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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Estudo aponta aumento da incidência de terçol relacionado à pandemia

Pesquisa apontou que a microbiota da região bucal pode contaminar a região palpebral com o uso da máscara


Enquanto não há tratamento e nem vacina para todos, as medidas sanitárias, como o uso da máscara e do álcool gel, são fundamentais para combater o covid-19.

Entretanto, segundo uma pesquisa publicada pelo American Journal of Ophthalmology, em fevereiro de 2021, o uso da máscara facial está relacionado ao aumento da incidência do terçol e do calázio, inflamações que atingem as bordas das pálpebras.  
 
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizaram uma análise retrospectiva de registros médicos da região, comparando a incidência do calázio antes e depois da recomendação do uso da máscara facial.

O aumento, a partir do mês de abril de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019, foi muito significativo. Em junho de 2020, por exemplo, o número de casos praticamente dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior.


 

Brasil segue mesma tendência

De acordo com a oftalmologista, Dra. Tatiana Nahas, especialista em doenças da pálpebra, Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, a pesquisa corrobora o que acontece na prática clínica. “Realmente, é impressionante a quantidade de casos de terçol e calázio que temos recebido no consultório desde junho do ano passado, com progressivo aumento esse ano”.
 
A oftalmologista explica que o calázio é uma progressão do terçol. “O terçol é um abcesso. Na maioria das vezes, o líquido é drenado pelo organismo e se resolve sem intervenção. Porém, quando a drenagem não ocorre, a lesão se encapsula e se chama calázio. O que traz o paciente ao consultório é o calázio, cujo tratamento é cirúrgico”.


 

Bactérias do mal

“Quando estamos de máscara, a respiração é direcionada para a região periorbital. Isso significa que o microbioma, ou seja, as bactérias que colonizam nosso sistema digestivo, entram em contato com nossos olhos. Isso aumenta muito o risco de desenvolver inflamações e infecções nas pálpebras, como o calázio e o terçol”, explica Dra. Tatiana.
 
“Além disso, a máscara facial acelera a evaporação das lágrimas, piorando os sintomas do olho seco. E sabemos que olho seco está associado tanto a blefarite quanto ao calázio. A secura ocular também altera a glândula de Meibômio. Quando essa estrutura fica obstruída, pode gerar o calázio”, reforça a oftalmologista.  
 
Por fim, o Staphylococcus aureus, por exemplo, está comumente associado à blefarite e é um componente frequente da flora oral humana. Na prática, esses patógenos se incorporam às gotículas expelidas por meio de atividades como falar, espirrar e tossir. Vale lembrar ainda que as pessoas acabam levando a mão ao rosto diversas vezes para ajustar a máscara, o que também contribui para a contaminação da região ocular.


 

É possível prevenir

O uso da máscara é obrigatório. Obviamente, não é o único fator de risco para desenvolver terçol e calázio. Mas, é nítido que contribui para essas condições.  
 
Dra. Tatiana recomenda manter a higiene bucal em dia, com escovação, uso de fio dental e de um antisséptico bucal. Além disso, as máscaras de pano precisam estar sempre lavadas e higienizadas.
 
“A umidade e o calor são condições perfeitas para a proliferação das bactérias. Por isso, quando a máscara ficar úmida, é hora de trocá-la. É importante evitar também o ajuste excessivo da máscara para reduzir o contato das mãos com o rosto”, ressalta a especialista.  
 
“Uma dica que pode ajudar é colocar uma fita adesiva, o micropore, na parte superior do nariz, entre os olhos. Isso serve tanto para evitar a contaminação pela respiração quanto para reduzir a necessidade de ajustar a máscara a todo momento”, cita Dra. Tatiana.   
 
Por último, quem tem blefarite, que é uma inflamação crônica das pálpebras, deve realizar a higiene das pálpebras diariamente, com um xampu neutro infantil.
 
“Como vimos, temos estratégias importantes que podem ser adotadas para evitar o calázio, nos mantendo protegidos com o uso da máscara”, finaliza Dra. Tatiana.



Shopping Penha inicia vacinação contra Covid-19 em idosos acima de 63 anos

Empreendimento também recebe doações de alimentos, produtos de higiene e limpeza nos dias de imunização 

 

O Shopping Penha está com drive-thru de vacinação contra a Covid-19 e realiza quinta e sexta-feira, 29 e 30 de abril, a imunização em idosos com idade acima de 63 anos e profissionais da saúde e educação com mais de 47 anos. A ação acontece no piso G4, das 10h às 17h e segue todas as diretrizes recomendadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).  

Os profissionais da saúde devem apresentar a Carteirinha do Conselho e comprovante de residência, enquanto os profissionais da educação precisam estar com o Comprovante Vacina Já com QR Code, comprovante de residência, vínculo empregatício na cidade de São Paulo e CPF. 

