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sábado, 9 de outubro de 2021

Dia da Saúde Mental

 

Liberte-se dos impactos da pandemia e retome sua vida com equilíbrio

 

O dia mundial da saúde mental tem como data o dia 10 de outubro, instituído, em 1992, pela Federação Mundial de Saúde Mental. Segundo pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano, devido à pandemia. Essa porcentagem só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%). Em março do ano passado, 41% dos brasileiros relatavam ter sintomas como ansiedade, insônia ou depressão já por consequência da pandemia. 

Outros estudos sobre o mesmo tema também trazem dados preocupantes. Um deles, publicado pela Fiocruz com outras seis universidades em meados do ano passado, dizia que “sentimentos frequentes de tristeza e depressão afetavam 40% da população adulta brasileira, e sensação frequente de ansiedade e nervosismo foi relatada por mais de 50% das pessoas”. 

Na pesquisa do Ipsos, ao serem questionados sobre quando esperavam voltar à normalidade como era antes da covid-19, metade dos entrevistados afirmou esperar que isso aconteça ao longo deste ano. Pouco mais de um terço (35%), porém, diz acreditar que isso vai levar ainda mais tempo. Em média, no mundo, 45% da população dos países entrevistados espera voltar à normalidade neste ano, e 41% acham que vai ser necessário mais tempo. 

“Todo esse cenário nos fragilizou. Pessoas sem histórico de transtornos sendo acometidas por ataques de pânico e ansiedade. Quem já tinha algum tipo de doença psiquiátrica precisou de um suporte maior. Difícil ficar indiferente a tudo que ainda estamos passando”, afirma a psicóloga Flávia Teixeira, Mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ e pós-graduada em Psicossomática Contemporânea. 

Segundo a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o estresse, associado a outros fatores, como risco de doenças, problemas econômicos, confinamento ou abuso de álcool e solidão; funciona como estímulo ao sistema nervoso central, que pode não reagir adequadamente e desencadear sintomas de depressão ou de transtornos de ansiedade. 

“O isolamento em casa foi um dos agravantes durante a pandemia, principalmente para quem vive sozinho, já que a solidão é um fator de risco para a depressão, e aumenta as taxas de suicídio e abuso de álcool”, reforça Dr. Adiel Rios, Mestre em Psiquiatria pela UNIFESP e pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

 

Voltando à normalidade

Mesmo com o avanço da vacinação, ainda estamos em meio à pandemia, tendo que seguir todos os protocolos de saúde exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). No entanto, com a flexibilização da quarentena, já podemos sistematizar algumas maneiras de enfrentar os estragos que a pandemia gerou na nossa saúde mental e retomar gradualmente nossas vidas.

 

Confira as 05 dicas dos especialistas

 

Entenda o que você pode e o que não pode controlar

Durante a pandemia, as pessoas sentiram que perderam o controle sobre suas vidas. “Neste momento de incertezas, tente basear suas escolhas em fontes confiáveis de informações e diretrizes, como instituições acadêmicas ou governamentais. Há decisões que não precisam ser tomadas com sofrimento, como voltar a trabalhar na empresa ou continuar em home office”, diz a psicóloga Flávia Teixeira.  

“No entanto, às vezes é necessário simplesmente reconhecer que há situações na vida que não podemos controlar. Se você está com dificuldade em aceitar esta realidade, há formas de lidar com suas preocupações. Escreva em um caderno o que vem à mente, como se fosse um diário. Isso torna seu pensamento mais lento, focado e eficiente, trazendo novas perspectivas e maior clareza para assimilar determinadas questões”, reflete Stella Azulay, Educadora Parental pela Positive Discipline Association, especialista em Análise de Perfil e Neurociência Comportamental.

 

Continue se reinventando

Provavelmente, nunca fomos tão criativos como na quarentena! Haja imaginação para lidar com trabalho, filhos, estudos e afazeres domésticos! Se você passou no teste, por que não continuar a se reinventar?  

Criou uma brincadeira diferente com seu filho? Mantenha-a quando estiver com ele. Teve ideia de fazer pequenos trabalhos de restauração ou pintura de móveis? Adote o hobby! Aprendeu a meditar para relaxar? Se funcionou para você, não pare mais!  

“Poucas pessoas têm consciência que, para uma boa saúde mental, é preciso buscar atividades que proporcionem prazer e bem-estar. Portanto, se você descobriu algo interessante na quarentena que até te fez esquecer da pandemia por alguns instantes, não pare de praticar. Seja individual ou com alguém, realizar novas atividades mantém sua mente ativa e saudável. E isso é tudo o que você precisa neste momento”, pontua Danielle Admoni.

 

Evite a automedicação e mantenha a terapia

“Tomar antidepressivos ou ansiolíticos sem acompanhamento e, pior, mudar a dose ou interromper o uso sem orientação, é uma atitude irresponsável e perigosa. Se você está em um nível de ansiedade tão grande a ponto de recorrer a estes medicamentos, o melhor a fazer é buscar ajuda com um especialista, que irá te avaliar e indicar o tratamento ideal para sua condição”, afirma o psiquiatra Adiel Rios. 

Segundo ele, é preciso ficar atento a sintomas como tristeza profunda e contínua, apatia, desânimo, perda do interesse pelas atividades que gostava de fazer, pensamento negativo (ideias de fracasso, incapacidade, culpa, pensamentos de morte), alterações do sono e do apetite. “O tratamento pode envolver o uso de psicofármacos, associados à psicoterapia”.

