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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Contratações de PCDs disparam 147% até agosto, aponta Page PCD

 Consultoria detecta "boom’ de programas de diversidade e atuação mais incisiva do Ministério do Trabalho


O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado hoje (21/9), traz uma excelente notícia: a contratação de PCDs aumentou 147% até agosto ante o mesmo período do ano passado. Os dados são da Page PCD, consultoria especializada no recrutamento de pessoas com deficiência, parte do PageGroup. A alta procura por esses profissionais foi motivada pelo grande volume de programas de diversidade rodando no universo corporativo e atuação mais incisiva do Ministério do Trabalho junto às empresas.

"Temos notado que as empresas estão bem ativas com seus programas de diversidade e iniciativas ESG, incluindo mais pessoas em seus quadros. Os PCDs fazem parte desta nova realidade e estão sendo mais procurados neste momento. O que mudou também, de um tempo para cá, é que antes a gente percebia que boa parte das posições de pessoas com deficiência eram destinadas aos cargos de entrada. Hoje temos muitos projetos rodando com a contratação de pessoas com deficiência em cargos de média e alta gestão", explica Isabel Pires, gerente sênior da Page PCD.

Para a executiva da Page, a atuação mais incisiva do Ministério do Trabalho junto às empresas também tem ajudado com que a legislação fosse cumprida e consequentemente incluindo mais pessoas com deficiência nos quadros das companhias. "Antes a gente via projetos com 10 a 15 vagas para esse público. Hoje estamos falando de programas que contemplam a contratação de 60 a 70 profissionais. Essa fiscalização mais rigorosa tem ajudado no processo de inclusão", destaca.

As áreas que mais têm contribuído para a contratação de pessoas com deficiência, segundo a Page PCD, são de tecnologia, vendas, finanças e engenharia. "Percebemos uma alta na procura por profissionais da área de tecnologia, perfil multifuncional, com habilidade de transformar dados em indicadores, visão estratégica e analítica. Outro diferencial que pode deixar os candidatos em posições de destaque ao longo do processo seletivo é a capacidade de se comunicar em outros idiomas, principalmente inglês", orienta Pires.


Remuneração melhora para alguns cargos

Outra boa notícia para as pessoas com deficiência é que a remuneração deu um salto em relação a 2011. "Em 2011 uma posição de assistente administrativo/analista júnior administrativo, a remuneração girava em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil. Em 2021, conduzimos a mesma posição com remuneração em torno de R$ 3 mil a R$ 4,5 mil. Já o cenário para essa mesma vaga sem especificação PCD em 2021, a remuneração ficou em torno de R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil. Notamos que a mesma posição PCD quando comparada com 2011 hoje aumentou seu valor em até 3 vezes mais", conta a gerente sênior. "Também quando comparamos a mesma vaga PCD e não PCD, existe uma diferença em torno de 22% a mais para a vaga PCD nesse perfil", conclui.


PageGroup


5 dicas para adotar o modelo 'anywhere office' com tranquilidade

Pixabay/Divulgação
 O conceito do "escritório em qualquer lugar" ganha força e revoluciona o mercado de trabalho como era conhecido até pouco tempo atrás


As inúmeras mudanças no mundo corporativo causadas pela pandemia já renderam muitas alternativas por meio da atuação remota. O home office foi a primeira delas, quando a maioria dedicou uma parte da casa para o próprio escritório. Para os que optaram por viajar, toda a estrutura do teletrabalho foi aliada aos momentos de lazer próximos da natureza com o resort office. Mais recentemente, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, o conceito ‘escritório em qualquer lugar’, do inglês ‘anywhere office’, ganhou força, fazendo a estação de trabalho ser a casa do(a) namorado(a), a cafeteria, o restaurante, o coworking, o interior, a praia, outra cidade, estado e até outro país.

 Para auxiliar os profissionais na organização do ‘anywhere office’, as especialistas da Sestini, uma das principais empresas no segmento de malas, mochilas e acessórios do país, Tatiana Mizutani, coordenadora de produtos e Gisela Bizetto, designer de produtos, listaram cinco dicas para aproveitar o novo modelo de trabalho sem imprevistos. Confira:


  1.   Planejamento da viagem

Vale selecionar com antecedência a quantidade de dias e horários de permanência no local desejado. “Coloque na ponta do lápis para que os custos não tenham impactos no orçamento familiar. A escolha de pacotes promocionais, por exemplo, pode ser uma excelente opção, já contando com parte da alimentação para o período da estadia”, explica Tatiana.


  1.   A escolha do local

Apesar da flexibilidade, o trabalho exige momentos de concentração e foco. “Por isso, a escolha de um ambiente tranquilo e com boa conexão de internet é essencial. Para famílias que viajam com crianças pequenas, optar por lugares que tenham espaços kids com monitores são ideais”, afirma a especialista.


  1.   Itens indispensáveis

Tatiana ainda alerta sobre os principais objetos para colocar na mala: “para evitar situações estressantes e, até mesmo, compras inesperadas, ter alguns itens-chave fará toda a diferença. Tome nota: adaptador de tomada universal, fones de ouvido, bateria extra e carregador portátil de celular e notebook”.