Ao se vacinar, os imunizados são convidados a participar da ação de doação de alimentos, produtos de limpeza ou higiene. Todos os insumos arrecadados são direcionados para os moradores da região da Penha que vivem em situação de vulnerabilidade. Vale ressaltar que a doação não é fator obrigatório para receber a vacina.

O Shopping é  ponto de vacinação até o final da campanha, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, por meio do Hospital Dia Penha e da Supervisão Técnica de Saúde Penha. A campanha de imunização contra a Covid-19 na capital é realizada de acordo com a disponibilidade de doses repassadas pelo Ministério da Saúde e respeitando as etapas do cronograma e públicos-alvo da Campanha de Vacinação do Governo do Estado de São Paulo. 


SERVIÇO

Vacinação Covid-19 - idosos acima de 63 anos, profissionais de saúde e profissionais da educação acima de 47 anos.

Data: Dia 29 e 30 de abril

Horário: 10h às 17h 

Local: Piso G4 do Shopping Penha

 

Shopping Penha

Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, nº 304 - Penha - São Paulo, SP

Mais informações: (11) 2095-8240 – www.shoppingpenha.com.br 

 

Hipertensão eleva riscos de trombose em infectados pelo coronavírus; casos em jovens preocupam

Houve aumento em 14% nos diagnósticos de hipertensão arterial em jovens adultos
Créditos: Envato


Aumento do número de pessoas mais novas diagnosticadas com pressão alta se deve principalmente ao sedentarismo e à má alimentação


O administrador Gustavo Loesch descobriu a hipertensão aos 29 anos em exames de rotina. Acima do peso e com dieta alimentar desequilibrada, precisou adotar um novo estilo de vida, além do uso da medicação indicada pelo cardiologista, para controlar a pressão arterial. “Perdi peso, cortei gorduras, reduzi o consumo do sal e faço uso de medicamento contínuo há mais de oito anos”, conta.

Segundo dados do Vigitel, do Ministério da Saúde, houve aumento em 14% dos diagnósticos de hipertensão arterial em adultos jovens (entre 20 e 44 anos) nos últimos 10 anos. Para a cardiologista e coordenadora do serviço de Check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes, entre os motivos desse aumento estão o estilo de vida mais sedentário e o maior consumo de sal. No entanto, também impactou nesse aumento o crescimento do número de jovens que têm realizado a aferição da pressão arterial e a adoção de valores mais baixos para caracterizar normalidade – hoje sendo os famosos “doze por oito” (120 x 80 mmHg). 

“Via de regra, a hipertensão arterial é assintomática, e a pressão pode ficar mais elevada em situações de estresse e dor e ser uma resposta normal do organismo. Por isso, as avaliações periódicas são fundamentais, quando não se tem sintomas”, ressalta a médica.


Jovens hipertensos e a Covid-19

A Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz divulgou um relatório que mostra que o crescimento das taxas de hospitalizações por Covid-19, no mês de março, em pessoas com faixas etárias de 30 a 59 anos superou o aumento global da doença. Considerando todas as idades, o crescimento de casos chegou a 700%, se comparado a janeiro, enquanto em jovens essa escalada passou de assustadores 1.000%. Essa é mais uma preocupação das autoridades de saúde, já que a hipertensão é um dos agravantes para os infectados pelo coronavírus.

Ao longo da pandemia, profissionais de saúde e pesquisadores têm tentado compreender os motivos dessa piora dos pacientes hipertensos. Estudos indicam que a Covid-19 é uma doença que modifica respostas metabólicas, inflamatórias e de coagulação, gerando o comprometimento de vários órgãos, incluindo o coração. Pessoas que já tenham alterações crônicas do coração ficam, então, mais suscetíveis a ter evolução mais grave da doença. 

Especialista em hipertensão, a cardiologista Aline Moraes reforça que o aumento da pressão arterial pode fazer alterações como a hipertrofia do músculo cardíaco, o que pode aumentar o risco de trombose. “Em alguns pacientes hipertensos, notamos que há uma espécie de engrossamento que o coração faz para dar conta da pressão mais alta e que dificulta o relaxamento do coração. Quando essa hipertrofia é considerável, ela pode gerar também aumento dos átrios. Essas alterações podem fazer o paciente reter mais líquido nos pulmões, provocar arritmias e aumentar o risco de trombose - todos problemas muito associados à pior evolução da Covid-19”, reforça. “Quem já sofre com pressão alta precisa manter os níveis bem controlados com medicação e um estilo de vida saudável, além de tomar todos os cuidados já conhecidos como uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social para evitar a contaminação do coronavírus”, conclui.

 


Hospital Marcelino Champagnat


Sorrir também cura

 Dia 28/04 é celebrado o dia mundial do sorriso, um gesto que antes era parte do cotidiano, mas há mais de um ano se esconde embaixo das máscaras.


Você sabia que muito mais que um gesto, o sorriso faz muito bem para a nossa saúde e influencia diretamente na nossa qualidade de vida? Já foi comprovado cientificamente que sorrir gera diversos benefícios internos e externos para o corpo, quando sorrimos, liberamos hormônios que diminuem o estresse, sensações de negatividade, tristeza, ativam o sistema de recompensa do nosso cérebro e externamente promovem o rejuvenescimento e ajudam a manter a elasticidade da pele.

