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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Servidor Público da Saúde deve receber indenização por conta do Covid-19

No final de março de 2021, foi publicada uma lei sobre a indenização para profissionais da saúde que ficarem incapacitados para o trabalho de modo permanente ou, ainda, morrerem em razão da covid-19.

Nesse caso, é preciso que a infecção tenha ocorrido durante o estado de emergência de saúde pública de importância nacional, chamado de Espin-Covid-19. Esse estado de emergência teve início em 3 de fevereiro de 2020, mas ainda não tem data de encerramento, pois depende de uma nova regra do Ministério da Saúde.



Quais profissionais da saúde podem receber indenização por conta da pandemia do coronavírus?


A indenização será paga aos profissionais descritos pelo Conselho Nacional de Saúde, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e outros.


Além de profissões correlatas, como assistentes sociais, profissionais que realizam testagem nos laboratórios de análises clínicas, trabalhadores de nível técnico ou auxiliar vinculados às áreas de saúde, agentes comunitários de saúde e de combate a endemias.


Nesse caso, é preciso que os profissionais de saúde e trabalhadores nas demais áreas citadas tenham atendido de forma direta os pacientes com coronavírus ou, ainda, tenham atuado em estabelecimentos de saúde que fazem atendimento a pacientes com a covid-19.


A lista de profissionais de nível superior da área de saúde inclui: assistentes sociais; enfermeiros; farmacêuticos; fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas Ocupacionais. 


Agora, a lista dos trabalhadores de nível técnico e auxiliar que estejam vinculados aos profissionais da área de saúde inclui: técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, técnicos em laboratórios de análise clínica, profissionais que trabalham com testagem nos laboratórios de análises clínicas. 


Ainda, a lei inclui os profissionais que não sejam considerados profissionais de saúde, mas realizaram visitas aos pacientes com Covid-19, como agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde. 


Por fim, os trabalhadores auxiliares que prestaram serviço de apoio nos estabelecimentos de saúde, entre eles: trabalhadores da limpeza, trabalhadores da lavanderia, copeiras, administrativos, segurança, maqueiros, motoristas de ambulância; etc.


Além disso, também estão incluídos os coveiros e agentes funerários.


Ou seja, nessa compensação financeira, foi aplicado um critério amplo para incluir diversos profissionais e trabalhadores da saúde. 


Portanto, o governo deve pagar indenização se ocorrer a morte ou incapacidade permanente para o trabalho do profissional da saúde ou agente comunitário de saúde e de combate a endemias.



Qual o valor da indenização?


Os servidores profissionais da saúde que ficarem incapacitados de forma permanente devem receber uma indenização de R$ 50 mil em parcela única.


Nos casos de morte do profissional, o cônjuge ou companheiro, além de demais dependentes e herdeiros, também devem receber uma parcela única de R$ 50 mil que será dividida de forma igual entre todos os beneficiários.


Além disso, em caso de morte deve ser paga indenização relativa às despesas de funeral.


Apesar da informação de parcela única, o governo federal poderá parcelar as indenizações em até 3 vezes. 


Veja abaixo mais detalhes sobre os dependentes e o adicional no valor da indenização.



Quem são os dependentes?


A Lei nº 14.128/2021, publicada em 26 de março de 2021, trata sobre a compensação financeira para profissionais e trabalhadores de saúde infectados pela Covid-19 (Sars-CoV-2).


Além disso, também fala que os dependentes para receber a indenização são os mesmos descritos na Lei da Previdência Social que trata sobre a pensão por morte.


De acordo com essa lei, existem 3 categorias de dependentes. Confira: 



Categoria 1: os dependentes nessa classe são aqueles familiares mais próximos:o cônjuge (marido/mulher); o companheiro ou a companheira (em união estável);o filho não emancipado de até 21 anos e o filho de qualquer idade, caso ele seja inválido ou tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave.

Esses dependentes não precisam provar que têm dependência econômica em relação à pessoa falecida, apenas o grau de parentesco.


Categoria 2: na classe 2, os dependentes são os pais da pessoa falecida.Porém, eles devem comprovar que dependem financeiramente dessa pessoa falecida para sobreviverem.


Categoria 3: agora, na classe 3 estão os irmãos, que também podem ser dependentes da pessoa falecida. Para os irmãos, também precisam provar que dependem da renda da pessoa falecida para sobreviverem.

Por fim, existe uma ordem de preferência entre essas categorias. Nessa classificação, se houver ao menos uma pessoa em uma classe, exclui as demais categorias.



Onde pedir a indenização?

Ainda não foi criada a regra sobre o órgão que deverá receber os pedidos e efetuar os pagamentos. Mas é provável que seja o INSS, inclusive para os servidores públicos.


Isso porque nos casos de incapacidade permanente para o trabalho, será preciso passar pela perícia médica realizada por um Perito Médico Federal.

 



Agnaldo Bastos - advogado, atuante no Direito Administrativo, especialista em causas envolvendo concursos públicos e servidores públicos e sócio-proprietário do escritório Agnaldo Bastos Advocacia Especializada.


Por que o dólar continua caro e quando o preço vai cair?


Na última quinzena de abril, o dólar ficou abaixo da linha dos R$ 5,50 – um patamar que vem sendo testado desde março. No entanto, esse “meio do caminho” entre R$ 5 e R$ 6 ainda desperta a incerteza se o brasileiro sairá mais forte da crise da Covid-19 ou se perderá o "bonde” da retomada econômica. Mas quais os principais acontecimentos recentes que fazem o preço da moeda estrangeira se manter alto e como deve ser o comportamento do dólar nos próximos meses?

