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sábado, 23 de outubro de 2021

Posições de Yoga podem aliviar desconfortos na terceira idade

pexels
Professor de Yoga Francisco Kaiut defende que a prática para idosos traz diversos benefícios e aumenta a qualidade de vida.

 

Em Outubro, é comemorado o mês dos idosos, para celebrar aqueles com mais experiência que fazem parte da nossa sociedade. Infelizmente, atingir idades avançadas, em alguns casos, também pode ser sinônimo de desconfortos causados por problemas físicos ou emocionais. Hábitos saudáveis como a alimentação correta e a prática regular de yoga podem trazer conforto e alívio de sintomas. 

De acordo com o professor de yoga e criador do Método Kaiut, Francisco Kaiut, os cuidados com idosos envolvem diversas áreas e o método desenvolvido por ele possui posições adaptáveis para as necessidades de cada tipo de corpo e de todas as idades. Além disso, Kaiut defende que as posições têm impacto direto em diferentes zonas do corpo, fato que faz com que haja alterações tanto nas sensações físicas pelo estímulo das articulações, quanto no lado emocional por proporcionar uma regulação do sistema nervoso, diminuindo efeitos do estresse e ansiedade.  

Por isso, o especialista sugere algumas posições de yoga para estimular o início da prática nos idosos.  

Primeiramente, para alívio da ansiedade, pode-se deitar no chão com as pernas para cima, apoiadas na parede. Para garantir que o corpo esteja relaxado e seguro na posição, deve usar-se apoio - como uma almofada - embaixo da cabeça ou do quadril. A distância do quadril da parede também deve ser ajustada de acordo com cada corpo. A ideia é ficar confortável na posição, sem dores! Mantendo-se na posição por alguns minutos, é possível deixar que a gravidade desacelere o corpo, proporcionando um interior mais saudável. 

Ao trabalhar simultaneamente diferentes articulações, o yoga funciona como aliado do sistema nervoso, regulando o mesmo e criando resultados positivos em todo o corpo. Outra posição que pode ajudar é o Sukhasana na cadeira, ou seja, sentar-se em uma cadeira com os pés e os joelhos juntos, em seguida, elevar o calcanhar esquerdo sobre o joelho direito. Pode-se também curvar o corpo para frente, caso haja disponibilidade de movimento para fazer isso sem despertar insegurança e dor. Depois de alguns minutos, deve-se inverter a perna e repetir. Assim, o yoga ajuda a preservar funções cognitivas, massageia internamente os órgãos e descomprime vasos, trazendo alívio, conforto, mobilidade e qualidade de vida.

  

Francisco Kaiut - professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, dores crônicas e ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, um método moderno de yoga que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.


Distúrbio de aprendizagem em matemática atinge cerca de 5 a 7 por cento da população infantil

Estatística aponta que em uma sala de aula com 25 alunos, pelo menos 1 criança é portadora da discalculia

 

A dificuldade em matemática nas salas de aula é um problema que assombra muitas crianças e jovens. Resolver os problemas de uma prova cheia de números é quase um pesadelo. Essa objeção pode estar atrelada a diversos fatores, como qualidade de ensino das escolas no Brasil, a falta de uma didática e materiais de estudos adequados e, muitas vezes, a fatores genéticos, como a discalculia, um distúrbio específico de aprendizagem de origem neurobiológica que afeta a aquisição de conhecimentos sobre os números e os cálculos.

No período de pandemia, esse fator foi evidenciado. Uma recente pesquisa desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação de São Paulo apontou que estudantes regrediram no aprendizado de português e matemática após um ano de homeschooling, devido a necessidade do isolamento social. Mesmo afetando outras ações cotidianas, como ler um relógio, a placa de um carro, memorizar números telefônicos e calcular um simples valor de compra, os professores tendem a ser os primeiros a identificarem o transtorno nas crianças. Mas, desde sempre, é importante que os pais também estejam atentos aos sinais.

Diante desse cenário, a Smartick, método de aprendizagem de matemática para crianças de 4 a 14 anos, que ensina a matéria em apenas 15 minutos por dia, em conjunto com especialistas das Universidades espanholas de Málaga e Valladolid, desenvolveu um teste online e gratuito para detectar o risco de discalculia nas crianças. A prova, que é realizada a partir de um tablet ou computador, tem duração aproximada de 15 minutos e é composta por exercícios relacionados às três principais áreas do aprendizado matemático: comparação, aritmética e reconhecimento de quantidade, algarismos e numeração. O material foi elaborado com a participação de 800 alunos em diferentes áreas da Espanha para a sua validação.

Ao realizar o teste, os pais e professores recebem um relatório com o risco de discalculia, os pontos fortes e de atenção em cada uma das áreas avaliadas. De acordo com o resultado é recomendável que os pais e/ou responsáveis procurem um profissional para uma avaliação completa, que inclui testes psicológicos de inteligência, atenção e leitura. "As crianças com discalculia precisam de um treinamento diário adaptado, baseado em uma compreensão profunda de conceitos e procedimentos. Os exercícios e atividades do plano de estudos personalizado que propomos no método podem ajudar muito os alunos com estas dificuldades", explica Javier Arroyo, cofundador da Smartick.

