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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Governo de SP e FIDI levam carreta da mamografia a São Paulo

Mulheres de 50 a 69 anos podem fazer o exame sem necessidade de pedido médico; serviço estadual estará na cidade até 16 de outubro

Após pausa de itinerário durante a pandemia, iniciativa volta respeitando os protocolos de segurança


A carreta-móvel do programa "Mulheres de Peito" estará na cidade de 5 até o dia 16 de outubro, realizando mamografias grátis e sem necessidade de pedido médico para mulheres acima de 50 anos. O serviço é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), responsável por fornecer equipamentos para auxílio de diagnóstico a diversos hospitais estaduais.

Instalado na Neo Química Arena, Av. Miguel Ignácio Curi 111, as carretas funcionam de segunda à sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), a partir da distribuição de senhas no período da manhã. Ao total, serão realizados 50 exames diariamente e, aos sábados, 25.

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, na capital paulista. O resultado sai em até 2 dias após a realização do exame.

Para as mulheres acima de 50 anos, não há necessidade de pedido médico para fazer a mamografia. Basta levar RG e cartão SUS. Pacientes fora dessa faixa etária também podem realizar os exames, desde que tenham em mãos um pedido médico emitido pela rede pública ou particular, cartão SUS e RG.

A iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso e incentivar as mulheres a realizarem exames de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em todo o Estado. Para isso, as carretas percorrem os municípios paulistas ininterruptamente.

As unidades móveis contam com equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e profissionais de enfermagem. E para contribuir com a agilidade do diagnóstico, cada veículo é equipado com aparelho ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.


Protocolos de segurança

Após itinerários preventivamente suspensos no início da pandemia, o programa "Mulheres de Peito" retorna seguindo protocolos rígidos de combate à Covid-19, sempre exigindo o uso de máscara, distanciamento e higienização das mãos - medidas válidas tanto para a equipe, quanto às pacientes.

O projeto existe desde 2014 e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 230 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias e mais de 2 mil mulheres encaminhadas para exames complementares e/ou início do tratamento oncológico em unidades estaduais especializadas.


Raiva além da hidrofobia



Começam as campanhas de vacinação contra a raiva. A época foi escolhida em homenagem ao cientista francês, Louis Pasteur, criador da primeira vacina contra a raiva, que morreu em 27 de setembro de 1895. A iniciativa é da Aliança Global para o Controle da Raiva, instituição com o objetivo de criar consciência, promover a prevenção e o tratamento da doença em humanos e animais.

A raiva humana, hidrofobia, no Brasil é uma doença endêmica. No Sul, praticamente desapareceu. No Norte e Nordeste ainda são notificados casos transmitidos por animais domésticos ou silvestres. Para ocorrer o contágio, além da mordida basta um contato com a saliva do animal doente.

O cão e o gato são os principais transmissores da doença nos ambientes urbanos. No rural, também os morcegos. De acordo com os sintomas apresentados, a doença pode manifestar-se de duas formas diferentes: raiva furiosa ou raiva muda. A melhor forma de prevenção da hidrofobia é manter, em dia, a vacinação de animais. A primeira dose deve ser aplicada aos três meses de idade e, depois, uma vez por ano, todos os anos. A vacina é gratuita e oferecida pelos órgão públicos de saúde.

Como temos observado, há outra espécie dessa mesma doença que tem crescido e infelicitado famílias, círculos de amizade, colegas de estudo e trabalho, vizinhos e por aí vai o seu alcance. É a raiva emocional. E não há vacina, embora haja remédio. Este tipo de raiva é um estado momentâneo de nervosismo intenso diante de alguém que pode provocar ataques de agressividade verbal, ou até física. Esta emoção nasce de um bloqueio, surge frente a um obstáculo insuperável. Em geral, é causada pela verdade.

A reação do corpo, a partir da raiva, é de desequilíbrio emocional. As consequências da raiva como sentimento são: violência, agressão física ou verbal; sempre gerando péssima conduta. A raiva acelera o cérebro de tal forma que perdemos o equilíbrio, e a energia se espalha desordenadamente. Interessante observar que sem inteligência emocional a raiva é destruidora, porém se administrada corretamente pode ser um alerta sobre nosso mundo interno e algumas necessidades que estamos deixando de lado.

Viver frustrações faz parte da vida, como ganhar e perder. Quando ainda crianças, se não entendemos e superamos normais decepções há o risco de sermos adultos intempestivos, irritados, raivosos, violentos. Pessoas de "pavio curto" que não hesitam em explodir quando são contrariadas nas suas certezas - que são versões dos fatos, não a verdade.

Isso deixa bem claro que, nesses casos, cabe amadurecer a capacidade de resistir às frustrações de haver errado e aceitar ser, naturalmente, criticado por isso. Só assim o nível de raiva tende a diminuir. Claro que há fatores geradores de compreensível insatisfação: ter consciência de que não está preparado para exercer uma determinada responsabilidade; estar cercado de pessoas incapazes; não saber dialogar; ter preconceitos e discriminar pessoas contra as quais não há razões para atacar; desejar ser amado por todos, mas não merecer tal reciprocidade. E muitos outros motivos.

