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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Compartilhar notícias falsas tem consequências civis e criminais

Quem publica ou compartilha fake news pode incorrer nos crimes de difamação, injúria ou calúnia se as informações falsas ofenderem a reputação ou a dignidade de alguém e pode ter que reparar o dano à vítima

 

Fake news significa "notícias falsas" e são as informações noticiosas que não representam a realidade, mas que são compartilhadas na internet como se fossem verídicas, principalmente por meio das redes sociais.

Segundo pesquisa solicitada pela startup de segurança Psafe mostraram que, no Brasil, cerca de 96% das informações falsas são disseminadas por meio do aplicativo de compartilhamento de mensagens Whatsapp. Segundo o Relatório de Segurança Digital de 2018, elaborado pelo laboratório “dfndr lab”, da Psafe, os três principais assuntos que são alvos de notícias falsas são: política, saúde e dinheiro fácil.

Um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) mostrou ainda que as fake news se espalham com uma rapidez 70% maior que as notícias verdadeiras, e atingem um público até 100 vezes maior. E, apesar do senso comum de que a ingenuidade é característica das pessoas mais jovens, o que se tem constatado é que as pessoas que mais disseminam fake news estão na faixa dos 65 anos de idade, segundo estudos da Universidade de New York e de Princeton, nos Estados Unidos.

Normalmente, o objetivo de uma fake news é criar uma polêmica em torno de uma situação ou pessoa, contribuindo para denegrir sua imagem. Por ter um teor extremamente dramático, apelativo e polêmico, as fake news costumam atrair muita atenção das massas, principalmente quando estão desprovidas de senso crítico. Por isso, os conteúdos falsos podem agir como uma "arma" ilegal contra algo. No âmbito político, por exemplo, as notícias falsas são usadas com o intuito de "manchar" a reputação de determinado candidato, fazendo com que perca potenciais eleitores.

De acordo com Dra. Eliana Saad Castello Branco, advogada, empreendedora e uma estudiosa das questões humanistas, a internet se tornou uma ferramenta perigosa para quem publica ou consome conteúdo sem o devido cuidado com a veracidade das informações. “Ou pior, um poderoso instrumento para quem intencionalmente divulga notícias falsas. O compartilhamento de fake news tem chamado cada vez mais a atenção de especialistas da tecnologia e do Direito, na medida em que começa a impactar até mesmo eventos de proporções nacionais ou mundiais, como eleições, desastres naturais, atentados terroristas e outros”.

A advogada especialista em processos indenizatórios lembra que desde boatos locais em comunidades, até o mundo das celebridades, passando por assuntos como saúde, política e finanças pessoais, indústrias inteiras são movimentadas pelas fake news. “A influência que a veiculação de notícias falsas pode exercer em situações como essas, somada à facilidade de criação e automatização da publicação de conteúdo na Internet, fez nascer um verdadeiro “mercado de fake news”, que se beneficia do tráfego gerado aos sites e blogs, ou das consequências que surgem quando indivíduos acreditam nas informações”, adverte Dra. Eliana.


Consequências civis e criminais

         As consequências jurídicas de quem publica e compartilha fake news podem se dar nas esferas cíveis e criminais.

         Dra. Eliana Saad Castello Branco ressalta que só compartilhar fake news não é tipificado como crime no Brasil. “Por enquanto, pois já existem projetos de lei em trâmite, como o PL n.º 6.812/2017, que cria o crime de divulgação ou compartilhamento de informação falsa ou incompleta na internet; e o PL n.º 9.533/2018, que cria o crime de participar nas tarefas de produção e divulgação de notícias falsas que sejam capazes de provocar atos de hostilidade e violência contra o governo”.

         “Contudo”, continua a advogada, “mesmo sem haver a criminalização específica dos comportamentos relacionados às fake news, a pessoa que as publica ou compartilha pode incorrer nos crimes de difamação, injúria ou calúnia, respectivamente, se as informações falsas ofenderem reputação ou a dignidade de alguém, ou se veicularem falsa acusação de crime”, destaca.


Fake News pode resultar em um processo de indenização

A disseminação de fake news também pode suscitar um processo de indenização por dano moral ou dano material. “Disseminar notícia falsa pode gerar ao indivíduo a obrigação de indenizar por danos morais, se for demonstrada a lesão à moral ou imagem de alguém, ou até mesmo de indenizar por danos materiais, caso seja provado que as notícias falsas acarretaram prejuízos financeiros”, adverte a advogada.

Ela ressalta porém, que segundo o artigo 220 da Constituição Federal de 1988, a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição. “Contudo, é necessário esclarecer que esse direito deve respeitar a vedação ao anonimato, o direito de resposta proporcional ao agravo, o direito à indenização por dano material, moral ou à imagem, à inviolabilidade da intimidade, da vida privada e da honra das pessoas”.

Para Dra. Eliana, a responsabilização por publicação de fake news pode gerar dúvidas a respeito do direito à liberdade de expressão e pensamento. “Está claro que a liberdade de manifestação do pensamento é o direito de qualquer um manifestar livremente suas opiniões, ideias e pensamentos sem medo de retaliação ou censura. Mas é importante esclarecer que o direito à liberdade de manifestação e pensamento previsto na Constituição e em outros dispositivos legais, não autoriza ofensas que possam ferir a honra e dignidade de uma pessoa”, enfatiza.