  1.   Tipo de bagagem

O conforto e a segurança no momento de transportar todos os pertences e equipamentos não podem ser deixados de lado. “A escolha do tamanho da bagagem está diretamente relacionada ao tempo de duração da viagem e regras de transporte - caso seja feita de avião. Para uma temporada de final de semana, uma mala de bordo cabe tudo o que é necessário. Agora, se for ficar uma semana, o ideal é levar uma tamanho M. Evite viajar com uma mala muito grande e vazia, pois além de ocupar muito espaço, as roupas se amassam e chegam bagunçadas devido ao constante movimento durante o percurso”, afirma Gisela.

Para quem precisa levar o notebook, Tatiana indica mochilas e pastas que possuem compartimentos específicos, acolchoados e com tiras elásticas. “Abuse dos bolsos internos, eles ajudam a manter todos os acessórios organizados e com fácil acesso”.


  1.   Seguro-viagem

Destino e local escolhidos, malas prontas, assentos selecionados ou tanque do carro cheio. Agora só falta um item para deixar a viagem mais tranquila: o seguro-viagem. “O seguro proporciona maior tranquilidade durante o passeio, pois auxilia caso surja algum imprevisto ou problemas de saúde que demandem urgência. Hoje em dia, existem diversas opções que envolvem a proteção em todo o território nacional ou internacional e contemplam viagem terrestre, aérea ou marítima. Ele pode ser um verdadeiro aliado ao seu bolso”, finaliza Tatiana.

 


Sestini


Atendimento: surpreenda e colha os benefícios!

O atendimento ao cliente é sem dúvida um dos maiores potencializadores de relações e negócios.


Em mais de 35 anos de área comercial, atuando em diversas áreas técnicas e comerciais no segmento de embalagens pude constatar os benefícios e as vantagens dos profissionais e empresas que focam nesse quesito.

Para ilustrar, o IBRC (Instituto Ibero Americano de Atendimento ao cliente), responsável há mais de 10 anos pelo ranking de atendimento da revista Exame, baseado em suas pesquisas, interações com cliente oculto, via site, comprova que temos muitas oportunidades de melhoria. Em uma nota máxima de 100 pontos, muitas empresas se situam na faixa de 65 e, ainda assim, ao se autoavaliarem, se pontuam com notas acima de 90, ou seja, além de ter um problema de atendimento não se conscientizaram de que precisam melhorar. 

Quando verificamos o ranking das melhores empresas avaliadas é nítido que o investimento tem um grande retorno, principalmente de imagem, o que diferencia empresas como Natura, Boticário, Netflix, Nubank, Fleury, Coca Cola, Hyundai, Samsung, Magazine Luiza, entre outras muito bem avaliadas por seus clientes. Ao ouvir, entender as dificuldades de seus públicos, agir na direção de corrigir e atender melhor, o retorno é certo.

Afinal, quem trabalha em atendimento em uma empresa?

Todo aquele que se apossa da marca que representa, acolhe com gentileza, soluciona o problema que o interlocutor reclama, agradece a oportunidade que a reclamação representa.

O cliente que reclama demonstra, no fundo, que tem uma preferência por sua empresa, caso contrário, ao invés de reclamar, simplesmente trocaria de fornecedor, produto ou serviço.

Walt Disney e sua Disney University, a maior referência mundial em atendimento, determina quatro passos em um atendimento padrão para seu time de “Cast Members” (membros do elenco em tradução literal), o acrônimo das palavras “LAST” – Listen (ouça), Apologize (se desculpe), Solv (resolva) e Thanks (agradeça) – e, na abordagem a qualquer convidado, simplesmente determina três difíceis ações: sorrir, cumprimentar e dar boas-vindas.

Será difícil implantar esse padrão de comportamento em outro tipo de negócio que não os Parques da Disney? Claro que não. Bons exemplos estão por aí espalhados dos pequenos negócios às grandes corporações. O que falta, na verdade, é incorporar um padrão de atendimento, comportamento que faça parte da cultura e dos valores da empresa e isso só se consegue com treinamento, treinamento e treinamento.

Cito em meu livro “Se vira, você não é quadrado” 6 passos, que julgo fundamentais na direção de surpreender o cliente:

1- Autoconhecimento, sendo uma estratégia para conhecer melhor seu cliente, entendê-lo e atendê-lo de forma exclusiva e personalizada.  

2- Conhecimento sobre seu mercado, produto, clientes e concorrência fazem a diferença em sua estratégia.

3- Relacionamentos genuínos são fonte de preferência e informação, fundamentais dentro e fora da empresa.

4- Organização e controle levam empresas a uma gestão focada e assertiva, onde a taxa de conversão evoluirá à medida que for melhor controlada.

5- Negociação é uma habilidade em que toda empresa deve investir, treinar e rever como diferencial de seu time comercial. 

6- Times de sucesso. Não basta trazer os melhores, a moderna gestão deve trabalhar para desenvolver pessoas, talentos, de forma continua e alinhada, assim como criar mecanismos de retenção e motivação.

O talento de um time de sucesso evolui quando está alinhado com preparação, prática, foco, disciplina e iniciativa em todas as áreas, afinal, o bom atendimento é mais que uma qualidade, deve ser uma rotina trabalhada exaustivamente.

Atender bem nos faz melhores!

