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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Ivan Serpa a expressão do concreto

 De 03 de fevereiro a 02 de agosto de 2021 CCBB São Paulo

 

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo reabre suas portas no sábado, 24 de abril, com a exposição Ivan Serpa: a expressão do concreto, uma ampla retrospectiva de um dos mais importantes mestres da história da arte brasileira. A mostra apresenta 200 trabalhos, de diversas fases do artista que morreu precocemente (1923/1973), mas deixou obras que abrangem uma grande diversidade de linguagens, utilizando várias técnicas, tornando-se uma referência para novos caminhos na arte visual nacional. 


Para oferecer ao público de São Paulo mais oportunidade de visitar presencialmente esta importante exposição, a mostra fica ambientada no CCBB SÃO PAULO até o dia 02 de agosto de 2021. 


Ivan Serpa: a expressão do concreto percorre a rica trajetória do artista, expoente do modernismo brasileiro através de obras de grande relevância selecionadas em diversos acervos públicos e privadas.

 

Com curadoria de Marcus de Lontra Costa e de Hélio Márcio Dias Ferreira, a mostra apresenta obras de todas as fases e técnicas utilizadas pelo artista: concretismo / colagem sob pressão e calor / mulher e bicho / anóbios (abstração informal) / negra (crepuscular) / op - erótica / anti-letra / amazônica / mangueira e geomântica.

 

A pluralidade criativa e suas expressões ratificam o importante papel de Ivan Serpa na arte moderna brasileira, na criação e liderança do Grupo Frente (Lygia Clark, Lygia Pape, Franz Weissmann, Abrahan Palatinik, Hélio Oiticica e Aluísio Carvão), e através de seu projeto de difundir e motivar as novas gerações para a arte, com suas aulas para crianças e adultos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. A virtuosidade de Serpa e seu amplo domínio da técnica e de seus meios expressivos foram reconhecidos já na primeira Bienal de São Paulo, em 1951, quando é considerado o Melhor Pintor Jovem da feira de arte que veio a se tornar um dos principais eventos do circuito artístico internacional.

 

Ivan Serpa: a expressão do concreto resume a essência da obra desse artista que, apesar de ser mais conhecido pelo Concretismo, também se aventurou pela liberdade do expressionismo, sem nunca perder contato com a ordem e a estrutura. Trata-se de uma exposição única, de um artista complexo, definitiva para reascender a memória sobre esse operário da arte brasileira.

A mostra que passou pelo Rio de Janeiro e Belo Horizonte chega ao CCBB São Paulo com uma montagem exclusiva pensada para ocupar toda a Instituição que a ambientará até 12 de abril. Depois de São Paulo, a exposição segue para o Centro Cultural do Banco do Brasil Brasília.

 

Os curadores:

Marcus de Lontra Costa - ex-diretor na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, realizou entre outras exposições a histórica mostra “Como Vai Você Geração 80”. Em 1990 assume a direção curatorial do MAM RJ. Implantou o MAMAM-Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, em Recife. Já realizou inúmeras exposições no Brasil e no exterior tais como Niemeyer: Invenção do Tempo e Oscar Niemeyer 100 anos, e de grandes artistas como Athos Bulcão, Celeida Tostes, Tomie Ohtake, Franz Kracjberg etc. assim como a Coleção Gilberto Chateaubriand. Convidado pelo governo da França para integrar a equipe de curadores do Centre Georges Pompidou e da Fondation Cartier, em Paris.

 

Em 2018 a exposição da Amélia Toledo – Lembrei que Esqueci, no CCBB São Paulo, sob sua curadoria ganhou o prêmio da ABCA e da Associação Paulista de Críticos. Atualmente é curador do Prêmio Industria Nacional - Marcantônio Vilaça SESI/CNI.

 

Hélio Márcio Dias Ferreira - professor da Escola de Teatro da Unirio. Mestre em História da Arte pela UFRJ e doutor em Educação pela UFF, com parte dos estudos realizada na Universidade Paris III – Sorbonne (França), é autor de Uma história da arte ao alcance de todos e Ivan Serpa: o expressionista concreto, entre outros livros de arte.

