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quinta-feira, 23 de março de 2023

Nutricionista esportivo orienta como escolher o melhor pré-treino

Quer ter mais disposição e energia para atividade física? Siga essas dicas

 

Quer um pré-treino eficiente, que dê mais disposição, energia e que ainda ajude a queimar gordura ou ganhar massa muscular? A solução não está, necessariamente, em um frasco, mas na sua dieta. Alimentos e bebidas suas escolhas ao longo e especialmente antes do treino. O nutricionista esportivo Diogo Cirico, que é responsável técnico da Growth Supplements, explica que dois erros comuns de quem busca manter a forma com atividade física são reduzir a quantidade de alimentos nas refeições antes dos treinos e descuidar da hidratação. “Reduzir drasticamente a quantidade de calorias não é interessante nem para aqueles que desejam emagrecer ou perder gordura porque a pessoa não terá disposição para uma rotina de treino intenso”, resume.

Cirico reforça que a água é fundamental para impulsionar o desempenho durante o treino e, como consequência, a hipertrofia e a redução de gordura. “Durante o exercício, a temperatura corporal eleva e a hidratação faz o controle. Quando o indivíduo treina desidratado sente mais dificuldade. Resumindo: sem água você terá menos disposição para treinar, vai cansar mais rápido, se exercitar menos e queimará menos calorias e gordura”, diz.

Hidratação adequada aumenta queima calórica e definição muscular

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O consumo adequado de água tem outro benefício: aumentar a aderência à dieta. “Evita aquela confusão em que às vezes o indivíduo acha que está com fome mas na verdade está faltando água. E quando ele pensa que está com fome, acaba comendo sem necessidade”, reforça.

Escolha consciente
Para atingir seus objetivos, explica Cirico, é preciso escolher os alimentos com cuidado. Existem diferentes formas de lidar com esse momento que antecede o treino, mas dentro de um cenário ideal é que a refeição seja feita de 3 a 4 horas antes da atividade física. “A quantidade de calorias não é a única coisa a ser levada em conta na montagem de um pré-treino, estrategicamente podemos inserir nitratos, micronutrientes com ação antioxidantes e anti-inflamatórios, eles estão presentes nos vegetais e a digestão desses alimentos leva mais tempo”, resume.

Quem faz treinos de alta intensidade e quer aumentar a massa muscular deve consumir carboidratos e proteínas, as principais fontes de energia do músculo. “Um prato de macarrão com carne, batatas e frango, pão e ovos, são exemplos de fontes de carboidratos e proteínas. Quem não quer desenvolver o físico, também pode usar as mesmas fontes de carboidrato e proteína, mas em porções menores. Quanto menor a intensidade do exercício, menor a quantidade de carboidratos”, orienta.


Quem treina pesado pode aderir ao macarrão com carne

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Se a meta for queimar gorduras e aumentar a definição muscular, o prato deve ter, necessariamente, proteínas e o carboidrato dos vegetais, que aumentam o efeito de saciedade e o conforto gástrico sem aumentar a quantidade de calorias.

Adeque seu prato aos horários
O nutricionista explica que o horário do treino interfere na escolha dos alimentos, mas não na necessidade do organismo. “Quem treina pela manhã usará a energia fornecida pelas últimas refeições do dia anterior. Se o treino for à noite, a energia será fornecida pelas refeições do período da tarde”, conta.

Por isso, quem se exercita pela manhã deve escolher alimentos de lenta digestão na noite anterior, para reduzir a chance de transformar essa energia consumida em gordura. “Enquanto pessoas que treinam à noite podem fazer uma refeição na parte da tarde apenas com macarrão e carne, quem se exercita pela manhã deve fazer uma refeição com carne, azeite de oliva extra-virgem, fontes de carboidratos como arroz, feijão, batata, mandioca e muita salada. O azeite entra como fonte de gordura e os vegetais, como fibra. Ambos lentificam o processo digestivo, o que reduz a chance de transformar essa energia em gordura”, explica.


Mas se a meta for queimar gordura, abuse das saladas 

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Mais uma dose de energia
Cirico reforça que a refeição nesses moldes é adequada, mas, se ainda assim a pessoa quiser uma dose extra de energia, pode lançar mão do cafezinho nosso de cada dia. “A cafeína dá uma dose extra de energia, tanto no café, no energético ou em um suplemento, mas é estratégia, não uma necessidade”, reforça.


E depois do exercício?
Atenção também para escolher a refeição após os exercícios. “Enquanto o carboidrato é a fonte de energia para o músculo trabalhar, após o exercício a proteína será o nutriente responsável por reparar os danos musculares e estimular a síntese de proteína. Após os exercícios, o indicado é o consumo de carne, frango, peixe, ovos até mesmo os vegetais ricos em proteína (feijão, lentilha, grão de bico, amendoim), principalmente para quem faz treinos de alta intensidade”, enumera.

Quem tem um treino voltado à resistência precisará de maior quantidade de vitaminas e minerais para dar um suporte extra ao sistema imunológico. “Nesse caso, uma boa opção é uma proteína, carboidrato e vegetais. A arquitetura do prato após o treino depende diretamente do objetivo do indivíduo e do tipo de treino do tipo de exercício”, completa.


Está acordando cansado? Especialista dá dicas para ter mais disposição

Profissional de Educação Física da TotalPass destaca hábitos que promovem melhorias na qualidade do sono e ânimo ao despertar

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o corpo e a mente precisam descansar por, pelo menos, seis horas por dia. Apesar da ligação em acordar cansado estar associada com o curto período de sono, existem outras causas que, mesmo com o descanso correto, podem afetar na disposição para o dia seguinte.  

Sintomas como ansiedade, estresse e preocupação excessiva são fatores que interferem na disposição ao acordar. Em contrapartida, incluir práticas de atividades físicas e seguir uma alimentação saudável, em combinação com o descanso noturno, contribuem para o ânimo ao despertar. 

