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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Cerca de 14 milhões de brasileiros têm doenças raras

  • 80% dos casos são genéticos

  • Pacientes devem se vacinar contra a Covid-19

·         28/02 – Dia Mundial das Doenças Raras

 

 

Existem entre 6 e 8 mil doenças raras diferentes em todo o mundo. No Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas têm alguma doença rara. Com o objetivo de chamar atenção, dar visibilidade ao tema e melhorar as condições de atendimento a essa população, no último dia do mês de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Doenças Raras.

 

A Dra. Ekaterini Goudouris, Coordenadora do Departamento Científico de Imunodeficiências da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica a seguir a dificuldade do diagnóstico precoce e a importância do Teste do Pezinho.

 

O que é uma doença rara?

No Brasil, o Ministério da Saúde considera uma doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada grupo de 100.000 indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. Cerca de 80% dessas doenças são de origem genética.

Importante destacar a importância destas doenças, pois são crônicas e na maioria das vezes progressivas e incapacitantes, afetando a qualidade de vida significativamente.

 

Quais os principais sintomas das doenças raras?

Por constituir um grupo heterogêneo de doenças, os sintomas são variados e nem sempre fácil de serem reconhecidos, o que atrasa o diagnóstico e gera situações de maior gravidade e sofrimento para o paciente e seus familiares.

 

Como é feito o diagnóstico e tratamento?

É muito difícil chegar aos diagnóstico de uma doença rara e, quando se chega, geralmente é um diagnóstico tardio, o que impacta brutalmente na vida do paciente. O custo do tratamento e a dificuldade de acesso às terapias multidisciplinares (fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, entre ouros) são outros empecilhos.

 

O Teste do Pezinho Ampliado pode ser usado para o diagnóstico precoce?

O Teste do Pezinho Ampliado pode identificar mais de 50 doenças raras e deve ser realizado entre o terceiro e, no máximo, quinto dia após o nascimento da criança. Entre os diagnósticos precoces que o Teste do Pezinho Ampliado pode detectar estão os Erros Inatos da Imunidade (EII), que são defeitos genéticos em algum setor do sistema imunológico que predispõem a uma maior chance de desenvolver infecções comuns de forma recorrente, como otites, pneumonia, sinusites, entre outras, infecções graves ou por microorganismos incomuns.

 

Hoje estão descritos mais de 400 defeitos genéticos associados aos EII, com prevalências variáveis ao redor do mundo. As mais comuns são aquelas em que há defeitos na produção de anticorpos. Atualmente, cerca de 70% a 90% dos pacientes ainda não estão diagnosticados.

 

Pessoas com alguma doença rara podem se vacinar contra a Covid-19?

Pacientes com doenças raras podem e devem receber as vacinas em uso contra o SARS-CoV-2, mas nem sempre apresentarão uma resposta imunológica satisfatória e protetora. Lembrando que temos entre 6 mil e 8 mil doenças raras, os defeitos imunológicos são diferentes entre si quanto à resposta à imunização, e mesmo pacientes com um mesmo diagnóstico podem ter respostas diferentes. Portanto, a indicação de vacinar deve ser individualizada.

 

Existe uma rede de atendimento aos pacientes portadores de doenças raras?

Sim, foi criada em 2014, definida pela Portaria nº 199. A Política de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras prevê uma rede de atendimento para prevenção, diagnóstico, reabilitação e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente temos estabelecimentos habilitados em diversas cidades brasileiras, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza (CE), Salvador (BA), Brasília (DF), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Campinas e Ribeirão Preto (SP). Esses Serviços são apoiados financeiramente pelo Ministério da Saúde, mas ainda falta muito a ser feito.

 


ASBAI -  Associação Brasileira de Alergia

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Você sabe o que é e para que serve a Terapia Ocupacional?

A terapia tem como objetivo habilitação, reabilitação e promoção da saúde dos pacientes

 

Você já deve ter ouvido falar em Terapia Ocupacional, mas você sabe para que ela serve e como pode ser aplicada? De acordo com a terapeuta ocupacional do Núcleo Paranaense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA), Jéssica Ferreira, esse é um campo que une saúde, educação e, também, o convívio social, visando a melhora no desempenho dos pacientes ao executar suas atividades cotidianas. Na terapia ocupacional são utilizadas estratégias que visam a habilitação, reabilitação e a promoção da saúde e bem-estar dos pacientes. 

