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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Outubro Rosa

 Natali Gutierrez fala da importância do conhecimento do corpo para mulheres


No mês de outubro acontece o movimento Outubro Rosa, uma campanha de conscientização que tem como objetivo alertar as mulheres e a sociedade sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama.

“Não é apenas em outubro que as mulheres devem lembrar de se tocar. Esse processo tem que fazer parte da vida, do dia a dia, pois somente conhecendo seu corpo sem medo, terá domínio e poderá sentir mudanças” comenta a sexóloga Natali Gutierrez, nome a frente da Dona Coelha.

Mas nem todas as mulheres conseguem ter essa liberdade própria de se tocar e se conhecer, e isso se deve muito a cultura de criação. Natali ressalta as barreiras do autoconhecimento.

“Desde pequenas nos deparamos com a intimidação, onde não somos incentivadas a conhecer nosso corpo. Sempre ouvimos o famoso tira a mão daí, fecha essas pernas... Enfim, isso vai desde a infância até a adolescência, então nunca nos sentimos convidadas a olhar nossa região intima”

Natali ressalta a importância do conhecimento do nosso corpo e como isso ajuda a identificar alguns problemas.

“O toque é extremamente importante, não apenas para o prazer, mas sim pelo autocuidado, autoconhecimento. É importante sabermos diferenciar os sinais que recebemos do nosso corpo, por exemplo, será que estou com um corrimento anormal ou é algo natural do meu organismo”?

Nosso corpo é funcional, quando algo não vai bem, ele emite sinais físicos, por isso é importante estar sempre atenta as mudanças.

“O conhecimento do nosso corpo beneficia o entendimento de como tudo funciona. Conhecendo nosso corpo conseguimos identificar as mudanças que os hormônios causam entender as fases que passamos ao longo do mês, entender quando estamos mais introspectivas ou mais felizes. Quando estamos seguras não temos medo de nos tocar, por isso, a importância de aprender a cuidar de si própria, de sentir e conhecer o seu eu, isso será um grande aliado para que a você possa sempre examinar suas mamas e qualquer indicio de mudança procurar sua médica de confiança” finaliza.


"Curadores de qualidade": médicos de laboratórios exercem papel fundamental na avaliação de pacientes

No Dia do Médico, especialista do Frischmann Ainsengart explica a atuação dos profissionais nos laboratórios.

 

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC-ML) estima que 70% das decisões médicas são baseadas em resultados de exames laboratoriais. Exames de imagens e de análises clínicas oferecem informações que levam à prevenção, ao diagnóstico e ao prognóstico de doenças. Eles podem apoiar na avaliação dos riscos que cada paciente tem de desenvolver problemas de saúde e definir tratamentos menos invasivos.

Por trás do resultado do exame, existe uma equipe formada por médicos, bioquímicos e biomédicos que trabalha diuturnamente para entregar qualidade e acuracidade. Além disso, a equipe médica dos laboratórios e da radiologia atua apoiando os prescritores em discussões de casos e dúvidas técnicas sobre os exames e hipóteses diagnósticas. É o que explica a diretora médica dos laboratórios que integram a Dasa na Região Sul, doutora Myrna Campagnoli.

"O principal papel do médico na atuação em laboratórios é avaliar se existe coerência clínica entre os resultados e auxiliar na avaliação de todas as discordâncias de resultados, ou seja, quando o médico ou paciente sinalizam que aquele resultado não é compatível com a situação clínica", esclarece a especialista, que está à frente do Laboratório Frischmann Ainsengart, em Curitiba (PR). Vale lembrar que o médico dentro do laboratório não realiza atendimento clínico e possui atuação exclusiva de orientação e de direcionamento para o colega que solicitou o exame, ou para um profissional da especialidade que está conduzindo o quadro.


Exames de análises clínicas e imagens

Segundo a doutora, a assessoria médica dentro dos exames de análises clínicas tem um papel importante na discussão de casos clínicos com o prescritor, nas sugestões de exames complementares não habituais e no auxílio para a interpretação de fluxogramas de diagnóstico e de resultados de exames. "Resultados muito alterados e de valores críticos, que representam risco de vida para o paciente, sempre são avaliados pelo médico do laboratório", esclarece Myrna.

Já na radiologia, o médico que realiza e lauda os exames pode ainda emitir opinião sobre as hipóteses diagnosticas e informar características ou achados que não estejam completamente descritos no laudo fornecido e que podem ser importantes para o diagnóstico.


Suporte médico na vacinação

O papel do médico nos laboratórios também é relevante na vacinação, principalmente no cuidado das reações vacinais. Doutora Myrna explica que algumas vacinas produzem reações locais de grande intensidade. "Nosso papel é tranquilizar o paciente, avaliar a reação e demonstrar que ela é normal e, muitas vezes, até benéfica", aponta.


