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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Novos casos de câncer de próstata devem passar de 68 mil até o final de 2018


Especialista fala sobre cuidados e prevenção da doença que tem assombrado o mundo nos últimos anos


Dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer da Próstata. Por esse motivo, o mês de novembro é também conhecido como “Novembro Azul”, destinado à conscientização mundial sobre esse tipo de câncer. A doença é a segunda maior causa de morte por câncer no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de pulmão. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam que os números de diagnóstico desse tipo de câncer devem ultrapassar os 68 mil este ano, 7 mil casos a mais do que no ano passado.

Segundo o Instituto Oncoguia, 1 a cada 9 homens será diagnosticado com a doença durante a vida. E o mais assustador é que 1 a cada 41 homens morrerá devido ao câncer de próstata. Por isso, o diagnóstico precoce da doença é tão importante. Segundo o Dr. Aier Adriano Costa, coordenador da equipe médica do Docway, o diagnóstico rápido da doença faz com que o tratamento seja eficaz em 9 entre 10 casos. “Quanto mais consciência os homens tiverem da doença e de como diagnosticá-la e preveni-la, maiores são as chances de cura e sucesso no tratamento, por isso campanhas como essa são tão importantes”, comenta.

A doença em estágio inicial normalmente não causa algum tipo de sintoma, mas em casos avançados, a pessoa pode apresentar fluxo urinário fraco ou interrompido, impotência, sangue no líquido seminal, franqueza ou dormência nas pernas e pés, dor ou ardor durante o xixi e até perda do controle da bexiga. Ainda segundo o especialista, justamente por não apresentar sintomas relevantes em estágio inicial é que existe essa importância da realização de exames periódicos.

Quanto à prevenção, deve-se ficar atento não só aos fatores de risco como a idade e o histórico familiar, a incidência de casos da doença é reduzida quando o homem adota medidas simples em seu dia a dia. Uma dieta saudável e a prática de exercícios são fundamentais para quem quer manter-se longe das doenças. “Quando me refiro a hábitos saudáveis, não estou dizendo que o homem precise virar um atleta, se ele praticar exercícios de intensidade moderada por 150 minutos durante a semana, aliando isso a uma dieta mais equilibrada que inclua antioxidantes, dentre eles o selênio, vitamina E e o licopeno. Já terá grandes resultado”, completa o especialista


Veja o que você precisa saber sobre o câncer de mama em homens


Neste Outubro Rosa, enquanto governo e opinião pública voltam seu tempo e esforços para falar sobre a incidência de câncer de mama nas mulheres e alertá-las acerca do rápido diagnóstico, lembramos que essa enfermidade também acomete homens e, mais do que isso, que eles precisam ter acesso a informações tão densas e precisas quanto elas. Sabe-se que aproximadamente 1% de todos os casos novos no país são verificados em pessoas do sexo masculino, que, por sua vez, sofrem com as consequências da descoberta tardia da doença por pensar que ela é exclusiva do público feminino.

Prova do quanto os homens ainda tentam se "distanciar" do câncer de mama é o que revela a ultrassonografista Maria Christina Rizzi, coordenadora dos cursos de mama do Cetrus. "É interessante observar que cerca de um terço dos homens com câncer de mama relatam algum traumatismo torácico recente como o causador da lesão". Segundo a especialista, muitos motivos os impedem de reconhecer o problema publicamente e mesmo de buscar ajuda médica. "O desconhecimento da doença, a vergonha da lesão estar na mama, o temor da gozação de mau gosto, a prepotência do homem de que 'eu sou o forte e comigo nada acontece' ou mesmo a depressão profunda, com o medo da morte, são os casos mais comuns", explica a doutora.

Assim como as mulheres, os homens devem estar atentos ao aparecimento de nódulos nas mamas, sobretudo na fase inicial, já que um rápido diagnóstico e tratamento garantem maior chance de cura. "Em geral, no homem, o tamanho do tumor no diagnóstico é maior do que nas mulheres. Isso talvez se deva à demora do homem para procurar o médico e da menor preocupação e conhecimento dele sobre o câncer na mama masculina", justifica Rizzi. Estima-se que o câncer de mama proporciona sobrevida longa em 95% dos casos em que ele é identificado precocemente. Um agravante para o quadro masculino é o fato de ser maligno a maioria dos nódulos identificados neles.

Geralmente, os nódulos encontrados tanto em homens como em mulheres são indolores e alguns podem ocasionar secreção mamilar serossanguinolenta (com sangue). "O exame físico realizado por um especialista detecta um nódulo palpável, duro e, em 50% das vezes, já existem linfonodos axilares [ínguas] comprometidos. Retração de pele e do mamilo também já podem estar presentes", afirma a médica.


