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terça-feira, 11 de maio de 2021

Angioedema hereditário: falta de conhecimento resulta em diagnóstico que pode demorar até 16 anos

Inchaços deformantes são confundidos com reações alérgicas

Doença pode levar a óbito

16/05 – Dia Mundial de Conscientização do Angioedema Hereditário

 

De 13 a 16 anos! Esse é o tempo que leva para se chegar ao diagnóstico do angioedema hereditário, doença de origem genética e com 50% dos casos podendo ser transmitidos para a prole. No maior número de casos, a doença ocorre por deficiência de um regulador (Inibidor de C1), que resulta na produção excessiva de uma molécula chamada bradicinina.

Considerado raro, o angioedema hereditário atinge cerca de 1 a cada 50 mil pessoas. “Mas acreditamos que a doença seja subestimada em razão do atraso no diagnóstico”, comenta Dra. Luiza Karla Arruda, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e membro do GEBRAEH – Grupo Brasileiro de Estudos de Angioedema Hereditário.

Os sintomas da doença são crises de edema ou inchaços, podendo ocorrer principalmente na pele, lábios, olhos, extremidades e genitais. Esse inchaço é bastante deformante. Outro tipo de sintoma que ocorre com certa frequência acomete os órgãos internos, no trato intestinal, com extravasamento de líquido na cavidade abdominal resultando em dor intensa, náuseas, vômitos e diarreia.

“Outro sintoma menos frequente, porém, mais preocupante, é o edema das vias aéreas, como na língua, palato e glote, podendo levar à asfixia e óbito”, alerta Dra. Luiza Karla.

 

Doença desconhecida – O angioedema hereditário ainda é pouco conhecido entre a classe médica, e não apenas no Brasil, mas no mundo. O Dr. Régis Campos, Coordenador do Departamento Científico de Imunobiológicos da ASBAI, explica que quando a pessoa chega ao pronto-socorro com inchaços em lábios, olhos, por exemplo, a suspeita sempre será de alguma reação alérgica. Se o sintoma for dor abdominal, abre-se um leque de possibilidades para outras causas. “Mas é raro o médico pensar no angioedema hereditário”, conta Dr. Campos.

Porém há diferenças entre reação alérgica e o angioedema hereditário. Na alergia, quando é administrado o anti-histamínico, os sintomas melhoram. “No angioedema hereditário os antialérgicos não fazem efeito e os sintomas podem demorar de cinco a sete dias para começarem a diminuir”, explica o especialista da ASBAI, que também é presidente do GEBRAEH.

O diagnóstico definitivo é genético e mostra a variante que cada paciente carrega.


Desencadeante das crises - Embora seja uma doença genética, existem fatores que ajudam a desencadear as crises e um dos principais é o uso de estrógeno. “É muito comum na menina que começa a tomar contraceptivo”, comenta Dra. Luiza Karla. Reposição hormonal, traumas, como tratamento dentário, ansiedade - já que a imprevisibilidade das crises causa insegurança e medo no paciente - além do estresse também estão entre os principais provocadores de crises.


Tratamento via judicial – Nos últimos 10 anos houve um avanço significativo no tratamento de angioedema hereditário, tanto com medicações para as crises quanto no controle da doença. Uma dessas medicações é o icatibanto, indicado para os períodos de crise, administrado de forma subcutânea e aprovado para uso em pacientes a partir de dois anos de idade. Também pode ser utilizado para as crises o concentrado do C1 inibidor derivado do plasma por via venosa. Para evitar as crises, o mais indicado é a reposição regular por via venosa do concentrado do C1-inibidor derivado do plasma ou o anticorpo monoclonal anti-calicreína por via subcutânea.  Quando não há possibilidade de usar um desses medicamentos se utiliza os andrógenos atenuados e o ácido tranexâmico, que são administrados por via oral para uso diário.

O problema maior para os pacientes de angioedema hereditário é a dificuldade no acesso aos medicamentos. Infelizmente, no SUS, estão disponíveis apenas os derivados de hormônios andrógenos atenuados ou tratamento com plasma fresco. O inibidor de C1 derivado de plasma, o anticorpo monoclonal anti-calicreína e o inibidor do receptor de bradicinina não estão disponíveis, apesar da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que leva à judicialização do tratamento por causa do alto custo destas medicações.

As diretrizes internacionais, assim como a brasileira, recomendam que todo paciente com angioedema hereditário deve ter acesso à uma das medicações de resgaste aprovadas.

 

COVID – A recomendação da ASBAI é que o paciente tome a medicação diária para evitar as crises e que tenha a medicação indicada em caso de crise para não precisar ir ao pronto-socorro durante a pandemia.

“Estudos em andamento na América Latina estão mostrando que pacientes com angioedema hereditário não têm maior risco para contrair covid-19. Fazem parte do estudo mais de 60 pacientes com angioedema hereditário, positivados para Sars-COV-2 e, até o momento, a doença não conferiu um risco maior para as complicações graves da covid-19”, comenta Dra Luiza Karla. 




