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terça-feira, 6 de setembro de 2022

Pacientes com lúpus terão disponível nova opção de tratamento

ANVISA aprova terapia para formas moderada agrave de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), doença que atinge entre 150 mil e 300 mil pessoas no Brasil


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou nesta segunda-feira, dia 05, o Saphnelo® (antifrolumabe), que é um medicamento inédito para tratamento de pacientes adultos com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) moderado a grave, positivo para autoanticorpos, em adição à terapia padrão. De origem inflamatória, autoimune e crônica, estima-se que acomete entre 150 a 300 mil pacientes no Brasil1. O lúpus ocorre quando o sistema imunológico do paciente ataca seus órgãos e tecidos. Não tem cura, mas pode ter os sintomas controlados2.
 

Já aprovado nos Estados Unidos e na Europa, o medicamento comprovou segurança e eficácia com base no programa de desenvolvimento clínico que inclui dois estudos de fase III (TULIP-1 e TULIP-2) divulgados no New England Journal of Medicine e no The Lancet Rheumatology, e um estudo de fase II (MUSE). Nestes estudos, foi observado que, uma maior quantidade de pacientes tratados com Saphnelo® (anifrolumabe) tiveram uma redução significativa na atividade geral da doença em diferentes sistemas de órgãos, incluindo pele, articulações e resposta hematológica, além de alcançar uma redução sustentada até a Semana 52 no uso de corticoesteroides quando comparados com placebo, com ambos os grupos recebendo a terapia padrão2-5. 

A terapia é um anticorpo monoclonal capaz de bloquear as proteínas do grupo Interferon tipo I (IFN-1). Esse mecanismo de ação é inédito, sendo que essa é a primeira aprovação regulatória de um tratamento biológico, em anos, para o tratamento do LES. O IFN-1 tem um papel chave na fisiopatologia do lúpus - o aumento das taxas de sinalização de IFN-1 está associado com as altas taxas de atividade da doença e de sua gravidade2,5. 

Mais de 50% dos pacientes com LES desenvolvem danos permanentes aos órgãos, causados pela doença ou pelo tratamento dela, o que agrava sintomas e aumenta o risco de morte6. “Ciente das necessidades não atendidas dos pacientes, buscamos uma inovação que pudesse melhorar a sua qualidade de vida no convívio com a doença. Para isso, é importante reduzir a atividade da doença bem como e uso de altas doses de corticóide”, afirma a Dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca Brasil. “Existe uma expectativa da classe médica por uma nova opção terapêutica para tratar o LES”, completa. 

O lúpus pode se manifestar de forma heterogênea. Entre as manifestações mais comuns, estão lesões na pele, dores e edema nas articulações, lesões em órgãos, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e hipertensão. Embora existam registros de manifestações da doença em idades diversas, ela é mais frequente entre 20 e 45 anos, e em sua maioria, mulheres. De origem desconhecida, o lúpus tem fatores genéticos, hormonais e sócio-ambientaisenvolvidos6. 

As reações adversas mais comuns que ocorreram com os pacientes em uso deste medicamento nos três estudos clínicos incluem infecção do trato respiratório superior, bronquite, reações relacionadas com a infusão, tosse e Herpes Zóster1,7.

 

 

AstraZeneca

Instagram @astrazenecabr.

 

Referências:

1. The landscape of systemic lupus erythematosus in Brazil: An expert panel review and recommendations, Jul/2021

2. Bula do Produto. Saphnelo®(anifrolumabe): ANVISA.

3. Morand E, et al. Trial of Anifrolumab in Active Systemic Lupus Erythematosus. N Engl J Med. 2020;382(3):211-221.

4. Furie R, et al. Type I interferon inhibitor anifrolumab in active systemic lupus erythematosus (TULIP-1): a randomised, controlled, phase 3 trial. Lancet Rheumatol. 2019;1(4):e208-e219.

5. Furie R, et al. Anifrolumab, an Anti--Interferonα Receptor Monoclonal Antibody, in ModeratetoSevere Systemic Lupus Erythematosus. ArthritisRheumatol. 2017;69(2):376-386.

6. Sociedade Brasileira de Reumatologia. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Disponível em: Link. Acesso 22/08/2022.

7. Morand E, et al. Trial of Anifrolumab in Active Systemic Lupus Erythematosus. N Engl J Med. 2020;382(3):211-221.


Respiração inadequada pode comprometer a saúde das crianças

 

A respiração adequada é essencial para a saúde e bem-estar. No entanto, os humanos perderam a capacidade de respirar corretamente, com graves consequências principalmente para as crianças. A ortodontia integrativa tem se preocupado com o assunto e desenvolvido métodos que contribuem para uma mudança de comportamento. 

Dra. Vivian Farfel, especialista em odontopediatria, ortopedia e ortodontia, ressalta que a respiração correta é realizada exclusivamente pelo nariz de maneira calma, leve, tranquila, relaxada, regular e fácil. Mas, quando as crianças adotam uma postura de boca aberta, a respiração passa a ocorrer pela boca e é muito prejudicial para o desenvolvimento da face, dentes e vias aéreas superiores. "É preciso tratar desse problema logo na infância. Caso contrário, esse hábito pode provocar características faciais anormais e vias aéreas comprometidas na fase adulta, promovendo uma vida inteira de problemas de saúde", alerta a especialista. 