A discalculia afeta de 5 a 7% da população. O ideal é diagnosticar o mais cedo possível, de preferência ainda quando criança, entre os 6 e 8 anos de idade. Uma criança que não é precocemente diagnosticada com o distúrbio provavelmente receberá rótulos e tratamentos diferenciados, seja na escola, entre os colegas, ou até mesmo em casa. "Isso tem duas consequências claras: no nível acadêmico, a criança desenvolverá uma aversão a matemática, o que agrava o problema; enquanto a nível psicológico, ocorre uma perda da autoestima, sentimento de incapacidade, o desenvolvimento de ansiedade antes de ir a escola. Esse custo pessoal pode acabar tendo um grande impacto no seu desempenho no restante das disciplinas", conclui Javier.

O método Smartick é adaptado também para crianças que têm este e outros distúrbios de aprendizagem, como dislexia e TDAH. O aplicativo pode ser baixado pela loja de aplicativos do tablet ou de forma online pelo próprio site, para as crianças que usarão pelo computador.

 

Smartick

Round 6 é a série mais assistida da história da Netflix. E isso é razão para preocupação de pais e educadores

A série coreana se tornou grande sucesso do público infanto-juvenil. O doutor em neurociências Fabiano de Abreu e a psicóloga Leninha Wagner alertam que a classificação etária não está sendo obedecida, o que pode trazer problemas à saúde mental de crianças e adolescentes.

 

 

Na noite da última terça-feira, a Netflix confirmou que a produção coreana se tornou a mais visualizada da história da plataforma, com 111 milhões de acessos. No ar desde o dia 17 de setembro, o conteúdo dela tem chamado a atenção de pais e educadores de crianças e adolescentes, ainda que sua classificação etária seja indicada para maiores de 16 anos.

 

Diante da repercussão da série, muito tem se comentado sobre a violência gratuita apresentada em seus episódios. Isso se agrava quando se percebe que a classificação etária não está sendo seguida, “e isso pode afetar a percepção e o comportamento dos mais jovens”, alerta o PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu. “Ao assistir estas produções repletas de conteúdo de cunho violento, as crianças e adolescentes acabam ‘normalizando’ e tomando isso como algo comum”, destaca.

 

Sobre os efeitos destes programas na saúde mental, ele acrescenta: "Nunca podemos generalizar. O ser humano é derivado de genótipo e fenótipo, este primeiro como precursor e este segundo como resultado da experiência com o ambiente externo como educação, criação, influências, traumas, inteligência, entre qualquer outro fator que interfira na personalidade que revelam comportamentos que possam se desdobrar em consequências em outras etapas da vida. Uma criança pode ver algo ruim e não repetir, com a consciência de que aquilo não é bom ou não faz bem, como pode querer repetir desafiando ou querendo chamar a atenção. Porque pessoas diferentes, respondem de forma diferente ao mesmo estímulo. Por isso, cada um deve observado individualmente, inclusive, em sua influência sobre as demais”.

 

Além disso, a psicóloga e neuropsicóloga Leninha Wagner explica que “somos uma espécie em constante transformação e podemos sempre ‘melhorar’, mesmo que não tenhamos a condição de ‘modificar’. Além disso, “cada um de nós carrega sua idiossincrasia, e não se pode trocar a essência pela aparência. Pois a inautenticidade é a maior geradora de frustração e depressão. Mas a partir do reconhecimento e identificação de nosso perfil afetivo, podemos promover formas mais saudáveis de sentir. A interface da Educação com a Saúde Mental é uma necessidade que se faz urgente, para que as próximas gerações possam ser contempladas com a maior ferramenta de transformação da realidade: autoconhecimento e poder de escolha. Precisamos nos conhecer para aprender a escolher o melhor para cada um em favor se todos”, completa.

 

Para quem não assistiu, o enredo da série utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: ‘Batatinha frita 1,2,3’, ‘Cabo de guerra’, ‘Bolas de gude’ e outras, para assassinar a ‘sangue frio’ as pessoas que não atingem o objetivo final.

 

 

Jennifer da Silva 

MF Press Global 


Saiba quais as modalidades esportivas indicadas para a idade do seu filho


Segundo o Ministério da Saúde, 6,4 milhões de crianças no Brasil estão com excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. A doença afeta principalmente 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos. Nesta faixa etária, 28% já apresentam obesidade. Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8%. 

Isso, por si só, já justifica a importância da prática de atividade física, mas os benefícios são maiores. Além do desenvolvimento motor e cognitivo, a convivência com outras pessoas e a consciência social são altamente estimuladas, assim como o desenvolvimento físico, mental e emocional.  

De acordo com a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o esporte também é um importante aliado no tratamento de transtornos como déficit de atenção e dislexia, ajuda a controlar posturas agressivas e reduz as chances de desenvolver quadros de ansiedade e depressão.  

“As atividades coletivas contribuem também para o reconhecimento de hierarquias, respeito e disciplina. A disputa saudável ajuda os jovens a saberem lidar com frustrações relacionadas a perdas, contribuindo com o amadurecimento”, reforça a psiquiatra. 

A partir do momento que a criança já tenha uma certa maturidade física, mental e social, já é possível incentivar a prática de esportes. Entretanto, é preciso se atentar aos esportes adequados para cada faixa etária, ainda que as crianças se desenvolvam em graus/níveis diferentes.  

