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terça-feira, 11 de maio de 2021

Campanha solidária "Doe Sangue, Doe Vida" retorna ao Continental Shopping

Agendamento online garante distanciamento e segurança para doadores

 

O Continental Shopping, em parceria com o Banco de Sangue Paulista, o Rotary Clube de São Paulo – Parque Continental e Rotary Clube de São Paulo – Jaguaré e a ONG Amorsedoa, promove mais uma edição da campanha “Doe Sangue, Doe Vida”.

A iniciativa tem como objetivo incentivar a população sobre a importância de ser um doador de sangue, principalmente com a baixa nos estoques dos hemocentros durante esse período de pandemia.

Os moradores da região e frequentadores do empreendimento podem realizar a boa ação nos dias 13 e 14 de maio. 

Para garantir a segurança de todos, os interessados precisam agendar um horário para a doação, pelo Site www.continentalshopping.com.br . Os atendimentos acontecem a cada 30 minutos, com no máximo nove pessoas por horário, medida para evitar a aglomeração.

A coleta acontece das 9h às 15h30, no piso Boulevard e tem como meta arrecadar 100 bolsas de sangue que serão destinadas para o Banco de Sangue Paulista. Para ser um doador, o interessado deve apresentar documento oficial com foto, passar por uma breve entrevista de triagem, ter entre 18 e 69 anos (desde que a primeira doação tenha acontecido até os 60 anos). Menores de idade a partir de 16 anos com termo de autorização assinado pelos pais também podem contribuir, o termo está disponível em www.bancodesanguepaulista.com.br/doacao-de-sangue

É necessário estar dentro dos requisitos abaixo:

  • O peso deve ser superior a 50 kg para homens e 55 kg para mulheres;
  • Se homem, deve ter doado há mais de 60 dias;
  • Se mulher, deve ter doado há mais de 90 dias, não estar grávida, não estar amamentando,

já terem se passado pelo menos 3 meses de parto ou aborto;

  • Não ter tido Hepatite após os 10 anos de idade;
  • Não ter histórico de contato com o inseto barbeiro, transmissor da Doença de Chagas;
  • Não ter histórico de malária ou se esteve em região de malária nos últimos 6 meses;
  • Não ter realizado Endoscopia / Colonoscopia nos últimos 6 meses;
  • Não ter ou ter tido Sífilis;
  • Não ter tatuagens e/ou piercings recentes (menos de 1 ano);
  • Não ter recebido transfusão de sangue ou hemoderivados no último ano;
  • Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas que antecedem a doação;
  • Estar alimentado e com intervalo mínimo de 2 horas após a última refeição;
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que antecedem a doação;
  • Não ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses;
  • Não ter fumado na última hora que antecede a doação;
  • Não possuir comportamento de risco para HIV tais como: não usar preservativos em relações sexuais com parceiros novos ou ocasionais, ter mais de 3 parceiros sexuais nos últimos 12 meses ou ser usuário de drogas ilícitas.

 

 

Serviço

Campanha Doe Sangue, Doe Vida – Continental Shopping

Data: 14 e 15 de janeiro 

Horário: das 9h às 15h30

Local: Piso Boulevard 

SITE para agendamento: www.continentalshopping.com.br

Endereço: Avenida Leão Machado, 100 - Jaguaré – São Paulo – SP

Mais informações: (11) 4040-4981 – www.continentalshopping.com.br 


Olhos revelam doenças

 

Alterações na visão, aparência ou fundo do olho podem antecipar o diagnóstico de covid-19 e outras doenças graves. 

 

A maior causa das consultas oftalmológicas é a dificuldade de enxergar. Mas, nossos olhos podem ser a porta do diagnóstico de muitas doenças e facilitar o check-up em tempo de pandemia. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier muitos sintomas oculares estão relacionados a alterações em outras áreas. ”Nos consultórios oftalmológicos é possível detectar doenças oculares e sistêmicas através do exame de fundo de olho que mapeia todo nosso organismo. Isso só é possível porque o olho é o único órgão que permite visualizar todos os vasos e artéria.

Algumas doenças provocam desconforto ocular mas estão relacionadas a alterações em outras partes. É o que mostrou recente estudo realizado com 83 pessoas contaminadas pelo coronavírus que foi publicado na BMJ Open Ophthalmology. Semanas antes do diagnóstico da covid-19, 23% dos participantes sentiram todos os desconfortos do olho seco: coceira, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e visão embaçada. Não é para menos. O oftalmologista explica que a lágrima tem a função de proteger os olhos das agressões externas, incluindo vírus e bactérias. Por isso, quem tem alterações na lágrima se torna mais vulnerável à covid-19 devido a conexão das superfície ocular com o nariz pelo ducto lagrimal.