De acordo com estudos internacionais, a respiração oral está presente em mais de 50% das crianças, com maior incidência em meninos, cerca de 60%, do que em meninas, aproximadamente 40%. Entre as consequências de uma respiração inadequada está o crescimento facial anormal. A dra. Vivian Farfel explica que, se a boca estiver aberta, a gravidade puxa a face para baixo, resultando em maxilares estreitos, dentes apinhados e uma face achatada que leva a uma redução da largura das vias aéreas superiores. 

“Essa via aérea estreita causa distúrbios respiratórios do sono ao longo da vida, incluindo ronco, bruxismo, apneia do sono e insônia. Com isso, a concentração e a atenção serão afetadas e as crianças podem ter até dez vezes mais risco de dificuldades de aprendizagem e problemas comportamentais, sendo algumas vezes diagnosticadas erroneamente com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)”, explica a odontopediatra.

Segundo ela, o hábito contribui ainda para a má saúde bucal, cáries e halitose. Além de poder causar problemas respiratórios como asma, rinite e sinusite. E, futuramente, alergias, diabetes, enxaqueca, pressão alta, desequilíbrio hormonal, eczema, entre outros possíveis riscos à saúde. Inclusive problemas neurológicos como ataques de ansiedade, estresse, pânico e depressão.

"Mas é possível melhorar os padrões respiratórios funcionais de forma técnica, com exercícios que ajudam a descongestionar o nariz e a passar para a respiração nasal", esclarece a ortodontista. Ela diz que a aplicação do método é direta e os pacientes já sentem os benefícios dentro de alguns dias, como respiração mais fácil, sono mais profundo, mais energia, redução de congestão nasal, juntamente com aumento da sensação de calma.

“Os exercícios são simples e ensinados a todas as crianças com mais de quatro anos de idade e todos os adultos, independentemente do estado de saúde”, conclui a dra. Vivian Farfel.


Entenda a Pré-eclâmpsia

 Obstetra especialista em reprodução humana, Dra. Carolina Curci, explica a constância de casos e o desconhecimento das gestantes


Estar gestante é uma condição de novidades e mudanças todos os dias. Por isso, é importante que a mulher faça o pré-natal e acompanhe a rotina com o ginecologista para entender as necessidades desse período. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, divulgado em 2021, aproximadamente 13,8% das mortes maternas no país estão relacionadas à pré-eclâmpsia.

O nome pré-eclâmpsia talvez assuste muitas mulheres na fase gestacional, mas a doença é muito conhecida, está categorizada como hipertensiva, ou hipertensão durante o período gestacional, mas não acomete todas as mulheres.

Durante o desenvolvimento do bebê, surgem novos vasos sanguíneos que possuem a função de levar sangue para a placenta, ou seja, dar força para o desenvolvimento sadio do feto. No caso das mulheres pré-dispostas a eclampsia, a formação desse vaso não acontece de forma regular, e podem gerar riscos tanto para o bebê como para a gestante.

“Quando falamos da necessidade de um relacionamento para conhecimento do corpo, é entender que o que posso ou não fazer. Quando estou avaliando alguma paciente que deseja engravidar, questiono a paciente sobre idade, histórico de problemas de saúde dos familiares”, comenta Dra. Carolina Curci, ginecologista e obstetra.

Atualmente muitas mulheres estão postergando a gestação, em alguns casos, optam pelo congelamento de óvulos quando mais jovens. “Para quem tem dúvida se após os 35 anos, onde há um pouco mais de dificuldade da mulher engravidar, e se quanto à probabilidade da gestante se enquadrar com pré-eclâmpsia, nesse caso, a possibilidade é menor, pois a vida considerada do óvulo será a da idade que a gestante fez o congelamento”, explica Dra. Carolina.

Para melhor entendimento, a profissional destaca outros fatores associados a pré-eclâmpsia, confira:

  • Histórico de familiares com hipertensão.
  • Gestações com parceiros diferentes.
  • Gestação de gêmeos e/ou mais.
  • Segunda gestação com intervalo muito grande da primeira.

A Dra. Carolina Curci ressalta, que o tratamento da pré-eclâmpsia é previsto durante o pré-natal com visitas mais recorrentes ao obstetra, assim como realização de exames para acompanhamento da frequência cardíaca.

 

Dra. Carolina Curci - atua com Ginecologia, Reprodução Humana e Obstetrícia, formada pela universidade de Marília no Conjunto Hospitalar Mandaqui, cursou Dermatologia Estética na ISMD e Reprodução Humana no Gera/UNIP. Suas especializações sempre foram voltadas a áreas relacionadas à saúde da mulher desde estética ao pré-natal. Hoje é diretora técnica da Clínica Curci, onde atende gestantes de 18 a 55 anos, mulheres tentantes e que buscam acompanhamento ginecológico.


Vida sexualmente ativa na terceira idade e os seus benefícios para saúd

Uma vida sexualmente ativa traz benefícios para a saúde e bem-estar, em qualquer faixa etária. Mesmo se a frequência for menor nesta idade, não significa que a relação não seja prazerosa. E a experiência pode tornar o ato até melhor.

