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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Chargeback: como evitar o problema que afeta a credibilidade e rentabilidade das empresas?


Presente cada vez mais na vida dos brasileiros, seja por oferecer segurança, facilidade para pagamento, imediatismo, agilidade e bônus, o cartão de crédito costuma dar boas condições que aliviam o bolso de qualquer cliente. Os brasileiros movimentaram R$ 1,84 trilhão com compras em cartão de crédito, débito e pré-pago em 2019, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). No entanto, parte desse dinheiro retorna aos consumidores devido ao cancelamento das vendas realizadas. Essa devolução é conhecida como chargeback.

Entretanto, este fato surge por erro de processamento do banco, erro no valor cobrado pela loja, o cliente não receber a mercadoria conforme combinado na compra ou um dos motivos mais comuns: fraude. Diante desse contexto, a Seven Tech Group, referência há 15 anos em soluções tecnológicas de meios eletrônicos de pagamento, lista quatro dicas para minimizar ou evitar que sua empresa sofra com esses prejuízos:

Identifique-se: é importante incluir o nome da empresa no comprovante de pagamento, pois há casos em que o consumidor solicita o reembolso de compra pelo fato de não lembrar ou não reconhecer o nome da empresa em sua fatura. Ou seja, esse ato de identificação pode ajudar a sua empresa a não sofrer com o chargeback.

Tenha regras: é necessário definir políticas de reembolsos, trocas, pagamentos e de qualquer tema plausível para passar informação e confiança ao consumidor. Inclusive, é bom deixá-las claras para o público, para que não haja surpresas para nenhuma das duas partes.

Invista em ferramentas: ainda que essa opção gere um alto custo de investimento e demanda de caixa, ela pode evitar muitos casos de chargeback, além de dar mais garantia para transações a prazo, haja visto que ferramentas de análise de crédito são muito comuns e são uma boa alternativa para varejo e loja online.

Tenha atenção: é fundamental verificar os dados dos consumidores, principalmente para evitar fraudes, um dos motivos do chargeback. Por isso, mantenha atenção em relação à autenticidade dos endereços de e-mail, CPF, telefones, endereço residencial e demais informações que o sistema solicita.

“O chargeback é um dos grandes problemas dos empresários e empreendedores, principalmente aqueles que atuam com pagamentos online, modalidade que cresceu demasiadamente nesta época de pandemia. Para quem trabalha nesse setor, cada compra finalizada e liquidada é uma comemoração. No entanto, é primordial entender os dois lados da moeda, haja visto que um dos principais motivos para isso se dá porque o cliente teve o cartão fraudado, ou seja, também é um transtorno enorme para este”, pontua Leandro Menegon, Diretor de Operações da Seven Tech Group.

 

 Seven Tech Group  


Educação empreendedora ajuda os estudantes a se prepararem para a vida pessoal e profissional

 Sebrae celebra acordos com entidades federais, estaduais e municipais para implementar o ensino do empreendedorismo nas escolas

 

Muito mais do que despertar o espírito empreendedor, a Educação Empreendedora ajuda os estudantes a pensarem em inovação e a se prepararem para a vida pessoal e profissional por meio do desenvolvimento de competências que ajudam na criação de um projeto de vida, que possibilitará aos alunos um maior prazer pela busca do aprendizado   

O gerente de Cultura Empreendedora do Sebrae, Janio Macedo, destaca que a educação no Brasil passou, nos últimos anos, por uma série de reformulações e transformações importantes que geraram grandes desafios, entre elas a aprovação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Novo Ensino Médio, que permitiram a inserção da educação empreendedora nas escolas.  “Quando falamos em educação empreendedora não nos referimos ao sentido mais restrito, voltado apenas ao desenvolvimento de um negócio. Estamos falando da geração de conhecimento que permitirá aos estudantes refletirem a respeito do projeto de vida que desenvolverão para o seu futuro”, afirma o gerente.

Para que a educação empreendedora seja incluída nos currículos escolares, o Sebrae realiza uma série de acordos com entidades federais, estaduais e municipais. A instituição também tem realizados parcerias como Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que congrega os secretários estaduais; com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com organizações civis que trabalham esse tema; e  com o Ministério da Educação.  “O Sebrae, sozinho, não consegue levar esse conhecimento a toda rede de ensino básico. Pois estamos falando de quase 46 milhões de estudantes e 2,2 milhões de professores. Para mobilizar toda essa rede, fundamental estimularmos um regime de colaboração, que congregue todos os parceiros que atuam na educação básica. Importante que não nos esqueçamos da relevância das unidades do Sebrae que atuam nos estados, pois eles têm uma grande proximidade  com os secretários de educação, estaduais e municipais, o que é fundamental para a execução dessa importante ação do Sebrae”, destaca.