 

O exame

Para mapear nosso organismo, Queiroz Neto afirma que o exame de fundo de olho é feito com a pupila dilatada e um oftalmoscópio, lente que aumenta diversas vezes o nervo óptico, retina e vasos.  O exame não é preventivo, comenta, porque a doença já está instalada, mas permite controlar a evolução da hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, tuberculose, toxoplasmose, lepra, AIDS, e até tumores intracranianos. Para se ter ideia, um paciente com diabetes pode apresentar alterações nos vasos que revelam qual o risco de retinopatia diabética e como estão funcionando os rins.

 

Sinais de alerta

Queiroz Neto afirma que os principais sinais de alerta que podem ser percebidos pelos olhos são:

·       Pupila contraída: Indica uveite, inflamação da uvéa que é formada pela íris, corpo ciliar e coróide.

·       Pupila dilatada: Sinaliza tumores, glaucoma, trauma, doenças do sistema nervoso central.

·       Visão dupla: Aponta tumor intracraniano, acidentes vasculares centrais, traumas ou hiperglicemia.

·       Olhos saltados e inchaço: São sinais, principalmente, de distúrbios da tireóide.

·       Mudança na cor dos olhos: É causada por medicamentos ou inflamações oculares.

·       Cegueira momentânea: Indica tumor intracraniano, má circulação no cérebro ou arritmia cardíaca.

·       Visão borrada: Ocorre no diabetes, sangramento ocular, inflamação, hipertensão arterial.

·       Olho seco:  Indica disfunções hormonais, menopausa ou Síndrome de Sjogren, doença reumática crônica.

 

Visão e dor de cabeça

O especialista ressalta que a dor de cabeça relacionada à visão aparece no final do dia para quem passou dos 40 anos. “Também atinge quem tem grande diferença de grau entre os olhos ou não atualiza os óculos há mais de um ano”, pontua. Enxaqueca frequente pode indicar risco de glaucoma ou neuropatia óptica, conclui.

 

Entenda os sinais, sintomas e o tratamento do câncer bucal

Alexandre Bedore, cirurgião-dentista do Porto Seguro Odontológico, fala um pouco sobre o que pode causar o câncer bucal e como tratá-lo


Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), 15,4 mil novos casos de câncer bucal são diagnosticados por ano no Brasil, sendo uma média de 75% em homens e 25% em mulheres. A doença afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua e a região abaixo da língua. Mas, se diagnosticada em estágios iniciais, maior o sucesso no tratamento. 

Dentre os fatores que podem ocasionar o tumor estão:

· Tabagismo:  fumantes têm risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes;


· Consumo contínuo de bebidas alcoólicas;


· Exposição excessiva ao sol sem proteção;


· Excesso de gordura corporal;


· Infecção pelo vírus HPV está relacionado a alguns casos de câncer de orofaringe;


· Consumo constante de bebidas muito quentes.


Mas como identificar um possível tumor?

Segundo o cirurgião-dentista do Porto Seguro Odontológico, Alexandre Bedore, “é primordial estar sempre alerta a qualquer sinal do seu corpo, mas lembre-se sempre de consultar um especialista antes de realizar qualquer diagnóstico prévio.

O cirurgião também fala sobre a importância de visitas periódicas ao dentista, a cada seis meses pelo menos, pois “acontece com qualquer doença, mas principalmente com o câncer bucal, quanto mais rápido for diagnosticado, maior será a eficácia do tratamento”, destaca. Entre os sinais que devem servir de alerta, temos: feridas bucais ou labiais que não cicatrizam com facilidade; aumento do volume da gengiva e língua; sangramento repentino em qualquer lugar dos lábios ou da boca; dentre outros.


Descobri um tumor. E agora?

Na grande maioria das vezes, o caso é cirúrgico, tanto para lesões menores, como para traumas maiores. Quando não é possível a realização da cirurgia ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente, as indicações são a radioterapia e a quimioterapia. Entretanto, em casos mais complexos, além da cirurgia, é necessária realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter melhor resultado.

O tratamento do câncer é realizado por médico oncologista, todavia o cirurgião-dentista é responsável pelo preparo e acompanhamento da saúde bucal antes, durante e após a terapia oncológica, desempenhando um papel importante na melhoria da qualidade de vida desses pacientes. A prevenção, limpeza e orientação de higiene para o paciente são fundamentais para evitar lesões decorrentes do efeito colateral dos tratamentos e possibilitar o sucesso no tratamento do câncer bucal.

 


Porto Seguro Odontológico

portoseguro.com.br/seguro-odontologico


Especialista dá dicas sobre prevenção de doenças, estética e saúde bucal

Dr. Paulo Scigliano atua há mais de 15 anos em Odontologia Estética e Implantologia Oral, buscando evidenciar em seu trabalho a relação entre os cuidados com a boca e a qualidade de vida das pessoas

 

Quando mordemos um alimento e sentimos aquela dor; quando bebemos algo gelado e percebemos que os dentes estão sensíveis; quando sofremos algum acidente e perda dos dentes; ou mesmo quando nos deparamos com aquela propaganda de um “produto inovador” que vai deixar nossos dentes perfeitos em pouco tempo. É nesses momentos que nos lembramos do dentista. Mas por que não antes? O Dr. Paulo Scigliano, que atua há mais de 15 nas áreas de Odontologia Estética e Implantologia Oral, responde.


