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quarta-feira, 22 de março de 2023

Com produtividade recorde em oito estados, projeção para safra de soja atinge 155 milhões de toneladas

Rally da Safra encerra etapa soja com produtividade recorde em oito estados
Giovane Rocha / Rally da Safra

Desempenho verificado pelo Rally da Safra em diversas regiões produtoras supera resultados negativos do Rio Grande do Sul; desafio atual é tirar a safra do campo e escoar a produção


A safra 22/23 foi a terceira consecutiva sob influência do La Niña, causando irregularidades climáticas em vários estados em diferentes momentos da temporada, sem falar na grave estiagem que mais uma vez prejudicou o Rio Grande do Sul. Ainda assim, o Brasil deverá colher uma safra de soja de 155 milhões de toneladas, segundo a Agroconsult, organizadora do Rally da Safra. É um crescimento de 20% sobre 21/22 e de aproximadamente 1,6 milhão de toneladas em relação aos números divulgados em janeiro no pré Rally. A expedição técnica encerra hoje (21 de março) a etapa de avaliação de soja desta edição. Desde o início de janeiro, os técnicos da expedição percorreram mais de 40 mil quilômetros, avaliando 1.050 lavouras em 12 estados. A área plantada é de 43,7 milhões de hectares.

A perspectiva é de recordes de produtividade em oito estados – Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, São Paulo e Rondônia. “Esta é a safra com o maior número de estados alcançando recordes de produtividade, fruto dos investimentos dos produtores em biotecnologia, fertilidade de solo e manejo”, afirma o coordenador do Rally, André Debastiani. Neste cenário, a produtividade média brasileira atinge 59,1 sacas/hectare, abaixo ainda do melhor resultado alcançado de 59,4 sacas por hectare na safra 20/21.

Para Debastiani, o maior desafio dos produtores está sendo realizar a colheita dessa safra numa janela mais tardia e curta devido ao alongamento do ciclo das lavouras, que ocorreu em praticamente todas as regiões. “Isso concentrou a colheita no período de excesso de chuvas”, esclarece. A partir de agora, a atenção está voltada ao escoamento da produção, num cenário de comercialização atrasada que deverá trazer dificuldades à infraestrutura de exportação.

As regiões de excelente desempenho mais do que compensam o número negativo do Rio Grande do Sul. “Se não fosse a quebra do RS, que tirou mais de 5 milhões de toneladas da produção brasileira, a safra de soja poderia alcançar 160 milhões de toneladas”, diz o coordenador. Com estimativa de produtividade de 36,7 sacas por hectares, o Rio Grande do Sul registrou maior prejuízo nas áreas de soja precoce, especialmente nas regiões das Missões e na metade Sul do estado, castigadas pela seca. Voltou a chover nas últimas semanas e, se as condições continuarem assim, o enchimento de grãos das áreas mais tardias pode ser favorecido. Diante disso, o Rally terá uma nova equipe no estado para verificar as condições das lavouras entre 26 de março e 3 de abril, “Nossos números de safra refletem o momento atual. Cerca de 65% da área plantada no país foi colhida, mas pode haver alteração em razão das condições climáticas no Rio Grande do Sul, onde a colheita não alcança 5% da área”, diz Debastiani.

No Paraná, o clima seco no início da safra assustou muitos produtores que temiam a repetição do cenário da safra anterior. A seca, porém, ficou concentrada em uma pequena porção das lavouras precoces do Oeste do Estado. O clima favorável em fevereiro e março, inclusive com excesso de chuvas no terço final da colheita, deverá garantir uma produtividade de 63,1 sacas por hectare para o estado

Nos estados do Centro-Oeste, apesar da irregularidade climática observada durante todo o ciclo, com períodos de veranico no desenvolvimento e chuva em excesso na colheita, as produtividades são boas. O Mato Grosso do Sul, que também sofreu com a estiagem na safra passada, deverá atingir produtividade recorde com 62,6 sacas por hectares. Já no Mato Grosso, com a colheita praticamente encerrada, a produtividade deve chegar a 63,5 sacas por hectare. “Os dados de campo do Mato Grosso revelaram recordes simultâneos de stand de plantas, número de grãos por planta e peso de grãos. Em Goiás, o tempo seco no início da temporada, em especial no Sudoeste do estado, comprometeu a produtividade das lavouras de ciclo precoce, impedindo a repetição do ótimo resultado da safra passada. De qualquer forma, as lavouras mais tardias compensaram parte das quebras e o estado deve registrar uma produtividade de 64,3 sacas por hectare”, completa.

Na região do MAPITO-BA, onde os técnicos do Rally avaliaram as lavouras entre o final de fevereiro e início de março, as chuvas regulares e em bom volume no período de desenvolvimento apontam para produtividade recorde no Maranhão (61 sacas por hectare) e Piauí (62 sacas por hectare). Houve revisão negativa na Bahia, diante do período de poucas chuvas nas regiões Oeste e Sul no início de março, que tirou produtividade das lavouras mais tardias – mas a expectativa para o estado ainda é de um ótimo resultado, projetado em 67,4 sacas por hectare.


Milho

A Agroconsult revisou as projeções para a safra de milho. Para a 1ª safra, a produção é estimada em 28,3 milhões de toneladas para uma área de 5,3 milhões de hectares. No Rio Grande do sul, a seca impactou o desenvolvimento das lavouras em fases críticas. Já em Santa Catarina e Paraná, as chuvas e o tempo nublado alongaram o ciclo das lavouras, atrasando a colheita.

Para o milho 2ª safra, há dúvidas sobre a possível influência do El Niño no clima e a concentração do plantio fora da janela ideal. A Agroconsult estima a safra em 97,2 milhões de toneladas.  Seis equipes técnicas do Rally percorrerão as lavouras de milho segunda safra em maio e junho. 

O levantamento de campo do Rally ocorre durante a fase de desenvolvimento das lavouras e colheita e os técnicos percorrem polos produtores em 12 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins, que respondem por 95% da área de produção de soja e 72% da área de milho. Quatro equipes farão visitas técnicas aos produtores entre abril e maio.

