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terça-feira, 14 de março de 2023

Dia do Consumidor: cuidados na hora das compras para não ser vítima de golpes

Neste mês de muitas promoções, especialista indica como se proteger para não ser alvo de criminosos no consumo online

 

 

O calendário do varejo tem atraído cada vez mais o público ávido por promoções e facilidades. A sazonalidade também tem despertado os hackers, que navegam em busca de alvos vulneráveis para roubo de dados e clonagem de cartões. Se antes a preocupação eram apenas as transações online em sites de compras, hoje é preciso redobrar a atenção com pagamentos via PIX e até golpes em máquinas de cartão em lojas físicas. 


O mês de março tem um significado para o varejo por conta da Dia Mundial do Consumidor, comemorado no dia 15, e já é considerado como data de grandes descontos. Assim como o comércio e os consumidores estão se preparando para as promoções especiais do período, os ‘cybers criminosos’ também já planejam seus ataques. As fraudes ocorrem de diversas formas, seja a partir de um link malicioso, imagens no WhatsApp, ofertas agressivas em aplicativos e sites ou roubo de dados por meio do cartão de crédito ou de débito.

 

Uma pesquisa divulgada recentemente pela OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online do país, junto com a AllowMe, empresa de proteção de identidades digitais, revelou que o prejuízo estimado com golpes digitais em 2022 no Brasil chegou a R$ 501 milhões. 

 

“Algumas datas têm sido muito significativas e têm gerado grande movimentação de dinheiro, inclusive no comércio virtual onde criminosos ficam cada vez mais ativos. Precisamos repensar algumas atitudes, principalmente a maneira como estamos lidando com a segurança digital. Proteção deve ser prioridade, principalmente neste momento de invasões, fraudes e golpes de todas as modalidades”, alerta Alan Morais, diretor executivo da EXA Tecnologia e especialista em segurança digital. 

 

Para que não haja dores de cabeça é sempre bom ficar atento ao que está sendo oferecido nos anúncios das promoções e, antes de fazer qualquer tipo de transação online, se certificar sobre a veracidade das informações para que a compra seja segura e não dê abertura para qualquer tipo de tentativa de fraude. 

 

• Desconfie de qualquer oferta muito agressiva. Por trás desses links pode haver roubo de dados, senhas e informações sigilosas que estão armazenados no dispositivo; 

 

• Páginas falsas e links maliciosos podem estar ‘camuflados’ de promoções tentadoras em Marketplaces, sites e aplicativos de compras;

 

• Prefira acessar os sites das lojas digitando o endereço e não por meio de links recebidos ou divulgados nas redes sociais. O WhatsApp não tem os anúncios, mas oferece risco;

 

•  Se a compra online é com uma loja ou vendedor que você já conhece e o pagamento será feito por PIX, opte por usar o CNPJ da empresa como chave do destinatário – no site da Receita Federal, é possível checar gratuitamente, aqui, se aquele CNPJ de fato pertence a quem está vendendo o produto.

 

• Não utilize computadores públicos, celulares de terceiros e nem redes públicas ou abertas para uma compra online. Recomenda-se não usar wi-fi pública e nunca efetuar transação bancária com senha em conexões que não sejam particulares. Sempre usar computador com antivírus, firewall ativado e navegador e sistema operacional atualizados.

 

• Fique atento ao passar os cartões de débito e crédito. Confira sempre o valor a ser creditado, não revele sua senha para ninguém e tenha certeza que o cartão devolvido é mesmo o seu. A troca de cartões é uma prática antiga de golpistas e pode trazer muita dor de cabeça.

 


EXA Tecnologia

https://exa.com.br/


Kantar: Nova lei para rótulo de alimentos e bebidas pode impactar modo de consumo do brasileiro

No Chile 50% das pessoas mudaram forma de consumir e no Equador 29% após a lei 

As novas regras para rotulagem de alimentos, que entraram em vigor no Brasil em outubro de 2022, devem levar a uma mudança no comportamento de consumo de alimentos e bebidas no Brasil, assim como aconteceu em outros países latinos, segundo análise da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. 

No Brasil a nova lei, que tem entre as maiores mudanças a rotulagem nutricional frontal, prevê que produtos lançados após outubro do ano passado já deveriam estar com o rótulo no novo formato e itens já disponíveis no mercado têm ainda de um a três anos para a adequação. 

Dados da Kantar mostram que 1/3 dos latinos estão altamente preocupados com sua saúde e vêm fazendo mudanças nos hábitos nutricionais, e 66% deles leem os rótulos dos produtos alimentícios. A maioria deles está mais preocupada com a quantidade de açúcares (22%), sódio (19%) e calorias (18%). 

A experiência dos países vizinhos, que já implantaram tal lei, mostram que ela trouxe novos comportamentos de consumo. No curto prazo, dos consumidores que começaram a olhar para os produtos com os novos rótulos, 50% dos chilenos e 29% dos equatorianos mudaram seus hábitos, abandonando ou diminuindo a frequência de aquisição. No Equador os chás prontos foram os que mais sofreram retração em penetração (-7 pontos de penetração). Antes da lei, eles eram considerados uma opção saudável ao refrigerante e, com a aplicação do novo rótulo, os consumidores perceberam que as categorias apresentam os mesmos níveis de açúcares. No Chile, biscoitos doces sofreram uma retração de 9% em volume após a nova lei no Chile (2015 x 2016). 

Outra mudança foi o impulso no segmento de lights e saudáveis, como visto no Equador. Após a implementação, houve destaque na penetração de refrigerantes lights (+3 p.p), biscoitos saudáveis (+2p.p.) e cereais light (+2p.p.) naquele país. 

No entanto, no longo prazo, os produtos impactados pela adoção dos novos selos apresentaram alguma recuperação. Os países com maiores níveis socioeconômicos foram os que mais fizeram essas mudanças. 

A Kantar avalia que será crucial verificar se as marcas não perdem visibilidade nas prateleiras que são importantes para o consumidor. Além disso, será gerada uma grande oportunidade para aqueles produtos que buscam entrar em categorias já saturadas, aproveitando a oportunidade para se posicionar como "vida saudável" ou se tornar o produto substituto ideal dentro da cesta. 