 


Serviço:

Ivan Serpa: a expressão do concreto Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Exposição: de 03 de fevereiro a 02 de agosto de 2021

Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP

 

Horário provisório: todos os dias, das 11h às 18h, exceto às terças

Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô Informações: (11) 4297-0600

Entrada gratuita, mediante agendamento pelo aplicativo Eventim

 

bb.com.br/cultura | twitter.com/ccbb_sp | facebook.com/ccbbsp | instagram.com/ccbbsp ccbbsp@bb.com.br


Saúde Mental Infantil: Aprenda a identificar sinais de sofrimento emocional

Não é birra! Mudanças de comportamento em crianças durante o isolamento social podem indicar problemas emocionais mais graves


Muitas crianças apresentaram mudança de comportamento durante o isolamento social - episódios de choro, birra, o retorno do xixi na cama, entre outras situações. Teimosia ou doença emocional? Muitas vezes, o que parece apenas manha é, na verdade, um sinal de sofrimento emocional grave. A especialista do Núcleo Infantojuvenil da Holiste Psiquiatria, a psicóloga Alice Munguba, e a pediatra Dra. Jocete Fontes, vão esclarecer os fatores psicológicos no adoecimento infantil na próxima quarta-feira (28), às 19h30, no instagram @HolistePsiquiatria.

 O bate-papo abordará as principais dúvidas dos pais e também apontará quando é a hora de buscar ajuda profissional. “A pandemia tem agravado situações que já existiam e também tem sido um ambiente propício para o surgimento de novos sintomas como: crianças com TOC de limpeza, com tique nervoso, com crises de ansiedade, com medos mais intensos, falta e/ou excesso de apetite e a dificuldade para dormir que é recorrente em adolescentes que trocam o dia pela noite”, adianta Alice Munguba.

Com o convívio mais intenso, o isolamento em casa também está possibilitando que muitas famílias prestem mais atenção em manias, comportamentos recorrentes ou atrasos no desenvolvimento que acendem o sinal de alerta para quadros de transtornos mentais na infância. “É preciso estar atento aos indícios: Ideias perturbadas, comportamentos agressivos (consigo mesmo ou com o outro) sem causa específica, alteração alimentar, dificuldade de socialização, dificuldade em passar adiante nas etapas do desenvolvimento”, explica a psicóloga.

As profissionais pretendem ouvir os relatos do público e proporcionar um diálogo aberto sobre Saúde Mental Infantil na quarentena. Para participar, siga a Holiste Psiquiatria nas redes sociais e fique por dentro da programação: @HolistePsiquiatria.


SERVIÇO:


O que: Live da Holiste
Tema: Fatores psicológicos no adoecimento infantil
Quando: 28 de abril (quarta-feira), às 19h30
Onde: Instagram (
@holistepsiquiatria)


 Holiste 

www.holiste.com.br.


Dia 26, passageiros das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô podem retirar em estações mensagens de acolhimento preparadas por voluntários do Projeto Help

 

Ação tem por objetivo dar apoio e oferecer assistência a pessoas que apresentam quadros depressivos e ansiosos; pandemia colaborou para crescimento de casos


O Projeto Help preparou para abril e maio uma ação especial de apoio a pessoas que estão abaladas psicologicamente. Voluntários do projeto elaboraram milhares de mensagens de acolhimento, a serem oferecidas em parceria com a ViaQuatro e a ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e 5-Lilás, respectivamente. As mensagens serão colocadas nos nichos de leitura de algumas estações segunda-feira, dia 26 de abril, e 3 e 10 de maio, para serem retiradas pelos passageiros.

Atualmente, com as medidas de restrição do governo para evitar o contágio da covid-19, o atendimento presencial foi substituído pela distribuição das cartas. Nas mensagens também consta o telefone 4200-0034, para quem precisar conversar com um voluntário. Paralelamente a essa ação, nos nichos de leitura das 27 estações da ViaQuatro e da ViaMobilidade, os passageiros encontram livretos contendo informações científicas sobre depressão e saúde mental.

O Projeto Help costumava atuar presencialmente nas estações de metrô. Nas ações, os passageiros podiam conversar com os voluntários no "Cantinho do Desabafo", um espaço reservado para uma escuta fraterna, segundo Carlos Eduardo Ferreira de Souza, o Cadu, coordenador do Projeto Help, uma iniciativa criada em São Paulo há mais de 10 anos por integrantes da Força Jovem Universal.

O voluntário ouve a pessoa sem julgar, motivando-a a encontrar saídas para o que a aflige. Os desabafos giram em torno de temas como saúde, questões financeiras e dificuldade de relacionamento - situações que se exacerbaram com a pandemia de coronavírus. "Essas questões muitas vezes são gatilhos para problemas depressivos sérios, que podem colocar em risco a saúde da pessoa", alerta Cadu.

Cadu avalia que o momento pede atenção especial. Segundo ele, nos primeiros meses do ano passado, apenas 5 pessoas procuraram o "Cantinho do Desabafo" na Estação Largo Treze, um dos pontos da ação. Em setembro de 2020, com a pandemia já consolidada, o projeto recebeu 30 pessoas no cantinho da Estação Capão Redondo.

Somando todas as escutas realizadas em 2020, a média de atendimentos nas linhas foi de 65 pessoas. Para se ter uma ideia do crescimento, apenas em janeiro e fevereiro deste ano o cantinho recebeu 40 pessoas.