Em sua 20ª edição, a expedição conta com mais de um milhão de quilômetros percorridos e 32 mil lavouras avaliadas nas 19 edições anteriores. Patrocinam a 20ª edição do Rally da Safra: FMC, Prometeon, OCP Brasil, Santander e SoyTech.


A Páscoa e os Ovos de Chocolate

Especialista e chocolover, empresário Arthur Kis conta como surgiu a tradição de se presentear com ovos de chocolate nesta data 

 

Você já parou para pensar como surgiu a tradição de se comer Ovos de Chocolate na Páscoa? Parece algo totalmente desconexo, já que a Páscoa é uma celebração religiosa de judeus e cristãos. Para os judeus, a data comemora a libertação do povo Hebreu da escravidão no Egito. Já, para os cristãos, é uma celebração em memória da ressurreição de Jesus Cristo.

Ao longo de milênios a tradição da Páscoa foi sendo incorporada por diversos povos, ganhando mais símbolos e conotações. A relação dessa festa com o ovo teve origem na antiguidade, onde muitos povos acreditavam que os ovos eram símbolos de fertilidade e renascimento. Com o tempo, o ovo também passou a ser associado ao cristianismo e à celebração da ressurreição de Jesus Cristo.

Na Idade Média, por exemplo, acredita-se que a Igreja Católica proibia o consumo de ovos durante a Quaresma. Com isso, as pessoas começaram a guarda-los e a decorá-los nesse período para presentear amigos e familiares na celebração da Páscoa.

Com o passar dos anos, a tradição dos ovos decorados evoluiu para a confecção dos ovos de chocolate. Naquela época, retirava-se o conteúdo dos ovos e se recheava as cascas com chocolate para agradar ainda mais as pessoas como esse delicioso presente.

Com o passar do tempo, a evolução do conhecimento e tecnologia sobre o chocolate acabou eliminando a necessidade do uso da casca e acabou dominando tanto a estrutura do ovo como o recheio, mantendo a simbologia e seu formato conforme a tradição até chegar aos dias de hoje, onde o ovo de chocolate se tornou um dos símbolos mais populares da Páscoa mundo afora, inclusive no Brasil.

E agora você pode estar se perguntando e o coelho, como entrou nessa história?

O coelho é um símbolo mais recente dessa festividade que também teve origem nas tradições europeias por simbolizar a fertilidade e a renovação, além de ser associado à Eostre, deusa da fertilidade na mitologia anglo-saxã. Com o tempo, o coelho também foi incorporado pela tradição cristã e associado ao renascimento e esperança, consolidando-se também como um símbolo pascal.

A verdade é que a simbologia do Ovo de Páscoa carrega uma tradição milenar de renascimento, renovação e de se presentear amigos e parentes com um alimento que todos amamos e que nos traz tanto prazer e deleite, o Chocolate!

É uma celebração importante que mostra a ligação do chocolate com o ato de agradar a quem se ama, ou seja, a consolidação do chocolate como um dos itens centrais dessa festa durante milênios, sendo um presente significativo para familiares e amigos em um momento tão importante e marcante para a humanidade.

 

Arthur Kis é empresário, chocolover profissional e especialista em produção e consumo de chocolate premium.
Instagram: @arthurkisoficial
Youtube: @arthurkis

Como utilizar os recursos disponíveis para transformar adversidades em oportunidades?

No livro "(Auto)liderança Antifrágil", gestor de projetos Victor de Almeida Moreira orienta leitor a ser um profissional criativo, à prova de procrastinação e falta de responsabilidade


Mesmo quando se sabe onde quer chegar e os resultados que deseja alcançar, pode ser difícil estruturar uma jornada real para atingir os próprios objetivos. Foi pensando nisso que o gestor de projetos Victor de Almeida Moreira desenvolveu um conceito (Auto)liderança Antifrágil, que intitula seu primeiro livro.

Publicada pela Editora Gente, a obra é ancorada na metodologia dos 5 A’s - autoconsciência, autorreflexão, autorresponsabilidade, autoignição e autorregulação. Moreira dedica um capítulo a cada definição que, juntas, criam um roteiro executável para tirar do mundo das ideias qualquer objetivo, seja ele pessoal ou profissional.

O grande filósofo chinês Confúcio, comparando a vida humana a uma embarcação em alto-mar,
ensinou que, embora não possamos alterar a direção dos ventos, temos total controle do posicionamento das velas.
Essa foi uma das lições mais presentes em minha vida, quando aprendi que é possível ser criativo ao reposicionar as velas do próprio barco [...].
Essa é justamente a ideia da antifragilidade.
((Auto)liderança Antifrágil, pg. 68 – 69)

Obstáculos como o vento em alto-mar sempre vão existir e, assim como os navegantes descobriram maneiras de enfrentar tal adversidade, cada pessoa, ao conhecer a si mesma, poderá gerar soluções cabíveis de acordo com a situação. Segundo o autor, um dos segredos para alcançar o sucesso é constância. “Fazer pouco, mas fazer sempre, pode gerar grandes resultados a longo prazo”, enfatiza.

Formado em Engenharia de Produção, Victor de Almeida Moreira atua como gestor de projetos na MRN, onde lidera o departamento de aquisição e estratégias. Ao longa da carreira, construiu uma sólida experiência na liderança de equipes multidisciplinares e gerenciamento de projetos em empresas como Vale, Deloitte e Anglo American.


FICHA TÉCNICA:
Título: (Auto)liderança Antifrágil
Autor: Victor de Almeida Moreira  
Páginas: 192
ISBN: 978-65-88523-49-0
Formato:
 16 x 23 cm
Preço: R$ 59,90
Link de venda: Amazon


Sobre o autor: Victor de Almeida Moreira é engenheiro de produção, com MBA em Engenharia de Custos e certificações de Project Management Professional® (PMP) e Certified Cost Professional® (CCP). Hoje lidera o departamento de aquisições estratégicas da MRN. Ao longo da carreira, construiu experiência na liderança de equipes multidisciplinares, mentorias profissionais e desenvolvimento de pessoas e passou por grandes companhias como Vale, Deloitte e Anglo American.