Segundo a advogada, se ao exercer a liberdade garantida na Constituição uma pessoa ofender a dignidade de outra, surge então o direito de indenização que pode ser configurado em dano moral e/ou material, sendo que estes não se confundem e podem ser cumulados em um único processo civil. “A reparação civil deverá ser aplicada de forma justa e proporcional, sem gerar enriquecimento ilícito, sobretudo na apuração do dano moral, que deve levar em conta o caráter punitivo/pedagógico da indenização. Para isso, é necessário balancear a situação econômica das partes, o dano sofrido pela vítima de uma notícia falsa e a repercussão dessa publicação em sua vida”.

Os tribunais brasileiros têm reconhecido o direito à indenização no caso de publicação ou compartilhamento de fake news, o que é fundamental para inibir esse comportamento tão danoso.

“Como não só a criação, mas também o compartilhamento podem ser causa de indenização, é importante que ao se deparar com uma informação nas redes sociais, o usuário consulte se algum site jornalístico já publicou o fato e as fontes da publicação para evitar incorrer em um processo judicial”, recomenda a advogada.

Portanto, o princípio constitucional da liberdade de manifestação do pensamento deve ser exercido com consciência e responsabilidade, evitando-se gerar motivações para indenização por dano moral e/ou material.

 


         Eliana Saad Castello Branco- advogada e sócia do escritório Saad Castello Branco, especializado em indenizações e responsabilidade civil, que está em atividade há três gerações desde 1977.          Diplomada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) pelo reconhecimento aos trabalhos prestados, é importante palestrante do meio jurídico, empreendedor e de gestão de pessoas.          Soma importantes conquistas jurídicas, como em favor dos consumidores que tiveram seu nome inscritos indevidamente no Serasa e SCPC, das vítimas de erro médico e da falta de atendimento em plano de saúde.  Trabalha incansavelmente na busca do ressarcimento de violação de direito à imagem, da proteção e defesa de trabalho intelectual por meio de litígios, sempre com o foco em advogar com sucesso na interlocução social com empresas e trabalhadores.

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Adoção do modelo híbrido pode ajudar as empresas a entender as necessidades dos seus funcionários

De acordo com especialistas ouvidos no Arena de Ideias, a pandemia fez com que muitos profissionais refletissem sobre a possibilidade de unir trabalho remoto e presencial, sem perder qualidade de vida


Nem todas as empresas foram afetadas da mesma maneira pela pandemia, mas é certo que nenhum negócio passou incólume nesses últimos dois anos. O modelo de trabalho foi um dos aspectos mais desafiadores dessa nova configuração, tanto para os CEOs, gestores e líderes, quanto para os colaboradores das corporações. "Com a pandemia, as empresas acabaram mudando processos e todas as suas estruturas para se adaptar ao modelo off-line. Muitos negócios acabaram se reinventando", explicou o consultor e especialista em recolocação e transição de carreira, Hugo Capobianco, na abertura do Arena de Ideias sobre "Como voltar ao trabalho híbrido?", nesta quinta-feira (11).

"A gente tem uma questão de cultura muito importante para olhar que vai além da cultura presencial de antes da pandemia. Precisamos desconstruir alguns mitos que criamos em torno desse assunto, de que quem trabalha em casa não é tão produtivo. Ou de que a cultura da empresa não consegue ser disseminada se a pessoa não está dentro da empresa", ressaltou a integrante do Grupo Diretor da Rede Empresarial de Inclusão Social (REIS), Eliane Ranieri. O futuro, segundo a profissional que trabalhou por 33 anos na IBM, dos quais 15 dedicados a Recurso Humanos, será o de trabalhar onde for possível.

A adoção do trabalho híbrido, com jornadas mistas presenciais e remotas, ainda causa controvérsia e incertezas em muitas empresas. "Não tem como passarmos por tanta revolução e evolução e voltarmos ao que éramos. Fomos resilientes, mas evoluímos", argumenta a sócia-diretora da Oficina Consultoria de Reputação e Gestão de Relacionamento, Patrícia Marins.

Para ela, um dos legados da pandemia é a flexibilidade, pois "nós aprendemos que é possível trabalhar de maneira remota, mas é possível também agregar pessoas que antes não estariam conosco".

Durante o debate virtual, os participantes levantaram diversas situações decorrentes da pandemia da Covid-19, que mudaram não só a rotina nos escritórios, mas também o modo de vida das pessoas, que passaram a priorizar mais o bem-estar no ambiente doméstico, voltando o olhar para questões pessoais, como a saúde mental.


Gestão individualizada

Para Capobianco, é importante que todos façam uma reflexão sobre seu próprio modus operandi, de forma a encontrar a melhor forma de desempenhar as suas funções . "As empresas querem resultado das pessoas, isso é fato. Eu posso dar resultados com um computador e um celular em qualquer lugar do mundo. Não necessariamente eu tenho que estar em um escritório". E complementou: "posso estar presencialmente e não dar esses resultados. Independe uma coisa da outra. A questão é como eu lido com esses resultados". Nesse contexto, o ideal é que cada profissional busque o que faz sentido no seu momento de vida e qual modelo de trabalho é o mais adequado.

Em consonância com o consultor, Eliane Ranieri também pontuou o papel de uma liderança empática, que escuta os seus funcionários. "É você começar a olhar a questão da gestão de uma maneira um pouco mais individualizada. No passado, em algumas relações de trabalho, se você tinha pessoas que pediam flexibilidade, era algo malvisto pela liderança. A gente desmistificou isso na pandemia, que foi emergencial, mas facilitou uma reflexão importante de que as necessidades humanas são diferentes", afirmou.