O sorriso também é um idioma universal, em uma pesquisa recente conduzida em tribos da Papua Nova Guiné, pelo Dr. Paul Ekman (uma das 100 pessoas mais influentes do mundo segundo a revista Time) mostrou que mesmo pessoas de aldeias mais remotas que não tinham nenhuma conexão com a cultura ocidental, atribuem o sorriso às mesmas situações que nós, para expressar alegria, empatia, diversão, etc. Pesquisas feitas na Suíça mostram que é difícil sustentar raiva e tristeza em um ambiente com sorrisos.


A saúde do sorriso

Desde o início da crise do Covid no Brasil foi notável a queda da procura por atendimento em consultórios odontológicos, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) saúde bucal está entre os serviços essenciais mais afetados pela pandemia, 77% dos países relataram interrupção parcial ou total dos tratamentos.

As pessoas têm buscado pelos dentistas apenas em caso de dores ou quebra nos dentes e quando chega nesse ponto, é bem provável que problema já esteja com algum tipo de complicação. A Drª Fernanda Calonego da Maquira Dental Group aconselha, "Não deixe de ir ao dentista, prevenir é sempre a melhor opção, já para os profissionais, manter todos os cuidados de higiene, marcar as consultas com um espaçamento entre os horários é indispensável, produtos de fácil manuseio e qualidade superior também são extremamente importantes para tratamentos efetivos e que não apresentem efeitos secundários , fazendo com que esse paciente receba o procedimento correto e não precise ficar se deslocando várias vezes. "

Dentistas são um serviço de saúde essencial, os consultórios estão preparados, e também não deixe de cuidar da saúde bucal em casa, mantenha a escovação regular e tenha uma rotina de alimentação saudável.

 

Maquira Dental Group


Com 38 milhões hipertensos, Brasil tem alto risco de ocorrência de AVC, alerta especialista

 Foto Anna Shvets
Mortes por doenças cardiovasculares estão diretamente relacionadas a pressão alta


Mais de 38 milhões de brasileiros maiores de 18 anos têm hipertensão, de acordo com levantamento do IBGE de 2020. O número corresponde a 23% da população total do país e é o maior índice desde 2013. Na passagem do Dia Nacional da Hipertensão, comemorado no dia 26 de abril, especialistas alertam para a manutenção da pressão arterial. A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é responsável por 80% dos casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil.

“A hipertensão é o principal fator de risco para desencadear o AVC. Na pandemia, houve um aumento dos casos de AVC. Está escalada está relacionada às consequências do isolamento social que levaram ao aumento da ansiedade, sedentarismo, obesidade e ingestão de comidas com altas taxas de gordura e sal. Assim, consequentemente há o aumento da incidência e descontrole da hipertensão arterial”, alerta o cardiologista do Hospital Brasília Edson D’Ávila.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a HAS é a principal causa de morte por doenças cardiovasculares no Brasil e no mundo. No país, anualmente cerca 350 mil pessoas morrem em decorrência de doenças no coração e a maioria desencadeada pela HAS. A entidade também alerta que a pressão alta agrava quadros de infarto, aneurisma arterial e até insuficiência renal.

Edson D’ávila explica que a HAS é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade, aumentando os riscos todos os anos. “A pressão arterial é considerada normal quando está entre 120/80. Acima disso, a pessoa deve ficar de olho, sobretudo quando chegar a idade de risco. Se a pressão for maior ou igual a 140/90, está alta e um médico deve ser procurado para mais orientações”, alerta. O cardiologista ainda revela que os principais sinais do AVC são perda de força e sensibilidade, alteração na fala, alterações de equilíbrio, dores de cabeça súbitas e intensas.

Para prevenir a HAS, o médico recomenda a mudança total do estilo de vida. “Reeducação alimentar, redução de peso e atividade física. O controle da pressão reduz em 47% as taxas de AVC. Para o tratamento, além da mudança de hábitos, é necessária a terapia medicamentosa”, finaliza.


Como evitar a hipertensão arterial

Na campanha da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) de 2021, a instituição traz um folder com dicas para reduzir os casos de HAS:

  1. Pare de fumar! O tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares e é apontado como fator negativo no controle de hipertensos;
  2. Tenha uma alimentação saudável! Os alimentos frescos devem ser priorizados e as refeições congeladas, embutidas e enlatadas devem ser limitadas;
  3. Limite o consumo de bebidas alcoólicas! O limite o consumo diário de álcool deve ser 1 dose (mulheres) e 2 doses (homens);
  4. Mantenha seu peso adequado para a sua altura! O excesso de peso pode aumentar a pressão em 30% além de dificultar o controle dos hipertensos;
  5. Tenha uma vida menos estressante! Uma melhor qualidade de vida ajuda;
  6. Tenha uma vida mais ativa! 30 minutos de atividade física por dia, que pode ser dividido em 2 períodos de 15 min ou 3 de 10 min fazem toda a diferença. Seu corpo foi feito para se movimentar.