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Mesmo com metástase, terapias podem prolongar vida do paciente, explica médico da Unifesp

O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta que novas drogas têm permitido ampliar sobrevida


A metástase é um processo de disseminação das células cancerosas, que alcançam outros órgãos e tecidos por meio da corrente sanguínea ou dos vasos linfáticos. "Para cada caso, o médico tem uma avaliação. Pacientes nessa situação podem conviver com a doença por anos até. Hoje, novos medicamentos têm contribuído para reduzir os impactos dos processos metastáticos", explica o oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

A estratégia de tratamento dos pacientes com metástase é individual e varia entre as pessoas. "Podemos ter dois indivíduos com um câncer no estômago, mas o tratamento vai depender da avaliação da situação de cada um e a abordagem que podemos dar. Em alguns casos, combinamos cirurgia e quimioterapia. Em outros, podemos utilizar novas técnicas de imunoterapia", explica o pesquisador da Unifesp.

Na imunoterapia, há estímulo do sistema imunológico no combate às células cancerígenas, bloqueando as engrenagens que elas usam para enganar as defesas com a liberação de proteínas, que se encaixam em receptores dos linfócitos T. "Com a técnica, eles identificam e ordenam que outras células destruam os patógenos, que são agentes infecciosos", explica o oncologista.

Na maioria dos casos de metástase, a quimioterapia é um dos procedimentos mais indicados. Segundo Ramon Andrade de Mello, ela atua de maneira sistêmica, em todo o organismo: "Uma das desvantagens é que esse procedimento afeta também as células normais, o que provoca reações no paciente".

 

 



Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).

http://ramondemello.com.br/

Implante dentário é melhor alternativa, mas ainda custa caro

Custos altos e que cobrem apenas a colocação ainda impedem boa parte da população de inserir o implante, considerado mais seguro e eficiente que as próteses

 

Os implantes dentários são hoje a melhor alternativa para a substituição de dentes em quem está apto, em termos de saúde, a recebê-los. Na batalha contra as próteses fixas, eles ganham em diversos quesitos: estética, durabilidade, fixação, preservação do osso e dos dentes vizinhos. Antes acessíveis apenas para uma parcela abastada da população, os implantes vêm ganhando terreno em virtude da diminuição do valor, mas ainda são inacessíveis para muitas pessoas.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (Abimo), cerca de 800 mil implantes são colocados anualmente no Brasil. É um número expressivo, mas que revela uma diferença abissal entre precisar e poder: 50% da população brasileira adulta, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), têm 20 ou menos dentes funcionais, sendo que a arcada dentária completa conta com 32 dentes.

Entre as classes B, C e D, pagar um implante dentário que custa, em média, R$ 4 mil, pode ser inviável. Isso porque o valor, além de alto, cobre apenas a colocação do implante, não englobando alguns procedimentos prévios necessários, como a extração do dente anterior, tomografia e enxerto ósseo.

Nesse cenário, a perda de dentes ainda é o segundo fator que mais prejudica a qualidade de vida de pessoas entre 45 e 70 anos. A conclusão é da pesquisa “Percepções Latino-americanas sobre Perda de Dentes e Autoconfiança”, realizada pela Edelman Insights, que ouviu 600 latino-americanos, entre eles 151 brasileiros. Os pesquisadores apontaram também que 32% dos entrevistados se sentem impedidos de ter um estilo de vida saudável e ativo devido à baixa autoestima, dificuldade de mastigação e outras questões associadas à ausência de dentes.

Para possibilitar que um público mais amplo tenha acesso aos implantes dentários, a empresa carioca MaisDental.com desenvolveu um plano odontológico por um valor abaixo do mercado que contempla não só o implante em si, mas também os procedimentos necessários à inserção do implante e à manutenção da saúde bucal como um todo. É a forma que eles encontraram de democratizar o tratamento bucal de qualidade, envolvendo da prevenção de doenças bucais ao implante.

“Com esse plano novo, tivemos o cuidado de incluir todos os procedimentos de que o paciente necessita antes do implante. Assim, não só devolvemos a autoestima e a qualidade de vida desses pacientes, como também promovemos sua saúde bucal completa. Queremos que essas pessoas voltem a sorrir”, comenta o dentista e diretor executivo da MaisDental.com, Fábio Calazans.

Para elaborar os procedimentos odontológicos e treinar os profissionais que atendem os pacientes, a empresa convidou o presidente da Academia Brasileira de Odontologia, membro da Academia Americana de Implantologia Oral e da Academia Europeia de Osseointegração, Mario Groisman. O plano está à venda no site da empresa, o www.maisdental.com.

“A minha história com a implantodontia começou em 1984. Desde então, acompanho a evolução da especialidade, com foco no bem-estar dos pacientes. Ao longo dos anos, o custo foi, sem dúvida, o fator que mais inviabilizou a realização desse tipo de procedimento. À medida que buscamos democratizar essa técnica de reabilitação oral, mais pessoas se previnem de problemas causados pela ausência de um ou mais elementos dentários e ganham qualidade de vida, por causa dos seus benefícios funcionais e estéticos”, ressalta Groisman, que também é dentista de várias celebridades.


Vantagens dos implantes dentários

Os implantes dentários representam a opção mais indicada para pacientes adultos aptos, sendo contraindicado apenas para pessoas com condições metabólicas não compensadas, como diabetes, alterações sanguíneas e doenças periodontais. No entanto, é a avaliação do especialista que vai determinar se a pessoa pode ou não fazer o implante.