Pois é... Seja qual for o tipo de raiva, é preciso - nesta época dedicada ao combate dela -, conhecer os cuidados preventivos elementares: Não chegar perto de cães, gatos, morcegos e pessoas desconhecidos, feridos ou que estejam se alimentando - mesmo que tenham a aparência de mansos; Respeitar os espaços em que vivem mamíferos silvestres e urbanos que podem ser reservatórios naturais de problemas; Não apartar brigas entre animais, incluindo de familiares próximos e parceiros; Não mexer com fêmeas e suas crias; e Utilizar guias curtas, coleiras e focinheiras nos animais que demonstrem agressividade.

Qualquer semelhança com certas personalidades públicas não é mera coincidência, é um responsável alerta para prevenção e, quem sabe, até cura.




Ricardo Viveiros - jornalista, escritor e professor. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de vários livros, entre os quais: "Justiça Seja Feita", "A Vila que Descobriu o Brasil", "Pelos Caminhos da Educação" e "O Poeta e o Passarinho".


Problemas vocais ​​tendem a ser confundidos com manias da idade; saiba como identificar sinais de alerta

Shutterstock
Rouquidão persistente, pigarros constantes e diminuição da potência vocal podem indicar pólipos, atrofias das cordas vocais e até câncer na garganta, alerta especialista do Hospital Paulista


A qualidade da voz pode afetar, e muito, a forma como os idosos vivem. Sendo a principal responsável pela comunicação oral, ela é fundamental para as interações sociais, conexões com a família, atividades de lazer que utilizam a voz e, principalmente, para expressar desejos, necessidades e sentimentos.

No Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia chama a atenção para os sintomas que podem servir de alerta para o mau-funcionamento vocal ​​e tendem a ser confundidos com manias de uma idade avançada.

Conforme o Dr. Rui Imamura, otorrinolaringologista que atende no Centro Especializado em Laringe e Voz do Hospital Paulista, a voz sofre, de fato, algumas alterações com o passar dos anos, mas é necessário estar atento a possíveis sinais de um problema mais grave.

Rouquidão progressiva, pigarros constantes e diminuição da potência vocal podem identificar doenças e lesões, como pólipos, edema de Reinke, atrofias das cordas vocais e até câncer na laringe.

De acordo com o médico, estudos sugerem que, após os 60 anos, cerca de 50% dos distúrbios vocais no idoso podem representar doenças que, quando não são diagnosticadas, tendem a evoluir, podendo prejudicar a saúde do idoso por obstrução respiratória progressiva, aspiração e pneumonias e tumores malignos.

"Além disso, por conta das situações envolvendo a falta de comunicação, o mau-funcionamento vocal pode levar à diminuição da autoestima, isolamento social, ansiedade e depressão", destaca.

O especialista explica que, apesar dos efeitos negativos que os distúrbios vocais causam à população geriátrica, eles são frequentemente negligenciados e não relatados pelo próprio idoso. Dessa forma, cabe aos familiares e cuidadores detectarem as alterações e orientarem a busca por um diagnóstico e tratamento adequados.


Sintomas

Os principais sintomas dos distúrbios da voz no idoso manifestam-se em forma de rouquidão, fadiga ao falar, diminuição da potência vocal, dificuldade no canto, aumento de secreção nas vias respiratórias, tosses e pigarros.

"A voz frequentemente baixa, como se estivesse sempre dando algum conselho de sabedoria, ou aquele pigarro excessivo do idoso que, de tão repetitivo, mais parece um TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), não são manias da idade, mas sim sinais de que algo não está bem com a saúde vocal", alerta o especialista.

O pigarro crônico pode estar associado tanto a problemas simples, como refluxos, como a mais graves, como câncer. "O sintoma deve ser investigado, principalmente se associado à rouquidão, dores ao engolir ou falta de ar."


Prevenção

Ter uma voz saudável está diretamente ligada ao bom desempenho do organismo como um todo. Por isso, Dr. Rui explica que hábitos como manter o corpo hidratado e dormir bem, mantendo uma noite de sono reparadora, ajudam a conservar uma boa saúde da voz.

Os cuidados com a alimentação também são essenciais. "Pacientes que sofrem de refluxo comumente apresentam rouquidão. Manter uma dieta saudável pode ajudar neste controle", ressalta.

Segundo o especialista, o uso de agentes nocivos como o cigarro e o álcool devem ser evitados pois podem causar ​​problemas sérios à voz, bem como ao restante do organismo. Ambos são os principais fatores de risco para o câncer de laringe, que tende a ocorrer a partir dos 60 anos de idade.


Tratamentos

O tratamento dos problemas vocais pode envolver uso de medicações, fonoterapias ou até mesmo cirurgia das cordas vocais. Segundo o médico, por meio do diagnóstico e tratamento adequados, pelo menos 2 entre 3 pessoas acometidas por alguma doença podem ter melhora da voz.

