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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Quatro dicas para mulheres que desejam empreender


Nesta época do ano é comum que muitas mulheres aproveitem o período para inovar, fazer uma renda extra, iniciar um novo negócio ou planejar os objetivos profissionais para o ano seguinte.
Segundo o Sebrae, a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) e o Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios, desde 2017 as mulheres superaram os homens na abertura de empresas. Entre os pequenos negócios iniciados nos últimos três anos e meio, elas lideram o ranking, com 14,2 milhões em relação aos homens, que somam 13,3 milhões.

Foi pensando nisso, que a advogada e consultora de novos negócios, Roberta Kuruzu, listou abaixo quatro dicas preciosas para as mulheres que desejam entrar de vez para o time das empreendedoras. Vejam:


1) Organize-se: Nós mulheres costumamos ter dias muito corridos, dentro e fora de casa ou do trabalho. Por isso, para facilitar, sugiro fazer um check-list diário, com todos os compromissos e tarefas do dia. Dentre todos os itens, escolha cinco principais e assinale para priorizar.


2) Fique atenta às finanças do seu negócio: Procure não misturar finanças pessoais com as corporativas. Mantenha uma planilha de controle financeiro atualizada, se for o caso, peça ajuda a um contador ou consultor financeiro.


3) Sempre busque conhecimento: Conhecimento é a única coisa que ninguém nunca vai nos tirar, quanto mais, melhor. Manter-se atualizada e informada do que acontece no mercado, ter um diferencial e saber personalizar o trabalho são aspectos fundamentais para progredir com o seu negócio.


4) Tenha calma e paciência: Coloque uma meta inicial para o seu negócio e faça o que tiver que ser feito para dar certo. Cada um tem o seu tempo e você está no tempo certo. Tenha calma e sempre avalie bem as oportunidades ou possibilidades que surgirem.






Roberta Kuruzu - advogada, consultora de novos negócios e especialista em vendas diretas.


4 experiências ou habilidades valorizadas em jovens profissionais


De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), a taxa de desemprego entre os trabalhadores de 18 a 24 anos é de 26,6%, maior que o dobro da taxa da população em geral (12,4%). Os números evidenciam ainda que do total de 13 milhões de desempregados no país, 32% têm entre 18 e 24 anos: são 4,1 milhões de indivíduos nesta faixa etária em busca de emprego. 

Para incentivar esses profissionais a ampliarem suas chances na busca de uma colocação no mercado de trabalho, o especialista Rodrigo Vianna, CEO da Mappit – consultoria do Grupo Talenses especializada no recrutamento para vagas de início de carreira – aponta as experiências e habilidades que tem sido mais requeridas pelas empresas na contratação de profissionais iniciantes. São elas:


1.   Intercâmbio (graduação sanduíche)

Os intercâmbios têm brilhado cada vez mais os olhos do RH das empresas. O principal motivo é a vivência que o profissional adquire com essa experiência, que traz habilidades importantes para a carreira: resiliência, maturidade, autonomia e aprendizado com outras culturas. Em segundo lugar, está o inglês, que, de forma geral é melhor desenvolvido quando o indivíduo mora em um país que fala essa língua.

É importante reforçar que a graduação sanduíche (quando o estudante passa certo tempo dos seus estudos em uma universidade ou unidade de ensino estrangeira) tem sido ainda mais valorizada que outros tipos de intercâmbios, por tratar-se de uma vivência no exterior direcionada para a carreira que o profissional tem interesse em vivenciar de fato. 


2.   Habilidades com ferramentas tecnológicas

Essas habilidades têm sido cada vez mais requeridas em vagas de diferentes áreas e diferentes níveis hierárquicos. Portanto, saber programar, por exemplo, pode ser uma habilidade diferencial para o profissional conquistar uma vaga de emprego.


3.   Participação em empresas juniores da Universidade

No caso de jovens profissionais, nem sempre é possível preencher o trecho “experiência” do currículo.  Por isso, uma dica importante é ter envolvimento em diferentes projetos durante a graduação, seja em empresa júnior, ou até mesmo iniciação científica. Esse tipo de prática evidencia que o indivíduo já passou por algumas situações que poderão agregar valor no início da sua vida profissional. 