Uma vez identificado o nódulo, que cresce debaixo da aréola, um estudo complementar com a Ultrassonografia ou com a Mamografia é necessário para a caracterização do nódulo. Esses exames apresentam características específicas para os nódulos altamente suspeitos, além de realizarem o diagnóstico diferencial para outros tipos de nódulos (o lipoma, por exemplo) e da ginecomastia, que se caracteriza pelo crescimento difuso do tecido mamário no homem.

A confirmação diagnóstica vem por meio de uma punção da lesão, a core biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido na mama para avaliação. Para isso, a biópsia é guiada preferencialmente pela Ultrassonografia e raramente pela Mamografia, já que a mama masculina é mais reduzida.


Homens com maior chance de ter câncer de mama

Enquanto mulheres a partir de 50 anos de idade são mais propensas a desenvolver câncer de mama, nos homens, isso ocorre com mais frequência a partir dos 60 anos. "Uma história familiar positiva de câncer de mama aumenta de duas a quatro vezes o risco de desenvolvimento da doença", destaca a ultrassonografista Maria Christina Rizzi. Condições genéticas e cromossômicas específicas, como Klinefelter (XYY) e as síndromes de Kallmann (hipogonadismo gonadotrópico) e de Cowden (hamartomas múltiplos associado ao gene supressor do tumor PTEN), também elevam os riscos.

De acordo com a coordenadora dos cursos de mama do Cetrus, a ginecomastia (crescimento fora do normal das mamas de homens); doenças crônicas como cirrose, esquistossomose, desnutrição; obesidade (10 anos ou mais); e o uso prolongado de medicações como digoxina e metildopa são outros fatores que podem contribuir para a formação do câncer de mama.

Agora que você está bem abastecido de informações sobre o câncer de mama, sabendo sobretudo que ele não é um problema exclusivo das mulheres, fique atento às alterações do seu corpo e, diante de quaisquer anormalidades, não deixe de procurar o seu médico o quanto antes.









Dra.Maria Christina Rizzi - Graduou-se na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP e fez residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia na mesma instituição. Mestre em Medicina Fetal pela Universidade Federal de São Paulo, possui ainda os títulos de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pelo CREMESP / AMB e de Especialista em Diagnóstico por Imagem com área de atuação em Ultrassonografia Geral pelo Colégio Brasileiro de Radiologia / AMB / SBUS. Há mais de 30 anos é membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e professora de Ultrassonografia Geral.


4 coisas que você precisa saber sobre a síndrome metabólica


A má alimentação e o sedentarismo são as principais causas para que cerca de 20% dos brasileiros estejam obesos e, aproximadamente, 54% deles acima do peso ideal, sendo a maioria jovens com menos de 25 anos. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde.

Um dos principais problemas decorrentes da obesidade e do sobrepeso e que tem preocupado os médicos e especialistas em saúde é a síndrome metabólica, um grupo de fatores de risco que aumenta a ocorrência de doenças cardiovasculares como o infarto, além de diabetes tipo 2 e acidente vascular encefálico (AVE).

"As pessoas devem praticar atividades físicas e ter uma alimentação saudável, com pouca ingestão de sal, gordura e açúcar. Fazer um acompanhamento médico preventivo também é importante para manter boa saúde e não desenvolver a síndrome metabólica", orienta Adriano Cury, endocrinologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos maiores polos de saúde privados da América Latina.

O endocrinologista da BP alerta para 4 dos principais fatores de risco ligados à síndrome metabólica: 
 
 
1)  Diabetes tipo 2: essa doença crônica afeta a ação da insulina no organismo, proporcionando o acúmulo de açúcar no sangue. Ela pode desencadear infecções, feridas, problemas na visão e formigamento nos pés, além de fome e sede frequentes.


2)  Colesterol alto: o aumento desse tipo de gordura no organismo oferece riscos para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como infarto, acúmulo de placas de gorduras nas artérias e insuficiência cardíaca.
 
3)  Hipertensão: causa dor no peito e na cabeça, tontura e visão turva. Se não tratada, pode acarretar acidente vascular encefálico (AVE), danos no funcionamento dos rins e entupimento de vasos sanguíneos.
 
4)  Esteatose hepática (também conhecida como gordura no fígado): se não tratado, o acúmulo de gordura pode desenvolver cirrose e comprometer o funcionamento do fígado. Alguns casos podem levar à necessidade de transplante do órgão.



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