A consultoria dispõe de ferramentas eficientes que identificam as oportunidades dos principais segmentos e públicos-alvo, como necessidades prioritárias e principais barreiras para consumo. Também fornece dados atitudinais e comportamentais sobre estilos de vida e compras do consumidor, e realiza segmentações de consumidores para melhor atender e alcançar os públicos certos por meio de seus estudos sindicados. Além disso, identifica oportunidades para novos produtos e inovação de produtos existentes.

 

Kantar

www.kantar.com/brazil


Turnover: Especialistas de RH apontam como tendência atual nem sempre é algo negativo para as empresas

O turnover, ou rotatividade de funcionários, é um fenômeno que acompanha as movimentações do mercado e está relacionado a área de gestão de pessoas, que dentro de suas atribuições, necessita compreender o fenômeno a fim de evitar que se torne um problema institucional. Sabendo disso, especialistas da Intelligenza IT, maior consultoria nacional de tecnologia SAP para RH, falam sobre o papel da área de gestão de pessoas e sua importância no pleno funcionamento das organizações e controle de um impacto ruim. 

“É importante ressaltar que a rotatividade de funcionários não é algo completamente negativo, sendo muitas vezes considerado saudável para a evolução dos mercados. O problema está quando os índices de uma organização sobem de forma exponencial ou ficam muito baixos por um longo período, o que indica a necessidade de melhorias institucionais”, afirma Flávio Legieri, CEO e Cofundador da Intelligenza IT. 

De acordo com o CEO, o turnover dentro dos dois contextos apresentados, geram impactos ruins para as empresas, uma vez que estão associados a capacidade de gestão e desenvolvimento de cada organização. A alta rotatividade pode ser considerada um reflexo de problemas institucionais dentro da empresa, que podem resultar em perda de confiança e aumento de custos para a instituição, ao mesmo tempo em que a baixa rotatividade reflete a falta de incentivo interno voltado para a evolução de cada profissional, o que promove um cenário de estagnação dentro dos departamentos. 

Segundo pesquisa realizada pela Robert Half, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), no último ano, o Brasil registrou 56% de aumento no turnover, em comparação a países como Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%). Para Legieri, os principais fatores que contribuem para o turnover negativo nas empresas estão associados à cultura organizacional. “Fazer a manutenção do clima dentro das instituições é imprescindível, garantir a harmonia entre os times e a qualidade de vida dos funcionários dentro das empresas são pontos primordiais para a preservação de uma cultura interna fortalecida e bem estruturada”, declara o executivo. 

O turnover é benéfico quando através dele  as empresas enxergam um novo ponto de vista de evolução de mercado, de como a gestão da empresa atua e do clima organizacional de cada setor, a fim de identificar melhorias. 

Já com relação às principais atitudes que as empresas precisam tomar frente ao fenômeno, Legieri destaca algumas dicas para manter um ambiente saudável dentro das organizações. Confira: 

- Investir na estrutura de times de forma adequada, isto é, ter um RH que de fato faça gestão de pessoas e entenda o valor humano para as empresas;

- Trabalhar na construção de uma cultura interna positiva, inovadora e humanizada, como forma de tornar o ambiente corporativo mais harmonioso e receptivo; 

- Apostar em uma comunicação clara e transparente entre os funcionários e companhia, além de investir em iniciativas internas de reconhecimento a fim de proporcionar um sentimento de pertencimento ao time; 

- Possuir um programa de benefícios que acompanhe as tendências do mercado e atenda as demandas dos colaboradores;

- Investir em programas de capacitação e desenvolvimento de talentos;

- Proporcionar uma rotina de trabalho flexível também é um grande diferencial que se alinha às necessidades atuais dos profissionais do mercado, que passaram a valorizar o formato. 

Há diversas formas de adotar essas práticas, mas para Legieri a melhor maneira é utilizando a tecnologia como aliada. “Todas essas dicas são iniciativas que colocamos em prática no dia a dia na Intelligenza, mas o apoio da tecnologia é fundamental para realizarmos essas ações com pioneirismo. Nesse sentido, além de promover e implementar  as melhores soluções do mercado, também exploramos elas ao máximo dentro de casa.” conclui o executivo. 

Atrelado a isso, para Francisco Pereira, Diretor de RH da Intelligenza IT, estar atento a essas tendências e investir em ações como estas, fazem parte da rotina do RH de cada instituição, que trabalha para garantir o bem-estar dos funcionários e o pleno desenvolvimento de cada negócio. 

Hoje, a HRTech conta com diversas ações voltadas para o fortalecimento de sua cultura interna, como: programas de trainee e iniciativas de capacitação e desenvolvimento de talentos; ações como o Programa Cores - projeto que visa valorizar a diversidade e promover a inclusão no ambiente institucional, atrelado também a iniciativas em prol da sociedade, como arrecadações e campanhas.

Além dela, cada vez mais empresas passaram a investir em ações e iniciativas que buscam a retenção de talentos e o desenvolvimento de seus times internos. “Oferecer ao colaborador a estabilidade que ele necessita para o seu crescimento profissional e pessoal é um dos principais fatores que contribuem para a diminuição do turnover acentuado dentro das organizações, por este motivo, o olhar atento do RH para os times internos é tão importante, uma vez que, algumas iniciativas já são suficientes para atribuir um grande impacto positivo nas organizações”, finaliza Pereira. 

 

Intelligenza IT
https://intelligenzait.com/


Quais estratégias o varejo precisa se atentar em 2023?

Segundo a pesquisa “Tendências do varejo 2023”, realizada pela consultoria Opinion Box e pela empresa Dito, 73% dos consumidores fizeram compras em lojas físicas e virtuais nos últimos 12 meses, sendo que, para 84%, a experiência ideal está no ambiente físico e virtual integrados. Sabemos que a pandemia trouxe mudanças para o setor de consumos e impulsionou diversas tendências, como é o caso da preferência dos clientes por experiências integradas.  