Entre os acordos mais recentes, está o que foi assinado com o Ministério da Educação, no início de abril, para o desenvolvimento da Jornada de Formação em Empreendedorismo na Educação Formal, que será implementado no âmbito dos conteúdos da BNCC. A iniciativa busca fomentar a cultura empreendedora nas escolas por meio de ações coordenadas com foco em quatro grandes frentes. A expectativa é alcançar mais de 500 mil professores, 4 milhões de estudantes, 100 campi de institutos federais com ações de empreendedorismo e inovação, bem como apoiar 120 projetos para a implementação de práticas de pesquisa aplicada e extensionismo tecnológico para micro e pequenas empresas.



Educação Empreendedora


Desde 2013, quando foi instituído o Programa Educação Empreendedora do Sebrae, a instituição já atendeu 7 milhões de alunos e capacitou cerca de 270 mil professores, com presença em mais de 10 mil instituições de ensino em 4,5 mil municípios. O Sebrae também oferece capacitações online e gratuitas e para ajudar na elaboração de conteúdo que possa ser utilizado pelas escolas, respeitando as especificidades de cada localidade. Entre os cursos lançados recentemente, estão o “Professor do Futuro”, voltado para os educadores; “As dimensões da gestão escolar”, para os gestores e “Socorro: Eu não tenho a menor ideia do que eu quero para a minha vida”, para os estudantes.


Sprinklers salvam vidas?

Muitos já ouviram falar sobre os sprinklers, ou os chuveiros automáticos, não é mesmo? Mas quantas pessoas sabem realmente sobre a importância desse sistema, que é capaz de controlar as chamas ou até mesmo apagar um foco? O sistema de Sprinklers atua logo no início do incêndio e de forma automática. Quando um incêndio é combatido rapidamente, as consequências para a vida são muito menores, já que possibilita a fuga para os ocupantes do local. O incêndio é, necessariamente, uma reação química que consome oxigênio e libera gás carbônico, logo, o combate rápido ao incêndio garante oxigênio para a respirabilidade das pessoas, atenua os efeitos das altas temperaturas e permite a visibilidade para uma evacuação segura do ambiente. As chamas demoram, em média, menos de quatro minutos para tomar um local.

A probabilidade de as pessoas sobreviverem em ambientes protegidos por sistemas de sprinklers aumenta significativamente. No entanto, ainda há locais que não utilizam esse sistema. No dia 21 de fevereiro de 2003, aconteceu um incêndio no Station Nightclub, nos EUA. No caso, as chamas foram causadas pela ignição por fogos de artifício da banda, que se propagou rapidamente pela espuma de isolamento que estava exposta na estrutura do local, que não contava com sistema de sprinklers ou saídas de emergência eficientes. O acidente resultou em 100 mortes.

Dez anos depois, presenciamos aqui no Brasil um caso muito parecido. No dia 27 de janeiro de 2013, acontecia a tragédia da Boate Kiss, com as mesmas características que a do clube noturno norte americano. Dessa vez, 242 pessoas perderam a vida.

O NIST (Nacional Institute of Standarts and Technology conduziu um ensaio reproduzindo fielmente o ambiente da boate Station Nightclub, dessa vez, com e sem proteção por um sistema de sprinklers. Para isso, foram instalados sensores a 1,40m de altura que mediam:

  • Temperatura, o limite letal é de 120ºC
  • Monóxido de carbono, limite letal é acima de 4%
  • Oxigênio, limite letal é abaixo de 12%.

No ensaio, em apenas 25 segundos após o início do incêndio, os sprinklers começam a se abrir. Com um minuto e seis segundos, a temperatura no local com sprinklers se mantém constante em 20°C, taxa de monóxido de carbono em 0% e oxigênio em 20%. Já no ambiente sem o sistema, com o mesmo tempo de cronômetro, a temperatura já atingia 100°C. Depois de um minuto e vinte e segundos, o termômetro batia 500ºC a 1,4m de altura e superou 700ºC no teto, a taxa de oxigênio chega aos 2%, se tornando letal, e o monóxido de carbono chega ao perigoso nível de 4%. Esse cenário já tira toda a possibilidade de fuga ou sobrevivência.

 

  Vídeo NIST

  Vídeo NIST
                     

Similar aos dois casos, ainda em 2003, no dia 17 de fevereiro, pouco tempo antes do caso da boate Station, a casa noturna Fine Line Music Café, em Minneapolis, nos Estados Unidos, também pegava fogo por ignição causada por fogos de artifícios da banda. Em função da instalação do sistema de sprinklers no estabelecimento, não foi registrado nenhum óbito. Em termos de proteção à vida em casos de incêndio, o sistema de sprinklers é, sem nenhuma dúvida, o mais eficiente!