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Dia Mundial da Água: conheça projetos de Etecs e Fatecs para preservação e reuso

Estudantes do Centro Paula Souza desenvolvem trabalhos criativos para contribuir com o consumo consciente

 

O Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é um momento de alerta para a necessidade de conscientização em relação ao uso, abastecimento e saneamento. Neste ano, a campanha da Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) adota o tema Be The Change (Seja a Mudança, em português), com a proposta de incentivar as pessoas a mudarem a forma como usam, consomem e gerenciam a água.

Essencial para a sobrevivência de todos os seres do planeta, a água é o recurso básico da humanidade e a origem de todos os alimentos para todas as espécies, de acordo com a ONU. A cada ano, a disponibilidade desse líquido diminui, principalmente em áreas remotas e para as populações mais vulneráveis.

Já que preservar a água é garantir a sobrevivência de todos nós e das futuras gerações, os professores do Centro Paula Souza (CPS) incentivam o desenvolvimento de projetos pelos alunos das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdade de Tecnologia (Fatecs) do Estado.

Conheça alguns trabalhos que tratam do tema:

Horta urbana da Fatec Rio Preto reaproveita água de ar-condicionado: Alunos da unidade desenvolveram horta urbana irrigada com água reaproveitada dos aparelhos de ar-condicionado da unidade. O sistema automatizado funciona com sensores de umidade de solo, que indicam a necessidade de irrigação.

Robô para limpar águas de rios e oceanos: O protótipo foi desenvolvido para retirar boa parte dos resíduos sólidos que cobrem a superfície de mares, rios e lagos. Estudantes da Etec Prof. Horácio Augusto da Silveira, da Capital, foram os criadores do projeto, premiado na 20ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) com o segundo lugar em "Mentalidade Marítima" (prêmio concedido pelo Ministério da Marinha).

Auxílio no mapeamento do Rio Amazonas feito pela Fatec Jahu: Professores e alunos da unidade estão construindo embarcação que irá auxiliar no mapeamento do Rio Amazonas para a documentação do percurso considerado o mais longo do mundo.

 

Centro Paula Souza


Da recuperação de créditos à resolução de problemas: o novo modelo de negócios tributários

Temos visto muitos profissionais que atuam no ramo tributário concentrarem suas ações em uma única vertente: a Recuperação de Créditos Tributários (RCT). Não que esta não seja uma boa área para se investir – ao contrário, é um ramo que proporciona inúmeros benefícios – mas, prestar unicamente os serviços na RCT pode se revelar uma estratégia mais arriscada e suscetível a crises, uma vez que eventos externos podem afetar o mercado e o recebimento de honorários. Por isso, é importante abordar a importância da diversificação de serviços para a longevidade de um empreendimento tributário.

Não se trata de condenar a Recuperação de Créditos Tributários. Aliás, este serviço, desde que seja executado com ética e com técnica, é excelente para todos os envolvidos, pois favorece as empresas, reduzindo a carga tributária e injetando recursos que até então estavam esquecidos. Por outro lado, impulsiona profissionais tributários, que ganham honorários sobre os montantes recuperados e, em última análise, fortalece a economia do país, uma vez que empresas prósperas geram empregos e reduzem a desigualdade social.

O ponto aqui é: realizando apenas a RCT, os profissionais tributários concentram 100% do seu risco em uma única estratégia e, nos últimos tempos, temos visto alguns acontecimentos que demonstram que é preciso diluir esta exposição às ameaças externas. Podemos citar, como exemplo, a recente decisão do STF que permitiu quebra de decisões judiciais definitivas a partir da mudança de entendimento da Corte em matéria tributária (temas nº 881 e nº 885 de Repercussão Geral), que dificultou o fechamento de contratos de RCT na esfera judicial, uma vez que os empresários ficaram mais temerosos em investir nesse tipo de ação.

Somado a isso, as fraudes praticadas na área tributária, como as desmanteladas pelas Operações Retificadora e Dark Book, também criaram temor nos empresários e tornaram mais difícil a vida dos tributaristas. Por fim, as eventuais demoras da Receita Federal do Brasil para restituir os valores pleiteados pelos contribuintes prejudicam o fluxo de caixa dos escritórios que dependem exclusivamente desses deferimentos para receber seus honorários.

Por isso, é imperativo que os escritórios tributários migrem sua estratégia da RCT (Recuperação de Créditos Tributários) para a RPT (Resolução de Problemas Tributários), ampliando o leque de serviços, diluindo seus riscos e, consequentemente, ampliando as chances de permanecer no mercado por muito mais tempo. A RPT engloba a recuperação de créditos, mas vai além: envolve também serviços de revisão fiscal, planejamento tributário, defesas de autos de infração, assessoria permanente, consultoria tributária, auditoria digital, auditoria de estoque, classificação fiscal de mercadorias, entre outros.

O importante é dividir os ovos em várias cestas. Na primeira, inclua serviços que gerem o recebimento recorrente de honorários, afinal, todo escritório que presta serviços na área tributária deve preocupar-se em ter uma parte de sua receita operacional composta por rendimentos mensais que sejam, no mínimo, suficientes para cobrir os custos e despesas como aluguéis, funcionários, fornecedores, despesas administrativas, pró-labore dos sócios etc. Aqui, se enquadram serviços como assessoria permanente, auditoria digital das obrigações acessórias, manutenção do cadastro de mercadorias e outras prestações que possibilitem a cobrança mensal de honorários.

Na segunda cesta, o ideal é alocar os serviços que se enquadram como projetos, onde a cobrança é única, ainda que parcelada. São trabalhos com início, meio e fim, a serem realizados com base em horas ou em uma entrega específica, como uma análise do melhor regime de tributação, um atendimento à fiscalização, um planejamento tributário mais amplo, uma revisão fiscal preventiva, uma auditoria de estoque, uma reclassificação fiscal de mercadorias ou uma defesa contra um auto de infração a preço fixo, por exemplo.