Uma das vantagens do procedimento é a qualidade da coroa do implante, sendo uma cópia perfeita do dente. Em relação à durabilidade, o implante sai na frente em relação às próteses fixas e móveis: com a devida higienização, o implante pode durar 25 anos ou mais, diferente das próteses, cuja durabilidade é, em média, de cinco anos.

A fixação impecável também é um diferencial. O implante é uma estrutura que fica “ancorada” na estrutura óssea da boca. Um pino de titânio é fixado no osso da gengiva, substituindo a raiz do dente natural. Isso possibilita maior potência mastigatória, conforto e mais segurança para a pessoa, aumentando até a autoconfiança. A prótese móvel, por sua vez, não garante tanta segurança e fixação.

Diferente da prótese fixa, que repõe apenas um ou alguns dentes, e da prótese móvel, cuja função é preencher a arcada dentária inteira, o implante é versátil, podendo substituir um dente ou todos eles.

Outro ponto positivo do implante em relação à prótese fixa é a preservação dos dentes adjacentes. Para a colocação da prótese fixa, é necessário o desgaste dos dentes vizinhos ao artificial, o que representa uma perda biológica considerável, já que mexe com dentes saudáveis. Oposto a isso, o implante não demanda intervenção nos dentes ao lado.

Até mesmo a estrutura óssea é beneficiada com o implante dentário. As próteses fixas e móveis são superficiais, ou seja, ficam acima da gengiva. Isso provoca a reabsorção da estrutura óssea, pois não há estímulo. O implante dentário não só preserva o osso como, quando necessário, é antecedido por um procedimento de enxerto ósseo, mantendo a saúde dos ossos bucais.


Quais os cuidados necessários durante uma gravidez de gêmeos ou múltiplos?

Esse tipo de gestação apresenta mais riscos e causa muitas dúvidas nas futuras mamães


Em "Amor de Mãe", telenovela da TV Globo, a personagem Lourdes, interpretada por Regina Casé, simbolizou o zelo, a dedicação e, principalmente, a força de uma mãe para manter toda sua família unida. Ao final de cada capítulo, a teledramaturgia retratava como a arte imita a vida e transmitia histórias reais, que em poucos segundos descreviam como o amor maternal é capaz de superar qualquer dificuldade.

Com a chegada do Dia das Mães, agora em 9 de maio, se reforça a reflexão acerca da importância da figura materna. É preciso ressaltar que a complexidade que envolve a maternidade se inicia logo com a descoberta da gravidez. Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , destaca que não é fácil passar pelas alterações comuns durante o período de gestação. "Mudanças hormonais, no peso e no fluxo sanguíneo são alguns dos fatores a serem enfrentados quando está se esperando um bebê", aponta.

E imagine ter todos esses sintomas redobrados quando existe mais de um bebê em formação. Um estudo publicado na revista Obstetrics & Gynecology mostrou que a gravidez de múltiplos ou triplos aumentou significativamente nas últimas décadas. Segundo o médico, isso deve-se ao crescimento dos partos assistidos: "Muitos casais decidem ser pais mais tardiamente, fazendo com que a fertilização in vitro seja o principal meio de atingir esse objetivo", explica.

De acordo com Dr. Renato, a gravidez múltipla ocorre quando o útero desenvolve dois ou mais embriões. A partir dessa formação, a gestante tem mais chances de desenvolver diabetes e hipertensão gestacional, conhecida como pré-eclâmpsia, além de anemia e ruptura de membranas. "O corpo da mulher faz um esforço ainda maior para nutrir e carregar os fetos", informa. O médico comenta que com o tempo é comum sentir os efeitos do excesso de peso, aumento da frequência cardíaca e sobrecarga dos músculos.

Dessa forma, o acompanhamento do pré-natal se faz mais importante do que nunca. As consultas que em uma gestação normal são realizadas uma vez por mês, no caso da gravidez de gêmeos ou múltiplo elas, devem acontecer a cada duas semanas, pois se apresenta mais risco. "No início, a maior preocupação deve ser o aborto espontâneo, no decorrer dos nove meses, será com o desenvolvimento dos bebês. Além disso, há grandes chances de um parto prematuro", relata o especialista. Possíveis comorbidades também podem ser identificados nas visitas ao ginecologista. "Repouso e boa alimentação são cuidados essenciais que podem garantir a segurança da mãe e de seus filhos. Também é imprescindível a compreensão dos pais em seguir todas recomendações médicas", adverte.

Para auxiliar nas dúvidas que surgem no período gestacional, a Criogênesis também oferece cursos de gestantes gratuitos. Além disso, o grupo aposta em uma ciência assertiva para o tratamento futuro das crianças que nascem com alguma doença por meio da coleta de células-tronco do sangue e tecido do cordão umbilical. "O armazenamento desse material é mais uma das formas de demonstração de amor e zelo dos pais pelo seu filho, afinal, através dele é possível o tratamento de diabete do tipo I, acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, Transtorno do Espectro do Autismo, Parkinson e Alzheimer", destaca o médico.

 


Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br


Como convencer a criança a usar os óculos de grau

Crianças como erros refrativos precisam usar as lentes corretivas para garantir pleno desenvolvimento visual e neuropsicomotor


Os erros refrativos, como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia, são os problemas visuais mais comuns na idade escolar. Felizmente, são condições oculares que podem ser corrigidas com o uso de óculos. Entretanto, nem todas as crianças podem reagir positivamente à necessidade das lentes corretivas.
 