Abril: mês de conscientização sobre o combate ao câncer

Especialista tira dúvidas sobre o tema e ressalta a importância do diagnóstico precoce


Abril foi o mês escolhido para a conscientização de um assunto muito sério e importante para toda a população: o Combate ao Câncer. Durante o mês, diversas ações são realizadas para conscientizar a população mundial sobre causas, prevenção e tratamento dos vários tipos de câncer, além de apoiar e incentivar os pacientes que lutam contra esta doença.

De acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) para 2019 o câncer já é a primeira ou segunda causa de morte antes dos 70 anos em 112 dos 183 países e ocupa o terceiro ou quarto lugar em mais 23 países. A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) publicou o relatório com a estimativa de incidência e mortalidade por Câncer em todo mundo e as projeções para 2040. Os dados publicados de expectativa para 2020 registraram uma incidência de aproximadamente 19 milhões de casos de câncer em todo mundo, com 10 milhões de mortes.

No Brasil, o número de novos casos foi de 522.212, com aproximadamente 260.000 mortes por câncer. Os cânceres mais prevalentes na população em geral são: próstata, Mama, Colorretal e Pulmão. Nos últimos 5 anos, temos 1.500.000 de pessoas vivendo com Câncer no Brasil.

Para falar mais sobre o assunto e detalhar a importância do acompanhamento médico e do diagnóstico precoce, o oncologista clinico e professor do curso de Medicina da Unisul, Antônio Matsuda preparou um ping pong com informações que certamente irão ajudar a esclarecer quem tem dúvidas sobre o assunto.

 

Ping pong com o oncologista clinico e professor do curso de medicina da Unisul Antônio Matsuda

- O que é o câncer?

O câncer é na verdade o conjunto de mais de 100 diferentes tipos de doença malignas que tem em comum o crescimento desordenado de células formando tumores. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. Esses tumores, são chamados de malignos devido ao potencial de invadir e se disseminar para outros órgãos. Esse processo é chamado de metástase. A partir desse momento a doença será considerada sistêmica. Portanto, quanto antes fizer diagnóstico melhor serão as chances de cura.


- Como ele se manifesta?

As causas do câncer podem ser uma combinação de fatores genéticos ou hereditários associados a fatores ambientais. Porém, acredita-se que 1/3 de todos os tipos de câncer poderiam ser evitados com mudança nos hábitos de vida, como abolir o uso de cigarros, adotar uma alimentação saudável evitando obesidade, praticar atividades físicas regulares e evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas.


- Quais os sintomas mais comuns?

A doença se manifesta de várias formas, dependendo do órgão que é acometido. Portanto é importante ficar atento a qualquer sinal ou sintoma que piora progressivamente ou sinais inexplicáveis de perda de peso, cansaço excessivo, sangramentos e mudança de qualquer padrão de funcionamento do organismo. A febre também pode ser um sinal de alerta.


- Quais os principais tipos de câncer encontrados na população brasileira?

Na população brasileira os tipos mais frequentes de câncer são o de pele, pulmão, estômago, intestino, linfomas e leucemias, próstata (para homens) e mama/colo uterino (para mulheres). É importante lembrar que o câncer também pode cometer crianças e adolescentes, entretanto, a maior faixa etária acometida são adultos e idosos.

No Brasil, dependendo da região temos mais incidência de um tipo ou outro de câncer, por exemplo, no Sul do país, encontramos mais casos de câncer de pele do que em outras partes do país.


- Qual a importância do diagnóstico precoce?

O diagnóstico precoce é imprescindível para que se aumente as chances de cura. É importante, pois quanto antes detectar a doença e iniciar o tratamento, melhores serão as chances de sucesso.

Aliado às estratégias de prevenção, o diagnóstico precoce fornece ao paciente uma chance maior de cura e aumento de sobrevida, uma vez que possibilita a intervenção antes do desenvolvimento do câncer propriamente dito ou em suas fases iniciais, quando o tratamento é, na maioria dos casos, mais efetivo.


- Quais os tratamentos e como são realizados em sua maioria?

O tratamento do câncer pode ser com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas modalidades, a depender do estágio em que a doença se encontra.

O tratamento do câncer deverá ser realizado por uma equipe chamada multidisciplinar, onde profissionais de diversas áreas como médicos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas dentre outros que atuam de igual importância no combate a enfermidade.


- Qual a importância do apoio da família e de psicólogos quando um paciente é diagnosticado com câncer?

O apoio familiar e suporte médico são fundamentais no tratamento de câncer. O paciente na maioria das vezes, ao descobrir um câncer, se dá por vencido. Nesses casos é indispensável que a família esteja presente e possa apoiar o paciente, para que ele sinta que é capaz de vencer a doença. Diante do medo, insegurança e esperança, além da rotina pesada de exames e tratamentos, a batalha contra o câncer também é fortalecida pelo amor e companheirismo de pessoas queridas.


