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sábado, 13 de novembro de 2021

Células-tronco ajudam animais a se recuperar de sequelas da cinomose


Apenas 15% conseguem sobreviver à virose. Crystal, um vira-latinha de 6 meses, foi tratada em Goiânia; terapia celular trouxe de volta movimentos e qualidade de vida

A vira-latinha Crystal, já recuperada da cinomose: células-tronco devolveram os movimentos e a qualidade de vida

 

Se seu cãozinho apresentar sintomas, como diarreia, secreção amarelada e densa saindo pelo nariz e olhos, convulsões, desorientação, paralisia ou movimentos involuntários, pode ser cinomose, virose considerada um pesadelo para os tutores de cães. Nesse caso, é melhor correr para o veterinário.

Apenas 15% dos animais conseguem sobreviver à doença, mas, se os sintomas forem tratados no início, e o sistema imunológico conseguir combater o vírus, eles podem ter cura espontânea. Entretanto, se a doença acometer o sistema nervoso central, o animal irá apresentar sequelas, como tremores musculares, andar desordenado ou crises convulsivas, por toda sua vida. Nesses casos, a má qualidade de vida pode levar à necessidade de sacrifício do animalzinho.

Para o tratamento da cinomose, como o de outras doenças graves, as células-tronco têm se mostrado cada vez mais eficientes. "Elas atuam estimulando a imunidade e reparando os tecidos destruídos pela doença", explica a doutora Fernanda Landim, médica veterinária, pesquisadora e especialista em biotecnologia de reprodução animal e cultivo de células-tronco da Omics Biotecnologia Animal, de Botucatu.

Segundo ela, 75% dos casos de cinomose tratados com células-tronco pela Omics tiveram melhora do quadro clínico, sendo 47%, logo na primeira aplicação. "Quando a aplicação é realizada ainda no estágio ativo da doença (fase viral ou aguda), a taxa de sucesso pode ser menor, uma vez que, pela progressão natural da doença, o animal muitas vezes não tem tempo de responder à terapia celular. Portanto, indicamos fazer a aplicação sempre na fase crônica ou em pacientes clinicamente estáveis. Quanto antes iniciar o tratamento, mais rápida será a resposta, uma vez que sequelas crônicas podem necessitar múltiplas aplicações", diz.

Crystal, uma vira-latinha bebê diagnosticada com cinomose, foi salva pela terapia celular. A tutora Carla Resende, de Goiânia, percebeu os sintomas logo no início e se apressou para levá-la ao veterinário. "O tratamento foi intenso e sofrido. Levou 15 dias, mas foi bem-sucedido", contou Carla Resende, de Goiânia.

Entretanto, Crystal carregava a sequela da fraqueza motora, que a fazia caminhar com bastante dificuldade. "Uma tristeza de ver", lembrou a tutora.

Com a esperança de devolver à Crystal a qualidade de vida que ela merecia, Carla estava sempre pesquisando alternativas de tratamento, Foi quando conheceu a terapia celular. "Cerca de 20 dias após a primeira aplicação de células-tronco, Crystal já apresentou sinais de recuperação. Ela passou a ser mais ativa, procurava interagir com meus outros cães, voltou a correr, brincando com todos, até que a vimos subir na cama, num salto único. Ela estava recuperando a força das patas traseiras", comemorou.

Crystal já foi submetida à segunda aplicação de células-tronco e vem a cada dia se fortalecendo.


Fique por dentro

O que é?

A cinomose canina é uma doença infecciosa viral, extremamente contagiosa que possui altas taxas de mortalidade. A doença pode acometer animais de qualquer idade, raça e sexo, especialmente animais sem imunidade ou com vacinação incompleta. Entretanto a prevalência é maior em animais jovens, com idade entre 3 e 6 meses.


Sintomas

O vírus se replica nas células sanguíneas e sistema nervoso central do animal, mas, devido a sua atração por diversos tipos de células, leva a uma infecção generalizada. Nos estágios iniciais da doença, um sintoma bastante comum é a diarreia. Em um estágio um pouco mais avançado, o sistema respiratório é acometido, sendo observadas secreções normalmente amareladas e densas saindo pelo nariz e região dos olhos. Na fase mais tardia da doença, acontece o acometimento do sistema nervoso central, que é quando o animal passa a apresentar convulsões, depressão, desorientação, paresia, paralisia, incoordenação, quedas, inclinação da cabeça, tremor dos olhos e movimentos involuntários.


Transmissão

Um cão infectado elimina o vírus pela urina, fezes e secreções (nasal e ocular) até 90 dias após a exposição ao vírus. Portanto, é importante evitar seu contato com outros cachorros durante o período em que está doente. Após o contato com partículas virais, elas entram pela cavidade oronasal. O período de incubação varia de 7 a 28 dias ou mais.

Vale lembrar que o contato não necessariamente precisa ser direto/ próximo. A infecção pode acontecer quando passeamos com nosso pet em locais públicos por onde passaram animais doentes que eliminaram o vírus na rua. Por isso, se seu pet não possui o quadro de vacinas completo, não permita que ele tenha contato com outros cães.


Só cachorros contraem a doença?

A cinomose pode ocorrer também em animais silvestres como furões, doninhas, guaxinins e gambás.


Tratamento

Não há medicamentos eficazes para combater a doença. Por isso, o tratamento consiste em tratar os sintomas.

Antibiótico, anti-pirético e antieméticos para as infecções no sistema digestório e respiratório.

