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terça-feira, 26 de outubro de 2021

3 passos de como fazer um autoexame de mama corretamente

Mesmo em casa, é possível se cuidar e prevenir um dos câncer que mais afeta as mulheres no mundo. Especialista em ginecologia e obstetrícia ensina


Segundo os dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama é o segundo tumor entre o público feminino. Por isso, além de manter as consultas em dia com os especialistas da área, é muito importante que as mulheres realizem o autoexame com frequência. Apesar do assunto ganhar um destaque maior durante este mês de outubro, a realização deste tipo de ação preventiva é necessária em todas as épocas do ano.

Segundo o Dr. Luiz Carlos Tanaka, ginecologista e obstetra da Kompa Saúde, healthtech que usa de tecnologia e Inteligência Artificial para tornar a medicina de qualidade mais acessível para a população, há vários tipos de câncer de mama. Uns se desenvolvem rapidamente, enquanto outros são mais lentos. Porém, na maioria dos casos, quanto mais rápido o diagnóstico e o início do tratamento, melhor o prognóstico. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) foram registrados mais de 2 milhões de casos de câncer de mama em 2020. No Brasil, a estimativa é de 66 mil novos diagnósticos e mais de 18 mil mortes ainda este ano, de acordo como o Instituto Nacional do Câncer, o INCA.

"Somos um país com a maior incidência de câncer de mama no mundo. Por isso, é fundamental que as mulheres saibam como realizar o autoexame, uma maneira rápida e fácil de prevenção e dignóstico", afirma.

Para ensinar como as mulheres podem realizar o autoexame com segurança e praticidade, de qualquer lugar, o médico elencou o passo a passo dividido em 3 etapas:

São elas:



DE FRENTE AO ESPELHO

•Tire a blusa e o sutiã - Fique em frente ao espelho com os braços caídos;
•Coloque as mãos na cintura fazendo força - Assim veja o tamanho e contorno das mamas;
•Veja se o sutiã deixou marca em apenas 1 mama, isso indica inchaço;
•Coloque os braços acima da cabeça - Verifique se há alteração no tamanho e forma do mamilo;
•Pressione suavemente o seio e observe se sai secreção.


DE PÉ NO CHUVEIRO

•Estique o braço esquerdo e apoie sobre a cabeça, deixando o cotovelo apontado para cima;
•Com sua mão direita, deslize-a pela mama esquerda, de preferência com a polpa do dedo e não com a unha;
•Faça movimentos circulares com firmeza, porém sem causar desconforto ou dores;
•Ao apalpar, verifique se há algum nódulo palpável;
•Repita o mesmo processo, dessa vez na outra mama, faça os mesmos movimentos.


DEITADA

•Já deitada, coloque uma toalha dobrada ou um travesseiro fino d’baixo do ombro direito, desse jeito irá examinar a mama direita;
•Sinta a mama com movimentos circulares, além disso faça uma leve pressão para ver se há anormalidades;
•Apalpe a parte mais externa da mama, próxima da axila;
•Depois a axila, faça os mesmos movimentos;
•Troque o encosto para o outro ombro e repita o processo.
•Caso identifique alguma anormalidade na região, procure o médico especialista imediatamente. Na Kompa Saúde, é possível agendar uma consulta para que o médico comece o tratamento de forma imediata. Com um médico dedicado que irá acompanhar o processo de perto e auxiliar.



Kompa Saúde

 

Unifesp participa de campanha no Dia Mundial de combate ao AVC

Ação busca conscientizar população e disseminar formas de reconhecer a doença e ajudar em casos de urgência

 

Em 29 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Acidente Vascular Cerebral (AVC). Para marcar a data, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vai realizar uma campanha de conscientização em seus ambulatórios, esclarecendo dúvidas e conscientizando os pacientes sobre as formas de prevenção e reconhecimento dessa doença cerebral, causada por interrupção de fluxo em vasos sanguíneos do sistema nervoso central e que pode levar à morte.

A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2006 numa parceria com a Federação Mundial de Neurologia e, desde então, é usada não somente para disseminação de informações para pacientes como também para preparar os profissionais de saúde de forma a melhor orientar seus pacientes na conduta e prevenção do AVC.

"A rapidez no reconhecimento e no início do tratamento de um AVC pode fazer a diferença entra a vida e a morte. Por isso, é fundamental que toda e qualquer pessoa saiba reconhecer essa doença em seus primeiros sinais. Durante a semana, vamos distribuir panfletos com dicas práticas para reconhecer e agir na melhor forma de socorro", destaca Gisele Sampaio, professora do Departamento de Neurologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) e membro do comitê diretivo da campanha nacional.


Reconheça os sinais

Gisele Sampaio explica os sinais que podem indicar que uma pessoa está sofrendo um AVC. "Sintomas com paralisia de um lado do corpo, boca torta, dificuldade para falar ou entender a linguagem, dificuldade repentina para enxergar ou dor de cabeça súbita podem ser sinais e sintomas do AVC ", ela explica.