E essa mudança traz impactos positivos, na visão de Ranieri. "Se você consegue deixar a pessoa mais confortável no modelo que ela valoriza, ela vai produzir melhor. A gente está buscando o bem-estar da pessoa e, através disso, os melhores resultados."

Nesse novo e gradual processo de retorno às atividades presenciais, as corporações precisam estar atentas à comunicação, comentou Patrícia Marins. "Como é importante estabelecer nesse processo de cultura e de trabalho remoto uma comunicação eficiente. Cultura nada mais é que os valores da empresa. Comunicar não é o que eu falo, mas o que o outro entende. Comunicar é conviver", reforçou.


Onde assistir

O Arena de Ideias é o webinar quinzenal, aberto ao público, promovido pela Oficina Consultoria de Reputação e Gestão de Relacionamento que traz nomes de relevância no mercado para debater assuntos em pauta na sociedade brasileira. Transmitido ao vivo, está disponível no YouTube , Spotify e Linkedin.


Novo Ensino Médio: mudanças fomentam a realização de sonhos

 

A partir de 2022 estudantes das turmas de 1º série enfrentam uma nova carga horária, além do incentivo para a realização dos projetos de vida

 

A partir de 2022 os estudantes serão impactados pelas mudanças do Novo Ensino Médio. Além de transmitir e desenvolver conhecimentos, a proposta oferece disciplinas optativas e voltadas para escolha do aluno, além do aumento da carga horária. Os matriculados na 1º série do Ensino Médio, no próximo ano, serão os primeiros a passar pela adaptação. 

 

O coordenador pedagógico do Ensino Médio Edson Luiz Mendes, do Marista Escola Social Lucia Mayvorne, que atende crianças e adolescentes gratuitamente em Florianópolis, explica que as alterações serão percebidas pelos jovens, já que eles terão um poder maior de autonomia na escolha das disciplinas. “As aulas diversificadas serão direcionadas para seus projetos de vida, com atividades optativas, escolhidas mediante escuta dos estudantes, olhar e perfil de cada um deles. São oficinas, grupos e cursos acessíveis e que podem direcionar a jornada do aluno no seu futuro profissional”.

 

Para o educador, o novo Ensino Médio vem com um olhar voltado para transmitir e desenvolver conhecimentos, mas também para fomentar sonhos. “O fato de estarem mais tempo em atividade escolar favorece o protagonismo juvenil, acompanhado de diversos profissionais, em contato com diversos conhecimentos, variados conteúdos e novidades tecnológicas, com uma linguagem juvenil e em coletivo, irá transformar a cultura juvenil. A educação passa a preparar para a participação social e mundo do trabalho de maneira mais dinâmica, veloz e fomentadora da possibilidade de sonhar”, reflete.

 

Novos Desafios  


A adequação da carga horária será um desafio, sobretudo para os estudantes localizados em áreas de vulnerabilidade social. As 4 horas diárias passam a contar com dois dias com 6 horas por dia de atividades optativas realizadas nos finais de tarde, manhãs e sábado.“Realizamos muitos estudos e momentos de escuta com as famílias da comunidade e nossa atenção está no aproveitamento e qualificação desse tempo, construindo juntos, estudante-escola-família, possibilidades de atividades que contribuam na sua formação acadêmica e Projetos de Vida”, explica Edson. 

 

A experiência de inspirar sonhos já é conhecida na Escola Social desde 2017, sendo a elaboração do Projeto de Vida parte do quadro do Ensino Médio. “Utilizamos como conhecimento, exploração de possibilidades e oportunidade do estudante conhecer e buscar a realização dos seus sonhos. Para isso, temos parcerias locais com a comunidade e universidades, que permitem trocas de experiências, formando nossos alunos enquanto cidadão sujeito nessa sociedade”, reflete. 

 

Para o coordenador, a dica é aumentar ainda mais o diálogo entre a escola, as famílias e os jovens. “Essa ponte será fundamental para os familiares. É essencial, dialogar ainda mais com os filhos, ouvindo e percebendo seus desejos e sonhos, angústias e limitações, para apoiá-los e motivá-los a utilizar os estudos e as oportunidades para construírem seus projetos de vida e realizarem seus sonhos”, finaliza. 

 

 

Marista Escolas Sociais

https://maristaescolassociais.org.br/


Após restrições, 74% dos brasileiros valorizam ainda mais bares, restaurantes e cafés para o seu bem-estar

Pesquisa mostra, também que 60% afirmam que foram afetados socialmente pelo fechamento dos estabelecimentos


Relatório publicado pela International Alliance for Responsable Drinking (IARD) revelou o impacto e a relevância de bares, cafés e restaurantes no bem-estar social e mental das pessoas no mundo, incluindo os brasileiros.

De acordo com o estudo, após o período de restrições da Covid-19, 74% dos brasileiros entrevistados passaram, a valorizar ainda os estabelecimentos em seu dia a dia.

