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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Confira os benefícios e dicas sobre "co-sleeping"

Prática pode ser benéfica para mamães e também para as crianças, mas é preciso atenção com algumas questões

 

Garantir que seu bebê durma a noite toda é muito importante, mas pode ser mais fácil falar do que fazer. “Co-sleeping” nada mais é do que dormir junto com o bebê. Alguns pais optam por um berço ao lado da cama, enquanto outros preferem realmente "dormir juntos", compartilhando a cama com o bebê. 

É prática comum, com prós e contras, e que necessita de alguns cuidados, principalmente com o pequeno ou a pequena. Pensando nisso, a equipe de pesquisadores da sleeptech Emma Colchões apresenta dicas e os principais benefícios e contras sobre a prática de “co-sleeping”. Confira, abaixo.  


Benefícios do “Co-sleeping” 

A facilidade de amamentar é a motivação mais popular para a prática do “co-sleeping”. Comparados aos recém-nascidos, que dormem sozinhos, em seus berços, as crianças que compartilham a cama são mais propensas a serem amamentadas, além de serem alimentadas pelas mães com mais frequência. “Ao dividir a cama, a mãe pode reagir prontamente a possíveis necessidades do bebê, o que faz com que a amamentação seja mais tranquila na maioria das vezes”, aponta a psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia da Emma – The Sleep Company, Theresa Schnorbach. 

Algumas pesquisas indicam que bebês recém-nascidos que dormem com os pais possuem menos chances de ter Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI). Além disso, a prática de “co-sleeping” dá aos pais e ao bebê mais tempo juntos, o que pode ser reconfortante para todo mundo.  

“Dormir junto com o bebê pode ser benéfico de várias formas. A prática permite aos pais acalmá-los e responder a problemas com mais facilidade, fazendo com que toda a família consiga dormir durante o mesmo período”, observa, ainda, Theresa Schnorbach. 


Os contras do “co-sleeping” 

Há muitos benefícios em dormir junto ao seu bebê, é verdade. Mas não podemos esquecer que há, também, questões importantes que precisam ser levadas em consideração ao adotar o “co-sleeping”.  

A Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI) é incomum quando o bebê dorme junto com os pais. No entanto, o risco aumenta significativamente quando os pais – ou um membro do casal – tem hábitos que podem prejudicar a criança, como: 

  • Estar sob a influência de álcool; 
  • Fumar ou usar cigarros eletrônicos; 
  • Consumir algum medicamento indutor de sonolência, 


Além disso, evite fazer “co-sleeping”, se: 

  • O recém-nascido tem menos de três meses; 
  • O bebê nasceu prematuro (nascido antes de 37 semanas); 
  • O bebê nasceu com baixo peso (menos de 2,5 kg ou 5,5 libras); 
  • Dormir com o bebê em um sofá ou poltrona tem sido relacionado a um risco aumentado de Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI).  

No entanto, a comunidade científica não tem certeza de qual é a melhor maneira de facilitar o sono dos bebês. Por exemplo, um estudo realizado em 2015 mostrou que as mães que praticavam o co-sleeping relataram mais despertares noturnos e menor qualidade do sono em seus bebês do que aquelas que dormiam em seus berços. 


Como dormir em segurança com o bebê 

Os bebês devem dormir em uma área livre de obstruções, que podem ser facilmente criadas em um berço ou em um cesto Moisés. Embora algumas famílias prefiram compartilhar a cama, é preciso tomar cuidado extra para tornar o colchão um ambiente mais seguro para a criança. 

Para fazer o co-sleeping com mais segurança: 

  • Mantenha todos os objetos que possam impedir a respiração do bebê ou causar superaquecimento, como travesseiros, lençóis e cobertores, longe dele. Muitos bebês que morrem de Síndrome da Morte Súbita Infantil são encontrados com a cabeça coberta por roupas de cama não seguras; 
  • Não permita que animais ou outros jovens durmam na cama; 
  • Certifique-se de que a criança não vai rolar para fora da cama ou ficar presa entre o colchão e uma parede. 


Dicas e ideias para fazer o co-sleeping 

Crie uma área de dormir separada para o bebê 

Para garantir que a respiração do bebê nunca seja prejudicada enquanto dorme, é necessário um ambiente de sono seguro. Por esta razão, recomendamos um local de dormir separado. 

A melhor solução para isso é uma alternativa "separados, mas juntos", como os berços próximos aos pais. Há uma série de opções que ficam próximas à cama.  

Pensando nisso, inclusive, a Emma acaba de lançar no Brasil o Colchão Emma Baby, elaborado especialmente para a faixa etária entre zero e cinco anos. Com o objetivo de apoiar os primeiros anos do bebê, o Emma Baby é um colchão inovador com tecnologia e materiais selecionados, que garantem suporte, conforto e segurança. A superfície mais firme, por exemplo, suporta a cabeça do bebê, evitando que afunde no colchão. Além disso, a capa do colchão foi pensada para oferecer praticidade e melhor higiene do produto: removível, lavável, impermeável e hipoalergênica. 