 

Sergio Damiao Graduado em Marketing e Vendas pela Universidade Anhembi Morumbi, Mestrando em Gestão de negócios na Florida Christian University, MBA em Competências Humanas pela FACEAT e parceria com a Compentency Carreiras sem fronteiras. Certificação em “Estratégia da Magia, busca da excelência com foco em resultado”, pelo Idepro/Ibex em Orlando (EUA). Certificação em Intercoach Business, pela Florida Christian University. Profissional da área de embalagens, gestor comercial, palestrante, autor do livro “Se vira, você não é quadrado”, pela Literare Books International.


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Dia Mundial do Alzheimer: os sintomas iniciais e os cuidados paliativos

2021 marca o 10º ano da campanha Setembro: Mês Mundial da Doença de Alzheimer, uma iniciativa global que objetiva desafiar o estigma e a desinformação que ainda envolvem a demência. Em 21 de setembro, Dia Mundial da Doença de Alzheimer, a Alzheimer Disease International (ADI) lançará seu Relatório Mundial de Alzheimer que, neste ano, se concentrará no aspecto do diagnóstico, levantando questões importantes para sistemas de saúde, governos, gestores e pesquisadores. 

No Brasil, cerca de 1,2 milhão pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população. 

“O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura. Atinge, em geral, pessoas acima dos 65 anos de idade. Essa é a forma mais comum de demência no idoso. Estudos mostram que a doença está relacionada ao acúmulo no cérebro de placas formadas pela proteína beta-amiloide. Sua aglutinação entre os neurônios impede a transmissão de sinais, prejudicando toda a atividade neural”, afirma Dr. Adiel Rios, mestre em Psiquiatria e Psicologia Médica pela UNIFESP e pesquisador do Instituto de Psiquiatria da USP.

 

Sintomas iniciais

Nas fases iniciais, os sintomas mais importantes são as falhas progressivas de memória em relação a fatos recentes. Já os fatos antigos, ficam preservados. “A pessoa pode se lembrar detalhadamente de fatos que ocorreram há 50 anos, mas não se lembra de algo que aconteceu ontem, ou há poucas horas. Muitas vezes, faz a mesma pergunta repetidamente, ouve a resposta, mas logo se esquece e pergunta de novo”, explica o psiquiatra. 

A medida que a doença progride, a pessoa começa a ter dificuldade para se orientar no tempo e espaço. Ela pode ir a um lugar que já frequenta sempre, mas acaba se perdendo na rua ou esquecendo o caminho de volta para casa. Outros sintomas são alterações do sono, agitação ou apatia, e até quadros psicóticos. “Na fase final da doença, o paciente perde a capacidade de se expressar, não reconhece nem os familiares e não consegue mais cuidar de si mesmo, demandando a presença de cuidadores em tempo integral”, alerta Adiel Rios. 

Outros sinais importantes:

– Diminuição da capacidade de juízo e de crítica

– Dificuldade de raciocínio

– Colocar coisas no lugar errado

– Alterações frequentes de humor e comportamento

– Mudanças na personalidade

– Perda da iniciativa para realizar tarefas

 

Tratamento

Apesar de ainda não haver cura para a doença de Alzheimer, já existem opções de tratamento: medicamentos (disponíveis nas farmácias do SUS), reabilitação cognitiva, terapia ocupacional e controle de doenças crônicas, como hipertensão arterial, hipercolesterolemia e diabetes, que podem causar lesões vasculares e agravarem o quadro. 

“O Alzheimer tem um caráter progressivo e apesar das medicações anticolinerterasicas reduzirem os sintomas, ainda não são capazes de barrar o avanço da doença. Uma das alternativas que está sendo estudada é a prática de exercício aeróbico como meio de frear a evolução do Alzheimer. A pesquisa foi publicada em formato de estudo piloto no Journal of Alzheimer’s Disease, sinalizando que esta atividade física pode intervir na doença e preparar o terreno para estudos futuros que possam corroborar com a ideia inicial”, conclui o psiquiatra Dr. Adiel Rios.


O que é o pó dental e como ele pode ajudar na sua saúde buca

Confira algumas perguntas e respostas sobre esse agente 


Apesar de ser mais comum comente o uso de pasta de dentes e fio dental, quando o assunto é saúde bucal, existem dezenas de produtos que ajudam no cuidado com os dentes. O Pó dental é um deles. Como uma alternativa que substitui a pasta de dentes ou gel dental, o pó tem a função de proporcionar um sabor agradável após a higienização e ajudar na eliminação do excesso de bactérias bucais em todo o processo de escovação.

Para conhecer mais sobre esse produto, a vice-presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, reuniu algumas perguntas e respostas sobre o tema. 

Quais elementos o pó dental deve ter para proteger a saúde bucal? 

“Ele deve ter componentes bioativos e bactericidas para uma melhor ação”, afirma a cirurgiã-dentista. A profissional conta que também devemos lembrar que a proteção da saúde bucal deve ser feita com uma higienização correta, o que inclui escovação ideal, seja ela com o pó dental ou com outro veículo, uso do fio dental e se for o caso, enxaguante. 

Ele funciona? É melhor que a pasta dental?

“Funciona sim, bem como todo veículo usado para escovação. Não existe uma afirmação de que seja melhor ou pior que a pasta dental. É apenas mais uma opção de um veículo para que se faça uma correta escovação dos dentes”, responde.

Quais são as diferenças em relação a pasta além da textura? 