 

Não faça do álcool a sua válvula de escape

Na quarentena, muitas pessoas se voltaram para seus métodos habituais de lidar com o estresse e a solidão, como o consumo de álcool e drogas. No ápice do isolamento social, com menos interação com colegas e familiares, foi muito fácil perder o controle. “Se continuar com este hábito, terá uma conta alta em breve, aumentando ansiedade, ataques de pânico e outros sintomas psiquiátricos. Pior: o impacto cerebral deste uso abusivo pode perdurar por muito tempo, mesmo quando acabar a pandemia”, alerta a psiquiatra Danielle Admoni.

 

Respeite a sua retomada

Os restaurantes já estão abertos, assim como os shoppings e o comércio de rua. No entanto, muitas pessoas ainda estão receosas de voltar ao normal, mesmo com os devidos cuidados. “Se você é uma delas, seja qual for o seu medo, não se sinta pressionado a nada. Cada um tem seu próprio ritmo. Só não permita que este medo te domine e te impeça de retomar sua vida. Se chegar a este ponto, será preciso buscar ajuda de um médico especialista”, aconselha a Dra. Cristiane Romano, Mestre e Doutora em Ciências e Expressividade pela USP.  

Enquanto isso, volte à rotina em casa. Não troque o dia pela noite. A privação do sono também é um forte gatilho para transtornos de ansiedade. “Quando você não dorme o suficiente para ser produtivo ou trabalha até tarde da noite, prejudica a rotina do sono, desregulando seu relógio biológico. Isso resulta em uma extrema exaustão, pois o organismo, que já está habituado com um determinado padrão de sono, sofre um forte impacto, precisando de tempo e resistência para se adequar às mudanças. Sendo assim, quanto mais você praticar a rotina em casa, mais fácil será para retomar suas atividades de forma leve, natural, espontânea e sem traumas”, finaliza Adiel Rios.


Afinal, o que é inteligência? Pesquisadores discorrem sobre o assunto em artigo científico

 CPAH

É comum ouvir na sociedade que uma pessoa é mais inteligente do que a outra. Mas, o que define isso? Quais os critérios que devem ser observados para qualificar um indivíduo como superior a outro? Em artigo científico publicado no Journal of Bio Innovation, a equipe de pesquisadores formada pelo PhD, neurocientista, psicanalista e biólogo Fabiano de Abreu, a biomédica Nathália Barth e a neuropsicóloga LeninhaWagner discorrem sobre o que é a inteligência geral. 

De início, os pesquisadores destacam que há aqueles indivíduos que possuem um desenvolvimento cerebral mais eficiente do que de outros, e tais variações são determinadas através do tipo de inteligência de cada um. Eles lembram que a psicologia considera dois tipos de inteligência: cristalizada e fluida. “A primeira está relacionada ao conhecimento e experiência anteriores e reflete a cognição verbal, já a inteligência fluida requer raciocínio adaptativo em situações novas”. Além disso, é preciso observar que esse nível de intelectualidade de uma pessoa tem grande participação genética, “sendo um percentual de genes que produzem proteínas funcionais está implicada em diversas funções neuronais, incluindo função sináptica e plasticidade, interações celulares e metabolismo energético. Há uma expressão de genes associados aos neurônios principais do córtex e mesencéfalo. Estudos ainda indicam que pode haver relação da função e a estrutura da célula piramidal à inteligência humana relativo ao tamanho dendrítico e velocidade do potencial de ação e o QI”. Diz o chefe da pesquisa, Dr. Fabiano de Abreu.

Existem diversos recursos para analisar a inteligência de um indivíduo, “como imagem cerebral que investiga a estrutura e funções macroscópicas do cérebro e associações genéticas para identificação de genes e loci genéticos relacionados a inteligência. Quando observadas neuroimagens, é possível identificar melhores e maiores conexões na região branca e cinzenta do cérebro“, acrescenta o cientista. Porém, “é importante lembrar que não apenas o volume e espessura da substância cinzenta do cérebro, que são os corpos dos neurônios, como a integridade e função da substância branca nos córtices temporais, frontais, parietais, axônios mielinizados, tem relação com a inteligência”. 

Além disso, eles explicam que existe uma expressão de genes associados aos neurônios principais do córtex e mesencéfalo. “Um estudo com células da região lobo temporal (responsável pela memória, reconhecimento de sinais e linguagens, que são associadas à inteligência) de 35 indivíduos, que haviam realizado teste de QI e obtido uma pontuação alta, demonstrou haver relação da função e a estrutura da célula piramidal à inteligência humana relativo ao tamanho dendrítico e velocidade do potencial de ação e o QI”. 

Já as áreas frontais e parietais do cérebro têm relação com a inteligência fluida, capacidade de pensar e raciocinar de forma abstrata e resolver problemas, lobos temporais na inteligência cristalizada, que envolve “conhecimento que vem de aprendizagem anterior e experiências passadas, e a integridade da substância branca na velocidade de processamento que define o volume da substância cinzenta”. Vale lembrar que “o córtex pré-frontal atua como uma central de distribuição de dados onde monitora e influencia as demais regiões do cérebro, a capacidade de resolver problemas de lógica em situações inusitadas independente do conhecimento adquirido já define essa região como líder intelectual e gestora de toda inteligência”, completam.


 

MF Press Global 


A sua vida está sendo guiada por padrões repetitivos?

Saiba por que você vive em um "looping"


Você tem sempre os mesmos tipos de relacionamentos, problemas financeiros que se repetem todos os meses da mesma forma e relações de trabalho idênticas, independente da empresa em que preste serviços? Apesar de achar que isso é uma coincidência e de tentar, inúmeras vezes, culpar fatores externos, esse "looping'' está relacionado às suas crenças e “programinhas” internos que determinam o modo como é regida a sua vida.