A facilidade e agilidade de poder adquirir produtos tanto no físico quanto no online agradam o cliente que gosta de ter essa versatilidade. É justamente por este motivo que uma das tendências para este ano é a jornada omnichannel, que unifica os dois ambientes. Isso porque, o mesmo levantamento apontou que, em 87% dos casos, os consumidores realizam a pesquisa de preço em loja física e finalizam a compra no ambiente digital. Além disso, 80% dos clientes relataram que pesquisam virtualmente para adquirir no ambiente presencial.

 

É fato que o cenário descrito acima evidencia que o perfil omnichannel veio para ficar e, mais do que isso, que será preciso que os varejistas se adaptem a essa realidade. Neste caso, ouso dizer que isso pode ser um impasse especialmente para os pequenos negócios, uma vez que possuem dificuldades em relação à inclusão digital. Com um time enxuto e poucos colaboradores na operação, fica difícil para o varejista coordenar todas as frentes do negócio. Por isso, em muitos casos, a presença digital é deixada para depois. 

 

A questão é que a presença digital e a utilização de ferramentas tecnológicas podem auxiliar essa empresa no dia a dia, trazendo agilidade e facilidade para as demandas e para os consumidores. Dessa forma, o cliente precisa ser o centro do negócio e, por este motivo, a experiência dele deve ser valorizada.

 

Uma pesquisa realizada pela consultoria McKinsey e divulgada em novembro de 2021, apontou que 71% dos consumidores esperam que as empresas ofereçam interações personalizadas e mostrou, ainda, que 76% deles se frustram quando não encontram esse tipo de experiência. Além disso, o mesmo levantamento apontou que 72% dos clientes esperam que as companhias  onde eles costumam fazer compras os reconheçam como indivíduos únicos e saibam identificar seus interesses. Isso evidencia que os clientes querem se sentir únicos, além do fato de quererem experiências únicas. 

 

Assim, os varejistas devem pensar em ações que proporcionem uma boa experiência, mais do que a satisfação com a mercadoria, o cliente precisa se sentir valorizado em uma jornada completa – e vai desde o atendimento até o pós-compra. Com consumidores cada vez mais exigentes, os negócios precisam se empenhar para se destacarem perante a concorrência e fidelizá-los. Assim, aqueles que desejam se destacar e sobreviver precisam adotar novas estratégias.

 


 

Cleiton Coradelli - CMO (Chief Marketing Officer da Gofind, plataforma que cruza dados de oferta de produtos e demanda de consumidores para melhorar decisões nas indústrias)

 

Demissões em massa: como as big techs chegaram neste ponto?


Há algumas semanas as notícias sobre as grandes empresas de tecnologia - as Big Techs - estão chamando a atenção por um motivo diferente dos grandes feitos dessas corporações: as demissões em massa. Google, Meta, Amazon, Philips e Twitter, entre outras, demitiram um número de colaboradores que chega a casa dos milhares e a pergunta que fica é: o que aconteceu para que chegassem a esse ponto? 

Tido como um dos segmentos mais promissores da economia global, a tecnologia atraiu muita mão de obra ao redor do mundo. Muito antes das mudanças nos formatos de trabalho impostas pela pandemia, as grandes empresas do setor já atuavam com modelos diferenciados, como o trabalho remoto e sedes convidativas, para se destacar do modelo tradicional. Além disso, vivemos o “período fértil” das big techs, com grande injeção de dinheiro para projetos inovadores - e muitas contratações. Neste período as empresas cresceram e contrataram muito para que essa mão de obra atuasse em “apostas” ou em busca de novos unicórnios*, com a ingestão de capital feito por investidores e nem sempre com garantia de retorno - o famoso capital de risco.  

E o que aconteceu? O caso das big techs pode ser analisado por, pelo menos, dois vieses diferentes. Um deles é o do sensacionalismo: fala-se que estamos em uma grande crise, da qual as big techs também têm culpa, que os líderes não olham para as pessoas e que realizam demissões em massa de forma jurássica e os números absolutos realmente chamam a atenção.   

Do outro lado, uma visão mais pragmática da questão: temos a tese de que quanto mais inovação, maior a possibilidade de gerar unicórnios*; as venture capitals** inserem dinheiro e fomentam big techs e grandes startups para que inflem o quadro de pessoas - porque com mais times, você teria mais inovação e mais possibilidades de ter projetos disruptivos. A verdade é que isso não funcionou e chega então o momento fatídico onde as venture capitals começam a cobrar o retorno desse dinheiro. Quando se percebe que depois de quatro anos o retorno sobre o investimento não chegou, e dificilmente chegará porque você entra num novo modelo de maturidade, o que acontece é que esses investidores dizem “Chega, devolve o meu dinheiro porque você não está crescendo do jeito que a gente imaginou”. Havia uma ilusão de crescimento de 30%, 40% ao ano e quando isso acaba eles dizem “vamos fechar a torneira”.  

Porém, a demissão sempre existiu. As máquinas foram inchadas para tentar entregar mais produto, de mais valor, e não deu certo. Quando você olha o histórico de demissões o Google, a Apple, o LinkedIn, a Meta, eles sempre demitiram por volta de 1% a 5%. Como houve uma desestabilização, naturalmente vão acontecer mais demissões - já era natural, mas vai demitir um pouco mais. Então, a causa desse movimento é justamente a aposta que as big techs fizeram na geração de valor e que não deu certo: investiu dinheiro, colocou mais gente para produzir mais e na verdade não produziu.  

É possível evitar que se chegue nesse ponto? Depende de muitos fatores, mas uma das ferramentas é fazer uma gestão descomplicada, com um modelo de atuação personalizado, que proporcione oportunidade de aprendizado e crescimento. Comunicação clara e objetiva também é algo que agrega valor da identificação dos talentos às entregas. Identificar oportunidades de inovação nos gaps do mercado, ouvir o time e reconhecer falhas nos processos são pontos primordiais, que podem fazer a diferença entre o sucesso de um projeto ou uma ruptura brusca - como as demissões em massa. 

 

Nivea Martini - Gestora de Alocações na Mouts TI

 

*empresas de tecnologia privadas avaliadas em mais de um bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores.