Pedro Coelho, profissional de Educação Física da TotalPass, uma das principais soluções de saúde integrada do Brasil no âmbito corporativo, alerta para os efeitos da má qualidade de sono. “Dormir mal e acordar cansado atinge habilidades cognitivas devido à fadiga física e mental, como o bloqueio de pensamento, tomada de decisões, criatividade, linguagem e outros processos humanos que envolvem o desenvolvimento e conhecimento”, afirma.

Pensando em contribuir para o bem-estar ao acordar, o especialista elencou seis dicas essenciais para uma melhor qualidade de repouso que resultam na produtividade e entusiasmo no dia a dia.


      1. Manter uma alimentação saudável 

Devido à correria do dia a dia, os alimentos ultraprocessados e fast food se tornam um mecanismo de praticidade. Entretanto, a baixa quantidade de nutrientes presente nos valores nutricionais desses produtos, quando consumidos frequentemente, tem efeitos prejudiciais à saúde do corpo e à qualidade do sono. 

“O ideal é substituir esses alimentos por refeições que valorizam os diferentes grupos alimentares como frutas, legumes, verduras, grãos, proteínas magras e gorduras boas, optando sempre por alimentos in natura, que não tenham sofrido qualquer tipo de alteração pela indústria. Isso garante, além da melhora na qualidade sono, o aumento de bem-estar e da imunidade”, explica.  


      2. Evitar dormir logo após a janta 

Embora pareça uma ação inofensiva, o hábito de jantar tarde e em seguida dormir pode causar problemas ao longo do sono, incluindo azia, cansaço, queimação e/ou gastrite. Isso acontece porque o processo digestivo demora mais tempo para processar os alimentos ingeridos. 

“É recomendado fazer refeições mais leves durante a noite, aproximadamente três horas antes de dormir, para evitar qualquer tipo de problema antes ou enquanto dorme. É uma excelente alternativa para quem deseja evitar acordar cansado”, pontua Coelho. 


      3. Incluir atividades físicas na rotina 

A atividade física tem resultados eficazes que auxiliam na qualidade do sono e, principalmente, nos casos de quem acorda cansado. “Com a prática de exercícios físicos o corpo fica mais cansado, ajudando a relaxar e a descansar mais, sendo uma ótima opção para quem tem dificuldade para dormir bem e mais cedo, principalmente devido à insônia”, explica o profissional. 

Para o especialista, por meio do hábito da atividade física, é possível equilibrar os hormônios como a melatonina, responsável por regular o sono e combater a falta de energia, principalmente ao acordar. “Além de apresentar inúmeros benefícios para a saúde mental e emocional”, complementa. 


      4. Evitar telas antes de dormir

“As redes sociais ganham cada vez mais tempo no dia a dia, sendo um hábito de distração, principalmente no período da noite. Esse uso de telas antes de dormir contribui para que a mente fique acordada por mais tempo, atrapalhando a chegada do sono”, pontua. 

Por conta da presença de luz azul, também chamada de espectro de luz visível, esse tipo de iluminação atrapalha a produção de melatonina, que ajuda a trazer a sensação de sono. “Por esse motivo, é importante tentar desligar qualquer tipo de tela de 30 minutos a uma hora antes de dormir”, ressalta o profissional.


      5. Diminuir o consumo de café 

O consumo excessivo de cafeína pode prejudicar a qualidade de sono, influenciando na indisposição ao acordar para a rotina do dia seguinte. “Durante a noite, é recomendável consumir bebidas que não são  à base de cafeína, como chás e refrigerantes”, afirma Coelho.

Segundo o especialista, outro ponto relevante é manter a hidratação regular. Além de prevenir a desidratação, beber água ajuda a acelerar o metabolismo, favorecendo na reposição de todos os nutrientes e minerais essenciais para o organismo.


       6. Cuidar da saúde mental  

No decorrer dos dias, as diversas obrigações podem gerar estresse e preocupações que fazem perder o sono. “Quando essas situações surgem com o risco de causar danos à saúde mental e emocional, a meditação ou yoga podem ser aliadas para amenizar os sentimentos desconfortáveis. 

Além disso, procurar por um psicólogo que ajude na identificação das emoções sobre os problemas vivenciados tem ação benéfica para diversas áreas da vida”, finaliza.


Por que não se deve interromper o tratamento da tuberculose?

A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa que atinge mundialmente cerca de 30 mil pessoas e causa 4,5 mil mortes todos os dias, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com a chegada do Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em 24 de março, é preciso alertar as pessoas sobre a prevenção e o tratamento da doença.

A vacina BCG não oferece eficácia 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença com o a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada) que deve ser tomada até os cinco anos de idade No entanto, além da prevenção, a conscientização sobre o tratamento da tuberculose é essencial para a diminuição da mortalidade pela condição.

Outra forma de diminuir a frequência de casos da tuberculose é adotar uma vida mais saudável com prática de exercícios físicos, alimentação saudável, frequentar ambientes limpos e arejados e evitar locais em que pessoas com suspeita da doença estão presentes. Nesse contexto, é importante ter o devido controle também dos familiares em torno do paciente diagnosticado para que, caso também estejam com a tuberculose, não transmitam para outras pessoas. 

A partir do momento que o paciente tenha suspeita de estar com tuberculose, o correto é buscar atendimento médico o mais rápido possível para que a doença não se agrave – podendo levar a óbito e aumentando o risco de transmissão para outras pessoas –, assim como é importante não interromper o tratamento.


Por que não interromper o tratamento?

Outro desafio do cuidado com a tuberculose é não interromper o tratamento que dura cerca de seis meses e, caso seja paralisado pode levar a consequências como resistência aos medicamentos em possível agravamento/complicação da doença.

A principal motivação para o abandono do tratamento, além do longo prazo, é a melhora dos sintomas que ocorrem já nas primeiras semanas, a qual faz com que as pessoas se sintam devidamente “curadas” e parem de tomar as medicações por conta própria. No entanto, somente o médico assistente poderá suspender o tratamento no momento correto .