Por fim, na terceira cesta, entram os serviços onde existem honorários cobrados sobre o êxito. Neste tipo de prestação, o escritório ganha honorários em percentual aplicado sobre o proveito econômico do cliente e tem a chance de ter ganhos exponenciais. É justamente o caso da Recuperação de Créditos Tributários, de defesas fiscais (que também podem ser cobradas sobre o montante reduzido) ou de um planejamento tributário, onde é possível cobrar um percentual sobre a economia tributária gerada.

Importante frisar que os exemplos de cobrança citados acima não são rígidos. Aliás, muitos tributaristas mesclam o modo como cobram seus honorários, aplicando nos mesmos serviços um combo de modalidades, como uma cobrança fixa (pró-labore inicial) e honorários sobre o êxito, ou honorários mensais combinados com honorários sobre êxito, caso ocorra um proveito econômico.  As possibilidades são muitas. O fato é que, estrategicamente, não convém ficar refém de apenas uma forma de cobrança. Somente honorários mensais não possibilitam (a princípio) ganhos exponenciais, apesar de sustentarem a operação; apenas honorários fixos limitam os rendimentos à capacidade de execução dos profissionais; e unicamente honorários sobre êxito, apesar de proporcionarem ganhos muito altos, aumentam demais o risco do escritório, uma vez que eventos externos podem adiar ou impedir o recebimento dos valores.

Portanto, migrar o foco de RCT para RPT é uma decisão fundamental, capaz de aumentar – e muito – as chances de seu empreendimento tributário se manter no jogo dos negócios por muito mais tempo, de forma infinitamente mais sustentável. Resolução de Problemas Tributários, combinando serviços de recorrência mensal, projetos específicos e ganhos sobre êxito: essa é a bola da vez.



Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.


e-Auditoria
https://www.e-auditoria.com.br/


ARTESP intensifica fiscalização de conserva especial de pavimento das rodovias concedidas

Fonte: Agência de Transporte do Estado de São Paulo
Com o objetivo de resolver os problemas em sua origem, a fiscalização faz um trabalho minucioso e diminui o número de reparos paliativos




Rodovias em boas condições reduzem o risco de acidentes e problemas no carro. Por isso, a ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo trabalha para que a malha concedida esteja sempre bem conservada e adequada para uso dos veículos. Um dos principais itens fiscalizados é o pavimento, cujas inspeções técnicas da Agência Reguladora levam a notificações para que as concessionárias realizem reparos e manutenções dentro dos prazos previstos nos contratos de concessão.



Para garantir a melhor qualidade, a agência realiza fiscalizações regulares em toda a malha viária. De acordo com João Luiz Lopes, diretor da Diretoria de Investimentos da ARTESP, as ações verificam a qualidade, segurança e conforto proporcionados aos usuários das rodovias. “O pavimento é formado por quatro camadas: sub-leito, sub-base, base e revestimento asfáltico. Esta estrutura é preparada para receber grandes fluxos e pesos, porém, com o desgaste dos anos e outros fatores externos, o revestimento e, às vezes, até mesmo a base, precisam de reparos. Por isso, a fiscalização é parte muito importante do Programa de Concessões do Estado de São Paulo”, explica.

A vida útil do asfalto varia de seis a 10 anos, de acordo com a época em que foi realizada a obra, profundidade da intervenção, volume e composição do tráfego (quantidade de veículos leves e pesados). Na parte final da vida útil, as fiscalizações se tornam ainda mais significativas para manter a qualidade da via, pois a probabilidade de precisar de reparos cresce. Além disso, os contratos, a partir da segunda etapa de concessão, estabelecem a obrigatoriedade de recapeamento total dos trechos ao final deste prazo de 6 a 8 anos.


Como funciona a fiscalização especial

Para realizar a fiscalização, a agência conta com técnicos qualificados que realizam um estudo gerencial do trecho, item importante que faz parte do contrato de concessão. São avaliados indicadores de qualidade do pavimento, como o limite de trincas permitidas para determinada extensão da rodovia, por exemplo. “O principal objetivo da fiscalização especial é resolver os problemas em sua origem, antes que se tornem problemas maiores. Diminuindo assim, os reparos paliativos, que podem ter uma duração de tempo menor de solução”, explica João.

Após a fiscalização, são feitos todos os apontamentos e envio de notificações para a concessionária, que deve fazer os reparos necessários dentro dos prazos estipulados no contrato. Em 2022, a ARTESP identificou 325 trechos com problemas no pavimento a serem resolvidos pelas concessionárias, um total de aproximadamente 1,4 mil quilômetros.

As concessionárias têm prazos pré-definidos em contrato para a solução de problemas no pavimento. No caso de buracos na via, a empresa responsável tem até 24 horas para realizar o reparo. Já no caso de deformações e trincas, que oferecem menos risco, a empresa tem de 10 a 30 dias para resolver a irregularidade.

Se a concessionária não resolver o problema dentro do prazo estipulado pela agência, são tomadas as providências administrativas, com a aplicação de multas.

Fatores como o excesso de peso, chuvas severas e derramamento de combustíveis, são alguns dos grandes vilões do asfalto e podem diminuir a sua vida útil, por isso, a fiscalização chega a toda a extensão da malha viária gerenciada pela ARTESP. Ao todo são mais de 11,1 mil quilômetros operados por 20 concessionárias.



O usuário pode cobrar melhorias

As rodovias do Estado são fiscalizadas constantemente, mas ainda assim, problemas no pavimento podem ser identificados mais rapidamente por usuários da rodovia. Por isso, a ARTESP e as concessionárias têm canais de comunicação preparados para receber as informações para solucionar os problemas o mais rápido possível.

Quando o motorista detectar algum problema, pode comunicar a concessionária responsável pelo trecho, para que realize os reparos necessários - confira aqui o número. Se a resposta não for satisfatória, o usuário pode entrar em contato com a Ouvidoria da ARTESP através do telefone 0800 727 83 77 ou pelo e-mail ouvidoria@artesp.sp.gov.br.


Como está a cadeia de suprimentos do seu negócio?

Você já parou para pensar nas variáveis que poderia investir para o supply chain do seu negócio? E nem precisa ser genial. Às vezes sua ideia incrível está nas soluções mais simples.