As pastas de dentes muitas vezes contêm conservantes e agentes espumantes que em alguns casos podem ser prejudiciais à saúde bucal, e esses fatores estão ausentes na composição do pó, o que pode ser uma vantagem. “Mas também temos que ter extremo cuidado porque na maioria dos pós existem partículas abrasivas que podem, ao longo do tempo de uso, riscar o esmalte, prejudicando a integridade da superfície e acarretando danos”, explica a especialista. 

Quais os tipos de pó dental?

“Existem muitos tipos hoje a venda, com sabores como de especiarias ou refrescantes e também com indicações, por exemplo - para adultos, crianças e para clareamento (o que deve ser bem observado e cuidado para que não ocorra danos a superfície dental)”, alerta Cláudia Gobor.

Ele substitui a pasta?

“Pode substituir sim, desde que a escovação dentária seja feita corretamente”, responde a dentista.

Há algum risco?

Cláudia afirma que alguns pós dentais têm em sua composição partículas abrasivas, que podem ocasionar riscamento da superfície dentária e também sensibilidade.

 

Cláudia Christianne Gobor - Profissão: Cirurgiã-dentista, especialista no Tratamento de Halitose desde 2005, conselheira da Associação Brasileira de Halitose
halitosecuritiba@gmail.com
www.abha.org.br
@Halitose Curitiba
Rua Da Paz, 195,s Sala 524 MAB Centro Médico, Curitiba - PR

21% das brasileiras já foram diagnosticadas com a Síndrome do Ovário Policístico, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 27% das participantes.



Os ovários são responsáveis pela ovulação e pela descarga de hormônios no ciclo menstrual e ovulatório. Em um ciclo normal, a mulher tem mudanças hormonais durante o período de amadurecimento do óvulo, fazendo com que o endométrio engrosse e o folículo libere o óvulo. Mas quando se tem a Síndrome dos Ovários Policísticos, também conhecida como SOP, este processo não acontece com facilidade.

A SOP também causa microcistos em um, ou ambos ovários. E conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 21% das brasileiras já foram diagnosticadas com SOP. E os dados por estado demonstram que, o Distrito Federal é o estado em que mais mulheres já foram diagnosticadas, com 33% das participantes. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, 22% das participantes possuem o diagnóstico. E o Amapá é o estado com o menor percentual de diagnósticos de SOP, 13% das entrevistadas. 

Além disso, mais da metade da população, 55% das mulheres, não sabem que a SOP pode causar obesidade, acne, pelos em excesso, ou perda de cabelo. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 60% dos participantes. Já entre as mulheres que estão tentando engravidar, 47% não têm conhecimento sobre os sintomas da SOP. O estado em que mais mulheres sabem sobre os sintomas é o Distrito Federal, com 62% das entrevistadas. Em São Paulo, pelo menos 47% das participantes sabem sobre os sintomas. E no Rio de Janeiro, esse percentual cai para 44%.

O diagnóstico da Síndrome do Ovário Policístico é feito por especialistas, porém existem exames e testes que podem ajudar no diagnóstico. Um deles é o Teste de Hormônios da Fertilidade, que através de coleta de sangue, detecta as alterações do hormônio anti-mulleriano, hormônio que está vinculado ao crescimento dos folículos ovarianos. Quando a mulher tem ciclos maiores de 35 dias, e o exame do hormônio anti-mulleriano apresenta altos níveis (2 a 3 vezes maior que em mulheres com ciclos/ovulação normal), é sinal de SOP. E por isso, a mulher deve procurar um médico para o devido tratamento.


Setembro Amarelo: a diferença entre ouvir e escutar


Acender um alerta na sociedade para salvar vidas quando se fala em prevenção ao suicídio é tão complexo quanto o comportamento de uma pessoa com a intenção de tirar a própria vida. Ainda que nem todas as mortes possam ser evitadas, as estatísticas seriam menores com uma intervenção precoce. Mas, normalmente, só há proatividade quando a doença mental já está bem avançada e evidente.

 

O Setembro Amarelo é um convite para a reflexão sobre a importância de fazer parte de uma rede de apoio que possa ajudar quem precisa e incentivar a busca por auxílio aos mais de 18,5 milhões de brasileiros que convivem com os transtornos de ansiedade e os 11,5 milhões que tentam lidar com diferentes graus de depressão¹. Devemos entender por rede de apoio não só familiares e amigos, mas também chefes e colegas de trabalho, escola e faculdade, vizinhos, membros de comunidades religiosas e, até mesmo, o médico de confiança. Ou seja, todos aqueles que fazem parte do círculo social mais próximo do paciente e que estejam dispostos a ajudá-lo.

 

Os temas depressão, suicídio e ansiedade são sensíveis no Brasil e, com a pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo do número de casos. Os motivos vão desde o medo de contágio até o sentimento de perda e luto, fora o estresse causado pelos efeitos do confinamento. Para mostrar a importância de acolher e ser acolhido, a ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) apoia a campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero”, tendo o girassol como o símbolo da vida, que, assim como os seres humanos, precisa do apoio de todo o ecossistema para se manter firme e lindo, mesmo em dias nublados.

 

Todos os anos são registrados cerca de 12 mil suicídios somente no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Quase a totalidade (97%) dos casos de suicídio estava relacionada a transtornos mentais como a depressão, em primeiro lugar, seguida do transtorno bipolar, abuso de álcool e drogas ilícitas².