Para algumas pessoas, embora haja o desejo de mudar a sua situação atual nos relacionamentos, vida financeira e ambiente profissional, as ocasiões vividas são repetitivas. Desse modo, muitas vezes surgem frustrações, pois a pessoa, por mais que tenha a intenção e algumas vezes a atitude a fazer diferente, o “looping” é sempre o mesmo.

De acordo com Juliana Villordo, terapeuta especialista em terapias holísticas, “esse ‘looping’ presente na vida de muitas pessoas está associado à crenças e a padrões familiares”. Por exemplo, se uma pessoa desconfia muito de tudo e todos, ela vai emitir frequências de desconfiança que muito provavelmente serão validadas por meio de traições, pois tudo aquilo que sai do nosso campo vibracional em forma de ondas de informação, retorna para nós.

Por isso, é importante a busca do autoconhecimento, pois sem saber quais são os padrões que regem a nossa vida será muito difícil conseguir uma mudança. Villordo afirma que por meio da técnica terapêutica Thetahealing é possível identificar essas crenças pela origem e tratá-las de forma a ressignificá-las.

“Independente se esse padrão surgiu na infância ou em algum outro período da vida, a partir do momento que o identificamos, podemos saber o porquê de mantê-lo em existência, o porquê da dificuldade de mudar e também se existe algum ganho secundário em mantê-lo. A partir daí, podemos ressignificar, ter um novo olhar e ter novas experiências de vida”, afirma a profissional.


Estudo da palma da mão revela traumas, personalidade e afetividade

A leitura dos traços da mão e suas ramificações formam um mapa, que revelam caminhos da história de vida das pessoas, sinalizando o estado emocional e o físico. Muitos confundem quirologia com quiromancia, mas são diferentes. Segundo a quiróloga Célia Siqueira, a quirologia é baseada na análise racional e lógica, enquanto a quiromancia é um método de adivinhação.

 

Cada mão retrata cenários distintos. A palma direita, representa o presente, a condição atual dos relacionamentos com a família e amigos, a situação profissional e até se a pessoa está com sorte no momento para apostar em jogos. A esquerda, revela características emocionais, com maior número de linhas, mostra fatos valiosos do passado, com isso facilita traçar metas coerentes e plausíveis para o futuro. A quiróloga explica que as linhas da vida, cabeça e coração são as mais importantes, a partir delas é possível identificar os traumas, personalidade, fatores afetivos, saúde, trajetória de vida, intuição e mediunidade.

 

A linha da vida indica saúde, longevidade e os acontecimentos significativos. Quando grossa e marcante, mais determinada é a pessoa, sendo capaz de enfrentar desafios sem medo. Pouco visível, é característica de alguém extremamente emocional e sempre embarca em amores conflituosos. Curvada, representa quem tem jogo de cintura e é mais flexível. Extremamente curvada, indica alegria, sensualidade e amor intenso, mas se a curva da linha fechar em torno do polegar, mostra uma pessoa que prefere ficar sozinha, geralmente por causa de grandes decepções.

 

A linha da cabeça representa inteligência, saúde mental, forma de pensar, como enxergar o mundo, trabalho e vocação profissional. Localizada no centro da mão, exatamente no chacra palmar, essa linha mais nítida indica maior clareza de pensamento, decisões coerentes e inteligentes. Quase imperceptível, sinal de mente dispersa, menor capacidade de concentração e dificuldade em tomar decisões. Quando longa, marca uma mente inquisitiva e indica muitos interesses, e a linha curta, denota uma mentalidade mais prática.

 

A linha do coração, a primeira da palma de cima para baixo, mostra o lado afetivo e suas relações pessoais, sendo a chave para compreensão das reações emocionais. Retrata os sentimentos mais profundos, a sensibilidade, emoções, sexualidade, atitudes e expectativas relacionadas ao amor. Quando contínua e profunda, revela uma pessoa confiante e generosa, e mais fina, confusa e insegura nos relacionamentos.

 

Em formato curvado, possui forte impulso sexual e excelentes amantes. Linha reta, pertence aos que refletem bem antes do envolvimento, tendem a não entrar de cabeça em casos amorosos e a grande maioria, coloca o trabalho em primeiro lugar



www.institutoceliasiqueira.com

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Campanha “Amiguinhos de Pele” alerta sobre o impacto da dermatite atópica em crianças

Projeto derivado da iniciativa Amigos de Pele tem linguagem e iniciativas pensadas especialmente para o público infantil e seus cuidadores

 

A Sanofi Genzyme, unidade de negócios da Sanofi focada em doenças de alta complexidade, acaba de lançar o projeto “Amiguinhos de Pele” para conscientização da dermatite atópica entre crianças e seus cuidadores. Derivado da campanha “Amigos de Pele”, o novo projeto apresenta bonecas e bonecos de pano hipoalergênicos caracterizados por lesões típicas da dermatite atópica, além do livreto infantil “As Aventuras de Carlota no Reino da Dermatite Atópica”, escrito por Fernanda Suaiden e ilustrado por Lariane Casagrande.

O livro narra as aventuras e descobertas da personagem Carlota, uma menina guerreira e corajosa que, com ajuda de um médico especialista, desvenda o mistério das “marquinhas” presentes tanto na sua pele, quanto na pele da boneca Bitoca. Ao longo da história, Carlota e sua fiel escudeira combatem a falta de conhecimento sobre a condição, o preconceito e o temido dragão Bullying, na companhia de seus amiguinhos de reinos vizinhos. 