"Os distúrbios vocais nos idosos não devem ser menosprezados jamais. Pelo contrário, eles sempre precisam ser investigados. Quando notamos a diminuição da visão, procuramos um oftalmologista. Com a voz deve ser feito o mesmo. À medida que um sintoma se torna frequente, é necessário buscar um otorrinolaringologista", finaliza o especialista.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Aplicativo permite que pacientes com dermatite atópica avaliem o controle da doença

Diário DA Pele facilita a criação de histórico de sinais e sintomas por período, ajudando o paciente a ter conversas mais efetivas com o seu médico


Disponível gratuitamente para aparelhos celulares com sistema operacional Android ou IOS, o aplicativo Diário DA Pele, da Sanofi Genzyme, é uma ferramenta simples e intuitiva para que pessoas diagnosticadas com dermatite atópica (DA) possam acompanhar a gravidade, a evolução e o controle da doença. Lançado em 2021, o app funciona como um diário – como o nome diz – e permite que o paciente registre, de forma privada, os sinais e sintomas da DA por meio de anotações e fotos das suas lesões de pele.

Como uma de suas funcionalidades, o Diário DA Pele apresenta o histórico detalhado das informações inseridas pelo paciente ao longo do tempo. Com isso, além de promover maior entendimento sobre a doença no dia a dia, possibilita que o paciente compartilhe um resumo dos sintomas com o especialista durante a consulta médica, de forma rápida, objetiva e organizada. O aplicativo conta, ainda, com uma área de apoio educacional, com materiais repletos de dicas e curiosidades sobre dermatite atópica e qualidade de vida.

“Nessa iniciativa global, utilizamos a tecnologia para reforçar a importância do cuidado contínuo e proativo da dermatite atópica. Nos colocamos como parceiros da jornada dos pacientes com DA e esperamos facilitar o seu dia a dia e de seus cuidadores por meio da inovação”, afirma Ana Kattar, diretora de Imunologia da Sanofi Genzyme. A ferramenta também está presente em países como México, Reino Unido, Suécia e Emirados Árabes. No Brasil, já são mais de 1.300 pacientes utilizando o aplicativo diariamente.

O Diário DA Pele é gratuito e está disponível na Google Play, para celulares Android, e na App Store, para aparelhos iOS. O aplicativo não tem como objetivo fins diagnósticos e não dispensa a necessidade de acompanhamento médico.

   



 

Sanofi Genzyme



Outubro Rosa: estimativa para esse ano é de 40 mil novos casos de câncer de mama

Mês para conscientizar e prevenir sobre o câncer de mama, ainda considerado um problema de saúde pública no Brasil.

Em outubro, o país "veste-se" de rosa com o objetivo de trazer atenção das mulheres para a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento precoce do câncer de mama.

Estima-se que em 2021, surjam 40 mil novos casos de câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). O Paraná é o segundo estado da região Sul em número de casos (uma estimativa de 3.470 casos; e o quinto em incidência no país). Integram o grupo de risco mulheres a partir dos 40 anos e aquelas com histórico familiar para o câncer de mama. Realizar o autoexame e estar ciente e bem informada sobre quais ações podem reduzir a incidência do tumor são práticas fundamentais.

O Instituto Radion de Oncologia e Radioterapia tradicionalmente abraça esta causa, realizando uma série de atividades educativas, por entender que o diagnóstico precoce aliado aos avanços da medicina, são capazes de salvar mais vidas.



Como perceber a doença

O sintoma mais fácil de ser percebido pela mulher é um nódulo no seio, acompanhado ou não de dor. A mama pode ficar mais densa ou com aspecto de `casca de laranja`. Também podem surgir pequenos nódulos na axila. É importante lembrar que nem toda suspeita é um câncer de mama, por isso, recomenda-se a consulta com um especialista.

Além disto, toda mulher com 50 a 69 anos deve realizar pelo menos uma mamografia a cada dois anos, conforme recomendação do Ministério da Saúde ou antes de houver risco familiar associado e a partir dos 40 anos, conforme recomendação da Sociedade de Brasileira de Mastologia.

O autoexame tem sua importância no conhecimento da mulher com seu próprio corpo, mas não a exime do acompanhamento com especialista.

A mulher deve observar os dois seios, colocar as mãos na cintura fazendo força, colocar as mãos atrás da cabeça e observar o tamanho, posição e forma do mamilo; pressionar levemente  o mamilo para perceber se há saída de secreção. Em pé, deve levantar o seu braço direito e apoiá-lo sobre a cabeça, com a mão direita esticada examinar a mama esquerda, com a ponta dos dedos sentir cada parte dos seios, apalpando para ver se sente algo diferente.



Quando procurar ajuda

Toda mulher com 40 anos de idade ou mais deve procurar ajuda médica para realizar o exame anual das mamas. Além disto, toda mulher com 50 a 69 anos deve realizar pelo menos uma mamografia a cada dois anos. Vale lembrar que a consulta com um profissional da área é indispensável, uma vez que, em determinados casos, pode não ocorrer alteração nas mamas durante o autoexame. Podem elevar os fatores de risco ao câncer de mama  o histórico da doença na família, pessoas que já tiveram câncer em uma das mamas ou câncer de ovário em qualquer idade.