Ainda há quem diga que um sistema de Sprinklers protege apenas o patrimônio, mas para Felipe Melo, presidente da ABSpk, proteção aos bens e à vida estão diretamente ligados. “Precisamos falar mais sobre prevenção de incêndio como um aliado nas construções. Afinal, a instalação desses sistemas apresenta um investimento, cujo valor é baixo se comparado com a proteção eficaz que oferece. Porém, antes de tudo isso, é preciso parar a discussão sobre o que é mais importante preservar, se a vida ou patrimônio. Porque, obviamente, preservar a vida é fundamental, entretanto, na medida em que preservamos o patrimônio com sistemas eficazes como o uso de sprinklers, por exemplo, vamos diminuir a geração da fumaça tóxica que, de forma geral, é responsável por causar a morte das pessoas. Então, a conclusão é que se preservarmos o patrimônio, estaremos, sim, salvando vidas”, completa Felipe.


Entenda o que é Genocídio

 Conforme veiculado recentemente por diversos veículos de imprensa, o youtuber Felipe Neto, havia sido intimado pela Policial Civil do Estado do Rio de Janeiro para prestar declarações em um Inquérito Policial que, investigava seu posicionamento ao atribuir o adjetivo “genocida” ao Presidente da República, em virtude de sua condução do país durante a crise do Coronavírus.

Outras inúmeras pessoas também já disseram em redes sociais ou na imprensa que o Presidente seria um “genocida”.

Mas, de fato, o que é Genocídio?

Pois bem, a expressão genocídio (do grego genos= espécie, raça, tribo e do latim excidium= destruição, ruína ou aniquilamento[1]) apareceu em 1944, na obra do advogado polonês LEMKIN (axis Rule in Occupied Europe) durante a 2ª Guerra Mundial e significou, especificamente, os crimes cometidos pelo Estado nazista contra determinados grupos étnicos, como os judeus e os ciganos.

O termo só adquiriu significado independente em 1948, quando a Assembleia Geral da ONU adotou a Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio[2].

Na convenção citada acima, o genocídio é tratado como um delito contra o Direito Internacional, contrário ao espírito e fim das Nações Unidas e dos povos civilizados[3].

Segundo o dicionário Aurélio, genocídio é um “crime contra a humanidade, que consiste em, com o intuito de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: causar-lhes grave lesão à integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de destruir fisicamente, no todo ou em parte; adotar medidas que visem  a evitar nascimentos no seio do grupo e realizar a transferência forçada de crianças dum grupo para o outro”[4].

Em outros termos, podemos entender que se trata de provocar o extermínio, a morte ou a perseguição, ou a própria violação da integridade física ou mental de um determinado grupo de pessoas, em razão de sua raça, cor da pele, orientação sexual, etnia ou outras circunstancias que fazem com que determinado grupo seja perseguido por um país, governantes ou cidadãos.

No Brasil, a Lei 2.889/56 define e pune o crime de genocídio, elencando as condutas e suas penas:

Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)

  1. a) matar membros do grupo;
  2. b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
  3. c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
  4. d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
  5. e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;

 

No que se refere as penas, o artigo da lei 2.889/56, que estabelece o crime de genocídio é bastante complexo.

Para facilitar a leitura, cumpre mencionar que o genocídio praticado por meio de homicídio (alínea “a”, acima transcrita) terá uma pena de 12 a 30 anos de reclusão. No caso da alínea “b”, ou seja, praticado com lesão à integridade física ou mental da vítima, a pena pode variar de 2 a 8 anos. No caso da alínea “c” acima transcrita, há uma pena prevista de 10 a 15 anos, sendo certo que, nos casos das alíneas “d” e “e”, a pena prevista é de 3 a 10 anos e 01 a 03 anos, respectivamente.

Didaticamente, objetivando facilitar a compreensão, tem-se o seguinte:

a) matar membros do grupo;

 

12 a 30 anos

b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;

 

2 a 8 anos

c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;

 

10 a 15 anos

d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;

 

3 a 10 anos

e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;

 

1 a 3 anos

 

Além disso, o genocídio é considerado crime hediondo, ou seja, punido com maior reprovabilidade, não sendo permitido anistia, graça, indulto ou fiança.

Cumpre mencionar, ainda, que tanto a incitação quanto a associação ao genocídio também são crimes específicos inseridos na lei. Na referida associação, mais de 3 (três) pessoas se associam para praticar as condutas descritas no artigo 1º acima mencionado, o qual prevê as condutas caracterizadoras de genocídio[5].

Apenas facilitar a compreensão do significado da “associação” ao crime de genocídio, cumpre transcrever o que estabelece a própria lei:

Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para prática dos crimes mencionados no artigo anterior: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)

Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos.

Já no que se refere ao crime de incitação, é punido o ato de instigar, estimular, direta e publicamente uma pessoa a praticar qualquer dos crimes previstos no art. 1º, da lei mencionada.

Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º: (Vide Lei nº 7.960, de 1989)

Pena: Metade das penas ali cominadas.

  • 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar.
  • 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa.

Já com relação as penas dos crimes do artigo 2º e 3º da lei de genocídio, o legislador definiu que os agentes serão apenados com a metade das penas relacionadas a cada ato que praticaram, ou seja, quem incitou a pratica de genocídio por meio de homicídios terá a metade da pena do delito. Contudo, caso o crime incitado venha a se consumar, a pena será a mesma do artigo 1º e não a sua metade.