Soro (fluidoterapia), para corrigir a desidratação causada pela diarreia.
Anticonvulsivante para as crises convulsivas devido ao acometimento do sistema nervoso.

Suplementos nutricionais e terapias alternativas, como a acupuntura, para melhorar a resposta imunológica do animal para combater o vírus.


Cura

Quando os sintomas são tratados no início da doença e o sistema imunológico do animal consegue combater o vírus, o animal pode ter cura espontânea. As células-tronco têm se mostrado cada vez mais eficientes. Elas atuam estimulando a imunidade e reparando os tecidos destruídos pela doença.


Prevenção

Basta realizar a vacinação anual do seu cachorro. A vacina para cinomose está dentro do pacote oferecido pelas vacinas V8 , V10 e V11. No caso de filhotes, devem receber de três a quatro doses da vacina a partir de 45 dias de vida, com intervalo de 21 a 30 dias entre as aplicações. Apenas depois da última dose seu sistema imunológico estará apto a combater o vírus caso haja contato com ele, sendo liberados os passeios na coleira.


FAESP monitora dificuldade do produtor em comprar vacina contra febre aftosa

Imunizante está em falta em muitos pontos e Federação pode solicitar prorrogação da vacinação



A segunda etapa da campanha de imunização contra a febre aftosa no Estado de São Paulo começou em 1º de novembro e vai até o final do mês. A FAESP tem recebido informações de sindicatos rurais de que muitos produtores não estão conseguindo adquirir vacinas em razão da falta do produto nos postos de revenda. A vacinação é obrigatória para bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade. Depois de vacinar o animal, o pecuarista tem de lançar a informação no GEDAVE por meio do seu cadastro. A declaração no sistema deve ser realizada até o dia 7 de dezembro.

A Federação está levantando dados para identificar se são problemas localizados a regiões específicas ou se está ocorrendo em todo o Estado de São Paulo. O produtor que encontrar dificuldade em adquirir vacinas pode entrar em contato com a FAESP para informar o problema e a localidade da propriedade.

A produção do imunizante é solicitada pelo Ministério de Agricultura à entidade que representa os fabricantes. Essa solicitação já contempla o volume necessário para condução das duas campanhas ao longo do ano. Por isso, em tese, não deveria ocorrer a falta de vacinas. Contudo, em campanhas anteriores, problemas de logística e distribuição acabaram prejudicando o acesso dos produtores rurais à vacina.

A FAESP vai atuar de maneira proativa em favor dos pecuaristas para buscar soluções e, se necessário, vai oficiar a Secretaria da Agricultura e Abastecimento que verifique a ocorrência da falta do imunizante no Estado. Caso seja identificada dificuldade em cumprir a campanha no tempo estipulado, a Federação pode solicitar dilação de prazo junto ao MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Isso já foi feito em outras ocasiões, como na primeira fase da campanha deste ano - o prazo se encerraria em 31 de maio, mas foi prorrogado para 30 de junho.

"O produtor não pode ser penalizado por não conseguir adquirir a vacina. O último foco de febre aftosa no Estado ocorreu há 26 anos e o sucesso da erradicação da febre aftosa se deve, em grande parte, ao pecuarista, que realizou com eficiência a imunização dos animais durante as campanhas movidas pelos órgãos sanitários", declara o presidente da FAESP, Fabio Meirelles.


Como aproveitar o feriado com o pet


Dicas para levar seu pet no carro com segurança


Soluções de serviços para não deixar cães e gatos sozinhos em casa

 

O bem-estar dos animais de estimação é uma questão muito importante para quem é pai ou mãe de pet. Muitos são tratados como membros da família e merecem todo o carinho. E como tal, fazem parte dos planos envolvidos para aproveitar o descanso e lazer, seja em viagens de carro ou passeios em feriados prolongados.

Para assegurar que tudo saia como planejado, a médica veterinária Thais Matos, especialista da área de Confiança e Segurança da DogHero, maior empresa de serviços para animais de estimação da América Latina, menciona a importância da vacinação.

"Ao pensar em viajar de carro e aproveitar o feriado com o pet, em primeiro lugar, a carteirinha de vacinação precisa estar em dia. Mesmo que o tutor não possa levá-lo e opte por contratar o serviço de hospedagem domiciliar ou pet sitter, cães e gatos devem receber as vacinas essenciais, como raiva, cinomose, parvovirose, leptospirose e hepatite infecciosa canina", explica Thaís.

Para garantir ainda mais a segurança do seu pet na viagem de carro é fundamental que um médico veterinário seja procurado. O especialista irá verificar se está tudo bem com o seu animalzinho, irá indicar a melhor maneira de transporte para garantir o máximo de suavidade para o pet durante o percurso.

Na consulta, é importante levar a carteira de vacinação (mesmo que esteja em dia) e informar alguns fatores, como a distância que será percorrida. "Alguns pets costumam enjoar durante viagens de carro, portanto, o médico veterinário poderá recomendar o medicamento e a dosagem correta. Nenhum tipo de remédio deve ser recomendado ao seu animalzinho sem a prescrição de um médico veterinário. Somente o profissional está habilitado para indicar o remédio correto que irá amenizar o desconforto do seu pet durante a viagem", orienta a médica veterinária da DogHero .

Mesmo com o desafio atual da volta à rotina e o distanciamento social, em algumas localidades já está disponível o serviço de veterinário em domicílio, idealizado para facilitar a vida de pais e mães de pets com consultas e vacinação em casa .