Pratique a amamentação deitada de lado 

A amamentação deitada não é apenas muito confortável, mas também mais segura quando se dorme junto. Se decidir amamentar na cama, o ideal é deitar-se. Isso diminuirá o risco caso a mãe e o bebê adormecerem (as chances de SMSI são maiores caso a mãe adormeça sentada). 


Use um colchão firme 

Um colchão firme que proporcione suporte ergonômico com bloqueio de movimento ajuda a diminuir os despertares. Além disso, é muito importante o uso de um lençol justo, isso evita que qualquer roupa de cama solta obstrua as vias aéreas do bebê. E para deixar a noite ainda mais tranquila, utilize um protetor de colchão impermeável, hipoalergênico, respirável e lavável. Isso trará mais segurança para os possíveis acidentes e escapes noturnos do bebê. 


Durma na posição 'C' 

Os pais podem facilmente sentir e ver o bebê quando dormem juntos na posição C-curl, em que o adulto se deita de lado, olhando a criança e envolvendo-a em torno de seu braço e dobrando levemente a perna, formando o que lembra uma letra “C”. Nesse formato, o corpo do pai ou da mãe também serve como uma barreira de defesa. É muito mais provável que os pais percebam o bebê se mexendo se estiver enrolado em torno dele dessa maneira, e estar tão perto facilita o despertar quando ele tiver alguma necessidade.   

O bebê se sentirá mais confortável ao dormir nessa postura. Imagine que o corpo está agindo como um “segurança-de-bebê” quando você está dormindo na postura C-curl. O bebê se sentirá seguro e à vontade o suficiente para ter uma boa noite de sono estando ao lado dos pais, ouvindo e sentindo a respiração e o toque.  

 

Emma – The Sleep Company
https://www.colchoesemma.com.br/

 

5 reflexões para um Brasil que está envelhecendo

 A Psicóloga Eliete Cury e especialista em cuidados com idosos destaca alguns pontos para enfrentar o preconceito enraizado do envelhecimento. 

 

O Brasil e o mundo estão envelhecendo e isso é um fato. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos vai duplicar no planeta. Os dados do Ministério da Saúde reafirmam que o Brasil segue na mesma linha, uma vez que, em 2030, o número estimado de idosos ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. 

Diante deste cenário, falar sobre envelhecimento é um chamado para repensar o tema de forma individual e coletiva. Por este motivo, a psicóloga Eliete Cury, especialista em cuidados com idosos e fundadora do curso "Cuidadores em Casa", destaca  5 pontos para reflexão: 

 

      Como você encara o envelhecimento? A forma com que encaramos o envelhecimento nos pauta no traquejo com os idosos e também na forma que pensaremos no próprio processo de envelhecimento. Envelhecer não é sinônimo de perda, como é encarado por muitos. A preparação física e psicológica para a terceira idade começa na juventude e encarar o passar do tempo de forma positiva é um caminho para enxergar o idoso com admiração e não como um estorvo.

 

      Idoso não é criança: infelizmente, depois de certa idade as pessoas tendem a infantilizar a pessoa idosa, o que é bastante prejudicial para a qualidade de vida e autoestima. Dica: evite falar com idosos no diminutivo e tratá-los como crianças, afinal o dia a dia deles pode exigir uma atenção redobrada, mas isso não dá o direito de tratá-los de forma infantilizada

 

      Exclusão da vida social: outra situação bastante comum com os idosos é a exclusão do meio social e esse movimento se inicia dentro do ambiente familiar. Primeiro há uma impaciência com as limitações e, de forma natural, começa-se a não considerar a presença do idoso nas reuniões familiares e, consequentemente, a pessoa tende a ficar cada vez mais dentro de casa e sozinha. Esse é o início deste afastamento do meio social, que influencia diretamente na qualidade de vida do idoso.

 

      Idoso não é um CID: reduzir o idoso a uma diabete, pressão alta ou qualquer outra doença é um erro, afinal, as questões de saúde não o impedem de ser uma pessoa ativa e produtiva. A patologização da pessoa idosa a joga para esse lugar de total dependência de outras pessoas, o que afeta diretamente a qualidade de vida e independência.

 

      Envelhecer ou ser velho? Há uma grande diferença entre envelhecer e ser velho. O envelhecimento é inevitável e inerente ao ser humano, mas ser velho é uma escolha, afinal o envelhecimento pode alterar o ritmo de vida, mas não impede o idoso de continuar ativo e em busca de novas experiências.

 

"Há um preconceito culturalmente enraizado na nossa sociedade no que diz respeito ao envelhecimento. Para possibilitar a passabilidade social dos idosos e nos preparar para ter uma vida comum, é preciso encarar o passar dos anos com naturalidade e respeito", diz Eliete Cury. 


terça-feira, 1 de novembro de 2022

Exposição promove conscientização sobre fissura labiopalatina na Estação Higienópolis-Mackenzie da Linha 4-Amarela

  • Mostra ficará à disposição dos passageiros durante o mês de novembro
  • Doença congênita pode afetar a formação do lábio e/ou céu da boca (palato) durante o período gestacional



Durante o mês de novembro, quem transitar pela estação Higienópolis - Mackenzie, na Linha 4-Amarela, poderá visitar a exposição “Há sorrisos que mudam vidas”. A mostra, que tem por objetivo chamar atenção para fissura labiopalatina, doença congênita que pode afetar a formação do lábio e/ou céu da boca (palato) durante o período gestacional, é uma parceria da Smile Train, maior organização do mundo dedicada à causa da fissura labiopalatina, com a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô.

