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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Empresa sustentável: mais do que cuidar do meio ambiente, cuidar das finanças


Quando o termo "empresas sustentável" ganhou notoriedade, a maioria das organizações não fazia ideia do que isso realmente significava para o todo de seu negócio. Muitas delas abraçaram a causa por questões de preocupação ambiental, vendo na "moda" uma oportunidade de colocar em prática valores que já possuíam, e tantas outras simplesmente queriam se reafirmar perante seus consumidores exigentes de uma postura renovada da empresa. Para não ficar para trás e perder público, quase todo mundo buscou se tornar um pouco mais sustentável. Talvez tenha sido esse um dos primeiros valores que mudaram a forma como as pessoas passaram a se relacionar com as marcas.

Na era do lover e hater, ser sustentável é quase uma demanda básica. Porém, a verdade é que muitos adotaram essa postura por uma questão de relacionamento, e não de valor de gestão empresarial, um erro básico. Por estarem distantes da realidade da sustentabilidade, muitas empresas não entendiam, e ainda não entendem o potencial financeiro de realmente cuidar do meio ambiente. Falando primeiramente do óbvio, a imagem da empresa nunca esteve tão em jogo quanto hoje. Ser sustentável determina ter ou não um consumidor fiel. O boicote a marcas que agridem o meio ambiente, que poluem, tem escala mundial graças a internet. 

Ser sustentável é afirmar que se respeita o consumidor, e que ele pode confiar e "amar" sua marca, sem culpa, sabendo que indiretamente ele mesmo está fazendo um bem ao planeta. Seguindo essa lógica, realmente há muito a se ganhar com uma adequada gestão de resíduos. Empresas que implementam processos de gestão adequada de resíduos, ou cuidado com poluentes que possam ser gerados em suas produções, ganham em diversos momentos do processo produtivo. Basicamente temos que levar algumas coisas em consideração.

Primeiramente, os recursos naturais são finitos. Uma hora eles irão acabar, e mesmo que isso não aconteça no tempo de vida de um gestor X ou Y, a empresa precisa existir com o olhar no futuro, de forma a ser muito mais longeva do que seu fundador. Sendo assim, é preciso aproveitar o máximo de um recurso, e isso significa, basicamente, aplicar a reciclagem. Reciclando é possível garantir que a matéria prima se renove, assim como a fonte de produção da empresa. Sem matéria prima, sem empresa. Isso não é discutível, é só a realidade.

Em um segundo momento é preciso se preocupar com o impacto ambiental da empresa na região onde ela se encontra. O Brasil é um dos países com mais processos por saúde ocupacional, dos funcionários, e das populações que moram ao redor das empresas. Poluentes mal descartados, não tratados, geram contaminação nas comunidades que, não só consomem o que a empresa produz como são parte de seu corpo de funcionários e seus familiares. Há perdas em mão de obra, e também em processos judiciais contra a empresa. A empresa acaba por se auto infligir ataques em sua estrutura mais básica. 

O modo como a empresa lida com essas questões, a gestão de pessoal em seus aspectos físicos e psicológicos, determinam ganhos e perdas da empresa. As empresas esquecem que são responsáveis, pela comunidade em que estão inseridas. É essa comunidade que a faz movimentar seus negócios em primeira instância, por maior que seja companhia. Cuidar de saúde e bem estar, físico e mental, dessas comunidades é primordial. Perda de pessoal, seja por problemas de saúde ou judiciais, geram novos encargos de contratação, de gestão de pessoal, etc. O dinheiro só sai, e enquanto isso seu consumidor se afasta mais ainda de você. É cíclico.

A verdade é que lidar com todo esse problema é simples. É preciso aplicar à empresa processos e diretrizes que manobrem a operação para agir de forma realmente sustentável. Não é uma questão de selo de comprovação, embora ele ajude na hora de comunicar ao seu público sua consciência ambiental, é uma questão de poupar e ganhar dinheiro com os novos processos. Certificar sua empresa na ISO14001 é o primeiro passo. Ela fala justamente de práticas de sustentabilidade para as empresas. A certificação é testada, estudada, atualizada, e realmente garante que a empresa tenha estrutura sólida para agir de forma sustentável.