Para 71%, o fechamento teve efeito negativo em suas vidas e 60% afirmam que foram afetados durante a pandemia do novo coronavírus

Ainda segundo a pesquisa, a retomada do funcionamento desses estabelecimentos e a socialização com os amigos fora de casa têm gerado bem-estar e sentimento de felicidade para 40% dos brasileiros. Além disso, 33% afirmam que bares, cafés e restaurantes e oferecem espaços significativos para as pessoas se reconectarem com outras a seu redor e evitarem a solidão.

O levantamento ainda revela que para 80% dos brasileiros as medidas restritivas melhoraram a experiência nesses estabelecimentos e as três exigências mais importantes dos frequentadores foram atendidas: 57% consideram que houve melhorias nos padrões de limpeza; 54% disseram que há mais ventilação; e 40% que houve melhorias nas instalações ao ar livre.


Retomada

Com o avanço da vacinação e o fim das restrições, a expectativa é que a retomada beneficie não só os consumidores, mas toda a cadeia produtiva do País. De acordo com Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor pode preencher 600 mil vagas de trabalho apenas neste semestre - o que representa 31% das empresas do setor com intenção de aumentar o quadro de funcionários.

"O setor de bares e restaurantes foi um dos mais afetados pelas medidas de restrições adotadas durante a pandemia, mas os danos vão além dos econômicos. A paixão cervejeira é o marco do nosso país, por isso estamos presentes nas celebrações. Como entidade representativa do setor, nós apoiamos a retomada segura e o consumo responsável", afirma Luiz Nicolaewsky, Superintendente do Sindicerv (Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja).


Impacto Global

No mundo, 66% concordam que o bem-estar social e mental da população sofreu impacto e 45% reconhecem efeitos negativos diretos em sua saúde com o fechamento dos estabelecimentos. Além disso, 57% passaram a valorizar ainda mais a contribuição do setor em sua saúde; 22% avaliam que os estabelecimentos evitam a solidão e que a socialização fora de casa, após as restrições, trouxe sentimentos de felicidade (45%).

A maioria (71%) concordou que as medidas introduzidas por causa do Covid-19 trouxeram melhorias na experiência nos estabelecimentos. Por fim, o resultado geral aponta ainda três aspectos que se tornaram mais importantes desde a pandemia: socializar fora de casa (44%); relaxar e aproveitar o ambiente (43%); desfrutar de comidas e bebidas preparadas por outra pessoa (36%).

O relatório foi divulgado em 14 de outubro e produzido pela International Alliance for Responsable Drinking (IARD) com base em uma pesquisa feita pela YouGov - uma das principais empresas de sondagens globais pela internet - e diversos focus group conduzidos pela WorldThink.

A pesquisa ocorreu, entre maio e agosto de 2021, e contou com 11.444 entrevistas, com maiores de 18 anos, nos Estados Unidos, Reino Unido, México, África do Sul, Espanha, Austrália, França, Japão, Brasil e República Checa. A amostra do Brasil foi de 1010 questionamentos.

Clique aqui e tenha acesso ao relatório completo produzido pela International Alliance for Responsable Drinking (IARD)

 


Sindicato Nacional da Industria da Cerveja
 

Demissão por justa causa por recusa de vacina contra Covid-19 cria polêmica e suscita dúvidas no País

TRT de São Paulo confirmou decisão da primeira instância que permite a demissão e governo federal assinou portaria que proíbe. Decisão definitiva está nas mãos do Supremo Tribunal Federal


Desde que a vacinação começou a avançar no País e as atividades laborais passaram a acontecer de forma presencial, uma questão tem sido frequente na justiça trabalhista e nas discussões internas das empresas: quem se recusar a apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19 pode ser demitido por justa causa?

Esta é uma questão que poderia suscitar uma resposta simples, já definitiva após discussões amplas e não precisaria mais existir, mas o que vimos é que decisões divergentes são colocadas para a sociedade, criam polêmica e causam uma insegurança jurídica no País.

Em julho deste ano a 13ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região confirmou decisão da primeira instância e decidiu a favor da dispensa sem justa causa de uma trabalhadora de serviços gerais que trabalhava em um hospital infantil e que negou a vacinação duas vezes. O caso aconteceu em São Caetano do Sul, em São Paulo.

Segundo as informações disponibilizadas pelo hospital, ocorreu uma campanha interna de vacinação. A colaboradora foi avisada sobre a necessidade da vacinação, mas se negou a tomar a dose do imunizante, na segunda tentativa ela foi dispensada porque a recusa pode ser enquadrada como falta grave, embora não exista uma legislação que obrigue os colaboradores a se vacinarem, muitas empresas exigem a imunização dos empregados.

De acordo com Dra. Eliana Saad Castello Branco, advogada, empreendedora e uma estudiosa das questões humanistas, isso ocorre graças ao retorno do trabalho presencial. “Nesses casos o colaborador que não buscasse a imunização poderia ser demitido por impossibilitar o retorno ao ambiente presencial, até porque as empresas não têm mais a obrigação de mantê-los na modalidade de home office. O TRT entendeu à época que a empresa não tem a autoridade para obrigar o empregado a buscar a imunização, mas pode enquadrar o colaborador em situações em que a falta de vacinação é considerada uma falta grave se a empresa tiver em vigor uma política de saúde coletiva no ambiente de trabalho pode estipular a vacinação dos colaboradores por uma questão de segurança, para não colocar os colegas de trabalho em risco pela falta de imunização”, afirma.