O objetivo da terapia ocupacional é usar todos esses campos para orientar o paciente e dar a ele mais autonomia em seu dia a dia. “Com a TO nós conseguimos melhorar diversos aspectos da vida do paciente, seja na parte física, sensorial, psicológica, mental ou social. Assim conseguimos, por consequência, melhorar a qualidade de vida de quem apresenta dificuldades de inserção e participação na vida social”, esclarece a especialista. Quanto aos benefícios do tratamento, Jéssica dá alguns exemplos, como uma maior autonomia nas atividades cotidianas (se alimentar, escovar os dentes, se vestir), recuperação de habilidades perdidas, auxílio no desenvolvimento de novas habilidades, aperfeiçoamento da coordenação motora fina e, claro, maior qualidade de vida e bem-estar. 

Vale lembrar, ainda, que a terapia ocupacional é um tratamento que pode ser utilizado do recém-nascido ao idoso, ou seja, qualquer paciente que apresente atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor ou prejuízos e dificuldades ao desempenhar suas atividades cotidianas. “Podemos utilizar a terapia ocupacional em diversos casos, como por exemplo, em pessoas com TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), Síndrome de Down, Alzheimer, Parkinson, AVC (Acidente Vascular Cerebral), Paralisia Cerebral, entre outros. O primeiro passo é levar o paciente para uma avaliação adequada”, finaliza a especialista.



Núcleo Paranaense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA)

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Saiba os principais cuidados com os bebês durante o Verão

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Ginecologista da Criogênesis dá dicas para manter a saúde dos pequenos ao longo da estação

 

A estação mais quente do ano já começou e pode ser percebida pelos dias mais ensolarados, úmidos e, consequentemente, chuvosos. Durante esse período de alto calor, é bem comum que os bebês fiquem mais irritados, chorosos e com a pele avermelhada. Isso porque, assim como os adultos, sentem as mudanças climáticas, que, embora favoráveis para a diversão ao ar livre, podem afetar a saúde dos pequenos.

Abaixo, Dr. Renato de Oliveira, Ginecologista e Obstetra da Criogênesis, lista hábitos essenciais para manter o conforto e bem-estar dos bebês durante a estação. Confira:


  1. Mantenha a hidratação 

Segundo Dr. Renato, por transpirarem mais, devido ao calor intenso, é comum que as crianças percam mais líquido através do suor. Sendo assim, é necessário compensar essa perda de água para que não haja desidratação. “O leite materno, dentre outras funções, mantém a hidratação do neném. Então, se ele for menor de 6 meses, deve-se oferecer a amamentação exclusiva em livre demanda. Já para as crianças acima dessa faixa etária, que já estão em fase de desmame, dar água diversas vezes ao dia é a melhor solução”, indica. 

 

2. Cuidados com a pele

Como a cútis do bebê se desidrata -- e muito -- com o calor, o importante é evitar os horários de maiores intensidades solares. “É melhor que a exposição aos raios UV ocorra antes das 10h e depois das 16h, preferencialmente, com chapéus e proteção solar, evitando assim desidratação, queimaduras e insolação”, comenta.

  

3. Roupas frescas

Assim como os adultos incomodam-se com roupas de tecidos grossos durante os dias quentes, os pequenos também. Portanto, para um maior conforto, o médico sugere a preferência por roupinhas mais leves ou, até mesmo, deixá-los apenas com fralda, para que possam se sentirem mais fresco. 

 

4. Prefira ventilador ao invés do ar condicionado. 

Principalmente se a criança possui alguma doença respiratória, como bronquite ou asma, o ideal é optar por um ventilador ou umidificadores para refrescar o ambiente. De acordo com o ginecologista, o “ar condicionado costuma retirar a umidade do ambiente, o que pode ocasionar ressecamento das vias aéreas, prejudicando as condições respiratórias”.

 

 Criogênesis


Conheça os exercícios indicados para quem tem diabetes

Ganho de massa magra aumenta a taxa metabólica

Corrida, Yoga e treinamento funcional estão entre as atividades 

 

Fortalecimento, exercícios cardiovasculares e mobilidade articular são apontados como os mais importantes para as pessoas com diabetes. A atividade física faz parte dos pilares do tratamento das DCNTs (doenças crônicas não transmissíveis), porém, esses três são apontados como essenciais e não podem faltar na rotina.

 

Emerson Bisan, Diretor de Exercício Físico do Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos, explica os motivos dessas atividades físicas serem mais benéficas às pessoas com diabetes.  


 

Trabalho muscular – fortalecimento

 

O fortalecimento traz melhora na composição corporal pelo aumento de massa magra, dá mais força para as atividades do dia a dia, melhora postura e previne doenças da coluna.

 

O exercícios de fortalecimento são aqueles feitos com pesos, mesmo que esses pesos sejam do próprio corpo. Neste caso, pode-se praticar musculação, ginástica localizada, treinamento funcional e alguns segmentos do Pilates.