1.    Por que a prevenção de problemas dentários é pouco falada?

Resposta Dr. Paulo Scigliano: Vemos campanhas de prevenção ao câncer de mama, de próstata e de outras tantas enfermidades, mas são raríssimas as vezes que se lembram da prevenção quando o assunto é o cuidado bucal. Talvez porque ainda se relacione muito pouco a saúde bucal com a qualidade de vida.

Eu trabalho cotidianamente para fazer com que meus pacientes entendam a importância da prevenção aos males que começam na boca e que podem causar uma série de problemas, como questões da digestão, mau hálito, processos inflamatórios, contaminações por vírus e bactérias, dores de cabeça e até baixo rendimento no trabalho ou nos esportes. Tudo isso pode ser causado pela falta de um cuidado preventivo com os dentes.


2.    O senhor citou o rendimento nos esportes. Pode explicar melhor?

Resposta Dr. Paulo Scigliano: A saúde bucal reflete diretamente na qualidade de vida. Qualquer quadro infeccioso afeta a condição física e, no caso de atletas, o reflexo no rendimento esportivo se torna aparente. Hoje, as grandes delegações esportivas contam com um profissional para garantir a saúde bucal dos atletas de alto-rendimento.

Essa queda no desempenho pode ser percebida no trabalho ou no estudo da pessoa que não está 100% bem. Ou seja, investir na saúde bucal pode ser fator de redução de faltas na escola ou no trabalho e do aumento no rendimento.


3.    Esse trabalho de prevenção é importante somente na juventude ou em todas as fases da vida?

Resposta Dr. Paulo Scigliano: Em todos os momentos de nossa vida, o cuidado com a saúde bucal tem sua função. Os longevos, por exemplo, que procuram mais por serviços de reabilitação oral, precisam saber que a saúde bucal preventiva ajuda no controle de doenças comuns aos 50+, tais como Diabetes, Hipertensão Arterial, Doenças Reumáticas, Má Nutrição em idosos, entre outras.

Já os mais jovens, geralmente buscam melhorar a autoestima, por meio de tratamentos estéticos e reabilitadores. Para esse público é preciso sempre alertar que não se vive só de estética. Ela precisa estar alicerçada na boa saúde.


4.    O que mudou nessa pandemia?

Resposta Dr. Paulo Scigliano: Infelizmente, com o confinamento e o isolamento social, muitas pessoas deixaram de consultar o dentista e adiaram tratamentos. Com isso, as enfermidades mais comuns, ligadas à saúde bucal, se agravaram, como por exemplo, o número de cáries e doença periodontal. São problemas que podem virar uma porta de entrada para questões de maior gravidade e precisamos ficar atentos. 

 

 


Dr. Paulo Scigliano - Graduado em Odontologia pela Universidade Paulista (UNIP) em 2001, é Especialista em Implantologia Oral e Prótese Dentária pelo Conselho Federal de Odontologia. Oficial da Reserva do Exército Brasileiro pertencente ao Serviço de Saúde, permaneceu no Serviço Ativo por sete anos, cuidando dos militares e de suas famílias nas Unidades em que serviu e promovendo a saúde bucal, por meio de Ação Cívico-Social (ACiSo) no vale do rio Ribeira e em população ribeirinha no litoral sul do Estado de São Paulo. Atende em consultório próprio no bairro de Higienópolis, em São Paulo (SP) e como cirurgião–colaborador, na Tutti Odonto, em Santo Amaro.

 

www.pauloscigliano.com

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Angioedema hereditário: falta de conhecimento resulta em diagnóstico que pode demorar até 16 anos

Inchaços deformantes são confundidos com reações alérgicas

Doença pode levar a óbito

16/05 – Dia Mundial de Conscientização do Angioedema Hereditário

 

De 13 a 16 anos! Esse é o tempo que leva para se chegar ao diagnóstico do angioedema hereditário, doença de origem genética e com 50% dos casos podendo ser transmitidos para a prole. No maior número de casos, a doença ocorre por deficiência de um regulador (Inibidor de C1), que resulta na produção excessiva de uma molécula chamada bradicinina.

Considerado raro, o angioedema hereditário atinge cerca de 1 a cada 50 mil pessoas. “Mas acreditamos que a doença seja subestimada em razão do atraso no diagnóstico”, comenta Dra. Luiza Karla Arruda, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e membro do GEBRAEH – Grupo Brasileiro de Estudos de Angioedema Hereditário.

Os sintomas da doença são crises de edema ou inchaços, podendo ocorrer principalmente na pele, lábios, olhos, extremidades e genitais. Esse inchaço é bastante deformante. Outro tipo de sintoma que ocorre com certa frequência acomete os órgãos internos, no trato intestinal, com extravasamento de líquido na cavidade abdominal resultando em dor intensa, náuseas, vômitos e diarreia.