"O rosto pode apresentar um lado caído. Para observar, peça que a pessoa sorria e repare se há um lado da face que permanece imóvel". No braço, a fraqueza é o sinal de alerta. Solicite que a pessoa faça o movimento de dar um abraço e será possível notar que ela não terá forças para subir os braços. A fala é mais um indício e para observá-lo basta ouvir se ela sai com dificuldade, de maneira arrastada ou enrolada. Ao identificar um ou mais desses sinais, ligue para o serviço de urgência médica (SAMU 192) e avise se tratar de um possível AVC".

Com a disseminação desse tipo de informação para a população cada pessoa pode fazer diferença e representar a salvação de uma vida ao se deparar com um caso de Acidente Vascular Cerebral.


Rinites e sinusites: 10 mitos e verdades sobre as doenças respiratórias que causam desconforto às crianças

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Especialista do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia desvenda algumas dúvidas sobre diagnósticos e tratamentos
 


Nariz escorrendo, olhos lacrimejando, obstruções nasais que dificultam respiração e sono e redução do olfato, capaz de interferir no paladar e na alimentação das crianças. Esses são alguns dos sintomas comuns das rinites e sinusites, doenças respiratórias capazes de tirar a paz dos pequenos e o sono dos pais. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 25% da população mundial sofre de doenças respiratórias. Para chamar a atenção para essas patologias, a Dra. Renata Christofe Garrafa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, respondeu algumas questões que podem ajudar a desvendar mitos e verdades sobre rinites e sinusites, especialmente em crianças.

 

1 - Rinites e sinusites são a mesma coisa?

Mito. Rinites são caracterizadas por inflamação da mucosa do nariz, ao passo que as sinusites decorrem da inflamação da mucosa dos seios da face. Na maioria dos casos, temos acometimento dos seios da face e do nariz, que seriam as rinossinusites. 

 

2 - É possível distinguir em casa as alergias respiratórias? Como podemos diferenciá-las de resfriados comuns?

Verdade. Ainda que bem semelhantes, as rinites alérgicas e os resfriados comuns possuem algumas diferenças. Ambos apresentam congestão nasal, secreção nasal clara e espirros. Porém, as causas alérgicas podem ser acompanhadas de sintomas como coceira no nariz, garganta e olhos. Já os resfriados comuns apresentam, com frequência, febre, indisposição, dor muscular e falta de apetite. Quando não for possível diferenciá-las, é importante consultar um médico. 

 

3 – As rinites e sinusites só atacam durante o tempo seco?

Mito. O tempo seco pode ser um agravante para pessoas que sofrem de rinite, mas não é condição essencial para sua manifestação. Quando as rinites e as rinossinusites são de etiologia infecciosa (virais e bacterianas), por exemplo, elas dependem da exposição ao agente causador e não ao clima. Além disso, as rinites também podem decorrer de alergia a fatores ambientais, como ácaros, fungos, pólens e pelos de animais, entre outros. Nessas situações, sempre que o indivíduo tiver contato com o alérgeno, manifestará uma crise de rinite. Existem, ainda, fatores anatômicos que predispõem as crises de rinossinusites, como hipertrofia de adenoide, desvios de septo, presença de pólipos nasais e alterações dentárias. 


4 - Umidificadores de ambientes e inalações caseiras podem ajudar a controlar essas alergias?

Verdade e mito. Os umidificadores são aliados nos casos de tempo seco, porém podem se tornar vilões caso elevem a umidade do ambiente a ponto de favorecer a proliferação de fungos. Já as inalações promovem conforto para os sintomas, mas a lavagem nasal com soro fisiológico é superior no controle dos quadros da via aérea alta. 

 

5 - Existe predisposição genética para alergias?

Verdade. A alergia é uma doença que possui diversos mecanismos causais e, entre eles, existe a predisposição genética. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), uma criança com pais alérgicos tem de 50% a 70% mais chances de desenvolver uma doença respiratória, inclusive rinite alérgica. No Brasil, um estudo do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) mostrou frequência média de 12,5% de rinite entre crianças de 6 e 7 anos e de cerca de 20% em adolescentes com idades de 13 a 14 anos. A incidência progride até a adolescência, fase da vida em que pode afetar até 25% da população.

 

6 - Puxando para o tema Covid-19, o uso de máscaras é prejudicial às crianças que sofrem das "ites"?

Mito. As máscaras não têm capacidade de piorar a rinite. O que acontece é que crianças em crise de rinite podem ter dificuldades para usar a máscara. Por isso, a doença deve ser acompanhada por um especialista, para que seja tratada ou ao menos controlada.

 

7 - Mesmo em crianças pequenas, quando o diagnóstico pode ser feito precocemente, rinites e sinusites não têm cura? Apenas com tratamento é possível controlá-las?

Mito e verdade. Depende da etiologia da doença. Existem diferentes tipos e causas de rinites e rinossinusites. Quando provém de causas infecciosas e anatômicas, por exemplo, existem tratamentos medicamentosos e cirúrgicos capazes de curá-la. Entretanto, existem subgrupos crônicos onde não conseguimos eliminar a doença de vez, mas podemos diminuir seus sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. São exemplos destas situações as rinites alérgicas e as rinossinusites crônicas com polipose nasal.