Jade Petronilho, médica veterinária e coordenadora de conteúdo veterinário da Petlove, adverte que não é positivo para o bem-estar do pet que ele fique muito tempo sozinho em casa. "Existe o aspecto emocional, que pode abalar a saúde do animal de estimação e motivar comportamentos indesejados como destruição de objetos, estresse, medo, agressividade e coprografia (ingestão de fezes). Além disso, a ausência do pai ou mãe humano pode aumentar e muito os riscos de um acidente doméstico ou complicações pela falta de um socorro imediato", alerta.

Para auxiliar os pais e mães de pets no seu planejamento, listamos algumas dicas e soluções para que os animais de estimação também aproveitem o feriado:

Não posso levar o meu pet na viagem, qual a solução?

As opções mais seguras para suavizar a ausência do tutor e não deixar o pet totalmente sozinho, além de manter a rotina do animal de estimação sem o estresse da viagem, são as soluções de hospedagem domiciliar e pet sitter. Mesmo para os tutores que não irão sair da cidade, mas querem se ausentar de casa no feriado, a creche para animais de estimação pode ser uma ótima opção, e que com certeza o pet vai adorar.


Meu pet vai passar o feriado em uma hospedagem domiciliar, o que levar na mala dele?

Algumas itens essenciais não podem faltar na mala do pet como: ração ou alimentação natural e petiscos de acordo com os dias de hospedagem, caminha, potes de comida e água, tapetes higiênicos , jornal ou areia, brinquedos prediletos, coleira e guia em boas condições e plaquinha de identificação com telefone. Outros itens opcionais que podem auxiliar ainda mais no bem-estar do pet são: cobertor ou mantinha, escova de pentear, escova de dente e pasta, medicamentos e/ ou vitaminas (caso pet precise), uma peça de roupa do tutor (pets ansiosos se acalmam com o cheiro) e itens que façam o pet se sentir em casa.


Vou viajar de carro com meu pet, como devo proceder?

Levar o pet nos passeios é uma das maneiras que encontramos de aproveitar todo o tempo com eles. Portanto, use o cinto de segurança para cães, que foi desenvolvido especialmente para isso. O equipamento funciona como um extensor, pois é fixado no fecho do cinto do carro e ao peitoral do seu animal de estimação (ao mesmo tempo). Para os gatos, as caixas de transporte promovem conforto e segurança e também precisa ficar presa no cinto de segurança. Outra dica é utilizar as capas protetoras pet para carro, este item pode tornar o passeio de carro com seu animal de estimação muito mais agradável. São confeccionadas em tecido, para deixar seu pet todo confortável e os modelos impermeáveis conferem segurança, além de não deixar o cãozinho escorregando no banco, também protegem as portas do carro. Se o veículo possui ar condicionado, procure deixar a temperatura neutra, ou seja, nem quente nem fria. E ainda, nas viagens ou em qualquer passeio de carro, leve sempre o pet no banco de trás!


DogHero

Petlove


No Dia da Alfabetização, cinco dicas para auxiliar no aprendizado

Como os pais podem ajudar os filhos neste momento?


O Dia Nacional da Alfabetização é comemorado em 14 de novembro. A data, instituída em 1966, é importante para a discussão de um grave problema nacional: o analfabetismo e foi escolhida pelo Governo Federal, pois relembra a criação dos antigos Ministérios da Educação e da Saúde Pública. 

A taxa de analfabetismo no Brasil passou de 6,8%, em 2018, para 6,6%, em 2019, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Educação. Apesar da queda, que representa cerca de 200 mil pessoas, o Brasil tem ainda 11 milhões de analfabetos.

Os números sinalizam urgência em reverter esse quadro, a fim de propiciar educação de qualidade a todos, o que – incontestavelmente – confere cidadania.

A pandemia potencializou desigualdades e não seria diferente no âmbito educacional. Acerca da alfabetização, muitos devem ser os cuidados para que esse momento essencial às demais etapas da escolarização não seja frágil, inconsistente. E isso, por inúmeros fatores.

De acordo com o diretor da Escola Champagnat de Presidente Prudente, Gleison Gomes Pimentel, “dentre todos os desafios que surgiram com a pandemia, lidar com o processo de alfabetização dos filhos foi um dos que mais geraram ansiedade nas famílias”. Logo, deve haver um olhar cuidadoso para as lacunas de aprendizagem serem as mínimas possíveis e passíveis de serem corrigidas, ao longo do bloco do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental.

A fase da alfabetização representa um dos momentos mais impactantes na trajetória escolar da criança. É uma época de muitas descobertas que podem e devem ser vivenciadas por toda a família. “Por isso, é aconselhável mostrar apoio e evitar demonstrar preocupação excessiva na frente dos filhos, para não influenciar no desenvolvimento e evolução do processo”, explica Gleison.

Vale lembrar que toda nova habilidade requer tempo e prática. Com a alfabetização acontece a mesma coisa. Como, então, ajudar os filhos nesse momento?

Um fator que pode ajudar as famílias é ter consciência de que cada criança tem um tempo de aprendizagem, o qual deve ser respeitado. Os pais podem começar encorajando, incentivando os filhos a lerem palavras, frases, pequenos textos que façam parte do seu contexto social e, aos poucos, de forma natural, será possível desafiá-los a avançar para textos um pouco maiores. Isso tudo, vale ressaltar, num processo agradável, criativo e reflexivo. “Manter uma rotina de estudos, assim como contar histórias, incentivar a escrita de bilhetinhos para a família e propor jogos, como o da memória, também são ações que colaboram para o progresso dos pequenos”, esclarece o diretor.  