A chave de tudo é a mudança, a construção de novos hábitos, a busca por novos meios de enxergar e lidar com problemas antigos, e é por isso que a certificação geralmente é a chave para atingir esses resultados. Feito isso é possível pensar em melhor se comunicar com a comunidade, e ai sim atestar "minha empresa é sustentável", sem modismo, sem belos ideais e práticas falhas, com real consciência e lucro.






Alexandre Pierro - engenheiro mecânico, bacharel em física aplicada pela USP e fundador da PALAS, consultoria em gestão da qualidade. 


 

Por que desburocratizar o sistema de abertura de empresas no Brasil?

Adotar medidas para reduzir o processo burocrático vai incentivar o empreendedorismo no Brasil e aquecer a economia, um benefício gigante para um país em crise, garante especialista


Mais de 60 dias. Este é o período necessário hoje para que o cidadão brasileiro consiga abrir uma empresa no país. O processo atual envolve Receita Federal, Junta Comercial e Prefeitura Municipal, além de muita papelada. Se o negócio for de comércio, então, inclui ainda a Receita Estadual. Não à toa, todo esse trâmite colocou o Brasil no 176° lugar do ranking Doing Business, do Banco Mundial, ficando atrás da vizinha Argentina, onde o tempo gasto é de 24 dias; México, pouco mais de oito dias, e França, com demora de apenas 3 dias.

Agora, se, além de lançar-se no mercado, o futuro empreendedor planejar crescer o negócio, vai precisar esperar um pouco mais – em média, cerca de 450 dias para a regularização completa de um novo imóvel, por exemplo. Todo esse tempo, além dos custos e da quantidade de procedimentos, tem atravancando a vida de milhares de pessoas que tentam abrir as portas de um empreendimento no país. Analisando estes números, o Ceo da Contabilivre e consultor financeiro, Mauro Fontes, explica que passar por tantos órgãos e pagar os diversos serviços é extremamente desgastante e se deve à falta de integração do sistema. “O problema é que muitas prefeituras ou até mesmo estados, ainda não se integraram. Por isso ainda há muita perda de tempo e gastos com a grande quantidade de papeis impressos. Ou seja, além de ter que submeter o processo a 3 ou 4 órgãos, o empreendedor precisa ir também ao cartório. É muita burocracia!”, afirma o especialista.

Mauro destaca ainda os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Certificação e Monitoramento (IBRACEM), que mostram que 86% das empresas brasileiras têm hoje alguma pendência com órgãos federais ou municipais e essas irregularidades podem estar relacionadas às muitas mudanças nas leis de tributos e às obrigações fiscais. Por isso, desburocratizar o processo para simplificar a vida empresarial é urgente, pois derrubando essas barreiras, há incentivo ao empreendedorismo no país, contribuindo com a retomada do crescimento econômico, além da geração de empregos. “Diminuindo esse tempo, vamos incentivar o desenvolvimento dos pequenos negócios e aumentarmos a competitividade das empresas”, ressalta Fontes.

Para acelerar esse processo a saída seria adotar um modelo parecido ao implementado para as empresas MEI. Mauro esclarece que no sistema de MEI atual dá para obter CNPJ em menos de 10 minutos, já que não é necessário imprimir documentos, registrar assinaturas, reconhecer firmas e autenticar documentos. “O ponto principal dessa diferença tão grande é que, no modelo tradicional, o governo desconfia primeiro para depois acreditar, enquanto que no modelo MEI e de outros países, é o contrário. O governo precisa acreditar na boa fé dos cidadãos”, destaca.

O especialista ressalta que ao colocar o negócio em atividade, o empresário fatura e a economia gira, gerando emprego, renda, etc. Desse modo, todos ganham. “Em economia, confiança e otimismo é tudo. Existe uma atmosfera de otimismo no mercado decorrente das expectativas sobre a futura política econômica da equipe do presidente eleito. Isso indica que 2019 provavelmente será mais aquecido que 2018, mas não devemos esperar nada extraordinário. Empreender é sempre positivo, desde que feito com planejamento, em uma área de conhecimento do empreendedor, e com um investimento que não sacrifique demais as economias dos sócios”, finaliza.