 

8 - Receitas caseiras, como chás, infusões e uso de óleos essenciais, podem curar rinites e sinusites?

Mito. Apenas após avaliação médica, onde se é identificada a causa das rinites e rinossinusites, é que um tratamento adequado pode ser proposto. 

 

9 - A rinite pode evoluir para sinusite?

Verdade. As rinites, quando exacerbadas, podem evoluir para rinossinusites. Nessas ocasiões, existem tratamentos medicamentosos capazes de auxiliar na resolução do problema.

 

10 - Usar descongestionantes nasais pode ajudar a recuperar o olfato das crianças que sofrem com os “ites”?

Mito. Descongestionantes nasais melhoram a recuperação do olfato de forma parcial. O uso indiscriminado destes medicamentos, por um período superior a 7 ou 10 dias, pode provocar lesões na mucosa, gerando dependência e riscos cardiovasculares, como taquicardia e angina.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Outubro Rosa: Células-tronco auxiliam na reconstrução do tecido mamário

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Especialista da Criogênesis explica que associação de células-tronco com tecido gorduroso potencializa procedimento


Celebrado desde a década de 90, o Outubro Rosa visa conscientizar sobre a prevenção e o diagnóstico do câncer de mama, doença que atinge cerca de 65 mil mulheres por ano no Brasil conforme levantamento realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Seu desenvolvimento acontece por meio da produção anormal das células de mama que se multiplicam aceleradamente, levando a formação de tumores.

Como forma de tratamento, um dos procedimentos realizados é a mastectomia, método que consiste na retirada do tecido mamário. Apesar de ser eficaz contra a patologia, a cirurgia traz consequências negativas na autoestima da mulher, que vê mudanças em sua imagem. Dessa maneira, o processo pode causar a insatisfação com o próprio corpo e um sentimento de inferioridade.

Uma das formas cada vez mais popular de trazer de volta a autoestima de pacientes que desenvolveram câncer é através da reconstrução mamária. Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, explica que para a realização do procedimento o uso de células-tronco vêm apresentando resultados positivos na lipoenxertia da mama.

O médico explica que o processo de regeneração dos seios com o uso de gordura corporal é associado ao conteúdo celular, potencializando o método. "O uso de células-tronco mesenquimais auxilia no enriquecimento dos enxertos pois elas possuem propriedades de diferenciação e migração, de modo a fortalecer o tecido e garantir uma recuperação mais acelerada", diz.

De acordo com o especialista, a lipoenxertia enriquecida poderá ser amplamente usada, como a prótese de silicone, no entanto com tecido autêntico e não artificial. "Diversos países como os Estados Unidos, Reino Unido e Japão estão realizando testagens com o uso de células-tronco na reconstrução mamária. Com resultados mais robustos, nos próximos anos, a técnica deverá ser uma tendência para garantir o bem-estar e a autoestima de mulheres que tiveram câncer de mama", conclui.

Tatsui enfatiza a importância da realização da mamografia como forma preventiva à doença e o autoexame, realizado pela mulher através da palpação das mamas. "Apesar de não garantir um diagnóstico concreto, o autoexame é o principal indicativo de tumores e anomalias. É fundamental que mulheres após os 40 anos façam testes anualmente, para prevenir e identificar inicialmente a patologia. Em casos de histórico familiar, após completar 20 anos, é recomendado consultar o ginecologista a cada doze meses", conclui.

 


Criogênesis


Preconceito é o pior sintoma da Psoríase, que atinge cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil

O Dia Mundial e Nacional da Psoríase, celebrado em 29 de outubro, visa conscientizar e alertar para o maior mal causado pela doença, o preconceito. Segundo dados da ONG Psoríase Brasil, a patologia atinge mais de 125 milhões de pessoas no mundo e, no Brasil, são mais de 5 milhões. 

Segundo Antonio Lui, dermatologista do hospital Santa Casa de Mauá, trata-se de uma doença inflamatória da pele, crônica e não contagiosa. “As causas ainda não são certas, mas pesquisas apontam que em 30% dos casos é comum a hereditariedade”, explica.

A Psoríase, também pode ser desencadeada ou agravada por alterações emocionais, estresse, traumas cutâneos, irritações na pele, infecções de garganta, baixa umidade do ar, ingestão alcoólica e uso de alguns medicamentos. O principal sintoma da doença são manchas vermelhas e grossas que descamam, surgem no couro cabeludo, nos cotovelos, nos joelhos e até nas articulações (artrite psoriásica), com fortes dores na região.

O diagnóstico correto precisa ser feito por um dermatologista durante um exame clínico, já que as lesões são bastante características. Em caso de dúvidas em relação ao diagnóstico, uma biópsia pode ser solicitada pelo especialista. Vale destacar que formas graves podem estar associadas a outras alterações, como pressão arterial alta e obesidade.