Cinco dicas de como auxiliar no processo de alfabetização:

  1. Leia para a criança: o hábito de contar histórias ajuda os filhos a se interessarem pela leitura e a terem vontade de aprender.
  2. Seja presente: é importante se interessar pelo processo de aprendizagem, acompanhando a criança e estando atento para cada passo avançado.
  3. Valorize as pequenas conquistas: mesmo que a criança não aprenda a ler de uma hora para outra, elogie quando ela aprender a identificar uma letra nova e a formar alguma palavra.
  4. Invista em caça-palavras: alguns jogos verbais são superinteressantes para ajudar a criança a identificar letras e palavras.
  5. Seja modelo de leitor: pais que têm o hábito de ler demonstram para os filhos o prazer da leitura e acabam incentivando as crianças.

 


Escolas Champagnat

https://escolachampagnat.com.br/


sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Diabetes, Como prevenir?

Dia 14 de Novembro, Dia Mundial do Diabetes


O Diabetes Mellitusatinge aproximadamente 463 milhões de pessoas em todo o mundo, e aproximadamente 95% apresentam diabetes mellitus tipo 2 (DM2). A prevalência de DM2 aumentou cerca de quatro vezes nos últimos quarenta anos. Além disso, a idade de início da doença está diminuindo progressivamente, tornando-se comum na adolescência.

Embora vários fatores estejam envolvidos na prematuridade do DM2, a obesidade na infância e adolescência desempenha um papel fundamental neste processo. Da mesma forma, a condição de resistência insulínica na juventude cresceu, em paralelo com o aumento das taxas de ganho de peso e obesidade.

O DM2 é considerado a consequência da interação entre fatores genéticos e ambientais, ou seja, uma predisposição genética para a doença e umamá qualidade de vida.

Um dos fatores ambientais prejudiciais mais comuns é a ingestão crônica de calorias em excesso. Esta ingestão excessiva, promove aumento da massa gorda e mudanças na composição corporal, com implicações negativas no metabolismo da glicose,associado a um estilo de vida sedentário, promovem um desequilíbrio energético positivo levando ao ganho de peso ou obesidade e como consequência aumenta o risco de desenvolver DM2.

A prevenção da doença começa pela quantidade e qualidade da alimentação. Em particular, maior carga glicêmica (CG) e gordura trans estão associadas ao aumento do risco de diabetes, enquanto o maior consumo de grãos inteiros e gorduras poli-insaturadas com menor risco de DM2.

Por isso uma alimentação rica em proteínas saudáveis como salmão, sardinha, fontes de ácidos graxos ômega-3, ovos podem reduzir o risco de doenças cardíacas, inflamação e melhorar a sensibilidade à insulina.

Vegetais de folhas verdes escuras, nutritivas e com baixo teor de carboidratos, frutas como abacates compouco carboidratos, alto teor de fibras e gorduras saudáveis, morangos são ricos em antioxidantes conhecidos como antocianinas.

Sementes de chia são ricas em fibras e pobres em carboidratos digeríveis assim como a linhaça tem um alto teor de gorduras ômega-3 e fibras

Nozes são deliciosas e nutritivas. Ricas em fibras, gorduras saudáveis e pobres em carboidratos e Azeite de oliva extravirgem contém ácido oleico, um tipo de gordura monoinsaturada que pode melhorar o controle glicêmico.

Tudo isso associado a prática de atividade física regular, não fumar e não beber bebidas alcoólicas em excesso é o melhor para prevenir e tratar o DM2.

 



Fonte:

American Diabetes Association. 3. PreventionorDelayofType 2 Diabetes: Standards of Medical Care in Diabetes-2021. Diabetes Care. 2021 Jan;44(Suppl 1):S34-S39. PMID: 33298414.

Bonsembiante L, Targher G, Maffeis C. Type 2 Diabetes and Dietary CarbohydrateIntakeofAdolescentsand Young Adults: WhatIstheImpactofDifferentChoices?. Nutrients. 2021;13(10):3344. Published 2021 Sep 24.
The Lancet Commission on diabetes: using data to transform diabetes careandpatientlives. Lancet. 2021 Dec 19;396(10267):2019-2082. Epub 2020 Nov 12. Erratum in: Lancet. 2021 Dec 19;396(10267):1978. PMID: 33189186.

NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC). "Worldwidetrends in diabetes since 1980: a pooledanalysisof 751 population-basedstudies with 4.4 millionparticipants." Lancet (London, England) vol. 387,10027 (2016): 1513-1530


Sinais de alerta: 6 cuidados com a saúde que homens precisam incluir na rotina

Cuidados com a saúde do homem ainda são encarados como um tabu
Créditos: envato


Câncer e doenças cardiovasculares são mais comuns na população masculina

 

Os atendimentos médicos realizados com o público masculino cresceram nos últimos anos, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas, mesmo assim, os cuidados com a saúde do homem ainda são encarados como um tabu, fazendo com que a maioria procure um médico apenas quando sente sintomas mais sérios, ou até mesmo quando já está doente, muitas vezes, de forma grave. Ainda de acordo com a OMS, a cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são do sexo masculino.

Doenças que atingem o coração, como diabetes, câncer, colesterol alto e pressão arterial elevada, são mais comuns em homens. Com isso, é importante se atentar aos sinais do corpo para evitar complicações ou doenças mais graves. A realização de exames é fundamental para identificar problemas de saúde, facilitando o tratamento.