Smartphones, eletrodomésticos e TVs serão os itens de maior procura na Black Friday, indica pesquisa IBOPE Conecta e Mercado Livre


Levantamento revelou que 79% pretendem aproveitar as ofertas do período; Maioria das compras (51%) serão feitas pela internet


Os smartphones serão o item mais cobiçado para compra na Black Friday, indica pesquisa do Mercado Livre encomendada ao IBOPE Conecta. O produto foi mencionado por 31% dos participantes. Eletrodomésticos (11%) e TVs (6%) contemplam o ranking dos três mais citados. O levantamento revelou, ainda, que 79% pretendem aproveitar as ofertas da Black Friday em 2018. A internet segue como tendência de canal para compra durante o período:  51% dos participantes aproveitará a data – que neste ano cairá em 23 de novembro - para realizar suas compras online. O resultado oscilou positivamente em relação ao ano passado, em que 48% declararam utilizar o canal digital.


Vantagens do canal online

Além da internet, 13% dos consumidores utilizarão as lojas físicas e 37% farão as compras tanto em canais físicos quanto digitais para aproveitar a data.

Na comparação com lojas físicas, o fator determinante para que as lojas online sejam as eleitas para as compras é um melhor preço ou maior desconto, mencionada por 54% dos entrevistados. Além disso, frete grátis (30%), possibilidade de parcelamento (8%) e variedade de produtos (7%) foram os demais fatores citados.

O levantamento foi feito com mil pessoas entre os dias 19 a 25 de setembro, e ouviu participantes de ambos os sexos, maiores de 16 anos e pertencentes às classes A, B e C, de todas as regiões do país.


Adesão à data

O alto índice de adesão à Black Friday (70%) está relacionado a um histórico favorável na data: 95% dos que compraram na edição passada declararam ter tido uma experiência positiva, ao encontrarem bons descontos. Já em relação às razões para não aderir à campanha, a restrição financeira é a principal. Entre os 21% que não tem intenção de consumir na data, mais da metade (51%) mencionou a falta de dinheiro como motivo. Desinteresse foi mencionado por 42% e 7% declararam que não gostam de comprar na data.


Antecipação do Natal, categorias e produtos de desejo

Assim como na edição anterior da pesquisa, metade (50%) dos respondentes usarão a Black Friday para adiantar as compras de Natal. Os demais se dividem entre os que não pensaram a respeito (35%) e os que não pretendem comprar os presentes de Natal nesta data (14%).

As categorias que despertam maior interesse no consumidor são Moda e Acessórios (30%), Celulares (21%), Eletrodomésticos e Linha branca (20%), Saúde e Beleza (19%) e Livros (18%). Em relação à quantidade, 44% pretendem comprar até três produtos na promoção este ano, índice que era de 39% no ano passado; 17% comprarão quatro ou mais produtos e os 39% restantes ainda não se decidiram sobre a quantidade de itens. 

  
Previsão de gastos e formas de pagamento

Em relação à previsão de compras para a Black Friday, 47% pretendem gastar acima de R$ 500. Gastar de R$ 50 a R$100 é a expectativa de 5% e a faixa de preço seguinte, nos valores entre R$ 100 e R$ 250, foi mencionada por 9%. Parcela similar (10%) declarou que seus custos ficarão entre R$ 250 e R$ 350. Os valores de R$350 a R$ 500, foram mencionados por 13%.

Dentre os 42% dos participantes que declararam que vão utilizar o décimo terceiro salário para comprar na Black Friday, 7% utilizarão o valor integral na data, e o restante (35%) informou que utilizará o valor parcial. Enquanto 25% declararam não receber o benefício, os 33% restantes usarão o 13º para outros fins.

Sobre a forma de pagamento, o comportamento do consumidor é praticamente o mesmo que no ano anterior: a opção de pagar alguns itens à vista e outros de forma parcelada no cartão liderou nos dois anos com 35%.  Na sequência, 28% declararam nas duas edições da pesquisa que irão parcelar as compras no cartão de crédito. A opção à vista no boleto recuou de 23% para 21% neste ano e o pagamento à vista no cartão de crédito cresceu 14% para 16% na edição de 2018.




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