 

Antes de responder e abordar como atual cenário favorece a alta do câmbio, é preciso entender a dinâmica do mercado cambial.

 

Em resumo, o principal componente que define as taxas cambiais é a lei da oferta e demanda: se eu tenho pouco produto e muita gente querendo comprar, o preço sobe. Mas se pouca gente compra, o preço cai. Quando não há intervenção direta na cotação da moeda, essa definição do custo é chamada de câmbio flutuante.

 

No Brasil, o Banco Central intervém no mercado às vezes, praticando os leilões (venda de parte da reserva cambial) para promover maior liquidez. A prática é conhecida como câmbio flutuante sujo. Outros países atuam apenas quando a taxa de câmbio está fora dos limites estabelecidos – o que é chamado de banda cambial.

 

Acontecimentos recentes x Alta do dólar

 

Para que haja abundância de dólar no mercado brasileiro, é necessário que as condições econômicas estejam favoráveis, com juros atrativos para os grandes investidores internacionais, maiores recebimentos por exportações do que pagamentos por importações (fluxo de pagamentos) e ambiente político e econômico de menor risco, por exemplo. São condições que reduzem o preço do câmbio. 

No entanto, é o inverso que está ocorrendo atualmente. A demora da vacinação na segunda onda do coronavírus, a instalação CPI da Covid-19, o impasse nas discussões de reformas e do Orçamento e o atraso na liberação de auxílios emergenciais, por exemplo, provocam um maior risco no cenário nacional, fazendo com que os investidores internacionais tirem o dinheiro do Brasil. Assim, o preço da moeda se mantém alto. 

Dessa maneira, enquanto não fizermos a “lição de casa” para amenizar a turbulência interna, apenas o cenário internacional poderá contribuir com a redução do preço da moeda, já que a situação lá fora está mais positiva – com o avanço na imunização e com os pacotes de estímulos e resultados positivos de empresas. 

Enfim, uma queda mais perceptível no preço do dólar nos próximos meses dependerá da aceleração das políticas públicas de combate à pandemia, do desenrolar das discussões e dos impasses na seara política e do desempenho da economia internacional.

 

Qual o melhor momento para comprar dólar? 

O atual momento de incertezas exige melhor planejamento e acompanhamento da variação cambial para que a compra da moeda seja feita no timing certo. A alta da inflação no Brasil também afeta diretamente na relação de poder de compra entre real e dólar. Assim, é importante contar com a ajuda de especialistas para fazer a “conta” e efetuar as transações de câmbio com menos burocracia e na hora certa.

 

 

Lucas Brigato - assessor de investimentos e sócio da Ethimos.


Dia das Mães: especialista dá dicas para aumentar vendas

Estimulada pela conexão emocional, data é uma das mais importantes para o comércio


O Dia das Mães é uma das datas mais importantes para o comércio e pelo segundo ano seguido será celebrado em plena pandemia. O forte apelo emocional da data é um dos aliados para os comerciantes que apostam nas vendas deste período para diminuir os impactos causados pela quarentena.

Com o abre e fecha do comércio, muitos consumidores migraram para a internet. Mas apesar do crescimento do comércio online, a especialista em Marketing e Estratégias de Vendas Yasmin Melo avalia que lojistas ainda cometem dois grandes erros.

“O primeiro é que todo mundo está vendendo o mesmo e da mesma forma. Um excesso de gatilhos que abusa da paciência do consumidor. E o segundo são as empresas que ainda não estão na internet. São como uma lojinha aberta no meio do deserto”, afirma.  O segundo caso é mais fácil de resolver.  A própria internet tem uma série de cursos, ferramentas e tutorais para seu negócio tornar-se online.

Para quem está na internet, mas fazendo igual ao concorrente, a especialista tem algumas dicas para destacar o negócio:

- crie um nome atrativo para os seus serviços, produtos ou categorias.

- tenha uma empresa com alma. O mais autêntico sempre se destaca. Estratégias de marketing com maior retorno são as que têm alma, as que são diferentes e têm personalidade.

- Venda sem vender. Desperte curiosidades e sensações. Mostre o que mudará na vida do seu cliente após adquirir seu produto ou serviço. Venda a sensação e não o produto.

Yasmin lembra que o Dia das Mães pode ser uma ótima oportunidade para conquistar novos consumidores.  Investir no atendimento, suporte no pós-venda, brindes e serviços diferenciados são ações que também vão ajudar a fidelizar o cliente.

 

Canadá anuncia novo caminho para imigrantes temporários que desejam pedir residência permanente no país


Mais de 90 mil trabalhadores essenciais e graduados poderão se beneficiar com o programa

 


O Ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá, Marco Mendicino, anunciou recentemente que mais de 90 mil trabalhadores considerados essenciais e graduados serão bem-vindos em pedir a residência permanente no país para continuarem a contribuir ativamente com a economia. 

De acordo com Armando Stocco, fundador da Northgate, escritório de consultoria de imigração, localizado em Vancouver, no Canadá, o país continua se movimentando para aumentar cada vez mais a residência permanente. “Eu acredito que toda essa movimentação do governo canadense que estamos vendo nos últimos meses seja resultado do esforço do governo em alcançar a meta de 1 milhão e 233 mil novos imigrantes até 2023”. 