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em Estrabismo, a reação dos pais no momento do diagnóstico é muito importante para a aceitação da criança em relação ao uso dos óculos.
 
“É importante que os pais compreendam que os erros refrativos, geralmente, não causam problemas oculares graves. Porém, é preciso corrigi-los o quanto antes para garantir que a criança tenha um desenvolvimento visual adequado. Inclusive, a falta da correção impacta diretamente no desenvolvimento neuropsicomotor e na vida escolar”, ressalta Dra. Marcela.


 
Segurança é fundamental

No momento do diagnóstico, os pais precisam passar segurança para que a criança entenda que o uso de óculos trará benefícios na escola, nos esportes e na vida social.
 
“Em muitos casos, os pais ficam assustados com a notícia e podem mandar uma mensagem errada para a criança. Uma das razões pode ser porque sofreram bullying quando frequentavam a escola ou simplesmente porque não conseguem aceitar o diagnóstico”, diz a médica.


 
Bebês costumam aceitar melhor

De acordo com especialista, por incrível que pareça, os bebês ou crianças menores costumam aceitar melhor a necessidade de usar óculos. "Geralmente, bebês e crianças pequenas não têm grandes problemas em usar o acessório e a adaptação é bastante tranquila". 
 
Contudo, como toda regra tem sua exceção, alguns bebês podem se incomodar sim com os óculos. “Nesses casos, é preciso muita perseverança, muita paciência dos pais e muita parceria com o oftalmopediatra para conseguir uma adaptação sem traumas”, diz Dra. Marcela.


 
Consulta preventiva
 
Toda criança precisa passar por uma consulta com um oftalmopediatra, preferencialmente no primeiro ano de vida. “Muitas crianças, mesmo com graus muito altos, não demonstram dificuldade para enxergar como os adultos”, cita a especialista.
 
Isso ocorre por dois motivos. “O primeiro é porque quando a criança nasce com um erro refrativo, ela ainda não entende que a maneira que ela está enxergando está embaçada ou inadequada. Com isso, ela se adapta àquela visão”, comenta Dra. Marcela.  
 
Outro motivo é que os pequenos têm uma capacidade muito grande de compensar graus bastante elevados. Com isso, não demonstram que estão com dificuldades para enxergar.
 
No Brasil, infelizmente, os pais não têm o costume de fazer consultas oftalmológicas preventivas de forma precoce. Com isso, chegam ao consultório quando as dificuldades de aprendizado começam a surgir.
 
“Algumas vezes, esse atraso no diagnóstico pode levar à ambliopia, que nos casos dos erros refrativos está relacionada a diferença de grau de um olho para outro. O cérebro acaba preferindo a imagem captada pelo olho com menor grau e isso afeta o desenvolvimento visual do olho com maior grau”, reforça Dra. Marcela.

 
Dicas para o uso de óculos na infância
 

  1. Procure na internet fotos de pessoas famosas, ex-jogadores ou jogadores de futebol, esportistas, cantores e cantoras que fazem uso do acessório, reforçando para a criança que não há nada demais nisso e que o uso dos óculos traz uma série de vantagens
  2. Leve a criança para participar da escolha da armação, principalmente os maiores
  3. Faça uma lista dos familiares mais próximos que também usam óculos
  4. Peça a ótica que coloque prendedores nos óculos para facilitar a prática de esportes
  5. Para os menores, o ideal é escolher modelos de silicone, pois são mais resistentes a quedas e ao manuseio
 
“Vale lembrar que o crescimento pode alterar o grau, uma vez que o olho cresce também. Portanto, quando a criança tem um erro refrativo, o acompanhamento com o oftalmopediatra deve ser regular, principalmente quando o grau é alto”, finaliza Dra. Marcela.


Doenças no Sangue: Saiba mais sobre a composição sanguínea e quais as suas principais enfermidades

O sangue é um tecido vivo, produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e esterno. Ele circula pelo corpo levando oxigênio e nutrientes a todos os órgãos. O plasma, parte líquida do sangue, é composto por 90% de água, proteínas e sais, e representa, aproximadamente, 55% do volume de sangue circulante no corpo.

Por meio do sangue, são levadas para nosso organismo as substâncias necessárias para a manutenção da vida nas células, como: proteínas, enzimas, hormônios, fatores de coagulação, imunoglobulina e albumina.

As hemácias, que também são conhecidas como glóbulos vermelhos, receberam esse nome por causa do alto nível de hemoglobina, que por sua vez, é uma proteína que contém ferro e é predominantemente vermelha. A hemoglobina possibilita que as hemácias transportem oxigênio para todas as células do corpo e transportem também o dióxido de carbono, que é produzido pelo organismo.

Os leucócitos, também chamados glóbulos brancos, ajudam na defesa do organismo e são acionados em casos de infecções. Eles atuam nos tecidos com objetivo de destruir os agressores, como vírus e bactérias.

Compondo o sangue, também temos as plaquetas, que são pequenas células que participam no processo de coagulação sanguínea, agindo diretamente nas hemorragias.