 

Segundo levantamentos, sentir prazer sexual traz diversos benefícios para a saúde física e mental, como a regularização do equilíbrio hormonal, ameniza o nível de estresse, melhora o sono, a pele e ainda fortalece o sistema imunológico.

Porém, quando o tema envolve os idosos, ainda existem diversos tabus, visto que a sociedade tem a idealização que a vida sexualmente ativa e prazerosa é somente para as pessoas mais jovens. Mas com o aumento da expectativa de vida e um envelhecimento saudável, não há como negar, a importância de tratar do tema sexo na terceira idade.

Uma pesquisa publicada recentemente no The Journal of Sexual Medicine, realizada na Bélgica com idosos entre 70 e 99 anos, constatou que um terço desta população (31,3%) tinha uma vida sexualmente ativa.

No Brasil, há mais de 30 milhões de indivíduos acima dos 60 anos de idade, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2017. A previsão é que, em 2030, o país tenha a quinta maior população de idosos no mundo, ou seja, as pessoas estão vivendo mais e com qualidade.

De acordo com Márcia Sena, especialista em longevidade ativa e qualidade de vida na terceira idade da Senior Concierge, ainda há muito o que se discutir a respeito, uma vez que, é comum ainda que muitos esperem uma velhice assexuada, como se o indivíduo não tivesse mais a necessidade dessa troca, o que não é verdade. Ela ressalta que não há uma idade para parar de fazer sexo. “Somente quando a pessoa quiser parar, essa é a idade, seja qual faixa etária for”, diz.

Benefícios do Sexo para a Terceira Idade  

Márcia Sena afirma que a vida sexual faz parte do ser humano, inclusive, quando ele se torna idoso. A prática da relação sexual pode ser muito benéfica também nessa fase, pois proporciona bem-estar, melhora a autoestima, além do cuidado e companheirismo, ou seja, pode estar entre os pilares de estímulos físicos e mentais.

Outro fator benéfico, é que pessoas idosas que possuem uma vida sexual ativa têm um desempenho melhor na habilidade cognitiva, assim dizendo, o sexo é um auxílio para manter o cérebro em forma à medida que se envelhece.

 

Sexo e envelhecimento, o que fazer com as mudanças?


Para a especialista, o corpo passa por diversas mudanças com o envelhecimento, inclusive ligadas à sexualidade. A mulher tende a diminuir a produção de líquido vaginal, essencial para a lubrificação da vagina. Márcia orienta que o uso de acessórios e produtos, como um lubrificante vaginal, podem ser uma boa alternativa para os casais de idosos permanecerem ativos sexualmente.

Em relação ao que a mulher idosa deve fazer para se sentir atraente, Sena acredita que ela esteja bem com sua imagem. “Se isso passar por uma cirurgia plástica, por que não?

A mulher madura já costuma possuir experiência para entender que é importante estar bem consigo mesma, com sua imagem, mas isso não precisa ser a imagem de uma jovialidade inexistente. Temos mulheres lindíssimas hoje que nos mostram como podemos ser sexys e bem resolvidas, mesmo após os 60, 70”, analisa.

Muitas mulheres idosas não tiveram uma vida sexual prazerosa, pois antigamente o sexo era somente para gerar prazer no homem e não na mulher. Neste caso, a especialista acha que a mulher idosa ainda pode encontrar o prazer no sexo.

“Infelizmente tivemos (e ainda temos) muito esse preconceito em que a mulher não precisa sentir prazer, quando na verdade, o prazer deve ser mútuo. Isso passa também pela mente, pela aceitação que ela pode e deve sentir prazer, conhecer seu corpo e seu parceiro estar disposto a essa troca. Quebrando esses paradigmas, é mais que possível uma prática sexual prazerosa para ambos”, pontua Márcia.

Mas o homem também passa por mudanças como, por exemplo, uma ereção mais lenta e a cobrança pela performance.

Por isso, segundo Sena é preciso acabar com o mito de que uma vida sexualmente ativa só é para os mais novos.

“Acredito que há mito de que a quantidade vale mais que qualidade, por exemplo. O idoso pode ter conhecimento sobre seu corpo e sobre obter prazer com seu parceiro (a).  A experiência, na verdade, pode tornar o ato ainda mais prazeroso. Mesmo que se diminua a frequência, não significa que a relação não seja prazerosa e a qualidade seja menor”, destaca.

A especialista lembra que o acompanhamento com o médico especializado em saúde íntima é fundamental.

“O acompanhamento é importante também nessa área e o idoso(a) deve se sentir seguro e acolhido para sanar dúvidas com esse profissional. Muitas vezes, a questão da libido pode estar ligada à questão hormonal. Outro fato importante é que alguns homens fazem uso da automedicação, que pode gerar problemas, sendo assim, é preciso acompanhar de perto. Além disso, o checkup é importante também contra risco de câncer de mama e próstata, que estão entre os mais comuns em idosos”, ressalta, Márcia. 

Outro cuidado importante com a saúde é o uso de preservativos. Segundo a pesquisa de HIV/Aids desenvolvida em 2018, relata que os casos de DSTs entre idosos aumentaram 21,2%.