Diagnóstico precoce das Imunodeficiências Primárias salva vidas

 Na Semana Mundial que celebra a conscientização sobre erros inatos da imunidade, lembrada de 22 a 29 de abril, o Pequeno Príncipe alerta pais e responsáveis sobre sintomas

 

Já imaginou tratar oito pneumonias logo no primeiro ano de vida? Esse é o caso do João Vitor Silveira Ribeiro de 15 anos e que foi diagnosticado com imunodeficiência primária. “Ainda bebê ele começou a apresentar sinais de que algo não estava normal, como infecções recorrentes, pneumonias e uma reação alérgica muito forte ao tratamento da catapora” conta Francieli Silveira Ribeiro, mãe do adolescente. O diagnóstico veio aos 9 anos, depois que João Vitor realizou vários exames para investigar o motivo de tantas infecções de repetição. “A partir do momento que ele recebeu o diagnóstico da imunodeficiência e começou a fazer o tratamento adequado, ele respondeu muito bem e a vida da nossa família mudou”, completa Francieli.

Na Semana Mundial das Imunodeficiências Primárias, celebrado de 22 a 29 de abril, o Hospital Pequeno Príncipe, referência no atendimento e tratamento de crianças e adolescentes com algum tipo de Erro Inato da Imunidade, reforça a importância do diagnóstico precoce para uma melhor qualidade de vida desses pacientes. “As pessoas já nascem com essas doenças genéticas, mas elas podem se manifestar em diferentes idades. Pode ser nos primeiros dias de vida, aos 6 meses de idade ou até mesmo aos 20 ou 30 anos. Quanto antes fizermos o diagnóstico e iniciarmos o tratamento adequado, menores serão as sequelas e melhor será a qualidade de vida dessa criança” explica a imunologista do Pequeno Príncipe, Carolina Prando.

As imunodeficiências primárias, também conhecidas como erros inatos da imunidade, afetam mais de 6 milhões de pessoas por ano no mundo e é estimado que, deste total, 170 mil casos estejam no Brasil.  De origem genética e com 400 tipos já identificados, elas são um grupo de doenças congênitas que podem se apresentar de forma bem diferente umas das outras, e apresentam em comum o fato de afetarem o funcionamento do sistema imunológico.

Existem vários desafios para o diagnóstico das imunodeficiências primárias, como a falta de informações sobre o que são os erros inatos da imunidade e a dificuldade no acesso a exames mais complexos. “A Semana Mundial tem um papel muito importante nisso, que é disseminar o conhecimento e fazer com que o máximo de pessoas saibam mais sobre erros inatos da imunidade e fiquem atentos aos sintomas”, finaliza a imunologista.

É importante estar atento para alguns sintomas que podem indicar uma imunodeficiência e, se a criança apresentar mais de dois destes sinais, os pais devem procurar por um pediatra ou um serviço de saúde:

  • Quatro ou mais otites (infecções de ouvido) em um ano.
  • Duas ou mais sinusites em um ano.
  • Dois ou mais meses com antibiótico com pouco efeito.
  • Duas ou mais pneumonias em um ano.
  • Atraso no crescimento ou ganho de peso.
  • Abcessos de repetição de pele ou órgãos.
  • Estomatites de repetição ou sapinho na boca por mais de dois meses.
  • Necessidade de antibiótico intravenoso para tratar infecções.
  • Duas ou mais infecções graves, incluindo septicemia.
  • Histórico de infecções de repetição ou diagnóstico de IDP na família.

 


Hospital Pequeno Príncipe


7 pecados capitais dos escritores: o que você deve evitar se deseja vender mais livros

Confira quais são os pecados capitais que não podem ser cometidos por escritores que querem conquistar leitores e vender mais livros 


Todo escritor sonha em entrar para a seleta lista de best-sellers em algum momento da carreira, mas a verdade é que fica muito difícil conquistar leitores fieis e vender mais livros se o autor ainda comete os 7 pecados capitais dos escritores.

Esqueça a gula, a avareza ou a ira. Os 7 pecados capitais dos escritores estão relacionados diretamente com a rotina e o planejamento de quem pretende publicar ou já tem um livro publicado.

Conquistar uma colocação nas listas dos livros mais vendidos é fruto de um trabalho constante de divulgação e do uso das técnicas de marketing para escritores. É esta dedicação que impulsiona a obra para uma posição de destaque e de sucesso comercial!

Ser um influenciador ou um blogueiro pode ser útil para criar uma comunidade engajada em torno de um livro, mas este não é um caminho garantido para chegar ao topo das paradas de vendas.

Então, abandone o senso comum de que determinado autor “vende porque é Youtuber” ou “vende porque é influencer”. Eles vendem porque não cometem mais os 7 pecados capitais dos escritores.