**capital de risco.

Dia do Consumidor: Especialista do CEUB dá dicas para evitar transtornos em compras on-line

Atrasos, defeitos e golpes podem acontecer na web. Procedência, proteção e informação são ferramentas para compras seguras


Está cada vez mais prático e seguro fazer compras on-line, com preços atrativos, frete grátis, compras internacionais ou conjuntas. Vale até “favoritar” o objeto de desejo e ser avisado na promoção. No dia 15 de março, o varejo entra em campanha para atrair o consumidor, mas a data também deve ser lembrada pelos direitos desse consumidor.

Dúvidas sobre entrega, trocas, devoluções e formas de pagamento podem transtornar o cliente que compra pela internet. Especialista em Direito do Consumidor, o professor do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Nauê Bernardo dá dicas para o consumidor estar ciente dos seus direitos.

Confira entrevista:


Quais são os direitos do consumidor em compras realizadas pela internet e como eles se comparam aos direitos em compras nas lojas físicas?

NB: Os consumidores quando fazem compras pela internet têm exatamente os mesmos direitos daqueles que compram em lojas físicas, acrescido o fato de que é possível exercer o chamado direito ao arrependimento. Ou seja, caso o consumidor receba um produto e - no prazo de até sete dias - decida não mais ficar com ele ou precisar trocar por alguma razão, ele pode devolver o produto sem qualquer ônus. E, com isso, pedir outro produto ou a devolução integral do dinheiro sem custo adicional.

De acordo com a Lei do E-commerce, também conhecida como Lei do Comércio Eletrônico ou Lei do Consumidor Online, Lei nº 12.965/2014, o consumidor tem o direito de receber informações precisas sobre produtos e serviços, bem como prazos de entrega, formas de pagamento e política de devolução, entre outras disposições.


Como os consumidores podem verificar a segurança de um site de compras online antes de realizar uma compra?

NB: Sempre é muito importante pesquisar a procedência da loja on-line antes de fazer qualquer compra. Ou então procurar em plataformas como “Reclame Aqui” ou outras que possam expor eventuais condutas boas e ruins desse estabelecimento online. Essa precaução é muito importante porque gera uma camada a mais de segurança para o consumidor que opte por fazer a compra pela internet.


Como os consumidores podem agir em casos de produtos entregues com defeito ou que não correspondem ao que foi comprado, e quais são os prazos para reclamação e solução do problema?

NB: Caso o produto seja entregue com algum tipo de falha, avaria ou vício, o consumidor tem um prazo, no caso de produtos duráveis, de até 90 dias, para fazer a reclamação e pedir a substituição pelo mesmo produto, o abatimento proporcional devido ao vício ou mesmo realizar sua devolução sem ônus. Neste prazo também é possível fazer uma reclamação judicial a respeito daquele defeito.


Qual é a responsabilidade das empresas em relação à entrega dos produtos comprados online e como os consumidores podem exigir seus direitos em caso de atrasos ou extravios?

NB: Atrasos ou extravios configuram algum tipo de falha na prestação do serviço. Nesses casos, o consumidor pode exigir seja pelas esferas governamentais e administrativas, como o Procon- Proteção e Defesa do Consumidor, ou o próprio poder judiciário, a reparação por quaisquer danos que tenham sido provocados a partir desta falha na entrega. Procon é um órgão público responsável por receber, avaliar e encaminhar denúncias de consumidores sobre problemas com empresas. Já o Juizado Especial Cível é um órgão do Poder Judiciário que trata de causas de menor complexidade e de menor valor financeiro.

 

Como um orçamento flexível pode salvar empresas da crise

Organizações que atuam com planejamento mais ágil têm maior possibilidade de enfrentar obstáculos


Uma das engrenagens que faz uma empresa girar de forma eficiente é o orçamento. Parte central do planejamento empresarial, o orçamento é um dos pontos mais sensíveis, pois precisa estar de acordo com a realidade para projetar o futuro. Porém, quando o orçamento é “engessado” demais e permite pouca - ou nenhuma - revisão, pode acabar se tornando um problema. É neste ponto que o conceito de orçamento flexível começa a fazer sentido.  

Ter um orçamento flexível é importante para as empresas porque permite ajustar as despesas e receitas de acordo com as mudanças nas condições do mercado e nas demandas dos clientes. Isso ajuda as empresas a responder rapidamente às mudanças no ambiente de negócios e a aproveitar oportunidades emergentes. Além disso, um orçamento flexível permite que as empresas gerenciem melhor o fluxo de caixa e mantenham um equilíbrio saudável entre os investimentos e as despesas. 

Porém, talvez o ponto mais importante do orçamento flexível seja a sustentabilidade financeira. Empresas com flexibilidade no orçamento geralmente têm mais chances de sobreviver a períodos de crise econômica e manter seus negócios. Durante uma crise, as condições do mercado podem mudar rapidamente, afetando a demanda do consumidor, os preços e as fontes de financiamento. Nesse cenário, as empresas com um orçamento flexível podem ajustar seus gastos rapidamente para se adaptar a essas mudanças e manter o fluxo de caixa saudável. 

No período mais intenso da pandemia de Covid-19, por exemplo, vimos empresas que simularam empregar um valor maior de caixa para comprar e estocar mais matérias-primas, pois havia o risco de falta entre os fornecedores. Essa manobra pode ser bastante arriscada caso a empresa não tenha um bom orçamento, pois se faltar caixa a empresa terá que recorrer a empréstimos e pagará juros por isso - e o orçamento flexível ajuda a visualizar isso da melhor forma. No geral, a flexibilidade no orçamento pode ajudar as empresas a sobreviver a períodos de crise econômica, manter seus negócios e emergir mais fortes quando as condições do mercado melhorarem. 

Outra vantagem do orçamento flexível é a capacidade de incentivar a inovação. Como os orçamentos são revisados ​​regularmente, as empresas podem experimentar novas ideias e projetos sem medo de arriscar grandes quantidades de dinheiro. Isso permite que as empresas testem novas estratégias e impulsiona o crescimento, mantendo a empresa relevante em um mercado em constante mudança. 