Atuação ética

Um dos pontos que merece destaque no trabalho do médico dentro do laboratório, de acordo com Myrna, é a atuação ética: "Respeitamos integralmente a solicitação médica, a conduta e a indicação dos exames feitas pelos médicos do paciente. Nosso papel é o de fazer a discussão clínica quando somos procurados e em casos críticos", esclarece. "A atuação do médico no laboratório é baseada em preceitos éticos de não-interferência na conduta do colega e dentro das nossas áreas de atuação", continua.

"Enxergo os médicos de laboratório como curadores de qualidade. Temos condições de avaliar e transitar por várias etapas da realização de exames e aplicação de vacinas em busca das melhores práticas, desde o momento do atendimento, até a coleta, as metodologias utilizadas.


Seconci-SP alerta para os riscos da sífilis não tratada, em especial nas gestantes

Dados do Ministério da Saúde apontam que a cada 100 mil brasileiros, 54,5 testaram positivo para sífilis adquirida, em 2020

 

No terceiro sábado de outubro é celebrado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita (dia 16). Segundo o Ministério da Saúde, em 2020, a cada 100 mil habitantes, 54,5 testaram positivo para a sífilis adquirida, mais prevalente na faixa etária de 20 a 39 anos. A supervisora médica do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Luiza Sanches Maia de Souza, destaca que a doença tem cura, mas pode trazer riscos para a saúde se não tratada da forma correta. 

“A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode ter várias manifestações clínicas e diferentes estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença”. 

A médica explica que a doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o ato sexual sem preservativo com alguém infectado, através de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. “Por isso a importância do uso de preservativo e acompanhamento durante a gestação (pré-natal), que são meios simples, confiáveis e baratos de prevenção”. 

Na fase primária, geralmente surge uma única ferida, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele), que aparece entre 10 e 90 dias após o contágio. Essa lesão é rica em bactérias. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha.

“Os sinais e sintomas da sífilis secundária aparecem entre seis semanas e seis meses após o surgimento e cicatrização da ferida inicial. Podem ocorrer manchas pelo corpo que, geralmente, não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés. Essas lesões são também ricas em bactérias. A pessoa contaminada está sujeita a febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo”, explica dra. Luiza.

 

Diagnóstico e tratamento

“O diagnóstico é feito pela avaliação clínica, testes rápidos e exames laboratoriais. E o tratamento é à base de penicilina benzatina. Essa medicação não se aplica ao estágio terciário, que é o mais grave, chegando a acarretar doenças cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte”, afirma dra. Luiza. 

Segundo a médica, as gestantes exigem especial atenção, pois a sífilis não tratada pode causar sequelas graves no bebê, como surdez, cegueira, deficiência mental ou mesmo a morte ao nascer. “Por isso a importância de se fazer o pré-natal corretamente. São feitos três exames para detectar sífilis, um a cada trimestre da gestação. O último é feito na sala de parto. O parceiro sexual também tem de ser testado e tratado, para evitar a reinfecção”. 

Dra. Luiza ressalta que o mais indicado é se observar, pois o aparecimento de manchas ou feridas pelo corpo merece uma consulta ao médico, para o correto diagnóstico e tratamento, evitando assim que uma doença que tem cura, evolua e possa gerar complicações graves.


Dia Mundial da Osteoporose: dicas para um futuro sem a doença

SBGG reforça a necessidade de conscientização e destaca a importância da prevenção à esta patologia que afeta cerca de 15 milhões de brasileiros


O dia 20 de outubro marca o dia de conscientização sobre uma doença que afeta grande parte da população idosa: a osteoporose. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reforça a importância desta campanha e alerta para a prevenção, diagnóstico e tratamento desta patologia que pode trazer muitas consequências negativas para a saúde daqueles com mais de 60 anos.

A osteoporose é uma enfermidade caracterizada pela redução da qualidade e da densidade mineral óssea, causando predisposição à fragilidade dos ossos e risco aumentado de fraturas. Cerca de 15 milhões de pessoas convivem com a doença no Brasil atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde. Estima-se que a cada três segundos ocorra uma fratura osteoporótica em algum lugar do planeta. São aproximadamente nove milhões de fraturas, anualmente, em todo o mundo, sendo a maior parte destas, na população idosa. A incidência de fraturas aumenta exponencialmente nas idades mais avançadas.

"Existem muitos fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver osteoporose, sendo dois dos mais significativos o sexo e a idade. Mulheres com mais de 50 anos ou na pós-menopausa têm maior risco. Isso porque elas sofrem rápida perda óssea nos primeiros dez anos após a menopausa, devido à redução dos níveis de estrogênio, hormônio que protege contra a perda óssea excessiva", explica a geriatra Ana Cristina Canêdo, que compõe a atual Diretoria da SBGG, e é coordenadora do Programa de Residência médica em Geriatria do Núcleo de Atenção ao Idoso, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A osteoporose também afeta os homens e pode ser ainda mais fatal para eles. "Espera-se que cerca de 80 mil homens fraturem o quadril anualmente. Além disso, eles têm maior probabilidade de morrer um ano após a fratura do quadril. A osteoporose pode ocorrer em pessoas de todas as raças e etnias. Em geral, no entanto, brancos e asiáticos possuem maior risco", pontua.