“É um mito achar que, por não estar em período fértil, a pessoa idosa não irá adquirir doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, vale lembrar que sexo seguro se aplica ao idoso também. E com segurança é possível relaxar e ter mais prazer” ressalta Sena.

 


Márcia Sena - fundadora e CEO da Senior Concierge e especialista em qualidade de vida na terceira idade. Formada em Farmácia pela USP, possui MBA em Administração na Marquette University (EUA) e experiência em várias áreas da indústria farmacêutica.


Unimed Sorocaba promove ação de conscientização para doação de órgãos

Campanha “Diga Sim – Doe Órgãos”, da Unimed Sorocaba, oferece orientação para famílias de doadores


Um dos efeitos da pandemia da Covid-19 foi o aumento da fila de transplantes de órgãos no sistema de saúde do país. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2019, eram 25 mil pessoas esperando por um novo rim. Já em 2021, esse número chegou a quase 28 mil. Em julho de 2022, cerca de 59 mil pessoas estavam na fila para transplantes de órgãos no Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde, a maior parte aguardando por rins e córneas.

 

De acordo com Dra. Milene Guilhem, nefrologista responsável pelos transplantes de rins do Centro de Transplante (Cethus) do Hospital Unimed Sorocaba – Dr. Miguel Soeiro, o número de mortes na espera por algum órgão também aumentou. “Segundo relatório da ABTO, pelo menos nove pessoas morreram por dia no primeiro trimestre deste ano enquanto aguardavam um órgão. A taxa de efetivação de doação passou de 26,2% no fim de 2021 para 24,3% no primeiro trimestre deste ano”, explica.

 

Um dos principais fatores da redução da doação de órgãos é a recusa da família, que por força da legislação em vigor é responsável pela decisão de doar ou não os órgãos de seu ente falecido. “Apesar das campanhas de conscientização feitas nos últimos anos, esse tema ainda é bastante polêmico e de difícil entendimento, o que resulta em um alto índice de recusa familiar. Esse fato não ocorre somente no Brasil, pois a incompreensão da morte encefálica, a forma como é feita a abordagem com as famílias e motivos religiosos são os principais fatores dessa recusa”, destaca a médica.

 

Diga Sim

 

Segundo o presidente da Unimed Sorocaba, Dr. Gustavo Ribeiro Neves, a pandemia da COVID-19 teve um impacto significativo no número de doadores de órgãos e tecidos, motivados em parte pela redução do número de leitos de UTI. “Nos últimos três anos, nossa campanha de doação de órgãos “Diga Sim” vem orientando as famílias sobre esse gesto, que pode ajudar até dez pessoas que estão na fila de espera do transplante, e como proceder no caso das pessoas que querem manifestar seu desejo de ser um doador”, observa o médico.

 

Neves observa que o Brasil ocupa uma posição de destaque em transplantes de órgãos, sendo o segundo maior do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos em números absolutos. “O Hospital Unimed Sorocaba começou a realizar transplantes nos anos 2000 e se tornou referência na realização de transplantes de rins, córneas, fígado, coração e medula óssea, muitos deles feitos para pacientes cobertos com recursos do SUS. Contamos com um Centro de Transplante (Cethus), que possui equipes preparadas e altamente qualificadas para este tipo de cirurgia, além de uma estrutura hospitalar que é referência no estado de São Paulo”, ressalta.

 

O presidente da Unimed Sorocaba destaca ainda os excelentes dados de sobrevida dos pacientes transplantados no Cethus. “Registramos 100% de sobrevida após transplantes renais e 92% nos transplantes de fígado, números que são resultado da excelência em procedimentos e que posiciona nossa equipe como referência nacional.”

 

Recorde

 

Em julho deste ano, o Hospital Unimed Sorocaba – Dr. Miguel Soeiro bateu seu recorde de transplantes. Foram quatro transplantes, dois hepáticos e dois renais, em apenas 36 horas. As cirurgias foram conduzidas pelos médicos Renato Hidalgo, cirurgião especialista no aparelho digestivo, responsável pelos transplantes de fígados e pela nefrologista Milene Guilhem, que fez as cirurgias de transplante de rins.

 

“Ao todo, este ano, foram realizados pelo Cethus 55 transplantes de córnea, 22 de fígado, um transplante de fígado-rim, 8 de rim, 24 de medula óssea autólogo, 11 de medula óssea alogênico e 4 de ossos. Importante destacar que, na maioria das vezes, o transplante é a única esperança de vida e uma oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam de uma doação”, diz Dra. Milene.

 

Setembro Verde

 

Comemorado em 27 de setembro, o Dia Nacional da Doação de Órgãos foi instituído pela Lei nº 11.584/2007, visando promover a conscientização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos. A campanha Setembro Verde visa estimular ainda que as pessoas conversem com seus familiares e amigos sobre o assunto. 

“Nesse momento, mais do que nunca é necessário que as campanhas sejam intensificadas para que a população seja conscientizada e possamos ter uma curva ascendente no número de captação de órgãos e procedimentos de transplante”, conclui a nefrologista.