A partir de 6 de maio de 2021, o IRCC (Immigration, Refugees and Citizenship Canada), começará a aceitar inscrições para o pedido de residência permanente para os profissionais e graduados que já estão no país nas seguintes vertentes:

- 20.000 inscrições para trabalhadores temporários na área da saúde

- 30.000 inscrições para trabalhadores temporários em outras ocupações essenciais

- 40.000 inscrições para estudantes internacionais que se formarem em uma instituição canadense 

Para Armando Stocco, que também é consultor regulamentado e representa os clientes perante o Ministério da Imigração, o governo canadense está em busca de pessoas que tenham um perfil qualificado para ficar por lá. “A qualificação do perfil é a chave da imigração, nós explicamos todos os passos para atingir isso e conseguir uma residência permanente no país com a melhor qualidade de vida do mundo.” 

O pedido de residência permanente ficará em aberto até o dia 5 de novembro de 2021 ou até atingir o limite, que é até 90 mil novos residentes permanentes. Para Daniel Braun, sócio de Stocco e presidente da Cebrusa, empresa que oferece soluções em imigração para o Canadá, esse anúncio do governo canadense é positivo para os brasileiros que desejam morar no país. “Mesmo com as fronteiras fechadas, o Canadá está aceitando pessoas de fora, pois precisa manter a economia em equilíbrio, prova disso é o anúncio do Ministro da Imigração que irá aceitar 90 mil pedidos de residência permanente em 2021. O país está aceitando pessoas, por isso quem deseja morar fora, esse é o momento certo.” 

Ainda segundo Daniel, mesmo diante de um cenário complicado, mais de 20 mil famílias foram morar no Canadá em 2020. “O Canadá precisa crescer e ainda mais agora com tudo que está acontecendo no mundo, o país precisa de uma rápida recuperação econômica e é exatamente por isso que esse anúncio do governo é tão importante e positivo para quem quer morar por lá.” 

O governo canadense acredita que com esse novo plano, novos empregos irão surgir e ajudará a impulsionar o crescimento da economia a longo prazo no país. De acordo com dados de janeiro de 2021 do órgão de estatística canadense, Statistics Canada, os imigrantes relatam altos salários apenas um ano após se tornarem residentes permanentes.

Mais informações: 

https://whats.link/northgateimmigrations ou contato@cebrusa.com.br

 

O impacto da Covid-19 na "Geração Sanduíche"

A vida moderna valoriza muito o aspecto profissional das pessoas. Com isso, as mulheres passaram a ter filhos mais tarde do que era comum, ajudando a nascer uma nova geração, com uma nova nomenclatura.

Esta nova geração diz sobre o fato de precisarmos “manter a peteca no ar” e nos equilibrar entre os cuidados com os filhos, muitas vezes pequenos, e com nossos pais e avós que, no processo de envelhecimento, passam a precisar de mais atenção financeira e emocional.

Pressionadas entre as duas gerações, somos chamadas de Geração Sanduíche.

Uma etapa da vida particularmente difícil para as mulheres, que agora não têm apenas uma dupla jornada, mas sim, tripla. Não fosse o suficiente o acúmulo de cuidados que, embora desafiadores, nos deixam felizes em permitir cuidar de nossos amados familiares, agora somos pressionados pelos impactos da Covid-19, levando muitos de nós à exaustão.

Soma-se ao zelo tradicional, o cuidado com o vírus. Não basta agora nossa presença, muitas vezes é necessário o oposto disso, nossa ausência! Evitarmos ficar próximos fisicamente de nossos pais e avós para não levar o vírus para eles. Nos distanciarmos de nossos filhos caso tenhamos que trabalhar na rua. Não é mais apenas nosso corpo que aponta sinais de cansaço. É nossa mente.

Sobrecarregados pela culpa de não poder agir nós mesmos nos cuidados aos nossos familiares, adicionamos uma dose extra de preocupação ao nosso sanduíche.

Alguns de nós voltaram a morar com os pais para diminuir os riscos e manter os cuidados. Muitas vezes sem necessariamente ser pelo fato dos cuidados contra contaminação, mas pela queda de renda, que levou jovens adultos a voltar para casa.

Nos EUA, 7 em cada 10 americanos estão agora cuidando de pais e filhos com o mesmo orçamento, de acordo com a pesquisa “Caregiving and COVID-19” da seguradora  New York Life.

A Covid-19 colocou muitos desses cuidadores transgeracionais em posições insustentáveis. Mas a situação econômica prejudicada e, o aumento da expectativa de vida, traz outra geração. Os sanduíches duplos. Pessoas com 60 anos que ajudam a cuidar de netos para que os filhos trabalhem. Além de sustentarem e apoiarem os próprios pais, já com 80 ou 90 anos.

No entanto, para os membros do sanduíche duplo há certo benefício, como por exemplo a possibilidade de convivência social com os netos, mais jovens, permitindo a manutenção da inserção deste idoso de 60 anos na comunidade.

Para a geração sanduíche tradicional resta a adaptação que tem sido trazida pela normalização do trabalho flexível e remoto. Com muitos ajustes ainda a serem feitos, é verdade. Mas são indícios de alguma diminuição de toda essa pressão, assim como a preservação de bem-estar mental e social com o estreitamento dos laços familiares.



Marcia Sena - farmacêutica especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora da Senior Concierge


Experiência do usuário como tendência para o marketing e a comunicação digital em 2021

O ano de 2020 foi completamente atípico para inúmeros segmentos ao redor do mundo, incluindo a área de negócios. No entanto, as expectativas para o próximo ano são bastante positivas, com muitas possibilidades e inovações. Setores como o marketing e a comunicação digital vão se destacar ainda mais com estratégias voltadas para a experiência do usuário, que podem ter consequências positivas na geração de resultados para os negócios.