Ela explica que a patologia possui um forte componente genético, sendo considerada uma doença poligênica. Isto significa que o histórico familiar está muito relacionado ao risco de ter a doença. Por isso, é preciso dar atenção aos sinais. Ter pais ou avós com indícios de osteoporose, como fratura no quadril após uma pequena queda, está associado a um risco maior de desenvolver a osteoporose.

Os locais mais comuns atingidos pela osteoporose são a coluna (vértebras), a bacia (fêmur), o punho (rádio) e braço (úmero). Ana Canêdo esclarece que, entre estas, a fratura mais perigosa é a do colo do fêmur. "Um quarto dos pacientes que sofrem esta fratura morrem dentro de seis meses e os que sobrevivem apresentam uma redução importante da qualidade de vida e independência".


Doença silenciosa

A osteoporose é uma doença silenciosa, raramente apresenta sintomas antes que chegue a um estágio mais grave, isto é, uma fratura óssea. O ideal é que sejam feitos exames preventivos periódicos para ela ser diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas. O principal deles para o diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea (DMO).

"O exame está indicado para todas as mulheres a partir de 65 anos e homens com 70 anos ou mais. Além disso, as mulheres com menos de 65 anos na pós menopausa e os homens com mais de 50 anos, que possuam fatores de risco, também devem realizar a DMO para confirmar a presença da osteoporose", afirma Ana Cristina.


Prevenção

De acordo com a especialista, para um futuro sem osteoporose ou fraturas, deve-se investir em prevenção ao longo da vida. As principais recomendações são exercitar-se regularmente, incluindo exercícios de fortalecimento muscular e treinamento de equilíbrio. Garantir uma nutrição rica em cálcio e proteínas - principais nutrientes para a saúde óssea, e buscar níveis suficientes de vitamina D, que podem ser obtidos através da exposição à luz solar em horários seguros, ou através da suplementação sob prescrição médica. Além disso, evitar hábitos prejudiciais, como tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, são estratégias importantes para a prevenção.


Tratamento

O tratamento da osteoporose envolve o uso de medicamentos que diminuem ou mesmo interrompem a perda de massa óssea, tendo como principal objetivo a redução do risco de fraturas. Há diversas classes de medicamentos que poderão ser utilizadas, porém a seleção do medicamento deverá ser feita pelo médico especialista de acordo com as particularidades de cada paciente. Além disso, são empregadas medidas para diminuir o risco de fraturas, como fortalecimento muscular, treinamento de equilíbrio e adaptações para reduzir a ocorrência de quedas.



Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG


Especialista do HCSG explica o que é câncer de mama e seus principais sintomas

Segundo o INCA, para o ano de 2021, foram estimados 66.280 novos casos da doença no Brasil


O câncer de mama é o crescimento descontrolado de células da mama que adquiriram características anormais (células dos lobos, produtoras de leite ou dos ductos, por onde é drenado o leite), causadas por uma ou mais mutações no material genético da célula

Ocorre quase que exclusivamente em mulheres, porém homens também podem desenvolver o tumor. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer , (INCA), para o ano de 2021, foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.

"Quando falamos em câncer de mama, muitas pessoas associam seu desenvolvimento com fatores genéticos e de risco, como mulheres com histórico familiar de câncer e idade avançada. Essas informações, porém, não significam um diagnóstico preestabelecido, cada organismo é particular e age de maneira diferente’’, explica Marco Antônio Dugatto, especialista responsável pelo serviço de mastologia do HCSG.

O especialista ressalta que há outros motivos que podem causar câncer de mama, como:

• Ser mulher: apesar de ser possível homens terem câncer de mama, mulheres têm
maiores chances de desenvolverem a doença;

• História pessoal das condições da mama: há um risco maior do câncer se anteriormente foi encontrado um carcinoma lobular in situ ou hiperplasia atípica na mama em exame de biópsia;

• História pessoal (Histórico) de câncer de mama: se a paciente já foi diagnosticada com câncer de mama em um dos seios, há mais chances do desenvolvimento do tumor na outra mama;

• História familiar (hereditariedade): pacientes que têm a doença no histórico familiar têm maior risco de também a desenvolverem;

• Genes herdados que aumentam o risco de câncer (mutação genética): certas mutações genéticas que aumentam o risco do câncer de mama podem ser passadas de pais para filhos. As mais conhecidas são as BRCA1 e BRCA2;

• Avanço da idade;

• Exposição à radiação em tratamentos no peito quando criança ou jovem adulto;

• Obesidade;

• Primeira menstruação precoce;

• Entrada na menopausa em idade avançada;

• Nunca ter engravidado ou ter passado pela primeira gestação após os 30 anos;

• Uso de medicamentos de terapia hormonal pós-menopausa;

• Consumo de bebidas alcoólicas.