Mas um orçamento flexível é para toda empresa? Sim. Toda empresa pode flexibilizar seus orçamentos, independentemente do tamanho ou setor em que atua. Começar a implementar a flexibilidade no orçamento é um processo gradual, e algumas dicas ajudam a colocar a ideia em prática: 

  • Analisar os gastos atuais: o primeiro passo é entender onde a empresa está gastando dinheiro e identificar áreas onde podem ser feitos cortes de custos sem prejudicar a qualidade do produto ou serviço; 
  • Estabelecer metas claras: é importante estabelecer metas claras para o orçamento e monitorá-las regularmente para garantir que a empresa esteja no caminho certo; 
  • Criar diferentes cenários orçamentários: é possível simular diferentes cenários orçamentários para considerar resultados variados e riscos potenciais, como um cenário de crescimento acelerado ou de crise financeira. 
  • Usar tecnologia de gestão financeira: sistemas especializados permitem o monitoramento das finanças em tempo real e auxiliam nas tomadas de decisão com base em dados sempre atualizados. 
  • Envolvimento dos membros da equipe: é essencial envolver todas as partes interessadas no processo de planejamento e revisão do orçamento para garantir que todos estejam alinhados e comprometidos com as metas. Quanto mais cultura a empresa cria, mais pessoas devem ser responsáveis pelo orçamento, assim o processo de decisão pode acontecer em diversos níveis hierárquicos e melhorar o gerenciamento dos recursos, estabelecendo uma cultura orçamentária.  
  • Acompanhar as mudanças do mercado: um orçamento flexível consegue seguir as tendências e mudanças do mercado e das demandas dos clientes e ajustar as despesas e receitas de acordo com as necessidades. 

A flexibilidade permite, ainda, a execução de revisões orçamentárias - os chamados forecasts -, que tem como objetivo reavaliar as projeções da empresa diante da própria atuação e das condições de mercado, visando estimar o resultado econômico e financeiro mais provável para o encerramento do período orçamentário. A periodicidade destas revisões está diretamente vinculada ao amadurecimento da gestão orçamentária dentro da organização, e pode ser mensal, bimestral, trimestral ou semestral.

 

As empresas também podem se utilizar do orçamento contínuo - o rolling forecast -, no qual a projeção vai além do período orçamentário da organização, que em suma, vai de janeiro a dezembro, mas podem variar: algumas empresas projetam 15 meses, 18 meses ou até dois anos. Como já comentamos, vai depender do amadurecimento da cultura de orçamento e gestão orçamentária da organização. Assim, a cada mês que realizado é acrescido um novo mês ao orçamento (por isso ele é contínuo). A composição deste novo mês também varia de empresa para empresa, pois pode ser uma simples replicação do último mês orçado ou uma média de alguns meses orçamentários. 

Em resumo, qualquer empresa pode flexibilizar seu orçamento e a implementação de práticas como análise de gastos, estabelecimento de metas claras, criação de cenários orçamentários, uso de tecnologia de gestão financeira, envolvimento dos membros da equipe e monitoramento das mudanças do mercado pode ajudar a empresa a se adaptar às mudanças e a manter uma posição financeira saudável, mesmo em períodos de crise.

 

Lucas Amaral - Diretor de Tecnologia da Handit Planejamento Orçamentário.

Especialista explica a diferença entre selo de verificação pago no Instagram e Facebook e o conquistado

Camila Silveira pontua que é muito importante diferenciar a autoridade da segurança ao ser verificado organicamente do que pagar mensalidade 


O diretor-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou no mês passado a criação do "Meta Verified",um pacote de assinaturas no Instagram e Facebook que inclui o selo de verificado que autentica sua conta. Os testes se iniciaram na Austrália e Nova Zelândia. Houve uma grande repercussão entre influenciadores, celebridades e outras contas com a notícia que gerou enormes opiniões controversas. Mas, para quem se animou com a novidade, a especialista em Marketing e Negócios Interativos Camila Silveira diz que haverá diferença entre a verificação conseguida organicamente e a através de mensalidade.  

"Lançados primeiramente pelo Twitter, os selos de verificação “comprados” apresentam diferenças importantes. Quem acha que vai comprar aquele selo azulzinho que só os mais famosos têm, está enganado.De acordo com a atual forma de verificação do Twitter, os selos cinza, dourado/amarelo e azul são destinados a grupos distintos.A pergunta é: Será que o Meta vai seguir exatamente o mesmo caminho?", questiona.  

Para entender melhor, Camila pontuou o funcionamento de cada um:

 

Selo Dourado:  

"A marca dourada/amarela é destinada a contas comerciais e empresas. Porém, ao contrário do sistema anterior, ele não será destinado a indivíduos, como celebridades ou jornalistas".

 

Selo cinza 

"A marca cinza é apenas para perfis de governos e políticos. Segundo a rede social, a ideia dos novos selos é facilitar a identificação das contas verdadeiras. Os dois selos não são pagos e o sistema de verificação seguirá os mesmos critérios atuais"


O tão sonhado selo azul 

"Como já conhecido, o selo azul é adquirido por usuários que comprovam ser pessoas públicas. Já o novo selo de verificação (também azul) é apenas para os usuários que assinam o Twitter Blue. O valor da assinatura mensal é de U$8 para a web ou U$11, caso seja feita em um iPhone ou iPad". 

Camila Silveira esclarece que o selo azul, aquele que é dado por relevância, continua tendo o mesmo sistema de “conquista por reconhecimento”, a partir de publicações e permanência na imprensa. 

"As pessoas estão achando que vão conseguir comprar aquele tão desejado selo de verificação que é dado a perfis relevantes, quando, na verdade, eles irão pagar por mais um sistema de segurança onde todos saberão do selo- que se trata de uma assinatura e não de uma personalidade notável. Ainda existem muitas inseguranças em o grupo Meta , não criar uma ‘nova cor’ de selo e deixarem subentendido de se tratar ou não de uma pessoa pública. Na verdade, todos querem construir uma carreira, se posicionar no mercado e se tornar um profissional que tem credibilidade como autoridade naquela profissão. Assim, é muito mais interessante adquirir o selo de verificação azul da forma que já estamos acostumados, pois quando se tem um produto/serviço de desejo, geramos um ego e competição natural por tal aquisição, logo, transformar isso em algo ‘comprável’ de forma camuflada e injusta irá desapontar os que se esforçaram para se diferenciar no mercado", finaliza.