A importância da radioterapia

A radioterapia é considerada como um dos mais importantes tratamentos oncológicos contra o câncer de mama. Essa modalidade terapêutica é rotina no Instituto Radion.

O tratamento sequencial ao procedimento cirúrgico costuma ser muito bem tolerado pelas pacientes e os efeitos adversos são, na maioria das vezes, restritos à região tratada. Os novos protocolos de tratamento, aplicados no Instituto Radion, agregam rapidez em cada sessão e menor número de dias, conforme as recomendações internacionais.

Além disso, todos os tratamentos de mama são feitos com a técnica 3D, podendo estar associada a IGRT (Radioterapia guiada por Imagem) ou a modulação do feixe (IMRT), para poupar os órgãos saudáveis e garantir mais segurança em cada aplicação com o mínimo de efeitos colaterais.


10 curiosidades sobre o crânio e o cérebro que irão te surpreender

Ainda estamos longe de conhecer todo o mistério que envolve a interligação do cérebro com o nosso organismo como um todo, mas já temos importantes achados. Confira a lista abaixo elaborada pelo pesquisador e diretor científico da brain4care, Gustavo Frigieri: 

  1. O nosso cérebro pesa mais ou menos 1,5kg. Cerca de 75% de sua massa total é composta por água. O seu peso representa de 2% a 3% da massa corporal e consome cerca de 20% do nosso oxigênio e de 15% a 20% da glicose.
  1. O cérebro tem cerca de 100 bilhões de células nervosas. Além disso, possui mais conexões do que o número de estrelas em nossa galáxia. Ele  pode arquivar o equivalente a 1mil terabytes de informações. Somos ainda capazes de escanear e processar imagens complexas em até 13 milissegundos. Só para se ter uma ideia, as redes neurais artificiais (RNAs), modelos computacionais inspirados pelo sistema nervoso central, precisam de 40 minutos para processar o que o cérebro leva apenas um segundo. 
  1. Nosso cérebro pulsa. Isso acontece quando o coração bate e envia o fluxo de sangue carregado de nutrientes para todo o organismo, inclusive o cérebro. Neste exato momento, o cérebro pulsa. E o mais importante: na presença de algumas doenças esse pulso se comporta de modo diferente, indicando que pode ser a hora de investigar mais sobre a saúde do paciente. A Covid-19, por exemplo, muda a forma de como o fluxo sanguíneo chega ao cérebro.
  1. A caixa craniana é expansível. Desde mais de 200 anos atrás, a medicina acreditava que o crânio era totalmente rígido e que o aumento no volume de um de seus componentes (cérebro, sangue e líquido cerebroespinhal) implicaria na diminuição do volume dos outros. Porém, descobertas recentes indicaram que o crânio é capaz de se expandir para acomodar mudanças nesse volume interno. Essa capacidade de ajuste é chamada de complacência intracraniana e seu comprometimento pode levar a um aumento da pressão intracraniana.
  1. Pressão arterial alta pode afetar o cérebro. Quando o coração bate e leva o sangue para o cérebro, se a pressão arterial estiver alta, a força dessa onda pode resultar em hipertensão intracraniana e causar dores de cabeça frequentes, às vezes acompanhadas de náuseas, visão turva e ruídos dentro da cabeça. A hipertensão intracraniana também pode provocar acidentes vasculares cerebrais (AVC), também conhecidos como "derrame".
  1. A obesidade pode trazer complicações para o cérebro. Isso porque o excesso de gordura abdominal comprime as veias da região, prejudicando o retorno do sangue venoso do cérebro para as outras partes do organismo. Esse fato já eraprevisto, mas apenas com o monitoramento não invasivo foi possível observá- 
  1. Doenças como síndrome renal interferem na saúde do cérebro. Pesquisas recentes indicaram que pacientes com síndrome renal em estágios mais graves tinham a complacência intracraniana comprometida. Após o tratamento desses pacientes com hemodiálise, a complacência retornou a um estado normal. Isso é uma importante pista para entender como a o cérebro pode ser afetado pelas mais diversas doenças e como monitorá-lo é essencial para garantir que não surjam mais complicações para um paciente.
  1. Acordando um paciente em coma induzido. Com o monitoramento não invasivo do crânio, o médico pode saber com mais segurança se já está no momento de “acordar” esse paciente. Para isso, ele checa se a complacência intracranianaestá normal. Antes, o médico contava apenas com a avaliação do estado clínico do paciente para tomar a decisão. 
  1. Pulmão artificial é calibrado pelo cérebro.O ECMO (sigla em inglês para “Oxigenação por Membrana Extracorpórea), ou “pulmão artificial”, tornou-se mais conhecido no Brasil recentemente quando foi utilizado no tratamento do ator Paulo Gustavo, uma das vítimas da Covid-19. A técnica substitui as funções do pulmão quando necessário. Durante esse tratamento, o volume de sangue na máquina e no corpo precisa estar equilibrado. Para isso, a equipe de especialistas observa sinais do paciente, como temperatura, frequência cardíaca e pressão arterial. Com o monitoramento não invasivo do cérebro, os médicos passaram a acompanhar também a complacência intracraniana e a calibrar com mais segurança a máquina. 
  1. É possível monitorar o crânio de forma não invasiva e confiável. Até pouco tempo atrás só era possível monitorar a pressão intracraniana (PIC) com métodos invasivos. Aliás, a monitorização invasiva intraventricular é considerada padrão ouro para essa checagem, mas ela está relacionada a inúmeras complicações. Mais recentemente, métodos não invasivos de monitorização da complacência intracraniana têm sido utilizados com sucesso para avaliar a saúde do cérebro, mostrando que a complacência intracraniana tem relação direta com a PIC e pode até ser um meio mais eficaz para esta avaliação.