A advogada, especialista nas questões trabalhistas, lembra que segundo a recomendação do Ministério Público do Trabalho, as empresas podem exigir o comprovante de vacinação dos trabalhadores e devem facilitar a imunização. “Os empregadores, segundo o MPT, deverão considerar falta justificada por parte dos trabalhadores que deixarem de efetuar suas atividades laborais diárias para se vacinarem. Essa medida é assegurada pela Lei nº 13.979 que vigora desde fevereiro de 2020. A Lei discorre sobre as medidas a serem tomadas para o combate da pandemia de Covid-19. Nesses casos os empregadores não podem solicitar o pagamento das horas, e fica vedado o desconto do salário do empregado”. 


Portaria do Ministério do Trabalho e Previdência proíbe demissão e o direito coletivo à saúde é questionado

         De acordo com a portaria assinada pelo ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, publicada em 1º de novembro deste ano, em edição extra do Diário Oficial da União, as empresas não podem exigir comprovante de vacinação contra Covid-19, por exemplo, na hora de contratar empregados. Também não podem demitir por justa causa que não comprovar a vacinação.

         Como vimos, essa medida contraria decisões recentes da Justiça do Trabalho e orientações do Ministério Público do Trabalho. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) ainda não tem um entendimento fixado sobre o assunto, mas no tribunal o comprovante de vacinação tem sido exigido dos servidores.

         Dra. Eliana Saad Castello Branco lembra que a portaria tem um limitador. “Uma portaria pode apenas regulamentar o que a lei prevê. E não há lei sobre o assunto”, adverte.

         A advogada destaca que o texto classifica como "prática discriminatória" a demissão, por justa causa, de empregado que se recuse a apresentar comprovante de vacina contra a Covid-19 ou então exigir o documento como condição para a contratação. “E equipara a exigência de vacina a práticas discriminatórias relacionadas a sexo, raça, cor, idade e deficiência, por exemplo, que os empregadores são proibidos por lei de adotar. O texto ainda estabelece punições para os empregadores que descumprirem a determinação, que vão de reintegração do trabalhador demitido com ressarcimento integral do salário pelo período em que ele ficou afastado, pagamento em dobro da remuneração, além de direito do empregado a buscar na Justiça reparação por dano moral”.

         “Todavia”, continua a especialista da banca de advogados do escritório Saad Castello Branco, “a portaria tem sido questionada por advogados trabalhistas e por profissionais de saúde. Advogados dizem que a portaria é inconstitucional, porque o assunto deveria ser tratado por projeto de lei. Já os profissionais de saúde dizem que a exigência da vacinação diminui os riscos de contágio à Covid-19. Fato é que não tomar a vacina pode comprometer o bem coletivo no trabalho e o direito à saúde coletiva deve prevalecer sobre o direito individual de escolha. Nesse sentido, a demissão de quem se recusou a tomar a vacina não deve ser tratada como um “ato discriminatório”, como faz a portaria do governo. As campanhas de vacinação ocorrem não só no Brasil, mas no mundo. A obrigatoriedade da imunização pela vacina está garantida pelo Supremo Tribunal Federal e as instituições estão seguindo esse caminho. Ninguém quer a demissão por justa causa, este é o último ato. Mas tem que prevalecer direito coletivo a um ambiente de trabalho saudável”, completa Eliana Saad Castello Branco.




Eliana Saad Castello Branco- advogada e sócia do escritório Saad Castello Branco, especializado em indenizações e responsabilidade civil, que está em atividade há três gerações desde 1977.          Diplomada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) pelo reconhecimento aos trabalhos prestados, é importante palestrante do meio jurídico, empreendedor e de gestão de pessoas.          Soma importantes conquistas jurídicas, como em favor dos consumidores que tiveram seu nome inscritos indevidamente no Serasa e SCPC, das vítimas de erro médico e da falta de atendimento em plano de saúde.  Trabalha incansavelmente na busca do ressarcimento de violação de direito à imagem, da proteção e defesa de trabalho intelectual por meio de litígios, sempre com o foco em advogar com sucesso na interlocução social com empresas e trabalhadores.

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O que são algoritmos de contratação e como adequar o seu CV a eles

Saia na frente de outros candidatos ao entender como a inteligência artificial faz parte dos processos seletivos

 

Atualmente, num processo seletivo, a inteligência artificial faz parte de quase todas as etapas – não mais apenas da seleção dos currículos, mas também do agendamento das entrevistas e do relacionamento com os candidatos, por exemplo.


No entanto, como outras tecnologias, nem sempre os algoritmos funcionam da melhor forma possível – e podem acabar deixando bons candidatos de fora da corrida. Por isso, para os profissionais, é importante entender como esses algoritmos funcionam, para poderem adequar os seus currículos e perfis no LinkedIn a eles e, assim, terem mais chance de conseguir o emprego dos sonhos.

No caso da seleção de candidatos, existem ferramentas que analisam currículos por meio de palavras-chave e, depois, os classificam – elas são conhecidas como applicant tracking systems, em inglês, sistemas de rastreamento de candidatos.

 

O intuito dessas ferramentas é tornar as contratações mais inteligentes, identificando perfis mais adequados às vagas, com mais rapidez e assertividade, facilitando o trabalho humano. Mas uma queixa frequente dos candidatos é que, apesar de eles terem todas as qualificações necessárias para uma vaga, não são selecionados. Isso pode acontecer se o sistema não identificar determinadas palavras-chave no perfil do candidato.