O fato de passarmos cada vez mais tempo conectados aos smartphones, tablets e computadores faz com que a vivência do consumidor se torne um recurso cada vez mais necessário de aproximação entre marca e público. Durante o Key Trends 2021, um evento de perspectivas e tendências para o mundo da comunicação e marketing, organizado pelo portal Mundo Marketing e pela Kmaleon, plataforma de busca e comparação de ferramentas digitais, revelou-se que uma das principais tendências para o setor será o investimento na experiência do usuário aliado às narrativas de cada negócio.

Perfis em redes sociais, sites e/ou blogs são como uma porta de entrada para o usuário. Diante disso, cada organização pode investir em narrativas que aproximem o consumidor de seu negócio por meio das sensações vividas no momento da navegação. Apesar de parecer um trabalho voltado para os profissionais de design ou de tecnologia, a estratégia necessária requer um trabalho multidisciplinar, envolvendo as áreas de governança, comunicação e análise de dados, o que permite que o processo final, desenvolvido pela empresa, seja integrado.

A experiência do usuário consiste na união dos atributos que causam satisfação no internauta, ou seja, no prazer que ele tem ao navegar pelo site ou blog, na geração de valor a partir do conteúdo, produto ou serviço e no atendimento recebido.

A rede de lojas Magazine Luiza utiliza a inovação e a tecnologia para dar suporte ao consumidor. Um dos desafios da marca, para realizar os mais de 250 mil atendimentos por mês, era manter o lado humano nas soluções dos problemas. Logo nos primeiros meses que a estratégia foi introduzida, houve uma diminuição de 16% do tempo de atendimento e um aumento de 15% na produtividade digital, com destaque para a agilidade na solução dos processos, resolvidos em menos de duas horas para cerca de 90% dos clientes da loja.

As melhorias proporcionadas pela experiência do usuário para as instituições são inúmeras. Além disso, outras formas de negócio podem ser trabalhadas simultaneamente, como a análise de dados para gerenciar melhor o atendimento, mais agilidade nas soluções de problemas, entre outros benefícios.

Para 2021, com a perspectiva de melhora financeira e o retorno gradual de novas oportunidades de emprego, as instituições terão que traçar novas estratégias para conquistar mais clientes, além de fidelizar ainda mais o público-alvo.

As empresas deverão aprender a lidar com o avanço tecnológico cada vez mais rápido, e, para não perder espaço no mercado, quem estiver mais preparado e melhor adaptado vai conseguir atrair ainda mais usuários, fazendo com que se eles se tornem seus próximos clientes.

 


Dino Bastos - CEO da Partners Comunicação Pro Business e vice-presidente de Comunicação e Marketing da Sucesu Minas.


Geração Distribuída torna o consumidor de energia livre

A discussão a respeito da revisão das regras da Geração Distribuída de Energia (REN 482/2012) acontece desde o ano de 2019. A proposta defendida pelas associações das Distribuidoras (ABRADEE), dos Grandes Consumidores (ABRACE e ANACE) e das Comercializadoras de Energia (ABRACEEL), inviabiliza de forma irreversível a Geração Distribuída (GD), pois estabelece um “pedágio” de 62% à energia produzida pelos consumidores. Por esta proposta, os consumidores pagariam 100% sobre a energia que comprassem das distribuidoras, mas teriam que entregar a que gerassem a 38% ao invés dos mesmos 100% que pagariam.

Entende-se por Geração Distribuída a produção de energia próxima aos centros de carga, conectada ao sistema de distribuição, de pequeno porte e não despachada pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Ou seja, o próprio consumidor pode gerar sua energia para consumo próprio.

O projeto de lei 5829/2019 de autoria do deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos/MG) visa implementar um marco legal da geração distribuída. A pauta está na Câmara para votação do texto.

Para o presidente da Abrapch, Paulo Arbex, a geração distribuída oferece a única alternativa disponível ao consumidor de energia elétrica para se tornar verdadeiramente livre, pois é a única que lhe permite gerar a sua própria energia, sem depender de intermediários que cobram enormes “pedágios”.

Opinião similar a do presidente da Abrapch sobre a democratização da geração distribuída é do próprio Lafayette de Andrada. Para o relator do PL 5829/2019, se aprovado, o marco regulatório irá baratear a conta de luz dos consumidores brasileiros, porque propiciará a instalação de sistemas remotos compartilhados.

Andrada projeta que até 2032 a geração fotovoltaica distribuída gerará aos consumidores uma economia de R$ 154 bilhões.


Taxa Selic: Copom se reúne na próxima semana

Especialistas comentam sobre expectativas em relação à próxima reunião que definirá a taxa de juros


Na próxima semana, nos dias 4 e 5 de maio, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros Selic. Na última reunião, que ocorreu em março, o comitê optou por romper a mínima história de 2% e iniciar um clico de alta da taxa, que alcançou o patamar de 2,75%. Segundo o boletim Focus divulgado no último dia 26 de abril, a expectativa é que a Selic continue a subir e chegue até o final do ano a 5,50%.

A inflação, um dos principais motivos que justificam a alta dos juros, continua acelerada. Em março, por exemplo, o IPCA subiu 0,93%, a maior alta para o mês desde 2015.