 


brain4care 


Outubro Rosa: Pandemia interfere diretamente na detecção do câncer de Mama, doença oncológica que mais afeta a população global

Estudo da OMS aponta para descoberta de tumores em estágio avançado como "herança" da COVID-19; Consultas de rotina e exames periódicos são essenciais para a descoberta de tumores malignos em estágio inicial, chave para a cura em mais de 90% dos casos


Enquanto os olhos do mundo ainda seguem voltados para o combate ao Coronavírus, em 2021, o Outubro Rosa ganha ainda mais relevância no reforço da mensagem sobre a importância do diagnóstico do câncer em fase inicial, assim como a sua prevenção, que mesmo em tempos de Covid-19 devem ser lembrados como as melhores ‘armas’ de combate à doença. O alerta especial referente à incidência do câncer de mama, cuja ocorrência em mulheres corresponde a 99% de todos os casos registrados mundialmente, é justificado por dados do GLOBOCAN 2020 , que alertam para a necessidade de um olhar de lupa para o assunto.

O estudo, divulgado em fevereiro de 2021 pela Agência Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (IARC, da sigla em inglês) - entidade intergovernamental que faz parte da Organização Mundial da Saúde (OMS) - e pela Sociedade Norte-Americana de Câncer (ACS), mostra que cenário da oncologia está mudando, com aceleração em todo planeta nos índices de incidência de neoplasias malignas e trazendo o câncer de mama para o topo da lista entre os mais diagnosticados em todo o mundo, superando pela primeira vez neste ranking os tumores de pulmão.

Para o oncologista Max Mano, líder de tumores de mama do Grupo Oncoclínicas, este cenário é reflexo, em grande parte, de aspectos inerentes ao desenvolvimento sócio-econômico e cultural dos diferentes países. "O contínuo aumento global na incidência do câncer de mama se deve a um conjunto de fatores que incluem mudanças no estilo de vida - tais como a epidemia de obesidade, uso de hormônios, menarca precoce/menopausa tardia, menor (e mais tardia) paridade/amamentação, maior consumo de álcool, sedentarismo -, demográficas, relativas ao envelhecimento da população, e, possivelmente, uma maior capacidade dos países ricos de fazerem diagnósticos", destaca.

Ele frisa que, apesar do câncer de mama ainda apresentar taxas menores de letalidade em comparação aos tumores de pulmão, os dados apresentados pela OMS acendem um sinal vermelho sobre a atenção às políticas públicas de incentivo à detecção da doença em países emergentes, caso do Brasil. Por aqui, o câncer de mama é responsável por cerca de 30% de todos os casos de neoplasias entre o gênero feminino.

"Apesar da incidência crescente, em geral, a mortalidade por muitos tipos de câncer, especialmente o de mama, vem diminuindo nos últimos anos. A má notícia é que isso só tem ocorrido, ao menos de maneira consistente, nos chamados países desenvolvidos. Por causa da ocorrência de diagnósticos em estágio mais avançado e do menor acesso a tratamentos, a letalidade por câncer é maior em países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos, um fato cruel que foi acertadamente captado pelo estudo GLOBOCAN 2020", aponta Max Mano.

Isso exigirá esforços contínuos no sentido de aumentar a taxa de cobertura da mamografia de rastreamento populacional, assim como o nível de alerta das mulheres para alterações na mama, requerendo atenção dos especialistas para que o câncer de mama seja diagnosticado o mais cedo possível.

"O baixo investimento em medidas de prevenção e diagnóstico e da menor oferta de tratamentos oportunos e eficazes pode condenar os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento a anos de atraso nas políticas de combate ao câncer em relação aos seus pares mais afortunados", diz o oncologista da Oncoclínicas.

No Brasil, o câncer de mama responde por cerca de 67 mil novos diagnósticos de câncer todos os anos, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). De forma geral, a mamografia é o principal exame preventivo para identificação de tumores de mama. Ela deve ser realizada anualmente por todas as mulheres acima dos 40 anos e a decisão por adiar ou não esse exame só deve ser tomada mediante o aconselhamento médico.