A exposição faz parte da campanha de conscientização da Smile Train, que visa reforçar a importância do tratamento multidisciplinar, para que, cada vez mais, as pessoas tenham o acesso à informação e saibam onde e como procurar ajuda. Segundo a organização, muito além de uma questão estética, crianças com a condição, quando não tratadas, podem ter dificuldades para comer, ouvir, falar e até respirar, além de sofrer bullying e exclusão social.

Quem circular pelos 20 painéis poderá ver sorrisos e vidas transformadas por meio de um cuidado adequado. “Queremos alcançar pessoas com fissura labiopalatina que, por diversas razões, não tiveram a oportunidade de ter um tratamento adequado. Toda pessoa com fissura labiopalatina precisa de um acompanhamento multidisciplinar que envolve diversos especialistas e profissionais de saúde, como, por exemplo, fonoaudiólogos, ortodontistas e nutricionistas. O nosso intuito é um só: que elas possam ter uma vida plena, saudável e produtiva”, explica Rafael Custódio, diretor da Smile Train Brasil.

“Exercemos a responsabilidade social, um dos valores da concessionária, ao receber exposições como esta, que promove saúde ao disseminar informações de extrema relevância à população”, diz Juliana Alcides, gerente executiva de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro.


Serviço:

Exposição “Há sorrisos que mudam vidas”
Onde: Estação Higienópolis-Mackenzie da Linha 4-Amarela
Quando: de 1º a 30/11



Banco de Sangue de São Paulo abre no feriado de Finados


Neste Dia de Finados, 2 de novembro, o GSH Banco de Sangue de São Paulo funcionará normalmente, das 7h às 18h, para receber os doadores que se disponibilizarem a praticar o gesto solidário que pode salvar até 4 vidas. 

“Geralmente, em um feriado que cai no meio da semana, como este, na quarta-feira, as pessoas costumam ficar na cidade, e a nossa dica é que aproveitem esse momento para doar sangue, pois, desta forma, estarão participando de uma grande corrente do bem a favor da vida”, afirma Mayara Santos, líder de captação do Banco de Sangue de São Paulo. 

A captadora ressalta que o procedimento é rápido e não dói, dura em média 40 minutos, a pessoa faz a sua doação e ainda tem tempo de aproveitar o feriado com a família e amigos. 

A doação de sangue proporciona chance de vida e esperança aos pacientes internados que necessitam de transfusões, entre eles, os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes -- 1 a cada dez pacientes internados necessita de transfusões. 

A instituição atende diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.
 

Requisitos básicos para doação de sangue: 

  • Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;
  • Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);
  • Estar em boas condições de saúde;
  • Pesar no mínimo 50 kg;
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
  • Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.
  • Não é necessário estar em jejum;
  • Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);
  • Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;
  • Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias;
  • Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS;
  • Não ter diabetes em uso de insulina;

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

 

Critérios específicos para o Coronavírus:

  • Pessoas com diagnostico ou suspeita de Covid, deverão aguardar 10 dias após completa recuperação e sem o uso de medicamentos;
  • Pessoas com teste positivo para Covid sem sintomas deverão aguardar por 10 dias após a data da coleta do exame;
  • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de COVID-19 e/ou realizou isolamento voluntário ou por orientação médica aguardar 10 dias após o último contato/término do isolamento;
  • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen.

 

Serviço:


GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 -- Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


Porque vitaminas são essenciais após bariátrica

O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, da capital paulista explica por que é importante tomar vitaminas após a cirurgia by-pass.

 

“Esse tipo de intervenção cirúrgica deixa o estômago pequenininho e faz um desvio para o intestino. Esse desvio naturalmente diminui a absorção, ou seja, o paciente não consegue capturar certos nutrientes, como o açúcar, a gordura, os sais minerais, as vitaminas e as proteínas. E aí que entra o papel da suplementação”, diz. 

Se não houver a suplementação diária após a derivação intestinal feita no by-pass, não será possível atingir a meta necessária para o substrato do produto das produções de coisas básicas do organismo que podem fazer o paciente desenvolver alguns problemas como anemia, disfunções neurológicas e falta de tônus muscular, por exemplo. 

“A suplementação é essencial e deve ser feita para o resto da vida já que a proteína quando se quebra vai formando aminoácidos que ajudam a ter mais colágeno, e consequentemente, mais saúde e segurança pós cirúrgica”, finaliza o médico.

 

Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP e titulação de mestrado pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de S. Paulo (IAMSPE).


Fio dental: entenda a importância do us

 Gizela Faleiros, professora de odontologia da UNIFRAN, explica os riscos ao não realizar a limpeza correta nos dentes


Cuidar dos dentes também faz parte de zelar do corpo, onde ambos são essenciais para o funcionamento do rosto, órgãos internos, da voz, assim como da saúde humana em geral. Ao realizar esta limpeza, a escovação muitas vezes não é o suficiente, havendo a necessidade do uso do fio dental.  