Por ser de extrema importância e possuir diversas funções no organismo, é comum que o sangue esteja sujeito a diversos tipos de doenças, que na maioria dos casos, levam ao comprometimento da produção de seus componentes. Algumas podem ser tratadas com facilidade, porém, há doenças no sangue que podem ser fatais.

Os problemas relacionados ao sangue podem afetar qualquer uma das partes, como os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e até o próprio plasma.

Existem inúmeros fatores causadores de doenças no sangue, sejam hereditários ou adquiridos. Dentre as diversas doenças, a doutora Dra. Youko Nukui, hematologista do Hospital IGESP destaca as principais enfermidades:

 

Tromboses venosas e arteriais:

A Trombose acontece quando há formação de um coágulo na circulação, resultando na obstrução do fluxo de sangue. As Tromboses podem ser venosas ou arteriais, de acordo com a parte da circulação que atingem. As arteriais representam a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

Já as Tromboses Venosas, compreendem a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP). Embora menos frequentes que as tromboses arteriais, estas duas condições também representam importantes causas de morbidade e mais raramente, mortalidade.

 

Leucemia:

A Leucemia é uma doença maligna que atinge os glóbulos brancos, na maioria dos casos, a causa para o surgimento é desconhecida. Sua principal característica é o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Nesta doença, uma célula sanguínea que não atingiu a maturidade sofre uma espécie de mutação genética, que a transforma em uma célula cancerosa. Com isso, essa célula anormal não trabalha de maneira correta, se multiplicando mais rapidamente e morrendo menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea são substituídas aos poucos por células anormais cancerosas.

Existem mais de 12 tipos de Leucemia, sendo que os quatro primários são: Leucemia Mieloide Aguda (LMA), Leucemia Mieloide Crônica (LMC), Leucemia Linfocítica Aguda (LLA) e Leucemia Linfocítica Crônica (CLL).

 

Anemia:

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a Anemia como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal, como resultado da falta de um ou mais nutrientes essenciais. Porém, a Anemia causada por deficiência de ferro, denominada Anemia Ferropriva, é muito mais comum que as demais – estima-se que 90% das Anemias são causadas por carência de ferro.

 

Doenças Hemorrágicas:

Esse tipo de doença tem como característica o sangramento excessivo, que pode ser espontâneo ou associado a algum trauma ou cirurgia. Pode acontecer na pele (equimoses e hematomas) ou atingir órgãos internos (sangramento intestinal, urinário ou uterino).

“O tratamento para doenças no sangue precisa ser prescrito por um médico especialista. Para cada quadro clínico, existe o seu tratamento adequado. É necessário avaliar, por exemplo, o tipo de doença e grau de evolução. Por exemplo, em casos de câncer, são utilizadas como tratamento a quimioterapia citotóxica, imunoterapia, radioterapia e, em casos específicos, a cirurgia”, finaliza a médica.


As queixas da Fibromialgia não são "imaginárias"

No dia 12 de maio foi instituída uma data específica para a conscientização da Fibromialgia, doença caracterizada por queixas de dores musculoesquelética difusas e persistentes. Imagine: além de conviver com dores crônicas e fadiga, o paciente ainda preciso driblar o preconceito de quem acha que seu sofrimento é imaginário.


Muitas vezes desacreditados por não possuir outros sintomas aparentes, o paciente sofre preconceito de familiares, amigos ou por colegas de trabalho o que é, além de tudo, um gatilho para quadros depressivos, ansiedade, deficiência de memória e desatenção. Estudos clínicos, inclusive, apontam o aumento de estresse na vida dessas pessoas, inclusive se multiplicando na pandemia.

A fibromialgia é uma doença que envolve, entre outras coisas, uma alteração nos centros do cérebro de percepção dolorosa. O paciente possui, portanto, uma sensação aumentada à dor. Embora hoje possa ser tratada por especialidades como reumatologia e medicina da dor, ela é um problema de origem neurológica.

Estima-se que a doença acometa em torno de 150 milhões de pessoas no mundo, incidindo principalmente em mulheres, entre 35 e 44 anos, e sedentárias. Os homens, no entanto, também podem ter a condição. No Brasil, cerca de 4,8 milhões de pessoas possuem Fibromialgia, mas apenas 2,5% dos pacientes recebem tratamento adequado.

Entre os principais sintomas estão dores musculares fortes em diferentes regiões do corpo, além de fadiga crônica, sensação de formigamento nas mãos e nos pés, enxaqueca, rigidez muscular, dor após qualquer esforço físico e anormalidades no sono. Pesquisas também indicam os efeitos à saúde mental da doença, inclusive questões acentuadas durante a pandemia e o isolamento social. Uma vez que são similares aos de outras doenças, como tendinite, ou à prática inadequada e intensa de exercícios, a fibromialgia nem sempre é diagnosticada e tratada como o esperado.

Embora ainda não tenha cura, há tratamentos promissores para controlar os sintomas da fibromialgia. Alongamentos, exercícios físicos de baixa intensidade e o uso de medicações apropriadas, como os analgésicos, por exemplo, são opções eficazes, bem como a acupuntura. Mas o ideal é procurar ajuda médica para obter um tratamento personalizado e condizente com as necessidades de cada paciente.

No mês de maio, vale reforçar mais uma vez que a fibromialgia existe e, quem conta com esta condição delicada, merece ser tratado com respeito.





Marcelo Valadares - neurocirurgião, médico da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Hospital Israelita Albert Einstein.