Para ajudar nesta escolha, a psiquiatra Danielle Admoni selecionou as atividades em três faixas etárias diferentes: 2 a 5 anos, 6 a 9 anos e 10 a 12 anos.

 

2 a 5 anos

A coordenação motora fina só se desenvolve nas crianças a partir dos 6 anos. Nesta fase, a atenção e o equilíbrio ainda são limitados. A visão e a capacidade de seguir objetos em movimento ainda não estão completamente desenvolvidos. Portanto, as atividades indicadas são aquelas que dependem da coordenação motora mais grosseira e habilidades básicas, como correr, nadar, rolar, cambalhotas, jogar e pegar objetos de um para o outro.  

“As habilidades podem ser aperfeiçoadas, mas não dependem de um esporte organizado e com regras. Nessa idade, as crianças aprendem explorando, experimentando e copiando as pessoas. As atividades devem ser estimuladas por meio de demonstrações e ter tempo pré-determinado. Evite atividades competitivas e, de preferência, participe com seu filho”, pontua a psiquiatra.

 

6 a 9 anos

Aos 6 anos, a maioria das crianças já tem habilidades motoras suficientes para esportes mais organizados, com regras e em grupo. As regras deixam de ser aleatórias e centradas na própria criança. Mas ainda pode faltar a coordenação entre os olhos e as mãos, exigida em algumas atividades. É possível também que a criança ainda não consiga entender ou lembrar de todas as regras e estratégias de determinados esportes em equipe.  

Sendo assim, os esportes mais adequados são aqueles que podem ter suas regras flexibilizadas e que exijam habilidades mais básicas. Incluem-se nessa lista correr, nadar, pedalar, fazer artes marciais, ginástica olímpica, dança, jogar futebol ou tênis. Esportes que precisam de tomadas de decisão rápidas, reflexos apurados e estratégia de equipe (por exemplo, basquete, handebol e vôlei) ainda não são adequados, a não ser que sejam bastante modificados.  

“As regras devem ser adaptadas para promover ação e participação, sem focar em competitividade, mas em desenvolvimento de novas habilidades. O material e as condições do jogo também devem ser de acordo com a faixa etária: bolas pequenas, campos menores, tempos mais curtos, menos jogadores e mudança frequente de posições”.

 

10 a 12 anos

Nesta fase, a maioria das crianças já consegue realizar atividades complexas, já tem boas habilidades motoras e cognitivas, inclusive para seguir estratégias de jogo, tanto individual como em equipe. Porém, o foco ainda deve ser em desenvolvimento, diversão e participação, não em competição. Vale lembrar que, neste período, muitos já podem estar na puberdade. Ou seja, isso influencia no esporte adequado, pois pode haver crianças muito maiores, mais fortes e mais pesadas do que outras da mesma idade.  

Por isso, o ideal é que as crianças joguem com outras no mesmo estágio de desenvolvimento, para não ter desvantagem. Estas devem ser encorajadas a participar de esportes que não dependem tanto do tamanho, como tênis, natação, artes marciais, ginástica olímpica e dança. Esportes de saltos só são indicados após os 11 anos. Os mais competitivos, com 12-13 anos. Musculação só depois do estirão de crescimento e sob orientação especializada. 

“Lembrando que é fundamental que a criança sinta prazer na atividade física praticada, e não que esteja fazendo só porque é modinha entre os colegas ou, principalmente, que tenha sido imposta pelos pais. O ideal é oferecer as opções de acordo com a idade do seu filho, permitir que ele as experimente e escolha a que mais se identificou. Se a criança praticar um esporte que não lhe proporcione alegria, bem-estar e satisfação, além de afetar seu psicológico, é capaz que, futuramente, ele se torne um indivíduo avesso às atividades físicas e, por consequência, uma pessoa sedentária”, alerta Danielle Admoni.


ENTENDA A ENERGIA DA SUA CASA ATRAVÉS DA NUMEROLOGIA

Os números mantêm valor, tanto energéticos, quanto espirituais e conhecer essa relação pode ser muito benéfica para o seu ambiente.

 

Os números estão presentes em quase tudo em nossas vidas, seja em nossos documentos, nas placas de carros, endereços ou telefones. Porém a importância desses elementos não está somente na organização, mas sim, na maneira como eles influenciam em nossas vidas através de determinadas vibrações energéticas.

“A relação dos números com a sua natureza mística é o que determina e transmite harmonia, entendimento e crescimento. Cada número tem um significado importantíssimo dentro da numerologia, ou seja, os números têm muito mais a dizer do que você Imagina”, afirma a espiritualista Juliana Viveiros da iQuilibrio.

A partir dessas informações, a espiritualista nos ensina a conhecer a energia dos ambientes de acordo com a sequência numérica. Para calcular a numerologia da sua casa você, por exemplo, você precisará do número da sua casa, e da letra, se tiver. “Se você mora em um apartamento, não precisa considerar o número do prédio, do bloco, o andar, a vila ou condomínio. O que importa é o número do seu apartamento” – reforça.

Para chegar ao número final basta somar todas os números da sua casa até chegar a um único algoritmo, por exemplo, se o número da sua casa for 1349, some: 1+3+4+2 = 17 e continue somando (1+7= 8). Sua casa tem energia do número 8. Agora, se a sua casa possui complemento, por exemplo: Casa 73B, basta consultar o valor de cada letra e fazer a soma. A letra B corresponde ao número 2, por isso (7+3+2=12) e (1+2=3). Sua casa tem a energia do número 3!