De resto, se o crime for cometido por funcionário público, governante ou via imprensa a pena será aumentada em 1/3. Tal aumento é ocasionado pela potencialidade que estas modalidades podem gerar, tendo em vista o meio (imprensa) e posição de poder e representatividade destes agentes.

Desta forma, ao atribuir o adjetivo genocida ao Presidente (ou a qualquer indivíduo), deve-se entender o seu real significado.

Neste ponto, cumpre mencionar que não se está no presente texto, apontando razão para qualquer episódio específico, mas, esclarecendo ao leitor, de forma objetiva, o que se entende pelo termo “genocida”, ainda que em brevíssimas linhas.

 


 Gabriel Huberman Tyles - especialista e mestre em Direito Penal e Processo Penal pela PUC/SP. Também é professor universitário e advogado criminalista, sócio do escritório Euro Filho e Tyles Advogados Associados.

 

Henrique de Matos Cavalheiro - especialista em Direito Penal pela Escola Paulista da Magistratura, advogado criminalista e associado ao escritório Euro Filho e Tyles Advogados Associados.

 

[1] CRETELLA NETO, Jose. Curso de direito internacional penal. – 2. Ed. – São Paulo: Saraiva- 2014.

[2] JUNQUEIRA, Gustavo Octaviano Diniz – Legislação Penal especial, volume 2 – 3. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2010. P.133.

[3] Op. Cit. p.131.

[4] Dicionário Aurélio – Aurélio Buarque de Holanda Ferreira – 2. Ed.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.p.845

[5] NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais comentadas- 8.ed.- vol. 2 – Rio de Janeiro: Forensa. p.413

 

Se as crianças pudessem opinar sobre a volta às aulas...

Sou mãe de uma criança de 4 anos, atuei como docente e aluna de ensino superior durante a pandemia. Poderia falar dos desafios em preparar e ministrar aulas remotas, do desânimo que é caprichar na aula e aparecer apenas um aluno, da dificuldade como aluna em manter a atenção na tela por 4 horas seguidas ouvindo o professor falar, da frustração em aprender um novo assunto prático sem fazer uso de um laboratório para ver o experimento. Mas vou falar sobre a tristeza em ver uma criança de 4 anos longe da escola.

Minha filha adora escola, vai desde os 4 meses. Cerca-se de amigos, interage com todas as professoras e, antes da pandemia, mal podia ver outra criança na rua que puxava conversa. De um dia para o outro, isso foi tirado dela. Repentinamente, viu-se trancada em casa com o pai e a mãe em teletrabalho, sem condições de dar a atenção integral a que ela estava acostumada, passando a maior parte do dia em frente à TV. Sair na rua? Tentávamos dar uma volta na quadra por dia, mas as pessoas que cruzavam conosco nos olhavam com ódio e recriminação por estarmos com uma criança, até então a grande transmissora do vírus, circulando na rua. Eu nunca falei a ela sobre isso, nem que crianças estavam proibidas de entrar em estabelecimentos, apenas que ela não podia frequentar panificadora, farmácia ou supermercado porque autorizam somente uma pessoa por família.

Ela começou a perguntar quando voltava a escola. “Não sei, quando acharem um remédio para curar o vírus”. “E quando vão achar o remédio?” “Não sei, os cientistas estão pesquisando, isso demora”. Os adultos demoraram tanto a resolver o problema, que em alguns dias ela achou a resposta: “Queria ser adulta para achar o remédio que mata o vírus”. Ela regrediu na autonomia da idade: apesar de desfraldada, começou a fazer xixi na cama; não queria ir ao banheiro sozinha; não queria me perder de vista; se recusava a fazer certas coisas que a lembravam da rotina da escola (afinal não estava na escola); queria ajuda para comer. Tinha aulas online, ela tentava interagir e se frustrava, acabava sentada no sofá com os bracinhos cruzados e a carinha emburrada. Passou a evitar crianças estranhas na rua, até hoje não conversa mais com as que encontra.

Contratei uma educadora que ela conhecia e adorava para ficar meio período e passei a convidar um ou outro amigo para brincar de vez em quando. Melhorou, mas não resolveu. Ela queria todos os amigos, todas as educadoras da escola, queria brincar no pomar, na caixa de areia, na “sala grande”, na sala da turma…

Em setembro, ensaiamos um retorno às atividades extracurriculares, que foi vetado no primeiro dia em que ela foi para a escola. Voltou a tristeza, ficava emburrada quando a educadora chegava, pois confirmava que ela não iria para a escola. Em outubro, voltamos novamente meio período, pois a escola é pequena e tinha no máximo dez crianças frequentando, em amplo espaço livre. Nunca vi minha filha tão feliz, confesso que chorava de emoção cada vez que a deixava no portão da escola.

