Você é casado (a) e
considera que o tempo que passa com seu (sua) parceiro (a) não é suficiente? O
pouco tempo dedicado a vida dois é uma das principais queixas dos casais
brasileiros. A rotina diária de trabalho, tarefas domésticas e cuidados com os
filhos podem impactar negativamente no tempo que o casal consegue dedicar ao
relacionamento.
Mas, segundo os especialistas em casais, é preciso investir em atividades que
ajudem a aumentar a conexão entre os membros do casal. E o Pilates pode ser uma
boa ideia! Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em
RPG e Pilates. “Além de todos os benefícios já conhecidos do
Pilates para a saúde musculoesquelética, o método também pode ser feito a dois,
ou seja, como seu (sua) parceiro (a)”, comenta Walkíria.
Vale lembrar que estudos apontam que que quando um dos membros do casal começa
a adotar hábitos saudáveis para mudar o estilo de vida, por exemplo, acaba
incentivando o outro a fazer o mesmo.
Pilates é adaptável
Diferentemente de outras atividades físicas ou esportes, como corrida,
musculação, natação e dança, por exemplo, o Pilates pode ser facilmente
adaptado para diferentes níveis de condicionamento físico e de conhecimento do
método. “Portanto, essa flexibilidade permite que o casal, mesmo com condições
físicas diferentes, consiga fazer as aulas juntos”, diz a especialista.
“O Pilates trabalha o corpo e a mente, sendo um método ideal para que o casal
passe um tempo de qualidade junto e consiga relaxar. Outro ponto é que existem
exercícios que podem ser feitos em dupla, deixando o método mais divertido e
interativo, ajudando a aumentar a conexão entre o casal”, afirma Walkíria.
Casais mais felizes
E se você precisava de mais um motivo para convidar seu (sua) parceiro (a) para
o Pilates, aqui está. Segundo uma pesquisa divulgada no Journal of
Personality and Social Psychology, da American Psychological Association,
casais que experimentam uma nova atividade ou um hobby juntos, são
mais felizes e tendem a permanecer mais tempo casados.
Para Cristiana Odakara, psicóloga da Clínica Walkíria Brunetti,
o Pilates pode ser benéfico para os casais na medida em que é uma atividade
nova que vai tirá-los da rotina e levá-los a novas experiências juntos.
“A rotina é uma reclamação recorrente, principalmente nos relacionamentos
afetivos de longo prazo. Assim, uma atividade estimulante ou diferente, como o
Pilates, pode reacender o entusiasmo nesse casal e melhorar o relacionamento.
Além de ser bom o casamento, traz inúmeros benefícios para saúde física e
mental de ambos, o que certamente impacta na dinâmica conjugal e na satisfação
com a vida a dois”, encerra Cristiana.
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quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Como equilibrar tempo e prioridades?
Foto de
Thais Oliveira
Um dos nossos
maiores dilemas da modernidade talvez seja equilibrar nosso tempo e nossas
prioridades. Para a atleta de alta performance Fernanda Surian, isso pode ser
uma necessidade básica se queremos ter mais qualidade de vida. Veja por que.
Como equilibrar tempo e prioridades, com agendas
tão lotadas e dias tão corridos? A aleta de alta performance Fernanda Surian,
que se dedica a aperfeiçoar não apenas os resultados no dia a dia de atleta,
mas na vida pessoal, o assunto é sério: “estou pensando seriamente em criar um
detox de tempo”, explica ela, que testou pequenas mudanças na rotina nos
últimos tempos e conta os ganhos que teve. Fernanda questiona: “quem nunca
deixou bullets de to do para o dia seguinte? Ou acabou treinando em outro lugar
porque não ia dar tempo de chegar? Ou tá empurrando aquele projeto lindo, que
está na planilha dos sonhos, com a barriga porque “não tenho tempo para isso”?
Todo mundo tem 24h, então porque algumas pessoas conseguem administrar e outras
não?”.
Para a atleta, a chave está em duas palavras: foco
e prioridade. “Eu transformei muito meu olhar aprendendo a fazer uma coisa por
vez, para manter a mente calma. Mas a grande questão é: como fazer uma coisa
por vez se a quantidade de afazeres diários é gigantesca?”. Fernanda lembra:
“quando começamos a fazer uma coisa por vez (foco), temos que entender o que é
mais importante mesmo (prioridade), é simples, mas desafiador de por em
prática”.
“Quando começamos a olhar em volta e ver todos
parecendo tão produtivos, nos cobramos mais, pensamos se não devíamos
simplesmente agir da mesma forma.
A cobrança vem desse lugar comum, que é ser
multitarefas, fazer mil atividades ao mesmo tempo, e ser bom em tudo”, explica
ela, que enfatiza: “ter prioridades nos traz serenidade para entender que
estamos no nosso caminho e que cada um terá seu foco pessoal, na vida, no
treino, no trabalho, na família, na performance”.
O objetivo é equilibrar o que desejamos e o que
precisamos fazer versus o tempo disponível, certo? Então, Fernanda dá um passo
a passo para despertar para o assunto e que funcionou para ela:
- No que você está focando seu tempo? Faça uma análise da sua rotina! O que você está fazendo para que ela seja power, para que o tempo trabalhe para você?
- Defina suas prioridades. O que é mais importante? O que está tomando sua atenção hoje, mas tem um prazo maior, por exemplo.
- Quais são suas verdadeiras metas?