Confira abaixo a definição de cada pecado dos escritores e o que ele precisa fazer para evitá-los!


Os 7 pecados capitais dos escritores


  1. Achar que só a editora é responsável por divulgar o livro

Este pecado capital dos escritores é cometido por uma boa parte dos autores que, com o livro publicado, acham que a responsabilidade de divulgação é apenas da editora.

Quem comete este pecado imperdoável do marketing para escritores não contribui com o processo de divulgação do livro e ainda espera que ele alcance público e tenha sucesso comercial sem o mínimo de esforço.

Para evitar este pecado, o escritor deve adotar um posicionamento ativo na divulgação do próprio trabalho.

O autor deve sim conhecer as estratégias adotadas pela editora, mas também precisa utilizar as redes de contatos pessoais para garantir que o livro alcance mais pessoas.


  1. Escrever sem avaliar se o tema do livro é relevante

Este é um clássico dos pecados capitais dos escritores. Não é muito difícil encontrar um autor frustrado porque publicou um livro que não vende...

Em boa parte dos casos, isso acontece porque o tema da obra está saturado e o público perdeu o interesse no assunto.

O tema do livro precisa ter apelo para os leitores, pois do contrário ele não será atrativo e não vai sair das prateleiras, sejam elas físicas ou digitais.

Para evitar este pecado, basta seguir uma das regras de ouro do marketing para escritores que é a coleta prévia de dados com uma pesquisa de mercado.

Com a pesquisa em mãos, o escritor tem uma boa ideia das possibilidades de alcance do tema do livro antes mesmo das primeiras palavras serem redigidas.


  1. Aprovar ou criar uma capa que não conversa com a obra

Sabe aquele dito popular que fala que não se deve julgar um livro pela capa? Então, no caso dos escritores este é mais um pecado capital...

Todo livro é julgado pela capa porque ela é o rosto da obra!

A capa é parte importante do sucesso de um livro porque é, na maioria das vezes, o primeiro contato do leitor com o trabalho do autor. Ela é responsável por impactar e cativar o público.

Para evitar este pecado capital, o escritor deve participar do processo de produção da capa do próprio livro.

Ele deve se certificar de que ela seja atrativa, instigante e, claro, que esteja relacionada com o assunto abordado nas páginas internas.


  1. Usar um título enigmático e não apostar em um subtítulo atrativo

Se o leitor passou os olhos pela capa do seu livro e não entendeu de cara do que se trata, você provavelmente tem um problema com a mensagem que o seu título está transmitindo.

O título de um livro deve ser atrativo, mas não pode ser um código secreto que precisa ser desvendado.

Um título muito obscuro é outro pecado capital que deve ser evitado por escritores que desejam vender mais livros.

Outro erro muito comum é não fazer uso de subtítulos que complementam o título e acrescentam uma nova informação igualmente interessante.

Para evitar este pecado, o autor precisa testar títulos e subtítulos com diferentes audiências e trabalhar com os feedbacks recebidos.


  1. Correr atrás de editoras e agentes sem investir no próprio marketing pessoal

O escritor que se conhece sabe onde pode chegar e sabe quem ele pode alcançar.

Esta é a grande verdade para conquistar o sucesso no mercado literário em qualquer lugar do mundo.

Um autor que não sabe quem é, dificilmente conseguirá criar conexões poderosas o suficiente para que outras pessoas se sintam motivadas a consumirem o que ele escreve.

Não investir em marketing pessoal talvez seja o maior pecado capital dos escritores, pois esta é a base de todo o trabalho de desenvolvimento, edição, publicação e divulgação de um livro.

O escritor que não desenvolve seu marketing pessoal está fadado a correr atrás de editoras e agentes literários eternamente sem nunca alcançar o sucesso que realmente deseja.

Para evitar este pecado, é preciso buscar autoconhecimento. Somente este mergulho interno pode diferenciar os escritores comuns daqueles que são acima da média.


  1. Usar toda a verba para a publicação do livro ficando sem nada pra a divulgação

Este é um dos pecados que mais doem no bolso e no coração dos escritores.

São inúmeros os casos de autores que investiram tudo o que tinham na publicação de uma obra, mas acabaram com caixas de livros empilhadas em casa porque não reservaram dinheiro para divulgar o que escreveram.

Desde que o mundo é mundo, o marketing é a ferramenta utilizada para expandir as possibilidades de ganhos financeiros com a venda de produtos ou serviços e com os livros não é diferente.

Sem marketing e sem divulgação, um livro não consegue audiência e com certeza não terá vendas expressivas.

Para mudar esta realidade, o escritor deve reservar uma quantia considerável que será aplicada em anúncios e outras estratégias de divulgação com o objetivo de alcançar mais pessoas e obter mais vendas.


  1. Ficar de fora do evento Escritores 360º que acontece em maio

Nenhum homem ou mulher é uma ilha, especialmente os escritores.

A comunidade literária é mais forte quando permanece unida e quando promove a troca de conhecimento de forma constante.