 

Os comportamentos e as emoções de quem pensa em cometer suicídio são vários e não surgem de uma hora para outra. As pessoas dão sinais. O afastamento dos amigos e familiares, o abandono de atividades até então importantes, a mudança drástica de humor, a baixa autoestima, os períodos de tristeza. Há ainda sentimentos de raiva, falta de perspectiva, discurso negativo e vago, aumento no consumo de bebida alcoólica, uso de drogas, padrão de sono anormal e comportamento imprudente não usual³. 

 

Além da automutilação, praticada por cerca de 10% dos jovens com 14 a 20 anos de idade que podem vir a tirar a própria vida, há quem escreva uma carta de despedida, doe seus bens ou deixe instruções. São raras as situações onde esses problemas ficam ocultos ao longo do tempo. É importante deixar claro que cometer suicídio não tem a ver com egoísmo, covardia, falta de amor à vida ou fuga dos problemas. Na maioria dos casos, a pessoa busca pôr fim a um sofrimento e aliviar uma dor com os quais não consegue lidar.

 

Com o mundo virtual, os sintomas tendem a se exacerbar. Uma pessoa com depressão vê nas redes sociais o oposto da realidade que ela vive hoje: as fotos de jantares bonitos, um #TBT das viagens dos sonhos, relacionamentos descritos como uma história de amor sem fim, pessoas que parecem felizes o tempo todo. Esse contraste acarreta uma frustração e também afeta a vontade de viver do deprimido.

 

É preciso se conscientizar, despir-se do preconceito e do conceito de que a depressão é frescura, preguiça e falta de trabalho. E praticar a empatia, tentar entender a visão do mundo da outra pessoa, como ela o enxerga. Não desafiar quem diz sentir vontade de morrer, mas ouvir sem julgamentos para buscar uma forma de ajudar. O suicídio costuma ser o desfecho de uma saúde mental já muito debilitada e da falta de perspectivas - de acordo com o olhar desse paciente - de acabar com a dor pela qual está passando. Nada tem a ver com covardia. E quem estava perto não percebeu ou, se percebeu, duvidou.

 

Para quem está à volta do paciente, a escuta ativa ajuda na construção de uma rede de apoio eficaz, que será importante na aceitação de um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, contribuindo para a adesão ao tratamento e, consequentemente, a recuperação do paciente. Escutar é muito mais do que ouvir. Escutar requer dar atenção, interpretar sinais e, principalmente, oferecer apoio. É o que todos nós precisamos para nos levantar.

 



Alexandrina Meleiro - médica psiquiatra, doutora em Psiquiatria pela Faculdade de Medicina da USP, membro do Conselho Científico da ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos).

 


Referências:

1-SindJustiça. Disponível em https://sindjustica.com/2020/05/27/brasil-tem-maior-taxa-de-transtorno-de-ansiedade-do-mundo-diz-oms/ Acesso em 12/08/2021

2- Biblioteca Virtual Ministério da Saúde. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/10-9-dia-mundial-de-prevencao-do-suicidio/ Acesso em 29/07/2021

3- Organização Pan-Americana de Saúde – tópicos Depressão. Disponível em https://www.paho.org/pt/topicos/depressao. Acesso em 27/07/2021


Mês Mundial do Alzheimer: bem-estar do paciente deve ser estendido a familiares e cuidadores

 

As demências são um grupo de doenças que afetam a capacidade de um indivíduo viver de maneira independente devido a alterações da memória, raciocínio e habilidades sociais. Estas transformações podem acontecer em maior ou menor intensidade, a depender do subtipo. Dentre as causas de demência, a Doença de Alzheimer (DA) é a mais comum e representa cerca de 70% dos casos. Sua ocorrência aumenta significativamente com a idade e prejudica, no início, principalmente, a formação de memória para novos fatos e habilidades de localização.

O surgimento da doença está associado a um depósito de proteínas em alguns grupos de neurônios e ao "envelhecimento" precoce de células em certas regiões. Isso leva, com o tempo, à redução progressiva do volume cerebral, principalmente em áreas como os hipocampos, diretamente relacionados à formação de novas lembranças.

Estima-se, segundo estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde), que mais de 50 milhões de pessoas no mundo já sofrem com a patologia. De acordo com a instituição, tal número deverá ser três vezes maior até 2050, o que significa que uma pessoa a cada três segundos desenvolve a demência. Para propagar o conhecimento e a conscientização sobre a patologia, tanto por sua importância populacional, quanto pelo seu impacto sobre a qualidade de vida dos pacientes e, sobremaneira, à dos familiares, a Associação Internacional do Alzheimer instituiu o dia 21 de setembro como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Alzheimer.

A despeito da liberação recente de drogas específicas que poderiam, em fases iniciais, retardar a evolução da DA, o seu tratamento farmacológico ainda é, predominantemente, para manejo de sintomas. Entretanto, vale ressaltar que apesar das limitações da terapia medicamentosa, há muito o que ser feito para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com síndromes demenciais.