A idade da mulher e a cirurgia plástica

Para muitas mulheres, os procedimentos estéticos cirúrgicos são a melhor maneira de buscar uma melhor versão delas mesmas. Nas mãos e bisturis dos milhares de cirurgiões plásticos, elas depositam a confiança de que serão mais felizes após realizarem os tão sonhados procedimentos estéticos. O fundador da  Academia da Pele, uma startup criada para revolucionar e democratizar o autocuidado, Dr. Eduardo Kanashiro, nos traz a visão de quais são as intervenções mais buscadas por elas em cada faixa etária.


Aos 20 anos

Ao sair da adolescência, a autocrítica é muito grande e, muitas vezes, até exagerada. Os jovens dessa faixa etária se olham muito no espelho, fazem as famosas selfies  e também buscam se adequar dentro de um padrão, na maioria das vezes, estimulados por personalidades e pelo uso excessivo de filtros nas redes sociais. As mulheres, principalmente, buscam uma autoimagem que reforce a sua sensualidade. Nesse sentido, o nariz tem um impacto muito profundo na aparência - que também pode ser fruto de algum trauma anterior causado por bullying - e o aumento dos seios, como sinônimo de feminilidade. 

 

Aos 30 anos

É uma faixa etária marcada pela gravidez, tendo em vista que a grande maioria das mulheres opta por filhos após os 30 anos.  De fato, a gestação pode provocar alterações importantes no corpo da mulher, afetando a autoestima e a confiança das pacientes. Estrias, gordura localizada, além de flacidez nas regiões do abdome e seios, são alguns exemplos de queixas das mulheres.

A correção desses desconfortos pode ser realizada por procedimentos cirúrgicos isolados ou combinados, como propõe o Mommy Makeover. As cirurgias mais buscadas nessa faixa etária são: mastopexia, abdominoplastia e lipoaspiração.

 

Após os 40 anos

Dos 40 anos em diante, as cirurgias mais procuradas visam o rejuvenescimento - principalmente facial - como o Face Lifting e a Blefaroplastia. As cirurgias têm como objetivo reverter o processo de envelhecimento e funcionam através do ‘descolamento’ da pele e reposicionamento dos tecidos. Além disso, o Face Lifting trabalha também com a musculatura da face e promove uma melhor sustentação. Outros procedimentos muito comuns nessa idade são o botox, os preenchedores faciais e os tratamentos que estimulam colágeno, como laser, ultrassom microfocado e os bioestimuladores injetáveis.

 

Terceira idade

Ultrapassar os 60 anos não significa que o indivíduo deixou de se amar e ser vaidoso. Muito pelo contrário: atualmente esse público tem se cuidado muito mais, já que a terceira idade está cada vez mais ativa. Por isso, percebemos um crescimento na busca por cirurgia plástica na terceira idade.

Entre as cirurgias plásticas, além das citadas anteriormente, são bastante comuns aquelas que tratam excesso de pele e flacidez dos braços (braquioplastia), coxas (dermolipectomia de coxas), bem como os procedimentos adjuvantes para as mãos, colo, região dos lábios e até para diminuir os lóbulos das orelhas.

 

“Gosto sempre de reforçar que a cirurgia plástica vai muito além da estética, tendo impacto importante na vida do paciente, do ponto de vista de sociabilidade. Porém, é dever do médico ser muito transparente com relação às expectativas do paciente e nunca prometer resultados. Por mais habilidade que tenha o cirurgião, a particularidade de cada paciente é fundamental nos resultados”, afirma o Dr. Kanashiro. 

 



Dr. Eduardo Kanashiro -Médico pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (UNILUS), com residência em Cirurgia Geral pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP), Cirurgia Plástica pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e Cirurgia Crânio Maxilo Facial pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).  Além da Academia da Pele, o Dr. Eduardo também é fundador da Clínica Due e foi Investidor Anjo e board advisor da MedRoom, startup brasileira focada no desenvolvimento de aplicações para treinamento em saúde com realidade virtual, vencedora do BIG Starter 2017 com o melhor jogo de educação e finalistas no Serious Games Showcase & Challenge 2017, vendida recentemente para o Grupo Anima. O médico também pertence à associação de investidores anjo BR Angels, formada por mais de 100 CEOs e empreendedores de grande relevância nacional e internacional.


Quais os melhores procedimentos estéticos para fazer no inverno?


A estação mais fria do ano também é a
mais indicada para tratamentos e cirurgias plásticas 

 

De acordo com o cirurgião plástico, Dr Alan Landecker, realizar alguns procedimentos estéticos e intervenções cirúrgicas nos meses mais frios é uma orientação médica, para um pós-operatório ou pós-procedimento mais tranquilos. Isso porque as temperaturas mais baixas facilitam a cicatrização, a aplicação de medicamentos tópicos e a eliminação do sol nas primeiras semanas.   

Veja os mais procurados na estação: 

 

Peeling químico 

Ao remover as camadas mais externas e danificadas da pele, ele estimula a formação de um novo tecido. Desta forma, manchas, cicatrizes e até rugas são suavizadas, deixando a aparência mais jovem.  

São usados ácidos para estimular a descamação da pele, deixando o rosto muito sensível à luz. Durante o processo de renovação celular, deve-se evitar a exposição ao sol, sob o risco de aparecerem manchas indesejadas. 