Principais pontos de alerta

O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte em homens. A doença não causa dor ou dificuldade, por isso, o urologista Mark Neumaier, do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), ressalta a importância do diagnóstico precoce. “A doença só é curável enquanto o câncer está localizado na próstata, mas quando ocorre metástase, não há mais cura”. As opções para o tratamento são cirurgia para remover a próstata, assim como radioterapia. 

Como a doença é silenciosa, a prevenção e o acompanhamento médico são essenciais. Homens com mais de 45 anos ou com histórico familiar de câncer devem frequentar o urologista com regularidade, pois o risco é três vezes maior que o restante da população, que faz o check-up anualmente com 50 anos. Câncer de pele e de pulmão também possuem mais incidência no gênero masculino. 

No caso de monitoramento de colesterol, diabetes e pressão arterial, os exames são recomendados a partir dos 20 anos, levando em conta pacientes que possuem histórico familiar de doenças no coração. Falta de ar e dores constantes no peito são sintomas que precisam de atendimento imediato. As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. 

A perda de força, fraqueza ou formigamento de um lado do corpo e dores fortes de cabeça podem ser sinais de AVC, que também acomete mais os homens. Os principais fatores de risco estão ligados justamente com as doenças no coração. 

Confira alguns cuidados que podem ser tomados para prevenir doenças:


Alimentação balanceada

Ter uma alimentação adequada e saudável é fundamental para prevenir diversas doenças. Diminuir a gordura, evitar amido e açúcar podem fazer a diferença, além de beber água diariamente.


Exercício físico regular

O hábito de praticar exercícios físicos regularmente é o caminho para uma vida mais saudável e fortalece o sistema cardiovascular e a saúde mental. Além de combater doenças crônicas.


Evitar consumo de álcool

O consumo de álcool e outras drogas é prejudicial em vários casos e evitá-los pode ajudar a prevenir diversas doenças, como os problemas cardíacos e o câncer.


Sono adequado

É durante o sono que o corpo otimiza o metabolismo e regulariza a função de hormônios fundamentais. Ter horário para dormir e acordar é importante para manter o corpo e a mente saudáveis.


Estresse controlado

O estresse pode influenciar na disseminação do câncer, o que significa um pior prognóstico. Quando se torna crônico, ele pode causar efeitos negativos no organismo.


Check-up em dia

Realizar consultas e exames com frequência é importante, pois qualquer doença descoberta antecipadamente possui um tratamento mais rápido, eficaz e com maior chance de cura. “Cuidar da saúde sempre é relacionado às mulheres, mas, para prevenir e tratar quaisquer problemas, ir ao médico deve se tornar parte da rotina da população masculina também”, conclui o urologista.


Oncologista alerta para risco de confiar em dietas da internet contra o câncer

Especialista explica que pode existir relação entre dietas e crescimento de tumores, mas reforça que evidências mostram que simplesmente incluir ou banir alimentos está longe de ser solução


A internet está repleta de recomendações sobre o que adicionar ou remover de sua dieta para prevenir o câncer. Na medida em que mudam as estações, surgem recomendações de alimentos que podem curar ou causar doenças. Volta e meia alguns são tratados como vilões e heróis dos hábitos alimentares, mas com que frequência essas afirmações são válidas?

 

Para o oncologista Eliseu Fleury, membro da Singulari Medical Team, é importante ter cuidado com essas promessas e se questionar se realmente existem superalimentos que podem prevenir o câncer ou mesmo produtos ruins que podem causar ou agravar a doença. Mais do que isso, enquanto o relatório mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN) aponta que 55,2% da população não necessariamente come três refeições ao dia. Com mais de 19 milhões de brasileiros vivendo em privação extrema de alimentos, é fundamental entender a relação entre os hábitos alimentares e a progressão de tumores.

 

Alimentos que curam 

De fato, a nutrição desempenha um papel importante na saúde em geral e uma dieta pobre pode influenciar as chances de desenvolver câncer. De acordo com a American Cancer Society, cerca de 1 em 5 cânceres nos EUA e cerca de 1 em 6 mortes por câncer podem estar ligados à má nutrição, excesso de peso, não praticar exercícios ou álcool.

 

Não por acaso, a entidade recomenda hábitos alimentares saudáveis, que incluem muitos vegetais, frutas e grãos inteiros, bem como a limitação de carnes vermelhas, bebidas açucaradas, alimentos altamente processados ​​e grãos refinados.

 

Mito e as evidências 

A dúvida que persiste é como um alimento específico pode afetar o risco de câncer de uma pessoa. Para o oncologista é fundamental tentar encontrar e entender quais são as evidências - ou a falta delas - por trás de algumas das alegações de dieta mais populares, em especial quando relacionadas ao câncer.

 

Segundo ele, um exemplo que demanda atenção é a alegação de que o “açúcar alimenta o crescimento do tumor”. “De fato, todas as células do nosso corpo usam moléculas de açúcar - também conhecidas como carboidratos - como sua principal fonte de energia, incluindo as cancerosas. Porém, essa não é a única fonte de combustível. As células podem usar outros nutrientes para crescer, como proteínas e gorduras”, esclarece.

 

Além disso, o especialista ressalta que não existem evidências de que simplesmente cortar o açúcar da dieta pode impedir que as células cancerosas se espalhem. Ele cita a epidemiologista nutricional Carrie Daniel-MacDougall, do MD Anderson Cancer Center em Houston, que afirma que se as células cancerosas não receberem açúcar, elas começarão a quebrar componentes de outros estoques de energia dentro do corpo.