Camila Silveira
@camilasilveiraoficial

Chat GPT muda relação com tecnologia, mas não substitui interação humana, diz especialista

João Fernando Saddock conta como a ferramenta funciona e explica como ela pode impactar marketing digital


O Chat GPT é uma tecnologia de processamento de linguagem natural que utiliza inteligência artificial para gerar respostas a partir de perguntas ou comentários feitos pelos usuários. A ferramenta pode mudar a forma como nos relacionamos com a tecnologia, mas ainda tem limitações.

De acordo com João Fernando Saddock, especialista em inovação e growth marketing e marketing Manager na divisão de educação da H-FARM, o Chat GPT permite uma interação mais natural e personalizada, como se estivéssemos conversando com uma pessoa real. 

“No entanto, é importante lembrar que, por mais avançada que seja a tecnologia, ela ainda é limitada e não pode substituir completamente a interação humana, especialmente em situações que exigem empatia e compreensão emocional, como em casos de atendimento ao cliente”, ressalta.

Saddock explica que é necessário ter uma abordagem equilibrada e integrar o Chat GPT com outras formas de interação humana para garantir a melhor experiência possível para os usuários.

“O Chat GPT pode, por exemplo, ajudar a melhorar a experiência do usuário e diminuir custos no atendimento das empresas. Com a utilização da tecnologia, é possível automatizar respostas a perguntas comuns e direcionar o atendimento para as demandas mais complexas, o que reduz o tempo de espera e aumenta a eficiência do serviço”, afirma.

Além disso, ele acrescenta que o Chat GPT pode aprender com as interações dos usuários e melhorar constantemente suas respostas, o que torna a experiência ainda mais satisfatória.

Com relação ao uso do Chat GPT no marketing digital, Saddock acredita que os impactos serão positivos, pois ele permite uma experiência mais fácil e agradável aos usuários, resultando em taxas de respostas melhores do que a dos métodos tradicionais. 

“Por exemplo, imagine que você está procurando por um novo smartphone e entra no site de uma loja de eletrônicos. Ao invés de ter que procurar manualmente o modelo que deseja, você pode simplesmente perguntar ao Chat GPT e receber uma resposta imediata”, exemplifica.

Outro ponto relevante, segundo o especialista, é que o Chat GPT pode impulsionar a criação de aplicativos mais realistas e úteis, gerando vantagem competitiva para as empresas.



João Fernando Saddock - apaixonado por inovação e Growth Hacking, com vasta experiência em marketing, implementação e avaliação de estratégias de marca e comunicação de alta performance. Trabalhando com uma ampla variedade de clientes internacionais em empresas renomadas como Bedouin CC, Publicis, Leo Burnett, CCZ e Competence, gerou valor para marcas como Heineken, General Motors/Chevrolet, Carrefour, Fiat, Samsung, Kellogg's, Disney, Volkswagen, KiCofee, Fly Emirates, entre outras.
https://www.linkedin.com/in/jsaddock/?locale=en_US
 

Volatilidade da América Latina leva investimentos para os Estados Unidos

Contratar uma consultoria de investimentos com conhecimento do mercado é o primeiro passo para constituir negócios nos EUA


A volatilidade e as incertezas políticas que quase sempre atrapalham planos de investimentos na América Latina, bem como a agressiva política de atração de capitais adotada pelo governo americano, estão levando empreendedores brasileiros a “exportar” seu capital para os Estados Unidos.

Para auxiliar esses investidores a aplicar seu capital com segurança, um grupo de brasileiros criou a IBC – International Business Consulting, consultoria de investimentos, principalmente no setor imobiliário. 

Esse hub de soluções para quem deseja dolarizar o patrimônio surgiu através da parceria entre Gabriel Souza, atuando mais de 15 anos como Broker imobiliário na Flórida, developer de projetos imobiliários para investidores e Nilo Mingrone, advogado  atuante há 35 anos no segmento corporativo realizando consultoria contábil, tributária e gestão de fundos.

A IBC dispõe um respeitável portfólio de negócios que reúne mais de um centena empresas sob sua gestão, cerca de 15 milhões de dólares em transações cambiais via Banco Central em três anos, com mais de 20 milhões de dólares em transações de Real Estate (negócios imobiliários nos EUA), mais de 100  investidores e 5 milhões de investimentos em empresas.

Os sócios da IBC apontam como principal diferencial para os investidores que procuram orientação o fato de ser uma consultoria especializada na relação Brasil-Estados Unidos, que conhece os desafios e os melhores caminhos na operação e no desenvolvimento da estratégia internacional.

Na área de Real Estate, a IBC oferece soluções de curadoria de projetos e oportunidades de investimento na indústria imobiliária; conexão de investidores às oportunidades de mercado ideais, com base em critérios de preço, localização e demanda; e asset protection, análise e otimização da carteira patrimonial e imobiliária do cliente.

A empresa também oferece assessoria para remessa de divisas internacionais por meio de operações de câmbio com os maiores agentes financeiros, devidamente cadastrados nos principais órgãos governamentais, viabilizando ao cliente a possibilidade de disponibilizar seu dinheiro em qualquer parte do mundo, de forma segura, rápida e legal. Dependendo do tipo da operação, o cadastro do cliente pode ser direcionado para um banco ou uma corretora de câmbio, buscando sempre o melhor preço, agilidade e transparência no processo.

Para quem deseja constituir holdings patrimoniais e/ou family offices — organizações que fazem a gestão do patrimônio e finanças de famílias que têm muitos negócios — a IBC faz o estudo técnico tributário, societário, acordo de acionistas ou quotistas e processo sucessório; análise da estrutura, dentro da sua nacionalização e, eventualmente ou se já é o caso, de sua internacionalização; uso e revisão dos meios corporativos utilizados, adequação e/ou reestruturação; avaliação do asset imobiliário com critérios técnicos, feitos por profissionais especializados no mercado imobiliário; estudo de performance e resultados, atuais e possíveis de serem obtidos; acesso a vasto acervo de oportunidades em uma rede exclusiva de imóveis e investimento privativos e exclusivos da IBC.