Que tal apostar na criatividade para começar a criar seu próximo projeto de Supply Chain? A seguir deixo algumas dicas, confira!

Sustentabilidade
Este é um dos casos de uso queridinhos das cadeias de suprimentos. Ter uma tecnologia que permita que a sua organização mensure as emissões de gás carbônico já virou um clichê, então invista naquelas que te permitem mensurar de maneira integrada analisando impostos, cadeia produtiva e distribuição e, também, criar cenários de trade-off de savings versus crédito de carbono.

Visão holística
Este caso de uso é para aquelas cadeias de suprimentos que já não operam mais em silos, afinal já faz tempo que a supply chain não é mais uma área de suporte e, sim, contribuidora individual para uma organização mais eficiente. Se a sua cadeia de suprimentos já tem processos e tecnologia para influenciar os patrocinadores de outras áreas e, além de ser cobrada por redução de custos, também contribui para o P&L ativamente, essa visão é para você!

Transformação digital
Sua organização já entendeu que a área de supply chain é muito complexa e decidiu dar o passo de encontrar um fornecedor de tecnologia que seja parceiro para essa jornada de transformação digital. Os tempos de produção e sequenciamento dos fornecedores é crucial, os fornecedores estão espalhados mundo afora e existem diferentes impostos sendo considerados na importação das partes. Nacionalizar as partes envolve decisões com diferentes portos e tempos de desembaraço, a distribuição dos portos até as diversas plantas ainda é feita baseada no histórico. A continuação dessa história deixo por conta do seu nicho.

Resiliência
Sua cadeia de suprimentos é precavida e não corre o risco de ficar na mão por falta de ressuprimento do fornecedor de escolha. Sua organização esteve à frente e já criou uma pontuação de risco para os diferentes fornecedores e dividiu riscos ao criar cenários e imaginar as mais diversas situações de corte de fornecimento. Se a sua área de supply chain se identifica com esse caso de uso, sua empresa é resiliente nesse quesito.

Inovação
Sua equipe já entendeu que manter os armazéns organizados é fundamental para a fluidez da operação. E ela também já aprendeu que é possível fazer uso de tecnologia de desenho de supply chain para garantir a melhor movimentação das caixas considerando tempo, custos e disponibilidade de cada uma delas. Se a sua cadeia de suprimentos tem a pegada inovadora, confira mais detalhes de como transformar essa ideia em realidade para os seus armazéns.

Conexão
Sua cadeia de suprimentos não só colabora, mas também está conectada em processos, tecnologia e pessoas com o processo de S&OP colaborativo? Já mantém reuniões recorrentes para revisitar os motivos pelos quais o planejamento não foi realizado conforme esperado, aprende com esses erros e se remodela para o ciclo seguinte? Então avance para a próxima casa! Se não, pense nisso.

Tá sem ideia do que criar? Não se preocupe, escolha uma inspiração que tem tudo a ver com o seu negócio e mãos à obra!

Agora me conta, sua organização está preparada para lutar pelo seu lugar de honra e subir a régua do mercado?

 

Daniela Corumba - Senior Value Solution Consultant da Coupa Software.


Oito virtudes imprescindíveis para um empreendedor de sucesso

Pensando em ajudar empreendedores a alcançarem a verdadeira prosperidade na carreira profissional, Henrique Lima, autor do livro Provérbios para Empreendedores, lançamento exclusivo da Buzz Editora, aborda oito dicas importantes para chegar a esse objetivo


 Muitos desejam começar um negócio próprio e tornar-se um empreendedor de sucesso. No entanto, grande parte dessas pessoas desiste no meio da caminhada, simplesmente, por falta de conhecimento e/ou experiência sobre o assunto. “As dificuldades sempre acontecerão e, se você não tiver sentimento pelo negócio, acabará desistindo. Nos momentos difíceis, é preciso conseguir se adaptar às circunstâncias e aguentar a pressão, sabendo que nada resiste ao trabalho duro, feito com inteligência”, comenta Henrique Lima, palestrante, advogado e escritor. 

Dessa forma, o ato de empreender torna-se uma missão mais complicada do que o esperado, exigindo muita dedicação, conhecimento, coragem, estratégia e sabedoria, desde os principiantes até os mais experientes. Justamente pensando nessa necessidade, Henrique resolveu escrever o livro “Provérbios para empreendedores: 31 lições de sabedoria para uma vida abundante”, lançamento exclusivo da Buzz Editora e, abaixo, aborda sobre oito virtudes imprescindíveis para aqueles que desejam chegar aos seus objetivos e alcançar o sucesso. Confira, a seguir, quais são elas:
 

1.Tenha humildade 

Um dos aspectos mais importantes para um empreendedor de sucesso é a humildade. Essa característica tem o poder de gerar bons resultados, não apenas para quem está no início de uma carreira, mas também para aqueles que estão em cargos de gerência e diretoria ou têm sua própria empresa. Além disso, esse aspecto proporciona um melhor relacionamento entre chefe e colaborador, criando, até mesmo, o sentimento de admiração pelos colaboradores. “Para um empreendedor, a humildade é uma opção incrivelmente poderosa, independentemente do tamanho do seu empreendimento. Essa qualidade é uma força propulsora da liderança e pode ser a porta de entrada para outros atributos importantes, tais como a empatia, a autenticidade e a integridade”, explica o autor.
 

2. Seja proativo

A proatividade pode ser considerada um dos pré-requisitos para qualquer empreendedor, afinal, não haverá nenhum chefe ou supervisor para cobrar o trabalho, sendo você mesmo o responsável por organizar, gerir e distribuir as atividades necessárias para o andamento da empresa. “Costumo dizer em minha empresa que nosso patrão é o cliente. Contudo, esse patrão não fica dando feedbacks o tempo todo e nem nos dizendo como agir, salvo raras e abençoadas exceções. Por isso, deve ser grande a sensibilidade do empreendedor em captar como seus consumidores avaliam seu negócio e estar continuamente pronto para agir”, comenta Henrique. Por isso, empreendedores devem permanecer em constante movimento, analisando os problemas e necessidades e buscando a melhor forma de corrigi-los.