Apesar de não ter cura, a patologia tem tratamento e dependerá de seu desenvolvimento, pois o médico poderá recomendar aplicação de creme, pomada ou gel sobre as lesões, fototerapia, medicações orais e até imunobiológicos, os quais já fazem parte da lista de produtos de alto custo fornecidos pelo governo em casos graves da doença. 

“O acompanhamento multidisciplinar também é indicado, já que o preconceito com a doença leva muitos pacientes a se isolarem. Em razão da aparência, alguns desenvolvem problemas emocionais, depressão, ansiedade, ganho de peso, comprometendo a qualidade de vida. Por isso, é importante conscientizar a sociedade de que a doença não é contagiosa”, esclarece o dermatologista.

Para o sucesso do tratamento, o paciente precisa adotar alguns hábitos, como não coçar as lesões, evitar banhos quentes e longos, fazer uso de cremes hidratantes sem perfume e shampoos neutros, manter uma alimentação saudável, banhos de sol sob orientação médica e evitar sabonetes abrasivos ou esfoliantes

 


Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1.374 - Vila Assis - Mauá

 tel. (11) 2198-8300

https://santacasamaua.org.br/


Covid-19: pacientes podem desenvolver lesões graves e até irreversíveis nas cordas vocais, alerta especialista

 

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Hospital Paulista chama a atenção para um problema comum causado pela intubação prolongada

Com o avanço da vacinação e a recuperação de muitas vítimas da Covid-19, é importante destacar as sequelas deixadas pela doença em alguns pacientes. Nesse sentido, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia alerta para os sérios problemas vocais desenvolvidos em decorrência do tempo de intubação.

“A presença do tubo dentro da laringe e traqueia pode acarretar lesões diversas na região das cordas vocais, causando consequências graves e, em alguns casos, até irreversíveis”, explica Dr. Domingos Hiroshi Tsuji, responsável pelo “Centro Especializado em Laringe e Voz”, o novo Voice Center do Hospital Paulista.

Entre os principais problemas estão: a paralisia de uma ou ambas as pregas vocais; a anquilose, ou seja, a fixação ou rigidez da articulação cricoaritenóidea, responsável pelo movimento das cordas vocais; as estenoses da glote, subglote e traqueia, que podem ser causas de obstrução interna da laringe e traqueia; e as úlceras e granulomas de pregas vocais.

“Já tive, inclusive, que operar diversos pacientes traqueostomizados em decorrência destas alterações”, afirma o especialista. A traqueostomia é um procedimento cirúrgico que consiste na abertura de um pequeno orifício na parte anterior do pescoço, sobre a região da traqueia, no qual é inserido um tubo que facilita a entrada de ar nos pulmões. Ela é indicada quando existe algum bloqueio ou redução da passagem do ar pelas vias aéreas superiores (via aérea acima da traqueia).

O médico ressalta que as lesões acontecem porque o tubo de intubação, em contato prolongado com as estruturas da laringe e traqueia, pode causar inflamações, úlceras e cicatrizes, reduzindo o calibre do espaço respiratório dos órgãos e limitando a mobilidade das cordas vocais.


Relação entre o vírus e a saúde da voz

Assim como muitas questões que precisam ser esclarecidas acerca da Covid-19, Dr. Tsuji destaca que o comprometimento da inervação das pregas vocais, pelo vírus, causando paralisias e outras alterações funcionais, teoricamente pode ocorrer, mas precisam ser estudadas mais a fundo.  

No entanto, o especialista sinaliza que a doença pode, sim, ter relação com as alterações vocais de alguns pacientes. “A produção da voz depende fundamentalmente do ar expelido pelos pulmões, que fazem as cordas vocais vibrarem para produzir som. Consequentemente, a redução da capacidade respiratória pode estar relacionada às mudanças da voz após alguns quadros graves causados pela Covid”, explica.

As dores de garganta também são sintomas comuns em pacientes vítimas da doença. “Como a produção dos diversos sons vocais depende de movimentos complexos do trato vocal, envolvendo laringe, faringe, língua, boca e palato, entre outros, as dores podem ter um impacto maior ou menor na funcionalidade destas estruturas, alterando a qualidade da voz”, complementa.

Segundo o médico, nestes casos, as alterações costumam ser resolvidas espontaneamente, com o cessar da dor, com ou sem o auxílio de anti-inflamatórios e analgésicos.

Geralmente, disfonias relacionadas com alterações orgânicas, como estenoses (estreitamento) e paralisias, são tratadas cirurgicamente. “Quando não há alterações que necessitem de tratamento cirúrgico, o mesmo poderá envolver o uso de medicamentos e fonoterapias. Ainda assim, é imprescindível a procura de um especialista para uma análise mais detalhada de cada caso”, finaliza. 