Nesse momento, a comunidade científica pediátrica era favorável ao retorno às aulas. Estudos demonstravam que as taxas de transmissão eram baixíssimas e o contágio ocorria mais em casa que na escola. Mas ainda havia um risco e, apesar disso, as perdas psicológicas e pedagógicas eram muito maiores, em nossa avaliação. Como nossa prioridade era que ela fosse à escola, também fizemos nossa parte em evitar circulação, saindo apenas para coisas essenciais, assim como outros pais.

A escola fechou apenas Natal e Ano Novo, e foram dias intermináveis para ela. Em janeiro, retornou na “colônia de férias”, e a alegria continuou. Na segunda semana, dois irmãos ficaram alguns dias afastadas das atividades com febre, falta de apetite e diarreia e foram confirmados com Covid-19. O diagnóstico demorou a sair, pois os sintomas não eram “tipicamente” de Covid-19 e o pediatra achou que fosse apenas uma virose. As crianças chegaram a ir à escola um dia que estavam sem febre, mas assim que apresentaram o sintoma a mãe foi chamada e as levou embora. A direção da escola mapeou quem teve contato, que foi ao ar livre. Ficamos alguns dias em casa aguardando mais sintomas e ninguém mais manifestou, nem adulto, nem criança. A escola adotou como protocolo a apresentação de atestado de liberação para retorno quando a criança apresentar febre.

Veio a grande onda (já nem sei o número da onda, de tantas que temos no Brasil). As autoridades locais estavam aprovando em lei a essencialidade da Educação, mas fecharam as escolas por decreto, junto com tudo. Dei a notícia para ela no carro, a reação foi um grito desesperado de “nãããããããããããããããããão!” e um choro sentido. Quando consegui parar o carro, fiz questão de gravar o momento: dói assistir, mesmo sabendo que ela já tinha se acalmado um pouco. Perguntei se tinha dormido na escola (fica de mal humor e chorosa se não dorme), ela (geralmente calma e adorável) respondeu muito revoltada: “Eu dormi! Você me fala que a escola vai fechar e não quer que eu chore???” Sim, ela tinha toda razão em chorar, eu mesma estava me segurando.

Chamei novamente a educadora, um ou outro amigo de vez em quando, e lá se foram mais 6 semanas de incerteza, todos os dias respondendo à pergunta: “Quando vou para a escola?” “Não temos certeza, mas não vai demorar”. “Está demorando muito, quero ver meus amigos, minhas professoras, brincar no pomar, na sala da Sabrina (professora), escrever no meu livro novo...” Finalmente, a notícia de que voltaria chegou. Só falei na noite de domingo, pois ainda não acreditava naquilo. A felicidade dela era enorme, se esforçou para dormir cedo para chegar logo a hora de ir para a escola. Na madrugava, quando acordou para ir ao banheiro, me perguntou sonolenta: “é amanhã que vou para a escola?”, mal podendo acreditar naquilo. Ao acordar, a primeira pergunta foi: “hoje vou para a escola?”. Correu arrumar a mochila, separar as máscaras e me apressar para sair logo. A felicidade estava de volta.

Não sei os efeitos psicopedagógicos da ausência de escola sobre minha filha. Não estou preocupada com “conteúdo” que ela não tenha aprendido, mas sim com sua saúde mental. Pelos relatos que vejo, há casos piores de crianças com bruxismo, gagueira, timidez excessiva, dificuldade em interagir com qualquer outra pessoa, baixa qualidade de sono, sono excessivo, obesidade, miopia, depressão, medo ao perder adultos de vista, choro excessivo, medo de sair de casa, entre outros sintomas cujos distúrbios eu não saberia relacionar. Fico imaginando os efeitos sobre as crianças em condições econômicas mais precárias, que são a maioria, as que os pais não têm a opção de flexibilizar a jornada de trabalho para dar pelo menos um pouco de atenção a elas, as que ficam na casa de qualquer pessoa sem formação e condições adequadas, e as que estão sujeitas à violência doméstica.

No primeiro final de semana da retomada da bandeira laranja, parques, praças e bares estavam lotados. Chegamos a passar em frente a uma praça e um bar, e ela ficou revoltada ao ver as pessoas sem máscara. Ela passa o dia todo de máscara, corre, fala e não reclama, nem mesmo da dermatite causada pelo abafamento na pele. Ela já entendeu que esse comportamento irresponsável pode fechar a escola em breve, e não concorda com as irresponsabilidades dos adultos…

 


Leide Albergoni Bilinski - economista, mãe da Cecília e professora de Economia na Universidade Positivo.