Entra aí então o 7º pecado capital de quem deseja vender mais livros: não participar dos eventos e formações que movimentam a comunidade de escritores do Brasil.

Para evitar este pecado, você deve garantir a sua inscrição no Escritor 360º, um evento 100% gratuito e com aulas online que acontece nos dias 4, 5 e 6 de maio.

Durante três dias, autores brasileiros de todos os gêneros terão uma oportunidade única para conhecer o caminho que permite viver da escrita e ganhar dinheiro fazendo o que se ama.


Confira uma prévia do que você vai descobrir no Escritor 360º:

  • Os métodos para publicar o seu livro sem complicações
  • O que é e como usar copywriting para vender mais livros
  • O segredo dos editores que fabricam livros que vendem muito
  • Como usar as redes para atrair agentes literários e leitores
  • Encontrando o caminho para conquistar o seu marketing pessoal do zero
  • Tudo isso e muito mais!

Clique aqui e se inscreva neste evento gratuito agora mesmo!

 

Lilian Cardoso - Jornalista, diretora da LC – Agência de Comunicação, a agência que mais divulga livros no Brasil, e professora do Curso Escritores Admiráveis. Da ficção ao romance, já divulgou com a sua equipe mais de três mil livros, incluindo grandes nomes da literatura nacional e internacional, como Mauricio de Sousa, Mario Sergio Cortella, Monja Coen, Cris Poli (supernanny), Gary Chapman, Max Lucado, Marcos Piangers, Alice Salazar, Kevin Leman, e até obras do Papa Francisco já passaram pelas mãos dela.


COMO FUNCIONA A MENTE SÁDICA DE MANÍACOS SEXUAIS?

O neurocientista e neuropsicólogo, Fabiano de Abreu, analisou este tipo de distúrbio mental

 

Você já teve a curiosidade em saber como funciona a mente de maníacos sexuais? Pensando nisso, o Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris, Fabiano de Abreu Rodrigues, fala sobre o assunto e explica este tipo de distúrbio mental.

 

De acordo com o neurocientista, uma das características mais comuns entre os maníacos sexuais é a capacidade de sedução, envolvimento e fascínio. Por meio de personalidades aparentemente atraentes e inteligentes, os psicopatas conquistam suas vítimas. 

 

Em geral, ele explica que são indivíduos simpáticos, que simulam ter interesse pela vítima, utilizando a persuasão para convencê-las. Contudo, não possuem nenhuma empatia, culpa ou remorso pelos seus atos. 

 

“O padrão comportamental de um psicopata é ser cruel, portanto, completamente insensível ao outro. O outro só existe para ele, não como ser humano, mas como meio para ele conseguir o propósito egoísta, dessa forma o psicopata não tem amigos, não ama. Porém o que fica exposto e visível é um perfil extremamente sedutor, ele estuda a sua vítima e passa a fazer tudo por ela, ele busca saber do que ela gosta, do que ela precisa e prontamente aparece com o objeto ou a solução para a pessoa que ele escolheu como vítima. Ele trata esta pessoa muito bem e a vítima do psicopata pensa que teve muita sorte em conhecer alguém que é tão gentil. Assim, o psicopata faz tudo para a pessoa, a tratando muito bem. Até o momento em que passa a ‘arrancar’ tudo dela”, explicou Fabiano de Abreu Rodrigues.



*As características de um maníaco sexual*


No caso dos psicopatas sexuais as características comuns são: o charme superficial, tendência ao tédio, produção de mentira perseverante, manipulação, ausência de culpa ou remorso, insensibilidade afetiva, indiferença, impulsividade, descontrole comportamental, ausência de objetivos reais a longo prazo, irresponsabilidade e incapacidade de aceitar seus próprios erros, promiscuidade sexual, entre outras características que podem variar.

 

Ainda segundo Fabiano Abreu, todo transtorno mental tem causas biológicas, psíquicas e sociais. Isto é, a psicopatia é um transtorno de personalidade, que pode envolver outros fatores, como traumas de infância ou anomalias cerebrais. 

 

 “A psicopatia, seja sexual ou não, é um 'modo de ser'. Não há como mudar sua maneira de ser e de agir. Não há tratamento e não há cura. Sem afeto, o psicopata não possui nenhum problema cognitivo, a razão funciona bem e ele tem a capacidade plena de distinguir o que é certo e o que é errado. Ele tem certeza que está infringindo a lei, mas não se importa com isso e até calcula os danos para saber o custo-benefício da ação. Portanto, ele faz uso da razão, do intelecto para agir do modo que quer, tirando proveito de todos. Não quer mudar. Não há terapia nem medicação que o faça ser de outra forma”, concluiu o pesquisador.

 

Para o neurocientista é importante ressaltar que a psicopatia não é uma doença, mas sim, um distúrbio mental é um transtorno global de personalidade. Portanto, é um dos distúrbios mentais mais graves e um dos mais difíceis de diagnosticar.