 


Voice Center - Centro Especializado em Laringe e Voz

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Você se irrita com barulhos específicos? Isso pode ser misofonia

Barulhos repetitivos podem causar estresse em algumas pessoas


Sons de mastigação, respiração, digitação e sacolas são gatilhos fortes para quem tem misofonia. Rita de Cássia Cassou Guimarães, otoneurologista, explica que esse distúrbio está relacionado a um problema emocional. Os estímulos auditivos são confundidos dentro do sistema nervoso central, o que torna o som insuportável.

A misofonia se caracteriza pela aversão a determinados sons, devido a reações anormais nos sistemas nervoso e límbico, mesmo que não tenha deformação no sistema auditivo. Desse modo, em razão de problemas psicológicos, a pessoa é tencionada a desenvolver aversão a sons específicos e às suas repetições. 

Barulhos repetitivos e baixos, na maioria das vezes, provocam nos portadores de misofonia desespero, falta de ar, irritabilidade e falta de concentração. “É como se determinado barulho se tornasse mais intenso a cada segundo”, explica a mestre em clínica cirúrgica. Assim, toda a atenção do paciente se volta ao som, que impede o foco em outro assunto.


Pouco divulgada, a síndrome atinge cerca de 6 mil pessoas ao ano. Por isso, o diagnóstico é feito, na grande maioria das vezes, somente por um profissional capacitado. “É comum pessoas que sofrem desse mal tampouco saberem da origem desse problema”, explica a médica. Desse modo, a procura de um otoneurologista nesses casos é indispensável.

Vale ressaltar que a hipersensibilidade auditiva é um mal que prejudica muito a qualidade de vida de uma pessoa. “Impedida de realizar atividades simples como ler, trabalhar, estudar e conversar, os pacientes são colocados em uma situação de alto desespero na ocorrência de determinados sons”, sensibiliza a doutora. 

A Hipersensibilidade auditiva não possui tratamento, mas existem formas alternativas de amenizar o sofrimento do paciente. Uso de abafadores de ruído, terapia cognitiva, consulta com especialistas em audição e regulagem do sono são opções eficazes para reduzir o tormento. Para todos esses, a consulta com um profissional é de extrema importância. 

 


Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

http://canaldoouvido.blogspot.com

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com

Telefone: (41) 3225-1665 - 41-99216-9009


Prevent Senior não corre risco de quebra e portabilidade é uma das alternativas, esclarece advogada


A operadora Prevent Senior tornou-se alvo de denúncias na CPI da Covid-19. As suspeitas ainda estão sendo investigadas, mas o processo já é o suficiente para levantar debates relacionados ao funcionamento de planos de saúde no país.

"Em relação a Prevent Senior, é importante deixar claro que, por enquanto, não há risco de quebra do plano ou fechamento. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nomeou uma diretora técnica para acompanhar os trabalhos da empresa, e, assim, avaliar se há riscos ou problemas na qualidade para os clientes", ressalta a dra. Tatiana Viola de Queiroz, advogada especializada em Saúde e Direito do Consumidor.

Mas é importante lembrar que há também uma relação de confiança. "Sendo assim, os consumidores que se sentirem incomodados ou preocupados podem trocar de plano, tanto por meio da portabilidade como pela contratação de um outro plano. Ambas as possibilidades possuem requisitos a serem obedecidos, além de prós e contras. Por isso, é necessário buscar ajuda profissional para não ser prejudicado", finaliza a advogada especializada em Saúde e Direito do Consumidor.





Dra. Tatiana Viola de Queiroz - Sócia-fundadora do Viola & Queiroz Advogados Associados, tem mais de 20 anos de experiência como advogada. É Pós-Graduada e especialista em Direito Médico e da Saúde, em Direito do Consumidor, no Transtorno do Espectro Autista, em Direito Bancário e em Direito Empresarial. É membro efetivo da Comissão de Direito à Saúde da OAB/SP. Atuou por oito anos como advogada da PROTESTE, maior associação de defesa do consumidor da América Latina. 

Pandemia aumenta cegueira tratável, diz pesquisa

Pesquisa aponta redução de 47,2% na cirurgia de catarata e 39,4% no tratamento de glaucoma. 2021 sinaliza retomada.

 

 

A catarata responde por 49% dos casos de perda da visão no Brasil. Pior: Pesquisa do Instituto Penido Burnier, conduzida pelo oftalmologista Leoncio Queiroz Neto, presidente do hospital, aponta redução no País de 47,2% nas cirurgias de catarata no primeiro ano da pandemia.

O levantamento tem como base os relatórios do SIA/SUS (Sistema de informações Ambulatoriais do SUS) que revela 384,4 mil implantes de lente intraocular dobrável para eliminar a catarata de janeiro a agosto de 2019 e 202,9 mil cirurgias no mesmo período de 2020. Em 2021, entre janeiro e agosto ocorreu recuperação de 55% no número de cirurgias comparado a 2020, mas ainda assim, os 314,6 mil procedimentos realizados pelo SUS de janeiro a agosto deste ano está 18% abaixo do realizado no mesmo período de 2019. 