Em diversas situações, durante a escuta, os voluntários orientam a pessoa a buscar ajuda especializada. O resultado surpreende os integrantes do projeto. "Muitos só precisam ser ouvidos", diz Cadu. Para outros, no entanto, o atendimento não se encerra ali. Ele relata dois casos recentes, ocorridos em Capão Redondo. "Recebi dois rapazes em muito sofrimento, dispostos a desistirem de tudo. Um deles me procurou depois, na madrugada, desesperado". A conversa e o apoio o fizeram se acalmar e a enxergar perspectivas.

Para fazer parte do grupo, composto por pessoas jovens que, na maioria, superaram problemas psicológicos, os voluntários passam por um treinamento com especialistas da área da saúde mental.

"Em um momento como este que estamos vivendo, o apoio a quem está enfrentando problemas é essencial e, de fato, pode transformar vidas", diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e da ViaMobilidade.


Campanha Sua saúde mental é essencial - oferta de cartas motivacionais e cartilha sobre saúde mental nos nichos de leitura das estações:

 

Na ViaQuatro - Linha 4-Amarela

Dias 26 de abril e 3 e 10 de maio - das 10h às 16h: nas estações São Paulo-Morumbi, Butantã, Pinheiros, República e Luz.

 

Na ViaMobilidade - Linha 5-Lilás

Dia 26 de abril - das 10h às 16h: nas estações Capão Redondo, Campo Limpo e Largo Treze

Dias 3 e 10 de maio - das 10h às 16h: nas estações AACD-Servidor, Hospital São Paulo e Santa Cruz

Sobre a ViaQuatro:

 

Vacinação contra meningite cai e liga alerta para a doença

Pesquisa indica que 50% dos pais não levaram os filhos para serem vacinados contra a meningite no último ano
Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Neurologista explica que sem vacina a chance de desenvolver casos graves é grande. Neste Dia Mundial de Combate à Meningite ele destaca o diagnóstico precoce


O receio de contrair Covid-19 e as restrições para prevenir a doença estão entre os motivos que levaram cerca de metade dos pais entrevistados por uma pesquisa da farmacêutica GSK a não vacinarem seus filhos contra a meningite desde o início da pandemia. Os dados foram coletados em oito países (Reino Unido, Itália, França, Alemanha, Argentina, Brasil e Austrália, com pais de crianças de até 4 anos e nos Estados Unidos, de 11 a 18) e divulgados em março pela farmacêutica, que fornece a vacina meningocócica C para o Programa Nacional de Imunizações e as vacinas meningocócica C, B e ACWY para a rede privada no Brasil. 

Apesar de 94% dos responsáveis considerarem que a vacina contra meningite é importante, 50% adiaram ou suspenderam a vacinação durante a pandemia de covid-19. Ao listar as razões para não ir ao posto de saúde, 72% dos brasileiros apontaram as medidas de isolamento social e confinamento, 4% mencionaram o medo de contrair a Covid-19, e 19% disseram ter suspendido ou adiado a vacinação porque eles mesmos ou algum membro da família positivou para o coronavírus. O neurologista José Guilherme Schwam Júnior (CRM 15981) alerta para o ato de vacinar. “A vacinação deve ser estimulada e, especificamente na meningite, diminui as chances de casos graves”, destaca. 

A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. E 24 de abril é considerado o Dia Mundial de Combate à Meningite. José Guilherme, que atende na Clínica Montpellier, no centro médico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta que todos precisam se atentar à doença. “A meningite pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas crianças menores de um ano e idosos são mais suscetíveis a quadros mais graves, por terem uma resposta imunológica mais deficiente”, ressalta  o neurologista sobre a doença, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. 

Dentre os tipos de meningite, aquelas oriundas da infecção por bactérias são as mais encontradas na prática médica. “As meningites bacterianas, em geral, são as com maior potencial de gravidade e com os sintomas mais proeminentes, além de uma mortalidade maior”, destaca o especialista, que lista os sintomas. “Febre, dores de cabeça intensas, vômitos, alteração da consciência, confusão mental, raciocínio lento. Algumas vezes o doente pode tornar-se agitado ou muito sonolento e, se não tratada precocemente, pode evoluir para coma e morte”, explica.

 

Diagnóstico precoce


O neurologista José Guilherme Schwam Júnior afirma que a doença tem cura, mas um diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, que é realizado com o auxílio de um médico infectologista. “A meningite bacteriana é tratada com antibióticos, a viral, em alguns casos, com agentes antivirais, no caso dos fungos, com medicações antifúngicas, por exemplo. Então, é preciso ter o diagnóstico precoce para saber qual o agente causador específico, para que o pronto tratamento ideal seja iniciado”, salienta ele. 