3. Aprenda com as falhas

É comum ter adversidades e contratempos na vida cotidiana de um empresário, porém, o que o diferencia cada um é a forma de lidar com esses problemas e como encarar os feedbacks negativos. “Mesmo que a sensação inicial seja de fracasso, os erros devem ser encarados como valiosas fontes de ensinamento, seja por indicarem que um caminho precisa ser corrigido ou fortalecido, seja para termos conhecimento de nossas limitações e, assim, descobrirmos onde devemos melhorar,” diz. Por isso, para realmente adquirir conhecimento e saber como utilizá-lo, é preciso aceitar que erros irão acontecer e que é preciso contorná-los para alcançar o verdadeiro sucesso.


4. Busque sabedoria

O desejo de muitos é ser sábio, no entanto, alcançar essa posição não é fácil, mesmo sendo completamente possível. O caminho rumo à sabedoria exige que você esteja aberto ao aprendizado em suas mais variadas formas, além disso, é necessário passar por experiências diversas e diferentes umas das outras. “O ambiente de negócios clama por pessoas sábias que prosperem sem prejudicar o outro, que são pautadas por preceitos éticos. O mercado quer líderes, empresários e profissionais com os quais se possa estabelecer relações de mútuo ganho, em benefício não apenas dos envolvidos em determinado projeto, mas em favor de toda a sociedade”, acrescenta Lima. Então, para se tornar uma pessoa sábia, deve-se compreender que resultados positivos e negativos existirão, mas que é possível tirar boas lições de ambos.


5. Faça seu melhor e os resultados virão

É normal iniciar um novo negócio e logo querer que os resultados positivos cheguem. Porém, de acordo com o escritor, toda a energia não deve - e nem pode - ser canalizada exclusivamente para as conquistas materiais, mas também direcionada para o desenvolvimento e a realização pessoal. “Se o trabalho é feito com empenho, dedicação, esforço e foco, os resultados virão naturalmente, pois isso será fruto da paixão por um trabalho bem realizado. Ou seja, não deixe de focar no retorno financeiro, já que ele será essencial para o crescimento do empreendimento, mas não se esqueça dos seus próprios sonhos e objetivos profissionais, os quais também devem ser valorizados”, comenta Henrique.


6. Analise os erros e encontre formas de evitá-los

Como mencionado anteriormente, os erros devem ser encarados como oportunidades para alcançar o aprendizado efetivo e aprimorar-se nele. É necessário procurar entender o que realmente aconteceu, porque deu errado e como consertá-los, pois apenas assim será possível aprender com os erros e evitar cometê-los novamente. “Repetir os erros, no entanto, significa desperdiçar a oportunidade de aprendizado que teve na primeira vez. Em outras palavras, é importante usar o erro como fonte de fortalecimento, sempre com vistas ao próximo acerto”, ressalta.


7. Esteja antenado em novas tecnologias

Atualmente, existem diversas ferramentas tecnológicas no mercado que podem ajudar no desenvolvimento de uma empresa e saber como utilizar essas tecnologias a seu favor pode ser o ponto de virada para um negócio de sucesso. “É função do empreendedor estar antenado e avaliar se tais meios são compatíveis e trarão resultados positivos para a própria empresa”, reverbera o palestrante. Para Lima, a maior recomendação é analisar cautelosamente a compatibilidade das ferramentas com o empreendimento, alinhando-as ao propósito do negócio, visando lucros e evitando prejuízos a curto, médio e longo prazo.


8. Procure pessoas com os mesmos objetivos que você

Por fim, uma das dicas mais importantes para um empreendedor que busca o sucesso, segundo o autor do livro, é estar em sintonia com seus próprios propósitos e objetivos, além de encontrar pessoas com ideais semelhantes aos seus. “O empreendedor sábio rapidamente descobre que deve se afastar de quem vive em um eterno ‘tanto faz’. Por isso, ele deve estabelecer valores e metas objetivos para seu negócio, transmitindo-os claramente para sua equipe e admitindo apenas aqueles alinhados à eles. Isso estabelece uma conexão poderosa entre os colaboradores, pois um time onde todos perseguem um objetivo bem definido torna-se uma poderosa máquina de realização”, finaliza. 

Com diversas outras dicas valiosas, o livro de autoajuda e negócios, “Provérbios para empreendedores: 31 lições de sabedoria para uma vida abundante”, de Henrique Lima, será lançado em março pela Buzz Editora. A obra discorre, detalhadamente, sobre vários outros temas, de forma leve, real e empática, abordando como os empreendedores devem encarar a longa jornada rumo ao sucesso.
 

Sobre a autor:

Henrique Lima é casado com a Raquel e é pai do Enzo, da Giovanah e do Vitório. Escritor, advogado e palestrante, é apaixonado por compartilhar conhecimento. No começo de sua carreira, produziu apenas textos jurídicos, mas logo cedeu ao chamado de propagar também mensagens sobre espiritualidade e desenvolvimento pessoal.

 

Buzz Editora (Divulgação)

Ficha Técnica

Título: Provérbios para empreendedores: 31 lições de sabedoria para uma vida abundante

Autor: Henrique Lima

Formato: 23 × 16 cm

Idioma: Português

Páginas: 176

Tiragem: 8 mil

Lançamento: 13 março 2023

ISBN impresso: 978-65-5393-114-5- R 59,90

ISBN e-book: 978-65-5393-113-8- R 41,90

Gênero: Autoajuda, negócios


Não é só no BBB: Saiba como denunciar assédio no ambiente de trabalho

Importunação sexual e assédio foram termos em evidência esta semana. O caso de MC Guimê e Antônio Carlos Júnior (Cara de Sapato) no Big Brother Brasil 23, na TV Globo, repercutiu após cenas de importunação contra a mexicana Dania Mendez. Embora seja uma situação na televisão, ela pode estar mais próxima do que as mulheres imaginam.  