Para Queiroz Neto já era esperado que a pandemia tivesse impacto maior sobre a visão dos idosos uma vez que o envelhecimento aumenta os problemas de visão. Outra evidência disso é a queda de 35% nas consultas oftalmológicas realizadas pelo SUS durante a pandemia apontada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte. O CBO também revela que até julho deste ano foram realizadas 265 mil cirurgias de catarata.  Significa que no mês seguinte foram realizadas 49,6 mil novas cirurgias. 

O oftalmologista afirma que muitos tem medo de operar por falta de informação e esta é uma das causas do alto índice de cegueira por catarata. A cirurgia é o único tratamento para a doença. “O procedimento é rápido, dura 15 minutos, a anestesia é local com aplicação de colírio no olho, mais sedação para o paciente relaxar”, afirma. Consiste no implante de uma lente que substitui o cristalino, lente interna do olho que se torna opaca como um vidro embaçado. A maior causa da catarata, explica, é o envelhecimento.” Mas a doença também pode surgir em jovens quando há casos na família, resultar de um trauma no olho, falta de proteção contra a radiação ultravioleta do sol ou do uso contínuo de corticoide”, salienta.

 

Quando operar

Os primeiros sinais da catarata são: visão embaçada, troca frequente de óculos e dificuldade para dirigir à noite. O médico ressalta que quanto menos brasileiros operam maior o custo social. Isso porque, para cada real gasto no procedimento são economizados 4 reais. Por exemplo, comenta, uma estimativa do Ministério da Saúde aponta que 3 em cada 10 brasileiros com mais de 60 anos sofrem, pelo menos, uma queda anualmente. A visão embaçada pela catarata é, sem dúvida, uma importante causa de ferimentos nos olhos, fraturas e acidentes no trânsito porque diminui a visão de contraste e de profundidade, pontua. No consultório, comenta, é comum atender idosos que não conseguiram renovar a CNH. A dica do especialista é sempre passar por um exame oftalmológico antes da prova para garantir a renovação. “Quando a visão atrapalha as atividades é hora de operar” afirma.

 

Diagnóstico de glaucoma também encolhe

Queiroz Neto afirma que a pesquisa junto ao SIA/SUS também mostra em 2019, até o mês de agosto, comparado ao mesmo período de 2020, a tonometria, exame que mede a pressão intraocular para diagnosticar o glaucoma, encolheu 39,4%, caindo   de 3,88 milhões para 2,35 milhões. O oftalmologista explica que a doença é apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a maior causa global de cegueira irreversível. Não dói, nem apresenta sintomas no início. Geralmente aparece em quem já passou dos 40 anos, sofreu trauma ocular, é afrodescendente ou oriental, tem doenças que alteram a vascularização do olho como miopia ou diabetes, e em pessoas com alterações na anatomia dos olhos que dificultam a circulação do humor aquoso, gel que preenche o globo ocular.

O oftalmologista destaca que na pesquisa também comparou o número de tonometrias entre 2020 e 2021 até o mês de agosto. A quantidade de exames realizados aumentou de 2,35 milhões para 3,47 milhões respectivamente, evidenciando, portanto, um aumento de 47% nos exames que ficaram 10% abaixo de 2020 quando a pandemia chegou ao Brasil. Outra revelação do levantamento é que as consultas no SUS com bateria completa de exames para detectar o glaucoma que inclui além da tonometria, a campimetria ou medição do campo visual que vai sendo perdido na doença e a fundoscopia para checar alterações no nervo óptico, representa menos de 10% das consultas que incluem apenas a tonometria.

Segundo o oftalmologista, o maior risco do glaucoma é a falta de sintomas que faz metade dos brasileiros diagnosticar a doença em estágio avançado.

A estimativa do CBO é de que a doença hoje atinge 2,5 milhões de brasileiros e o envelhecimento da população deve aumentar este número. Queiroz Neto explica que 90% dos casos são do tipo primário de ângulo aberto, caracterizado pelo aumento da pressão interna do olho e requer uso contínuo de colírio.  Os outros 10% restantes são do tipo primário de ângulo fechado mais frequente em orientais. Provoca o súbito e aumento da pressão intraocular causado pelo fechamento da câmara anterior do olho devido ao espessamento do cristalino ou da borda da íris, bloqueio pupilar relacionado a medicamentos, ou a combinação dessas alterações. O médico afirma que o fechamento do ângulo requer atendimento oftalmológico imediato. Os sinais de alerta são: enxergar halos, dor de cabeça, visão turva, náusea e vômito.

 

Cirurgia de catarata pode reduzir a pressão intraocular

Queiroz Neto ressalta que muitas pessoas têm a falsa crença de que pacientes com glaucoma não podem passar pela cirurgia de catarata. Não é bem assim. Ele conta que muitos passam a controlar melhor o glaucoma após a cirurgia de catarata, inclusive com diminuição do número de colírios usados. Isso porque, a substituição do cristalino por uma lente intraocular maleável facilita a circulação do humor aquoso.