 

“No diabetes, o ganho de massa magra aumenta o que chamamos de taxa metabólica, que é o mínimo de energia necessário para manter as funções do organismo em repouso (batimentos cardíacos, pressão arterial, respiração e manutenção da temperatura corporal). Quanto maior a taxa metabólica, mais energia é gasta em repouso, o que, consequentemente, pode causar a redução do uso de medicamento necessário”, explica Bisan.


 

Trabalho aeróbico – cardiovascular 

Caminhada, corrida, natação, remo, corda, dança, futebol, ciclismo, basquete e artes marciais estão entre os exercícios que utilizam o sistema de transporte do oxigênio para gerar energia. Além disso, essas atividades tendem a ser cíclicas e utilizam mais de 60% da massa corporal.

 

“Os principais benefícios dos exercícios aeróbicos são a melhora da resistência geral (capacidade de suportar esforços por tempo prolongado), melhora dos sistemas circulatório e cardíaco, aumento do gasto energético ainda durante a prática e melhora da composição corporal. Para o diabetes, reduzem significativamente os riscos de complicações macrovasculares, como doenças cardíacas e circulatórias”, explica o diretor do Instituto CPD.

 


Alongamentos – mobilidade articular 

Exercícios que interferem nos componentes elásticos da musculatura, tendões, ligamentos e fáscias como a Yoga, o Pilates e alongamentos de forma geral trazem inúmeros benefícios aos pacientes com diabetes, como melhora geral da postura, redução dos riscos de doenças da coluna e dos níveis de estresse e ansiedade.

 

“Para o diabetes, exercícios de alongamento reduzem o enrijecimento articular, que pode causar complicações a longo prazo, como capsulite adesiva e dedo em garra”, comenta Bisan.

 

Está mais do que comprovado que a atividade física é benéfica para todos e faz parte da construção de uma boa saúde. Portanto, nunca é tarde para começar. “Distribua os diferentes tipos de exercícios, na semana trabalhando cada um deles ao uma menos uma vez e cumprindo a meta estipulada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de praticar, no mínimo, de 150 minutos de atividade física de média intensidade ou 75 minutos de atividade física de alta intensidade”, incentiva Bruno Augusto, preparador físico do Programa.

 


Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD) - organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos. Desde 2018, recebe o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e atualmente faz parte das ações do Departamento de Diabetes, Esporte e Exercício da SBD.

https://correndopelodiabetes.com/

https://instagram.com/correndopelodiabetes


Oftalmo explica quatro sinais de problemas de visão em crianças

Dr. Hallim Feres Neto, oftalmologista, reúne 4 sinais de alerta sobre a saúde ocular das crianças

 

“Vá ao oftalmo no primeiro ano de vida do bebê!”, foi o apelo do comunicador Tiago Leifert, em vídeo divulgado ao lado da esposa Daiana Garbin, em suas redes sociais, com intuito de prevenir problemas oculares em crianças, já que a filha do casal faz tratamento para curar-se do retinoblastoma, um câncer infantil na retina que pode levar à cegueira.

Diante desse alerta e pelo fato de os primeiros meses do ano serem diferentes em consultórios de oftalmologistas, em que os médicos atendem muito mais crianças que adultos, em função das férias escolares, levantamos 4 situações que você pode prevenir ao visitar o oftalmo ainda nos primeiros meses e anos de vida.

De acordo com o Dr. Hallim Feres Neto, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o exame oftalmológico é importante na preparação do ano letivo, uma vez que a visão das crianças muda de ano para ano à medida que elas crescem.

“Por mais que o pior das infinitas aulas online tenha passado, a escola exige intenso envolvimento visual. A aprendizagem pode envolver leitura, escrita, trabalho no computador, leitura da lousa, do livro, do caderno... Se os olhos da criança não estiverem à altura da tarefa, ela pode se sentir cansada, desestimulada e ter problemas de concentração. Tudo isso levando à piora do desempenho escolar”, alerta o médico.

Até mesmo nas aulas de Educação Física, contar com uma visão adequada é fundamental às crianças. “Os esportes com bola, por exemplo, viram um tormento para as crianças que não estão enxergando como poderiam”, completa.

Algumas situações levam os pais a desconfiar que o filho tem um problema de visão, como por exemplo, quando o filho aperta os olhos para enxergar de longe, ou segura o material de leitura muito próximo ao rosto; crianças maiores, muitas vezes, já sabem perceber que as coisas parecem embaçadas, embora, algumas vezes, não contem aos pais; e muitos outros sinais são mais fáceis de perceber. “Esses dois fatores são os que mais levam os pais acompanhados dos filhos ao consultório. Porém há 4 sinais menos óbvios de problemas de visão que podem passar despercebidos, mas não são menos importantes”, adverte Dr. Hallim.