A professora Ma. Gizela Faleiros Dias Costa, do curso de odontologia da Universidade de Franca (UNIFRAN), instituição pertencente ao Grupo Cruzeiro do Sul Educacional, explica que o fio dental acessa espaços, de micro centímetros, que as escovas não conseguem alcançar. Portanto, apenas a escovação não é suficiente para fazer a limpeza de todas as superfícies dos dentes, sendo imprescindível o uso do fio.  


Quantas vezes por dia devo passar o fio dental?  

O recomendado é que as pessoas utilizem o fio dental antes de todas as escovações do dia. Se não for possível, a indicação é que o uso do fio dental seja pelo menos 1 vez. “Se for realizado uma única vez, a melhor opção seria passar na última higienização, pois durante o sono, há diminuição do fluxo salivar, o que aumenta a probabilidade de desmineralizações nos dentes.”  

Gizela diz que o mais importante para uma boa higienização bucal é a associação e combinação da escova com o fio dental. “Apenas a escovação não é suficiente, pois nem sempre dá para fazer a remoção do biofilme dental no espaço existente entre os dentes.”  

 
Quais são os riscos ao não usar fio dental?  

A falta do fio dental propicia que restos de alimentos fiquem presos e se acumulem nos espaços entre os dentes, podendo causar problemas de saúde bucal, como cáries e doenças da gengiva. “Quando não se remove os restos alimentares, o espaço entre os dentes fica com a placa bacteriana, que associada a outros fatores, como dieta rica em açúcar e fluxo de saliva, podem aumentar o risco a diversas doenças.  

Além disso, a presença de sujidades pode inflamar a gengiva, causando desde sangramentos até amolecimento dos dentes, com perda óssea.”A docente ainda relata que o uso do fio minimiza o mau hálito (halitose) e a chance de desenvolvimento de doenças gengivais e cárie.  


 
Qual é a melhor forma de usar fio dental?  

Use sempre um pedaço novo de fio dental para cada dente. Posicione o fio no espaço entre eles e leve-o até chegar à gengiva. Na sequência, faça o movimento contrário, passando pela lateral, da base ao topo, removendo assim não só os restos de alimentos, mas também a placa bacteriana.  
 
A professora Gizela, do curso de odontologia da UNIFRAN finaliza alertando que o fio dental é imprescindível para uma boa saúde bucal. Não há tratamento que não precise de manutenção e prevenção de futuros agravos, portanto não tem como deixar de realizar este tipo de limpeza.   

“O fio dental, não causa nenhum prejuízo aos dentes ou gengiva, pelo contrário. O não uso dele que acarreta danos à saúde bucal. Há relatos de sangramento devido ao uso do fio e isso acontece, pois, a gengiva está inflamada pela presença do biofilme dental. Se você intensificar o uso do fio esse sangramento desaparecerá, provavelmente, em uma semana.”

  
 
UNIFRAN

www.unifran.edu.br


Para 1/3 das brasileiras, menopausa é sinônimo de envelhecimento

Pesquisa do Grupo Essity revela que 52% das mulheres brasileiras não gostam de comentar sobre o tema e 32% relacionam a chegada da menopausa à velhice.  

Líder mundial em higiene e saúde, o grupo sueco criou a marca Issviva para derrubar barreiras, vencer preconceitos, lançar produtos e criar soluções para melhorar a qualidade de vida nessa fase.

 

Falar de menopausa ainda causa incômodo entre as brasileiras. A fase transitória, que prepara o corpo para o novo ciclo, vem acompanhada de sintomas que podem causar transtornos neurológicos, cardiovasculares e articulares, com efeitos por todo o corpo. 

 

Intitulado 1º Estudo da Essity sobre Menopausa e suas Etapas - 2022, a pesquisa ouviu 2 mil mulheres brasileiras, em setembro passado, com duas abordagens distintas: mulheres que ainda não entraram na menopausa e mulheres que estão na menopausa ou após a menopausa. 


 

Sobre os sinais da menopausa: 

 

•   74% acham que as ondas de calor são um efeito colateral ou sintoma da menopausa

 

•   60% acreditam que a menopausa causa variação de humor

 

•   59% associam à irritabilidade 

 

•   23% referem a perda de memória 

 

•   26% estavam surpresas com as mudanças de saúde mental 

 

•   22% se surpreenderam com o fato de que poderia haver aceleração do batimento cardíaco 

 


Mitos da menopausa


Um dos aspectos mais reveladores da pesquisa diz respeito aos mitos que envolvem a menopausa. 

 

•   Para 42%, a mulher não pode ficar grávida quando está na menopausa

 

•   41% acham que a menopausa reduz o interesse sexual

 

•   34% acreditam que as ondas de calor são o único sintoma da menopausa

 

•   32% concordam que entrar na menopausa significa que você está oficialmente velha

 

Para enfrentar os principais sintomas ou efeitos colaterais da menopausa, 54% admitem que beberiam muita água para diminuir a secura, 44% evitariam cafeína, álcool e alimentos açucarados ou condimentados para reduzir o excesso de suor e 42% reduziriam os alimentos doces e processados para diminuir o cansaço e a irritação. 