 

 


Fabiano de Abreu - Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência, cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento e Federation of European Neuroscience Societies.


 

Pandemia x Bipolaridade: entenda os sintomas que podem surgir no isolamento social

Saiba os principais mitos sobre o transtorno bipolar e a relação com a pandemia


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno afetivo bipolar atinge atualmente cerca de 140 milhões de pessoas no mundo. A mudança brusca na rotina e o isolamento social acendeu um alerta sobre a importância da saúde mental durante a pandemia. A tarefa de controlar o estresse, medo e ansiedade gerados pela atual situação é bastante complexa, mas é ainda mais difícil para pacientes com transtornos psiquiátricos, como o transtorno bipolar.

A psicóloga e psicanalista Caroline Severo, Coordenadora da Residência Terapêutica da Holiste Psiquiatria, explica que a depressão bipolar - diferente da depressão unipolar - se caracteriza pela transição de períodos de extremo desânimo para extrema euforia. “O transtorno bipolar se caracteriza pela oscilação de episódios de rebaixamento e elevação de humor. Na depressão, é comum sentimentos de culpabilidade e autocensura. Na euforia, há a predominância de comportamentos impulsivos, excitações incontroláveis e perda da capacidade de autocrítica, com risco de exposição a si e a terceiros”.

Diante do cenário de confinamento, distanciamento social e falta de perspectiva, é preciso se atentar às emoções que se fazem mais presentes e se há uma grande dificuldade de lidar com a realidade e de se reinventar diante do mal-estar atual, uma vez que essa esses sentimentos podem gerar sintomas patológicos e desencadear quadros de depressão ou de mania - ou seja, servir como gatilho emocional.


Bipolaridade e vida familiar

Assim, uma pessoa aparentemente produtiva e extremamente entusiasmada pode estar passando, na verdade, por uma condição psiquiátrica complexa: a bipolaridade. A especialista explica que durante a fase de mania ou euforia é comum que haja maior comportamento de desinibição, gastos excessivos e aumento da irritabilidade, variando de níveis. O episódio pode ser um desafio também para a família que - em tempos de isolamento - passam mais tempo juntas.

“O transtorno bipolar se caracteriza por oscilações entre estados de depressão, em que a pessoa pode ser tomada por intensas ideações de ruína e pela mania, sendo tomada por sentimentos de onipotência e perda da noção de perigo. Ambas as condições podem levar a situações de alto risco. O entendimento dos quadros é fundamental: é preciso diferenciar os aspectos da personalidade, uma crise de mania ou de depressão. Este é um passo importante na reconstrução dos laços familiares geralmente desgastados por conta do desconhecimento da doença”, comenta.


Mitos sobre bipolaridade

Caroline alerta sobre a confusão entre o que é uma manifestação de uma crise no transtorno bipolar com o que são características da personalidade da pessoa. “Ouvimos frases como ‘ele é bipolar, está bem e daqui a pouco já está mal’ ou ‘ela é bipolar, muda de humor muito rápido’. Essa questão é muito importante, pois muitas pessoas estão subtratadas, não diagnosticadas ou resistentes ao tratamento por haver dúvidas entre aspectos da personalidade e sintomas de mania ou de depressão”.

A profissional esclarece que o entendimento é fundamental para que a bipolaridade não se transforme num estigma e comprometa a adesão da pessoa ao tratamento. “A primeira questão a ser esclarecida é que o paciente com diagnóstico de transtorno bipolar, tem mudanças de humor, mas estas não são do dia para a noite. Um paciente deprimido ou em mania pode apresentar os sintomas de cada fase por semanas, meses ou até anos. Não há, por exemplo, um paciente que acorda deprimido e vai dormir em mania ou vice-versa”, define.  


Bipolaridade e Tratamento

O tratamento da bipolaridade é uma conjugação de diversas especialidades médicas: remédios e psicoterapia. “A abordagem farmacológica do transtorno bipolar é um aspecto fundamental do tratamento para estabilizar o humor. Já a psicoterapia se dedica às questões singulares do paciente. Não se trata apenas de esclarecer o diagnóstico, mas de questionar subjetivamente o que deflagra e mantém as crises de mania e depressão, construindo a partir daí novas formas de lidar com a repetição sintomática”, detalha.

Contudo, a principal estratégia para o sucesso do tratamento é a frequência. A especialista explica que o tratamento efetivo é aquele que o indivíduo mantém sem interrupções - mesmo durante a pandemia. “Atualmente, os atendimentos podem ser realizados de forma remota, ou seja, online, garantindo a sustentação do tratamento. A rotina durante a pandemia foi bastante impactada, o que é uma questão sensível aos pacientes que têm esse diagnóstico”.

Para finalizar, a psicóloga dá uma dica: “Mesmo em casa, sustente uma rotina que contemple os seus interesses e a própria singularidade. Junto ao tratamento, os cuidados com a subjetividade e com o corpo são de extrema importância para evitar novas crises”, encerra. 


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