 

Menos colírio


A boa notícia é que um estudo publicado no The Lancet revela que a cirurgia de catarata pode ser adotada como tratamento de primeira linha do glaucoma primário de ângulo fechado. Realizado com 419 portadores de glaucoma, o estudo submeteu 208 participantes à cirurgia de catarata. Três anos depois os pacientes operados permaneceram usando menos colírio, a pressão intraocular se manteve 1 mmHg menor que os não operados, a função visual e a refração também apresentaram melhora. Entre os 211 participantes que passaram pela iridotomia a laser, técnica cirurgia utilizada em pacientes com glaucoma na qual é feito um furinho na íris para facilitar o escoamento do humor aquoso, o uso de colírios caiu muito pouco, três participantes ficaram permanentemente cegos contra 1 do grupo que operou catarata, a função visual e a refração permaneceram inalteradas.

Queiroz Neto afirma que os casos de glaucoma muito avançados inviabilizam o controle do glaucoma apenas com a cirurgia de catarata. Outra variável elencadas pelo médico é  já ter passado por iridotomia.


Reabilitação precoce e intensiva é determinante para recuperação após AVC

Esta sexta-feira, 29 de outubro, é o Dia Mundial do AVC, doença que é considerada a principal causa de incapacidade no mundo

 

Quando há déficit importantes da independência do paciente, ele pode ser internado em uma unidade de transição de cuidado e reabilitação, como a Clínica Florence

 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de incapacidade no mundo, sendo que 70% dos pacientes não retornam ao trabalho e 50% ficam dependentes de outras pessoas no dia a dia. Contudo, as sequelas podem ser evitadas ou reduzidas com o início do processo de reabilitação precoce. Estudos apontam que 95% dos ganhos de recuperação são observados nos primeiros três meses após o evento, sendo que o tratamento deve ser iniciado entre 4 e 7 dias após a enfermidade.

"É fundamental que essa reabilitação seja feita de forma precoce e intensa, já que quanto mais cedo o paciente é estimulado em um programa de reabilitação adequado, maiores são as chances de reduzir sua dependência, minimizar a extensão de sequelas e promover melhoria da sua qualidade de vida", explica o médico João Gabriel Ramos, gerente médico da Clínica Florence, hospital de transição especialização em Cuidados Paliativos e Reabilitação. 

Esta sexta-feira, 29 de outubro, é o Dia Mundial do AVC, doença que pode reduzir a independência dos pacientes para atividades cotidianas, como comer, falar ou tomar banho. O processo de reabilitação é promovido por uma equipe multidisciplinar, permitindo uma abordagem global do paciente para tratar os diversos aspectos que afetam a sua qualidade de vida e reinserção social e no trabalho.

 

Sintomas - Por ano, ocorrem cerca de 400 mil novos casos de doenças cardiovasculares no Brasil, sendo registradas cerca de 101 mil mortes por AVC. O evento agudo é causado por uma obstrução do fluxo em vasos sanguíneos do sistema nervoso central, no caso do acidente vascular isquêmico, ou pela ruptura do vaso, nos hemorrágicos. 

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas são dor de cabeça muito forte e súbita, fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, paralisia, perda repentina da fala ou dificuldade em se comunicar e perda da visão. Em caso de suspeita, é recomendado procurar o serviço de urgência imediatamente para uma avaliação médica, já que o tempo também é determinante para o tratamento. 

Quadros de pressão alta, obesidade, sedentarismo, colesterol elevado, doenças do coração como arritmias, diabetes, tabagismo e alcoolismo são fatores de risco. O envelhecimento e características genéticas também podem aumentar a probabilidade da doença.


Fones de ouvido aumentam risco de perda auditiva entre os jovens

Ouvir música em alto volume faz mal!


Observe nas ruas, nos ônibus, nas academias. É muita gente com fones no ouvido escutando música, não? Até aí tudo bem, a música é parte essencial de nossa vida, relaxa e faz o tempo passar mais rápido. O problema não está na música e, sim, no volume da melodia que entra por nossas orelhas.

Os fones de ouvido também foram - e ainda têm sido - um acessório indispensável durante a pandemia da Covid-19. Estão presentes nas reuniões virtuais de trabalho, nas aulas on-line e durante as chamadas de vídeo ou áudio com amigos e familiares. Quem está fazendo home office não abre mão deles. Mas se por um lado os fones são úteis, podem também causar danos à audição e provocar perda auditiva precoce.

"É preciso cuidado com o volume do áudio e com o período de uso. Se houver excessos, podem surgir zumbidos, além de danos auditivos", alerta a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.

Qualquer som muito elevado, por tempo prolongado - pode ser um barulho indesejável ou a música preferida em volume alto - gera uma energia sonora que, quando intensa e contínua, lesa a delicada estrutura anatômica auditiva. O resultado pode ser um zumbido desagradável e/ou perda de audição progressiva e, o que é pior, irreversível. E isso pode acontecer em qualquer idade, inclusive entre os jovens.