Segundo ela, responder essas três questões pode
trazer à tona a consciência de que precisamos para entender o que podemos mudar
no tempo que temos disponível: “é libertador escolher prioridades! Todo o resto
não te ofende, fica pro seu plano correto, não tomando tempo desnecessário”.
Cada um tem seu jeito de se adaptar. O que não pode é seguir sentindo como se
as 24 horas do dia nunca fossem suficientes para se sentir feliz.
Fernanda
Surian - Professora
de inglês desde 2008, Fernanda já coordenou professores, deu aula fora do
Brasil e agora oferece um curso próprio com foco em inglês instrumental.
Formada em nutrição, Fernanda foi se especializar no inglês cursando tradução e
legendagem. É certificada por Cambridge e pelo CELTA. Em 2014, Fernanda se
apaixonou pelo mundo do Crossfit e começou uma carreira de atleta de alta
performance. Desde 2016, Fernanda uniu os dois mundos e hoje compartilha em seu
blog informações preciosas sobre técnica, treino e autoconhecimento e oferece
cursos com foco nesse universo do esporte, para ajudar coaches e alunos a
melhorarem seu desempenho.
Família x Depressão: entenda os prós e contras
“Apoiar a pessoa depressiva, auxiliar a encontrar caminhos e um novo
propósito trará uma porta de saída para esse quadro de depressão”, diz especialista
(Foto: Getty Images)
A depressão é uma doença que precisa
de cuidados especiais e acolhimento, e a família tem um papel muito importante
dentro desse cenário. “O paciente depressivo, carrega com ele uma enorme
frustração, tristeza, angústia, um processo intenso de não encontrar a saída
para a dor emocional que está vivendo. Um quadro de desânimo e falta de
propósito, onde tudo em volta parece não fazer sentido para o paciente
depressivo”, explica a psicóloga transpessoal e orientadora pessoal
Wanessa Moreira.
De acordo a especialista, é muito
comum encontrar famílias sofrendo com esse quadro de ter uma pessoa querida em
depressão, seja pelo motivo de não saber como ajudar, ou ainda, pela demora
muitas vezes de se diagnosticar de fato a depressão e a demora de responder ao
tratamento em muitos casos. “A cobrança excessiva, a falta de entendimento
dentro da família, a falta de diálogo e de respeito das escolhas de cada um,
pode, inclusive, gerar um quadro depressivo em uma pessoa que não está bem,
está triste e frustrada e já não sente que tem espaço dentro dessa família”,
destaca Wanessa.
Para a orientadora pessoal, que também
é master mentoring em coaching corpo e mente, cada indivíduo percebe a
sua realidade de uma maneira muito particular, por isso é necessário respeitar
a dor, o sofrimento e o ponto de vista de cada um, pois colocar regras dentro
da família sem conversar e compreender como cada um percebe esse
direcionamento, pode levar um grande sofrimento para a pessoa, incluindo a
depressão.
“Ouvimos desde sempre o
quanto é importante ter coragem para vencer na vida, mas não aprendemos como de
fato executar essa ação a nosso favor. Aprendemos o quanto viver a vida é
difícil, e que precisamos sobreviver durante a vida. Mas não aprendemos a
viver, e viver traz liberdade, movimento, dificuldades e alegrias. Viver não é
nos estacionar em dores profundas com a sensação de não ter saída para esse
lugar, viver não é se afogar em dor. Nós não trazemos na nossa bagagem
emocional um repertório com novas ações para se viver uma nova vida”,
esclarece a psicóloga transpessoal.
A dificuldade de executar as mudanças
para viver um novo significado, provoca a insatisfação e o aprisionamento, um
cansaço de estar patinando nas mesmas dores e nas mesmas histórias. “Essas
histórias tem uma relação direta com a experiência do histórico familiar de
cada pessoa. Já está comprovado cientificamente que o DNA carrega as nossas
informações das histórias que vivemos, e essas informações são passadas
geneticamente para as gerações seguintes. Dessa maneira, recebemos dos nossos
familiares as informações das histórias que eles viveram, independentemente de
termos conhecido ou não os nossos antepassados, de sabermos ou não dessas
histórias, e esse é o repertório que trazemos na bagagem da nossa vida”, diz
Wanessa.
Ainda, segundo a especialista, “por
termos esse histórico conhecido, acabamos “presos” nessas histórias como uma
zona de conforto conhecida, mesmo que inconscientemente e acabamos sendo
levados ao movimento de repetir parte dessas histórias por se tratarem de rotas
conhecidas de padrões e comportamentos”. Por isso, a orientadora pessoal
argumenta que é necessário ampliar o repertório, conhecer novas histórias,
realizar pequenas mudanças para ampliar o leque de ações e materializar
mudanças que trazem um novo significado para a vida.
Sendo assim, Wanessa Moreira orienta
que uma ação em conjunto da família, de acolhimento, amor, de procurar
conhecimento e auxiliar a caminhada da pessoa que está depressiva dentro desse
cenário familiar, é fundamental para transformar esse quadro e essa história. “Apoiar
a pessoa depressiva, auxiliar a encontrar caminhos e um novo propósito trará
uma porta de saída para esse quadro de depressão. É importante dentro da
família que todos se sintam parte e pertencentes da história, sem exclusões ou
comparações, preservando a individualidade e a busca de cada membro da família
com amor e entendimento”, finaliza.
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