Quando a doença é descoberta tardiamente, o doente pode ter sequelas graves, além de ter o risco de perder a vida. “Se não diagnosticada no início, a meningite tem uma grande chance de levar o paciente a óbito. E, se tratada tardiamente, pode gerar consequências drásticas como perda da visão, surdez, sequelas motoras (por exemplo, ficar com um lado do corpo paralisado, semelhante ao que ocorre com o AVC). Em alguns casos mais graves, pode ainda evoluir para o coma permanente ou para o óbito. Por isso, a vacina é fundamental para diminuir os casos graves”, destaca José Guilherme.


Cura do estrabismo ainda causa muitas dúvidas em pais e pacientes

A doença ocular que, além de questões estéticas prejudica a visão, tem múltiplas causas e afeta tanto crianças como adultos. Na infância, a atenção com os sinais e o cuidado com o excesso de exposição às telas de aparelhos eletrônicos podem aumentar as chances de sucesso do tratamento


O estrabismo, que é a perda do alinhamento dos olhos, afeta hoje cerca de 4% da população. Popularmente conhecido como "vesgueira”,  ele ocorre tanto em crianças, como em adultos. Especialmente,  por ser uma doença ocular bastante delicada que, além da questão estética, pode prejudicar a visão, o estrabismo ainda desperta muitas dúvidas em pacientes e pais.   

“Embora a  pergunta ‘Como curar o estrabismo’ seja um pouco capciosa, esse é um tema que sempre precisa ser discutido, mesmo porque, embora ela exista, a cura é multifatorial. Ou seja, está totalmente relacionada à individualidade do fator desencadeante de cada caso. Isso porque essa doença pode ocorrer por diversos fatores e componentes. Pode ser hereditário, ocorrer após algum trauma ou até mesmo por uma alteração hormonal, na tireóide”, ressalta Dra Anelise Bregalda Nomura, oftalmologista e diretora médica da Alpha Diagnose. 

O estrabismo de infância, o mais comum, afeta 1% a 3% das crianças e tem maior incidência nas nascidas prematuras, com doenças sistêmicas como paralisia cerebral, síndromes genéticas, e com histórico familiar. Além disso, um estudo da BioMed Central (BMC) Ophthalmology também mostra que crianças que utilizam smartphones por cerca de quatro horas por dia, durante quatro meses têm maior risco de desenvolver a condição. 

Inclusive, os números apontam para um aumento dos casos de estrabismo ao longo de 2020 e 2021, o que pode estar relacionado ao isolamento social e a alta exposição às telas de aparelhos eletrônicos, afinal até mesmo as atividades escolares foram transferidas para o computador. 

Assim como os fatores desencadeantes, as consequências do estrabismo também variam e a mais preocupante delas é a baixa acuidade visual, causada pela supressão de um dos olhos, principalmente do que está desviado. Desta forma, quando se fala de tratamento, na infância, o primeiro passo é o uso do tampão ocular para minimizar as perdas da visão. Isso tem que ser feito até os sete anos, fase na qual a criança desenvolve a  plasticidade cerebral. Em seguida é preciso avaliar a estética, que é a correção do famoso “olho tortinho”. Nesse caso, normalmente o indicado é cirurgia. Porém, existem situações em que o uso do óculos e de lentes de contato podem ajudar no alinhamento dos olhos, durante o uso. 

 “Vale lembrar que o tampão, não elimina a correção estética e vice e versa. É até por isso que na idade adulta a cirurgia de estrabismo tem exclusivamente fins estéticos e não visa corrigir a função visual”, enfatiza.  

Nos casos em que o quadro é originado pós trauma, é preciso primeiro corrigir a parte lesionada e depois tomar as demais decisões. Já quando a doença tem origem hormonal, primeiro é preciso cuidar da parte endocrinológica e depois avaliar qual a melhor forma de fazer a correção no músculo. Além disso, alguns casos muito específicos podem ser tratados com toxina botulínica, também conhecida como botox. No entanto, o efeito é temporário e dura cerca de seis a oito meses.

Em relação às chances de sucesso do tratamento e a cura do estrabismo, a Dra. Anelise salienta que  é importante ter ciência que se trata de uma cirurgia bastante delicada, pois ela mexe nos músculos dos olhos. E pode ser que o resultado não seja 100% esperado, pois às vezes, o desvio é pequeno ou muito grande e não dá para corrigir tudo em um único procedimento. E, mesmo com o resultado satisfatório, o estrabismo pode voltar, pois o músculo pode retomar a função dele após um tempo. 