As chances de cura chegam a 95% ou mais quando o tumor é descoberto no início, sendo o tratamento menos invasivo, o que melhora, em muito, a qualidade de vida durante e após o tratamento da doença.

 

Covid-19 trará consequências na luta contra o Câncer

A descoberta tardia pelo atraso na realização de exames de rastreamento e a falta de acesso a tratamentos, especialmente em países em desenvolvimento, estão entre os aspectos ressaltados pela OMS como efeitos que afetam diretamente os cuidados oncológicos. A organização informou que nas duas últimas décadas o número total de pessoas com câncer quase dobrou, saltando de 10 milhões estimados em 2000 para 19.3 milhões em 2020.

As projeções indicam ainda que nos próximos anos há uma tendência de elevação dos índices de detecção do câncer, chegando ao patamar de quase 50% a mais em 2040 em comparação ao panorama atual, quando o mundo deve então registrar algo em torno de 28.4 milhões de casos de câncer. Isso significa que a cada 5 pessoas, uma terá câncer em alguma fase da vida. Nos países mais pobres, a incidência da doença deve ter um crescimento superior a 80%.

O número de mortes por câncer, por sua vez, subiu de 6,2 milhões em 2000 para 10 milhões em 2020 - uma equação que aponta que a cada seis mortes no mundo uma acontece em decorrência do câncer. E a tendência é que haja aumento nesse triste ranking, já que a OMS também indica que a pandemia trará como consequência mais casos de pacientes com câncer em estágio avançado por conta dos atrasos na descoberta e tratamentos de tumores malignos.

Em 2020, primeiro ano dos protocolos contra o Novo Coronavírus, o Brasil, por sua vez, teve uma grande queda na busca pelo diagnóstico. A mamografia de rastreamento, exame indicado como parte da rotina de cuidados para mulheres a partir de 40 anos, apresentou queda de 84% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A estimativa foi feita pela Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS). Outros exames fundamentais para a saúde da mulher, como o citopatológico cérvico vaginal (papanicolau), tanto para diagnóstico, como para rastreamento de câncer do colo do útero, também apresentaram queda: a redução foi de mais de 50%.

Complementarmente, um outro dado, da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) - que representa empresas do segmento de saúde suplementar - aponta uma queda na quantidade de mamografias realizadas na rede privada do país de 46,4% quando comparado o período de março a agosto de 2020 com os mesmos meses de 2019.

"Os reflexos do adiamento nos acompanhamentos médicos de rotina por medo de exposição ao novo coronavírus podem a curto e médio prazos, de fato, desencadear um aumento global nos índices de tumores descobertos em fase mais avançada. Isso vai impactar na sobrevida dos pacientes oncológicos, como uma das heranças perversas da pandemia para a saúde como um todo", afirma Max Mano.

As biópsias também tiveram uma redução de 39,11% no Brasil, segundo o INCA, quando comparados os meses de março a dezembro de 2019 e 2020. Em 2019 foram realizados 737.804 desses procedimentos e, em 2020, um total de 449.275. As maiores quedas ocorreram nos meses de abril (-63,3%) e maio (-62,6%), período de pico da primeira onda de Covid no País e, de acordo com especialistas, a diminuição das biópsias para diagnóstico de câncer repercutem de maneira grave na mortalidade dos pacientes com câncer, já que muitas pessoas não estão sendo diagnosticadas, nem tratadas durante a pandemia, o que permite que o tumor se desenvolva.

O oncologista do Grupo Oncoclínicas, Max Mano, reforça que "o câncer não espera". A condição faz parte do rol de doenças estabelecido pelo Ministério da Saúde, cujo tratamento não pode ser considerado eletivo. Atualmente, ainda de acordo com os dados do GLOBOCAN, mais de 1,5 milhão de brasileiros têm tumores malignos, sendo que em 2020 foram diagnosticados 592.212 novos casos e registrados 259.949 óbitos em decorrência de neoplasias malignas. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que são esperados ao menos outros 625 mil diagnósticos de câncer até o final de 2021.


O que é importante as mulheres saberem sobre câncer de mama

Além de incentivar a prevenção e diagnóstico precoce de câncer de mama, o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) ressalta a importância de conscientizar as mulheres que sob o chapéu câncer de mama estão diferentes tipos da doença e que tratamentos são realizados de maneira individualizada. As terapias de câncer de mama, com base em evidências científicas, têm evoluído, mas ainda não estão ao alcance de todas as brasileiras. Além disso, prevenção e diagnóstico precoce precisam fazer parte da consciência da mulher e das políticas públicas

 

Outubro Rosa é o mês reservado à conscientização  do câncer de mama e falar sobre  prevenção e os fatores de riscos evitáveis é tão importante quanto abordar questões relacionadas aos diversos tipos da doença e à evolução de tratamentos. A reflexão é da médica oncologista Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e faz todo o sentido, afinal, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo. São cerca de 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020, o que representa 24,5% dos casos novos por câncer em mulheres. É também a causa mais frequente de morte por câncer nessa população. No Brasil, em 2021, estima-se 66.280 casos novos da doença, o que equivale a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Portanto é muito importante dizer a essas mulheres, segundo Andréa, que há tratamento para câncer de mama e que a medicina tem evoluído nesse sentido. Uma das primeiras coisas que uma mulher já acometida por câncer de mama precisa saber é que seu tratamento nunca será exatamente igual ao de outra mulher com câncer na mesma região. “O câncer de mama não é uma doença única. E o primeiro passo antes de planejar o tratamento é  identificar o tipo de tumor da paciente. Isso porque cada um tem uma resposta diferente a determinados procedimentos e medicamentos”, afirma Andréa.