Bitoca é representada pelas bonecas com dermatite atópica, que foram desenvolvidas pela Associação CasAzul – organização sem fins lucrativos criadora do Projeto Bonecar, que consiste na confecção de bonecos de pano para serem utilizados como instrumentos terapêuticos ou de incentivo à saúde. Para a parceria com a Sanofi Genzyme, foram produzidos 80 bonecas e bonecos com diversos tons de pele, cabelos e roupinhas unissex, para envio a líderes de opinião digitais e associações de pacientes, a fim de disseminar conhecimento sobre a realidade das crianças que vivem com dermatite atópica e podem sofrer com a doença em seu cotidiano. Celebridades como Hugo Gloss, Thaeme Mariôto, Fernanda Rodrigues, Bianca Bin, Sthefany Brito e Regiane Alves se engajaram com a campanha e compartilharam as mensagens de conscientização em suas redes sociais.

“Por meio desse projeto, queremos estender o trabalho de conscientização da dermatite atópica para contemplar também o público infantil e seus responsáveis. As crianças precisam conhecer a dermatite atópica, tanto pela possibilidade de receberem o diagnóstico da doença, quanto pela necessidade de normalizar a condição caso um amiguinho da escola apareça com as lesões na pele”, afirma Ana Kattar, diretora da Unidade de Negócios de Imunologia da Sanofi Genzyme.

Amiguinhos de Pele faz parte da campanha Amigos de Pele, que visa a fomentar a divulgação de informações científicas de qualidade sobre a dermatite atópica por meio de depoimentos de pacientes e conteúdos audiovisuais, disponíveis gratuitamente no site Entenda a Dermatite Atópica. O projeto conta, ainda, com apoio da associação Crônicos do Dia a Dia, que busca ajudar pessoas que convivem com doenças crônicas a terem uma vida com mais qualidade, por meio da informação.

O livro As Aventuras de Carlota no Reino da Dermatite Atópica em formato digital pode ser acessado gratuitamente em: www.entendadermatiteatopica.com.br.


Sobre o Amigos de Pele

O projeto Amigos de Pele tem o objetivo de apoiar pacientes com dermatite atópica, além de familiares e amigos e integra uma série de ações de conscientização sobre a doença realizadas desde 2017 pela Sanofi Genzyme. Por meio da divulgação de histórias reais e de informações médicas sobre a doença, a campanha auxilia no compromisso da companhia de promover a educação sobre temas de saúde no Brasil.


Com 360 mil casos de sífilis em 36 meses, SBD suspeita que pandemia de covid-19 pode ter causado subnotificação de novos registros no Brasil

O Brasil acumulou mais de 360 mil casos de sífilis entre janeiro de 2018 e junho de 2020, revelam os últimos dados disponíveis sobre o assunto. O problema é que este quadro pode não retratar a realidade do País. Especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que fizeram o levantamento a partir de bases do Ministério da Saúde, suspeitam que com a pandemia de covid-19, que tem impactado negativamente na realização de consultas e de exames de prevenção, estima-se que milhares de pacientes não procuraram os serviços de saúde ao manifestarem sinais e sintomas dessa doença.

CONFIRA OS DADOS COMPLETOS DE 2010 A 2020

Para os dermatologistas, são altas as chances de um quadro instalado de subnotificação, o que compromete as estratégias de enfrentamento desse problema de saúde pública. Os últimos números disponibilizados pelo Ministério da Saúde, referentes ao intervalo de janeiro a junho de 2020, dão conta de 49 mil ocorrências de sífilis adquirida. Isso corresponde a uma média de 8,2 mil casos registrados por mês, ou seja, uma queda de 36% em comparação ao que foi informado a cada 30 dias em 2019.

 

Vigilância - Já entre janeiro e dezembro de 2019, o sistema de vigilância epidemiológica apontou a existência de 152,9 mil casos de sífilis adquirida, o que representa uma média mensal de 12,8 mil registros. Em 2018, o acumulado no ano havia sido de 158,9 mil ocorrências, ou 13,2 mil por mês. Apesar da constatação de uma tendência de queda - de um ano para outro -, essa variação não chegou a 4% no pré-pandemia (2018-2019).

"Mesmo que os números continuassem a cair, que é o desejado por todos, dificilmente isso ocorreria numa proporção em torno de 30%. A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que tem preocupado muito os médicos pela forma endêmica como se instalou no Brasil, muito em função de padrões de comportamento e de lacunas nas políticas de prevenção e tratamento", afirma Heitor de Sá Gonçalves, vice-presidente da SBD.

O quadro da sífilis se agrava quando se amplia a série histórica. Entre 2010 e 2020, o Brasil alcançou a soma de 783 mil casos de sífilis adquirida, seguindo uma proporção de crescimento exponencial. Há 11 anos (2010), foram registradas 3.925 ocorrências dessa infecção. Uma década depois, esse número foi 39 vezes maior (152,9 mil). A taxa de detecção seguiu o mesmo ritmo. Ela cresceu 34 vezes: foi de 2,1 registros por grupo de 100 mil habitantes, em 2010, para 72,8, em 2019.

 

Mulheres grávidas - Pelos dados do Ministério da Saúde, essa infecção afeta principalmente a população masculina. Entre 2010 e 2020, dos quase 800 mil casos registrados 59,8% eram homens. As mulheres representavam 40,2%. No entanto, mesmo com um percentual menor, elas agregam um fator a mais de preocupação, pois muitas manifestam sintomas durante a gestação, com alto risco de contaminação dos recém-nascidos, dando origem à sífilis congênita.