“Conseguimos sim melhorar a qualidade da visão com tampão, desde que seja feita em tempo hábil e os sinais sejam percebidos na infância. E a correção estética, seja cirúrgica, com óculos ou lente de contato, deve acontecer no tempo correto e indicado pelo oftalmologista. O advento da tecnologia e o aprimoramento de técnicas, obviamente são pontos positivos no processo de cura. No entanto, é preciso estar ciente da importância do oftalmologista desde o nascimento”, finaliza a especialista. 

 


Alpha Diagnose


Dia Internacional Combate à Meningite (24/4)

PAIS PRECISAM ESTAR ATENTOS À VACINAÇÃO,

MESMO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

 

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por vírus, que é a forma mais comum e menos grave, com menor chance de complicação. Mas também ocorre a partir da infecção por bactérias, com gravidade variada, ou, de forma mais rara, por fungos e parasitas. 

Independente da fonte causadora, a doença se manifesta por meio de febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, irritabilidade, sonolência, letargia (falta de energia), confusão mental e fotofobia (aumento da sensibilidade à luz). No caso de recém-nascidos e bebês, os sintomas podem ser menos específicos: irritabilidade, choro fácil, vômitos, falta de apetite e diminuição da atividade (bebê muito quieto). Outro sinal muito importante nessa faixa etária é o abaulamento da fontanela, ou seja, a moleira ficar elevada. 

Alguns exames feitos pelo médico, ao desconfiar do diagnóstico, podem ajudar a identificar a doença, como, por exemplo, um hemograma ou o exame físico do paciente. Mas o diagnóstico definitivo é feito através do exame de liquor, que é o líquido da coluna, colhido com uma agulha introduzida na coluna lombar. Essa amostra é analisada em laboratório e, então, é possível fazer o diagnóstico da doença e também identificar o agente causador. 

O tratamento varia conforme o tipo de meningite. Por ser uma doença grave, há a indicação de internação para tratamento dos sintomas, do agente causador e para acompanhamento, com o objetivo de evitar complicações. A forma viral é de tratamento mais fácil, com foco nos sintomas, pois não há um medicamento específico, com exceção de casos raros. Nas demais – bacterianas, fúngicas e parasitárias – são utilizados fármacos apropriados para cada tipo. 

“A meningite é um quadro potencialmente grave que pode deixar sequelas sérias, como surdez, crises convulsivas, danos cerebrais, amputação de membros, dificuldades de aprendizagem, problemas comportamentais e alterações motoras, como a paralisia, por exemplo). Em alguns casos, pode causar a morte”, afirma a Dra. Priscila Cabral Passarelli, neuropediatra do Hospital e Maternidade Christóvão da Gama.

 

Covid-19 prejudicou vacinação e busca por atendimento 

De acordo com a Dra. Priscila, a ampliação do calendário de vacinação nas últimas décadas no Brasil fez com que a ocorrência da meningite diminuísse de maneira sensível. No entanto, durante a pandemia de Covid-19, de acordo com pesquisa da GSK, feita pelo Ipsos, em oito países, incluindo o Brasil, 50% dos pais deixaram de imunizar os seus filhos com a vacina meningocócica (veja quadro abaixo). Entre eles, 63% alegaram que as ações restritivas da pandemia levaram a adiar o procedimento, enquanto 33% relataram ter receio de contrair o coronavírus. 

Outro quadro preocupante é o medo de se dirigir a hospitais e prontos-socorros, que fez com que muitos pais acabassem ficando com suas crianças em casa, mesmo diante de sintomas que podem indicar a ocorrência de meningite. O atraso no diagnóstico compromete o diagnóstico e o tratamento, aumentando consideravelmente o risco de complicação do quadro. 

“É muito importante que os pais estejam atentos ao cartão vacinal das crianças e procurem atualizá-lo o quanto antes”, destaca Dra. Priscila. “Em caso de sintomas que possam ser decorrentes de meningite, é necessário procurar atendimento médico imediatamente.” 

Confira quais são as vacinas disponíveis contra a meningite:

 

TIPO

PROTEÇÃO

INDICAÇÃO

DISPONÍVEL NO SUS?

Meningocócica ACWY

Contra a doença causada pelos sorogrupos A, C, W e Y

A partir de 6 semanas de idade e adultos

Sim (para adolescentes de 11 e 12 anos)

Meningocócica B

Contra a doença causada pelo sorogrupo B

Crianças com idade superior a 2 meses e adultos até os 50 anos

Não

Meningocócica C

Contra a doença causada pelo sorogrupo C

Crianças a partir de 2 meses de idade, adolescentes e adultos

Sim (para crianças)

Pneumocócica conjugada

Contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite

Crianças entre 6 meses e 5 anos

Sim

Vacina conjugada contra Haemophilus influenzae b

Contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite

Crianças entre 2 meses e 5 anos

Sim, na forma pentavalente

BCG

Contra as formas graves da tuberculose, inclusive a meningite tuberculosa

Dose única, ao nascer, ou até os 5 anos de idade

Sim

 

Acompanhamento médico é essencial no combate à tontura, que atinge 30% da população global

 Na data mundial que lembra o problema, Hospital Paulista ressalta importância do diagnóstico e tratamento adequados

 

A tontura é a terceira queixa mais frequente dos pacientes nos consultórios e atinge cerca de 30% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a queixa ainda é cercada de dúvidas a respeito do diagnóstico, dos tratamentos possíveis e também da possibilidade de realizar um acompanhamento com especialista para diminuir o desconforto.