IBConsulting

https://www.ibconsulting.us/

Nilo José Mingrone - Vasta experiência com mais de 35 anos no segmento jurídico corporativo. Autor de vários artigos sobre Direito Empresarial. Direito Empresarial pela ESEADE Buenos Aires. Ex-Presidente dos Comitês de Direito Societário e Prerrogativas da Subseção OAB . Co-autor do livro "Investimentos no Brasil - Aspectos Legais". Desde 2014 morando na Flórida, responsável pelo investimento de mais de cinco milhões em caixas eletrônicos. Sócio do IBC Partnership empresa de Consultoria contábil, tributária e de gestão de fundos.

Gabriel Souza - Nascido em Brasília, se mudou para os Estados Unidos com três anos onde foi criado e formado profissionalmente. Atualmente, vive em Miami onde atua como broker imobiliário há 17 anos na Souza Estates, e há cinco desenvolve sua incorporadora imobiliária. Há dois anos, ele juntamente com mais cinco amigos entre eles o Emerson, ex-capitão da seleção fundaram o IBC - International Business Consulting, e hoje tem mais de 60 empresas sob administração contábil, $45 Milhões USD em transações imobiliárias, e atualmente mais de 1.400 unidades sendo desenvolvidas.


Arrependimento é direito de quem faz compras online

No Mês do Consumidor, professor do UniCuritiba explica as principais diferenças no serviço de proteção aos clientes que utilizam o comércio eletrônico


A reabertura das lojas físicas após a pandemia não conteve o crescimento do e-commerce no Brasil. O setor mantém projeções de alta para os próximos anos. A estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) é de que as lojas online faturem mais de R$ 185 bilhões em 2023.

Os novos hábitos de compra dos brasileiros fizeram crescer também o número de reclamações nos serviços de proteção. Entre as principais queixas nos Procons estão os atrasos ou não entrega das mercadorias, cobranças indevidas, má qualidade dos produtos e vendas feitas por sites falsos.

Mestre em Direito com experiência em defesa do consumidor, Eros Belin de Moura Cordeiro explica que existe uma diferença essencial na proteção de clientes que optam por compras online: o direito de arrependimento. “Isso ocorre porque, nas compras pela internet, o cliente não tem acesso direto ao produto, o que dificulta a avaliação e eventuais testes”, diz o professor do curso de Direito do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação, o maior ecossistema de ensino superior privado do país.

O direito ao arrependimento é concedido com base na situação de vulnerabilidade dos clientes do comércio eletrônico e está previsto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor.

O texto diz que “o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar da sua assinatura ou do ato do recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou em domicílio”.

Eros explica que a devolução do produto ou desistência da compra não implicará em penalização ou custos ao consumidor insatisfeito. “Pelo contrário, ele tem o direito efetivo de receber de volta todo o valor gasto com a aquisição do produto ou serviço.”



Cuidado nas compras online

15 de março é o Dia Mundial do Consumidor, considerado a Black Friday do primeiro semestre. O varejo está otimista com as vendas, em especial o e-commerce, mas os consumidores devem redobrar a atenção contra possíveis golpes.

“Nas compras online é fundamental checar a confiabilidade do site, pesquisar as avaliações e as reclamações de outros clientes, checar a identificação dos vendedores nas plataformas de marketplace e ficar atento às ofertas para não ser enganado ou lesado”, ensina o professor Eros Cordeiro, docente no curso de Direito do UniCuritiba.

O especialista lembra ainda que o comércio eletrônico segue regras estabelecidas no Decreto 7962/2013, uma legislação complementar ao Código de Defesa do Consumidor. “O decreto trata, efetivamente, das normas do comércio eletrônico e da proteção dos consumidores que se utilizam da internet para fazer suas compras.”


Serviços de defesa e proteção

Os consumidores lesados têm algumas formas de reivindicar seus direitos. Uma alternativa é fazer a reclamação formal no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da própria empresa. Fazer o registro da insatisfação e documentar a tentativa de solucionar o problema junto ao vendedor é o primeiro passo.

Em caso de demora na resposta ou recusa na solução, o consumidor tem outros caminhos: o Procon ou a Justiça. Bacharel em Direito, Eros Belin de Moura Cordeiro diz que o Procon tem poder para multar e promover a conciliação entre consumidores e vendedores.

“A judicialização também é um recurso e não depende, necessariamente, de uma reclamação prévia ao Procon. Quando o consumidor se sente extremamente lesado, pode recorrer ao Juizado Especial ou às varas cíveis especializadas. No caso dos Juizados Especiais, para causas com valor inferior a 40 salários-mínimos, o cidadão não tem custas processuais”, diz o especialista.


Avanços na proteção ao consumidor

O comércio é o terceiro setor em número de reclamações no Brasil, perdendo apenas para as telecomunicações e o sistema financeiro, segundo aponta o levantamento Consumidor em Números, divulgado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

No Paraná, a tendência se confirma. Segundo o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que reúne dados dos Procons municipais, mais de 2,4 mil atendimentos já foram realizados no estado neste ano. Em 71,21% dos casos os consumidores formalizaram uma reclamação ou denúncia.

Os assuntos financeiros lideram o ranking de atendimentos (36,94%). No caso de reclamações, a campeã é a telefonia celular, que corresponde a 12,63% das queixas, seguida pelos bancos (10,15%).

Entre os problemas mais reclamados pelos consumidores paranaenses estão cobranças indevidas ou abusivas (22,96%), ausência de resposta do SAC, incluindo excesso de prazos e não suspensão imediata da cobrança (10,81%) e produto com vício (5,26%). As avarias correspondem a 3,75% das queixas e o não cumprimento de contratos a 2,45%.


Lei não protege apenas o cliente

A velha máxima de que o cliente tem sempre razão não é uma verdade absoluta. Segundo Eros Cordeiro, o consumidor tem seu direito assegurado sempre que o vendedor ou fornecedor não cumprir com promessas ou metas de desempenho e qualidade de um produto ou serviço.