 

Para todos os efeitos, os cientistas estão investigando se certas dietas podem ajudar a desacelerar o crescimento de tumores. Por exemplo, testes em roedores e humanos apresentaram evidências preliminares mostrando que a dieta cetogênica, que é pobre em carboidratos e rica em gordura, pode ajudar a retardar o crescimento de alguns tipos de tumores.

 

Dentre eles, estaria o do reto, mas para isso é necessário combinar o modelo alimentar com o padrão de tratamentos de câncer, como radiação e quimioterapia. Atualmente, ainda não há uma conclusão sobre como isso pode funcionar, mas os especialistas têm algumas hipóteses.

 

Como o oncologista argumenta, as dietas cetogênicas são boas para reduzir os níveis de insulina, um hormônio que ajuda as células a absorver açúcar. Ao mesmo tempo, pesquisas em camundongos mostram que altos níveis de insulina podem enfraquecer a capacidade de certas terapias para retardar o crescimento do tumor. 

O especialista ressalta que o médico oncologista Neil Iyengar, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center de Nova York, tem estudado o efeito desse tipo de dieta para alguns tumores em testes clínicos junto de outros pesquisadores. Contudo, ele lembra que o próprio pesquisador frisa que os efeitos da dieta só são notados quando combinados à biologia do tumor e não se aplicam para a redução geral do risco de câncer. Assim, Eliseu reforça a importância de recorrer a profissionais especializados antes de assumir dietas ou condutas baseadas em fontes que muitas vezes não partem de evidências científicas consolidadas.


Doença rara XLH: protocolo clínico e diretrizes terapêuticas (PCDT) é essencial para a definição dos critérios do tratamento médico

• Raquitismo hipofosfatêmico ligado ao cromossomo X (XLH) é uma enfermidade crônica causada por baixos níveis de fosfato, necessário para a formação dos ossos e dentes, para a composição do DNA e a produção de energia no organismo;


• Até 17 de novembro de 2021, a sociedade civil poderá participar e opinar sobre a nova atualização do PCDT do raquitismo e osteomalácia por meio de consulta pública (CP);


No início do ano, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), órgão técnico do Ministério da Saúde que avalia a incorporação de novas tecnologias no Sistema de Saúde (SUS), recomendou a inclusão do medicamento burosumabe na rede de saúde pública para tratamento de crianças com XLH. "A recomendação da Conitec para inclusão da terapia no SUS foi um passo muito importante para toda a comunidade de XLH. Agora, estamos na fase da atualização do PCDT, documento que visa estabelecer critérios para o diagnóstico, tratamento e o melhor cuidado à saúde dos pacientes com a doença", afirma Rafaelli Cardoso Silva, cofundadora da associação de pacientes Mundo XLH. E para discutir a atualização do documento, a Conitec abriu a consulta pública Nº85¹. Até 17 de novembro, pacientes, familiares, profissionais de saúde, gestores públicos e privados, entre outros, poderão participar da CP e opinar sobre a atualização do PCDT.

Rara e progressiva, o XLH é uma doença crônica causada por alterações genéticas e afeta crianças e adultos. A condição implica em baixos níveis de fosfato no sangue causados por perda renal excessiva de fosfato na urina. Já presentes imediatamente após o nascimento, o baixo nível de fósforo compromete a formação esquelética e causa retardo no crescimento, resultando em ocorrência de pernas arqueadas, altura abaixo da média e crescimento irregular do crânio.

"A atualização do PCDT é um passo crucial para o cuidado integral dos pacientes com XLH, por isso, é de extrema relevância que a sociedade em geral, especialistas médicos e outras associações de pacientes participem da construção do protocolo", reforça Wesley Pacheco, presidente da associação de pacientes Instituto Amor e Carinho .

De acordo com a proposta do PCDT, serão elegíveis para o tratamento de XLH pacientes pediátricos a partir de um ano de idade e adolescentes até 18 anos imcompletos, com diagnóstico clínico, laboratorial, radiológico e, quando aplicável, genético.

Para participar da consulta pública (CP)
Nº85, é recomendada a leitura atenta da proposta do PCDT do raquitismo e osteomalácia², embasada na recomendação preliminar da Conitec, favorável à atualização do PCDT.


Sobre o XLH: é uma doença progressiva, que pode trazer graves consequências para os pacientes e comprometer a qualidade de vida. Assim como acontece com 80% das doenças raras, o XLH tem origem genética, sendo geralmente herdado. Neste caso, devido à sua relação com o cromossomo X, o pai afetado pelo XLH transmitirá a condição a todas as suas filhas, mas nenhum de seus filhos será acometido. Já a mãe afetada pelo XLH tem 50% de chance de ter um filho ou uma filha com a doença. Entre os sintomas da doença estão deficiência de crescimento, alargamento dos punhos, joelhos e tornozelos, dor nos membros inferiores, alterações dentárias, fraqueza muscular, limitação funcional e pernas arqueadas.

 

Referências:
¹Consulta pública N° 85. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Raquitismo e Osteomalácia. Disponível em: site
²Relatório de recomendação PCDT do Raquitismo e Osteomalácia. Disponível em: site


Miomas podem ser causadores de aborto

Créditos de: Divulgação / MF Press Global 
Médico especialista em ginecologia, Dr. Alexandre Silva, explica as consequências e as melhores formas de tratamento do problema.