Para chamar a atenção de todos e conscientizar a respeito do problema, a data de 22 de abril foi definida como o Dia Mundial da Tontura. De acordo com o otorrinolaringologista Ricardo Schaffeln Dorigueto, do Hospital Paulista, a tontura é dos sintomas mais desafiadores da medicina, pois se trata de uma queixa de difícil definição para o paciente, e que também pode ocultar inúmeros diagnósticos.

“O termo ‘tontura’ possui significados distintos para muitos pacientes e, por vezes, inadequados à nomenclatura médica. O doente pode, por exemplo, descrever inadequadamente como tontura as sensações de quase desmaio (pré-síncope), desequilíbrio, ataques de pânico ou confusão mental, presentes nas síndromes cardiovasculares, neurológicas e psiquiátricas, com prejuízo para seu diagnóstico e tratamento”, afirma o Dr. Dorigueto, ressaltando o papel do médico neste cenário.

“Ao médico cabe reconhecer qual sintoma o paciente descreve e confrontá-lo com outros elementos da história clínica e do exame físico para a obtenção de um diagnóstico etiológico preciso, que é o primeiro passo para um tratamento adequado”, destaca.


Diagnóstico

O diagnóstico de um paciente com tontura ou vertigem depende fundamentalmente de uma história clínica cuidadosa e de um exame físico otorrinolaringológico pormenorizado. Quando necessário, existem exames auxiliares sofisticados que esclarecem o diagnóstico e auxiliam o tratamento médico.

“Sintomas associados, como hipoacusia, plenitude auricular e sintomas neurovegetativos, indicam comprometimento do sistema vestibular periférico. Cefaleia, ataxia, diplopia, paresia, parestesia, disfonia e disartria indicam comprometimento do sistema nervoso central. Assim, além das principais doenças vestibulares, é possível identificar síndromes cardiovasculares, neurológicas, metabólicas e psiquiátricas”, explica o Dr. Dorigueto.

Assim, de forma geral, um dos principais objetivos da campanha global é ressaltar o verdadeiro significado da tontura e da vertigem, desassociando o problema de forma imediata à labirintite, por exemplo. Além disso, o Dia Mundial da Tontura reforça a orientação de que os pacientes procurem auxílio médico e tratamento.

“O paciente não precisa conviver com a tontura, tampouco tratá-la como algo natural, que não pode ser tratado. Esse tipo de comportamento impede e compromete um diagnóstico e, consequentemente, um tratamento adequado”, conclui o otorrinolaringologista.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Fortalecimento muscular ajuda na recuperação da covid-19

Estudo realizado por pesquisadores da USP identifica que pacientes com mais massa muscular ficam menos tempo internados Alívio do estresse, melhora na concentração, aceleração do metabolismo. Os benefícios da musculação são inúmeros e, acompanhados por um especialista, o tornam uma modalidade muito popular. Além de todas essas vantagens, a musculação agora é também uma importante aliada para combater um dos inimigos mais difíceis do momento: a covid-19. 

 De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), foi possível identificar que força e massa muscular podem ajudar na redução do tempo de internação de pacientes com a doença.

 Os pesquisadores avaliaram 186 indivíduos hospitalizados com covid-19 moderada ou grave e identificou que aqueles que tinham mais força e massa muscular tendiam a permanecer menos tempo internados. 

 A prática da musculação é vista por muitos apenas como uma maneira de aumentar a massa muscular. No entanto, a atividade é muito eficiente para quem busca uma melhora na qualidade de vida e, principalmente neste momento, atua como uma ação preventiva de danos graves da covid-19, explica Mônica Marques, educadora física e diretora técnica da Cia Athletica de São José dos Campos. "A prática regular do exercício físico atua como um modulador do sistema imune, mas não é apenas esse o benefício proporcionado pela atividade. O fortalecimento muscular melhora o condicionamento cardiorrespiratório, aumenta a densidade óssea e reduz o risco de diabetes. Todos esses benefícios vão proporcionar uma recuperação mais rápida do paciente", explica. 