Dia do sexo: alimentos e exercícios físicos que melhoram a disposição e a libido

Para curtir a data com mais saúde e prazer, nutricionista oferece dicas de alimentação para um melhor desempenho sexual

 

Há alguns anos, a data 06/09 ficou conhecida como o Dia do Sexo e consolidou-se em razão de uma campanha publicitária criada por uma empresa de preservativos, com o intuito de disseminar a ideia do sexo seguro. Desde então, a data é marcada por promover discussões e tocar em assuntos, muitos deles considerados tabus, principalmente quando dizem respeito à vida sexual da mulher. Com o objetivo de promover saúde e bem-estar, com foco para o público feminino, a nutricionista Fernanda Larralde, parceira da Bio Mundo, rede de franquias de alimentos saudáveis e naturais, traz algumas dicas de alimentação e exercícios físicos para aumentar a libido e melhorar o desempenho sexual.


O que é libido?

Antes de partir paras as dicas, é importante compreender alguns conceitos. De acordo com a especialista, a libido é “o desejo e energia sexual que as pessoas têm quando se sentem atraídos por alguém”. Existem vários fatores que influenciam esse desejo, tais como físicos, emocionais, psicológicos, sociais, culturais, ambientais e comportamentais. “A libido vem de uma química corporal que ocorre por meio do nosso metabolismo, sendo que este é o conjunto de reações químicas que dirão se o organismo funcionará de maneira mais ou menos eficiente. A principal fonte dos elementos químicos que determinará esse metabolismo é a alimentação”.


Quais os principais alimentos que aumentam a libido e/ou a disposição para o sexo?

Fernanda afirma existirem alimentos que fornecem nutrientes determinantes para a química da libido, quando se fala do fator fisiológico e traz alguns exemplos:


Frutos do mar: muito se fala sobre a ostra ser um alimento afrodisíaco, em razão de conter Zinco e, assim como outros frutos do mar, tem minerais importantes. São fontes proteicas que auxiliam na disposição sexual e na produção de hormônios como a testosterona, que é um hormônio tipicamente masculino, mas a mulher também produz em menor quantidade e é muito importante quando o foco é o desejo sexual.


Melancia: ela tem uma substância chamada citrulina, um vasodilatador responsável por aumentar o fluxo de sangue na região genital, tanto no pênis, quanto na vulva e no clitóris da mulher, favorecendo a melhora da libido.


Mamão: contém fitoestrógenos, que estimulam a produção de estrogênio. Melhora a produção hormonal feminina e, por se tratar de um hormônio sexual, também melhora a libido.


Chocolate: contém um nutriente chamado triptofano, um aminoácido importantíssimo para a produção da serotonina, um neurotransmissor responsável pelo bem-estar e relaxamento, o que influencia muito a excitação sexual.


Mel: rico em vitaminas do complexo B, necessárias para a produção de hormônios sexuais.


Pimenta: conhecida por ser uma referência fálica, ter uma pegada mais sensual e por ser algo picante. Aumenta a frequência cardíaca, tem função vasodilatadora que, assim como a melancia, aumenta o fluxo na região genital, podendo favorecer o prazer na hora do sexo.


Além da alimentação, exercícios físicos são grandes aliados para um melhor desempenho sexual: “quando falamos sobre melhora da disposição, todo tipo de exercício é muito bem-vindo, mas os que promovem a melhora da capacidade cardiorrespiratória influenciam muito na libido, como: corrida com distâncias maiores, como 5 ou 10 quilômetros, ciclismo também em distâncias um pouco maiores ou níveis de dificuldade mais elevados, acabam melhorando muito a capacidade cardiorrespiratória. Consequentemente, aumentam a disposição para o sexo, a libido e o fluxo de sangue, além de melhorar a resistência, um ponto muito importante”, diz a nutricionista.

A profissional reforça que existem alimentos que prejudicam a libido, como é o caso dos ultraprocessados. “Eles contêm aditivos químicos, como corantes e aromatizantes artificiais, conservantes, gorduras saturadas e trans, entre outros elementos que promovem a inflamação do corpo, fazendo com que o metabolismo seja prejudicado. Dessa forma, se o homem ou a mulher consome habitualmente alimentos ultraprocessados, terá o corpo mais inflamado e, consequentemente, uma química mais debilitada, o que vai afetar direta e negativamente a libido”.

 

Bio Mundo


Saúde bucal e diabetes: controle da glicemia é fator importante para prevenir doenças


Boa higienização diária, consultas regulares ao dentista, alimentação balanceada, hábitos de vida saudáveis, não fumar e autoexame bucal, são algumas das recomendações que devem ser adotadas para garantir a saúde e, consequentemente, evitar futuras complicações.

No caso do paciente com diabetes, esses cuidados devem ser redobrados.  “Manter o controle glicêmico faz parte do tratamento de todas as doenças bucais”, explica Dra. Lilian Pastore, cirurgiã dentista.

Dentre as principais doenças e alterações bucais associadas ao diabetes estão:

 

·        Periodontite: considerada a sexta complicação microvascular do Diabetes;

·        Candidíase: infecção fúngica

·        Hipossalivação: diminuição da produção de saliva

·      Hálito cetônico: quando existe o quadro de cetoacidose diabética, principalmente em DM1.

·        Herpes Simples: pela queda da imunidade geral


 

Tratamento bucal para paciente com diabetes, quais são os cuidados especiais?