 

Tratamentos


Entre as que tiveram sinais/ sintomas da menopausa. 43% tentou tomar vitamina D para mitigar alguns dos sintomas, complementando com linhaça (28%), cálcio (25%) e soja (20%). 

 

•   33% não utilizam qualquer produto ou suplemento para a menopausa

 

•   67% consultaram o médico para mitigar os sintomas

 

•   24% tinham planos de consultar o médico a respeito

 

•   6% não planejavam consultar o médico sobre menopausa 

 

•   30% fizeram reposição hormonal (HRT) para relevar os sintomas da menopausa 

 


A pesquisa revelou ainda que: 

 

•   51% somente falariam sobre menopausa se o tema viesse à tona

 

•   15% evitariam falar sobre a sua experiência durante a menopausa

 

•   Somente 30% falam ativamente sobre o assunto 

 

 

Entre as entrevistadas que evitam falar sobre menopausa: 

 

•   46% não gostam de falar com colegas de trabalho

 

•   44% evitam falar a respeito com o parceiro ou com amigos

 

•   42% evitam discutir o tema com os filhos 

 

•   37% não falam para que não pensem que está velha 

 

•   28% acham que não serão entendidas

 

•   26% acham que os outros não se interessam pelo assunto 

 


Vitaminas para essa fase de transição


Issviva é uma marca do Grupo Essity, dedicada a apoiar e entender a mulher na menopausa, está trazendo ao Brasil uma linha de vitaminas específicas para essa fase de transição. A linha é composta por três tipos de vitaminas, apresentadas na forma de gomas mastigáveis, livres de glúten e sem açúcar, destinadas a auxiliar a mulher no enfrentamento dos principais sintomas da menopausa: Beleza sem pausa (para a manutenção da saúde da pele, cabelos e unhas), Pausa o inchaço (formulação de fibras e vitamina B6, que atua na regulação do sistema gastrointestinal, aumenta a sensação de saciedade após as refeições, melhora os índices de glicose e colesterol e auxilia na regulação de hormônios, entre outros benefícios) e Faça uma pausa (auxilia na regulação do sono).  

“São produtos pensados para auxiliar a mulher com os principais sintomas da menopausa. Os vários compostos similares apresentados nas farmácias não são exclusivos para essa fase e a grande maioria contém açúcar”, diz Cristina Arbelaez, Diretora Global da Issviva. “A expectativa de vida da mulher brasileira está em 80 anos, segundo o IBGE, enquanto a média de idade para a mulher brasileira entrar na menopausa fica entre 45-55 anos, de acordo com o estudo Menopausa e Climatério, do Ministério da Saúde. Isso quer dizer que a brasileira passa quase metade da vida na menopausa. A mulher não pode parar de viver bem, só porque parou de menstruar”, afirma. 


Issviva
https://www.issviva.com.br/


Essity
https://www.essity.com/


O que é o câncer de boca e como buscar ajuda?

Especialista da Rede de Hospitais São Camilo de SP fala sobre como o auxílio da odontologia é de extrema importância para o diagnóstico precoce e para amenizar sintomas decorrentes do tratamento

 

O câncer de boca pode atingir não só os lábios, mas também regiões como gengivas, bochechas, céu da boca e língua. O tumor é um dos tipos mais frequentes entre os brasileiros e pode se dar de diferentes formas.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que o Brasil tenha mais de 15 mil casos novos da doença até o final de 2022. Entre os mais atingidos estão os homens, com mais de 40 anos de idade. Só no ano de 2020, o instituto constatou que mais de 70% dos diagnosticados eram do sexo masculino.

Por ser um câncer que não é tão comentado entre a população, muitos ainda sentem dúvidas de como buscar ajuda, o que muitas vezes colabora para que o diagnóstico da doença seja feito de forma tardia, em estágio avançado.

“Muitas pessoas evitam ir ao dentista e não sabem que, a partir deste atendimento, é possível descobrir um câncer de boca. Por isso, é importante o acompanhamento periódico com um profissional. A visita odontológica está além de uma obturação ou de uma limpeza dental. Muitas vezes, é a partir deste atendimento que o diagnóstico acontece, possibilitando maiores chances de cura para o paciente”, afirma Dra. Sumatra Melo da Costa Pereira Jales, cirurgiã-dentista e especialista em odontologia hospitalar da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Mesmo com o diagnóstico realizado pelo dentista, nem todo o tratamento é desenvolvido por esse profissional e exige também assistência do médico oncologista e dos especialistas em cabeça e pescoço. Por isso, a importância de hospitais que possam auxiliar em distintas especialidades, a fim de facilitar os diferentes cuidados.

A Rede São Camilo de São Paulo, por exemplo, dispõe do Serviço de Odontologia nas unidades Pompeia, Santana, Ipiranga e Mooca, com atendimento e realização de procedimentos em ambientes de enfermaria, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e centros cirúrgico e ambulatorial, oferecendo procedimentos eletivos, de urgência e tratamentos especializados.