UNICEF reúne celebridades para alertar sobre a importância da vacinação infantil durante a pandemia

 Os embaixadores do UNICEF Bruno Gagliasso, Daniela Mercury, Lázaro Ramos, Renato Aragão e Thaynara OG, além da atriz e apresentadora Maísa Silva e do pai da personagem Mônica, Mauricio de Sousa, gravaram vídeos sobre a importância da vacinação infantil

 

Nesta Semana Mundial da Imunização, o UNICEF faz um alerta sobre a importância da vacinação infantil no Brasil. Em queda desde antes da pandemia, a vacinação é essencial para proteger crianças de doenças como sarampo, rubéola e poliomielite. Para conscientizar a população, o UNICEF reuniu seus embaixadores no Brasil - Bruno Gagliasso, Daniela Mercury, Lázaro Ramos, Renato Aragão e Thaynara OG -, além da atriz e apresentadora Maísa Silva e de Mauricio de Sousa, pai da personagem e embaixadora do UNICEF Mônica, em uma grande mobilização via redes sociais.

Ao longo da semana, os artistas levarão a mensagem sobre a importância da vacinação infantil de rotina, especialmente durante a pandemia, aos seus fãs e seguidores nas redes sociais. Acompanhe nas redes oficiais deles e do UNICEF.

"Durante a pandemia, muitas famílias deixaram de levar seus filhos e suas filhas para a vacinação de rotina. Nessa etapa da vida, meninas e meninos recebem imunização contra, pelo menos, 17 doenças. Apenas em 2020, mais de 8 mil casos de sarampo foram registrados no Brasil. Com as baixas coberturas, o sarampo voltou. E, se o sarampo voltou, outras podem voltar. Vacine suas crianças durante a pandemia!", alerta Cristina Albuquerque, médica e chefe de Saúde e Desenvolvimento Infantil do UNICEF no Brasil.

Em todo o mundo, anualmente, 14 milhões de bebês e crianças não recebem vacinas contra doenças evitáveis, com muitos vivendo em locais rurais remotos, zonas de conflito ou favelas, e sem acesso a outros serviços de saúde essenciais. No ano passado, a pandemia de Covid-19 tornou essa situação ainda mais terrível, na medida em que bloqueios relacionados à pandemia e interrupções no fornecimento ameaçam um aumento devastador nas mortes evitáveis de crianças.

No Brasil, o último caso de pólio que o País registrou ocorreu em 1989. Depois disso, a doença foi erradicada, o que só foi possível por conta da vacinação em massa de todas as crianças menores de 5 anos. Mas o vírus ainda circula em outros países, e a imunização segue sendo necessária para evitar o risco de reintrodução do vírus no Brasil. Em 2015, a taxa de vacinação para prevenção da poliomielite era de 98,29% e, em 2019, a cobertura chegou a 84%.

No caso do sarampo, o Brasil havia recebido, em 2016, o certificado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) de erradicação da doença. Mas ela voltou em 2018 e o País perdeu a certificação. Em 2020, mais de 8.400 casos foram registrados no Brasil. A vacina tríplice viral, que previne a doença, e também a caxumba e a rubéola, tinha uma cobertura de imunização de 96% em 2015 e caiu para cerca de 86% em 2017. Em 2019, o número voltou a subir, mas sem alcançar o patamar de 2015, e chegou a 93%.

A cobertura da vacinação da tríplice bacteriana, que cobre as doenças de difteria, tétano e coqueluche, também sofreu uma redução: era de 85% em 2015 e chegou a 57% em 2019.


Semana Mundial de Imunização - Celebrada todos os anos na última semana de abril, tem como objetivo promover o uso de vacinas para proteger pessoas de todas as idades contra doenças. Usando o tema "Vacinas nos aproximam", a Semana Mundial de Imunização 2021 vai estimular um maior envolvimento global em torno da imunização para promover a importância da vacinação em aproximar as pessoas e melhorar a saúde e o bem-estar de todos, em todos os lugares, ao longo da vida.

Os vídeos com os embaixadores e apoiadores do UNICEF serão compartilhados no Facebook , Instagram , Twitter e TikTok da organização durante a Semana Mundial de Imunização.


terça-feira, 27 de abril de 2021

Sol em Touro: Taróloga e cartomante Maria do Sol conta as previsões das cartas para o amor e trabalho e dá dicas de energização e fortalecimento para os taurinos


É o signo da firmeza, estabilidade e da teimosia’, conta Maria do Sol, conhecida como Magia do Sole nas redes sociais 

 

O sol saiu de Áries e entrou em Touro, onde fica até o dia 20 de maio. A taróloga e cartomante Maria do Sol conta o que as cartas revelam para o segundo signo do zodíaco, caracterizado pela determinação e persistência. “A fase traz muito da energia terrena do signo da firmeza, da estabilidade financeira e da teimosia”, diz Maria do Sol, conhecida nas redes sociais como Magia do Sole. A taróloga detalha as características dos taurinos:

 

“As pessoas de Touro gostam de estabilidade financeira e emocional. Ás vezes são julgados como muito materialistas, mas eles trabalham com toda a força para alcançar a estabilidade e o conforto que tanto desejam. São regidos pelo planeta Vênus, que traz criatividade, habilidades manuais, certo fascínio/encanto natural. Gostam muito da natureza e dos animais. São alegres e solares.”