 

Há algumas formas de contornar isso. Por exemplo, no LinkedIn, o profissional pode incluir no título do seu perfil palavras relacionadas à sua área, aos conhecimentos específicos que tem e às técnicas, às metodologias e aos sistemas que domina, por exemplo. Dessa forma, o título do perfil de um profissional da área financeira poderia ser algo como: “Economista | Administrador | Finanças | Controladoria | Serviços”. Isso também vale para os currículos.

 

Outra dica para ser melhor avaliado pelos algoritmos é sempre incluir no currículo, no perfil do LinkedIn e em perfis em sites de vagas todos os seguintes campos: dados pessoais, objetivo, perfil (um pequeno resumo da experiência profissional), histórico profissional, informações acadêmicas, cursos extras, publicações e trabalhos voluntários (os dois últimos, se houver) – e nesta ordem.

 

Templates de currículo artísticos ou currículos em colunas, apesar de serem bonitos, podem dificultar a leitura das informações por parte das ferramentas de inteligência artificial e, por isso, devem ser evitados.

Além disso, no LinkedIn, muitas outras ações podem deixar o candidato mais em evidência, como receber recomendações de ex-colegas de trabalho, expandir a rede de conexões frequentemente, escrever artigos, postar e comentar e curtir posts. Tudo isso é avaliado pelo social selling index, o índice usado pela rede social para medir a participação dos seus usuários. Há também no LinkedIn a opção de o profissional deixar claro para os recrutadores que está bucando emprego.

 

Ao entender melhor como funcionam os algoritmos, fica muito mais fácil para o candidato se adequar a eles e, assim, deixar em destaque o que realmente importa: os seus conhecimentos técnicos e a sua experiência profissional. Boa sorte na busca de boas vagas!

 


Ana Cristina Moraes- instrutora de RH na Udemy Business. 

A irrigação e a sua influência no sucesso da plantação

A prática de irrigar as plantações (técnica utilizada pelos agricultores para levar água às plantações)quando feita corretamente, traz diversos benefícios para os produtores, como a criação de produtos de alta qualidade, a duração da produção pelo ano todo, o aumento do uso da terra, a redução de gasto com água e uma maior produtividade.

Muitos podem associar a irrigação do solo apenas como molhá-lo para hidratar as plantas. Entretanto, a irrigação vai além, buscando o monitoramento e cálculo do consumo de água pelas plantas, possibilitando determinar o tempo necessário para aplicação da lâmina d’água necessária em cada irrigação.

Além de um solo fértil e um ar de qualidade, a irrigação é o terceiro passo para garantir a saúde das plantações. Com os cálculos, planejamento e acompanhamento, os riscos de perdas de produção por períodos de estiagem são reduzidos.

Para acertar na irrigação, é preciso dominar as diferentes técnicas existentes e identificar qual é a mais indicada para a sua aplicação. Conheça os principais tipos:


       Irrigação superficial: a água é conduzida diretamente para a superfície

do solo. Esse tipo de irrigação, utilizada de forma mais comum na produção de arroz, costuma adotar sistemas como irrigações por inundações e por sulcos. As principais vantagens estão os custos baixos de implementação e manutenção, além da baixa influência do vento e aumento da fotossíntese em plantas baixas. Porém, ela pode causar água parada no solo, o que prejudica as plantas e causa erosão do solo;

 

       Irrigação localizada: o foco da irrigação é a área das raízes das plantas. É uma das técnicas mais comuns atualmente, especialmente para as frutas, pois ela cria uma faixa úmida na plantação. A microaspersão e o gotejamento são os dois principais sistemas nessa irrigação, que reduzem a perda da água por evaporação. Entre as principais vantagens estão os baixos custos de água e adaptação aos diferentes tipos de solos. Além disso, ela é altamente eficaz e não é prejudicada por vento ou declives. Entretanto, os gastos de implementação são altos e entupimento das tubulações são comuns.

 

       Irrigação por aspersão: nessa técnica, uma grande quantidade de  gotículas de água é disparada por equipamentos e, assim, absorvidas pelo solo. Apesar de parecer simples, ela é a que demanda o maior conhecimento técnico para implementação e não funciona em terrenos inclinados. Além disso, a umidificação das folhagens pode aumentar o desenvolvimento de doenças. Mas é claro que esse tipo de irrigação, cujos principais sistemas são a convencional, o pivô-central e o auto-propelido, também oferecem uma série de benefícios. Seu baixo custo de mão de obra, alta eficácia e adaptabilidade às diversas culturas e topografias das regiões são apenas alguns deles.

Independente do tipo de irrigação de solo, é essencial garantir um sistema de qualidade para levar mais segurança e eficiência à sua plantação. Nesse sentido, a Branco oferece três opções de motobombas que podem ser utilizadas nas plantações:

●         Motobombas multiestágios: ideais para bombear água limpa a grandes alturas;

●         Motobombas centrífugas: usadas para água limpa e também consideradas intermediárias;

●         Motobombas autoescorvantes: utilizadas para movimentar grandes volumes de água que podem conter sujeira e

 pequenos sólidos

Para ter bons resultados, não se esqueça que é essencial garantir um sistema de qualidade.