Embora muitos tipos de câncer de mama possam se apresentar como um nódulo, nem todos são dessa forma. "Há outros sinais e sintomas que quando percebidos, a mulher deve comunicar imediatamente ao seu médico. É importante entender que a maioria dos nódulos na mama não é câncer. Muitos podem ser benignos, com crescimentos anormais, mas não se disseminam. Vale ressaltar que qualquer alteração na mama deve ser examinada por um profissional para determinar se é benigna (ou não) e se isso pode implicar em um risco de desenvolvimento de um tumor maligno no futuro" alerta.


Sintomas

Os sintomas podem variar e algumas mulheres que têm câncer podem não apresentar nenhum desses sinais. "O indício mais comum do câncer de mama é o aparecimento de um nódulo ou massa geralmente sólido, indolor e com bordas irregulares, mas os cânceres de mama podem ser sensíveis ao toque, macios e redondos podendo ser até dolorosos", destaca.

Ele pode apresentar várias manifestações como:

• Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo);

• Nódulo único endurecido;

• Irritação ou abaulamento de uma parte da mama;

• Dor na mama ou mamilo;

• Inversão do mamilo;

• Eritema (vermelhidão) na pele;

• Edema (inchaço) da pele;

• Espessamento ou retração da pele ou do mamilo;

• Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos;

• Linfonodos aumentados.


Diagnóstico e Prevenção

Quando diagnosticado na fase inicial, há 95% de chance de cura. Por isso, é extremamente importante estar em dia com os exames de rotina e, para mulheres acima de 40 anos, é fundamental fazer a mamografia preventiva anualmente. "É um exame que eu considero como um dos procedimentos mais eficazes na detecção precoce da doença", enfatiza.

"Infelizmente, a medicina ainda não evoluiu a ponto de termos uma solução única para a prevenção do câncer de mama, pois alguns fatores de risco não são possíveis de serem controlados como a questão genética. Mas, podemos adotar muitas medidas preventivas, como por exemplo alguns hábitos que podem reduizr pela metade as chances de desenvolver a doença", finaliza o especialista.

 


Hospital Casa de Saúde Guarujá


Transgêneros e câncer de mama: conheça os riscos da falta de informação sobre a doença

"Disseminar informação de qualidade é a maneira mais eficaz de atuar na prevenção do câncer de mama, doença que pode atingir tanto pessoas trans, quanto cisgênero" revela Lu Braga, voluntária da causa que já venceu o câncer duas vezes


Outubro Rosa é o mês da conscientização coletiva sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama. No entanto, a escassez de informação ainda deixa homens e mulheres trans em situação de vulnerabilidade, com maior exposição à doença e menos cientes das práticas de prevenção que poderiam, em muitos casos, salvar suas vidas.

Segundo uma pesquisa feita pela University Medical Center, em Amsterdã, mulheres trans possuem 47 vezes mais chances de desenvolver câncer de mama, do que homens cisgênero. No caso destas, o risco possui ligação com os hormônios de afirmação de gênero, como o estrogênio, que podem resultar em transformações físicas.


Informação e prevenção: as maiores armas contra o câncer de mama

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia é importante que tanto pessoas cis quanto trans adotem uma postura preventiva em relação à doença, mantendo-se alerta e realizando o teste do "toque" a fim de identificar a presença de possíveis nódulos nos seios. Além disso, a entidade ainda aponta algumas medidas que podem reduzir o risco de câncer de mama, são elas: adoção de uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e realização de exames preventivos como a mamografia, que deve ser feita anualmente.

O câncer de mama pode levar a pessoa ao óbito ou a perda da mama. O diagnóstico precoce eleva em até 95% as chances de cura. "O método mais eficaz no combate ao câncer de mama, é feito com a disseminação de informação sobre os métodos de prevenção, controle e identificação do câncer de mama, levando as mulheres a realizarem o autoexame, além do diagnóstico em exames como a mamografia", afirma Lu Braga, voluntária da causa que já venceu o câncer duas vezes.


Iniciativas de prevenção por quem conhece a doença de perto

Neste Outubro Rosa, Lu Braga está viabilizando a criação de um podcast onde busca trazer especialistas no tema para desmistificar o assunto e esclarecer dúvidas. "Há muita gente ainda que não realiza os exames por dúvida ou receio. Minha missão é ajudar a levar o máximo de pessoas possível a realizar os exames e, assim, acredito que estarei ajudando a salvar vidas. Não existe nada mais importante e valioso do que isso", ressalta Lu.

No primeiro encontro, já disponível em seu canal no YouTube, Lu recebe Pedro Exman, médico oncologista e coordenador do Núcleo de Mama do Hospital Oswaldo Cruz. Ao longo do bate-papo, o profissional esclarece diversas questões sobre o câncer de mama e apresenta o que há de novo no tratamento da doença. Veja o resultado desta conversa em https://bit.ly/3mQ03yP .

No segundo episódio, também no ar, Lu recebe Willy Montmann, fundador do time de vôlei Angels - maior time trans do Brasil; Mikaella Reis, transexual; e Júlio Marques, advogado especialista em Direito da Saúde. O encontro tem como pauta o câncer de mama em pessoas trans e os direitos destes pacientes. Confira o bate-papo completo em: https://bit.ly/3AOWtK8 .