“Outro sintoma menos frequente, porém, mais preocupante, é o edema das vias aéreas, como na língua, palato e glote, podendo levar à asfixia e óbito”, alerta Dra. Luiza Karla.

 

Doença desconhecida – O angioedema hereditário ainda é pouco conhecido entre a classe médica, e não apenas no Brasil, mas no mundo. O Dr. Régis Campos, Coordenador do Departamento Científico de Imunobiológicos da ASBAI, explica que quando a pessoa chega ao pronto-socorro com inchaços em lábios, olhos, por exemplo, a suspeita sempre será de alguma reação alérgica. Se o sintoma for dor abdominal, abre-se um leque de possibilidades para outras causas. “Mas é raro o médico pensar no angioedema hereditário”, conta Dr. Campos.

Porém há diferenças entre reação alérgica e o angioedema hereditário. Na alergia, quando é administrado o anti-histamínico, os sintomas melhoram. “No angioedema hereditário os antialérgicos não fazem efeito e os sintomas podem demorar de cinco a sete dias para começarem a diminuir”, explica o especialista da ASBAI, que também é presidente do GEBRAEH.

O diagnóstico definitivo é genético e mostra a variante que cada paciente carrega.


Desencadeante das crises - Embora seja uma doença genética, existem fatores que ajudam a desencadear as crises e um dos principais é o uso de estrógeno. “É muito comum na menina que começa a tomar contraceptivo”, comenta Dra. Luiza Karla. Reposição hormonal, traumas, como tratamento dentário, ansiedade - já que a imprevisibilidade das crises causa insegurança e medo no paciente - além do estresse também estão entre os principais provocadores de crises.


Tratamento via judicial – Nos últimos 10 anos houve um avanço significativo no tratamento de angioedema hereditário, tanto com medicações para as crises quanto no controle da doença. Uma dessas medicações é o icatibanto, indicado para os períodos de crise, administrado de forma subcutânea e aprovado para uso em pacientes a partir de dois anos de idade. Também pode ser utilizado para as crises o concentrado do C1 inibidor derivado do plasma por via venosa. Para evitar as crises, o mais indicado é a reposição regular por via venosa do concentrado do C1-inibidor derivado do plasma ou o anticorpo monoclonal anti-calicreína por via subcutânea.  Quando não há possibilidade de usar um desses medicamentos se utiliza os andrógenos atenuados e o ácido tranexâmico, que são administrados por via oral para uso diário.

O problema maior para os pacientes de angioedema hereditário é a dificuldade no acesso aos medicamentos. Infelizmente, no SUS, estão disponíveis apenas os derivados de hormônios andrógenos atenuados ou tratamento com plasma fresco. O inibidor de C1 derivado de plasma, o anticorpo monoclonal anti-calicreína e o inibidor do receptor de bradicinina não estão disponíveis, apesar da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que leva à judicialização do tratamento por causa do alto custo destas medicações.

As diretrizes internacionais, assim como a brasileira, recomendam que todo paciente com angioedema hereditário deve ter acesso à uma das medicações de resgaste aprovadas.

 

COVID – A recomendação da ASBAI é que o paciente tome a medicação diária para evitar as crises e que tenha a medicação indicada em caso de crise para não precisar ir ao pronto-socorro durante a pandemia.

“Estudos em andamento na América Latina estão mostrando que pacientes com angioedema hereditário não têm maior risco para contrair covid-19. Fazem parte do estudo mais de 60 pacientes com angioedema hereditário, positivados para Sars-COV-2 e, até o momento, a doença não conferiu um risco maior para as complicações graves da covid-19”, comenta Dra Luiza Karla. 




ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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Mesmo com metástase, terapias podem prolongar vida do paciente, explica médico da Unifesp

O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta que novas drogas têm permitido ampliar sobrevida


A metástase é um processo de disseminação das células cancerosas, que alcançam outros órgãos e tecidos por meio da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos. "Para cada caso, o médico tem uma avaliação. Pacientes nessa situação podem conviver com a doença por anos até. Hoje, novos medicamentos têm contribuído para reduzir os impactos dos processos metastáticos", explica o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

A estratégia de tratamento dos pacientes com metástase é individual e varia entre as pessoas. "Podemos ter dois indivíduos com um câncer no estômago, mas o tratamento vai depender da avaliação da situação de cada um e a abordagem que podemos dar. Em alguns casos, combinamos cirurgia e quimioterapia. Em outros, podemos utilizar novas técnicas de imunoterapia", explica o pesquisador da Unifesp.

Na imunoterapia, há estímulo do sistema imunológico no combate às células cancerígenas, bloqueando as engrenagens que elas usam para enganar as defesas com a liberação de proteínas, que se encaixam em receptores dos linfócitos T. "Com a técnica, eles identificam e ordenam que outras células destruam os patógenos, que são agentes infecciosos", explica o oncologista.