Valor energético das letras

A=1, B=2, C=3, D=4, E=5, F=6, G=7, H=8, I=9, J=1, K=2, L=3, M=4, N=5, 0=6, P=7, Q=8, R=9,S=1, T=2, U=3, V=4, W=5, Y=6, X=7, Z=8

Agora que você já sabe fazer o cálculo, veja o significado energético de casa resultado:

Numerologia 1:

A energia desse número é de muita liderança, força, renovação e inovação o que pode criar um ambiente propenso a atitudes egoístas e individualistas. Cuidado! No geral, os moradores costumam ser ousados e teimosos, gostam de arriscar e são independentes, elétricos e dinâmicos.

Numerologia 2:

Essa energia influencia muito em uma relação saudável já que faz com que os integrantes dessa casa se inclinem a ser parceiros e amorosos. Intuição, sensibilidade e criatividade sempre estão presentes em um lar com energia 2. Para aqueles que são casais, namorados, músicos, místicos e que gostam de se envolver com a natureza é um número cheio de mistérios e passividades.

Numerologia 3:

A casa da diversão, essa energia é forte e expansiva, colocando influências na área da comunicação, sinceridade e facilidade em meio a lutar por novos caminhos e oportunidades. Esse número também fará com que o ambiente atraia divertimentos e festas. Muito cuidado com a falta de paciência que consequentemente desgastarão as energias, além disso pode haver muita tendência de procrastinar.

Numerologia 4:

Esse número é capaz de fazer com que o lar seja como o abraço materno. Por isso essa energia está muito ligada a estruturação, segurança e proteção. Os moradores serão influenciados pela praticidade, sinceridade, planejamento e muita determinação. E para aqueles que são amantes da natureza vão adorar esse número por ele representar os quatro elementos e trazer essa energia presente.

Numerologia 5:

Uma casa cheia de aventuras, isto é, essa energia é para aqueles que gostam de viagens, festas, comunicação, integração, liberdade, independência e muita aventura. Os moradores geralmente tendem a pender para a versatilidade e expansão para aqueles que trabalham com vendas, eventos ou comunicação é uma energia que vai beneficiar demais os integrantes desse lar.

Numerologia 6:

Essa casa tende a ser muito justa, envolve muita empatia e família, por ser aconchegante, acolhedora, feliz, familiar e energética ela traz sentimentos de proteção e tranquilidade. É como se o ambiente fosse uma terapia capaz de revitalizar todas as vontades e capacidades de todos os moradores.

Numerologia 7:

Vibração mística e intuitiva, é como se fosse um ambiente sagrado que traz proteção e refúgio. O caminho do autoconhecimento e da espiritualidade sempre estão presentes entre os moradores dessa casa. Indicado para aqueles que são apaixonados por estudos esotéricos, filosofia, pesquisas e principalmente para ter uma companhia amorosa e fiel. Ou a própria companhia que fará com que tudo fique bem.

Numerologia 8:

Prosperidade e desenvolvimento material, esse número se liga muito com o dinheiro! Por isso os moradores serão incentivados a agir com liderança, organização, empreendedorismo, poder e muita autoridade. Vale ressaltar que é preciso tomar muito cuidado com o exagero da ambição, nem sempre tudo gira em torno das cosias materiais.

Numerologia 9:

Sabedoria, empatia, tranquilidade, família e compaixão. Essa é uma casa de realização, finalização e felicidade. As pessoas que moram nessa energia geralmente se doam muito e vivem para agradar uns aos outros. Esse número é indicado para descobrir uma verdadeira missão e propósito.

“Se quiser equilibrar a energia do seu ambiente, é possível fazer alguns ajustes, incluindo letras e símbolos. Para isso, um especialista poderá te orientar qual a melhor maneira e o melhor elemento para trazer aquilo que você busca” - - pontua Juliana Viveiros. 

 

iQuilibrio

www.iQuilibrio.com.br


Depressão sazonal: como as mudanças climáticas impactam seu estado mental

Depressão sazonal, também conhecida como transtorno afetivo sazonal (SAD), está relacionada ao desenvolvimento de sintomas depressivos diretamente associados às mudanças climáticas.  

Em geral, a desordem afetiva sazonal começa no outono ou inverno e termina na primavera ou início do verão. Mas não se trata de uma regra, já que o principal desencadeador da depressão sazonal é a menor incidência de luz solar, que pode ocorrer até no verão, quando há mudanças bruscas de temperatura.  

De acordo com um estudo realizado no Departamento de Psicologia Médica, da King’s College/Universidade de Londres, em países tropicais como o Brasil, uma média de 1% da população é afetada pela depressão sazonal, equivalente a quase 2 milhões de pessoas. 

Já segundo a Academia Americana de Médicos da Família, entre 4% e 6% dos americanos podem ter depressão sazonal. A incidência também é grande em países nórdicos, como Finlândia, Noruega e Suécia, uma vez que os dias são mais curtos e há menos horas de luz no inverno.

 

O que ocorre na depressão sazonal

Próximo de estações ou períodos com menos luz solar, muitas pessoas, especialmente as mais suscetíveis à depressão, sentem perda de energia, mudança de humor, maior irritabilidade e até ansiedade generalizada. 