Sintomas depressivos e distúrbios do sono devem ser sempre avaliados nestes pacientes, assim como deve ser estimulado um cuidado multiprofissional que envolva fonoaudiólogos (visando evitar broncoaspiração e estimular as habilidades de comunicação do paciente), fisioterapeutas (a fim de reduzir a perda de massa muscular, fragilidade e quedas), terapeutas ocupacionais, nutrição, enfermagem e equipe de saúde mental. Atividades que o paciente tinha prazer em realizar antes do diagnóstico devem ser encorajadas, como as que envolvam música, dança e o uso de línguas estrangeiras, a fim de se estimularem diversas áreas cerebrais.

Paralelamente, o suporte aos familiares e cuidadores é essencial para esta equação. Isso porque o paciente com demência exige cuidados constantes e grandes desafios físicos e emocionais.

Estudos nacionais chegaram a documentar uma frequência até 5 vezes maior de depressão e ansiedade dentre cuidadores de pacientes com DA quando comparados ao restante da população. Isso ilustra a necessidade de se estender o cuidado de saúde mental para este grupo. Alguns dos principais fatores que aumentam a chance das complicações são a ausência dos períodos de descanso. Sendo assim, dividir o cuidado é essencial e garante não só a saúde de quem cuida, mas para a qualidade da atenção de quem precisa.

Cabe ressaltar que, passado o peso e a preocupação iniciais após o diagnóstico, é sempre importante procurar usar o tempo para planejamento do cuidado e, principalmente, uma formação de redes de apoio. Conversar com outras famílias que passam ou já passaram pela mesma situação e ter um profissional capacitado e acessível são importantes ferramentas para minimizar os obstáculos que venham a surgir, reduzindo o peso sobre os ombros do cuidador, que deve se sentir parte de uma equipe cujo objetivo é sempre o bem-estar mútuo.

 


Dr. Felipe Franco da Graça - Neurologista do Vera Cruz Hospital


Oncoguia: Câncer Colorretal - 6 coisas que você precisa saber

O ator Luis Gustavo Blanco morreu neste domingo (19), aos 87 anos, em Itatiba (SP). Ele sofreu complicações por conta de um câncer no intestino. De acordo com informações da família, Luis Gustavo estava em tratamento contra a doença desde 2018. O câncer do intestino grosso, também chamado câncer de cólon e reto, ou câncer colorretal, é uma doença que atinge indistintamente homens e mulheres.

Se o câncer se formar a partir de um pólipo, pode se desenvolver na parede do cólon ou do reto ao longo do tempo. A parede do cólon e do reto é composta de várias camadas. O câncer colorretal começa na camada mais interna (mucosa) e pode crescer através de uma ou todas as camadas.

Quando as células cancerígenas estão na parede do cólon ou do reto, podem crescer nos vasos sanguíneos ou vasos linfáticos. A partir daí, elas podem ir para os linfonodos próximos ou outros órgãos.

Na maioria das vezes, o câncer colorretal se desenvolve gradativamente por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada sem apresentar qualquer sintoma. Por esse motivo, a detecção precoce é fundamental.

Quanto mais cedo é diagnosticado, maiores as chances de cura da doença. O Oncoguia ressalta 6 coisas sobre a doença:


  1. É o segundo tipo de câncer mais frequente em homens e mulheres. 

·         20.520 homens e 20.470 mulheres. (estatísticas do Inca para casos diagnosticados por ano no Brasil)

 

2. Sim, você precisa prestar atenção nas suas fezes.

·         Sem tabu e sem frescura: é muito importante que você observe as suas fezes. Preste atenção também no seu hábito intestinal (mudou? Está muito variado?)

·         Ou seja, o seu cocô ficou diferente e permanece assim? Converse com o seu médico! 

 

3. A colonoscopia é o exame que previne o câncer colorretal 

·         O procedimento dura de 15 a 30 minutos e o paciente é sedado para evitar qualquer desconforto.

·         Se você tem mais de 50 anos ou se tem mais de 40 com casos da doença na família, converse com seu médico e faça exames de rotina. 

 

4. Nem todo paciente com câncer colorretal usa bolsa de colostomia. E nem toda bolsa de colostomia é definitiva.

·         Atualmente, com o avanço das técnicas cirúrgicas e das opções de tratamento, as colostomias não são uma opção frequente e quando necessárias, são muitas vezes temporárias.

 

5. Ter um pólipo não significa ter câncer colorretal.

·         Os pólipos podem ser benignos ou pré-cancerígenos, mas em alguns casos, se não forem retirados, podem se tornar malignos (câncer). 

·         Os pólipos são retirados durante a colonoscopia.

 

6. Ficar longe de salsichas, salames, linguiça e outros, é fundamental na prevenção do câncer colorretal.

Cuidar da sua alimentação é cuidar da sua saúde. 


A higiene bucal e sua importância na prevenção da doença de Alzheimer

O papel do cirurgião-dentista no retardo e tratamento da doença que pode atingir 150 milhões de pessoas até 2050


Em 21 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da doença de Alzheimer. A origem da data tem como principal objetivo aumentar a compreensão sobre essa patologia degenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo.

Em 2021, uma revisão de literatura publicada na Revista Eletrônica Acervo Científico, produzida pelo Centro Universitário Atenas, de Minas Gerais, sugere que doenças periodontais estão relacionadas com o mal de Alzheimer. Em primeiro plano, as bactérias causadoras da periodontite acarretam uma resposta inflamatória sistêmica agravada pelas células de defesa do indivíduo, por consequência, esse quadro facilita seu desenvolvimento, em pessoas predispostas, ampliando os efeitos nocivos dos portadores da demência.