Na maioria dos casos de metástase, a quimioterapia é um dos procedimentos mais indicados. Segundo Ramon Andrade de Mello, ela atua de maneira sistêmica, em todo o organismo: "Uma das desvantagens é que esse procedimento afeta também as células normais, o que provoca reações no paciente".

 

 



Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).

http://ramondemello.com.br/

Implante dentário é melhor alternativa, mas ainda custa caro

Custos altos e que cobrem apenas a colocação ainda impedem boa parte da população de inserir o implante, considerado mais seguro e eficiente que as próteses

 

Os implantes dentários são hoje a melhor alternativa para a substituição de dentes em quem está apto, em termos de saúde, a recebê-los. Na batalha contra as próteses fixas, eles ganham em diversos quesitos: estética, durabilidade, fixação, preservação do osso e dos dentes vizinhos. Antes acessíveis apenas para uma parcela abastada da população, os implantes vêm ganhando terreno em virtude da diminuição do valor, mas ainda são inacessíveis para muitas pessoas.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo), cerca de 800 mil implantes são colocados anualmente no Brasil. É um número expressivo, mas que revela uma diferença abissal entre precisar e poder: 50% da população brasileira adulta, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), têm 20 ou menos dentes funcionais, sendo que a arcada dentária completa conta com 32 dentes.

Entre as classes B, C e D, pagar um implante dentário que custa, em média, R$ 4 mil, pode ser inviável. Isso porque o valor, além de alto, cobre apenas a colocação do implante, não englobando alguns procedimentos prévios necessários, como a extração do dente anterior, tomografia e enxerto ósseo.

Nesse cenário, a perda de dentes ainda é o segundo fator que mais prejudica a qualidade de vida de pessoas entre 45 e 70 anos. A conclusão é da pesquisa “Percepções Latino-americanas sobre Perda de Dentes e Autoconfiança”, realizada pela Edelman Insights, que ouviu 600 latino-americanos, entre eles 151 brasileiros. Os pesquisadores apontaram também que 32% dos entrevistados se sentem impedidos de ter um estilo de vida saudável e ativo devido à baixa autoestima, dificuldade de mastigação e outras questões associadas à ausência de dentes.

Para possibilitar que um público mais amplo tenha acesso aos implantes dentários, a empresa carioca MaisDental.com desenvolveu um plano odontológico por um valor abaixo do mercado que contempla não só o implante em si, mas também os procedimentos necessários à inserção do implante e à manutenção da saúde bucal como um todo. É a forma que eles encontraram de democratizar o tratamento bucal de qualidade, envolvendo da prevenção de doenças bucais ao implante.

“Com esse plano novo, tivemos o cuidado de incluir todos os procedimentos de que o paciente necessita antes do implante. Assim, não só devolvemos a autoestima e a qualidade de vida desses pacientes, como também promovemos sua saúde bucal completa. Queremos que essas pessoas voltem a sorrir”, comenta o dentista e diretor executivo da MaisDental.com, Fábio Calazans.

Para elaborar os procedimentos odontológicos e treinar os profissionais que atendem os pacientes, a empresa convidou o presidente da Academia Brasileira de Odontologia, membro da Academia Americana de Implantologia Oral e da Academia Europeia de Osseointegração, Mario Groisman. O plano está à venda no site da empresa, o www.maisdental.com.

“A minha história com a implantodontia começou em 1984. Desde então, acompanho a evolução da especialidade, com foco no bem-estar dos pacientes. Ao longo dos anos, o custo foi, sem dúvida, o fator que mais inviabilizou a realização desse tipo de procedimento. À medida que buscamos democratizar essa técnica de reabilitação oral, mais pessoas se previnem de problemas causados pela ausência de um ou mais elementos dentários e ganham qualidade de vida, por causa dos seus benefícios funcionais e estéticos”, ressalta Groisman, que também é dentista de várias celebridades.


Vantagens dos implantes dentários

Os implantes dentários representam a opção mais indicada para pacientes adultos aptos, sendo contraindicado apenas para pessoas com condições metabólicas não compensadas, como diabetes, alterações sanguíneas e doenças periodontais. No entanto, é a avaliação do especialista que vai determinar se a pessoa pode ou não fazer o implante.

Uma das vantagens do procedimento é a qualidade da coroa do implante, sendo uma cópia perfeita do dente. Em relação à durabilidade, o implante sai na frente em relação às próteses fixas e móveis: com a devida higienização, o implante pode durar 25 anos ou mais, diferente das próteses, cuja durabilidade é, em média, de cinco anos.

A fixação impecável também é um diferencial. O implante é uma estrutura que fica “ancorada” na estrutura óssea da boca. Um pino de titânio é fixado no osso da gengiva, substituindo a raiz do dente natural. Isso possibilita maior potência mastigatória, conforto e mais segurança para a pessoa, aumentando até a autoconfiança. A prótese móvel, por sua vez, não garante tanta segurança e fixação.