O tratamento indicado deve ser o mesmo para todos os pacientes que possuem condições crônicas de saúde.  É imprescindível que o dentista conheça o tipo de diabetes, qual tratamento que seu paciente realiza, bem como o controle glicêmico (através de perguntas-chave e apresentação de exames, como hemoglobina glicada).

Além disso, acompanhar possíveis complicações do paciente, o tempo de diabetes e outras comorbidades faz parte do protocolo adotado pelo especialista para dar continuidade ao tratamento. “Alguns fatores podem interferir em várias decisões do tratamento, tais como, cicatrização de feridas, escolha do momento ideal para procedimentos eletivos e prescrição de medicamentos”, afirma Pastore.



Pacientes com diabetes x Infecção odontológica


A infecção odontológica funciona como qualquer outra infecção no corpo, aumentando a resistência insulínica e, consequentemente, dificultando o controle glicêmico. Este descontrole, por sua vez, interfere na evolução mais rápida da infecção e na sua severidade. A diabetes descompensada é considerada um fator de risco não só para infecções odontológicas, como também aumenta a chance de infeções pós -cirúrgicas.


 

Anestesia x uso de insulina: existe alguma contraindicação?


Contraindicação especificamente pelo uso de insulina, não. Porém, a seleção do tipo de anestésico deve ser feita com cuidado em pacientes com diabetes, sendo a escolha totalmente individualizada, levando em conta tipo de procedimento, idade, tempo de duração necessária, toxicidade e necessidade de hemostasia (prevenção e interrupção de sangramento). Por exemplo: um tipo de anestésico bem indicado para procedimentos rotineiros em pacientes com diabetes pode ser totalmente contraindicado em pacientes grávidas.

Destaco, ainda, o cuidado com a checagem do valor de glicemia pré-anestésica, evitando intercorrências como hipoglicemias.


 

Recomendações


É importante inserir a higiene bucal a sua rotina de forma regrada e caprichada, principalmente, à noite. É um autocuidado importantíssimo para a saúde geral do organismo, para seu controle glicêmico, bem-estar e autoestima.

Esclareça todas as suas dúvidas com seu dentista, cheque sua glicemia antes das consultas, pergunte se aquela medicação pode alterar sua glicemia e, jamais, tenha vergonha de dizer ao profissional sua verdadeira realidade, caso o seu controle não esteja num momento bom, pois é um dado importantíssimo na tomada de decisões”, conclui a Dra. Pastore.

 

 

Sobre o Instituto Correndo pelo Diabetes

O Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD) é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos.

https://correndopelodiabetes.com/

https://instagram.com/correndopelodiabetes


Setembro Verde: após retomada de cirurgias eletivas, casos de câncer colorretal descobertos na urgência caem 32,2%

 Dados, da região de Campinas, voltaram aos patamares de antes da pandemia


Após a retomada das cirurgias eletivas, o número de casos de cirurgia de câncer colorretal descobertos nos serviços de urgência e emergência sofreu uma queda de 32,2%, a primeira desde o início da pandemia. Os dados foram divulgados pelo Grupo Surgical, responsável por cirurgias de urgência e emergência nos hospitais Madre Theodora, Santa Tereza, Irmãos Penteado, Beneficência Portuguesa e Maternidade de Campinas, todos em Campinas, e Hospital e Maternidade Galileo, em Valinhos.

A queda é referente ao período de janeiro a julho deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado. Nos anos anteriores, houve aumento. De janeiro a julho de 2019 para o mesmo período de 2020, o crescimento foi de 6%. Já de 2020 para o mesmo período de 2021, o aumento chegou a 28,2%. “Com a suspensão das cirurgias eletivas durante a pandemia, os casos eletivos se agravaram e se transformaram em urgência. Por isso, sentimos um aumento considerável na época. Nossa impressão é que quando as cirurgias eletivas foram retomadas e conseguimos dar vazão à demanda represada, a situação voltou a ficar mais dentro do normal, em patamares próximos aos de antes da pandemia. Isso mostra o quanto é importante fazer prevenção e o diagnóstico precoce. A campanha Setembro verde, de prevenção ao câncer colorretal, é uma ótima oportunidade para falarmos sobre este assunto”, explica o CEO do Grupo Surgical, Bruno Pereira.

Embora os números tenham diminuído, a situação está longe do ideal, segundo o cirurgião. “Primeiro, porque estamos pegando casos mais graves de tumores. Segundo, porque o câncer colorretal pode ser prevenido de uma maneira simples, com a colonoscopia. Se ainda temos tantos casos na urgência e emergência, é porque não estamos fazendo a prevenção como deveríamos”, afirma. “Quando descoberto na urgência, o prognóstico do câncer colorretal piora em cerca de 30%. A cirurgia de urgência e emergência, por si só, já é mais delicada do que uma eletiva. Além disso, a pessoa, ao descobrir o câncer em estágio avançado, diminui as chances de cura”, reforça o cirurgião.

De acordo com Pereira, cerca de 90% dos casos de câncer colorretal começam com um pólipo, que pode evoluir para um tumor maligno. “Mas isso demora anos. Portanto, se a pessoa fizer exames preventivos de colonoscopia, esse pólipo, na grande maioria das vezes, pode ser retirado antes de virar câncer”, explica. “Ainda há um certo preconceito com este tipo de exame, por isso, é importante que haja muita orientação nos consultórios. Os médicos, mesmo de outras áreas, precisam orientar seus pacientes de rotina sobre a importância da prevenção”, diz.

Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, a colonoscopia deve ser feita a partir dos 50 anos de idade e, caso esteja tudo normal, repetida a cada 10 anos. Se houver algum caso de câncer colorretal na família, ela deve ser realizada a partir dos 40 anos ou 10 anos abaixo da pessoa mais nova diagnosticada com a doença, ou seja, se a mãe teve com 45, o filho deve fazer com 35.


Sintomas

O câncer colorretal costuma ser silencioso. Quando apresenta sintomas, é porque já está em estágio mais avançado. “O principal sintoma que leva o paciente a buscar ajuda médica na urgência é a mudança do hábito intestinal, que pode ser tanto constipação quanto diarreia, além de dor abdominal. Sangramento ao evacuar também é um sintoma muito comum”, comenta.

Obesidade, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e uma dieta rica em carnes vermelhas, gorduras e processados estão entre os principais fatores de risco da doença. “Casos de câncer colorretal em parentes de primeiro ou segundo graus, histórico de pólipos e doenças inflamatória intestinal também são fatores que precisam ser levados em conta”, orienta o cirurgião.

 

Grupo Surgical


Setembro Azul: Hospital Paulista alerta para a importância da família na inclusão de crianças surdas à sociedade

No Brasil, segundo o IBGE, mais de 10 milhões de pessoas sofrem de deficiência auditiva 


Responsável pelo desenvolvimento da fala e da linguagem, a audição é um dos sentidos mais complexos do corpo humano. Ela possibilita, entre tantas coisas, a interação social entre amigos e familiares. No entanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de 500 milhões de pessoas com deficiência auditiva no mundo. 

Apenas no Brasil são mais de 10 milhões – número que equivale a 5% da população nacional, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Destes, aproximadamente 2,7 milhões possuem surdez profunda, ou seja, não escutam absolutamente nada. 

Para chamar a atenção de todos sobre os desafios e conquistas da comunidade surda, no início de 1880 foi criada campanha Setembro Azul, uma ação de visibilidade à causa. 

A otorrinolaringologista Bruna Assis, do Hospital Paulista, alerta para a importância da família na inclusão das crianças surdas à sociedade. Conforme a médica, mantê-las em convivência social é a melhor maneira de conseguir um bom desenvolvimento ao longo da vida. 

“Não se deve nunca isolar esse indivíduo do convívio escolar ou excluí-lo de atividades diárias com familiares, ou até mesmo com outras pessoas surdas. A falta de contato com adultos que compartilhem uma língua pode significar uma desvantagem no desenvolvimento educacional.”   

A principal dificuldade relatada pelas famílias no convívio com uma criança surda, de acordo com a Dra. Bruna, está relacionada à comunicação, já que ela acarreta dificuldades de compreender as necessidades e os problemas de socialização.   

A médica afirma que é após o diagnóstico que se iniciam as dificuldades de comunicação, bem como os bloqueios de compreensão pela ausência da linguagem comum. Além disso, ela explica que ainda existe a não-aceitação da surdez, o que ocorre pela falta de informações dos pais. 

“A deficiência auditiva ainda é uma situação complexa para a família ouvinte, podendo tornar o núcleo cultural familiar um espaço de exclusão para a criança surda”, destaca. 

Conforme a especialista, a família desempenha um significativo papel social e afetivo. Por esse motivo, além da criança, os familiares também devem passar por acompanhamento e orientação, bem como pela aprendizagem da linguagem de sinais, facilitando o convívio entre eles. 

“Para casos de mais de um filho, é importante manter a interação dos irmãos e integrá-los da mesma maneira na dinâmica familiar. Isso facilita a aceitação e um melhor relacionamento entre as crianças”, orienta. 

Para detectar possíveis problemas de audição, as crianças passam, assim que nascem, por uma triagem neonatal auditiva, o Teste da Orelhinha, que, obrigatoriamente, é realizada ainda na maternidade ou no primeiro mês de vida – nos casos de bebês que não nascem em hospitalar. 

Simples e indolor, sua execução é importante para um possível diagnóstico precoce e início do tratamento.

 

Acompanhamento profissional 

Segundo Dra. Bruna, todas as crianças que apresentam déficits auditivos já ao nascimento necessitam de avaliação médica e fonoaudiológica, ambas realizadas para tentar identificar causas e melhores condutas a serem tomadas, de acordo com cada situação. 

“Em muitos casos, intervenções precoces como tratamentos clínicos, uso de aparelhos auditivos ou próteses auditivas implantáveis – dentre elas o implante coclear e próteses ancoradas ao osso – podem mudar a história do desenvolvimento auditivo e linguístico deste paciente.” 

A médica reitera que, nos casos em que não se é possível proporcionar audição ao paciente, é imprescindível introduzi-lo ao aprendizado de libras. “A língua permite que ele seja inserido à sociedade, podendo se comunicar e se desenvolver com melhor qualidade de vida.” 

Tanto para os que não ouvem nada como aos que conseguem alcançar algum grau auditivo, o acompanhamento multidisciplinar é indispensável. Conforme Dra. Bruna, essas crianças não dependem apenas da otorrinolaringologia, mas de fonoaudiólogos e psicólogos, profissionais capazes de garantir uma melhor qualidade de vida e a socialização destes pacientes. 