No período de 2010 a 2020, foram 357,1 mil mulheres diagnosticadas com sífilis adquirida durante a gravidez. A maioria delas estava na faixa etária dos 20 aos 29 anos (53% dos casos). Na sequência, apareciam, respectivamente, pacientes de 15 a 19 anos (25%); e de 30 a 39 anos (19%). Outros períodos etários somavam apenas 3%. Outro indicativo relevante é a baixa escolaridade das infectadas.

 

Ensino e poder aquisitivo - Do total de mulheres grávidas com sífilis, 29% tinham o ensino fundamental incompleto, o que sugere a maior prevalência em populações socioeconomicamente mais vulneráveis. Em seguida, estavam os grupos com ensino médio completo (17%); médio incompleto (14%); e fundamental completo (10%). Aquelas com ensino superior representavam apenas 2% e as analfabetas 1%. No entanto, 27% não informaram escolaridade.

Outro dado que reforça o maior risco ao qual a população com menor poder aquisitivo ou grau de instrução está exposta é o de origem étnica das infectadas. Mais da metade (55,9%) das mulheres com sífilis adquirida, entre 2010 e 2020, eram pardas e 9,9% pretas. Por sua vez, as grávidas da cor branca somavam 23,7% dos registros; amarelas e indígenas, juntas, eram apenas 0,4% do total. As que não fizeram declaração de cor/raça chegam a 9,7%.

Segundo os dados oficiais, a sífilis congênita - relacionada diretamente à contaminação de mulheres - também é um problema em crescimento. Nos primeiros seis meses de 2020, o País registrou 8,9 mil diagnósticos da doença em recém-nascidos, ou seja, 1,5 mil pacientes a cada mês. Onze anos antes, em 2010, a média era bem menor e girava em torno de apenas 579 registros mensais. Na comparação do período de 2010 a 2019, os casos saltaram de 6.946 para 24.130 diagnósticos ao ano.

 

Subnotificação - Para o coordenador do Departamento de IST & Aids da SBD, Márcio Soares Serra, o quadro de subnotificação deve ser observado com bastante atenção, uma vez que pode agravar a situação em longo e médio prazos. "Muita gente não tem conseguido ou tem receio de agendar consultas por causa da covid-19. Há, por exemplo, a diminuição de pré-natal entre as mulheres. Outro ponto é que não temos uma busca ativa de contactantes no Brasil. Além disso, apesar da sífilis ser uma doença de notificação obrigatória, nem sempre isso é feito. Somados, todos esses fatores podem complicar ainda mais nossa situação epidemiológica", disse.

Segundo Márcio Serra, o diagnóstico precoce faz com que o paciente tenha mais chances de não desenvolver formas mais graves da doença. "A sífilis primária e a secundária podem evoluir sem tratamento. Caso o paciente permaneça com síndrome latente por muito tempo, vai continuar transmitindo. Acho que esse é um dos piores fatores que pode agravar ainda mais o que temos visto atualmente", enfatizou. Ele também alerta para a falta de campanhas de conscientização de doenças sexualmente transmissíveis. "Antigamente, tínhamos campanhas de ISTs durante o Carnaval e outros períodos. Agora, nem isso", lamentou.

 

Tendência - A alta prevalência dessa infecção sexualmente transmissível aparece também em outros países. Nos Estados Unidos, na última década, a sífilis se consolidou como um problema de saúde pública. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em 2019, foram notificados 129.813 casos naquele país. Desde que atingiu uma baixa histórica em 2000 e 2001, a taxa de sífilis entre os norte-americanos vem aumentando anualmente, com variação de 11% a mais nos números, quando se comparam 2018 e 2019 (último dado disponível).

"Essa é uma tendência internacional e o Brasil faz parte do grupo de nações com números alarmantes. Por ser uma doença com evolução grave, até mesmo fatal se não tratada adequada e precocemente, é fundamental que médicos e autoridades públicas permaneçam em alerta, atuando em ações educativas de prevenção e apoiando as fases de diagnóstico e tratamento", avalia Heitor de Sá Gonçalves.

 

Sinais e sintomas - Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) com diferentes estágios de evolução e variados sintomas clínicos, entre eles, manifestações dermatológicas. Conforme salienta o vice-presidente da SBD, embora ainda seja altamente prevalente, a doença tem tratamento simples e eficaz, por meio do uso de penicilina benzatina, que é administrada de acordo com o estágio clínico do paciente.

A sífilis pode ser classificada como sífilis primária, secundária, latente ou terciária. No estágio primário, ela geralmente se apresenta como uma pequena ferida, no local de entrada da bactéria (pênis, vagina, colo uterino, ânus ou boca), que aparece alguns dias após o contágio. A ferida normalmente é indolor e desaparece sozinha, depois de poucas semanas.

 

Estágios - Quando a infecção não é tratada, a bactéria permanece no organismo e a doença evolui para os estágios de sífilis secundária (quando podem ocorrer manchas, pápulas e outras lesões no corpo, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas) ou então sífilis latente (fase assintomática, quando não aparece mais nenhum sinal ou sintoma).

Após o período de latência, que pode durar de dois a 40 anos, a doença evolui para a sífilis terciária, condição grave que leva à disfunção de vários órgãos e pode causar a morte do paciente, costumando apresentar lesões ulceradas na pele, além de complicações ósseas, cardiovasculares e neurológicas .