Diferente da prótese fixa, que repõe apenas um ou alguns dentes, e da prótese móvel, cuja função é preencher a arcada dentária inteira, o implante é versátil, podendo substituir um dente ou todos eles.

Outro ponto positivo do implante em relação à prótese fixa é a preservação dos dentes adjacentes. Para a colocação da prótese fixa, é necessário o desgaste dos dentes vizinhos ao artificial, o que representa uma perda biológica considerável, já que mexe com dentes saudáveis. Oposto a isso, o implante não demanda intervenção nos dentes ao lado.

Até mesmo a estrutura óssea é beneficiada com o implante dentário. As próteses fixas e móveis são superficiais, ou seja, ficam acima da gengiva. Isso provoca a reabsorção da estrutura óssea, pois não há estímulo. O implante dentário não só preserva o osso como, quando necessário, é antecedido por um procedimento de enxerto ósseo, mantendo a saúde dos ossos bucais.


Quais os cuidados necessários durante uma gravidez de gêmeos ou múltiplos?

Esse tipo de gestação apresenta mais riscos e causa muitas dúvidas nas futuras mamães


Em "Amor de Mãe", telenovela da TV Globo, a personagem Lourdes, interpretada por Regina Casé, simbolizou o zelo, a dedicação e, principalmente, a força de uma mãe para manter toda sua família unida. Ao final de cada capítulo, a teledramaturgia retratava como a arte imita a vida e transmitia histórias reais, que em poucos segundos descreviam como o amor maternal é capaz de superar qualquer dificuldade.

Com a chegada do Dia das Mães, agora em 9 de maio, se reforça a reflexão acerca da importância da figura materna. É preciso ressaltar que a complexidade que envolve a maternidade se inicia logo com a descoberta da gravidez. Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , destaca que não é fácil passar pelas alterações comuns durante o período de gestação. "Mudanças hormonais, no peso e no fluxo sanguíneo são alguns dos fatores a serem enfrentados quando está se esperando um bebê", aponta.

E imagine ter todos esses sintomas redobrados quando existe mais de um bebê em formação. Um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology mostrou que a gravidez de múltiplos ou triplos aumentou significativamente nas últimas décadas. Segundo o médico, isso deve-se ao crescimento dos partos assistidos: "Muitos casais decidem ser pais mais tardiamente, fazendo com que a fertilização in vitro seja o principal meio de atingir esse objetivo", explica.

De acordo com Dr. Renato, a gravidez múltipla ocorre quando o útero desenvolve dois ou mais embriões. A partir dessa formação, a gestante tem mais chances de desenvolver diabetes e hipertensão gestacional, conhecida como pré-eclâmpsia, além de anemia e ruptura de membranas. "O corpo da mulher faz um esforço ainda maior para nutrir e carregar os fetos", informa. O médico comenta que com o tempo é comum sentir os efeitos do excesso de peso, aumento da frequência cardíaca e sobrecarga dos músculos.

Dessa forma, o acompanhamento do pré-natal se faz mais importante do que nunca. As consultas que em uma gestação normal são realizadas uma vez por mês, no caso da gravidez de gêmeos ou múltiplo elas, devem acontecer a cada duas semanas, pois se apresenta mais risco. "No início, a maior preocupação deve ser o aborto espontâneo, no decorrer dos nove meses, será com o desenvolvimento dos bebês. Além disso, há grandes chances de um parto prematuro", relata o especialista. Possíveis comorbidades também podem ser identificados nas visitas ao ginecologista. "Repouso e boa alimentação são cuidados essenciais que podem garantir a segurança da mãe e de seus filhos. Também é imprescindível a compreensão dos pais em seguir todas recomendações médicas", adverte.

Para auxiliar nas dúvidas que surgem no período gestacional, a Criogênesis também oferece cursos de gestantes gratuitos. Além disso, o grupo aposta em uma ciência assertiva para o tratamento futuro das crianças que nascem com alguma doença por meio da coleta de células-tronco do sangue e tecido do cordão umbilical. "O armazenamento desse material é mais uma das formas de demonstração de amor e zelo dos pais pelo seu filho, afinal, através dele é possível o tratamento de diabete do tipo I, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, Transtorno do Espectro do Autismo, Parkinson e Alzheimer", destaca o médico.

 


Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br


Como convencer a criança a usar os óculos de grau

Crianças como erros refrativos precisam usar as lentes corretivas para garantir pleno desenvolvimento visual e neuropsicomotor


Os erros refrativos, como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia, são os problemas visuais mais comuns na idade escolar. Felizmente, são condições oculares que podem ser corrigidas com o uso de óculos. Entretanto, nem todas as crianças podem reagir positivamente à necessidade das lentes corretivas.
 
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em Estrabismo, a reação dos pais no momento do diagnóstico é muito importante para a aceitação da criança em relação ao uso dos óculos.
 