“Tendemos a mudar algumas atitudes e comportamentos devido à baixa temperatura, como ficar mais tempo em casa, diminuindo a exposição ao ar livre. Por consequência, reduzimos a produção de hormônios como a serotonina e a melatonina, responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer. Essa desarmonia pode deixar a pessoa mais deprimida, ansiosa e cansada, gerando o transtorno afetivo sazonal”, explica Dr. Adiel Rios, Mestre em Psiquiatria pela UNIFESP e pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.  

Além disso, com a menor exposição ao sol, diminuem os níveis de vitamina D no organismo, fundamental para a absorção de cálcio, como também para várias funções do sistema imunológico, digestivo, circulatório e nervoso. Daí o maior cansaço e desânimo.  

O transtorno é quatro vezes mais comum em mulheres e costuma acontecer com maior frequência após os 20 anos de idade. “Com alguns pacientes, os sintomas podem continuar mesmo com a chegada do verão. Nestes casos, é preciso ter acompanhamento com um especialista, até para investigar uma possível depressão comum”, diz Adiel Rios.

 

Sintomas típicos

Os principais sinais de uma depressão sazonal são semelhantes ao de uma depressão normal: 

- Labilidade emocional (variação frequente do humor) 

- Desinteresse pelas atividades do cotidiano 

- Dificuldade de concentração 

- Dificuldade para dormir ou sono excessivo 

- Tristeza sem causa aparente 

- Afastamento familiar e social 

- Fraqueza generalizada 

- Dores no corpo

 

Tratamentos

Há diversas alternativas que podem reduzir os impactos negativos da depressão sazonal, e que dependem da gravidade dos sintomas:

 

Uso de medicamentos

Alguns medicamentos podem ser indicados, como antidepressivos. “Estes inibem a reabsorção da serotonina no cérebro, reduzindo sintomas como tristeza e cansaço excessivo. Além disso, há estudos que apontam que a deficiência da vitamina D pode ser compensada com a suplementação, atuando na manutenção do equilíbrio mental e corporal, e proporcionando a energia perdida neste período”, orienta o psiquiatra Adiel Rios.

 

Psicoterapia

Ainda que a depressão sazonal esteja relacionada aos mecanismos biológicos, buscar ajuda psicoterapêutica é fundamental. “A psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), auxilia o indivíduo a entender suas emoções e, consequentemente, saber lidar com elas em diferentes situações”. 

As sessões de psicoterapia, que podem ser feitas individualmente ou em grupo, envolvem, por exemplo, exercícios de reflexão (para ajudar na identificação dos sentimentos negativos) e de respiração (para promover o relaxamento).

 

Fototerapia (terapia de luz)

A fototerapia consiste na aplicação de luz brilhante sobre a pessoa como substituição à exposição solar, sendo realizada em hospitais e clínicas especializadas.  

O indivíduo permanece deitado, enquanto recebe a luz durante um período de 20 a 60 minutos, dependendo da força da luz e o tempo de tratamento estipulado pelo médico. A fototerapia é bastante indicada para pessoas com depressão sazonal, sendo aplicada, normalmente, em conjunto com medicamentos. 

“Vale lembrar que a adoção de hábitos saudáveis é sempre benéfica. A escolha de alimentos nutritivos, como frutas, verduras e legumes, é totalmente favorável à redução da incidência de depressão. A prática regular de atividade física é um importante aliado, pois estimula a liberação dos hormônios responsáveis pelo bem-estar. Por fim, uma boa dica para driblar a depressão sazonal é tirar umas férias e, claro, ir para lugares com o clima bem mais animador”, finaliza Adiel Rios.


Ansiedade social aumenta na retomada da vida ao ‘normal’

Sair de casa, socializar, retomar os velhos hábitos, ir ao cinema, reencontrar amigos, andar pelas ruas, sentar em um restaurante... tudo o que parecia tão simples já não é mais tão trivial para muita gente. Isso porque, depois de mais de um ano e meio com tantas restrições, o medo ultrapassou a saudade que muitos estavam de voltar a viver o ‘novo normal’.

Para o psicólogo e psicanalista Ronaldo Coelho, da capital paulista, já é possível verificar o efeito da diminuição das restrições e do imperativo de retoma das atividades e relações presenciais no consultório de psicanálise. É comum o efeito aparecer como ansiedade social, "É preciso investigar de onde vem essa ansiedade e essa angústia de estar novamente com outras pessoas, uma situação que diz mais do que somente o medo da contaminação", explica.

Em uma analogia simples, o especialista avalia o mundo agora fora das telas. "Enquanto estávamos por trás de um computador ou de um celular, havia um tempo delimitado para falar sobre algo, tratar alguma questão, fazer uma reunião ou conversar um certo tema. Neste cenário, quando a tarefa se completa, simplesmente nos desligamos e seguimos nossa vida no conforto de nossas casas. Sem a possibilidade de simplesmente desligar a própria câmera ou encerrar a chamada quando o assunto acaba, como fica a interação presencial? Esse pode ser um fator que desencadeia uma ansiedade social", revela.