Além disso, o acesso das bactérias ao córtex cerebral e a consequente liberação de citocinas pró-inflamatórias constituem um mecanismo pelo qual a periodontite pode se relacionar com o desenvolvimento do Alzheimer. Quando a doença se instala, a higiene bucal passa a ficar comprometida, aumentando ainda mais o estado de confusão mental do paciente e, também, seu comportamento - estresse, irritação e desconforto.

Sabe-se, portanto, que a saúde bucal é muito importante para a prevenção do Alzheimer, por isso, a associação do hábito diário de escovar os dentes, somado ao uso de fio dental e o acompanhamento de um cirurgião-dentista pode auxiliar, e muito, o retardo ou prevenção do desenvolvimento da doença.


Cuidados especiais com os mais idosos

A presidente da Câmara Técnica de Odontogeriatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Denise Tibério, reforça que o portador de Alzheimer precisa ter um cuidado especial para não desenvolver doenças periodontais. “A gengivite e a periodontite estão relacionadas com o acúmulo de placas bacterianas na superfície dentária, por isso a dificuldade de higienização à medida que a doença prospera, fazendo com que aumentem os biofilmes nas superfícies dentárias, evoluindo mais a progressão dessas doenças bucais”.

A cirurgiã-dentista destaca, ainda, que o Alzheimer possui três fases principais, e os portadores precisam ter um cuidado especial com a saúde bucal e a assistência de familiares ou cuidadores, para cada uma das fases.

Na fase inicial, o idoso esquece de fazer a higiene e precisa ser lembrado. É indispensável orientá-lo sobre a utilização correta da escova de dentes, assepsia da língua, estimular o fluxo salivar, além de orientar o uso de próteses, se for o caso”, orienta a especialista em Odontogeriatria. Neste período, o idoso apresenta as primeiras dificuldades, que quase sempre são confundidas com o envelhecimento natural e passam despercebidas. A Odontogeriatria, conhecendo a evolução da doença, pode auxiliar na elaboração de um planejamento para propiciar conforto e qualidade de vida. “Já na fase intermediária, é provável que tenhamos a figura de um cuidador, pois há o comprometimento da rotina do idoso, e o profissional precisa ser orientado sobre a abordagem e como fará a higiene bucal do paciente. A retirada das próteses é aconselhável nesta etapa. Na fase avançada, a limpeza da boca torna-se mais difícil. Muitas vezes, a alimentação ingerida é pastosa e, provavelmente, o idoso já esteja acamado, podendo apresentar alterações de comportamento”, completa a cirurgiã-dentista.


Sinal de Alerta

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer no mundo, número que tende a dobrar até 2030 e triplicar até 2050. No Brasil, com uma população de quase 30 milhões de pessoas acima de 60 anos, (sendo a idade o único fator de risco reconhecido mundialmente para a doença) de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mesmo com subnotificação, quase dois milhões de pessoas sofrem de demências e, cerca de 40 a 60% delas, são do tipo Alzheimer. Esses dados são da última pesquisa realizada em 2019.

À medida em que a população de idosos aumenta, é fundamental contar, ainda mais, com a presença do profissional de odontologia, participando do tratamento desses pacientes com Alzheimer ou qualquer outra demência identificada desde a fase de planejamento do tratamento, seja para atendimento em consultórios, hospitais, asilos, ou em domicílio. “O cirurgião-dentista, neste momento, torna-se um ‘educador’ da família e dos cuidadores responsáveis, orientando-os e treinando-os para manter a higiene bucal do paciente com qualidade de vida e, assim, ganhar sua confiança”, conclui a Dra. Denise Tibério.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

 www.crosp.org.br


Luta de quem tem no transplante uma nova chance para viver foi impactada na pandemia

Transplante renal teve queda de 16,3% no Brasil; doação do órgão mudou destino do administrador Edinei e pode dar nova oportunidade para educadora física Mariana


O dia 14 de junho de 2020 é um marco na vida do administrador Edinei Tomaz de Miranda, de 33 anos, que vive em Ponta Grossa (PR). Foram sete meses dependendo de uma máquina de hemodiálise para viver, até receber a notícia que renovou as suas esperanças: havia chegado a sua vez na fila do transplante. “Uma oportunidade para recomeçar e ter a minha vida de volta”, lembra.

E se a luta por um órgão sempre foi grande, em meio à pandemia, o número de pacientes que tiveram essa nova chance caiu. O transplante renal foi o que teve maior redução no Brasil: de 16,3% no primeiro semestre de 2021, de acordo com dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). A cirurgia do Edinei foi realizada no Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), que é referência nesse tipo de transplante no Brasil.

Covid-19 e uma nova batalha

Mas, como o órgão apresentou um início de rejeição pelo organismo, o administrador precisou tomar um medicamento imunossupressor. A medicação debilitou seu sistema imunológico e ele acabou infectado pelo novo coronavírus, meses após o transplante, em setembro de 2020. Situação vivida por 10% dos transplantados renais, segundo números da ABTO.