1. Ter um curto período de atenção

Seu filho pode parecer perder rapidamente o interesse em jogos, projetos ou outras atividades longas. “Ocorre que a criança pode enxergar tudo, porém às custas de maior esforço. Nesses casos, o excesso de esforço para enxergar de perto pode fazer com que ela se canse mais rápido e não consiga acompanhar os colegas em atividades longas”.


2. Pular palavras ou linhas ao ler

À medida que uma criança lê (em voz alta ou silenciosamente), ela pode ter dificuldade em ver para acompanhar onde está na página, perdendo o lugar que está e voltando para achar. Além de dificultar o aprendizado, isso também faz a criança se cansar mais rápido e perder o interesse.

 

3. Evitar a leitura e outras atividades próximas

Se seu filho evita ler, desenhar, jogar ou fazer outros projetos que precisam de foco próximo, isso pode ser o terceiro sinal. “Atenção: as crianças podem ser sutis sobre isso e não falar sobre o problema que estão tendo”.

 

4. Virar a cabeça para o lado

Uma criança pode virar a cabeça para o lado ao olhar para algo à sua frente. Isso pode ser um sinal de estrabismo, em que, para não enxergar duplo, a criança passa a posicionar a cabeça para um dos lados para alinhar os olhos.

 

Exames oftalmológicos anuais são importantes 

Além do risco de problemas graves como o retinoblastoma, muito comentado no momento, o sucesso escolar está intimamente ligado à saúde dos olhos, especialmente, até os 10 anos de idade. “Por isso, insistimos que as crianças precisam de exames oftalmológicos regulares, ao menos anuais”, pondera Dr. Hallim. 

“Algumas alterações são mais facilmente tratadas quanto mais cedo as detectamos. E, assim, a qualidade de estudo e de vida dos seus filhos poderá ser melhor tanto dentro quanto fora da escola”, finaliza.

 

 

Dr. Hallim Féres Neto - CRM-SP 117.127 | RQE 60732 - Oftalmologista Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Instagram: @drhallim

 

Câncer de pênis pode levar à amputação, alerta médico oncologista

Ramon Andrade de Mello ressalta a importância dos hábitos de higiene

 

Os hábitos de higiene são um dos principais fatores para a prevenção do câncer de pênis. Os homens com infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano) e aqueles que não se submeteram à circuncisão também têm maior propensão de desenvolver esse tumor. “Essa doença tem maior incidência em homens a partir dos 50 anos de idade. Porém, os mais jovens também podem ser afetados”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Novem de Julho (UNINOVE), em São Paulo, PhD em oncologia pela Universidade do Porto, Portugal. 

O Brasil registrou 7.213 amputações de pênis nos últimos 14 anos, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), uma média de 515 por ano. “A higiene diária do órgão com água e sabão após as relações sexuais e a masturbação e a cirurgia de fimose são medidas que contribuem para a prevenção desse tumor cancerígeno. E, claro, o uso de preservativo é essencial para evitar o contágio de doenças como o HPV”, orienta o médico da Unifesp. 

O câncer de pênis pode se manifestar por meio de ferida ou úlcera persistente. “O paciente pode apresentar tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis com secreção branca. É importante a consulta a um especialista. O diagnóstico precoce para qualquer tipo de câncer é fundamental para alcançar bons resultados”, salienta o oncologista Ramon de Mello. O tumor se manifesta ainda por meio de ínguas na virilha, que pode ser sinal de metástase. 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do Hospital 9 de Julho e da High Clinic Brazil, em São Paulo, SP. Pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra), Ramon Andrade de Mello tem doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).

https://ramondemello.com.br/


As uvas aumentam a diversidade do bioma intestinal e reduzem o colesterol


Uma equipe de pesquisadores da Escola de Medicina David Geffen da Universidade da Califórnia encontrou evidências que mostram que comer uvas pode aumentar a diversidade do bioma intestinal e também diminuir os níveis de colesterol no sangue. Em seu artigo publicado na revista Nutrients, o grupo descreve experimentos em que alimentaram voluntários com pó de uva por quatro semanas. 

Pesquisas anteriores mostraram que comer certas frutas, como maçãs e uvas, pode melhorar a vitalidade de vasos sanguíneos ​​porque contêm polifenóis, que são antioxidantes. Comer essas frutas também reduz os níveis de açúcar no sangue e pressão arterial. E, em alguns casos, o consumo de polifenóis demonstrou reduzir a inflamação, um fator que contribui para doenças cardíacas. Neste novo esforço, os pesquisadores analisaram outros possíveis benefícios para a saúde de comer uvas. 