Uma pesquisa realizada pelo portal Empregos.com.br indica que 41% das mulheres já ouviram ou presenciaram piadas de conteúdo sexual no trabalho. Entre as entrevistadas, 42% já ouviram, alguma vez, uma cantada indesejada ou desagradável no ambiente de trabalho. Outras 13% afirmaram que essa situação acontece com frequência. 

Deve-se lembrar que o assédio sexual, na Lei 14.457/22, deu tratamento diferenciado aos casos.  No Programa Emprega + Mulheres, o artigo 23 aborda que o assédio sexual deve estar entendido como algo a ser combatido pelas empresas, e especial as empresas que tem a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio, explica Marcus Gonçalves, sócio da BRG Advogados.

Sancionada em 2022, a lei que criou o Programa Emprega + Mulheres prevê medidas de inserção e manutenção de mulheres no mercado de trabalho.

 

Importunação sexual e assédio: qual a diferença? 

Ambos são crimes contra a liberdade sexual, a definição dos crimes vem do Código Penal que dispõe, resumidamente, que “a importunação sexual é quando alguém pratica contra outra pessoa ato libidinoso sem a permissão da vítima; já o assédio sexual, para que seja configurado, é preciso que exista relação hierárquica entre agressor e vítima, ou seja, o crime se configura quando há um constrangimento com o fim de ter vantagem sexual numa relação de cargo ou função.

A Lei 10.224/2001 acrescentou um artigo ao Código Penal para definir o crime de assédio sexual como “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual prevalecendo-se o agente de sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função“. A pena prevista para esse crime vai de 1 a 2 anos de prisão e pode ser aumentada em até 1/3, caso a vítima seja menor de 18 anos.

Já a Lei 13.718 de 24 de setembro de 2018 dispõe sobre a importunação sexual. De acordo com o texto, trata-se de “praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro“. A importunação sexual trata de crime mais grave e, portanto, com pena mais severa, que vai de 1 a 5 anos.

 

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio

Até o próximo dia 20, 180 dias a contar da data da publicação da Lei, as empresas deverão ter implementado as CIPAS (que inclusive trouxe a novidade da alteração de sua denominação, passando-se agora a chamar Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio, de acordo com a nova regulamentação. As empresas deverão criar e divulgar internamente quais serão os canais de denúncias (anônimo e sigiloso) que deverão ser utilizados em caso de assédio sexual, nos termos do quanto definido pela sua CIPA. Deverá, ainda, garantir o anonimato da denunciante. 

O empregado que sofreu assédio sexual no ambiente de trabalho deve encontrar na empresa todo o amparo necessário para superar o trauma causado pelo crime sofrido. Nesse sentido, o RH da empresa, assim como o departamento médico e compliance devem estar atentos e fornecer amparo médico, psicológico e jurídico, se necessário.

A Delegacia de Polícia é o melhor canal, tendo as delegacias especializadas para mulheres, inclusive; pode-se também fazer a denúncia via Ministério Público. Na circunstância de empresas, devem ter canais de denúncia interna com sigilo garantido. Mas vale lembrar que tais canais vão servir para apuração dentro da empresa e fins trabalhistas no caso de assédio sexual”, finaliza Gonçalves, sócio da BRG Advogados.  

A BRG Advogados criou um canal de denúncia para casos de assédio sexual no trabalho, A Sua Linha Ética, é um canal externo de comunicação para captação de irregularidades, confidencial e seguro, de fácil implantação e divulgação dentro da empresa. 

Entre em contato com os nossos especialistas para se adequar as novas regras ditadas pela Lei n.º 14.457/22 e evite multas. 

 

BRG Advogados
Endereço: Rua Quinze de Novembro, 184 - 9º andar
Centro - São Paulo
Tel.: (11) 3242-0097
WhatsApp: (11) 945238054
brgadvogados@brgadvogados.com.br


22 de março: Dia Mundial da Água conscientiza empresas a adotarem práticas sustentáveis

água é um recurso natural abundante no planeta, essencial para a existência e sobrevivência das diferentes formas de vida. (Imagem: Unsplash).

De acordo com KPMG, 76% das empresas brasileiras já incluem as práticas ESG em suas estratégias de negócio 


 

O Dia Mundial da Água, 22 de março, foi criado em 1992 pela ONU (Organização das Nações Unidas), com o objetivo de ampliar a discussão sobre esse tema, por ser um elemento mais importante do nosso planeta, fundamental para a existência e o principal recurso para a sobrevivência de todos os seres vivos. Aproximadamente 71% da superfície terrestre é coberta por água, totalizando cerca de 1,4 bilhão de km3. De toda água disponível no planeta, 95,5% é água salgada, segundo o Brasil Escola.  

Apenas 2,5% da água disponível é doce, esta que serve para beber, por isso é importante frisar a utilidade da água à sociedade para a preservação dos rios e lagos para que não falte no futuro. A partir dos pilares do ESG (Environmental, Social and Governance): “pessoas, planeta, lucro e propósito” - é possível que as empresas reduzam os impactos negativos que causam a natureza, e passem a contribuir com a preservação ambiental do planeta. 

 

De acordo com KPMG (empresas de prestação de serviços profissionais), 76% das empresas brasileiras já incluem as práticas ESG em suas estratégias de negócio

 

Segundo Rogério Silva, CEO do CEBRAC, as ações de ESG são muito importantes para a preservação da água. “Empresas que unem esforços para criar ações com foco em sustentabilidade são vistas pelo consumidor como marcas com propósitos. Hoje, as pessoas não somente consomem por consumir, mas procuram marcas que representem os seus valores e estilo de vida. Por isso, as empresas precisam criar práticas que inspirem as pessoas a serem mais conscientes com o seu entorno, pensando em si, no próximo e no futuro”, explica Rogério Silva.

 

Iniciativas que estimulam empresas a ajudarem na preservação da água é muito benéfico para os negócios, segundo um estudo da Opinion Box, empresa de pesquisa e desenvolvimento, que entrevistou 2246 pessoas, sobre temas relacionado a sustentabilidade das empresas, revelou que 67% dos entrevistados disseram fazer pesquisas sobre as práticas de ESG das empresas antes e se tornarem clientes.