Além da sífilis adquirida, outra forma de manifestação dessa IST é a sífilis congênita, transmitida por via placentária da mãe para o filho. A condição provoca diferentes sintomas no recém-nascido, como: baixo peso ao nascer ou dificuldade de ganhar peso; sequelas neurológicas; inflamação articular; dores nos ossos; perda visual; audição reduzida ou surdez; entre outros. A doença comumente é responsável por abortos espontâneos, prematuridade e óbito neonatal.

 

Prevenção - O uso do preservativo masculino ou feminino durante a relação sexual é a forma mais segura de prevenção contra a sífilis. Todo paciente que mantem atividades sexuais de risco ou se expõe a relações desprotegidas deve procurar o mais rápido possível uma unidade de saúde para realizar o teste rápido de detecção da sífilis. O exame é de graça na rede pública.

As gestantes também devem testar para a sífilis. Se a grávida receber o diagnóstico e realizar tratamento adequado, é possível prevenir a transmissão para a criança. "Por isso, é de suma importância insistir na testagem de pacientes com vida sexual ativa. Aos dermatologistas, a recomendação da SBD é para que redobrem a atenção, uma vez que as manifestações na pele são sinais relevantes e recorrentes neste tipo de infecção", concluiu Sá Gonçalves.


Ronco e respiração pela boca prejudicam as crianças

Otorrinolaringologista elenca 09 sinais que a criança respira pela boca


“A cavidade nasal possui filamentos para filtrar impurezas. Quando a criança respira pela boca, maiores são as chances de desenvolver infecções respiratórias”, explica o otorrinolaringologista Dr. Alexandre Colombini.

Segundo o especialista, a obstrução nasal pode ser causada pelo aumento de adenoide ou amígdalas, desvio de septo, alergias, sinusite, rinite ou a má formação do nariz e da boca.

 Por isso, é muito importante ficar atento aos sinais:

1- Assistir televisão com a boca entreaberta;
2- Ronco;
3- Alterações no sono;
4- Irritabilidade;
5- Dor de cabeça;
6- Dor no maxilar;
7- Lábios ressecados;
8- Respiração barulhenta;
9- Dificuldade para mastigar e engolir.

“ Se a respiração oral não for corrigida logo, esses problemas se intensificação à longo prazo”, alerta Colombini.


É normal a criança roncar?

Toda criança que ronca e não tem uma boa noite de sono deve passar em consulta com um médico otorrinolaringologista para avaliação.
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Dr.Alexandre Colombini, otorrinolaringologista, explica os motivos:
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- É durante o sono que a memória e o aprendizado são consolidados;
-  Dormir mal pode prejudicar a atenção e o humor;
-  Enquanto dormimos liberamos hormônios do crescimento;
- Crianças que roncam e respiram pela boca podem apresentar deformidades nos dentes e na face.

 

Bebê sabe respirar pela boca?

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As vias respiratórias dos pequenos ainda é imatura e até aproximadamente os 6 meses de vida, ele praticamente só respira pelo nariz.
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“O nariz do bebê já é muito pequeno e ele depende muito dele para respiração, ou seja, qualquer secreção ali dentro pode gerar desconforto e barulho para respirar e dormir”, explica Dr. Alexandre Colombini, otorrinolaringologista !
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Para minimizar tais efeitos o médico indica a lavagem nasal, que é essencial para o alívio da obstrução e para o bem estar dos bebês, pois não é legal deixar catarro acumulado, toda secreção acumulada, além de obstruir, se torna um ambiente propício para proliferação de bactérias e vírus, além de impactar negativamente na qualidade de vida do bebê.

 


Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.


Enxaqueca: principal causa de incapacidade velada em adultos

Como a enxaqueca pode afetar a vida dos pacientes: doença atinge cerca de 15% da população brasileira1-2


Pesquisas globais promovidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os transtornos causados pela enxaqueca, revelaram a real escala deste problema para a saúde. A entidade citou que as adversidades de enxaqueca e dor de cabeça são grandes desafios de saúde pública em todos os países do mundo3.

A pesquisa foi realizada com cerca de 8000 participantes4 em 10 países, abrangendo diversas culturas, grupos e povos. O foco do estudo foi posto em pacientes com enxaqueca, e os resultados são preocupantes: 1175 pacientes nos 10 países pesquisados apresentaram episódios em mais de cinco dias por mês5 de enxaqueca. Essa frequência indica a necessidade de uma medicação preventiva, e menos de 20% dos entrevistados5 tinham consultado um profissional de saúde (geral ou especialista).

"É de suma importância que os pacientes com enxaqueca consultem um médico para identificação da sua condição. Menos de 10% dos pacientes5 desse estudo recebiam um tratamento adequado" explica o dr. Marcio Nattan, neurologista do Grupo de Cefaleias do Hospital das Clínicas da USP São Paulo. "Mesmo se tratando de uma região desenvolvida como a Europa, poucas pessoas realizam tratamentos adequados para conter a doença", completa.

Desde que a enxaqueca foi incluída na GBD (Global Burden of Disease - Carga de Doença Global, em português), a doença vem ganhando postos exponencialmente na classificação dos YLD’s (Years Lived with Disability - Anos vividos com invalidez, em português), tendo sido alçada à posição de moléstia que mais gera incapacidade no mundo em adultos abaixo dos 50 anos, com maior incidência nas mulheres do que nos homens6-7.

Fatores de estilos de vida como depressão, ansiedade, sedentarismo, obesidade e distúrbios do sono são determinantes para que uma pessoa desenvolva mais ou menos ciclos de enxaqueca8. É de extrema importância que os pacientes procurem neurologistas e especialistas para o diagnóstico correto, indicando o melhor tratamento para a pessoa. Com esses passos, a chance de incremento na qualidade de vida do paciente é mais alta.