Para saber mais sobre possíveis benefícios positivos para a saúde, o grupo contou com a ajuda de 19 adultos saudáveis. Cada um comeu uma dieta especial pobre em polifenóis e fibras por quatro semanas. Em seguida, cada sujeito comeu a mesma dieta, mas com a adição de pó de uva. Os voluntários ingeriram 46 gramas do pó por dia, o que equivale a duas porções de uvas. Os pesquisadores coletaram amostras de fezes, sangue e urina dos voluntários durante as duas etapas do experimento. 

Eles descobriram que, após quatro semanas de ingestão do pó de uva, todos os voluntários viram aumentos na diversidade do bioma intestinal. Pesquisas anteriores mostraram que o aumento da diversidade do bioma intestinal tende a estar associado a um sistema imunológico forte. Notavelmente, os níveis da bactéria Akkermansia, que é conhecida por ter um impacto positivo nos níveis de glicose e no metabolismo lipídico, aumentaram. Os pesquisadores também encontraram uma diminuição nos níveis gerais de colesterol de 6,1% e uma queda de 5,9% no LDL. E eles também descobriram que alguns ácidos esteróides na bile caíram 40,9% -- pesquisas anteriores mostraram que eles desempenham um papel no metabolismo do colesterol.
 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Jieping Yang et al, Effect of Standardized Grape Powder Consumption on the Gut Microbiome of Healthy Subjects: A Pilot Study, Nutrients (2021). DOI: 10.3390/nu13113965


Doenças articulares: Como facilitar o momento de higiene bucal para portadores dessas enfermidades

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Especialista dá dicas simples para descomplicar a rotina de cuidados com a boca de quem tem problemas nas articulações das mãos 



Caracterizadas por ocasionarem dores nas articulações das mãos, pulsos, pescoço, joelhos, lombar e quadris, as doenças articulares podem prejudicar muito o dia a dia e a qualidade de vida das pessoas portadoras desses problemas. Um exemplo muito comum está relacionado ao nível de dificuldade estabelecido ao exercer atividades rotineiras, como escovar os dentes corretamente ou passar fio dental. Isso ocorre, pois, para os portadores dessas enfermidades, existe uma limitação maior dos movimentos do corpo, por conta do comprometimento das juntas.

De acordo com Queren Azevedo, consultora da GUM, marca americana de cuidados bucais, atualmente, o mercado odontológico conta com itens que facilitam o processo de escovação para quem dispõe de patologias, como artrite, reumatismo, tendinite, bursite, artrose, entre outras. “Para descomplicar a higienização dos dentes, dentro dessas circunstâncias, o ideal é a utilização de escovas elétricas, que contam com rápida vibração e garantem a movimentação mais espontânea e intuitiva das mãos, resultando em uma limpeza profunda da cavidade oral, além de a vibração ser um reforço à escovação manual na desorganização da placa bacteriana”, recomenda.

Outra alternativa que proporciona extrema praticidade e faz sucesso é o Flosser, fio dental com cabo. Dentre as vantagens que esse item tem em relação ao fio dental tradicional, a principal é a possibilidade do manuseio com apenas uma mão, dispensando o enrolar da linha entre os dedos. Além disso, por ter um formato ergonômico, possibilita limpeza total dos espaços entre dentes e permite o acesso ao fundo da boca com mais facilidade. 

Como as dores nas articulações das mãos e dos pulsos afetam diretamente a mobilidade, pode ser que a limpeza dos dentes não seja realizada de forma adequada, fazendo com que surjam diversas doenças bucais. “Por conta disso, é de extrema importância se atentar aos cuidados com a escovação. Se executada corretamente, é possível se prevenir de gengivite, retração gengival, mau hálito, cáries, canais, aftas e outros problemas de saúde”, conclui a profissional.


Adolescentes participam de testes para vacina contra a Chikungunya

Etapa será realizada no Centro de Pesquisa de São José do Rio Preto, em São Paulo

 

A vacina do Butantan contra a Chikungunya, desenvolvida em parceria com a farmacêutica Valneva, busca voluntários de 12 a 17 anos para testes em sete centros de pesquisa do Brasil. Ao todo, 750 adolescentes serão testados e o recrutamento começará pela cidade de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. 

Os voluntários, que precisam da autorização dos pais, irão participar dos estudos clínicos de Fase 3 da vacina, cujo objetivo é analisar a segurança e a imunogenicidade neste público específico. 

Os centros que vão selecionar os participantes estão localizados nas áreas do país com maior incidência da Chikungunya: Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), São Paulo (SP) e São José do Rio Preto (SP), que dará início à seleção dos voluntários. 