 


Lu Braga - Voluntária de pacientes com câncer há mais de 20 anos. Encabeçou inúmeras campanhas de doação de sangue e de cadastro de medula óssea no Brasil. Foi a primeira paciente do Instituto Internacional Moça Bonita - primeiro trabalho no mundo, sem fins lucrativos, voltado para mulheres jovens com câncer com idade entre 20 e 50 anos.


Outubro Rosa reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama

Em 2020, o câncer de mama atingiu mais de 2,3 milhões de mulheres no mundo e segundo o ginecologista Cláudio Hypólito, do Hospital Santa Casa de Mauá, a doença possui o maior índice de mortes, mas também tem alta chance de cura quando descoberta precocemente. “Embora a maior lembrança ocorra neste mês, em razão da Campanha Outubro Rosa, a conscientização e rotina de exames precisam ser lembradas o ano inteiro”, explica. 

De acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer, no ano passado, cerca de 8 mil casos de câncer de mama tiveram relação direta com fatores comportamentais, como consumo de bebidas alcoólicas, excesso de peso e inatividade física. O número representa 13,1% dos 64 mil casos novos de câncer de mama em mulheres com 30 anos ou mais.  

O câncer de mama ocorre quando há o desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam até formarem um tumor maligno. O sintoma mais fácil de ser percebido pela mulher é um nódulo no seio, normalmente endurecido, fixo e acompanhado ou não de dor. A pele pode sofrer modificações, ficando mais avermelhada ou parecida com casca de laranja, além de alterações no mamilo e saída espontânea de líquido. Outros nódulos também podem aparecer na região das axilas.  

“Vale lembrar que nem todo nódulo é câncer de mamãe e, por essa razão, ao notar alguma alteração é importante consultar um profissional de saúde. As mulheres de qualquer idade podem fazer o autoexame das mamas em casa, porém a partir dos com 40 anos é necessário o exame clínico anual, além de mamografia e ultrassonografia”, explica Cláudio Hypólito.  

Outro ponto que merece atenção é a genética. Mulheres com uma pessoa na família – mãe, irmã ou filha – que teve essa doença têm mais chances de desenvolver um câncer de mama e as pacientes que tiveram câncer em uma das mamas ou câncer de ovário também devem redobrar a atenção.  

O tratamento varia de acordo com o grau do tumor e poderá ser feito por meio da quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. De acordo com as características do tumor, idade, presença de doenças associadas ou não. 

Normalmente, no caso de câncer de mama benigno basta o acompanhamento constante. Já no câncer metastático - tumor em estágio avançado, pode ser necessária uma variação de todos os tratamentos a fim de tentar combater as células cancerígenas e aumentar as chances de cura.

“A maioria das doenças e o câncer de mama podem ser evitados com uma alimentação saudável e equilibrada, exercícios físicos e sem tabagismo”, acrescenta o ginecologista Cláudio Hypólito.

 


Hospital Santa Casa de Mauá

 Avenida Dom José Gaspar, 1.374 - Vila Assis - Mauá – tel. (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/


OUTUBRO ROSA: SE AME E SE CUIDE

Outubro é o mês de conscientização do câncer de mama. Conhecido como “Outubro Rosa”, este mês é dedicado a campanhas realizadas mundialmente e que têm o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.   

Em algum momento você já se perguntou o porquê da cor rosa para representar esta ação? Com certeza, não é por acaso. Este tipo de câncer é o que mais acomete mulheres em todo o mundo. Isso não significa que os homens também não sejam atingidos, mas isso ocorre em um índice muito menor.  

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, estima-se que em 2021 ocorrerão 66.280 novos casos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos a cada 100.000 mulheres. Ainda de acordo com o INCA, a chance de se desenvolver câncer de mama cresce progressivamente a partir dos 40 anos, bem como a mortalidade relacionada a essa neoplasia.  

Idade, sedentarismo, histórico familiar... São muitas as variantes que podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Por outro lado, também há diversas formas de prevenção, tratamento e controle. E, sem dúvida, o diagnóstico precoce é o melhor aliado das mulheres nessa jornada.  

É por este motivo que tantas empresas e instituições se debruçam em ações de conscientização e informação a fim de alertar mulheres de todo o mundo sobre a importância do autoexame, bem como da realização dos exames periódicos de mamografia. Um dos pontos de atenção é a mulher conhecer o próprio corpo desde o início do crescimento das mamas, que acontece na adolescência. Recomenda-se que o autoexame seja feito pelo menos uma vez ao mês, preferencialmente em data fixa, para que se identifique mudanças repentinas de textura ou a presença de caroços nas mamas.  

Segundo o Instituto Oncoguia, diagnosticar o câncer precocemente aumenta significantemente as chances de cura: 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura. Por isso, a mamografia é imprescindível, sendo atualmente o principal método para o rastreamento da doença.  