 

Microdermoabrasão – Peeling Físico 

Esse procedimento consiste em remover as camadas superficiais da pele com microcristais, que atuam como esfoliantes. Assim como o peeling químico, é indicado para prevenir e suavizar manchas e rugas. Essa técnica pode ser usada, ainda, para tratar estrias. 

 

Laser de CO2


Muito procurado por mulheres de pele madura, auxilia na retirada de rugas, com efeito rejuvenescedor. Provoca uma espécie de queimadura na pele. Na cicatrização, a derme se retrai e produz colágeno. A eficácia é maior, mas a recuperação é um mais lenta, sendo os raios solares muito prejudiciais. É ideal também para quem tem cicatrizes de acne. 
 

Além dos tratamentos estéticos, a procura por cirurgias plásticas aumenta de maneira considerável no inverno. Apesar de poderem ser feitas em qualquer época do ano, quando o assunto é recuperação, a realização durante os meses com temperaturas mais baixas apresenta vantagens.  

Entre as cirurgias mais desejadas, destacam-se: 

 

Rinoplastia 

Rinoplastia - imagem divulgação


Procedimento cirúrgico que harmoniza o tamanho e o formato do nariz, além de proporcionar a correção de alguns problemas respiratórios. A intervenção é feita diretamente na estrutura do nariz e, após a cirurgia, exige-se repouso nas primeiras semanas. Quando realizada no inverno, pode dar ao paciente resultados mais rápidos, na medida em que o inchaço é menor. 

 

Mamoplastia de aumento 

Consiste em dar mais volume e equilíbrio aos seios, através de próteses de mama. A cirurgia traz maior harmonia ao corpo, contribuindo para o aumento da autoestima.  

As vantagens de realizá-la durante o inverno estão ligadas, especialmente, ao conforto que a paciente terá ao utilizar o sutiã pós-cirúrgico, peça fundamental para o sucesso da cirurgia, além, do repouso. 

 


 

 

Dr Alan Landecker - Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da (Sociedade Internacional de Rinoplastia) com cerca de 15 anos de experiência. É formado em medicina e cirurgia geral pela Universidade de São Paulo (FMUSP) CRM-SP 87043 e em Cirurgia Plástica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Clínica Ivo Pintanguy. Especialista em rinoplastia estruturada primária e secundária (Rhinoplasty Fellow) pela University of Texas Southwestern em Dallas, Texas, EUA, sob o Dr. Jack P. Gunter. É precursor da Rinoplastia Piezoelétrica Balanceada (RPB) que tem por base utilizar a técnica inovadora de piezoelétrica (ultrasônica) aliada às técnicas cirúrgicas de rinoplastia estruturada e preservadora com o objetivo de realizar uma cirurgia capaz de oferecer o máximo de previsibilidade, com o menor trauma cirúrgico possível e minimizar as chances de complicações, além de facilitar eventuais reoperações. www.landecker.com.br 

 

 

 

 

 

PMMA sendo utilizado no lugar de ácido hialurônico em preenchimentos faciais com danos permanentes

 Em busca de harmonização facial ou de pequenas intervenções estéticas, um número cada vez maior de pessoas vem sendo lesadas por "pseudo" profissionais não capacitados e que utilizam substâncias nocivas


É crescente a busca por procedimentos estéticos e entre eles está a harmonização facial, onde pequenas imperfeições como olheiras, rugas, lábios finos, entre outros, são corrigidos por meio de preenchimentos.

A opção mais segura utilizada pelos dermatologistas para esses fins é o ácido hialurônico que, por sinal, deve ser aplicado apenas por um profissional capacitado, preferencialmente, por um dermatologista, que conhece e estudou a fundo as características da pele, vasos, nervos e músculos. 

No entanto, são cada vez mais comuns matérias sobre procedimentos mal sucedidos, com a substituição de ácido hialurônico pela substância sintética PMMA, cujo custo é consideravelmente menor e sem a mesma segurança e resultado do ácido hialurônico, que é reabsorvido pelo organismo em alguns meses.

Como explica o diretor da rede de clínicas dermatológicas Meu Dermato, o médico dermatologista Guilherme Kenji Ito, o ácido hialurônico tem a função de preencher pequenas imperfeições, volumizar e sustentar regiões da face com perdas de volume pelo processo de envelhecimento. “Com a técnica MD Codes é possível sustentar a pele, promovendo um efeito lifting e consequentemente a melhora de ‘rosto derretido’. Utilizamos para preenchimento de lábios, volumização da região malar (bochechas), olheiras profundas e hidratação facial”, diz. 

Preenche regiões com perdas de volume e também hidrata a pele. “Ele não causa rejeição porque é um componente da pele, considerado um hidratante natural, totalmente diferente do PMMA, que é uma substância sintética”, afirma Ito. 

O médico orienta, ainda, sobre a importância de se certificar sobre a qualificação do profissional, certificações e também sobre o produto que será utilizado, assim como a quantidade. “O recomendado é que a embalagem do produto seja aberta na frente do paciente, de modo que ele possa conferir qual a substância, validade e dosagem”, conclui.

