Por meio da análise dos resultados, permite identificar lesões benignas e até mesmo o câncer de mama precocemente contribuindo para a diminuição de 15% a 45% das mortes por câncer de mama.
O
exame de mamografia é feito por meio de rastreamento por imagem, ele estuda o
tecido mamário para poder identificar nódulos de pequenos diâmetros, lesões,
assimetrias e principalmente, identificar precocemente o câncer de mama. Temos
dois tipos de mamografia, a convencional e a digital. A mamografia pode
detectar o câncer em estágios iniciais, antes mesmo que ele seja palpável. Esse
exame pode não demonstrar uma área anormal de câncer, mas fornece informações
se serão necessárias em outros exames para diagnóstico. Nós podemos encontrar
nas mamografias calcificações, módulos e massas. Ela é indicada para mulheres a
partir dos 40 anos, no entanto, mulheres com 30 anos, que possuem histórico de
câncer de mama na família também devem fazer a mamografia”, explica Sérgio
Miqueletti , ginecologista do HSANP.
A
mamografia, por meio da análise dos resultados, permite identificar lesões benignas
e até mesmo o câncer de mama precocemente. Aumentando assim as chances de cura
da doença. Embora seja um procedimento simples, pode causar desconforto para a
mulher, pois a mama é colocada em um equipamento que promove compressão, para
que obtenha a imagem adequada. O diagnóstico precoce oferece grandes chances de
recuperação, além de um tratamento adequado, contribuindo para a diminuição de
15% a 45% das mortes por câncer de mama.
Queda da mamografia na pandemia
Embora seja o exame mais importante para a detecção precoce do câncer de mama, durante a pandemia houve uma queda significativa. Segundo dados da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), a queda na quantidade de exames feitos foi de 46,4% quando comparado o período de março a agosto de 2020 com os mesmos meses de 2019. No Sistema Único de Saúde (SUS) o cenário é igualmente preocupante: entre janeiro e junho de 2019 foram realizados 180.093 exames na rede pública. No mesmo período de 2020, a quantidade de exames caiu para 131.617. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2020 o Brasil deve assistir a 66.280 novos casos de câncer de mama, doença que em 2018 matou mais de 17 mil mulheres no país. Outro número preocupante é que a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê um aumento de 46% dos casos de câncer de mama nas Américas até o ano de 2030, com uma concentração de 57% dos casos diagnosticados em mulheres com menos de 65 anos.
“Vale lembrar que a principal importância desse exame é para investigar e diagnosticar câncer de mama precocemente, e deve ser realizado anualmente. Pessoas do sexo masculino também podem realizar a mamografia, e é recomendado quando se observar o aumento anormal das mamas ou a presença de módulos, visto que o homem pode ser acometido por este tipo de câncer e este é muito agressivo”, finaliza o especialista.
HSANP - Hospital referência na Zona Norte da cidade de São Paulo