“A periodicidade é individualizada e será determinada pela demanda e necessidade de cada paciente. No entanto, as visitas são muito importantes para um bom acompanhamento.”

 

Surdez evitável 

A OMS estima que até 2050 o número de deficientes auditivos chegará a 1 bilhão em todo o mundo. No entanto, muitos destes casos podem ser evitados com alguns cuidados básicos e recomendações simples a serem seguidas no dia a dia.

Segundo a especialista, os pais precisam tratar corretamente as infecções de ouvido de seus filhos. “Quando surgir qualquer tipo de problema, é importante buscar um otorrino o quanto antes.”
 

A médica também alerta para o risco de hábitos diários, como o som excessivamente alto e o uso de hastes flexíveis para a limpeza das orelhas.

 

Sinais de alerta

Por fim, Dra. Bruna recomenda que as crianças façam uma consulta na infância com o otorrinolaringologista e, depois, sigam a programação passada pelo especialista. A médica, listou alguns sintomas que podem servir de alerta para a necessidade de uma visita ao especialista e que valem para todas as faixas etárias: 

  • Falar muito alto;
  • Pedir para repetir o que foi dito e falar com frequência a expressão "o que?”;
  • Não responder quando chamado;
  • Assistir TV ou ouvir rádio com volume muito alto;
  • Ter a sensação de que ouve, mas não entende;
  • Perceber o aparecimento de zumbido. 

“Comportamentos associados à desatenção, atraso na aquisição da fala, baixo desempenho escolar e dificuldades no aprendizado também podem indicar a existência de algum problema auditivo. É necessário não negligenciar nenhum sintoma, caso contrário, tanto a vida da criança como a vida da família podem ser modificadas para toda a vida”, finaliza. 

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Cólica menstrual intensa pode ser sinal de endometriose; saiba como identificar

Pelo menos 190 milhões de mulheres e adolescentes em todo o mundo sofrem com a endometriose, uma das principais causas da infertilidade feminina


O período menstrual é acompanhado mensalmente por mudanças hormonais, alterações de humor e cólicas. A intensidade dos períodos varia de mulher para mulher, mas alguns sinais merecem mais atenção, como as fortes dores provocadas pelas cólicas. De acordo com o médico ginecologista e especialista em reprodução humana, Ricardo Beck, as pacientes devem se preocupar com as dores menstruais a partir do momento que as cólicas prejudicarem a qualidade de vida. 

“A principal causa dessas dores podem ser a endometriose, uma patologia que atinge em média 30% das mulheres em idade reprodutiva, podendo ou não implicar em dificuldade para engravidar”, explica Beck. Segundo ele, algumas mulheres podem apresentar todos os sintomas ou apenas um deles. “Não podemos generalizar dizendo que todas as dores são endometriose, mas a endometriose é sim uma das causas mais comuns para as cólicas intensas”, complementa. 

Pelo menos 190 milhões de mulheres e adolescentes em todo o mundo sofrem com a endometriose, segundo dados apresentados na edição de 2022 do guideline da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.
 

Impacto na fertilidade

A endometriose é uma das principais causas da infertilidade feminina. Justamente por isso, um sinal de alerta junto com as intensas dores é a dificuldade para engravidar, além da presença de dores durante as relações sexuais. Como especialista em reprodução humana, Beck destaca que a maior parte dos casos de endometriose são identificados durante o processo de reprodução assistida, quando os casais começam a investigar a infertilidade. “A endometriose consiste na presença de tecido endometrial fora do útero, o que afeta a anatomia da pelve e a fertilidade da mulher. Essas aderências anormais entre os órgãos dentro da barriga da mulher dificultam o encontro entre óvulos e espermatozóides dentro da tuba uterina, sendo uma das causas da infertilidade feminina provocada pela endometriose”, explica Beck.
 

Tratamento e técnicas de reprodução assistida

O tratamento da endometriose varia de acordo com os planos de cada mulher. Para aquelas que não querem engravidar, a endometriose pode ser tratada com o bloqueio hormonal, geralmente feito com uso de anticoncepcional, para que os focos de endometriose não aumentem ao longo dos anos e diminua a intensidade das dores provocadas pela doença. 

Já para as mulheres que têm endometriose e desejam engravidar, há duas opções: a cirurgia para remoção dos focos de endometriose para tentar uma gestação natural, ou investir em técnicas de reprodução assistida. “Quando a mulher opera, aumentam as chances de engravidar em casa. Mas se a mulher tem outros fatores de infertilidade associados, como fator masculino de infertilidade, ou uma endometriose severa, a cirurgia não é indicada. Orientamos a paciente a fazer uma técnica de reprodução assistida, como a fertilização in vitro”, explica Beck. 

A evolução das técnicas de reprodução assistida ao longo dos anos aumentaram a qualidade e as chances de sucesso do procedimento para milhares de casais que sonham em ter um filho. Micromanipulação na fertilização in vitro, inseminação artificial, incubadoras e meio de cultura para embriões, estruturas para congelamento de embriões e materiais genéticos e a biópsia embrionária são os principais avanços.

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