“É importante que os pais compreendam que os erros refrativos, geralmente, não causam problemas oculares graves. Porém, é preciso corrigi-los o quanto antes para garantir que a criança tenha um desenvolvimento visual adequado. Inclusive, a falta da correção impacta diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor e na vida escolar”, ressalta Dra. Marcela.


 
Segurança é fundamental

No momento do diagnóstico, os pais precisam passar segurança para que a criança entenda que o uso de óculos trará benefícios na escola, nos esportes e na vida social.
 
“Em muitos casos, os pais ficam assustados com a notícia e podem mandar uma mensagem errada para a criança. Uma das razões pode ser porque sofreram bullying quando frequentavam a escola ou simplesmente porque não conseguem aceitar o diagnóstico”, diz a médica.


 
Bebês costumam aceitar melhor

De acordo com especialista, por incrível que pareça, os bebês ou crianças menores costumam aceitar melhor a necessidade de usar óculos. "Geralmente, bebês e crianças pequenas não têm grandes problemas em usar o acessório e a adaptação é bastante tranquila". 
 
Contudo, como toda regra tem sua exceção, alguns bebês podem se incomodar sim com os óculos. “Nesses casos, é preciso muita perseverança, muita paciência dos pais e muita parceria com o oftalmopediatra para conseguir uma adaptação sem traumas”, diz Dra. Marcela.


 
Consulta preventiva
 
Toda criança precisa passar por uma consulta com um oftalmopediatra, preferencialmente no primeiro ano de vida. “Muitas crianças, mesmo com graus muito altos, não demonstram dificuldade para enxergar como os adultos”, cita a especialista.
 
Isso ocorre por dois motivos. “O primeiro é porque quando a criança nasce com um erro refrativo, ela ainda não entende que a maneira que ela está enxergando está embaçada ou inadequada. Com isso, ela se adapta àquela visão”, comenta Dra. Marcela.  
 
Outro motivo é que os pequenos têm uma capacidade muito grande de compensar graus bastante elevados. Com isso, não demonstram que estão com dificuldades para enxergar.
 
No Brasil, infelizmente, os pais não têm o costume de fazer consultas oftalmológicas preventivas de forma precoce. Com isso, chegam ao consultório quando as dificuldades de aprendizado começam a surgir.
 
“Algumas vezes, esse atraso no diagnóstico pode levar à ambliopia, que nos casos dos erros refrativos está relacionada a diferença de grau de um olho para outro. O cérebro acaba preferindo a imagem captada pelo olho com menor grau e isso afeta o desenvolvimento visual do olho com maior grau”, reforça Dra. Marcela.

 
Dicas para o uso de óculos na infância
 

  1. Procure na internet fotos de pessoas famosas, ex-jogadores ou jogadores de futebol, esportistas, cantores e cantoras que fazem uso do acessório, reforçando para a criança que não há nada demais nisso e que o uso dos óculos traz uma série de vantagens
  2. Leve a criança para participar da escolha da armação, principalmente os maiores
  3. Faça uma lista dos familiares mais próximos que também usam óculos
  4. Peça a ótica que coloque prendedores nos óculos para facilitar a prática de esportes
  5. Para os menores, o ideal é escolher modelos de silicone, pois são mais resistentes a quedas e ao manuseio
 
“Vale lembrar que o crescimento pode alterar o grau, uma vez que o olho cresce também. Portanto, quando a criança tem um erro refrativo, o acompanhamento com o oftalmopediatra deve ser regular, principalmente quando o grau é alto”, finaliza Dra. Marcela.


Doenças no Sangue: Saiba mais sobre a composição sanguínea e quais as suas principais enfermidades

O sangue é um tecido vivo, produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno. Ele circula pelo corpo levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. O plasma, parte líquida do sangue, é composto por 90% de água, proteínas e sais, e representa, aproximadamente, 55% do volume de sangue circulante no corpo.

Por meio do sangue, são levadas para nosso organismo as substâncias necessárias para a manutenção da vida nas células, como: proteínas, enzimas, hormônios, fatores de coagulação, imunoglobulina e albumina.

As hemácias, que também são conhecidas como glóbulos vermelhos, receberam esse nome por causa do alto nível de hemoglobina, que por sua vez, é uma proteína que contém ferro e é predominantemente vermelha. A hemoglobina possibilita que as hemácias transportem oxigênio para todas as células do corpo e transportem também o dióxido de carbono, que é produzido pelo organismo.

Os leucócitos, também chamados glóbulos brancos, ajudam na defesa do organismo e são acionados em casos de infecções. Eles atuam nos tecidos com objetivo de destruir os agressores, como vírus e bactérias.

Compondo o sangue, também temos as plaquetas, que são pequenas células que participam no processo de coagulação sanguínea, agindo diretamente nas hemorragias.

Por ser de extrema importância e possuir diversas funções no organismo, é comum que o sangue esteja sujeito a diversos tipos de doenças, que na maioria dos casos, levam ao comprometimento da produção de seus componentes. Algumas podem ser tratadas com facilidade, porém, há doenças no sangue que podem ser fatais.