 

Além das previsões para o amor e o trabalho, Maria fala também quais são as pedras, ervas, incensos e banhos associados à Touro, grandes aliados para a potencialização dos bons resultados e que proporcionam uma força extra, energização e proteção para o enfrentamento dos desafios. 


 

Trabalho: carta Roda da Fortuna 


No âmbito da carreira profissional, este ano será bem positivo em termos de dinheiro, contrato, compra e venda para os taurinos. Mas Maria faz um alerta: “Para quem tem trabalho, tenha muito cuidado para não perder propostas e contratos. Do mesmo jeito que a roda gira para o lado positivo, também pode girar o contrário.” 

 

A cartomante dá ainda boas notícias para quem está na busca por um trabalho: “Se você está desempregado, as coisas vão melhorar. Dentro de 5 ou 6 meses terá abertura de caminhos, propostas de trabalho. Já para quem teve dinheiro perdido, ou algo do tipo, vai recuperar o dinheiro, ou seja, se alguém te deve, irá te pagar.” 


 

Amor: carta da Força


Para as pessoas que já estão em um relacionamento (namoro ou casamento), Maria do Sol aconselha: “Tenham paciência, pois as dificuldades serão vencidas com muita força de vontade.”

 

A carta fala também de uma paixão adormecida entre duas pessoas, indica que é necessário esquentar a parte sexual fazendo algo diferente para que o relacionamento não esfrie. Já para quem está solteiro e sonha em encontrar um amor, a taróloga conta boas previsões: “Ainda não é o momento certo, mas dentro de alguns meses você pode conhecer uma pessoa e ter um relacionamento duradouro. Não perca a esperança, porque esse amor vai chegar.” Maria finaliza: “A carta da Força para o amor, de um modo geral, fala para as pessoas acreditarem em seus potenciais.” 


 

Carta do tarot: Papa


A carta do tarot que representa Touro é a carta do Papa e retrata pessoas conservadoras, teimosas, porém confiáveis e honestas, muito inteligentes, pacientes e sábias.

 

A carta do Papa significa que os taurinos têm uma intuição muito forte, através da espiritualidade, da religião. Representa a busca da verdade e o desenvolvimento da confiança naquilo que cada um acredita. A carta também fala que com paciência, tranquilidade e sabedoria, os taurinos esperam o momento certo para agir e crescer na vida, e assim conseguem alcançar tudo o que querem. 


 

Pedras associadas à touro: 


As pedras que trazem fortuna para o signo de touro são: esmeralda, aventurina, jade e florete, todas com a cor verde. Elas podem ser levadas no bolso ou serem usadas como joias (pulseira, cordão, brinco) para trazer fortuna.


 

Ervas: 


Por mais que sejam amorosos, alguns taurinos travam na hora em que precisam se expressar. A malva alivia esse incômodo, ajudando no equilíbrio emocional, e na comunicação. Outras ervas associadas: menta, alfazema, violeta.



Incensos:


Sândalo, cravo, patchouli e canela. “Cada incenso é capaz de canalizar e influir com uma energia diferente. Os taurinos são sempre muito afetuosos e gostam de aromas marcantes”, explica Maria. 


 

Banho de ervas para os taurinos


Banho com malva: “Os taurinos podem ter dificuldades de demonstrar sentimentos, e um banho com a malva, uma erva que possui energia feminina, como Vênus, o planeta regente de Touro, promove o acolhimento para destravar os sentimentos.”

 

Como fazer: Você vai precisar de 6 folhas de malva e 1 litro de água. Amasse com a mão as 6 folhas de malva enquanto faz seus pedidos. Depois coloque as ervas e a água num recipiente, com 8 gotas de alfazema. Misture e deixe descansar por uma hora. Depois é só tomar o banho da cabeça aos pés.

 

 



Maria do Sol - Para muitos, dom é uma herança passada de geração em geração. Assim foi com Maria do Sol. Sua bisavó era índia e se envolveu com um cigano, trazendo ares místicos à família, quando aprendeu a leitura das cartas e a prática da adivinhação. Passado de mãe para filha, de todos os irmãos, Maria foi a única a dar continuidade e hoje se consagra levando seu esoterismo do Brasil à Itália.

 

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Dia Internacional da Dança: Vamos colocar a criançada para se mexer!

  

Agência de modelos Max Fama fez esse editorial para incentivar os pequenos a dançar  

 

Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Internacional da Dança. A data foi instituída pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1982 e faz uma homenagem a Jean-George Noverre, um grande mestre da dança. Em tempos de pandemia, a prática da dança é uma das grandes alternativas para manter a saúde em dia e se divertir, né? Quem aí não se pegou dançando sozinho ou gravando um vídeo para alguma rede social?   