Quando compreendemos o que está havendo, podemos nos reposicionar diante o que nos aparece como perigo e esta tensão pode ganhar outro sentido. "A pessoa pode entender que a expectativa de que algo deva estar acontecendo o tempo todo é derivada desse momento onde a relação se dava assim nas telas, mas que no presencial as expectativas podem ser outras. Por exemplo, pode se fazer "nada" juntos e esse ser o motivo do encontro: somente estar juntos, independente do que aconteça. Isso é libertador", fala Ronaldo.

Segundo estimativas da OMS, os índices de ansiedade e depressão não irão diminuir com o fim da pandemia. A pandemia somente acelerou um processo que estava em curso e que tende a continuar. Portanto, é de se esperar que muitas pessoas continuem precisando de cuidados com a saúde mental, inclusive para conseguirem retornar ao trabalho e à rotina existia pré pandemia.

Por fim, Ronaldo dá uma dica para você identificar em si como está diante desse cenário. "Se a pessoa já completou sua imunização, bem como os familiares que moram com ela, e mesmo assim está com medo de encontrar amigos próximos que também completaram seu ciclo vacinal e que não estão se aglomerando em festas, por exemplo, ela deve se perguntar do que afinal está com medo. Esse é um termómetro importante, pois quando o motivo racional da manutenção do isolamento não se sustenta, há que se pensar que pode estar acontecendo para a Covid um deslocamento de outro medo."

 

Ronaldo Coelho -  idealizador e professor do curso Análise do Discurso na Clínica Psicanalítica, que tem por objetivo formar psicólogos e psicanalistas para realizarem uma análise consistente de seus pacientes desde a primeira sessão. Atua como psicanalista em seu consultório particular e mantém o canal Conversa Psi no YouTube. Graduado em Psicologia (USP) e Mestre em Psicologia Institucional (USP). Foi professor de Psicologia Médica do curso de graduação de Medicina (UNIFESP) e preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde (UNIFESP). Trabalhou em hospitais como Hospital São Paulo e Hospital Universitário da USP, onde, além da assistência aos pacientes e familiares, realizava supervisão clínica de atendimentos psicológicos desenvolvidos por estudantes e psicólogos, orientação de pesquisas e aulas em Psicologia Hospitalar.

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A dieta da mente: quando o cérebro precisa mesmo comer

A alimentação é um fator de proteção contra doenças neurológicas, quem explica é o neurocirurgião do Hospital das Clínicas de SP, Dr. Fernando Gomes, que ensina: "Quando vem a fome e a barriga ronca depois de algumas horas sem comer, quem na verdade está mandando essa informação para a sua mente é a grelina, substância produzida e liberada pelo estômago que sinaliza o hipotálamo, região do cérebro responsável por programar o circuito neural da fome. É nessa região cerebral que o apetite é regulado. Ali, os níveis sanguíneos de glicose e insulina e os hormônios grelina e leptina são monitorados para avaliar se o organismo tem calorias e nutrientes suficientes para funcionar ou não", revela.

Uma combinação de líquidos, cafeína, vitaminas e carboidratos compõem a quantidade ideal de energia e pode ser tudo o que seus os neurônios precisam para funcionar adequadamente. "Por isso que dietas altamente restritivas e sem acompanhamento adequado podem deixar uma pessoa sem energia e com as habilidades de raciocínio comprometidas", alerta.

Para que os níveis de glicose sejam estáveis durante o dia, é extremamente importante realizar três refeições maiores todos os dias intercaladas por pequenos lanches. Então, um café da manhã reforçado, um almoço ponderado com proteínas e carboidratos e um jantar menos pesado constituem as três maiores refeições que garantem o combustível completo do cérebro para aumentar a concentração, a agilidade mental, a paciência e até o bom humor já que cada grupo de alimento exerce uma função diferente e essencial no cérebro. A alimentação fracionada pode fazer toda a diferença para o bom funcionamento da mente.

"As evidências cientificas já nos provaram que o estilo de vida exerce um papel importantíssimo no incremento das funções cerebrais e na prevenção das doenças neurodegenerativas. Tudo isso começa na alimentação. Uma das dietas mais estudadas atualmente é a mediterrânea, que diminui os riscos de desenvolver Alzheimer e Parkinson, além de doenças cardiovasculares e obesidade, que indiretamente também incidem sobre a saúde encefálica. A dieta mediterrânea típica inclui azeite de oliva, vinho tinto, vegetais, carboidratos integrais, peixes e carne branca", conta o médico.

Um artigo americano recente conseguiu mostrar uma revisão abrangente do azeite extra-virgem e os benefícios do consumo de ácidos graxos e ômega 3 dos peixes. Os ensaios clínicos confirmam os efeitos salutares do consumo de peixe na prevenção de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e das demências.

Os polifenóis e flavonóides de origem vegetal desempenham um papel fundamental dentro da dieta mediterrânea, graças às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias de benefício no diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral e prevenção de câncer.

Do ponto de vista da saúde pública em todo o mundo, o consumo diário de frutas e vegetais tornou-se a principal ferramenta de prevenção de doenças cardiovasculares e derrames. Mas, para o bom funcionamento do cérebro há diversos alimentos com nutrientes essenciais que precisam ser balanceados. E é por isso também que a ingestão de grande quantidade de alimentos em uma refeição única no dia provoca grande gasto energético para o sistema digestivo e consequentemente sonolência, o que diminui muito a performance mental.