Atenção aos sintomas

Dentre os principais sintomas para se atentar estão: tosse que dura três semanas ou mais, febre alta que se manifesta normalmente no final do dia, sudorese noturna, cansaço excessivo, perda de apetite e emagrecimento. A doença é transmitida por via respiratória por pessoas com tuberculose ativa.

Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa em comunidade que não esteja tratando a condição pode transmiti-la para cerca de 10 a 15 pessoas no período de um ano. 

Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver a tuberculose, devido a imunidade baixa, por isso, é essencial se atentar a fatores de risco como o câncer, diabetes, pessoas que são HIV positivo, assim como o alcoolismo e o tabagismo também podem aumentar as chances de desenvolver a doença.

 

Rafael Faraco - pneumologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


No mês dedicado às ações para combater o câncer colorretal, SBCO divulga 10 coisas que a população precisa saber sobre a doença

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O câncer colorretal (intestino grosso/cólon e reto) resulta em 900 mil mortes anuais no mundo, atrás apenas do câncer de pulmão. No Brasil, a doença é o segundo câncer mais comum em homens e mulheres, com 45.630 novos casos anuais


A cor azul-marinho simboliza as ações de conscientização sobre o câncer colorretal durante o mês de março. Mas elas devem ser incentivadas ao longo do ano todo.  À exceção do câncer de pele não melanoma, o câncer colorretal é o segundo câncer mais comum em mulheres (precedido apenas pelo câncer de mama) e em homens (atrás apenas do câncer de próstata).  São esperados para cada ano do triênio 2023-2025 um total de 45.630 novos casos anuais de câncer colorretal no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). São 23.660 em mulheres e 21.970 em homens. No mundo, o câncer colorretal representa 10% de todos os tipos de câncer, com 1,9 milhão de novos casos anuais e 935 mil mortes, segundo o levantamento Globocan, da Organização Mundial da Saúde.

É importante lembrar que essas estimativas podem variar conforme a região do país, idade, estilo de vida e histórico familiar, entre outros. No sul e sudeste, por exemplo, a incidência é maior. Os especialistas também estão preocupados com o aumento dos casos de câncer colorretal em pessoas com menos de 50 anos nos últimos anos. “No consultório, colegas e eu estamos vendo casos em pacientes mais jovens. Nos Estados isso também está ocorrendo”, revela o cirurgião oncológico Marcus Valadão, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Um dos fatores que contribuem para o câncer colorretal em pessoas mais jovens é a alimentação rica em gorduras e alimentos processados e ultraprocessados. “Ainda que nunca tenha se falado tanto em dieta saudável, poucas pessoas seguem essa recomendação. A maioria ingere muitos embutidos, pouca fibra, muita comida ultraprocessada”, observa Valadão. Ele lembra que o sobrepeso ou obesidade e a falta de uma rotina de exercícios (sedentarismo) comprovadamente agravam os riscos de um dia apresentar esse tumor.

A SBCO está comprometida com a divulgação de informações para incentivar a prevenção e a identificação precoce dos tumores colorretais. “Ao conhecer mais sobre os fatores de riscos de câncer colorretal, o indivíduo aprende o que fazer para se prevenir e pode aumentar as suas chances de nunca ter a doença”, diz Valadão.

O texto abaixo reúne dados fundamentais para ajudar o indivíduo a compreender a importância da sua participação na prevenção dos tumores de câncer colorretal.


10 COISAS QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE CÂNCER COLORRETAL


1 - Alimentação pobre em fibras e rica em gordura, o excesso de peso e o sedentarismo são os principais fatores de risco para o câncer colorretal

A ciência comprovou que a alimentação pouco saudável, os quilos a mais e a falta de uma rotina de atividade física são os principais fatores de risco para o aparecimento dos tumores colorretais. Tabagismo e alto consumo de bebidas alcóolicas também aumentam o risco. A dieta pouco saudável é caracterizada pelo consumo elevado de carne vermelha, de alimentos processados (conservas, latarias, pães) e ultraprocessados (refrigerantes, biscoitos, sorvetes, embutidos, geleias, misturas para bolos, salgadinhos chips e também produtos instantâneos ou congelados para aquecer e comer, a exemplo de massas, pizzas, hambúrgueres e frango empanado). Mais um aspecto que identifica a alimentação pouco saudável é a baixa ingestão de alimentos ricos em fibras (verduras, legumes, frutas e grãos).



2 - O câncer colorretal é prevenível e evitável.

Não existe uma fórmula a ser seguida que seja capaz de evitar 100% o câncer colorretal. Mas ainda que esta seja uma doença associada a causas múltiplas, é possível manter alguns fatores de risco sob controle. Uma das atitudes mais recomendadas pelos especialistas é adotar uma dieta equilibrada, rica em fibras, frutas e vegetais, bem como fazer exercícios regularmente (o ideal é 5 vezes por semana, com intensidade moderada a alta). Tudo isso ajuda a saúde do intestino e diminui a probabilidade de inflamações, que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer colorretal. Além disso, é importante evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco. Submeter-se a exames preventivos regularmente é mais uma medida imprescindível. A detecção do câncer colorretal em estágios iniciais aumenta as chances de cura e diminui a necessidade de tratamentos mais invasivos. Além disso, o rastreamento por colonoscopia possibilita a retirada de pólipos pré-malignos, antes que eles possam evoluir para câncer.


3 – O que fazer se alguém na família tem ou teve câncer colorretal?

O histórico de câncer colorretal na família aumenta o risco de parentes em primeiro grau do paciente (pais, irmãos e filhos ou filhas) virem a ter o mesmo tipo de tumor. Esses tumores são causados por mutações em genes específicos que estão envolvidos no controle do crescimento e divisão celular no cólon e no reto. Pessoas com histórico familiar de câncer colorretal ou com suspeita de câncer colorretal hereditário devem buscar aconselhamento genético e realizar exames preventivos específicos.