Estudos comprovam que a dança tem o poder de desbloquear o potencial criativo das pessoas. Os movimentos espaciais e padrões sonoros potencializam as inteligências musicais e corporal-sinestésicas que ativam o fluxo da consciência, tornando os sentidos mais aguçados e aumentando a criatividade.  

“Não é segredo para ninguém que dançar só traz benefícios para a nossa saúde. A dança faz parte do nosso dia a dia e sabemos que não precisar ser um especialista. Todo mundo já se pegou se mexendo ao som de alguma música”, relata o fotógrafo da agência de modelos Max Fama”, Rodolfo Souza. “Fizemos esse editorial com objetivo de homenagear os profissionais da dança, além de estimular a criançada a dançar, pois acreditamos que através desta arte conseguiremos passar por esse momento que estamos vivendo com mais leveza”, finaliza.     

Para incentivar a criançada a dançar, a agência de modelos Max Fama fez esse lindo editorial. Confira! 


  

   

Créditos 

Modelos vestem acervo pessoal   

 

Ficha técnica 

Modelo: Agência de Modelos Max Fama (@maxfama_oficial ) 

Maquiadora: Isabelle Freitas ( @zabellefreitas ) 

Fotógrafo: Rodolfo Souza ( @rodolfosouzafotos ) 

Coordenadora de pautas: Antônia Biazzi (@antoniadebiazzi ) 

Gerente de marketing: Cláudia Siqueira ( @ccysiqueira ) 

Direção de arte: Wesley Alysson ( @wesleyallisson ) 

Produção executiva: Paulo Henrique Albuquerque ( @pauloybrasil ) 



Quinze minutos de atividade física trazem benefícios para saúde mental

Pessoas mais fisicamente ativas têm um risco entre 17% e 25% menor de desenvolver depressão e ansiedade ao longo da vida, apontam estudos


Muito se fala sobre os benefícios da atividade física para o corpo. Mas o que muita gente ainda não sabe é que a prática de exercícios também é benéfica para a saúde mental. Estudos anteriores à pandemia já mostravam que pessoas mais fisicamente ativas têm um risco entre 17% e 25% menor de desenvolver depressão e ansiedade ao longo da vida1. Da mesma forma, indivíduos que gastam mais horas do seu dia em comportamento sedentário, como estarem sentados, deitados ou reclinados, apresentam um risco maior de desenvolver esses distúrbios2.

Engana-se quem pensa que é necessário dedicar muito tempo à atividade física para sentir os benefícios. “Não é só o tempo que importa, mas também a intensidade do exercício. O que os estudos realizados durante a pandemia têm mostrado é que a realização de 15 minutos de atividade física mais intensa já está associada a uma melhora da saúde mental. O mesmo ocorre com 30 minutos de exercícios moderados. A melhor atividade física é aquela que promove o bem-estar”, explica o professor de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e pesquisador na área de Saúde Mental, Felipe Barreto Schuch.

A dica para quem está começando a se movimentar é escolher algo que lhe dê prazer, bem-estar e que a pessoa se identifique. “Não existe uma regra que sirva para todo mundo, cada pessoa tem a sua atividade preferida”, afirma Schuch. “O melhor exercício é aquele possível de encaixar dentro do contexto de cada um. Por isso, a regra é: todo e qualquer movimento conta e ajuda”, completa.

Além de praticar alguma atividade física moderada ou intensa, também é recomendável reduzir o tempo ocioso. A orientação é ficar mais em pé e, quando estiver sentado ou deitado, levantar-se a cada 30 minutos e fazer movimentos e alongamentos leves.

A vida durante a pandemia pode até estar um pouco mais parada, mas isso não significa que o corpo deva acompanhar esse ritmo. A dica para quem ainda não começou é ir aos poucos, convidar os amigos por videochamada ou participar de lives de profissionais habilitados, de preferência em pequenos grupos. No fim das contas, a melhor atividade física é aquela que faz a pessoa se sentir bem. 

Para orientar a população em relação à saúde mental de adultos, crianças e adolescentes, a Upjohn, uma divisão Pfizer, lançou, em parceria com o Instituto de Ciências Integradas, o Guia de Saúde Mental Pós-Pandemia no Brasil. Disponível gratuitamente no site www.guiasaudemental.com.br, o guia foi desenvolvido por um time de especialistas renomados com o objetivo de trazer informações úteis para profissionais de saúde que não são especialistas em saúde mental e para a comunidade leiga em geral.

 


 

Referências:

  1. Schuch FB, Stubbs B, Meyer J, Heissel A, Zech P, Vancampfort D, et al. Physical activity protects from incident anxiety: a metaanalysis of prospective cohort studies. Depress Anxiety. 2019 Jun 17;36(9):846-58. doi: 10.1002/da.22915.
  2. Teychenne M, Costigan SA, Parker K. The association between sedentary behaviour and risk of anxiety: a systematic review. BMC Public Health. 2015 Jun 19;15(513):1-8. doi: 10.1186/s12889-015-1843-x.

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