 

Engravidar é o sonho de muitas mulheres no mundo, mas o processo de gravidez é complexo e sensível. Existem diversos fatores que podem interferir, facilitando ou dificultando a geração de uma nova vida. Um deles, é a presença dos miomas uterinos.

 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, (Febrasgo), cerca de 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas, estes podem ser sintomáticos ou não. O problema é que, de acordo com o médico ginecologista Dr. Alexandre Silva, a presença de nódulos de mioma pode dificultar a implantação do embrião,por alterar o interior da cavidade uterina, ou ainda, causar alteração na posição do feto, devido à distorção da anatomia do útero. “Isso pode aumentar significativamente os riscos de abortamento ou parto prematuro”, afirma.

 

O médico explica ainda que, ter um mioma durante a gravidez, pode causar dores, cólicas abdominais e aumentar os riscos de descolamento prematuro da placenta e pode implicar na limitação do crescimento do bebê. "É importante lembrar que os miomas podem também afetar a fertilidade da mulher e seu tratamento depende muito de cada caso”, conta. 

Uma das formas de tratamento é a laparoscopia, uma cirurgia minimamente invasiva de remoção desses miomas. “Este tipo de cirurgia oferece menos riscos à paciente, bem como uma recuperação mais rápida e com menos complicações”, opina o Dr. Alexandre. Porém, o especialista alerta que a cirurgia só deve ser realizada após uma avaliação detalhada com exames de imagem para um planejamento adequado, considerando as particularidades de cada caso. “As condições de saúde da mulher devem ser avaliadas, assim como os sintomas causados pelos miomas e os prejuízos que esses causam à sua saúde. Os casos de miomas submucosos, intramurais e subserosos com sintomas, são os que realmente apresentam a indicação de tratamento por cirurgia”, detalha.

 


Dr. Alexandre Silva e Silva - se formou-se médico em 1995, pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos. Sua especialização em ginecologia e obstetrícia foi realizada no Hospital Guilherme Álvaro em Santos. À partir de 1998 dedicou-se ao treinamento em Cirurgia Minimamente Invasiva no Instituto Viscomi em São Paulo, onde treinou por 10 anos. Além disso, certificou-se em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston e em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta nos EUA.  É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019.  É referência em videolaparoscopia, histeroscopia e cirurgia robótica.


Dia do Não Fumar: Tabagismo na gravidez

A data é um alerta para os males do tabagismo, sobretudo na gravidez onde o fumo pode causar até mesmo aborto espontâneo


O dia 16 de novembro é conhecido como o Dia do Não Fumar, cujo intuito é conscientizar a população sobre os malefícios do fumo para a saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Quando praticado durante a gravidez, os riscos passam a afetar não só as gestantes, mas também os bebês.

O tabagismo na gravidez aumenta o risco de trabalho de parto prematuro, baixo peso ao nascer e pode levar à síndrome da morte súbita do lactente, como explica Jeana Kowal, especialista em ginecologia e obstetrícia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR). "O tabagismo foi associado a vários resultados adversos da gravidez, incluindo perda espontânea da gravidez, descolamento prematuro da placenta, placenta prévia e gravidez ectópica", ressalta.

Segundo a pediatra da FEMPAR, dra. Carmen Marcondes Ribas, a prematuridade e o baixo peso aumentam os riscos da mortalidade fetal e infantil. O tabagismo também pode levar ao aborto espontâneo, problemas respiratórios no bebê, diminuição do fluxo sanguíneo placentário, anomalias orofaciais e até mesmo alterações na oxigenação e metabolismo placentário devido à fumaça do cigarro tragado pela gestante.

Durante o parto, podem surgir complicações advindas do descolamento prematuro da placenta. "Há um risco aumentado de hemorragia durante o parto. Há também um maior risco de infecções, em especial se o nascimento ocorrer por cesariana", explica a ginecologista.

Carmen comenta, ainda, que filhos de fumantes adoecem duas vezes mais que os filhos de não fumantes, devido à redução na função pulmonar que torna o bebê suscetível a contrair mais infecções respiratórias. A situação pode continuar a se complicar após o nascimento da criança, pois ela continua exposta passivamente à nicotina no ambiente e através do leite materno.

Kowal explica que o tabagismo está associado à diminuição da produção do leite, menor concentração de gordura do leite e, consequentemente, menor duração da lactação. "Além disso, bebês amamentados por mães fumantes dormem menos se amamentados logo depois que as mães fumaram do que quando elas se abstiveram do cigarro", conclui.

Para a pediatra, dra. Carmem, mulheres fumantes amamentam com menos frequência, portanto os bebês costumam apresentar episódios de choro e cólica, interrompendo a amamentação precocemente. Tudo isto, causado pela absorção da cotinina, substância nociva do tabaco que contamina o leite e torna a criança em fumante passivo. Entretanto, a pediatra ressalta que a nicotina não é considerada contra-indicação para a amamentação.

"Desestimular o hábito de fumar é necessário em qualquer fase da vida, em especial na gestação. Existe a necessidade de políticas públicas de combate ao tabagismo, voltadas especificamente para as gestantes, na tentativa de conscientizar a todos que o hábito de fumar pode contribuir para o aumento da mortalidade infantil e materna. Portanto, a redução e cessação do tabagismo na gravidez requerem esforços do próprio indivíduo, da sociedade, da família e dos profissionais envolvidos", complementa a pediatra. 