4 - Quantos tipos de tumor colorretal existem?

Os tumores colorretais podem ter características celulares distintas. Sua identificação é feita por meio de análises de amostras do tecido canceroso em laboratório obtidas por uma variedade de métodos, incluindo biópsias e ressecções cirúrgicas.  O tipo mais frequente é de câncer colorretal é o adenocarcinoma, que começa nas células que revestem o interior do cólon ou do reto. Já o adenocarcinoma mucinoso produz grande quantidade de muco. Há também subtipos raros, como o carcinoma de células transicionais e o sarcoma, entre outros.  Certas síndromes hereditárias também podem levar a diferentes tipos tumorais. A polipose adenomatosa familiar (PAF) é uma síndrome rara causada por mutações no gene APC que pode provocar centenas a milhares de pólipos no cólon e reto que têm chance de evoluir para câncer colorretal e devem ser removidos. A síndrome de Peutz-Jegher (mutações no gene STK11) é definida pela ocorrência de pólipos no trato gastrointestinal e manchas pigmentadas na pele, lábios e membranas mucosas. Mais uma condição é a síndrome de Lynch (ou câncer colorretal hereditário não polipose, sigla HNPCC). Ela está associada a mutações em genes específicos envolvidos na reparação do DNA. A presença dessas mutações aumenta os riscos de desenvolver a doença e mais tipos de câncer, como o de endométrio, ovário, estômago e pâncreas. 


5 - Silencioso no início, o câncer colorretal apresenta sintomas na fase mais avançada

O câncer colorretal costuma se desenvolver sem sintomas que chamem a atenção. Na maioria dos casos, o tumor só é identificado durante algum exame indicado para o seu rastreamento. Por isso, é muito importante que mulheres e homens, sem história pessoal ou familiar, façam colonoscopia a partir dos 45 anos, mesmo que não tenham sintoma algum – ou dez anos antes da idade que um parente de primeiro grau teve a doença diagnosticada. Essa diretriz da SBCO segue orientações da Sociedade Americana de Câncer (ACS). No SUS, o rastreamento ocorre a partir dos 50 anos. “Como a incidência em pacientes mais jovens aumentou muito, várias sociedades médicas mudaram essa recomendação para os 45 anos”, diz Valadão. Os exames podem ser solicitados por um clínico geral, gastroenterologista, proctologista, oncogeneticista ou pelo médico de confiança. 


6 - Quais são os sinais e sintomas do câncer colorretal?

Dificilmente o câncer apresenta sintomas específicos no início, mas em alguns casos pode haver sinais que indicam alterações e merecem atenção. Isso é especialmente válido para pessoas que têm algum fator de risco mencionado anteriormente. Vale prestar atenção a sinais como a presença de sangue nas fezes; alternância entre diarreia e prisão de ventre; alteração na forma das fezes (muito finas e compridas), perda de peso sem causa aparente; sensação de fraqueza e/ou diagnóstico de anemia; dor ou desconforto abdominal e presença de massa abdominal (que pode ser indicativa de tumor). Se apresentar algum desses sinais de forma frequente, é importante que a pessoa passe pela avaliação de um médico especializado.  


7 - Descoberto no início, o câncer colorretal tem taxa de cura elevada

Identificado na fase em que está restrito cólon e ao reto, o tumor colorretal alcança taxas de cura acima dos 90%. Mas o conjunto de tratamentos disponíveis na atualidade consegue também oferecer 70% de chance de sucesso nos casos em que o tumor alcançou os linfonodos. Em fase avançada, quando o câncer originado no intestino grosso já atinge outros órgãos, as chances de ficar completamente livre dele diminuem.


8 - A colonoscopia é um exame de rastreamento capaz de evitar que a doença ocorra

A colonoscopia é um exame de imagem que permite visualizar o interior do cólon e do reto. O exame é indolor e pode salvar sua vida.  Feita praticamente com a mesma abordagem técnica da endoscopia, seu objetivo é procurar alterações como pólipos, tumores, inflamações e infecções na mucosa do intestino grosso e do final do intestino delgado. Além disso, é possível remover os pólipos detectados ainda durante o exame, pois alguns deles podem eventualmente transforma-se em tumores cancerígenos. A sigmoidoscopia é um exame semelhante a colonoscopia, mas que se concentra apenas na parte final do intestino, o reto e o cólon sigmoide. É recomendado a partir dos 45 anos de idade e pode ser feito a cada 5 anos, em conjunto com o teste de sangue oculto nas fezes.


9 - O exame de sangue oculto nas fezes também ajuda no rastreamento

O sangue nas fezes pode ser um sinal de câncer colorretal. O teste de sangue nas fezes é um exame simples, de baixo custo. A recomendação é que seja feito anualmente a partir dos 45 anos de idade. 


10 - O câncer do cólon e do reto têm abordagens terapêuticas diferentes

Ainda que o tratamento possa ser semelhante, existem diferenças importantes no tratamento do câncer de cólon e nos tumores situados no reto. Na maioria dos casos, os tumores de cólon são primeiramente tratados com cirurgia que remove o câncer e possivelmente uma pequena porção do cólon. A quimioterapia pode entrar em cena em casos mais avançados, ou se o câncer avançou para outras partes do corpo. O câncer de reto costuma ser tratado com quimioterapia e radioterapia para reduzir o tamanho do tumor e torná-lo mais fácil de remover cirurgicamente. Devido à remoção do tecido retal, pode ser necessário fazer também uma colostomia, que é uma bolsa coletora de fezes. Resumindo, o tratamento do câncer colorretal depende da localização do tumor e da extensão da doença.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBCO


Medicamentos terão reajuste no mês de abril; veja 5 dicas para se antecipar e economizar até 40% na hora de comprar remédios

CliqueFarma, do ecossistema Afya, faz campanha para orientar os pacientes a comprarem seus remédios em março para não sofrerem o impacto do aumento

 

 

Sabia que o reajuste anual de medicamentos acontece todo mês de abril? A data é estabelecida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamento (CMED), órgão ligado à Anvisa. Neste ano, o reajuste previsto é de 5,5%. Comprando antes, os pacientes podem garantir um desconto significativo, considerando o preço atual e a aquisição do tratamento dos meses seguintes à alta. 