 


Meu Dermato

www.meudermato.com.br


Queda de cabelo é um dos sintomas pós-Covid que pacientes têm enfrentado atualmente

A pessoa que teve covid enfrenta diversos sintomas que podem aparecer depois de um período de ter contraído a doença. Uma dessas consequências pode ser a queda de cabelo. Para isso o médico dermatologista Baltazar Sanabria, especializado em transplante capilar, esclarece que doenças infecciosas podem desencadear essa perda de cabelo, e é chamada de eflúvio telógeno agudo.

Em média, após três meses que a pessoa contraiu coronavírus pode começar a queda de cabelo. Essa infecção faz com que o ciclo capilar tenha uma alteração, e isso causa essa perda. Dr Baltazar informa que "na verdade não é uma queda é uma troca, até porque o cabelo cai, só que naquele mesmo momento ele é reposto por outro. Então existe uma alteração de ciclo antes do tempo certo". Isso é mais comum em mulheres do que nos homens.

"Quando o paciente tem a infecção, ele tem uma predisposição a ter esse eflúvio telógeno agudo, e não tem nada que se possa fazer para evitar essa queda. Isso vai acontecer independente de qualquer tratamento, desde que comprovado que a perda de cabelo é em decorrência do vírus. Não existe um tratamento específico para interromper", explica Sanabria.

Sempre que a pessoa perder uma quantidade maior de cabelo é importante procurar um médico especialista para descartar outras causas. É levado em consideração o histórico do paciente e se é em decorrência de doença infecciosa ou não. Vale ressaltar que, às vezes, uma alteração laboratorial ou a deficiência de alguma vitamina também pode justificar essa queda de cabelo.

Para quem tem dúvida sobre a existência de um medicamente para essa solução do sintoma pós-covid, Dr Baltazar fala que não existe um tratamento específico. "A gente vê que 20% dos pacientes com covid que tem essa queixa, realmente não tem nada que faça a queda parar, é só questão do tempo mesmo".

Os que já tiveram coronavírus e querem realizar o transplante capilar, Sanabria destaca que "pode realizar esse procedimento tranquilamente. O paciente tem que estar curado e completamente recuperado para ser submetido a cirurgia até porque é um procedimento que tem uma anestesia local associado a sedação".

Na situação contrária, para pacientes que realizaram o transplante capilar e contraiu covid após a cirurgia, Dr Baltazar esclarece que "não tem problema, essa queda de cabelo é temporária, então vai durar três meses e, em geral, todos os cabelos que caírem serão repostos. Por isso os médicos especialistas falam que na verdade não é uma queda é uma troca".

 



Dr. Baltazar Sanabria, CRM MS 6751 - Formado em medicina pela UFGD (universidade federal da grande dourados), Baltazar Sanabria fez residência em dermatologia pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), é especialista em doenças dos cabelos e couro cabeludo pelo hospital servidor municipal de São Paulo e Fellowship em cirurgia da calvície pela clínica Wels- São Paulo e pela clínica Dr. Alex Gisnburg, em Israel, uma referência no assunto no mundo. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro titular da Sociedade Brasileira de Restauração Capilar.


Prótese mamária e amamentação: é possível conviver em harmonia


As mamas, além de serem a fonte do alimento materno, elas são o símbolo de sensualidade da mulher e desempenham papel fundamental na estética do corpo feminino. Por isso, as cirurgias mamárias estéticas são cada vez mais frequentes, sendo uma das cirurgias plásticas mais realizadas no Brasil e no mundo.

Mas será que a prótese mamária pode interferir na amamentação? O que se deve levar em consideração quando for fazer uma cirurgia mamária?

O cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) Dr. Fernando Amato explica que as cirurgias que não envolvem cortes na glândula mamária, geralmente não interferem na amamentação, como por exemplo na mamoplastia de aumento (prótese de mama) com acesso (corte) realizado no sulco mamário, deixando a prótese localizada atrás da glândula.

“Porém, quanto mais cortes acontecer na cirurgia, mais chance de uma cicatrização da glândula poder interferir em uma futura amamentação. E quando falamos que pode, é porque existe uma chance, muitas vezes pequena, de interferência”, diz o especialista.

O mais importante, segundo o Dr. Amato, é sempre conversar com o médico sobre os riscos existentes e entender qual método será utilizado na cirurgia. Assim, é possível tomar decisões que não tragam arrependimentos futuros.

Abaixo, Dr. Fernando Amato detalha os tipos de cirurgias nas mamas e os cortes que podem ser indicados:

  • Mamoplastia de aumento com implante de silicone: mais conhecida como prótese de silicone.
  • Mamoplastia redutora: consiste na cirurgia para diminuir o volume mamário.
  • Mastopexia: reposicionamento da aréola e pode ser associado ou não a colocação de um implante mamário.

 

Cortes que podem ser indicados pelo cirurgião:

1- sulco mamário

2- axilar

3- periareolar (ao redor do mamilo/bico)

4- vertical

5- em formato de T invertido

6- em formato de L

 

“O mais importante antes da cirurgia plástica é pesquisar se o especialista tem o registro profissional e se é titulado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Isso representa 50% de chance de diminuir possíveis complicações em uma cirurgia. Mais uma orientação que sempre dou é conversar muito com o seu médico, tirar todas as dúvidas que surgirem. Assim, o resultado tende a ser bem satisfatório”, comenda Dr. Amato.

 



Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

 

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