Apesar do envelhecimento e condições crônicas, como diabetes tipo 2, serem fatores que aumentam o risco de desenvolver formas graves de covid, pesquisadores ressaltam que há indivíduos jovens e aparentemente mais saudáveis que podem precisar de hospitalização e até mesmo virem a óbito por causa da doença. "Isso sugere a existência de características clínicas ainda desconhecidas associadas ao prognóstico de covid-19. Parâmetros de força e massa muscular são potenciais candidatos para isso.", afirma Hamilton Roschel, autor do estudo e um dos coordenadores do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) e da Faculdade de Medicina (FM) da USP. 

Diante deste cenário, a educadora física ressalta a importância da prática de atividades físicas, mesmo em um momento de isolamento social. "É importante reforçar que praticar atividades físicas não previne o contágio, no entanto, é certo que ser ativo apresenta sim associação a menores prevalências de hospitalização. Além disso, o praticante colhe outros bons frutos, como uma melhora do condicionamento físico, qualidade de vida e saúde mental", conclui Mônica Marques.

 

 

Companhia Athletica

http://www.ciaathletica.com.br


Pacientes recuperados da covid-19 devem dar atenção à saúde do coração

Mesmo com quadros graves ou leves da doença, a recomendação é buscar acompanhamento médico e check-up periódico

 

Conforme aumentam os estudos e as pesquisas relacionadas à covid-19, entendemos sobre os tratamentos mais assertivos e como lidar com o paciente mesmo após a sua recuperação. É o que apontam dados do Ministério da Saúde, que revelam que mais de 12.391.599 milhões de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus estão recuperadas e demandando cuidados e acompanhamento especializado para averiguar possíveis sequelas.

Segundo o cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior, mesmo quem teve quadros leves da covid-19 deve fazer um acompanhamento médico, com check-up periódico para avaliar, principalmente, a saúde de órgãos como coração, pulmão e cérebro.

“O paciente pode ter distúrbios de coagulação e apresentar os mesmos sintomas de quando estava com a doença, como cansaço, dor de cabeça, tudo isso resultado da intensa reação inflamatória que acontece no corpo de quem foi afetado pela doença”, alega o médico.


Check-up pós-covid

A preocupação são as sequelas cardíacas, que podem levar a necessidade de uma reabilitação. Os sintomas que as pessoas que tiveram a covid-19 devem ficar atentas são a falta de ar, dor no peito, palpitações e fadiga excessiva, que podem indicar uma piora da função cardíaca.

Segundo o Dr. Elcio Pires Junior, o coronavírus pode atacar o músculo cardíaco (como já provado em estudos recentes), causando miocardite e deixando sequelas, como insuficiência cardíaca e maior propensão a arritmias. E até mesmo em resposta a inflamação, podem acontecer alterações de aterosclerose, podendo levar ao infarto do miocárdio.

O tromboembolismo pulmonar também pode comprometer o ventrículo direito do coração, gerando insuficiência cardíaca direita. Por estes motivos, é importante que para quem cumpriu a ‘quarentena’ do vírus e está recuperado, a recomendação é fazer um check-up antes mesmo de voltar a sua rotina de exercícios também.

O cardiologista poderá solicitar:

- Ecocardiograma (ECG).

- Exames clínicos e laboratoriais.

- Raio X / Tomografia.

- Ressonância magnética.

- Ecodopplercardiograma.

Se houver qualquer queixa, o especialista também pode solicitar um teste de sangue que verifica a presença de um marcador de lesões miocárdicas, a troponina T.

Mesmo depois do contágio, consulte o médico! 

 


Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas.


facebook.com/Dr-Elcio-Pires-Junior-Cirurgião-Cardíaco 

linkedin.com/in/elciopiresjunior

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População não sabe o que fazer em caso de queimadura, revela pesquisa

Atitude da vítima nos primeiros momentos após acidente pode determinar sucesso de todo o tratamento


Por ano, mais de um milhão de brasileiros sofrem algum tipo de queimadura. Destes, apenas 100 mil procuram atendimento médico e 2,5 mil morrem por complicações causadas pelo acidente. Um estudo recente realizado no Colégio Positivo, em Curitiba (PR), alerta para os riscos de complicações no tratamento de queimaduras, por conta da desinformação.

A pesquisa foi realizada pelas estudantes Rafaela Bernardi Rizotto e Rebecca Nogueira Veloso para um trabalho científico sobre enxerto de pele e apresentado em março de 2021 na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), da Universidade de São Paulo (USP). Foram entrevistadas 400 pessoas, sendo que mais da metade (50,5%) delas possui grau de instrução superior completo e 57,8% já sofreram algum tipo de queimadura.

O dado mais alarmante é que 39% dos entrevistados afirmaram que não procurariam cuidados médicos. "Muitas vezes, a desinformação chega a ser pior que a própria queimadura, pois os primeiros cuidados devem ser rápidos e precisos para aumentar o índice de sucesso do tratamento e reduzir o risco de complicações", afirma a coorientadora do estudo, Irinéia Inês Scota, que é coordenadora de Pesquisa Científica e Empreendedorismo do Colégio Positivo.