 

Pensando nisso, o CliqueFarma, ferramenta comparativa de preços de medicamentos e outros itens de saúde e beleza, está com a campanha Pré-Alta durante todo o mês de março, com conteúdos nas redes sociais, vídeos e anúncios, além de descontos exclusivos dentro do site. A ideia é alertar sobre o reajuste dos preços e mostrar que essa é uma ótima oportunidade para as pessoas se anteciparem e não sofrerem o impacto do aumento do valor dos remédios. 

 

O fundador do CliqueFarma, Angelo Alves, dá cinco dicas para a população economizar tanto neste mês de março, quanto no restante do ano:


1. Antecipe-se: compre com antecedência os remédios que mais utiliza agora no mês de março, antes do aumento. Essa dica vale principalmente para quem faz uso contínuo de algum medicamento, ajudando assim na economia e continuidade do tratamento. 


2. Compare os preços: os valores dos medicamentos podem variar muito de farmácia para farmácia. “Então, você pode entrar no site do CliqueFarma e verificar mais de 200 mil ofertas e comparar os preços em todo o Brasil. Na plataforma, por exemplo, é comum encontrar produtos custando uma média de 40% . 

 

3. Parcele suas compras: caso escolha comprar os medicamentos em março, para fugir da alta, saiba que na maioria das farmácias e drogarias, é possível realizar o parcelamento da compra, não exigindo um investimento alto de uma única vez.


4. Compre genéricos: pergunte sempre ao seu médico se o medicamento recomendado pode ser o genérico, principalmente aqueles que têm um valor mais alto e impactam mais no seu bolso no final do mês.


5. Busque descontos e medicamentos gratuitos: veja a possibilidade de se inscrever em programas dos laboratórios para conseguir descontos. “Além disso, pesquise se o medicamento recomendado pelo seu médico é fornecido pelo SUS ou está disponível no programa Farmácia Popular do Brasil. Verifique, também, se o seu plano de saúde tem convênio com farmácias, para obter ótimos descontos”, orienta Angelo Alves

 

Afya

https://www.afya.com.br/ e  https://ir.afya.com.br/  


Anvisa libera lista de pomadas para cabelos, mas será que esses produtos fazem mal somente para os olhos?

Patrícia Marques, especialista em medicina capilar, alerta sobre a utilização desses produtos

 

A Anvisa divulgou uma lista com mais de 900 nomes de pomadas que foram liberadas para uso e comercialização após a suspensão total dos produtos por causarem irritação nos olhos e até cegueira temporária. A agência recebeu notificação de mais de mil casos entre dezembro de 2022 e fevereiro deste ano.

Mas e para os cabelos, será que o uso constante desses produtos está recomendado? A médica tricologista Dra. Patrícia Marques, especialista na saúde dos cabelos, explica que eles devem ser usados com moderação. “Quem usa esses produtos para fixar tranças, por exemplo, passa dias com eles na cabeça agindo nos fios. Isso pode prejudicar a saúde dos cabelos tanto quanto outros agentes externos como a escovação e a chapinha, com o agravante de ser um produto químico. As pomadas que causaram problemas nos olhos, por exemplo, tinham a concentração do ceteareth acima de 20%, então é muito importante ficar atento ao que você está usando. O ceteareth é uma substância utilizada para misturar líquidos que normalmente não se misturariam, com uma concentração acima do recomendado, você imagina como isso se torna nocivo para os cabelos também”, diz.

No caso dos homens, que costumam usar as pomadas diariamente para modelar os fios, o ideal são os produtos à base de água. Produtos à base de óleo costumam fixar melhor, mas em compensação, o excesso de óleo vai se acumulando nos cabelos e os efeitos podem ser bem ruins, principalmente para quem já tem o cabelo mais oleoso. Nesse caso, o gel é mais recomendado, sempre sem álcool. Já quem tem os cabelos secos, as pomadas podem até ser boas aliadas na hidratação dos fios, desde que sejam de boa qualidade.

Produto em excesso também pode favorecer a queda dos cabelos, já que acaba obstruindo os poros do couro cabeludo. “Se o couro não respira, o crescimento logo é afetado, os fios vão ressecando e quebram, por isso, a recomendação é usar o mínimo de produto possível e, de preferência, não todos os dias. Dormir com o produto na cabeça é outra coisa bem ruim”, explica a médica especialista em medicina capilar, que cuida desde doenças que afetam o cabelo e o couro cabeludo até a qualidade dos fios.

Dra. Patrícia finaliza dizendo que do mesmo jeito que a gente preza pela qualidade do que come, devemos fazer o mesmo com os produtos que a gente usa. “Consultar o site da Anvisa e ver se a pomada que você utiliza está liberada, neste momento, é bem importante, assim como ficar atento às orientações do rótulo, à data de validade, cheiro, cor e consistência se estão normais. Havia, inicialmente, 2.500 produtos regularizados pela Anvisa, todos foram proibidos e destes, só 930 foram liberados, então, quer dizer, tem muito produto que ainda está impróprio para uso e isso tem que ser verificado”.