 

 

Referências consultadas:

• GBD 2016 Headache Collaborators. Global, regional, and national burden of migraine and tension-type headache, 1990-2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016.

• Lancet Neurol. 2018 Nov;17(11):954-976. doi: 10.1016/S1474-4422(18)30322-3

• World Health Organization, Lifting The Burden (2011) Atlas of headache disorders and resources in the world 2011. Geneva: WHO.

• Andrée C, Stovner LJ, Steiner TJ, Barré J, Katsarava Z, Lainez JM, Lair M-L, Lanteri-Minet M, Mick G, Rastenyte D, Ruiz de la Torre E, Tassorelli C, Vriezen P, Lampl C (2011) The Eurolight project: the impact of primary headache disorders in Europe. Description of methods. J Headache Pain 12:541-549

• M, Tekle-Haimanot R, Birbeck GL, Herekar A, Linde M, Mbewe E, Manandhar K, Risal A, Jensen R, Queiroz LP, Scher AI, Wang SJ, Stovner LJ (2014) Diagnosis, prevalence estimation and burden measurement in population surveys of headache: presenting the HARDSHIP questionnaire. J Headache Pain 15:3

• Queiroz LP, Peres MF, Piovesan EJ, Kowacs F, Ciciarelli MC, Souza JA, Zukerman E. A nationwide population-based study of migraine in Brazil. Cephalalgia. 2009 Jun;29(6):642-9. doi: 10.1111/j.1468-2982.2008.01782x

• GBD 2016 Headache Collaborators. Global, regional, and national burden of migraine and tension-type headache, 1990-2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016.

• May, A., Schulte, L. Chronic migraine: risk factors, mechanisms and treatment. Nat Rev Neural 12, 455-464 (2016). https://doi.org/10.1038/nrneurol.2016.93

 

 

Gravidez: Conheça os diversos tipos de partos

Especialista da Criogênesis explica as principais diferenças entre os procedimentos

 

Brasil é um dos países com o maior índice de partos por ano em todo o mundo. De acordo com o Ministério da Saúde, somente em 2020 foram mais de 2,6 milhões de nascimentos, o que representa mais de 7 mil nascimentos por dia. Desse total, as cesáreas representam cerca de 55% dos casos, apesar do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ser de 10% a 15%.

Apesar de a cesárea ser o procedimento mais comum escolhido, segundo o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, há o parto via vaginal que também deve ser incentivado. O médico afirma que cada via de parto deve ser discutida com cada paciente a fim de que a decisão esteja de acordo com as expectativas deste momento tão especial que é o nascimento de um filho. Porém, há terminologias comumente empregadas que merecem reflexões. 

Confira:

Parto "Normal"

Oliveira explica que todo o parto deveria ser considerado normal. O que muda é a via de nascimento do bebê, porém, popularmente, chama-se "normal" quando o nascimento é por via vaginal, ou seja, sem intervenção cirúrgica. De acordo com o obstetra, a opção é muito benéfica tanto para a mãe quanto para o bebê. "A vantagem é o risco reduzido de infecções e a recuperação mais acelerada, se comparado com a cesárea, desde que não haja complicações. Além disso, oferece maior proteção para a criança, como o fortalecimento do sistema imunológico e a diminuição de problemas respiratórios. Ressalta-se que a boa prática obstétrica não recomenda episiotomia rotineira, que é o corte para aumentar a abertura vaginal facilitando a passagem, ruptura das membranas amnióticas rotineira ou a aplicação de instrumentos como o fórceps. Entretanto, há situações em que o benefício supera o risco, como em períodos expulsivos prolongados ou pelves estreitas. Assim, a decisão do obstetra é fundamental para minimizar potenciáveis sequelas para uma criança que demora muito para nascer", afirma.

 

Parto "Humanizado"

O termo humanizado consiste no respeito à mulher e a gestação, prezando pelo conforto e necessidades da gestante durante a ocasião. O doutor conta que a prática necessita de uma equipe especializada que dá suporte durante todo o processo. "Neste caso é priorizado o bem-estar, com mais autonomia para a mãe para fazer as escolhas que considerar adequadas e tornar a experiência menos estressante, de acordo com a estrutura médica. A assistência profissional e o ambiente adequado proporcionam uma melhor experiência para a mulher. Apesar de muitas vezes associarem um parto humanizado com um conjunto de estratégias para o nascimento como via a vaginal, sem episiotomia, luzes de menor intensidade, banheira e música, isto merece algumas reflexões. Por exemplo, a mulher que decide por um parto cesariana, pois não tolera a ideia de trabalho de parto e, neste momento, está acompanhada da pessoa de confiança do seu lado, em ambiente seguro com profissionais capacitados, com estímulo ao aleitamento materno precoce, clampeamento tardio de cordão umbilical e todas as boas práticas obstétricas. Isto não seria humanizado?", diz.

 

Cesárea

A cesárea é um procedimento cirúrgico realizado por meio de um corte no abdômen para a retirada do recém-nascido. O parto, que representa 5 em cada 10 nascimentos no país, acontece quando a mulher opta por um processo indolor ou em situações de risco que necessitem intervenção médica. "Embora seja uma das práticas mais frequentes, sua principal indicação seria em situações de emergência, risco materno ou fetal, mães com bacias estreitas ou antecedente mínimo de duas cesáreas anteriores por exemplo, possibilitando um maior controle do médico", aponta.