Especialistas fazem alerta sobre sintomas e cuidados de doença rara

Durante live da campanha "Conhecimento é nosso beabá", neurologistas chamaram atenção para os desafios no diagnóstico da deficiência de AADC

 

Uma live especial marcou o Dia de Conscientização da Deficiência de AADC. Participaram da transmissão os neurologistas infantis Simone Morin e Hélio Van der Linden, referências no tratamento da doença. Os profissionais abordaram aspectos importantes da jornada do paciente e, principalmente, do diagnóstico. A ação é parte da campanha de conscientização "Conhecimento é nosso beabá", endossada pelo Instituto Amor e Carinho (IAC), organização responsável por acolher e orientar os pacientes portadores da condição e suas famílias. A live pode ser conferida no Instagram @oqueeaadc .

A doença é rara e afeta o cérebro, diminuindo o tônus muscular e afetando o desenvolvimento da criança. Além da hipotonia, que se caracteriza pela diminuição da firmeza muscular, o portador pode apresentar atrasos no desenvolvimento que vão desde a incapacidade de controlar a cabeça até atrasos na fala. Uma das pistas diagnósticas mais importantes são as chamadas crises oculogíricas, nas quais muitas crianças apresentam movimentos oculares involuntários, com os olhos se virando para cima. E pode persistir por alguns segundos ou horas, dependendo da crise. (1,2)

"Outro sinal de alerta importante é quando você tem uma epilepsia que não responde a um tratamento comum da doença", alertou Dra. Simone. Outros diagnósticos incorretos comuns aos pacientes com deficiência em AADC são paralisia cerebral, doença mitocondrial ou mesmo fraqueza neuromuscular. Podem ocorrer ainda problemas gástricos, dificuldades de crescimento e ganho de peso, além de dificuldades para dormir.

Os especialistas reforçaram que cada paciente com deficiência AADC tem suas especificidades que devem ser tratadas individualmente. "Sabendo da fisiopatologia de doenças, há outras medicações que podem ser utilizadas. Alguns tem efeitos colaterais e, às vezes, temos que suspender, mas vamos colocando aos poucos para saber o que gera benefícios maiores ao paciente", afirmou Dr. Helio.

Ainda em relação ao tratamento, ambos os médicos concordaram a melhor intervenção recomendada tem como base um apoio multidisciplinar, com fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, além de outros tratamentos que possam ajudar a melhorar os sintomas e a qualidade de vida de cada criança.

"A mensagem que fica é essa: positiva e de esperança. Que cada vez mais o conhecimento e a qualidade da informação disponíveis mudem a abordagem da doença. A informação é capaz de mudar condutas. Isso é fundamental na medicina, A quantidade de estudo é proporcional a de aprendizado", concluiu Van der Linden.

Além da live, como parte de ações que marcaram o Dia da deficiência de AADC, a campanha "Conhecimento é nosso beabá" do IAC, levou a alguns pontos de São Paulo o AADC Truck. O projeto itinerante teve como principal objetivo compartilhar com os visitantes do espaço informações sobre a deficiência rara. Especialistas estiveram presente no local, tirando dúvidas do público a respeito dos sintomas, jornada do paciente, diagnóstico e tratamento. Uma boneca de pano gigante chamava atenção, como uma forma delicada de representar as pessoas com essa condição, que tem como um dos principais sintomas a diminuição do tônus muscular. Ao todo a ação impactou 400.000 pessoas.


Sobre a deficiência de AADC

A deficiência da enzima de AADC é uma doença genética rara que afeta a produção dos neurotransmissores, substâncias essenciais para a comunicação das células do sistema nervoso. Dessa forma, traz danos para o cérebro, diminui o tônus muscular e prejudica o desenvolvimento da criança. Os sintomas surgem desde o nascimento e são facilmente confundidos com os de outras condições, sendo alguns deles: hipotonia; dificuldade de levantar e controlar a cabeça; engatinhar; falar; distúrbios do movimento, como crises oculogíricas; problemas de digestão e alimentação; convulsões e problemas para dormir. (1)

A condição tem um padrão de herança autossômica recessiva, em que os pais são apenas portadores da alteração genética, ou seja, a doença não se manifesta e possuem chance de 25% de terem filhos com a doença a cada gestação. Para a confirmação do diagnóstico, o médico poderá solicitar exames de sangue, de urina e também um teste genético par investigar alterações do gene DDC. (2)

 

Sobre o Instituto Amor e Carinho

Há 4 anos o Instituto Amor e Carinho atua na missão de acolher os pacientes portadores de AADCd e suas famílias, orientando-os aos grandes centros de pesquisa e tratamento, levando conhecimento e fazendo a interação com os melhores profissionais em cada área de atuação, reduzindo o tempo de busca por soluções, aumentando a assertividade nos diagnósticos e garantindo melhor e maior qualidade de vida aos pacientes e suas famílias.

BR-AADC-0385 Material destinado ao público em geral.
Esse conteúdo não substitui o diagnóstico médico. Em caso de dúvidas, procure um especialista

Referências

1. Wassenberg T, Molero-Luis M, Jeltsch K, et al. Consensus guideline for the diagnosis and treatment of aromatic l-amino acid decarboxylase (AADC) deficiency. Orphanet J Rare Dis. 2017;12(1):12. doi: 10.1186/s13023-016-0522-z.
2. Manegold C, Hoffmann GF, Degen I, et al. Aromatic L-amino acid decarboxylase deficiency: clinical features, drug therapy and follow-up. J Inherit Metab Dis. 2009;32(3):371-380


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