 

Serviço:

Lista das pomadas que tiveram o uso liberado pela Anvisa

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/cosmeticos/pomadas/pomadas-autorizadas

 

Dra Patrícia Marques - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. Também é especialista em medicina capilar e referência nacional em frontoplastia e redução de testa. CRM-SP 146410.
Instagram: Dra. Patricia Marques
https://www.drapatriciamarques.com.br/
Avenida Moema, 300, conjunto 71, Moema, São Paulo/SP
Telefone: (11) 93206-0079


Apesar de ter a maior biodiversidade vegetal do planeta, Brasil possui baixa produção de medicamentos fitoterápicos

No Brasil, apenas 1,5% das vendas representam os medicamentos fitoterápicos

 

A busca do homem em encontrar soluções e medidas capazes de sanar ou amenizar dores faz parte da história da civilização desde os tempos mais primórdios. Em 8.500 a.c., as plantas já eram utilizadas como uma alternativa no tratamento de diversas doenças, graças aos seus princípios ativos capazes de curar diferentes comorbidades. Com o tempo, os medicamentos fitoterápicos foram se consolidando cada vez mais no mercado farmacêutico e novas propriedades medicinais são descobertas ao redor do mundo todos os dias.

Apesar de ser utilizado em conjunto com outros medicamentos convencionais ou até mesmo ser a única medicação do tratamento, o medicamento fitoterápico passa pelos mesmos trâmites que um medicamento convencional, ou seja, ele também precisa de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), passa por rigorosos testes para atestar sua eficácia e possíveis efeitos colaterais.

O Ministério da Saúde instituiu e normatizou no Brasil o registro de fitoterápicos em 1995. Mas apesar do país ter a maior biodiversidade vegetal do planeta e da existência da cultura indígena, o Brasil ainda fica muito atrás no ranking de países que mais consomem medicamentos fitoterápicos. De acordo uma pesquisa feita pelo bioquímico alemão e professor do Instituto de Bioquímica da Universidade de Colônia, Lothar Jaenicke, o maior mercado de fitoterápicos está na Europa, sendo que 50% deste encontra-se na Alemanha.

Por outro lado, a América Latina, mesmo com sete países considerados megabiodiversos, representam apenas 5% desse mercado. No Brasil, apenas 1,5% das vendas representam os medicamentos fitoterápicos. “Atualmente o Brasil importa os princípios ativos dos medicamentos fitoterápicos, e isso faz o preço desses medicamentos subir e impossibilita que grande parte dos brasileiros tenham condições de utilizar esses medicamentos”, explica Norberto Prestes, Presidente Executivo da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (ABIQUIFI). A produção de medicamentos fitoterápicos no Brasil é regulamentada e segue legislação da ANVISA desde 2014.

Atualmente, dos 1.700 fitoterápicos vendidos no país, apenas 300 são brasileiros registrados na ANVISA, os outros 1.400 são importados. Na tentativa de tornar os tratamentos com medicamentos fitoterápicos mais acessíveis, em 2007, o Sistema único de Saúde (SUS) disponibilizou dois medicamentos através das secretarias estaduais e municipais de saúde: um para tratar gastrite e outro para tratar sintomas de gripe.

“O SUS oferece hoje apenas algumas opções de tratamentos com medicamentos fitoterápicos, o ideal seria ampliar as opções terapêuticas ofertadas pelo sistema, para garantir que as pessoas consigam ter saúde de qualidade, novas opções de tratamentos complementares, além de promover o uso sustentável da biodiversidade brasileira, e o desenvolvimento industrial da saúde brasileira”, pontua Prestes.

Para conseguir democratizar os preços dos medicamentos fitoterápicos no Brasil e aumentar o número de tratamentos ofertados pelo SUS, a retomada da produção de insumos farmacêuticos no país pode acabar com essa dependência do Brasil em ter que importar os princípios ativos desses medicamentos, e, consequentemente, os preços desses remédios tendem a diminuir. “O foco inicialmente deve ser nas cadeias completas que existem no Brasil, sendo que as que mais se destacam são os insumos de origem animal e vegetal. Esse último inclusive é uma opção viável para o desenvolvimento de cadeias produtivas no Brasil com impactos econômicos e sociais”, ressalta Prestes. 

 

Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos – ABIQUIFI


Anticoncepcionais causam flacidez muscular? Entenda o motivo

Anticoncepcionais são medicamentos ou dispositivos utilizados para evitar a gravidez. Existem diversos tipos de anticoncepcionais, incluindo os hormonais, que são os mais comuns. Esses medicamentos contêm hormônios sintéticos, como derivados de estrogênios e/ou a progesterona, chamados neste caso, de progestogênios, que impedem a ovulação ou alteram o ambiente do útero, dificultando a fecundação ou a implantação do embrião. 

Alguns médicos podem ser mais cautelosos na prescrição de anticoncepcionais hormonais, especialmente em pacientes com histórico de condições médicas como diabetes, pressão alta, obesidade, histórico de trombose ou câncer de mama. Além disso, há mulheres que podem apresentar efeitos colaterais indesejados ao uso de anticoncepcionais hormonais, como náusea, dor de cabeça, alterações de humor e diminuição da libido. 

O médico especialista em medicina laboratorial e pós-graduado em nutrologia Dr. Roberto Franco do Amaral comenta que, em casos raros, o uso prolongado de certos tipos de anticoncepcionais hormonais pode estar associado a um risco maior de trombose, enxaqueca, perda de massa muscular, diminuição de libido, fraqueza, fraqueza e ate depressa por conta do bloqueio da testosterona livre nesta usuárias. Com a entrada da menopausa, mulheres com pouca massa muscular tem maior chance de apresentarem osteopenia e osteoporose, uma condição na qual os ossos se tornam frágeis e mais propensos a fraturas. 

Se você tiver preocupações sobre o uso de anticoncepcionais hormonais e seus efeitos no corpo, converse com um médico para discutir suas opções e possíveis efeitos colaterais.

 

Qual a conexão com a flacidez?

Os anticoncepcionais hormonais, especialmente os orais, têm a capacidade de bloquear a produção de testosterona e dehidroepiandrosterona (DHEA) nas mulheres, além de poder levar a uma diminuição do hormônio do crescimento (GH), que é fundamental para a massa muscular. “Quando esses hormônios são mantidos em níveis baixos por um longo período de tempo, há uma tendência à perda de massa muscular e ganho de gordura, o que pode resultar em flacidez corporal. Essa flacidez não está associada à pele esticada após uma gestação, por exemplo, mas sim à falta de músculos em uma pessoa muito magra.” explica o Dr. Roberto Franco do Amaral. 