As fases anteriores contaram com a participação dos adultos, que realizaram os testes da vacina de tecnologia de vírus atenuado. Para participar dos testes e saber mais, acesse: chikungunya.butantan.gov.br


Os excessos alimentares durantes as férias e celebrações, e os malefícios para o aparelho digestivo

A mudança da rotina alimentar com abusos e excessos, que acompanham as festas de final de ano, férias e datas comemorativas, podem acabar prejudicando o sistema digestivo. E é nesse momento em que sintomas como azia, queimação, cólicas entre outros se tornam comuns e começam a fazer parte do dia-a-dia das pessoas, especialmente dos adultos. 

Porém, quando esses sinais tornam-se frequentes é preciso ficar alerta para doenças que podem prejudicar seriamente a nossa saúde. Uma dieta equilibrada e um diagnóstico precoce podem minimizar incômodos e serem fundamentais no tratamento de determinados quadros.
 

Doenças gastrointestinais

Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, em 2019, sinaliza que as doenças crônicas do trato gastrointestinal estão entre as principais causas de morte no Brasil. A gravidade pode variar com o estilo de vida do indivíduo. Má alimentação, sedentarismo, fumo e álcool são agravantes que podem levar a sérias complicações, e são comportamentos que aumentam durante períodos festivos, como Natal e Ano Novo. 

Os principais sinais de problemas no sistema digestivo envolvem uma variedade de sintomas, como: dor abdominal, cólicas, náuseas e vômitos, inchaço, sensação de queimação no estômago, azia, diarreia ou constipação, entre outros. Alguns sintomas podem ser corriqueiros e decorrentes de situações específicas, como por exemplo o exagero ocasional na alimentação. Porém, a repetição do quadro de um ou mais sintomas requer acompanhamento médico a fim de determinar a sua causa e tratamento necessário.
 

Problemas mais comuns 

Diarreia: é o aumento do número de evacuações por dia e perda da consistência das fezes, tornando-se amolecidas ou até líquidas. Quando não controlada pode trazer inúmeras consequências ao paciente podendo chegar a um quadro de desidratação importante.
 

Constipação: caracteriza-se pela presença de fezes muito endurecidas acarretando em dificuldade e diminuição da frequência de evacuações. Alguns hábitos alimentares são determinantes na causa desse distúrbio, como baixo consumo de fibras e líquidos, por exemplo. Situações como estresse, sedentarismo, fumo e abuso do álcool também podem ocasionar esse desconforto. Dor ao evacuar e distensão do abdome são as principais consequências da constipação.
 

Infecções intestinais: normalmente ocorrem quando o indivíduo ingere alimentos estragados, mal higienizados ou contaminados por bactérias como a Salmonela ou a E. coli. As alterações causadas por esse tipo de infecção resultam em dor abdominal, febre, vômitos, desidratação, diarreia e mal-estar.
 

Gastrite: Caracteriza-se pela inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste o estômago. Pode ser persistente e, dependendo dos hábitos do indivíduo, agravar-se ao longo do tempo. A perda do apetite, má digestão, sensação de saciedade precoce, náuseas, azia e queimação são alguns dos seus principais sintomas.
 

Diverticulite: é a inflamação e infecção de divertículos, que são pequenas saliências que podem estar presentes no intestino. Caracteriza-se por dor abdominal de forte intensidade e bem localizada, febre e alteração do hábito intestinal. Na grande maioria das vezes é necessário o tratamento com antibióticos e dieta controlada e, em algumas vezes, é necessário até a hospitalização do paciente.
 

O impacto sobre a nutrição

As doenças gastrointestinais interferem consideravelmente na absorção de nutrientes importantes como vitaminas e sais minerais, resultando em outros problemas como anemia, enfraquecimento dos ossos e desidratação.
 

Além disso, algumas doenças podem comprometer a ingestão normal de alimentos, restringindo a dieta dos pacientes. Por isso, é muito importante buscar um profissional de saúde especializado a fim de um diagnóstico preciso e, sob a orientação de um nutricionista também, adotando uma dieta adequada às suas necessidades nutricionais e suas condições fisiológicas.


 

Dr. Samuel Okazaki - ingressou no curso de medicina da Escola Paulista de Medicina -- UNIFESP em 1999. Desde o início esteve engajado com atividades ligadas à cirurgia geral e do aparelho digestivo. Fez residência médica em Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho Digestivo na Escola Paulista de Medicina -- UNIFESP da qual ainda é médico assistente da disciplina de Gastrocirurgia. É especializado também em cirurgia minimamente invasiva -- Laparoscopia e em cirurgia robótica através da Intuitive Surgical -- da Vinci Surgical System. Atualmente, faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Vila Nova Star, Hospital São Luiz entre outros hospitais renomados, atuando não só na parte assistencial, mas também em grupos científicos de tais instituições.