Contudo, um dos mais relevantes impactos da pandemia na saúde da população foi justamente na dinâmica de consultas e exames periódicos, pois as pessoas passaram a ter receio de saírem de casa e, com isso, deixaram de fazer os acompanhamentos médicos de rotina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, das 11,5 milhões de mamografias que deveriam ter sido realizadas no ano passado, apenas 2,7 milhões foram feitas. Essa desaceleração brusca na realização desse exame é um fator de risco para milhares de mulheres e um alerta para a importância da campanha.   

Assim, como oncologista especializado em câncer de mama, fica aqui meu recado às mulheres de todo o País: procurem seus médicos de confiança e retomem as consultas e exames periódicos, principalmente se vocês já passaram dos 40 anos. O câncer de mama é tratável e a sobrevida da paciente depende diretamente da detecção do tumor em estágio inicial, então o diagnóstico precoce é a sua principal arma contra o câncer que mata mais mulheres em todo o mundo.  

Se ame e se cuide. 

 

  

Hézio Jadir Fernandes Júnior - oncologista e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa.  


Outubro Rosa: ANS reforça importância da conscientização sobre câncer de mama e de colo de útero

Agência destaca que o cuidado integral e a realização de exames periódicos podem salvar vidas


O Outubro Rosa marca o mês de conscientização sobre os cuidados relacionados à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama e do câncer de colo do útero. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) enfatiza as mensagens da campanha e destaca a necessidade do cuidado integral quando se fala em saúde da mulher. Estar em dia com a realização dos exames preventivos e o autocuidado são atitudes que podem salvar vidas.

No Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, a ANS estabelece, entre outros tipos de doença, a cobertura assistencial obrigatória para diagnóstico e tratamento a ser garantida pelos planos privados de assistência à saúde em relação a esses dois tipos de neoplasia maligna, respeitando-se as segmentações assistenciais contratadas pelos beneficiários, como a cobertura da mamografia, da reconstrução mamária para correções de danos causados por um tumor e do preventivo do câncer de colo de útero.  

Na lista de medicamentos, encontram-se 59 antineoplásicos orais para todos os tipos de câncer. Além disso, a ANS também assegura cobertura para todos os medicamentos antineoplásicos injetáveis, desde que prescritos pelo médico assistente para condição clínica que conste nas indicações da bula, e diversos outros medicamentos empregados no controle dos efeitos adversos ou adjuvantes de tratamentos para o câncer.

A Agência também incentiva as operadoras de planos de saúde que desenvolvam ações que tenham como objetivos proporcionar melhoria da qualidade de vida e reduzir os riscos à saúde.


Mais comum

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, em todo o mundo. Para o ano de 2021, foram estimados aproximadamente 66 mil novos casos, o que corresponde a 29% dos novos casos de câncer, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O Instituo explica, entretanto, que um em cada três casos pode ser curado se for descoberto logo no início.

Esse tipo de neoplasia incide mais entre mulheres acima dos 50 anos de idade, mas também pode ocorrer em jovens. Homens também desenvolvem a doença, porém estima-se que eles representam apenas 1% de todos os casos diagnosticados.

Como o câncer de mama não é uma doença totalmente prevenível, por causa da multiplicidade de fatores, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente daqueles que podem ser mudados com a adoção de hábitos saudáveis.


Origem da campanha

A campanha Outubro Rosa foi criada na década de 90 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, por meio de um movimento global. A data é celebrada anualmente para compartilhar informações e promover a conscientização sobre a neoplasia mamária. Há alguns anos, o movimento passou a incluir também a prevenção ao câncer de colo de útero. No Brasil a primeira iniciativa aconteceu em outubro de 2002. Na ocasião, o monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (Obelisco do Ibirapuera) em São Paulo foi iluminado com a cor rosa.


Apneia do sono aumento risco de glaucoma, aponta estudo

Risco está associado à falta de oxigênio nas células do nervo óptico durante os episódios de obstrução respiratória

 

Roncar pode até parecer normal, mas não é! O ronco pode estar associado à apneia obstrutiva do sono (AOS). Trata-se de uma condição caracterizada pela obstrução intermitente das vias aéreas superiores durante o sono.

Nessas pausas da respiração, que podem durar até 2 minutos, o organismo entra em hipóxia, ou seja, falta oxigênio para as células, incluindo para as do nervo óptico.
 
Segundo um estudo publicado no periódico Ophthalmology, pacientes com apneia do sono têm um risco de 1,67 maior de desenvolver o glaucoma nos 5 anos após o diagnóstico. Nesses casos, o mais comum é o de pressão normal, um dos tipos de glaucoma de ângulo aberto.


 
Cegueira irreversível
 
Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, o glaucoma é o termo geral que se usa para nomear as doenças que causam danos no nervo óptico. “Esses danos são irreversíveis. Portanto, quando há falta de oxigênio, as células nervosas morrem. Com o tempo e sem tratamento, a consequência é a perda definitiva da visão”.
 
“Frequentemente, a falta de oxigênio (hipoxemia) causada pela apneia do sono costuma ser grave. O resultado é um aumento da resistência vascular com influência direta na morte das células do nervo óptico. Além do glaucoma, a apneia do sono pode estar associada a outras doenças oculares”, explica Dra. Maria Beatriz.
 