Das pessoas que não buscariam cuidado médico, 16% afirmaram que se automedicariam com remédios já existentes em casa ou recomendados por conhecidos; 9,3% fariam uso de produtos não-convencionais caseiros e 3,8% disseram que procurariam informações on-line sobre como proceder. Entre os métodos caseiros citados, destacaram-se o leite materno (3,5%), creme dental (3,3%) e o óleo de cozinha (2,3%). 

Segundo o estudo, a falta de informação pode elevar a taxa de mortalidade nos casos de queimaduras. "Os familiares e socorristas podem, na maioria das vezes, salvar vidas prestando corretamente os primeiros socorros às vítimas, evitando a automedicação e o uso de substâncias caseiras", afirma Rafaela Rizotto. O presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), José Adorno, ressalta que o primeiro cuidado com o ferimento é fundamental para o sucesso do tratamento. "Qualquer substância que seja passada sobre a pele queimada vai irritá-la e pode fazer com que a queimadura piore, inclusive evoluindo de um grau para outro. Há também o alto risco de infecção por bactérias, fungos e vírus presentes nesses produtos, já que a barreira natural do organismo – a pele – está danificada", esclarece.

De acordo com Adorno, o tratamento vai depender da gravidade da ferida, localização, profundidade, extensão, presença ou não de infecção, agente causador da queimadura, estado nutricional do paciente, idade e presença de doenças crônicas degenerativas. No entanto, antes de chegar ao hospital ou unidade de saúde, algumas medidas simples podem ajudar a aliviar  a dor e conter o ferimento.

A orientação da Sociedade Brasileira de Queimaduras é que, imediatamente após o acidente, deve-se resfriar o local com água corrente; retirar acessórios (como anéis, colares, relógios etc), pois o corpo incha naturalmente após uma queimadura e esses objetos podem ficar presos; tomar comprimido analgésico para o alívio da dor; cobrir o ferimento com pano ou toalha limpa e dirigir-se à emergência (UPA) ou chamar socorro médico (SAMU). Não é indicado o uso de gelo nas lesões, furar as bolhas, tocar a área afetada com as mãos ou utilizar qualquer produto no local sem orientação médica. 

O cirurgião plástico Luiz Henrique Calomeno informa que mais de dois terços dos acidentes com queimaduras acontecem dentro de casa e, por isso, houve um aumento considerável de casos durante a pandemia. "As pessoas estão cozinhando mais e com o agravante do uso indiscriminado de álcool em gel em altas concentrações, que são ainda mais inflamáveis", alerta. Ele aconselha que, dentro de casa, seja dada preferência à lavagem de mãos com água e sabão, para diminuir o risco de acidentes.

Outro agravante, segundo Calomeno, é que muitas pessoas não procuram cuidados médicos por pensar que não terá atendimento por conta da alta ocupação hospitalar nessa época ou ainda com medo de se infectar com a Covid-19 dentro das unidades de saúde ou hospitais. "As queimaduras estão dentro do hall de emergências que serão sempre atendidas, independente de pandemia ou não", assegura o cirurgião.

 

Novas técnicas medicinais para o tratamento de queimaduras no Brasil 

Enxertos sintéticos vêm sendo estudados e testados para cobrir temporariamente áreas da pele afetadas por grandes queimaduras. Eles protegem contra infecções e perda de líquidos e podem ser apresentados em forma de spray, gel, espuma ou membrana. É o caso da pele de tilápia e do mel de abelhas, que foram estudados pelas jovens curitibanas.

O trabalho mostra que a pele da espécie de peixe tilápia possui características e morfologia semelhantes à pele humana, mas com cicatrização mais rápida - de 16 dias, em vez de 21. Com maior aderência à ferida, evita contaminação externa e desidratação, além de demandar trocas menos frequentes do curativo. A pele de tilápia pode ser deixada sobre a ferida por dias e, conforme a situação, até a cicatrização completa, o que pode reduzir o sofrimento do paciente. A técnica também tem um custo mais baixo se comparada aos demais tratamentos. 

Outro componente que vem sendo utilizado para tratar queimaduras é o mel (de grau médico, orgânico, livre de toxinas e esterilizado). Apresentado nas formas de tubo, gel e curativos, possui efeito antibactericida, cicatrizante e ainda diminui o edema local e a cicatriz. As estudantes pesquisaram que o tratamento com mel de abelha pode substituir os antibióticos tópicos, pois promove a formação de novos vasos sanguíneos e estimula as células do sistema imune. Além de ser natural, possui baixo custo.  


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