 

Em alusão ao Dia Mundial da Água, Rogério Silva, CEO do CEBRAC, destaca 3 ações que são realizadas dentro da rede, onde cada colaborador contribui para o bem comum, à racionalização da água e ao meio ambiente, através de práticas sustentáveis:

 

1. Uso de copo próprio: Visando a diminuição de produção de lixo, no CEBRAC, os colaboradores não utilizam copos descartáveis para beber água, ao invés disso cada um tem o seu que é reutilizado.

 

2. Energia Solar: Utilizar energia solar é fundamental para poupar recursos da natureza, pelo fato dessa fonte ser renovável, é possível produzir sem causar danos ao meio ambiente, além de favorecer que mais pessoas tenham acesso a uma fonte energética, já que o custo do sistema de energia solar são baixos e podem ser instalados em qualquer lugar. Algumas unidades da rede adaptaram a sua estrutura para esse estilo, a fim de mais economia. 

 

3. FNE (Feira Nacional do Empreendedorismo): Todo ano, as unidades reúnem os seus alunos para a criação de projetos com foco em sustentabilidade e empreendedorismo, onde eles criam negócios na teoria que possam impactar nos cenários sociais, econômicos e sustentáveis. 

 

Quer fazer parte dessa rede de franchising que une propósito e ações em prol de um mundo melhor?! Conheça os modelos de franquias, aqui! 

 

CEBRAC

 

O que esperar da nova Reforma Tributária?

O tema é uma das principais pautas do Congresso no momento, um assunto de grande repercussão para todo o Brasil. De um lado, o Estado não pode abrir mão de nenhum centavo de arrecadação; do outro, vemos os entes federativos lutando pelo mesmo motivo; e o lado mais fraco do cabo de guerra temos os contribuintes e os consumidores em geral, que de fato pagarão a conta.

Encontra-se em discussão a PEC 45 e a PEC 110, que envolvem algumas diferenças importantes na unificação de tributos (impostos e contribuições) diretos e indiretos e no seu processo atual para o proposto, ou seja, a transição. Os contribuintes necessitam de um  preparo para cada cenário apontado.

Convivemos com uma carga tributária que varia entre 30% e 40%, somente se considerarmos as obrigações principais de pagar os tributos. Agora, é praticamente impossível o cálculo do custo/despesas que o contribuinte despende para comprovar que o tributo pago (obrigação principal) está correto, essas são as obrigações acessórias.

As obrigações acessórias são, na essência, a transferência da obrigação do Estado em apurar a correção dos valores declarados e pagos, para o contribuinte que auto se fiscaliza, sem nenhuma contrapartida na redução de taxa do tributo.

Para exemplificar, acredito ser inócuo falarmos de uma reforma tributária antes de uma reforma administrativa, ou seja: estabelecermos a receita desconhecendo o tamanho da despesa. As duas PECs, 45 e 110, são assemelhadas, vejamos:

PEC 45

Serão extintos: PIS/COFINS, IPI, ICMS e ISSQN, será criado o IBS – Imposto sobre Bens e Serviços.

PEC 110

Serão extintos: IPI, PIS/COFINS, CIDE COMBUSTÍVEIS, CSLL, ICMS e ISSQN. Serão criados: CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços e Imposto de Bens e Serviços.

Aqui, cabe a observação da instituição do IMPOSTO SOBRE VALOR AGREGADO – IVA DUAL, no qual seriam segregados os tributos Federais, o Estadual (ICMS) e o Municipal (ISSQN) e, ainda a CSLL seria incorporada no IRPJ, o que na prática já acontece.

A PEC 45 prevê:

  • Tributo seletivo, ou seja, qualidade extrafiscal, sem objetivo de arrecadar e sim de regular consumos negativos, como cigarros e bebidas.
  • Prevê um prazo para a transição de 50 anos, com alíquota semelhante para todos os setores, com extinção da Zona Franca de Manaus.
  • Cada Ente Federativo, União, Estados, Municípios e Distrito Federal, deverá estabelecer uma parcela da alíquota, ou seja, uma sub-alíquota.
  • Dificuldades maiores pela ausência de alíquotas diferentes além da retirada de autonomia do ente federativo, Estados ou Municípios, para legislar sobre suas receitas.

A PEC 110 prevê:

  • Os tributos também terão essa função, extrafiscal, com a substituição do IPI, sem prazo para tal.
  • Prevê um prazo para a transição de 15 anos, com regimes diferenciados de alíquotas definidos por Lei Complementar, com manutenção de benefícios fiscais por mais 12 anos, como no caso do AGRO, mantendo a Zona Franca de Manaus até 2073.
  • Cada Ente Federativo, Estados ou Municípios dividirá a sua arrecadação, no mesmo modelo do hoje, ICMS conforme o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
  • Mantêm o Simples.
  • Dificuldades maiores como estabelecer alíquotas diferentes, abrindo a possibilidade de uma guerra fiscal travada pelas bancadas dos entes federativos.

Aqui temos um pleno consenso nas duas propostas: o aumento de imposto para as empresas de serviços, pela ausência de método para o crédito dos tributos na aquisição de insumos.

Finalizando, tramita no Congresso o PL 3887/2020, conhecido como a reforma tributária do governo anterior a qual apenas unifica os tributos do PIS e da COFINS, estabelecendo uma majoração de 9,25% para 12%, para as empresas optantes pelo regime de Lucro Real e de 3,65% para 12% daquelas optantes pelo regime do Lucro Presumido, possibilitando o crédito dos valores dos tributos pagos na fase anterior de todos os insumos adquiridos.

Novamente, vemos que os prestadores de serviço, os maiores empregadores do Brasil, serão duramente prejudicados, pois não há permissão de créditos sobre a folha de pagamento.

Ratifico que a Reforma Tributária é necessária, mas não antes de uma reforma administrativa, além disso, devemos considerar um sistema igualitário, onde Indústria, Comércio e Serviços fossem contemplados com as mesmas obrigações e, principalmente, uma redução em suas obrigações acessórias.

 

Roberto Folgueral - contador, perito judicial e vice-presidente da FCDL-SP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de São Paulo).

 

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