Estudo aponta eficácia de novo tratamento para Psoríase Pustulosa Generalizada, doença de pele rara e potencialmente fatal

Dados foram publicados no New England Journal of Medicinei e representam possível alternativa de tratamento para doença que afeta 9 em cada 1 milhão de brasileirosii
 

A farmacêutica Boehringer Ingelheim anuncia resultados do estudo de fase II com espesolimabe, um novo tratamento injetável para as crises de Psoríase Pustulosa Generalizada (PPG), doença rara e grave que acomete 9 a cada 1 milhão de brasileirosii. Os dados acabam de ser publicados no New England Journal of Medicine, uma das principais revistas científicas do mundoi.

O estudo mostrou que espesolimabe melhora significativamente os sinais e sintomas dos pacientes durante a crise de PPG. O novo tratamento, um anticorpo contra o receptor da interleucina 36 (IL-36), foi eficaz e rápido no controle da atividade da doença em pacientes adultos com crises moderadas e gravesi.

A pesquisa avaliou por 12 semanas, 53 pacientes, que foram randomizados para tratamento com dose única de espesolimabe ou placebo. A maioria dos pacientes, no início do estudo, tinha densidade alta ou muito alta de pústulas (pequenas bolhas de pus) e qualidade de vida prejudicada pela doença.

Entre os desfechos alcançados, 54% dos pacientes não apresentavam pústulas visíveis após uma semana da infusão de dose única de espesolimabe, em comparação com 6% dos pacientes que receberam placeboi.

“Na Boehringer Ingelheim, estamos empenhados em encontrar terapias transformadoras para ajudar no avanço do tratamento de pessoas que precisam delas com urgência”, disse a Dra. Emmanuelle Clerisme-Beaty, chefe de desenvolvimento clínico e assuntos médicos, dermatologia, Boehringer Ingelheim. “As descobertas indicam que espesolimabe pode ter um impacto significativo e positivo em pacientes com crise de PPG.”

Doença rara, a PPG é pouco conhecida por pacientes e até mesmo por médicosiii. Os avanços das pesquisas científicas mostraram que, em múltiplos aspectos, a PPG é distinta da psoríase vulgar, também conhecida como psoríase em placas, doença autoinflamatória caracterizada pelo aparecimento de placas avermelhadas com descamação esbranquiçada ou prateadaiv. Na PPG, a pele torna-se avermelhada e ocorre uma erupção generalizada de pequenas bolhas de pus, chamadas de pústulas. Dor e queimação na pele são frequentes. Além disso, o paciente pode apresentar febre, cansaço e calafrios. É um quadro mais grave do que o da psoríase em placas e que pode levar à morte se não tratada adequadamenteiv.

"Os pacientes que apresentam surtos de PPG precisam de tratamento rápido, muitas vezes internação hospitalar, e podem ter complicações e risco de morrer pela doença. Os tratamentos disponíveis hoje são adaptados do que se usa para psoríase em placas, mas nem sempre são eficazes, podem ter início de ação mais lento e podem agravar algumas comorbidades” explica a dermatologista e chefe do serviço de dermatologia da Unicamp Dra. Renata Magalhães. 

A médica reforça que com o melhor conhecimento dos mecanismos imunológicos da doença, foi possível o desenvolvimento desta medicação mais específica e, segundo os estudos, muito eficaz e segura, podendo contribuir para a resolução mais rápida da crise, melhor controle dos sintomas, prevenção de complicações e diminuição dos riscos de outras medicações, com impacto positivo na qualidade de vida destes pacientes. Os dados apresentados são promissores e um divisor de águas para estes pacientes que podem passar a ter um tratamento personalizado. 

“Recomenda-se que pacientes que tenham diagnóstico de psoríase ou não, mas que observem a pele avermelhada, dolorosa e com pústulas em disseminação, procurem atendimento médico, preferencialmente um dermatologista. Novos tratamentos ajudarão a atender as necessidades dos pacientes, melhorando a dor física e psicológica" concluí a especialista.

 

 Boehringer Ingelheim

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i Bachelez H, et al. Trial of Spesolimab for Generalized Pustular Psoriasis. N Engl J Med. 2021 Dec 23;385(26):2431-2440.

ii Soares CPCC et al. Psoríase Pustulosa Generalizada no Brasil: um retrato baseado no DATASUS. Poster apresentado no 17O Congresso Paulista de Saúde Pública, outubro/2021.

iii Crowley JJ, et al. A brief guide to pustular psoriasis for primary care providers. Postgrad Med. 2021 Apr;133(3):330-344.

iv Sociedade Brasileira de Dermatologia -- Psoríase em Link. Acessado em 23 de dezembro de 2021.