Para Rossano Oltramari, sócio e estrategista da 051 Capital, se as expectativas inflacionárias continuarem a se deteriorar semana após semana, o Banco Central pode ter que elevar os juros de forma mais intensa e prolongada do que o previsto para o ano todo.

"O Banco Central não consegue mais segurar os juros em patamares baixos e iniciou o ciclo de alta nos juros muito em função das pressões inflacionárias e deterioração da inflação. Um dos principais componentes que impacta os juros é o ciclo de alta das commodities, como soja, milho, trigo e carne, que estão subindo fortemente no mundo todo, Tivemos uma desvalorização cambial muito forte no último ano, o que traz pressão inflacionária grande, principalmente em relação a componentes importados", explica.

Além disso, a vacinação caminhando a passos lentos, as medidas de restrição, a taxa de desemprego alta no país e a insegurança em relação aos gastos fiscais são assuntos que os especialistas do Banco Central observam com atenção: "Isso não significa que os juros nunca mais vão voltar a cair, temos que observar os dados de inflação para entendermos os próximos movimentos da política monetária".

Para João Beck, sócio da BRA, escritório credenciado da XP Investimentos, a alta do dólar também causa impacto na inflação, que se deteriora e contribui para a elevação dos juros. "Em parte causada pelo aumento de taxas de juros nos EUA e noutro espectro pelo aumento do risco fiscal local. Os EUA vivem uma dobradinha de forte expectativa de crescimento do PIB combinada com projeção alta de taxas de juros. O Brasil ainda se arrasta no tema crescimento e reduziu muito a taxa de juros. É natural que o dinheiro saia daqui. Isso tem que ser ajustado com dólar mais alto e taxa de juros mais alta. Precisamos ficar baratos e remunerar bem o investidor para que ele não saia", explica Beck.

Além disso, segundo João, tem contribuído para a inflação a retomada da economia antes do esperado: "As cadeias de produção ficaram desabastecidas. Com a descoberta e distribuição da vacina, a demanda por bens e serviços sobe e as cadeias de produção desabastecidas aumentam preços. Preço de commodities diversas subiram no passado recente".

Segundo Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, o mercado entende que já passou a necessidade de manter os juros tão baixos nesse momento de pressão inflacionária. "Vamos ver se, com a mudança de patamares de juros, podemos trazer mais capital estrangeiro para dentro do país e maior valorização para o real", completa.


Seus dados pessoais podem estar à venda na Darknet

O alerta dado pela Check Point Software Technologies, em razão do aumento acentuado de golpes e ataques, é para reforçar as cinco recomendações primordiais aos usuários sobre como podem e devem se proteger contra os cibercrimes  

 

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder global de soluções de cibersegurança, alerta para o aumento acentuado do número de roubos de dados pessoais e informações confidenciais com o objetivo de vender na Darknet.   

Um relatório recente da Risk Based Security® revela que, embora o número de violações divulgadas publicamente de dados confidenciais de organizações tenha diminuído para 48% em 2020 em comparação com 2019, o volume de registros por essas violações aumentou em 141%, ou seja, 37 bilhões. No início deste mês, foi divulgado que 500 milhões de dados pessoais de usuários do Facebook vazaram na Internet, incluindo números de telefone, endereços de e-mail e informações de localização. 

Esses dados são muito valiosos aos cibercriminosos porque podem revelar as credenciais de login dos usuários em várias de suas contas online. O Dark Web Price Index 2020 da Privacy Affairs dá uma visão geral dos preços solicitados na Darknet por diferentes tipos de informação pessoal roubada, com detalhes de cartão de crédito sendo vendidos entre US$12 a US$35 e credenciais de banco online roubadas para contas com um saldo mínimo de US$2.000 comercializados por US$65. As credenciais de acesso a uma conta do Gmail, por exemplo, estão sendo ofertadas por US$150.  

“Os dados pessoais e as credenciais de conta são as principais ‘mercadorias’ na Darknet. Para os cibercriminosos, estas informações são meios valiosos para obter lucro”, diz Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Brasil. “É importante que os usuários, bem como as organizações, percebam a importância de proteger os seus dispositivos e dados com softwares de segurança. Mais do que isso, é necessário que saibam identificar as táticas utilizadas pelos cibercriminosos para acessar os sistemas e roubar informações.”  

A Check Point recomenda aos usuários as cinco orientações essenciais de proteção:  

  • Nunca compartilhar credenciais. Roubo de credenciais é um dos principais objetivos do ciberataque. Muitas pessoas utilizam as mesmas senhas e nomes de usuário em várias contas diferentes, o que significa que ter um dos acessos roubados pode corresponder, na verdade, à perda de várias contas. A Check Point recomenda a todos os usuárioes a não compartilhar ou reutilizar esse tipo de dado. 
  • Suspeitar sempre de e-mails de redefinição de senha. Quando o usuário recebe um e-mail não solicitado em que é solicitado a ele para redefinir a sua senha, deve-se visitar sempre o site diretamente (fazendo uma pesquisa no Google ou outro buscador e nunca clicar no link que foi enviado); e mudar a senha para aquela plataforma e para todas nas quais o usuário utilize os mesmos acessos.  
  • Manter os softwares atualizados. Muitas vezes, os cibercriminosos acessam as aplicações e softwares de segurança por meio da exploração de vulnerabilidades possivelmente presentes neles. Entre alguns desenvolvedores, há verificações por estas vulnerabilidades e eles lançam os patches que impedem a disseminação de atividade maliciosa. Manter os softwares constantemente atualizados é fundamental para evitar esses ataques. 
  • Utilizar autenticação de múltiplo fator. Definir para os acessos o fator de dupla autenticação. Desta forma, mesmo que a senha seja roubada por um cibercriminoso, ele não conseguirá acessar a conta, uma vez que será necessária mais do que uma confirmação de identidade. Impressão digital ou um código enviado para o contato telefônico são exemplos de segundos fatores de autenticação.  
  • Utilizar proteções de software. Muitos ataques de ransomware podem ser detectados e resolvidos antes que aconteçam. Para maximizar a sua proteção, o usuário deve contar com um sistema de detecção de ameaças automatizado.  