 

Parto de Lótus

O parto de Lótus é caracterizado pela ligação entre a mãe e o bebê através do cordão umbilical, mesmo após o nascimento. Nesse processo, a separação acontece de forma espontânea em cerca de uma semana. O obstetra comenta que se trata de algo pouco procurado no Brasil, principalmente para quem deseja o parto domiciliar. Ressalta-se que neste caso, aumenta em duas vezes o risco de morte neonatal e três vezes a chance de complicações como convulsões e danos neurológicos. Manter a ligação por mais tempo entre o cordão e o bebê é algo que poderia aumentar, desnecessariamente, riscos e complicações, com poucos benefícios comprovados. "O clampeamento do cordão tardio, após poucos minutos do nascimento, quando cessa a pulsação, já minimiza os riscos de anemia para o bebê e faz parte da boa prática obstétrica. A experiência de um momento especial, como o parto, faz com que muitas pessoas queiram tornar único este momento e torna-se natural a busca por modalidades que intensifiquem esta sensação. Entretanto, a mortalidade materna e neonatal só diminuíram quando os partos passaram a ocorrem em ambientes seguros com estruturas adequadas como os hospitais. Mesmo assim, muitas situações inesperadas ocorrem. Sem estrutura adequada, poderemos ter um retrocesso no tempo e um aumento de complicações que podem marcar, infelizmente, a história desta família de outra maneira", explica.

 

Parto de Cócoras

O especialista conta que no parto de cócoras a gestante fica agachada para que a saída do bebê seja facilitada. Dr. Renato esclarece que a posição ajuda no relaxamento da musculatura e possibilita o aumento da abertura do períneo, região que sustenta os órgãos pélvicos. "O processo pode ser vantajoso em razão da adequação na hora do nascimento. Entretanto, cuidados são necessários, considerando que a criança precisa estar na posição cefálica, ou seja, virada de cabeça para baixo", esclarece.

 

Criogênesis

https://www.criogenesis.com.br


Parkinson: a doença que tem outros sinais além dos tremores


Em agosto, morreu o ator e diretor Paulo José, que tinha 84 anos e conviveu com a Doença de Parkinson por 28 anos. Workaholic confesso, apaixonado pela profissão, ele nunca parou de trabalhar. Aprendeu a lidar com a doença que chamava de seu ‘coadjuvante de peso, mas nunca protagonista’. A busca pelo melhor tratamento para cada momento da doença, a rede de apoio e o otimismo foram suas armas na batalha contra a enfermidade.

A doença de Parkinson é causada por uma degeneração progressiva dos neurônios que produzem uma substância chamada dopamina, um neurotransmissor que ajuda na comunicação entre as células nervosas e é essencial para o controle dos movimentos dos músculos1,2.

A ausência da dopamina causa tremores, ou seja, movimentos involuntários de braços, pernas, cabeça. Mas nem sempre eles são o primeiro sintoma da doença. Na maioria das vezes, antes dos tremores a pessoa desenvolve bradicinesia. “É a lentificação dos movimentos, quase sempre de um lado só do corpo, geralmente nas extremidades, como nas mãos e nos pés. Já é um sinal motor”, explica Dr. Hélio Osmo, Diretor Médico da Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica.

Osmo explica que o tremor não é exclusividade da Doença de Parkinson. “Existem inúmeras doenças neurológicas diferentes que provocam tremor, então é preciso que um neurologista especializado em distúrbio do movimento analise o caso para fechar o diagnóstico”, recomenda.

Mesmo antes da lentificação dos movimentos o paciente pode apresentar outros sintomas que dificilmente são relacionados ao Parkinson. “Os neurologistas costumam chamar esse período de ‘lua de mel da doença de Parkinson’. São sinais como depressão, ansiedade, distúrbios do sono e até problemas de retenção urinária”, detalha Dr. Hélio Osmo, dizendo que raramente eles são associados precocemente ao Parkinson.

Como o diagnóstico da doença é essencialmente clínico, feito por após o descarte de outras patologias, o conselho é procurar um neurologista sempre que surgirem alguns dos principais sintomas:

  • Tremores involuntários mesmo em repouso
  • Rigidez muscular
  • Andar mais lento e arrastado
  • Perda de expressão facial
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Dores musculares
  • Constipação


Dados

A Doença de Parkinson atinge 1% da população mundial acima dos 65 anos, o que representa cerca de 8 milhões de pessoas. No Brasil, as estimativas apontam para cerca de 700 mil portadores da doença, que é crônica, progressiva e ainda não tem cura1,2. Ela atinge principalmente a terceira idade e em geral surge a partir dos 60/65 anos. Quando ela se manifesta precocemente sua progressão é mais lenta. Já quando surge a partir dos 75/80 anos ela evolui mais rapidamente para estágios mais avançados.


Tratamento

Como a doença é progressiva e não tem cura, as terapias ajudam a controlar os sintomas e permitem que o indivíduo continue exercendo suas atividades. O tratamento com medicamentos estimula a oferta de dopamina, aumentando a sua presença ou evitando a sua degradação, além da deterioração das funções cerebrais e do controle dos sintomas do Parkinson. Eles não curam a doença, mas melhoram a qualidade do tempo ao lado de amigos e familiares, além da capacidade produtiva dos pacientes.

Além dos remédios, existem outros recursos terapêuticos como fisioterapia, cirurgia e até o implante de um dispositivo cerebral que reduz os tremores e a rigidez dos músculos.

Caso queira saber mais a Doença de Parkinson, tratamento, sintomas, causa, Dr. Hélio Osmo está à disposição para entrevistas.

 

 


Referências:

 

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