Conheças as causas de AVC nas crianças

A incidência de AVC no período perinatal é de 1 a cada 3.500 nascidos vivos

Neurocirurgião dá dicas para perceber os sinais de AVC 

 

“O AVC pode ocorrer em todos os estágios da vida, mas a apresentação, as causas e outras perspectivas clínicas são variáveis dependendo da idade do paciente. A incidência estimada do AVC na infância é de 1 a 6 casos para cada 100 mil crianças por ano. E as taxas de AVC no período perinatal, ou seja, até vinte e oito dias após o nascimento, são mais elevadas, ocorrendo em pelo menos 1 a cada 3.500 nascidos vivos”, explica o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.

 

O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma perda súbita da função cerebral. Existem dois tipos de AVC (1) o hemorrágico, quando artérias que levam sangue ao cérebro se rompem, em geral ele é mais grave, (2) e o isquêmico, quando as artérias que levam sangue ao cérebro entopem ou obstruem, causando falta de oxigenação numa área específica do cérebro.

 

Diferentemente dos adultos, onde existe predomínio da isquemia cerebral, as causas que levam ao AVC nas crianças são diversas. Entre elas, estão:

 

- As cardiopatias congênitas, quando a criança nasce com lesões no coração que podem gerar problemas para a circulação cerebral;


- Doenças hematológicas como anemia falciforme, leucemias, linfomas, entre outras;


- Doenças relacionadas à coagulação do sangue;


- Doenças relacionadas após quadros infecciosos como por exemplo meningite, varicela e recentemente a covid-19;


- Anomalias vasculares relacionadas à presença de aneurismas cerebrais, malformações artério venosas ou a doença de moyamoya;


- Infartos venosos, doenças metabólicas, e;


- Traumas relacionados aos acidentes que podem levar hematomas intracerebrais ou compressão do espaço subdural e epidural.

 

Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente um lado do corpo, confusão mental, alteração da fala, alteração da visão, alteração do equilíbrio, da coordenação, tontura, alteração na forma de andar, dor de cabeça súbita, intensa, sem uma causa aparente.

 

O neurocirurgião explica que existe uma palavra para lembrar e que é bem prática para detectar os sinais do AVC: a palavra é SAMU.

 

S – Sorriso. Peça para a criança sorrir e, caso ela esteja tendo um AVC, sua boca provavelmente ficará torta.

 

A – Abraço. Peça para criança levantar os dois braços como se fosse abraçar alguém e ficar assim por dez segundos. Observe se um desses membros ficará fraco neste tempo estipulado.

 

M – Mensagem. Peça para criança repetir uma frase. Pessoas tendo AVC podem falar enrolado, não entender o que foi dito ou mesmo dar uma resposta confusa.

 

U - Urgente. Ligue imediatamente para o SAMU (192) e solicite uma ambulância para a pessoa que está tendo uma suspeita de um AVC.

 

“Existem várias artérias que levam sangue a diferentes partes do cérebro e a depender de qual artéria rompe ou fica obstruída e de quanto tempo demorou o tratamento, o prognóstico desse paciente pode mudar e até mesmo ele não resistir e vir a óbito. Em crianças, felizmente, o risco de óbito é menor que em adultos por conta das causas serem também diferentes”, conta Dr. Ricardo.

 

O AVC também pode deixar sequelas na população pediátrica, porém, em razão da plasticidade cerebral em crianças, as terapias de reabilitação trazem grandes benefícios permitindo menos morbidade, melhor qualidade de vida e saúde emocional para crianças e seus familiares.

 

O neurocirurgião tem um papel importante na avaliação e na decisão sobre a melhor estratégia de tratamento. Existem casos com a necessidade de intervenção cirúrgica imediata de emergência e outros que podem ser tratados com medicamentos e até mesmo com outras terapias, como por exemplo, a terapia endovascular.

  


Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Também é docente credenciado do Departamento de Cirurgia e Anatomia da pós-graduação e tem experiência com ênfase em Neurocirurgia Pediátrica e em Neurooncologia, atuando principalmente nas seguintes linhas de pesquisa: neoplasias cerebrais sólidas da infância, glicobiologia de tumores cerebrais pediátricos e trauma crânio-encefálico. Foi o neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Atua com consultórios em Ribeirão Preto no Neurocin e em São Paulo no Instituto Amato.

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