Dados de estudos epidemiológicos indicam que a prevalência da apneia do sono pode variar de 2% a 20% da população em geral. Normalmente, os homens são mais afetados do que as mulheres. Há algumas comorbidades que aumentam ainda mais o risco, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.



Diagnóstico e Tratamento

O grande problema do glaucoma é que não há sinais ou sintomas nas fases iniciais. “Isso quer dizer que quando o paciente percebe alguma mudança no seu campo visual, a doença já está em uma fase mais avançada. Nesses casos, o tratamento visa impedir a progressão dos danos no nervo óptico”, diz a especialista.
 
Um dos agravantes é que no caso do glaucoma de pressão normal, como o próprio nome diz, não há alteração nos valores da pressão intraocular (PIO), considerada o principal fator de risco do glaucoma.
 
“Portanto, a doença pode passar despercebida nas consultas oftalmológicas, caso o oftalmologista não faça outros exames, como o de fundo de olho e não leve em consideração o histórico médico do paciente”, alerta Dra. Maria Beatriz.
 
Por isso, é altamente recomendado que pacientes com histórico de apneia do sono, obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo, façam um acompanhamento regular com um oftalmologista, de acordo com a médica.
 
O tratamento mais comum para o glaucoma de pressão normal é o uso de colírios. Há outras opções, dependendo da gravidade do quadro, como as cirurgias a laser.


Densitometria óssea: porque e para quem

Quebrando achismos, especialista em reumatologia explica tudo sobre o exame para diagnóstico de doenças como osteoporose e até fraturas por tosse ou espirro


Popularmente conhecido por ser usado como diagnóstico para osteoporose, o estudo da massa óssea do indivíduo, o exame de Densitometria Óssea, é um procedimento que analisa densidade mineral dos ossos e possíveis perdas de massa óssea.

O exame é indicado para homens e mulheres acima dos 50 anos, nos casos de sintomas como fraturas ocorridas pelo ato de tossir e espirrar ou por quedas da própria altura; aquelas decorrentes de escorregões durante atividades simples e cotidianas por exemplo. Também deve ser realizado quando há evidencia da perda de altura acentuada (>=4cm nas mulheres ou >=6cm em relação à altura aos 25 anos de idade). Essa perda de altura acentuada sugere a presença de fratura vertebral por osteoporose.

A Dra. Jaqueline Barros Lopes, especialista na Cobra Reumatologia – referência há mais de 75 anos no tratamento de doenças reumáticas no Brasil e que investe em um futuro Centro de Estudos para aprimorar o exame, explica que o intervalo recomendado para a realização da Densitometria Óssea está relacionado com o estado clínico de cada paciente.

A frequência da realização, a especialista indica para mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70 anos, se o primeiro resultado não detectou nenhuma alteração, a cada 2 ou 3 anos. Já para as pessoas que apresentaram alterações, dependendo do efeito terapêutico, pode ser feito a cada 1 ano, ou intervalos mais longos estabelecidos pelo médico. Em condições associadas a perda de massa óssea acelerada, como ocorre em pacientes em uso de altas doses de corticoide, é recomendada a realização da densitometria com maior frequência.

Abaixo, a Dra. Jaqueline expõe alguns tópicos importantes que podem ajudar a esclarecer dúvidas frequentes sobre o exame.


Quando o exame se torna periódico?

- Em casos de acompanhamento no tratamento de osteoporose para monitorar a eficácia. Da mesma forma, pessoas com uso prévio de medicamentos para osteoporose e que suspenderam o tratamento por algum motivo, devem realizar densitometria óssea de rotina para monitorar a perda de massa óssea.


Se uma pessoa tem história de osteoporose na família é natural eu fazer um exame de densitometria por prevenção, já que cerca de 70 a 80% da variação da densidade mineral óssea pode ser atribuída a fatores genéticos?

- Não é necessário solicitar o exame de forma preventiva para filhos de pessoas com osteoporose ou doença reumática. As indicações para a solicitação de densitometria para adultos jovens, crianças e adolescentes dependem da evidencia clínica de fragilidade óssea, que são: duas ou mais fraturas de ossos longos a partir dos 10 anos de idade; três ou mais fraturas de ossos longos em qualquer idade até os 19 anos; crianças, adolescentes ou adultos jovens que apresentem doenças ou uma condição de risco para osteoporose como artrite reumatoide ou uso crônico de corticoide.


 O que pode causar alterações nos resultados, além de comprimidos contendo cálcio, pílulas de vitaminas ou suplementos minerais ou contraste utilizado em exames de imagem?

- Presença de clipes ou pinos metálicos utilizados em cirurgias, especialmente em cirurgias da coluna.


O exame não é recomendado para pessoas acima do peso. Nestes casos, como se faz o diagnóstico de osteoporose?