A febre do uso dos fones preocupa a Organização Mundial de Saúde. (OMS). De acordo com a entidade, mais de 1 bilhão de jovens no mundo correm o risco de desenvolver problemas de audição diante da exposição prolongada e excessiva a sons em volume alto, principalmente por meio dos fones de ouvido. O alerta da OMS veio junto com a publicação, em 2019, de novos padrões para a produção de produtos tecnológicos que, segundo a entidade, estão contribuindo para a atual situação. A estimativa é de que esse risco atinja 50% da população entre 12 e 35 anos de idade.

"A grande preocupação é com o efeito cumulativo para a saúde auditiva. Dependendo do volume e do tempo de exposição ao som elevado, além de predisposição genética, o indivíduo sofre danos cada vez mais severos na audição, de forma contínua, ao longo da vida. E as novas gerações serão as maiores vítimas, principalmente agora que o equipamento está sendo usado com mais frequência", esclarece a fonoaudióloga da Telex, que complementa: "Ao usar fones, evite ultrapassar a metade da potência do aparelho".

Existem vários tipos de fones de ouvido. O melhor é o do tipo circumaural, que envolve toda a orelha, o que ajuda a isolar bem o som externo, permitindo melhor qualidade de som e evitando, assim, que o usuário aumente o volume. Já os fones supra-auriculares também são grandes, mas, em vez de envolverem as orelhas, ficam sobre elas e, por isso, o bloqueio do som ambiente é menor.

Os mais usados ainda são os fones auriculares porque eles já vêm junto com os smartphones. Esses não bloqueiam a entrada dos sons do ambiente e, deste modo, para conseguirem ouvir melhor a programação sonora, muitas pessoas costumam aumentar o volume do aparelho, trazendo riscos à audição.

Existem ainda os fones intra-auriculares, que se encaixam dentro do canal auditivo e permitem um bom isolamento sonoro. Eles podem ser encontrados nas versões Bluetooth e True wireless, mas podem incomodar após muitas horas de uso. Além disso, é bom redobrar o cuidado com o volume do som, pois com esse tipo de fone são maiores os riscos de danos auditivos.


Pandemia dificulta diagnóstico precoce do câncer de mama

Mastologistas da Central Nacional Unimed e da Sociedade Brasileira de Mastologia alertam para os exames e as medidas de prevenção

 

O diagnóstico precoce é fundamental para a eficácia no tratamento do câncer de mama, que ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Ministério da Saúde). A pandemia de Covid-19 tem reduzido as chances de diagnóstico precoce, afastando as mulheres dos consultórios médicos e dos exames para detecção.

"A Covid-19 tem reflexos em nossos consultórios e passamos a atender e diagnosticar pacientes com câncer de mama em estágios mais avançados, principalmente no SUS", afirma o Dr. Sérgio Calmon, médico mastologista do Grupo Amo, parceiro na Bahia da Central Nacional Unimed.

"Nossa percepção é que a demanda está voltando a regularizar nas clínicas e hospitais particulares, porém, no SUS ainda temos uma demanda reprimida muito alta. Por isso, a campanha Outubro Rosa tem um papel fundamental, para chamar a atenção e ratificar a importância da realização da mamografia", comenta o mastologista.

Ele afirma, ainda, "além de ter maiores chances de cura, a paciente com diagnóstico precoce tem um tratamento menos agressivo, com cirurgias menores, evitando em muitos casos a quimioterapia". Sérgio Calmon é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) - regional Bahia.

Um estudo da SBM aponta que o número de mamografias realizadas em 2020 foi 42% menor em relação ao ano anterior, em todo o território nacional. Dados preliminares, não publicados, apontam que ainda não houve recuperação para os níveis anteriores à pandemia.

"Além da queda na realização das mamografias, exame fundamental para o rastreamento da doença, nós identificamos um aumento de mulheres com nódulos palpáveis, saindo de 7,0% em 2019 para 7,9% em 2020, o que preocupa bastante", alerta o Dr. Darley de Lima Ferreira Filho, vice-presidente Região Nordeste, da SBM.

Ele explica que a situação é ainda mais preocupante entre as mulheres nordestinas, de baixo poder aquisitivo, atendidas pelo SUS. "A gente constata nos consultórios a redução do número de consultas. Muitas mulheres que viajavam do interior para as capitais, para consultas e exames, deixaram de fazer isso, porque muitas prefeituras não tiveram condições de arcar com o custo do transporte dessas pacientes, que muitas vezes chegavam em ambulâncias".

Dr. Darley também destaca que a sobrecarga nos sistemas público e privado de saúde, provocada pela Covid-19, dificultou o diagnóstico precoce. De acordo com o Inca, para o Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres, segundo o Inca.

Vários fatores estão relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama. Os principais são envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Dr. Sérgio Calmon ressalta que manter hábitos saudáveis de vida e realizar exames periodicamente, são armas fundamentais na luta contra o câncer de mama. "As recomendações são ter uma dieta saudável, peso equilibrado, praticar exercícios físicos, e todas as mulheres depois dos 40 anos devem realizar a mamografia anualmente. Caso apresentem algum sintoma na mama ou encontrem algo nos exames de rastreio, procurem um (a) mastologista", recomenda.

 


Central Nacional Unimed


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