4.   Autonomia

Uma habilidade importante que as empresas têm requerido é que até mesmo profissionais mais jovens tenham mais independência e autonomia para trabalhar. Como essa habilidade costuma ser conquistada apenas por meio de experiência, esse é mais um dos motivos pelo qual a participação de candidatos em empresas juniores da Universidade é valorizada, já que elas funcionam como uma empresa real e estimulam a autonomia. 


O touchscreen e o toque da pele


Vivemos numa sociedade que valoriza o “touch” ao invés do “toque”. Chegou o momento, ou até passamos dele, de questionar a nossa relação com os aparelhos eletrônicos (celulares, tablets, etc.). Será que eles não estão sendo utilizados de tal forma que estão prejudicando a própria interação entre nós, seres humanos?

O sucesso das redes sociais é evidente. Recentemente, o Facebook ultrapassou o número de 1 bilhão de usuários. O WhatsApp foi um dos principais motores para as decisões das eleições brasileiras. Temos redes sociais focadas em fotos, vídeos, namoros, etc..

Mary Meeker, estudiosa do consumo da internet no mundo, aponta que um ser humano comum passa cerca de 7 horas de seu dia diante das telas eletrônicas.

 Não é incomum, hoje, uma pessoa conferir as novidades de suas redes sociais ao acordar, para saber os comentários, as curtidas ou os compartilhamentos que recebeu na noite passada. Muito menos incomum é a vontade da nova geração de ser um youtuber. Estamos cada vez mais tentando interagir, seja no âmbito pessoal ou profissional, pelas redes sociais. Novamente, o Whatsapp é um desses exemplos. Estamos trabalhando mais, em horários adversos, graças a esse aplicativo. A máxima de algumas das grandes empresas de “trabalhe a hora que você quiser” significa, na verdade, que você vai trabalhar toda hora. 

Se passamos horas na frente das telas, deixamos de viver horas de interação direta. Como fica o “toque” nesse contexto? Como fica o abraço, o beijo, o perfume que o outro passou, o cheiro da pele, o olhar os olhos, o beijo, o sentir a presença do outro, o sentir a pele do outro, a empatia, a alteridade? Ficam desprezados. Estamos vivendo um profundo isolamento do “toque”, promovido pelo “touch”. Ou melhor, estamos trocando o corpo, todas as sensações e emoções que ele nos proporciona, pelos conteúdos das redes sociais. Por exemplo: no Japão, 500 mil pessoas, entre 15 a 39 anos, têm se isolado por meses em casa. O caso é denominado pelo país de Hikikomoris. Além desse caso, a American Urological Association, em Boston, investigou a relação entre o consumo de pornografia e a disfunção sexual de homens, entre 20 e 40 anos.

 Joseph Alukal, um dos líderes da pesquisa, afirma que quanto mais os homens têm assistido pornografia, menos eles se interessam pela interação sexual real. 

E ainda em nosso cotidiano, o “toque” além de menosprezado, é violentado. Diariamente, nos transportes públicos, temos que tocar um outro desconhecido, sentir seu cheiro, tocá-lo, ser empurrado e, por vezes, até empurrar o próximo. Casos de assédios são ainda mais radicais e inaceitáveis. Além dos transportes, os vizinhos, a comunidade, de grandes cidades como São Paulo, são cada vez mais raras. Já as praças, principais centros de interação social, estão cada vez mais escassas e destruídas. As revitalizadas possuem a maravilha do WI-FI. No fim, depois de horas no transporte, de falta de espaço para interação social na cidade, nós não conseguimos e nem queremos mais tocar ninguém ou ser tocado. Fugimos para as redes sociais digitais, novamente. 

O fato é que nosso tempo é limitado. Se estamos no “touch”, não estamos no “toque”, e vice-versa. É necessário haver o equilíbrio dos dois. Devemos, então, desligar um pouco os aparelhos e olhar com mais calma para nossos vínculos e para os nossos corpos. Somente assim, as risadas de doer a barriga vindas das experiências inigualáveis com os amigos nos tempos livres, e a comunicação mais complexa da humanidade, o amor e o fazer amor, estarão a salvos.






Leonardo Torres - Palestrante, Professor e Doutorando em Comunicação e Cultura Midiática. 


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