 

 

 Check Point Software Technologies Ltd.

www.checkpoint.com/pt/

https://www.twitter.com/checkpointsw 

https://www.facebook.com/checkpointsoftware 

https://blog.checkpoint.com  

https://www.youtube.com/user/CPGlobal 

https://www.linkedin.com/company/check-point-software-technologies 

https://research.checkpoint.com/  

https://twitter.com/_cpresearch_ 


RG: documento não tem prazo de validade e segunda via pode ser feita pelo aplicativo RG Digital SP e em totens do Poupatempo

 Para solicitar a primeira via do documento é preciso agendar online data e horário para atendimento no Poupatempo

 

A Carteira de Identidade é um dos documentos mais usados por cidadãos de todas as idades, pois possui as principais informações e a foto, fundamentais para a identificação. Por isso, é importante manter o documento em bom estado de conservação e em local seguro. Entretanto, caso haja algum imprevisto e seja necessário emitir uma segunda via, é possível solicitar pelo próprio celular, baixando o aplicativo RG Digital SP, da Polícia Civil de São Paulo, ou em totens de autoatendimento do Poupatempo, distribuídos em diversas localidades do Estado.  

O pedido online da segunda via da Carteira de Identidade pode ser feito por qualquer cidadão com 16 anos ou mais e que possua um RG anterior emitido no Estado de São Paulo, após agosto de 2014. O documento já conta com um QR Code, que é a garantia de que as informações já estão no Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (Abis) da Polícia Civil.   

É importante destacar que o RG não tem prazo de validade definido por lei, embora algumas instituições solicitem o documento atualizado, como medida de segurança, para prevenir fraudes. 

  

Passo a passo   

Nos totens do Poupatempo, o próprio cidadão realiza a validação biométrica e o pagamento da taxa de emissão, que pode ser feito em cartão de débito bancário, durante a solicitação do documento. Nesse caso, o novo RG será enviado pelos Correios ao endereço do solicitante, no Estado de São Paulo, e mediante pagamento da postagem.   

Os equipamentos de autoatendimento estão disponíveis em estações do Metrô e da CPTM, shoppings centers, supermercados, e unidades do Descomplica SP, por exemplo, durante todo o horário de funcionamento dos estabelecimentos. Para informações sobre os endereços, basta acessar o portal www.poupatempo.sp.gov.br e clicar na opção ‘Locais de Atendimento’.     

Já no aplicativo da Polícia Civil, a validação é feita pelo celular e o cidadão recebe as orientações para pagamento da taxa em seu e-mail de cadastro. Nesse caso, a retirada do documento ocorre após cinco dias úteis, no local escolhido pelo usuário durante a solicitação online.     

O app RG Digital SP está disponível para ser baixado gratuitamente na Play Store (Android) e na App Store (IOS). Com tecnologia de reconhecimento facial, ele permite ainda que a identidade virtual seja baixada e armazenada no aparelho celular.   

Para ajudar a entender melhor o processo, o portal do Poupatempo oferece um vídeo explicativo, que também pode ser acessado pelo Youtube do programa, no link https://www.youtube.com/watch?v=lmOvFFBNyzk 

  

Atendimento presencial para primeira via do RG   

No caso da primeira via do RG, o cidadão precisa comparecer presencialmente em um posto de atendimento para conferência da documentação original, como a Certidão de Nascimento ou Casamento, e realizar a primeira coleta das impressões digitais, foto e assinatura. Para isso, antes é necessário agendar data e horário para atendimento nas plataformas digitais do Poupatempo.   

O diretor da Prodesp, empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo que administra o Poupatempo, Murilo Macedo, alerta para os cuidados a serem tomados neste período de isolamento social. “Devido à pandemia, o Poupatempo tem seguido as orientações do Plano São Paulo para garantir a saúde e segurança dos usuários e de nossos colaboradores. Por isso, trabalhamos com a capacidade de atendimento reduzida e pedimos que os cidadãos avaliem a necessidade de se deslocarem aos postos neste momento, para que possamos priorizar quem tem urgência na solicitação de serviços públicos. Lembrando que pelo portal e aplicativo, o Poupatempo já oferece os atendimentos mais solicitados no programa”, afirma. 

  

Outros serviços online   

Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Governo de São Paulo tem investido em tecnologia para manter os atendimentos ao cidadão. Atualmente, o Poupatempo oferece mais de 130 opções no portal www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital e totens de autoatendimento.   

Entre as opções oferecidas nas plataformas digitais, estão renovação, segunda via e CNH definitiva, emissão de Atestado de Antecedentes Criminais, pesquisa de débitos e restrições de veículos, transferência, Licenciamento (CRLV-e), consulta de IPVA, serviços eleitorais, seguro-desemprego, Carteira de Trabalho, entre outros. 