A chave de tudo é a variedade, mas sem deixar de lado a moderação. "Não existem alimentos e nem dietas milagrosas, mas há sim inimigos para o cérebro, como o excesso de sal, de açúcar e as gorduras trans encontradas em alimentos processados. E os amigos, que listo indicando a razão para eles entrarem de vez, na dieta", ensina;

Todos os dias: amêndoas, nozes, feijão, uma taça de vinho e azeite de oliva;

Pelo menos três vezes ao dia: folhas verdes escuras, legumes variados e grãos integrais;

Pelo menos duas vezes na semana: carne de aves e frutas vermelhas;

Uma vez por semana: peixes;

Restringir a ingestão de: manteiga (menos de uma colher de sopa ao dia) queijos, frituras, fast foods e doces (menos de uma porção por semana).


Dr Fernando Gomes - Corresponde médico da TV CNN Brasil diariamente no Jornal Novo Dia. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena um ambulatório relacionado a doenças do envelhecimento no Hospital das Clínicas. https://www.fernandoneuro.com.br / @drfernandoneuro


Referência:

Román GC et al. Mediterranean diet: The role of long-chain ω-3 fatty acids in fish; polyphenols in fruits, vegetables, cereals, coffee, tea, cacao and wine; probiotics and vitamins in prevention of stroke, age-related cognitive decline, and Alzheimer disease. Rev Neurol (Paris). 2019 Dec;175(10):724-741.


Conheça quatro histórias que trazem à tona o machismo e abuso psicológico contra mulheres

O machismo e o sofrimento por meio de abuso psicológico é realidade para muitas mulheres; a advogada que trabalha com Desenvolvimento Humano e Empoderamento Feminino, Mayra Cardozo, fala sobre histórias que mostram essa realidade de formas diferentes

 

Não é novidade que o Brasil é um país estruturalmente machista em todos os seus espaços. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), no último ano, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência. Isso mostra que cerca de 17 milhões de mulheres, totalizando 24,4%, sofreram violência física, psicológica ou sexual no último ano. É importante saber que as situações de machismo e abuso psicológico contra as mulheres acontecem em qualquer espaço, desde dentro do trabalho, até na rua ou dentro de casa.

 

De acordo com a advogada que trabalha com Desenvolvimento Humano e Empoderamento Feminino, Mayra Cardozo, o abuso psicológico é uma das violências mais comuns e tende a começar de uma maneira muito característica. “Normalmente, os abusos começam com o parceiro isolando a mulher dos seus recursos, então ela cria uma dependência já que não tem aspectos financeiros que dêem suporte para ela. É característico também que o parceiro isole a mulher da família e amigos, para que ele se torne o único recurso de proteção, conforto e carinho para ela. São homens extremamente machistas que, muitas vezes, impedem a mulher de trabalhar e sair, querendo que a mulher viva uma vida pautada na dele”, explica.

 

Além disso, a questão financeira é uma das principais formas que os homens tentam ter dominância sobre a mulher em relações abusivas. “O abuso psicológico vem também da mulher ser isolada financeiramente. São coisas que começam a acontecer dentro da dinâmica do relacionamento. O parceiro começa a colocar a mulher pra baixo, transparecendo que ele é alguém maravilhoso e ela não, que não faz nada direito. Isso acaba com a autoestima da mulher. Com isso, ela pode passar a não ter dinheiro e começa a viver na dinâmica que é intitulada pelo parceiro. Além disso, é comum que algumas pessoas usem o ciúmes como desculpa para ter atitudes como essas”, complementa a advogada.

 

Para esclarecer melhor o tema, a advogada listou quatro histórias que demonstram o machismo e abusos psicológicos contra as mulheres. Confira:

 

A série ‘Sex Life’

 

Um dos pontos centrais da série é a demonstração da liberdade sexual da mulher, algo que pode ser positivo, mas também ter alguns pontos negativos. “É importante quebrar tabus relacionados a sexo, mostrando que as mulheres também tem liberdade sexual e podem sentir desejos. Mas, o que acontece nessa série, é que acabam reduzindo os desejos sexuais da protagonista somente pelo fato do homem ter uma genitália grande. É como se o desejo sexual dela estivesse pautado somente nisso, o que acaba trazendo um tom bem machista para a série, que poderia ser sobre uma liberdade sexual que todas as mulheres têm”, explica Mayra.

 

Além disso, é possível observar as características de um relacionamento abusivo, em que o homem quer tudo do jeito dele e usa desculpas para todos os seus erros. “Nós, mulheres, somos criadas em uma sociedade patriarcal em que temos a função de ser a única responsável por fazer um relacionamento dar certo. A mulher carrega esse peso de ter que amar demais, aceitar demais, perdoar demais. Além disso, a série demonstra perfeitamente a forma em que, às vezes, as mulheres desistem de suas carreiras e são restringidas somente ao papel de mãe quando tem um bebê. É a perfeita demonstração da sociedade machista e patriarcal que acredita que o único e mais importante papel de uma mulher é cuidar do seu filho”, entende.