- Não é que o exame não seja recomendado. O problema é que a grande maioria dos aparelhos de densitometria mais antigos possuem limite de peso de 120kg. Hoje já temos aparelhos de densitometria para obesos capazes de realizar exames seguramente em pacientes com até 200kg.


O exame é mais recomendado para atletas e praticantes de exercícios físicos?

- Não só que se diz respeito a investigação exclusiva da massa óssea, mas também quando falamos em avaliação da composição corporal. Os aparelhos de densitometria óssea constituem o padrão outro para a avaliação da composição corporal, detectando não só a quantidade de massa óssea, assim como a quantidade de massa magra (músculos) e de massa gorda. Aparelhos mais modernos conseguem inclusive detectar a quantidade de gordura visceral.


 Qual a importância do exame para a Medicina esportiva? Há algum esporte para qual o exame seja mais indicado?

- Como mencionado acima através do aparelho de densitometria óssea é possível fazer a avaliação da composição corporal. A partir desta avaliação é possível saber com exatidão quanto do peso de cada pessoa corresponde a massa muscular, gordurosa ou óssea. Assim, pode-se calcular o gasto energético de repouso para, depois analisar a estimativa do gasto em atividades desportivas e com mais precisão um possível déficit de ingestão alimentar.  Todos atletas de alta performance são mais suscetíveis a perda de massa óssea acentuada especialmente em mulheres, pois o organismo pode reduzir drasticamente a produção de estrogênio, imprescindível para a saúde óssea.



Dra. Jaqueline Barros - Diretora de educação Continuada da Cobra Reumatologia, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e tem Doutorado em Reumatologia com ênfase em Osteoporose (FMUSP).

Resultado negativo: a importância da testagem para covid na retomada dos eventos presenciais

A vacinação no país tem avançado em passos largos. De acordo com o levantamento junto às secretarias de Saúde dos estados, mais de 59% da população já tomou ao menos a primeira dose e mais de 26% já está imunizada com as duas doses ou com dose única, conforme dados do final de agosto. Com isso, as medidas restritivas estão cada vez mais se flexibilizando e, com isso, a volta dos eventos presenciais. 

Em São Paulo, eventos sociais, museus e feiras corporativas estão liberados, e, a partir de novembro, shows com público em pé e torcidas serão permitidos. A liberação está condicionada ao respeito aos protocolos de higiene estabelecidos pelo governo, tais como o uso obrigatório de máscara, distanciamento de 1 metro e público vacinado ao menos com a primeira dose. Seria isso suficiente para manter a segurança dos visitantes? 

É de extrema importância a testagem para covid nos eventos presenciais. Além de assegurar todos que estarão presentes no evento, ele provê notoriedade para o organizador. Essa atitude irá trazer mais conforto para aqueles que ainda estão em dúvida em relação a ir a eventos presenciais com um público maior. 

A logística desse processo não será fácil, mas não é impossível. Os exames podem ser feitos na hora do evento e a obtenção do resultado leva em média 15 minutos. À organização do evento cabe garantir que a agenda seja cumprida considerando esse tempo adicional que o convidado terá. Uma alternativa seria a testagem pré-evento, o que possibilitaria uma gestão mais fácil da agenda. O principal é: continuar seguindo os protocolos de segurança, uso de máscara, totens de álcool em gel e distanciamento entre as pessoas e garantir que até o término da testagem não haja aglomerações, o ponto mais importante. 

Os exames para eventos devem ser focados em antígeno, aqueles que conseguem identificar se a pessoa está com o vírus ativo no corpo naquele momento. Esses testes são feitos de duas formas: com coleta pelo swab nasal (de maneira simplificada, o cotonete no nariz) ou com saliva – que seria a solução mais adequada aos eventos, visto que eles não causam tanto incômodo ao convidado, além de ser uma forma de coleta mais ágil, e minimizar filas e aglomerações. 

A procedência do kit é primordial. É importante ter certeza que está comprando testes de qualidade comprovada e as devidas aprovações da Anvisa para serem comercializados. Os fornecedores precisam ser confiáveis, o que fornecem um resultado efetivo e prático, o que deixa o evento mais seguro e os convidados mais confortáveis. Somado a isso, sempre garantir uma equipe especializada aplicando os exames, para que tos os procedimentos sejam feitos da maneira correta, porque testes só podem ser aplicados por profissionais de saúde como biomédicos, enfermeiros, médicos etc.  

Por fim, mas não menos importante, seria interessante que o setor de eventos, além de testar, garanta que seus convidados mantenham todas as diretrizes de segurança (uso de máscara durante todo o evento, distanciamento social, se possível em locais abertos e com boa circulação de ar). É um segmento muito importante para a retomada da economia, já que gera rendas diretas e indiretas para muitos profissionais, mas é essencial que tudo seja feito com cuidado para que não haja retrocesso na área. 

 


Fabio Moruzzi - CCO da NL Diagnóstica, pioneira em oferecer testes rápidos para a covid-19 e no lançamento da tecnologia cPass no Brasil, capaz de identificar e quantificar anticorpos neutralizantes. – nldiagnostica@nbpress.com 


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