Não importa a cor do gato, desde que ele agarre o rato

O desejo de ser livre e o desejo de viver em sociedade são duas vontades e dois objetivos inerentes à condição humana, em qualquer lugar do mundo e em qualquer cultura. Quando indivualmente ou em grupo o homem aceita abrir mão de sua liberdade, seja para perdê-la parcialmente ou totalmente, em geral o faz em obediência a uma força capaz de obrigá-lo ou por ser um meio de garantir sua sobrevivência. Dessa premissa, mas não só dela, deriva o poder. 

Qual a definição de poder? Em essência, poder é a capacidade de decidir, impor e determinar as ações de outrem, com o direito ou a força para punir em caso de desobediência. No Estado de Direito, o poder deriva da lei. Na Ditadura, o poder deriva da força armada. Mas não é só isso. Alguém somente tem poder se dispuser dos meios de ação que o torne efetivo, isto é, que seja obedecido. As fontes do poder são várias, mas há três que se destacam. 

A primeira, não necessariamente por ordem de importância, é o “poder das ideias”. A ideia é uma formulação composta dos elementos conceituais e descritivos de uma ação real, seja um ato físico (como produzir um bem ou serviço, ou castigar alguém) ou um comportamental (como o jeito de se portar em um ambiente, votar em alguém). Uma vez que a ideia formulada seja explicada, ela tem o poder de convencer se for dotada dos componentes capazes de convencer o ser humano. 

Nesse sentido, o “poder das ideias” é um poder intelectual. Quase tudo o que acontece no mundo, uma guerra ou revolução, nasce primeiro no intelecto de uma pessoa ou de um grupo. A revolução soviética de 1917, por exemplo, não foi obra de operários, como queria Marx; foi uma revolução de intelectuais. Lenin, Stálin, Trotsky, só para citar os mais proeminentes, nunca foram operários. Eram intelectuais marxistas e revolucionários bolcheviques.  

A segunda fonte do poder é o “dinheiro”. Em uma economia de mercado, aquele que contrata alguém para fazer algo consegue seu intento porque paga. Ou seja, um empresário ou o comprador de qualquer coisa leva o outro a produzir um bem ou serviço mediante remuneração. É um poder econômico, que responde pela maior parte de tudo o que é fabricado no mundo. O próprio Estado e o governo exercem em esse poder em larga escala. Eu não executo tal ou qual serviço porque sou obrigado. Executo porque meu patrão ou meu cliente assim o quer, e é de meu interesse atendê-lo. 

A terceira fonte é o “poder de intimidar”. Ou seja, o poder das armas, da força. É o caso da força policial. Lembro a história de Cassius Clay (1942-2016), o grande pugilista norte-americano, o melhor do boxe em todos os tempos. Ele fora convocado pelo exército para lutar na Guerra do Vietnã, recusou-se a ir para a guerra e, em junho de 1967, foi condenado a cinco anos de prisão e perdeu todos seus títulos. Quantos jovens somente foram à guerra para não ir à prisão?

Os liberais em economia e em política defendem que é possível alcançar os dois objetivos, portanto, é possível ser livre e viver em sociedade, e mais: a ordem liberal é a organização social mais adequada para cumprir quatro objetivos principais: o respeito à condição humana; o desenvolvimento das potencialidades individuais; a prosperidade material; e a justiça social. Liberdade é a ausência de coerção de indivíduos sobre indivíduos. 

O poder das ideias (um poder intelectual) e o poder do dinheiro (transações livres no mercado) não são fontes coercitivas, pois não podem obrigar a quem não queira agir conforme o que se lhe ordena. A coerção existe quando os indivíduos são levados, sob algum tipo de pressão, a colocar-se a serviço de interesses alheios e, portanto, em detrimento dos seus propósitos e interesses pessoais, como bem lembrou o grande Friedrich Hayek (1899-1992), aduzindo: “A coerção é má porque anula o indivíduo como ser que pensa, avalia e decide, já que o transforma em mero instrumento dos interesses e fins de outrem”.

Esse tema me surgiu lendo as polêmicas envolvendo Brasil e China no episódio da importação de insumos para as vacinas contra o coronavírus. A China é um país comunista, um regime político ditatorial, com informação e opinião controladas pelo Estado e, embora com enclaves capitalistas e determinadas zonas de liberdade, está longe de ser uma democracia e uma economia de mercado. Mas o Brasil resolveu que isso é o direito de autodeterminação da China e estabeleceu amplas relações comerciais com aquele país, como se pode ver pela expansão do comércio bilateral entre os dois países nos últimos 40 anos. 

A política comercial da China atual tem origem em 1979, ano em que Deng Xiaoping (1904-1997) tornou-se o líder supremo do país. Disposto a fazer reformas liberalizantes e determinado a promover o crescimento econômico a taxas elevadas, Deng Xiaoping assustou seu próprio povo com abertura comercial exterior e reformas econômicas internas. Quando indagado sobre o que pretendia, ele respondia com uma só frase: enriquecer o país rapidamente. 

Na prática, era um plano para reduzir a imensa pobreza chinesa, que aliás persiste até hoje para amplas faixas da população (a população chinesa anda perto de 1,4 bilhão, equivalente a 6,5 vezes a população brasileira). Questionado se as reformas inspiradas pelo capitalismo não agrediam o ideário político comunista, Xiaoping respondeu: “Não importa a cor do gato, desde que ele agarre o rato”. Então, a China escolheu um caminho e persiste nele até hoje. 