Tanto para homens quanto para mulheres, a testosterona é responsável por manter uma estrutura muscular adequada, que pode ser associada a hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, exercícios de força e uma boa ingestão de proteínas. No entanto, o uso prolongado de anticoncepcionais pode causar deficiência desses hormônios e, se não houver um estilo de vida saudável, a mulher pode estar mais propensa a perder massa muscular com mais facilidade e desenvolver flacidez. 

“Portanto, o envelhecimento pode estar relacionado à composição corporal, especialmente quando há uma deficiência hormonal causada pelo uso de anticoncepcionais. Para manter uma boa estrutura muscular e evitar a flacidez, é importante adotar hábitos saudáveis e, se necessário, buscar orientação médica para o uso adequado de anticoncepcionais e tratamentos hormonais.” Finaliza o Dr. Roberto Franco do Amaral.
 



Roberto Franco do Amaral - Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Residência Médica em Patologia Clínica -- Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com 1 ano de clínica médica no Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo (HSPE -- IAMSPE). Título de Especialista em Patologia Clínica -- Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira . Pós graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Palestrante e idealizador do curso para médicos Performance Física e Envelhecimento Saudável. Coescritor do livro: Você Precisa Saber -- Tudo sobre a medicina do futuro.

Quatro cuidados para manter a boa saúde das pernas

Cirurgião Vascular mostra que hábitos simples podem ajudar na prevenção de problemas vasculares

 

Quem não gostaria de exibir pernas lindas e livres de vasinhos em qualquer idade da vida? Esse realmente é desejo de uma grande parcela de brasileiros que sofrem com doenças vasculares nos membros inferiores e sentem os prejuízos da má circulação, não somente na aparência, mas também na saúde e no bem-estar. Isso é o que mostram os últimos dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, SBACV, em que 38% da população geral brasileira convive com varizes.

Para o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Márcio Steinbruch, alguns cuidados diários podem prevenir o surgimento de varizes e também impedir que a doença se agrave.

“Quando falamos do cuidado com a saúde vascular nos referimos, principalmente, sobre a boa circulação. E isso é fundamental para qualquer pessoa. Ajudar o corpo a ter uma boa circulação sanguínea significa ter mais disposição e mais longevidade. Para tanto, o primeiro cuidado deve ser evitar passar longos períodos na mesma posição. Isso prejudica o retorno venoso, o que causa inchaço e sobrecarrega todo o sistema circulatório. Então, fazer pausas durante o dia para se movimentar e manter uma rotina de exercícios físicos durante a semana é uma ótima conduta”, orientou.

O segundo conselho é elevar as pernas a um nível acima do coração, de 15 a 20 minutos, pelo menos 3 vezes por dia. Esse hábito pode ajudar e muito a melhorar a circulação sanguínea, pois proporciona diversos benefícios para o corpo, como: alívio da sensação de cansaço nas pernas, a redução da retenção de líquidos nos membros inferiores, a redução da inflamação e prevenção de problemas cardiovasculares, além de auxiliar no relaxamento.

“A escolha da roupa, principalmente para as mulheres, é outro fator que pode interferir na saúde das pernas. As opções de roupas mais soltas e frescas são excelentes, principalmente durante o verão. Quando a paciente costuma usar roupas muito apertadas como cintas modeladoras e calças justas está prejudicando o retorno venoso e contribuindo lentamente para o surgimento de vasinhos. Então, vale ressaltar que os usos de meias compressivas são somente para pacientes com indicação médica e que as roupas justas se forem usadas ocasionalmente não causarão problemas”, esclareceu.

E sempre que o assunto é saúde, o peso corporal é um importante indicador. Para quem deseja ter pernas saudáveis, a última dica é manter o peso dentro dos limites adequados para sua estatura e biótipo. Estar com sobrepeso ou obesidade significa ter gordura corporal em excesso, geralmente acumulada no abdômen e no quadril. Isso aumenta significativamente a pressão na região e dificulta o retorno venoso dos membros inferiores”.

 

Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes e Facebook.com/marcio.steinbruch e www.livredevarizes.com.br/.


Sua Saliva é Mais Importante do que Você Imagina! Você está Cuidando bem dela?


A saliva desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças bucais, pois atua como um agente natural de limpeza e proteção dos dentes e gengivas. A saliva é produzida pelas glândulas salivares e contém enzimas e anticorpos que ajudam a neutralizar bactérias e proteger a boca contra infecções. Além disso, a saliva ajuda a remover restos de alimentos e outras partículas da boca, mantendo-a limpa e saudável. 

A saliva é uma secreção complexa. 93% em volume é secretado pelas glândulas salivares maiores e os 7% restantes pelas glândulas menores. É uma solução exócrina composta por 99% de água. O 1% restante consiste em uma variedade de eletrólitos e proteínas. Esses componentes combinados são responsáveis pelas diversas funções atribuídas à saliva.

A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde comenta que embora a quantidade de saliva seja importante, sua qualidade também é. A saliva é uma parte importante de um corpo saudável. A pesquisa mostra que protege contra doenças da gengiva, cárie dentária e outras infecções orais. 

“Uma fina película de saliva cobre os dentes e protege contra as bactérias, enquanto os agentes antimicrobianos na saliva matam as bactérias causadoras de doenças. À medida que a saliva se move pela boca, ela varre pequenos pedaços de comida que alimentam as bactérias responsáveis pela cárie dentária.” explica a Dra. Bruna Conde.

 

Abaixo estão alguns dos principais papéis da saliva na prevenção de doenças bucais: 

  

 1. Neutralização de ácidos: A saliva contém bicarbonato de sódio, que ajuda a neutralizar os ácidos produzidos pelas bactérias que se acumulam na boca após a ingestão de alimentos. Esses ácidos podem causar erosão dentária e danificar o esmalte dos dentes, mas a saliva ajuda a prevenir esse processo.