“Além de todo o tratamento para combater o câncer, muitas vezes torna-se necessário o acompanhamento odontológico em três momentos: na fase pré-tratamento oncológico, durante e após. Na primeira fase, preparamos a boca para receber o tratamento de combate ao câncer. Já durante o tratamento, lidamos com efeitos adversos agudos como mucosite oral (feridas na boca), além de infecções oportunistas virais, fúngicas e bacterianas.  E nos pós, fazemos o seguimento e controle das complicações tardias”, relata a cirurgiã-dentista.

Normalmente, sinais como manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, nas gengivas, no céu da boca ou nas bochechas; lesões na boca ou nos lábios que demoram mais de 15 dias para cicatrizar; dificuldade de mastigação, deglutição ou fala; caroços no pescoço e rouquidão persistente podem indicar a presença de câncer de boca.

Além disso, outra característica é que esse câncer evolui de forma silenciosa e indolor. Com isso, a atenção para a região da boca deve ser dobrada. “Ao perceber qualquer sinal diferente na boca, o indicado é buscar ajuda e orientação profissional. Assim como existe o incentivo do auto toque para casos de câncer de mama, o autoexame da boca também deve ser incentivado para o diagnóstico precoce do câncer de boca”, ressalta Dra. Sumatra.

E, assim como outros tipos de câncer, fatores como tabagismo e ingestão de bebida alcoólica colaboram para o desenvolvimento do tumor. O Inca alega que os dois hábitos são responsáveis por 70% dos casos de câncer que aparecem na cabeça e pescoço.

Fatores como exposição ao sol sem a proteção adequada, infecção pelo vírus HPV, má alimentação e má higiene oral também contribuem fortemente para o desenvolvimento da doença.

 


Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Medicina Nuclear é aliada na detecção e tratamento do câncer de próstata

Novembro Azul enfatiza importância do diagnóstico precoce e das tecnologias disponíveis que auxiliam também no tratamento da doença

 

O câncer de próstata matou, em 2021, 44 brasileiros por dia, totalizando 16.055 vítimas fatais da doença. Esse é o segundo câncer mais frequente em homens, atrás apenas da neoplasia de pele não-melanoma. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que ao final de 2022 sejam diagnosticados 65.840 novos casos da doença, com um risco aproximado de 62,95 novos casos a cada 100 mil homens.
 

Dentre as ferramentas modernas de detecção da doença, a Medicina Nuclear desempenha um papel fundamental, dispondo de exames que identificam a extensão do câncer e possíveis metástases, antes mesmo de alterações anatômicas ou em fases de sutis elevações do antígeno prostático específico (PSA). Por isso, quando pensamos em novas tecnologias para o estadiamento da doença, a fim de rastrear a real extensão do câncer, a Medicina Nuclear é uma peça-chave na Campanha Novembro Azul, celebrada mundialmente todos os anos para conscientizar os homens acerca dos cuidados com a próstata.
 

É importante reforçar que os exames de rotina para a neoplasia da próstata devem começar a partir dos 40 anos para pessoas que não apresentam predisposição genética de desenvolver a doença (histórico familiar). Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas, mas quando apresenta, o mais comum inclui dificuldade de urinar, com demora para iniciar e terminar a micção, diminuição do jato e mais necessidade de ir ao banheiro ao longo do dia ou noite.
 

“A nossa especialidade possibilita visualizar órgãos e tecidos nos seus níveis celular e molecular, o que viabiliza, além de um diagnóstico preciso, a definição da melhor estratégia terapêutica”, explica a Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
 

Uma das principais ferramentas para combater o câncer de próstata é a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) com PSMA (antígeno de membrana específico da próstata), que é capaz de localizar células cancerígenas de tumores provenientes da próstata que já possam ter se espalhado para outras partes do corpo. “Para tumores muito avançados, é possível avaliar o corpo inteiro do paciente, demonstrando se ele está com a doença à distância (como em ossos, fígado, pulmões). É um exame revolucionário, que apresenta desempenho muito superior aos convencionais - tomografia, ressonância ou cintilografia óssea”, afirma.
 

Mais recentemente a molécula PSMA foi acoplada a átomos radioativos mais "potentes" (Lutécio-177, Actinium-225), possibilitando tratar tumores avançados de próstata. Estudos robustos, publicados em revistas de grande prestígio no meio médico, demonstraram ganho de sobrevivência nos pacientes expostos a este tratamento radioativo.
 

A Medicina Nuclear também possui o Rádio-233, um importante radiofármaco que auxilia no tratamento de pacientes com metástases ósseas do câncer de próstata. Por ser muito similar ao cálcio, o Rádio-233 é absorvido pela estrutura óssea e, ao se aproximar das células metastáticas, emite uma dose direcionada de radiação, matando as células do tumor.
 