Os problemas relacionados ao sangue podem afetar qualquer uma das partes, como os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e até o próprio plasma.

Existem inúmeros fatores causadores de doenças no sangue, sejam hereditários ou adquiridos. Dentre as diversas doenças, a doutora Dra. Youko Nukui, hematologista do Hospital IGESP destaca as principais enfermidades:

 

Tromboses venosas e arteriais:

A Trombose acontece quando há formação de um coágulo na circulação, resultando na obstrução do fluxo de sangue. As Tromboses podem ser venosas ou arteriais, de acordo com a parte da circulação que atingem. As arteriais representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

Já as Tromboses Venosas, compreendem a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP). Embora menos frequentes que as tromboses arteriais, estas duas condições também representam importantes causas de morbidade e mais raramente, mortalidade.

 

Leucemia:

A Leucemia é uma doença maligna que atinge os glóbulos brancos, na maioria dos casos, a causa para o surgimento é desconhecida. Sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Nesta doença, uma célula sanguínea que não atingiu a maturidade sofre uma espécie de mutação genética, que a transforma em uma célula cancerosa. Com isso, essa célula anormal não trabalha de maneira correta, se multiplicando mais rapidamente e morrendo menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea são substituídas aos poucos por células anormais cancerosas.

Existem mais de 12 tipos de Leucemia, sendo que os quatro primários são: Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (CLL).

 

Anemia:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Anemia como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, como resultado da falta de um ou mais nutrientes essenciais. Porém, a Anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais – estima-se que 90% das Anemias são causadas por carência de ferro.

 

Doenças Hemorrágicas:

Esse tipo de doença tem como característica o sangramento excessivo, que pode ser espontâneo ou associado a algum trauma ou cirurgia. Pode acontecer na pele (equimoses e hematomas) ou atingir órgãos internos (sangramento intestinal, urinário ou uterino).

“O tratamento para doenças no sangue precisa ser prescrito por um médico especialista. Para cada quadro clínico, existe o seu tratamento adequado. É necessário avaliar, por exemplo, o tipo de doença e grau de evolução. Por exemplo, em casos de câncer, são utilizadas como tratamento a quimioterapia citotóxica, imunoterapia, radioterapia e, em casos específicos, a cirurgia”, finaliza a médica.


As queixas da Fibromialgia não são "imaginárias"

No dia 12 de maio foi instituída uma data específica para a conscientização da Fibromialgia, doença caracterizada por queixas de dores musculoesquelética difusas e persistentes. Imagine: além de conviver com dores crônicas e fadiga, o paciente ainda preciso driblar o preconceito de quem acha que seu sofrimento é imaginário.


Muitas vezes desacreditados por não possuir outros sintomas aparentes, o paciente sofre preconceito de familiares, amigos ou por colegas de trabalho o que é, além de tudo, um gatilho para quadros depressivos, ansiedade, deficiência de memória e desatenção. Estudos clínicos, inclusive, apontam o aumento de estresse na vida dessas pessoas, inclusive se multiplicando na pandemia.

A fibromialgia é uma doença que envolve, entre outras coisas, uma alteração nos centros do cérebro de percepção dolorosa. O paciente possui, portanto, uma sensação aumentada à dor. Embora hoje possa ser tratada por especialidades como reumatologia e medicina da dor, ela é um problema de origem neurológica.

Estima-se que a doença acometa em torno de 150 milhões de pessoas no mundo, incidindo principalmente em mulheres, entre 35 e 44 anos, e sedentárias. Os homens, no entanto, também podem ter a condição. No Brasil, cerca de 4,8 milhões de pessoas possuem Fibromialgia, mas apenas 2,5% dos pacientes recebem tratamento adequado.

Entre os principais sintomas estão dores musculares fortes em diferentes regiões do corpo, além de fadiga crônica, sensação de formigamento nas mãos e nos pés, enxaqueca, rigidez muscular, dor após qualquer esforço físico e anormalidades no sono. Pesquisas também indicam os efeitos à saúde mental da doença, inclusive questões acentuadas durante a pandemia e o isolamento social. Uma vez que são similares aos de outras doenças, como tendinite, ou à prática inadequada e intensa de exercícios, a fibromialgia nem sempre é diagnosticada e tratada como o esperado.

Embora ainda não tenha cura, há tratamentos promissores para controlar os sintomas da fibromialgia. Alongamentos, exercícios físicos de baixa intensidade e o uso de medicações apropriadas, como os analgésicos, por exemplo, são opções eficazes, bem como a acupuntura. Mas o ideal é procurar ajuda médica para obter um tratamento personalizado e condizente com as necessidades de cada paciente.

No mês de maio, vale reforçar mais uma vez que a fibromialgia existe e, quem conta com esta condição delicada, merece ser tratado com respeito.





Marcelo Valadares - neurocirurgião, médico da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Hospital Israelita Albert Einstein.

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