 

O documentário ‘Elize Matsunaga: Era uma vez um crime’

 

A série documental conta sobre a história de alta repercussão em que Elize Matsunaga assassinou e esquartejou o marido, Marcos Matsugana, o então CEO da empresa alimentícia Yoki, em 2012. “Eu acho que, pela primeira vez, conseguimos assistir a história de um caso em que podemos ver os dois lados, tanto o da vítima quanto o da pessoa que cometeu o crime, de uma maneira muito humanizada. O crime é um fruto social e, acho muito interessante, que a Elize conta o que levou ela a cometer o crime, os abusos psicológicos que ela sofria. No julgamento dela, sempre foram usadas questões pelo fato dela já ter sido prostituta, então a série consegue mostrar todo o machismo que permeou aquele julgamento, além da relação abusiva entre ela e a vítima”, esclarece a advogada.

 

Com toda a linha do tempo do documentário, já é possível perceber como a relação entre os dois começou de forma errada. “Era algo como um relacionamento abusivo mesmo porque ele afastou ela de todo mundo, ele quem tinha os recursos, ele que mandava na relação, até que ele começou a ter essa dinâmica com uma outra pessoa também. Outra coisa que ficou muito claro foi a forma de conduzir a relação, em que ele dizia que ela era louca e que iria interná-la. Mostra um lado interessante do abuso psicológico que ela sofreu e que também levou ela a cometer o crime. Além de tudo, mostra a questão da maternidade, no sentido de que ela não poderia ter cometido aquele crime por ser mãe. Uma outra questão interessante mostrada na série é que o tempo todo procuraram um ajudante para ela, como se ela não fosse capaz cometer um crime como aquele e ter feito tudo sozinha somente por ser mulher”, diz.

 

A série ‘The Bold Type’

 

Para a advogada, a série, que é inspirada na vida da ex-editora-chefe da Cosmopolitan, Joanna Coles, quebra alguns paradigmas interessantes. “Alguns movimentos radicais feministas passam erroneamente a ideia de que não gostar de homem é ser feminista, então muitas mulheres que são independentes, emponderadas e que lutam por causas sociais, deixaram de se rotular como feministas. Passou-se a entender que ser feminista é algo redical, que você não pode ser feminina. É, claro, uma visão errônea sobre o tema porque ser feminista não depende de gênero, sexo, daquilo que você gosta ou não gosta. Então, começou-se a entender que tem que existir um esteriótipo para ser feminista e a série vem justamente para quebrar isso”, explica Mayra.

 

É importante ressaltar que a pauta da série é baseada em um feminismo branco, norte-americano, que aborda questões de mulheres no mercado de trabalho, mas não se resume somente a isso. “O que eu gosto nesta série é que não é algo raso, eles trazem pautas de interseccionalidade, pautas sociais e relacionadas a pessoas refugiadas e imigrantes fazendo duras críticas aos Estados Unidos. É um seriado norte-americado, mas traz críticas interessantes e quebra com o estereótipo de que grupos específicos de mulheres podem ser femininas e outros não. Acho isso algo extremamente interessante e necessário, porque, quanto mais mulheres se intitulam feministas e lutam pela causa, mais as mulheres se unem”, acredita. 

 

O livro ‘O conto de Aia’

 

Sobre ‘O conto de Aia’, a advogada costuma fazer um paralelo em relação aos dias atuais acreditando que, quem acredita que a história está distante dos dias atuais, muito se engana. “Atualmente, nós vemos um advento do conservadorismo, por exemplo, com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e com o Presidente da República, Jair Bolsonaro. Na América Latina, vemos um conservadorismo extremo. Então, é algo que não está distante e nos mostra que o conservadorismo sempre vem com a repressão de corpos das mulheres, controlando a questão de natalidade, de ter filhos. É muito importante trazer essa questão para as pautas, ainda mais em um país como o Brasil que penaliza o aborto”, entende Mayra. 

 

Para ela, muitas pessoas têm a visão de que a história mostra uma realidade paralela, mas é algo muito real atualmente. “Nós temos um governo homofóbico, segregador, que traz uma supremacia de uma determinada raça em detrimento aos outros e que já deixou muito claro o pensamento em relação às mulheres. Essa é uma história que nos faz pensar e refletir o quanto é importante lutar por algumas pautas contra o totalitarismo, contra o monopólio de força por parte do Estado, e contra políticas ditatoriais. É importante ter a ideia de que pautas de direitos humanos são pautas que não estão asseguradas para sempre”, completa.

 

Em relação aos Direitos Humanos, muitos direitos já foram conquistados, mas é importante continuar lutando para mantê-los. “A verdade é que sempre pode aparecer alguém no poder que vai tentar tirar os direitos humanos da sociedade. Podemos ver isso claramente acontecendo no Afeganistão, com a volta do Talibã ao poder. Em ‘O conto de Aia’, isso fica muito claro quando é mostrado uma sociedade normal e, do nada, um populista assume o poder e instala uma ditadura. Essa história nos traz uma noção do quanto temos que estar sempre vigilantes pelos nossos direitos, vigilante por manter uma sociedade em que possamos falar e tenhamos domínio sobre o nosso corpo, e está constantemente lutando para garantir isso”, conclui a advogada. 

 



 Mayra Cardozo - Advogada especialista em Direitos Humanos pela Universidade Pablo de Olavide (UPO) – Sevilha. A professora de Direitos Humanos da pós-graduação do Uniceub - DF, é palestrista, mentora de Feminismo e Inclusão e Coach de Empoderamento Feminino. Membro permanente do Conselho Nacional de Direitos Humanos da OAB e do Comitê Nacional de Combate à Tortura do Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos.


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