    

  2. Proteção contra bactérias: A saliva contém enzimas e anticorpos que ajudam a combater bactérias e prevenir infecções bucais, como cáries e gengivite. A saliva também ajuda a limpar as bactérias da boca e a prevenir a formação de placas dentárias.

    

  3. Remoção de restos de alimentos: A saliva ajuda a remover os restos de alimentos da boca, o que ajuda a prevenir o acúmulo de bactérias e a formação de placas dentárias. A saliva também ajuda a lubrificar a boca e a facilitar a deglutição.

    

  4. Estimulação da remineralização: A saliva contém minerais, como cálcio e fosfato, que ajudam a fortalecer os dentes e a prevenir a desmineralização do esmalte dentário. A saliva também ajuda a estimular a remineralização dos dentes após a ingestão de alimentos.

    

  5. Manutenção do pH da boca: A saliva ajuda a manter o pH da boca em um nível saudável, o que ajuda a prevenir o crescimento excessivo de bactérias e a formação de cáries.

    


Você sabe quanta saliva produz por dia?


A produção diária normal de saliva para um adulto, varia entre 0,5 e 1,5 litros. Se usarmos um valor médio de um litro por dia de produção de saliva, isso significa que sua produção salivar encherá uma banheira quente de 300 galões para quatro pessoas com saliva a cada 3,1 anos! Isso é muita produção de saliva para três pequenas glândulas salivares maiores e muitas centenas de glândulas salivares menores.

 


Como manter a saliva saudável?


  • Caso seja fumante ou consumidor de produtos com tabaco, pense em parar com esses hábitos nocivos.

  • Limite a ingestão de álcool e não use drogas recreativas.

  • Monitore de perto quaisquer condições de saúde, como diabetes.

  • Evite alimentos com condimentos ou muito salgados podem causar dor em uma boca seca;

  • Avise seu dentista se um medicamento prescrito provocar secura em sua boca.

  • Converse com seu médico sobre soluções para ronco ou respiração pela boca durante à noite.

  • Mantenha uma boa rotina de higiene bucal para reduzir as bactérias na boca.

  • Consulte o seu dentista sempre que tiver sinais de infecção na boca ou glândulas salivares inchadas.

  • Hidrate-se bebendo muita água ao longo do dia.

 

“A saliva tem um papel importante na qualidade de vida dos pacientes. Os profissionais de odontologia precisam estar atentos aos problemas que surgem quando há uma superprodução ou subprodução de saliva, e também uma alteração em sua qualidade. Esse conhecimento possibilita o diagnóstico precoce, o tratamento e, se possível, a prevenção de problemas.” Finaliza Bruna Conde.

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.

CRO SP 102038


Pessoas com sequelas da Covid-19 estão 57% mais propensas a serem sedentárias, aponta estudo

A dor muscular/articular intensa (53%) está entre as principais sequelas da COVID-19 que favorecem o sedentarismo

 

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado recentemente no periódico Scientific Reports, coloca o sedentarismo na lista das principais sequelas da Covid-19.

Segundo o documento, pacientes que tiveram complicações, e apresentam atualmente apenas um sintoma como sequela, estão 57% mais propensos a inatividade física. Já aqueles com cinco ou mais sintomas, aumentam em 138% as chances de serem sedentários.

A pesquisa também aponta que a dor muscular/articular intensa (53%) está entre as principais sequelas da COVID-19 que favorecem o sedentarismo, juntamente com o estresse pós-traumático (53%), fadiga (101%) e insônia (69%).

A inatividade física pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal crônica, diabetes e obesidade, e ainda pode prejudicar as articulações, especialmente as que suportam o peso do corpo, como o quadril e o joelho. 

Segundo o médico ortopedista e cirurgião do joelho e do quadril, Thiago Fuchs, o impacto do sedentarismo foi intensificado pelas restrições de isolamento e medo relacionados à pandemia. 

“Por mais de dois anos, muitos pacientes que já tinham problemas no quadril e joelho pararam de fazer atividades físicas, especialmente os mais idosos com artrose do quadril e joelho. O sedentarismo, juntamente com o isolamento, diminuiu a capacidade muscular dos pacientes, aumentou a dor nas articulações e ainda contribuiu com o ganho de peso, o que piora ainda mais o quadro de dor em pacientes com artrose de quadril e joelho”, afirma Thiago. 

A pesquisa mostra que 17% dos participantes eram obesos, 58% tinham hipertensão e 35% foram diagnosticados com diabetes. O médico ortopedista Rogério Fuchs explica que esses fatores já considerados como comorbidades da Covid-19 podem ser agravados sem a devida prática de atividades físicas. “As lesões e desgastes nas articulações podem ocorrer de forma muito precoce entre os pacientes obesos e sedentários devido à alta carga colocada no joelho e quadril, principalmente quando não estão acostumados à prática de exercícios físicos. Em alguns casos, pode ser necessária a colocação de prótese no joelho ou quadril”, explica.


Fisioterapia ajudar a reverter o quadro

O acompanhamento médico para tratamento das sequelas é essencial para que a retomada de exercícios aconteça. Uma forma de reverter esse quadro é buscar mais qualidade de vida por meio da atividade física .

Segundo a fisioterapeuta Rubia Benatti, do Instituto Fuchs, é importante ter um olhar atento ao processo de reabilitação desses pacientes pós-Covid. “Muitas pessoas que ficaram na UTI com Covid-19 sofreram com a perda de massa muscular, alterações no sistema circulatório e neuromuscular, alem de problemas nas articulações. Quando somado às demais sequelas, retomar ou iniciar uma atividade física pode sim ser um desafio. Por isso a importância do acompanhamento fisioterápico e multidisciplinar”, explica Benatti.

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