“Há casos em que o consumidor não poderá se prevalecer dessa falsa ideia de ter sempre razão. Se a empresa comete um equívoco ou erro de digitação em um folder ou publicidade, por exemplo, o cliente não pode simplesmente se aproveitar disso para comprar um produto sabidamente abaixo do valor real”, comenta o especialista.

Ainda assim, avalia Eros Cordeiro, o Código de Defesa do Consumidor trouxe importantes ganhos e garantias. “A lei não protege exclusivamente o consumidor e elevou o padrão e a competitividade do mercado brasileiro graças às regras sobre a qualidade dos produtos e serviços.”

As punições para propaganda enganosa e abusiva ou as regras de transparência nos contratos são outros pontos positivos. “O Código de Defesa do Consumidor é primoroso em mecanismos de proteção coletiva. Tivemos um avanço na efetividade dos direitos, tutela mais rápida aos consumidores, melhoria na estrutura dos Procons e criação de mecanismos mais céleres para a resolução de conflitos”, finaliza.


UniCuritiba


Dia do Consumidor: Como trabalhar o consumo consciente em nossas vidas

Personal organizer especialista no assunto dá dicas precisas de como trazer essa prática para dentro do seu cotidiano


Você sabia que o Dia do Consumidor nasceu para lembrarmos da Defesa do Consumidor, e não como uma data comercial? Posteriormente, empresas varejistas se valeram do 15 de março para trabalhar promoções e tentarem, claro, faturar em cima de mais uma data no calendário. E no meio dessa e de outras datas comemorativas fica o consumidor, que compra por impulso, gasta sem necessidade e acumula objetos que não precisa para viver. É preciso usar a data para relembrar um conceito importante e ainda pouco discutido: o Consumo Consciente. 

A personal organizer especialista em desapego e consumo consciente Nalini Grinkraut nos ensina, em algumas linhas, algumas dicas de como podemos aplicar os conceitos de Consumo Consciente em nossas vidas de uma maneira prática, intuitiva e eficaz. Veja desse passo-a-passo se você pratica alguma dessas etapas:

  • Se você tem o hábito de comprar por impulso, evite se expor à sua vontade de consumo. Crie barreiras para te ajudar como evitar frequentar locais que o instiguem a consumir e não levar seu cartão de crédito ou colocar limites de compras no seu cartão.
  • Fazer lista do que você realmente precisa é uma excelente ferramenta para te orientar na hora de comprar. Quando sentir necessidade de algo, coloque na lista e quando sentir-se impelido a comprar avalie se aquele item está na sua lista.

 

Em seu livro “Casa Arrumada, Vida Leve” (Harper Collins), Nalini dá as seguintes orientação:

Antes de realizar qualquer compra, faça 5 perguntas:

1.  Existe uma necessidade verdadeira disso na minha vida?

2.  Já tenho algo semelhante?

3.  Tenho condições financeiras de comprar isso?

4.  Posso deixar para comprar depois?

5.  Posso guardar esse dinheiro e usá-lo no futuro para um objetivo maior (viagem, apartamento, algum sonho)?

 

Em relação ao consumo consciente, é importante pensar não somente na compra, mas também no ciclo do produto, desde o produtor até como aquele item será descartado.

Para tanto, basta responder a 6 perguntas importantes que nos ajudam a refletir antes e depois de fazer uma compra:⠀⠀

1.  Por que comprar?

2.  O que comprar?

3.  Como comprar?

4.  De quem comprar?

5.  Como usar?

6.  Como descartar?

 

É possível, sim, consumir produtos que desejamos, presentear os familiares e amigos e, ainda assim, controlar os impulsos sobre compras desnecessárias. Essa consciência nas nossas escolhas traz benefícios não só para o bolso e para sua casa, mas o planeta também agradece.

Nas páginas de “Casa Arrumada, Vida Leve”, Nalini quer que as pessoas passem a ter uma relação mais saudável não só com a arrumação, mas também com a existência da bagunça. Seu desejo é desmistificar a organização e mostrar um caminho para se ter paz e harmonia dentro de casa de uma maneira leve e realista. Seu livro também aborda temas como consumo consciente, mudança de hábitos e comportamentos, autoconhecimento e relacionamentos familiares.

Nalini é uma das quatro profissionais brasileiras especializadas e certificadas pelo método KonMari™, de Marie Kondo, especialista em organização mais conhecida e seguida do planeta.

“A sua casa é a extensão do seu corpo. É o seu porto seguro, seu abrigo. É onde você repousa, sua mente relaxa e muitas experiências são construídas. Assim como devemos cuidar do nosso corpo como nosso templo, devemos cuidar da nossa casa como parte de nós. “ – Nalini Grinkraut

 

Sobre seu livro:

Você já teve a sensação de que não importa o quanto organize a sua casa, parece só estar mudando a bagunça de lugar?

Era assim que a autora de “Casa Arrumada, Vida Leve” se sentia. Após o casamento, a mudança de apartamento e a chegada dos filhos, Nalini Grinkraut, que até então se considerava uma pessoa organizada, percebeu que havia perdido o controle da própria bagunça.

Então, Nalini decidiu desvendar os mistérios da arrumação e aprender a organizar de fato. Foi aí que conheceu Marie Kondo, que a fez mudar sua percepção da organização, e a inspirou a seguir carreira como personal organizer e criar o próprio método de arrumação.

A autora traz reflexões sobre como nossas emoções, personalidade e rotina influenciam o ambiente em que vivemos e vice-versa. Além disso, nos mostra que é possível desenvolver uma relação mais consciente e saudável não só com a organização, mas também com a bagunça e nossos hábitos de consumo.

 

Nalini Grinkraut - formada em propaganda e marketing pelo Mackenzie e pós-graduada em administração de empresas pelo Insper. Construiu uma sólida carreira na área de Marketing e, depois, se formou como personal organizer. Atualmente, por meio de suas palestras, consultorias, cursos online e redes sociais, ela se dedica a ajudar as pessoas a arrumarem as suas casas, obtendo mais bem-estar e qualidade de vida a partir da organização.

 

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