 


Branco Motores

 https://www.branco.com.br/la/pt_br/home.html

 

87% dos pais e responsáveis acreditam que a tecnologia contribuiu na aprendizagem na pandemia, mas 51% dos alunos não têm computador ou notebook com acesso à internet

 

  • Estudo foi encomendado por Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e realizado pelo Datafolha entre agosto e setembro de 2021, com 1.301 responsáveis por crianças e adolescentes da rede pública, de todas as regiões do país;

 

  • Para um terço dos entrevistados (32%), a possibilidade de estudar em qualquer lugar, que as ferramentas tecnológicas trouxeram, deveria ser mantida no futuro;

 

  • A maioria reconhece a importância de as atividades remotas estarem articuladas com as presenciais na preparação para o futuro dos alunos (60%) e/ou no desenvolvimento socioemocional (52%);

 

  • No entanto, o acesso à internet de banda larga é um desafio nas diferentes partes do país – principalmente na Região Norte e no meio rural – e a falta de equipamentos adequados ainda é uma realidade da maioria dos alunos

 

Com a pandemia, a articulação entre educação e tecnologia é vista por muitos como uma parceria sem volta, que tem garantido aprendizado e acesso ao ensino e pode ser uma via para recuperação de aprendizagem a partir de agora. Esta é a visão de muitos pais e responsáveis ouvidos na pesquisa “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”, encomendada pelo Itaú Social, Fundação Lemann e BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e realizada pelo Datafolha, que mostra que a maior parte deles (87%) acreditam que o uso da tecnologia foi positivo no desenvolvimento da aprendizagem dos estudantes, na pandemia. Esse número aumenta de acordo com a evolução de cada ciclo escolar, sendo maior (91%) entre aqueles que respondem por adolescentes cursando o Ensino Médio. 

 

Os pais e responsáveis de estudantes de escolas públicas também destacaram a importância das atividades remotas estarem articuladas com as presenciais, por diferentes motivos como: “preparar os alunos para o futuro (60%)”, “estimular a curiosidade (60%)”, “garantir o aprendizado previsto para o ano (53%)” e “promover o desenvolvimento socioemocional (52%)”. Um legado que o uso das ferramentas tecnológicas trouxe e que, segundo eles, deveria ser mantido no futuro é o da “opção de poder estudar remotamente em qualquer lugar (32%)” e da “possibilidade de tirar dúvidas com os professores por meio de plataformas digitais (24%)”.


 

Acesso à conectividade e equipamentos ainda é um desafio 


Os benefícios do uso da tecnologia esbarram nos problemas de conectividade e de acesso a equipamentos. Houve um leve crescimento no número de alunos com computador desde o início da pandemia, de 42% para 49%, contudo, a maior parte (51%) segue sem acesso à computador ou notebook com internet para estudar. O equipamento mais usado é o celular (85%), porém, sabe-se que o aparelho limita as possibilidades de aprendizado do aluno. Mais de um terço (34%) dos estudantes que utilizam o aparelho para fazer as atividades o dividem com outras pessoas, segundo seus responsáveis. Para 27% dos estudantes, a escola é o principal local onde se tem acesso a computadores.

 

"Se você deixar ele [o aluno] só com o celular, realmente, quando você vai ver ele está assistindo outra coisa... Então, eu acho que é complicado", disse uma entrevistada da etapa qualitativa da pesquisa, realizada pela Rede Conhecimento Social. 

 

“Apesar dos esforços de gestores públicos e dos pais para oferecer internet e computadores aos estudantes durante a pandemia, a situação ainda é grave. Não podemos aceitar que um quarto das escolas não tenha acesso à internet e que a maioria dos alunos não tenha computador para estudar. Muitos dependem da escola para utilizar a tecnologia e ter acesso ao mundo digital. Quando olhamos para as classes mais baixas, os números são ainda piores. O Brasil precisa investir urgentemente em conectar suas escolas e equipar seus alunos para que estar no mundo digital seja um direito de todos", diz

Cristieni Castilhos, gerente de Conectividade na Fundação Lemann.

“A necessidade de incluir os estudantes digitalmente é uma demanda antiga, que ficou mais evidenciada durante a pandemia. Ampliar o acesso à internet e promover o letramento digital são os primeiros passos de uma transformação que envolva a todos. Mesmo com a reabertura das escolas, as ferramentas utilizadas durante o ensino remoto continuarão apoiando as aulas e proporcionando novas interações entre estudantes e professores. A implementação de políticas públicas neste sentido deve ser urgente e permanente. Este é, aliás, um direito firmado na legislação por meio da Lei 14.109, de 2020, que estabelece como meta que todas as escolas públicas estejam conectadas à internet de alta velocidade até 2024”, afirma Angela Dannemann, superintendente do Itaú Social. 

 

Apenas 66% das famílias têm acesso a banda larga no país, de acordo com a pesquisa, sendo que a Região Norte registra o menor índice de acesso (47%, contra 75% na Região Sul). Os números também mostram a desigualdade nos meios urbano (68%) e rural (37%) e entre estudantes de diferentes raças – 75% para brancos e 61% para alunos negros.

“Nem todo mundo tem uma boa internet em casa, nem um celular ou computador. É difícil estudar assim. Esses dias veio uma mãe pedir: ‘Você me empresta o wi-fi para o meu filho fazer a tarefa?’”, afirmou uma entrevistada.

 

A pesquisa

Estes são dados levantados pela sétima onda da pesquisa “Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias”. As entrevistas foram realizadas entre os dias 13 de agosto e 16 de setembro de 2021, com abordagem telefônica, com 1.301 responsáveis que responderam por um total de 1.846 crianças e adolescentes com idades entre 6 e 18 anos da rede pública, em todas as regiões do país. A etapa qualitativa foi realizada pela Rede Conhecimento Social, entre 26 e 28 de julho, por meio de Grupos de Discussão (GDs) on-line, realizados por plataforma digital.