Mais uma vez a vida de Edinei estava por um fio. Com 70% do pulmão comprometido, ele precisou ser hospitalizado na UTI para pacientes com covid-19 do Hospital Marcelino Champagnat, também em Curitiba. E durante esse processo a equipe médica responsável pelo seu transplante renal se manteve ao seu lado para acompanhar o tratamento, examinar a função renal e garantir a recuperação rápida. “Os profissionais do Hospital Universitário Cajuru foram minha principal rede de apoio. O comprometimento, a atenção e o acolhimento recebido fizeram a diferença para que eu conseguisse passar por essa fase de cabeça erguida”, relembra. 

Angústia da espera

Receber a notícia da necessidade de um novo órgão é difícil. E ainda mais complicado é viver à espera pelo transplante. Uma angústia vivenciada desde outubro de 2020 pela curitibana Mariana Purcote Fontoura, de 33 anos, que precisou substituir temporariamente a função renal pela diálise peritoneal. Ela é uma dos 1,4 mil paranaenses que estão na fila aguardando por um rim, enquanto o número de transplantes desse tipo teve queda de 16,4% no Paraná, segundo dados comparativos, entre o primeiro semestre de 2020 e 2021, do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. 

Após um exame de rotina do rim no HUC, sem sintomas aparentes, a professora de educação física teve o diagnóstico de doença renal crônica no estágio 5, quando o rim não é mais capaz de desempenhar suas funções básicas. “Foi assustador e impactante, em um primeiro momento, descobrir que estava com falência renal. Mas, aos poucos, entendi que o transplante não é apenas um tratamento possível, como também um procedimento que está avançado e com atuação de excelência no Hospital Cajuru”, conta Mariana. 

Referências de esperança

As equipes médicas capacitadas e a estrutura hospitalar fazem do Paraná referência nacional no transplante de rim. Uma posição que se torna possível com o trabalho desempenhado por profissionais de diversas instituições paranaenses, com destaque para o Hospital Universitário Cajuru. Mesmo sem atuar como referência para a covid-19, o HUC sentiu os obstáculos trazidos pelo vírus à realização de transplantes, como a superlotação de hospitais, a suspensão de cirurgias eletivas e, principalmente, o impedimento da doação de órgãos de pessoas com morte encefálica contaminadas pelo coronavírus.

Apesar das dificuldades, o hospital, que tem atendimento 100% SUS, seguiu alcançando bons resultados no procedimento. Um sucesso explicado pelo trabalho da equipe de transplante renal, coordenada pelo nefrologista Alexandre Tortoza Bignelli. Há mais de duas décadas atuando com pacientes renais crônicos, o médico explica que o HUC desponta como referência no Paraná, no Brasil e, até mesmo, no mundo. Isso em razão dos altos índices de sobrevida do enxerto transplantado e dos pacientes, chegando a 95% dos casos no Hospital Universitário Cajuru. “Olhando para trás, não trocaria por nada o que escolhi para a minha vida, uma vez que eu e minha equipe permitimos que pacientes mudem de uma condição de dependência de uma máquina para uma condição de liberdade”, relata Alexandre.

Com o aumento da cobertura de vacinas e a queda das internações, a tendência é a recuperação das taxas de captação e transplante. Mas a conscientização sobre as doações ainda é um desafio. “É preciso que a população entenda que a doação de órgãos é um gesto de amor que pode salvar até dez vidas, mudando o destino de pessoas como Edinei e dando uma nova chance para mulheres como Mariana”, reforça o médico. 


Setembro – Mês da Conscientização da Alopecia

Além de medicamentos e implantes, luzes de ledterapia podem combater a queda dos cabelos



Segundo dados da Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), a calvície afeta mais de 42 milhões de brasileiros. Cerca de 50% das mulheres também apresentam queixas com relação à queda de fios.

Setembro é o mês de conscientização da Alopecia, condição que provoca o rareamento ou a queda dos cabelos. Há diversos tipos: alopecia androgenética, alopecia areata, alopecia senil, alopecia de tração, cada qual com suas características.

O diagnóstico é feito durante o exame físico do paciente. É muito importante diagnosticar o tipo de alopecia, uma vez que os tratamentos são diferentes. Alguns exames de sangue, tricoscopia e até mesmo biópsia pode ser necessário para elucidar com clareza cada caso.

No que se refere aos tratamentos, atualmente, há diversas formas para coibir a queda dos fios como ingestão de medicamentos específicos, tópicos e orais, implantes capilares, entre outros. A Ledterapia, tratamento realizado com luzes, com tecnologia avançada, surge como uma indicação em quase todas as formas de alopecia.

De acordo com o médico angiologista Dr. Álvaro Pereira, referência no tratamento, “a ledterapia baseia-se na irradiação das células do folículo capilar, fazendo com elas trabalhem mais, aumentando a produção das proteínas que compõem os fios”.

O especialista afirma que já recebeu em seu consultório muitos pacientes com alopecia e os resultados na aplicação das luzes foram extremamente satisfatórios. “Há muitas mulheres também, mesmo adultas jovens, entre 30 e 45 anos, com eflúvio telógeno, que procuram a ledterapia para tratar a queda dos cabelos. Os resultados são impressionantes!”, conclui o médico.

 


Dr. Álvaro Pereira – Angiologista formado pela FMUSP em 1978, com residência em Cirurgia Vascular no HCFMUSP, Doutorado em Cirurgia Vascular na Divisão de Bioengenharia do INCOR - HCFMUSP, pós-doutorado no B&H Hospital - Harvard.


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