Um estudo realizado em 2013, publicado pelo New England Journal of Medicine, apontou um aumento da média global de sobrevida em pacientes que receberam tratamento com o radiofármaco, com diminuição de 30% do risco de morte em relação ao placebo, além de obterem ganho de qualidade de vida. “A modernidade dos exames e tratamentos nucleares trazem avanços terapêuticos importantes e auxiliam na jornada do paciente que luta contra o câncer de próstata, no entanto, os tratamentos ainda não são disponibilizados pelo SUS. Torcemos e lutamos para que em breve possam ser incorporados para ampliarmos o número de beneficiários dessas tecnologias”, conclui a Dra. Adelina Sanches.
 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN


Novembro laranja: 740 milhões de pessoas sofrem com zumbido no ouvido

 Problema pode indicar diversas doenças, entre elas, otite ou excesso de cera no ouvido

 

Estudo publicado recentemente na revista médica Jama Neurology, mostra que 14% da população adulta do mundo percebe sons no ouvido ou na cabeça que não vem de fonte sonora externa, ou seja, 740 milhões de pessoas sofrem de zumbido. O resultado ainda mostra que os zumbidos são mais comuns com o aumento da idade, 14,4% e não há diferença significativa entre os sexos.

Já de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o zumbido no ouvido é um problema que afeta 28 milhões de brasileiros. Por isso, durante todo o mês de novembro é realizada a Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, conhecida como “Novembro Laranja”, que vem com o objetivo de alertar a população sobre a importância da prevenção e do cuidado com a audição.

De acordo com a otorrinolaringologista da Clínica Dolci, em São Paulo e membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervico-Facial, Dra. Ana Carolina Cassanti Del Monaco, o zumbido no ouvido e/ou na cabeça não é uma doença, mas sim um sintoma que pode estar relacionado com várias doenças e condições clínicas.

“Assim como a febre e a dor de cabeça, o zumbido pode ser o sintoma de uma doença. Ele pode acontecer diversos motivos, como, por exemplo, o acúmulo de cera, a exposição prolongada ao barulho ou mesmo por alguma infecção no ouvido. Além disso, pode ser o primeiro sintoma de outras alterações sistêmicas, como perda auditiva, hipertensão arterial, problemas de circulação, ansiedade, distúrbios do colesterol ou do açúcar, hipovitaminoses, tumores, entre outros”, explica a especialista.

Identificar uma alteração no organismo apenas pelo zumbido no ouvido é muito difícil. Por isso, é preciso buscar a causa do sintoma por meio de gatilhos, como álcool, doces e cafeína.

“Após o diagnóstico, o especialista vai indicar o melhor tratamento, que pode ser uma remoção de cera, o uso de aparelho auditivo, a indicação de medicações e até a realização de uma cirurgia no ouvido. Tudo vai depender da causa do zumbido”, finaliza a Dra. Ana Carolina Cassanti Del Monaco.

Por isso, em casos de sintomas contínuos ou com intervalos, como som de apito, chiado constante, sensação de ouvido tapado ou de barulho semelhante ao de uma cachoeira ou a de uma cigarra, é preciso procurar a opinião de um otorrinolaringologista.

 

Suplementação na gravidez deve servir como apoio à condição fisiológica da paciente

A médica obstetra Bruna Pitaluga destaca que não se trata da suplementação pela suplementação, mas sim de uma estratégia criteriosa, consciente das vias metabólicas que são apoiadas pelo recurso


“A gestação é o evento imunológico mais importante da vida de uma pessoa”, costuma dizer a médica obstetra, com mais de 20 anos de experiência profissional, Dra. Bruna Pitaluga. Assim, do ponto de vista nutricional, por exemplo, uma grávida deve ser tratada de forma diferenciada, posto que sua alimentação precisa servir, não apenas para nutrir a si mesma, mas também o feto. Muitas vezes, contudo, não há o suficiente para ambos apenas com a alimentação regular, sendo necessário a suplementação nutricional.

Segundo Dra. Bruna, mais do que o profissional responsável pelo parto, o médico obstetra deve ser aquele que cuida dos aspectos metabólicos que interferem nesse último estágio da gestação. “A partir do momento que a mulher desenvolve uma alteração metabólica, diminui a chance de que ela tenha o parto que deseja e aumenta o risco de ter uma interferência na programação de sua gestação”, explica. Assim, para que tudo saia da melhor maneira possível, é preciso atuar muito antes do parto, daí a importância do acompanhamento pré-natal ativo, que mapeie fatores de grande impacto e determine ações que consigam modificar esses fatores, se preciso.

A médica obstetra destaca que as deficiências nutricionais são importantes aspectos para o desfecho da gestação, por isso cuidar da suplementação é medida relevante no acompanhamento clínico pré-natal. Mas, segundo Dra. Bruna, essa estratégia deve ser usada de maneira criteriosa, sendo necessário cuidar do básico antes, como, por exemplo, o tipo de alimento que a grávida costuma ingerir. “A suplementação de nada adiantará se a pessoa, por exemplo, continuar comendo pizza, hambúrguer e tomando suco de caixinha. A melhor suplementação nunca compensará uma dieta equivocada”, afirma.

De acordo com Dra. Bruna, a prática da suplementação não é uma solução mágica de todos os problemas nutricionais da paciente, mas uma estratégia de apoio a sua condição fisiológica. “Deve ser tratada com simplicidade e não de maneira mirabolante e, para isso, conhecimento é fundamental”, diz. Conforme a médica obstetra, há um universo de informações que devem estar no radar do médico que faz o acompanhamento pré-natal para que ele possa receitar de forma certeira os suplementos necessários às pacientes.