Candidaturas abertas para estudar na França em 2022

Universidades francesas recrutam brasileiros para graduação e pós-graduação através de plataforma on-line


O Campus France Brasil, agência oficial do governo francês responsável pela promoção do ensino superior, recebe, até dezembro de 2021, as candidaturas de brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil para cursos de graduação e pós-graduação na França. A plataforma virtual permite que o candidato escolha mais de uma opção de curso, em instituições públicas ou privadas, aumentando as chances de admissão.

Para participar do processo seletivo, é preciso criar um dossiê eletrônico com informações sobre o percurso acadêmico e profissional, além de motivação e outros anexos. Os candidatos podem pleitear o ingresso no 1º ano da graduação ou realizar uma espécie de transferência, com ingresso no 2º ou 3º ano da formação. A inscrições também estão abertas para o 1º ou 2º ano da pós-graduação, o Master na França. A data limite para envio dos dossiês varia entre 14 e 23 de dezembro, em função do tipo de projeto.

As informações detalhadas sobre a quantidades de cursos que podem ser indicados, o calendário e o processo de candidatura estão disponíveis no site do Campus France Brasil.


Demanda crescente por cursos no exterior

Todos os anos, mais de 300 mil estudantes estrangeiros são acolhidos pelas universidades e outras instituições de ensino superior francesas. Segundo dados da Unesco, a França o 5º país do mundo que mais acolhe estudantes internacionais. O Brasil, representado por mais de 5 mil pessoas, é o primeiro país latino-americano e o 15º do mundo com mais presença nas universidades francesas.

Mesmo no contexto da pandemia, é notável o crescente interesse de brasileiros por formações superiores na França. Em 2021, houve um aumento de quase 40% do número de candidatos em relação à campanha de 2020.

A excelência do ensino francês aliada ao custo relativamente baixo dos estudos é um dos principais fatores de escolha dos alunos estrangeiros. Nas universidades e escolas públicas, parcialmente subsidiadas pelo governo, as taxas variam entre 400 e 3.770 euros anuais. Desde a aplicação, os interessados concorrem automaticamente a bolsas de exoneração parcial destas taxas, reduzidas a 243 euros, no máximo, por ano. Já nos estabelecimentos privados, o custo pode variar entre 5.000 e 16.000 euros anuais.

Com o visto de estudante de longa permanência, é possível trabalhar meio período. Os alunos das instituições francesas ainda têm acesso a restaurantes universitários, auxílio-moradia e planos especiais para transporte.


Bolsas de estudos

Além de todos os benefícios, estudantes internacionais também têm a possibilidade de pleitear bolsas de estudos. Concedidas por diferentes instituições, elas podem oferecer um auxílio mensal, descontos nas anuidades e outros benefícios.

Os brasileiros podem se candidatar a 122 bolsas, disponíveis no catálogo de bolsas do Campus France Brasil. Entre os programas, é possível destacar a bolsa de Master 2 e cofinanciamento de doutorado cotutela, da Embaixada da França no Brasil, bolsa Eiffel, bolsa IDEX Grenoble Alpes.


USP oferece curso gratuito sobre agrupamento de textos e aplicações em inteligência analítica

Duncan Meyer em Unsplash


Inscrições podem ser feitas até 30 de novembro


Estão abertas as inscrições para o curso Agrupamento de textos e suas aplicações em inteligência analítica, que será oferecido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, no dia 11 de dezembro. Gratuito, o curso será ministrado na modalidade a distância.

O público-alvo são alunos de graduação em Ciências de Computação, Sistemas de Informação, Ciência de Dados e Engenharia de Computação, que tenham iniciado o curso no ano passado ou anteriormente. Coordenada pelo professor Ricardo Marcacini, do ICMC, o objetivo dessa iniciativa é proporcionar aos estudantes conhecimento dos conceitos básicos da área de agrupamento de textos, bem como apresentar direções para aprofundar o conhecimento, conforme a necessidade de cada estudante.

Outra finalidade do curso é ensinar ferramentas básicas para leitura, pré-processamento e agrupamento de dados textuais. Além disso, serão apresentados exemplos sobre como utilizar resultados do agrupamento de textos para aplicações envolvendo inteligência analítica, como a construção de indicadores a partir de clusters, agregando informação temporal e geográfica extraídas dos textos

O curso será realizado de forma inteiramente virtual e ocorrerá no dia 11 de dezembro, sábado, das 10 às 12 horas e das 14 às 16 horas, com carga horária total de 4 horas. É importante ressaltar que há um limite de 150 vagas. As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelo Sistema Apolo da USP até dia 30 de novembro ou enquanto houver vagas, por meio do link disponível nesta página: icmc.usp.br/e/b5c2e.

Não é preciso já ter login e senha no Sistema Apolo para se inscrever, basta inserir as informações solicitadas. É muito importante preencher o e-mail corretamente, pois é pelo contato cadastrado que os inscritos receberão informações sobre como acompanhar as aulas, que não ocorrem no Apolo, mas em outras plataformas como Google Meet ou Zoom. 

 


Laura Gazana – Assessoria de Comunicação do ICMC-USP



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