Medicina molecular e câncer de mama

Nesse aspecto, a classificação molecular e imunoistoquimica foi uma evolução importante da medicina para essas pacientes porque informa ao médico oncologista se nas células do tumor há expressão de receptores hormonais (estrogênio e/ou progesterona) e de proteína HER2. Com base nessa informação os tumores de mama são classificados em:

  • Luminal A - são positivos para receptores dos hormônios estrogênio e progesterona e apresentam crescimento mais lento das células.
  • Luminal B – são positivos para receptores dos hormônios estrogênio e progesterona, no entanto, seu nível de proliferação celular é mais acelerado que do luminal A.
  • Tumores com receptores de proteína HER2 – em geral, são tumores que crescem e se disseminam rapidamente, mas, por outro lado, costumam responder bem a  tratamentos com medicamentos específicos que têm como alvo a proteína HER2.
  • Tumores triplo negativo - são negativos para receptores de estrogênio, progesterona e proteína HER2.

“Tumores da classificação luminal A são mais frequentes. O triplo-negativo tem maior incidência em mulheres jovens e são mais agressivos. Mas é importante ressaltar que o câncer de mama acomete mulheres de todas as idades”, alerta. Para entender a importância da classificação molecular, Andréa dá um exemplo: “sabemos que tumores triplo-negativo respondem melhor aos tratamentos com terapias-alvo e imunoterapia. Há estudos que mostram bons resultados com uso de imunoterapia precoce e terapia-alvo, antes da cirurgia”.


Sempre com base em evidências

“A classificação histológica continua a ser importante. Precisamos entender que na medicina como um todo e isso vale para a oncologia, que decisões de tratamento são tomadas com base em dados científicos, evidências”, ressalta a oncologista. A classificação histológica do câncer de mama está relacionada ao local onde o tumor surgiu e o modo como se desenvolve. Considerando esses aspectos, entre os mais comuns estão: o carcinoma ductal in situ, que afeta os ductos da mama (os canais que levam o leite) e não atinge outros tecidos; o carcinoma ductal invasivo, que se inicia nos ductos, mas pode atingir outros órgãos, por meio das veias e/ou vasos linfáticos; o carcinoma lobular in situ, que se origina no lóbulos da mama (glândulas produtoras de leite) e não atinge outros tecidos; carcinoma lobular invasivo, que, da mesma forma, se desenvolve nos lóbulos mamários, mas pode atingir tecidos próximos; e o carcinoma lobular invasivo, que começa nos lóbulos mamários e pode atingir outros órgãos. “Além do tipo histológico para definirmos o tratamento precisamos avaliar o que chamamos de estadiamento da doença, se ela está restrita ou não a mama. Será que os linfonodos estão comprometidos? É uma doença em fase inicial ou mais avançada?”, enumera.


Quanto mais conhecimento e experiência melhor

Além  dessas classificações, o olhar do médico sob o paciente é fundamental para decidir a estratégia de tratamento. “Assim como cada tipo de tumor de mama tem suas características, cada paciente é única”, afirma. De acordo com Andréa, uma paciente jovem com câncer de mama, em  idade reprodutiva, vai ter uma abordagem diferente de tratamento, de uma mulher que já passou pela menopausa. Da mesma, forma duas mulheres da mesma idade, uma que ainda deseja ter filhos e outra que já formou sua família ou não tem planos de ter filhos, precisa ter essas questões consideradas no tratamento.

Com base em todas essas informações somadas a seus conhecimento e experiência, o médico vai planejar com a paciente a estratégia de tratamento. E os recursos nesse sentido estão evoluindo muito, na opinião da especialista. As cirurgias de mama, por exemplo, tornaram-se cada vez menos mutiladoras, além de, em muitos casos, ser possível realizar a reconstrução da mama simultaneamente à retirada do tumor. Os recursos disponíveis para tratamento de câncer de mama contam com terapias focais, que têm como objetivo tratar o tumor localmente, sem afetar as demais regiões do organismo do paciente. Nesse caso, estão, além das cirurgias menos mutiladoras, a radioterapia. E os médicos oncologistas, responsáveis pelos tratamentos sistêmicos, que englobam quimioterapia, hormonioterapia, terapias-alvo e imunoterapia, também precisam estar sempre atualizados porque a evolução e as novas alternativas aparecem com frequência.