O problema do Brasil é esse vai-e-vem sobre a política externa, conforme o governante de plantão, e essa mania de qualquer político iletrado, sobretudo no poder federal, se achar no direito de usar os holofotes para dar palpite e criticar – ou elogiar – governos estrangeiros, sem se dar conta que, na diplomacia internacional, qualquer frase mal colocada cria um monte de problemas e melindres. Voltarei ao assunto, mas fico me indagando quantos de nossos políticos, sobretudo no parlamento federal, têm conhecimento sobre ciência política e o esquema do poder internacional, suficiente para serem autoridade no que falam.

 


José Pio Martins - economista, reitor da Universidade Positivo.


Bioeconomia Tropical Sustentável: o terceiro salto da ciência brasileira

Vivemos um momento crucial para as Ciências que integram o complexo Água, Energia e Alimento, pilares da Bioeconomia Tropical Sustentável. Do desempenho das instituições e dos pesquisadores envolvidos nessas áreas dependerão diretamente a qualidade de vida, a superação da fome, o bem-estar e, especialmente, o grau de sustentabilidade com o qual vamos conseguir continuar produzindo elementos essenciais à vida preservando os recursos naturais para as gerações futuras. 

Nos últimos 50 anos, a Plataforma de Ciência, Tecnologia e Inovação, a partir da qual o Brasil criou a Agricultura Tropical Sustentável, barateou e democratizou a oferta de alimentos, ampliando a qualidade desses alimentos e gerando um impacto positivo sobre a saúde das pessoas. Além disso, permitiu aos povos tropicais produzir alimentos em seus próprios países, gerando renda e emprego para populações antes miseráveis. 

Se hoje conseguimos entregar muito mais alimentos usando menos terra, menos recursos naturais, se hoje o Brasil é responsável por alimentar perto de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, uma grande parte dessas conquistas é resultado da  Ciência, da Tecnologia e da Inovação desenvolvidas em ambiente tropical. Um esforço articulado de Universidades, da Embrapa, de outras instituições científicas e do empreendedorismo dos agricultores brasileiros. 

Apesar de todos os avanços, o desenvolvimento da agricultura tropical brasileira apresenta fragilidades tais como a significativa dependência por fertilizantes e agrotóxicos. Sem contar com a incoerência de ainda termos uma parcela significativa da população sem acesso adequado à alimentação. Portanto, é preciso avançar ainda mais e a Ciência, a Tecnologia e a Inovação são indispensáveis seja na identificação, mensuração ou na solução destas questões. Nos próximos 30 anos o mundo terá que produzir mais alimento do que a soma de tudo que já foi produzido em toda a história da humanidade. 

É nesse quadro que o Projeto Biomas Tropicais integra, em Rede, algumas das mais importantes organizações da Ciência brasileira e do mundo. Dessa vez, a missão não só é necessária, mas é urgente. E também vital! 

Ciência e Cientistas, porém, não conseguirão fazer isto sozinhos. Ninguém faz mais nada sozinho no mundo de hoje. As fronteiras entre as áreas do conhecimento estão cada vez mais tênues. Um exemplo bastante trivial disso é a própria Bioeconomia, tema desse evento. Uma palavra gerada a partir da reunião de duas áreas do conhecimento. 

Além disso, quando tratamos um tema com tantas facetas, como é caso do desenvolvimento sustentável, é fundamental tratá-lo de forma multidisciplinar, reunindo diversos atores e áreas do conhecimento. É preciso sobretudo, reunir o conhecimento gerado por outros pesquisadores e projetos como o Programa Ecológico de Longa Duração-PELD, fomentado pelo CNPq, e que há 24 anos vem reunindo importantes informações a respeito de diversos biomas brasileiros. Na ciência, devemos sempre nos lembrar da célebre frase de Issac Newton em uma carta endereçada a Robert Hooke em 1676 “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. Com essa bela frase o físico ilustrou uma característica muito importante da ciência: que ela é necessariamente uma construção coletiva. 

A comunicação entre os pesquisadores é essencial, mas não suficiente, é preciso que haja também o compartilhamento do conhecimento gerado a fim de diminuir a distância entre a a academia e as expectativas que a sociedade deposita no desenvolvimento da ciência e na tecnologia. A ciência influencia, mas também é influenciada pela sociedade. Neste sentido,  comunicação entre ciência e sociedade é uma via de mão dupla, e e o único caminho na direção de sonharmos juntos um mundo melhor. 

Por isso, nos dirigimos hoje principalmente a todos, mas especial aos jovens. A juventude sabe que a Ciência é parceira dos valores, da visão de uma sociedade menos desigual, de um sistema produtivo mais humano e consciente. É só olhar a evolução da condição humana ao longo do processo civilizatório para constatar essa sinergia. 

Mas, os tempos atuais são desafiadores e mais complexos. Exigem mais protagonismo da visão da Ciência na formação da opinião e do comportamento na sociedade. 

Essa Frente de Ciência hoje aqui reunida mostra não só que isso é possível. Precisamos juntos saltar da Economia Industrial para a Economia do Conhecimento. No ambiente de transformações aceleradas do Século XXI isto é uma questão de sobrevivência. 

O conhecimento é o caminho para uma sociedade organizada de forma mais humana, mais lucrativa para os agentes econômicos, mas responsável com o Planeta e com as gerações futuras. 

O Fórum do Futuro e o Projeto Biomas procuram refletir assim os mais genuínos anseios dos jovens! 

 

 

Evaldo Vilela -Presidente do CNPq e Coordenador Científico do Fórum do Futuro

 

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