usar a Inteligência Artificial. Ela será do mal”, apontou o especialista, que se tornou consultor do FBI e palestrante sobre segurança da informação.  

“O ChatGPT, por exemplo, poderia ser usado, facilmente, por um hacker para gerar uma mensagem de spear phishing personalizada com base nos materiais de marketing de uma empresa e em e-mails comuns do dia a dia. Ele consegue enganar as pessoas que foram bem treinadas em reconhecimento de mensagens fraudulentas, porque não se parecerá com as mensagens que foram treinadas para detectar”, alerta Alexandre Vasconcelos, diretor para a América Latina do Security Design Lab.  

Christiano Sobral, sócio-diretor e especialista em direito digital no Urbano Vitalino Advogados, diz que experts em cibersegurança descreveram, recentemente, o potencial perigoso do ChatGPT e sua capacidade de criar um malware polimórfico que é quase impossível de identificar usando detecção e resposta de endpoint (EDR). “EDR é um tipo de técnica de segurança cibernética que pode ser implantada para capturar software malicioso. No entanto, os especialistas sugerem que esse protocolo tradicional não é páreo para o dano potencial que o ChatGPT pode criar. O código que pode sofrer mutações – é aqui que entra o termo polimórfico – por ser muito mais difícil de detectar. A maioria dos modelos de aprendizado de idiomas, como o ChatGPT, são projetados com filtros para evitar a geração de conteúdo impróprio, conforme considerado por seus criadores. Isso pode variar de tópicos específicos a, neste caso, código malicioso. No entanto, não demorou muito para que os usuários encontrassem maneiras de burlar esses filtros. É essa tática que torna o ChatGPT particularmente vulnerável a indivíduos que procuram criar scripts nocivos”, explica. 

 

Como a Inteligência Artificial poderá auxiliar na evolução de ferramentas de cibersegurança?   

Se a capacidade de identificar ameaças cibernéticas tornou-se e será cada vez mais difícil, quando integrados a algoritmos de aprendizado que utilizam Inteligência Artificial, os sistemas de segurança poderão trazer vantagens significativas para a segurança cibernética. “Por exemplo, identificar as variantes de um malware pode ser um desafio, especialmente quando enormes volumes de código o mascaram. No entanto, lidar com essa ameaça cibernética será mais fácil, quando as soluções de segurança utilizarem mecanismos de Inteligência Artificial, que incluam bancos de dados de malwares existentes e a capacidade de detectar padrões para descobrir novos códigos maliciosos”, aponta Cristiano Iop, fundador da Sikur, empresa fabricante de soluções de cibersegurança.  

Com a utilização da Inteligência Artificial, o executivo defende que os sistemas de segurança cibernética terão capacidade de reconhecer padrões, o que significa que esses sistemas podem detectar desvios de normas, respondendo adequadamente às ameaças nos ecossistemas de TI (Tecnologia da Informação), TO (Tecnologia Operacional) e SCI (Sistema de Controle Industrial).

 

O caminho da regulação no Brasil e no mundo  

No Brasil o Senado está analisando um projeto de lei para regulamentar os sistemas de inteligência artificial. Ele é baseado no trabalho de uma comissão de juristas que analisou, ao longo de 2022, outras propostas relacionadas ao assunto, além da legislação já existente em outros países. O texto cria regras para que os sistemas de inteligência sejam disponibilizados no Brasil, estabelecendo os direitos das pessoas afetadas por seu funcionamento e define critérios para o uso pelo poder público. Violações das regras previstas poderão acarretar multas de até R$ 50 milhões por infração ou até 2% do faturamento, no caso de empresas. Outras punições possíveis são a proibição de participar dos ambientes regulatórios experimentais e a suspensão temporária ou definitiva do sistema. 

No exterior, o Reino Unido - terceiro lugar no mundo em publicações de IA, publicou um White Paper sobre sua abordagem à regulamentação. Segundo Marcello Junqueira, sócio do Urbano Vitalino Advogados e especialista em direito digital, o primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou que o país sediará uma cúpula global sobre a regulamentação da Inteligência Artificial entre setembro e dezembro de 2023.  