“Em eventos importantes  da oncologia , como na ASCO e no ESMO ocorridos  este ano,  um dos destaques foi a droga chamada trastuzumabe deruxtecan que está sendo testada por meio de estudos em pacientes norte-americanos e aqui no Brasil, em um hospital em Porto Alegre. O medicamento tem demonstrado eficiência no tratamento de mulheres com câncer de mama que apresentam o retorno da doença após esgotar vários tratamentos sem sucesso em câncer de mama HER2 positivo metastático”, diz.  Muitos são os avanços,  segundo Andréa, que, infelizmente, no Brasil  não estão disponíveis para todas as pessoas. “Há muita dificuldade de acesso no Sistema Único de Saúde (SUS), assim como entre os usuários de planos de saúde suplementar, que nem sempre têm cobertura para tudo que precisam para seu tratamento.”, avalia.


 Consciência, prevenção e diagnóstico precoce

A evolução dos tratamentos é uma realidade, mas a prevenção e a realização das consultas anuais com o ginecologista e da mamografia devem fazer sempre parte da rotina da mulher, alerta Andréa. No contexto da prevenção, a especialista recomenda: adotar uma alimentação rica em fibras (legumes, grãos, frutas e verduras todos os dias); não fumar, lembrando que cigarro gera dependência química, principalmente, por causa da nicotina e que não é seguro consumir tabaco sobre qualquer forma; não consumir bebidas alcoólicas ou, no máximo, de maneira muito moderada; incluir na rotina a prática de exercícios físicos; manter o controle do peso;  e estar atenta a alterações na mama e procurar o médico.

Para o diagnóstico precoce de um câncer de mama, a mamografia é o padrão ouro de rastreamento e deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade. “O médico pode recomendar a realização antes desta idade, na presença de fatores de risco hereditários”, informa.   Outro dado importante a ser pesado é avaliar se na menopausa a mulher vai precisar mesmo de reposição hormonal,  medida que pode aumentar o risco para câncer de mama. “Reposição hormonal pode ser benéfica para algumas mulheres muito sintomáticas e quando há comprometimento da qualidade de vida, mas deve ser bem avaliada a forma de reposição e riscos e benefícios

 


Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães – IUCR


1º de outubro – Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional das Pessoas Idosas

Posição da Associação Médica Brasileira sobre velhice vir a ser considerada doença na CID


 

A Assembleia Mundial de Saúde, órgão de governança que estrutura e apresenta as ações a serem cumpridas pela Organização Mundial da Saúde, OMS, prevê instituir a velhice como doença, na Classificação Internacional de Doenças, em sua próxima edição – a CID 11, a partir de 1º de janeiro de 2022.

 

A ideia que, aliás, não condiz sob hipótese alguma com o histórico e valoroso trabalho em prol da vida humana empreendido pela OMS, é contestada pela Associação Médica Brasileira (AMB), entre outras instituições lisas e sérias de todos os continentes.

 

César Eduardo Fernandes, presidente da AMB, vê com enorme preocupação a possiblidade de isso realmente ocorrer. Segundo ele, inúmeros problemas de registros de doenças específicas e relacionadas à idade mais avançada simplesmente serão catalogados como velhice, uma vez que assim passarão a ser considerados no Código Internacional, CID.

 

“Essa é uma etapa da vida de todos nós. Há questões da saúde próprias da velhice; e uma série delas depende de o organismo atingir determinada faixa etária para se manifestar. Aliás, certas pessoas, mesmo nessa fase, não apresentam tais doenças. Então catalogá-las de forma simplista pode trazer prejuízos tanto ao entendimento do que acontece na velhice quanto à elaboração de políticas de saúde baseadas em ocorrências por idade”.

 

Pela proposição da Assembleia Mundial de Saúde, ocorreria a inclusão do código MG2A (velhice) em substituição ao código R-54 (senilidade), no capítulo 21 da CID. A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia também já se manifestou contrariamente. Informa que:

 

“No Brasil, cerca de 3/4 das mortes ocorrem a partir dos 60 anos, por doenças cardiovasculares, oncológicas e neurológicas, entre outras. E se todos os motivos forem resumidos à velhice, correremos o risco de faltar informação e investimento para o tratamento destas doenças”.

 

Um manifesto amplo de celebridades e instituições como o Centro Internacional da Longevidade – ILC Brasil pontua ser a velhice é a maior conquista social dos últimos 100 anos. Considerá-la doença, adverte o documento, “é um retrocesso e contribui para acentuar globalmente preconceitos em relação à longevidade – o quê denominamos idadismo (ou ageísmo) –, traduzidos em estigmas que marcam profundamente a saúde emocional e psicossocial das pessoas que envelhecem”.

 

Participe você também dessa corrente por promoção do envelhecimento com oportunidades de protagonismo, em uma sociedade na qual os mais velhos sejam respeitados e valorizados por suas potencialidades como sujeitos de direitos.

 

Todos seremos idosos amanhã.

 



 

Associação Médica Brasileira 


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