Por exemplo, segundo Dra. Bruna, o médico obstetra deve levar em conta uma condição que foi ignorada durante muito tempo pela medicina, a de que a gestação, em seu aspecto metabólico, não deve ser observada apenas do ponto de vista materno.  “A medicina historicamente sempre se preocupou com o metabolismo feminino e esqueceu de relacioná-lo com os metabolismos da placenta e do feto”, explica.

Assim como a mãe, o feto possui glândulas adrenais, pâncreas, tireoide. Já a placenta atua temporariamente como esses órgãos, exercendo diversas funções metabólicas. Esses três elementos (mãe, feto e placenta) devem ser levados em consideração na prática obstetrícia durante o acompanhamento pré-natal e devem nortear a conduta do médico em relação suplementação nutricional da paciente. “Não se trata da suplementação pela suplementação, mas sim de uma estratégia criteriosa, consciente das vias metabólicas que são apoiadas pelo recurso”, destaca a médica obstetra.

Dessa maneira, a paciente que vai ao consultório médico em busca de uma grande quantidade suplementos ou da novidade da semana neste quesito certamente irá se decepcionar, segundo Dra. Bruna. Isto porque, conforme destacado, a prescrição é bastante criteriosa e via de regra totalmente individualizada, levando em conta, por exemplo, as deficiências nutricionais da paciente, nutrientes importantes para a gestante, e as condutas relevantes.

A paciente precisa ter ciência ainda de que nenhum suplemento funciona sozinho, devendo atuar em conjunto com outros. Portanto de nada adiantará para a gestante ingerir uma grande quantidade de um suplemento e ser negligente com outros que também são necessários.

Por fim, Dra. Bruna reitera que os cuidados médicos no acompanhamento clínico pré-natal devem começar por simples mudanças na rotina do indivíduo, como alimentação saudável, prática regular de atividade física e boa higiene de sono, cuidando principalmente do ciclo circadiano. Como dito, a suplementação deve funcionar como suporte à condição fisiológica da paciente, sendo usada com critério, levando sempre em conta as necessidades da gestante.

 

Dra. Bruna Pitaluga - Formação em Medicina pela Universidade de Brasília – UnB. Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia pela Universidade de Brasília – UnB. Pós-graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN. Especialização em Medicina Funcional pelo Instituto de Medicina Funcional - IFM, EUA.  Curso em Nutrigenômica pela Universidade da Carolina do Norte - UNC, EUA

 

Por que os bebês precisam fazer o teste do pezinho? Médico especialista destaca quais doenças podem ser prevenidas com o exame

Antonio Condino-Neto fala sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado para a garantia de uma melhor qualidade de vida dos recém-nascidos


O teste do pezinho é um exame realizado em crianças recém-nascidas, a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, entre o 3º e 5º dia após o nascimento. O exame identifica doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.

Recentemente, o teste do pezinho foi ampliado e passou a envolver até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências primárias. Antes, o exame englobava apenas seis doenças. O Governo Federal sancionou o Projeto de Lei em maio de 2021 e o Sistema Único de Saúde (SUS) ficou responsável pela implementação, que deve durar quatro anos.

Antonio Condino-Neto,
Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que o primeiros dias de vida de um recém-nascido são determinantes para a possível descoberta de enfermidades assintomáticas ao nascimento, mas de manifestação precoce e evolução catastrófica, tais como os dois principais grupos de doenças: Erros Inatos da Imunidade e Erros Inatos do Metabolismo.

O médico, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, ressalta que esses dois grupos de doenças necessitam cuidados específicos. “O tratamento para Erros Inatos da Imunidade envolve transplante de medula, terapia de reposição de imunoglobulinas, terapia gênica e antibióticos. Já de Erros Inatos do Metabolismo consiste em reposição enzimática ou dietas especiais”, afirma.

As consequências do não tratamento dos grupos de doenças podem ser extremamente sérias, sendo capaz de provocar o surgimento de sequelas neurológicas, cardíacas, renais, pulmonares e motoras. Além disso, existem órgãos do corpo humano considerados como um alvo, sendo suscetíveis a danos e também infecções, o que faz com que o estado de saúde da criança doente piore ainda mais.

Segundo Condino Neto, se esses grupos de doença receberem o diagnóstico de forma precoce e seguirem o tratamento adequado corretamente, é possível estabelecer um controle das doenças, sendo que, em alguns casos específicos, existe inclusive a possibilidade de cura total. “Por exemplo, quando realizamos um transplante de medula ou a terapia gênica dentro do tempo ideal, conseguimos promover a cura”, reforça.


No entanto, para que esses procedimentos permaneçam acontecendo e possam salvar vidas, é necessário que a área da saúde continue avançando com o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas, medicações e tratamentos. Os médicos precisam estar atentos aos sinais e incentivar os pais a realizarem exames em seus filhos desde cedo, para que juntos, possam garantir uma melhor qualidade de vida para as crianças.



 Immunogenic

https://www.immunogenic.com.br/


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