“O material elaborado no Reino Unido propõe um conjunto de princípios abrangentes de regulamentação que contempla segurança, proteção e robustez, transparência e explicabilidade, justiça, responsabilidade e governança e contestabilidade e reparação. O conteúdo conta com um anexo sobre as intenções do país de promover o desenvolvimento de padrões internacionais de IA e aponta para os fóruns existentes para engajamento multilateral sobre o tema, como o Grupo de Trabalho de Governança da Inteligência Artificial da OCDE, G7 e Comitê do Conselho da Europa sobre Inteligência Artificial – o último dos quais está atualmente desenvolvendo um tratado de direitos humanos”, explica Junqueira. 

 

Security Design Lab (SDL) 

 

ECA faz aniversário e especialista explica sobre direitos previdenciários para crianças e adolescentes

O Estatuto da Criança e do Adolescentes, que completa 33 anos de promulgação, prevê que menores também fazem parte da rede de amparo da previdência social, mesmo nas situações em que ainda não contribuem


Completando 33 anos de promulgação em 2023, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é considerado pela maioria dos juristas do país como um divisor de águas no que tange à proteção das crianças e adolescentes. O documento define esses brasileiros entre 0 e 18 anos de idade como sujeitos de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento e que demandam proteção integral e prioritária por parte da família, da sociedade e do Estado. Para lembrar de sua relevância e necessidade de aplicabilidade, o dia 13 de julho foi instituído como data comemorativa do ECA. 

Mas essa importante norma jurídica é lembrada quase sempre só em situações como medidas sócio-educativas para menores infratores, em disputas judiciais no âmbito do Direito de Família ou em casos de violência e abuso infantil. Mas o que poucos sabem ou se lembram, é que o ECA também trata de vários outros direitos das crianças e adolescentes, como por exemplo os previdenciários. De acordo com o advogado previdenciarista, Jefferson Maleski, do escritório jurídico Celso Cândido de Souza (CCS) Advogados, as crianças e adolescentes fazem sim parte da rede de amparo da previdência, mesmo nas situações em que ainda não contribuem.  

O advogado explica que, no caso dos adolescentes, eles podem integrar a previdência social a partir dos 16 anos, mesmo não tendo um trabalho com carteira assinada, contribuindo de forma facultativa. Mas se o adolescente tiver a partir de 14 anos, que é idade mínima prevista pelo ECA e a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] para que um menor seja contratado com carteira assinada na condição de aprendiz, ele também se torna um segurado da previdência social. “Como contribuinte, seja como segurado facultativo ou como empregado, esse menor tem assegurado o direito a todos os benefícios previdenciários como auxílio doença, contagem de tempo para aposentadoria, salário-maternidade e outros”, esclarece Jefferson. 

Mas também as crianças, que segundo o ECA são todos os indivíduos menores de 12 anos, fazem jus a alguns direitos previdenciários ou assistenciais, seja de forma indireta, por intermédio de seus pais ou responsáveis, como os casos de benefícios por pensão por morte ou auxílio-reclusão; ou de forma direta com a concessão Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Quando o segurado, que é chefe de família e responsável legal por menores, não consegue prover o sustento da família algum motivo, como morte ou cumprimento de pena restritiva por algum crime, a criança ou adolescente pode receber esses benefícios até os 21 anos. Se for um filho com deficiência ou invalidez, ele pode receber enquanto durar esta condição. Pode receber até os 40, 50 anos ou até o falecimento”, detalha o advogado.

 

Assistência social


Jefferson Maleski explica ainda, que no âmbito da assistência social, as crianças e também os adolescentes podem solicitar o BPC, que é um benefício assistencial previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). “Esse benefício é para aqueles menores que tenham deficiência de longo prazo, ou seja, que dure mais de dois anos e quando a renda da família é baixa”, afirma o advogado.  

Ele inclusive explica como é feito o cálculo da renda familiar, para que essa criança e adolescente tenha direito ao BPC. “A renda da família toda é dividida pelo número de pessoas que a integram, e se tivermos um valor menor que um quarto do salário mínimo, que hoje equivale a R$ 330, esse menor poderá sim fazer jus ao benefício”, esclarece. 

Embora todos esses benefícios previdenciários e assistenciais para crianças e adolescentes estejam previsto em lei, Jefferson orienta que é recomendável que a família busque a orientação de um advogado especializado, o que irá garantir, além do cumprimento de todos direitos desse menor, maior celeridade nos processo na solicitação.

 

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