Pesquisar no Blog

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Geração Y conectada com planejamento financeiro


 A Geração Y é formada por jovens nascidos nas décadas de 1980 e 1990 que cresceram com a revolução digital. Muito se fala sobre as ambições dessa geração, contemporânea da globalização que diminuiu distâncias e ampliou as possibilidades de comunicação, interação e conhecimento. Com tantas oportunidades é difícil imaginar que essa geração, que desconhece fronteiras, também procure um lugar para chamar de seu: a casa própria. 

Acostumada com a instantaneidade, a Geração Y parece estar cada vez mais preocupada com o planejamento a longo prazo. Para se ter uma ideia, em 2017, 44% do total de cotas comercializadas pela Ademilar Consórcio de investimento Imobiliário foram fechadas por pessoas com idade entre 16 e 35 anos. Em 2007, esse número não ultrapassava 11% do total. 

Esse dado expressivo ajuda a indicar que jovens dessa geração estão se organizando para garantir tranquilidade e segurança financeira. E diferentemente dos seus pais, que na juventude contavam apenas com o financiamento, opção de compra parcelada quase que exclusiva até o fim da década de 1980, a Geração Y tem à disposição opções mais flexíveis e justas como o consórcio imobiliário.

Com inúmeras vantagens, a modalidade atrai jovens que buscam soluções para, no futuro, não dependerem apenas da renda repassada por meio da previdência. Optando por uma aposentadoria imobiliária, o consorciado compra um imóvel e se beneficia do rendimento extra gerado pelo aluguel, podendo até mesmo formar uma carteira de imóveis. 

Seja para sair da casa dos pais ou para garantir a segurança financeira na aposentadoria, o consórcio imobiliário parece ter caído no gosto da Geração Y. 






Tatiana Schuchovsky Reichmann - diretora-superintendente da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário


Humanidade e alteridade: para onde caminhamos?


 Andar pelas calçadas e ser abordado por alguém que pede ajuda, esmola, comida, é um fato que tem sido cada vez mais recorrente no dia a dia de pequenas e grandes cidades do Brasil e do mundo.  A migração interna e externa por conta de guerras e regimes políticos expõe, igualmente, a situação de descaso com a humanidade reproduzida mundialmente. A busca por melhores condições de vida e por dignidade leva grandes contingentes populacionais a se arriscarem por caminhos perigosos que podem jamais ter volta. Por outro lado, nota-se a preocupação individual e de nações na proteção de suas fronteiras para dificultar e mesmo proibir a entrada de imigrantes.

Assim, perto e longe de nós ocorrem fatos que expressam total desprezo e indiferença para com o ser humano. Ao mesmo tempo que chocam, também podem levar à banalização do absurdo, do insano, do desrespeito pelo outro e pela humanidade compartilhada entre os semelhantes. A excessiva concentração de renda, o individualismo, a egolatria (culto a si mesmo), a extrema desigualdade, elementos caraterísticos do nosso tempo, podem ser citados para buscar uma explicação do avanço da indiferença e do desprezo pelo ser humano, sobretudo, o mais marginalizado, aquele que não se encaixa nos padrões considerados “normais” em determinado contexto.

Nesse sentido, tende-se a responsabilizar apenas o indivíduo pelo seu sucesso ou fracasso total, como se o contexto e as condições históricas dependessem unicamente do sujeito. Nos discursos e nas atitudes mais comuns do nosso cotidiano impõem-se modos de pensar e agir que são considerados “normais” e “naturais”, os quais consideram o sujeito como um ser de performance, que precisa constantemente de upgrades, para que não se torne descartável. Crescer como indivíduo, aprender, formar-se numa perspectiva integral é sem dúvida uma questão fundamental para o ser humano. Mas qual o sentido e a própria possibilidade dessa formação, se ela for pensada e realizada exclusivamente no plano individual?

Nessa perspectiva, o filósofo franco-lituano Emmanuel Lévinas afirma que o desenvolvimento do mundo humano só é viável se encontrarmos, a todo momento, alguém que possa ser responsável pelo seu semelhante. Assim, o outro deixa de ser considerado um adversário que compete, atrapalha ou impede o desenvolvimento da liberdade individual, e se torna condição para o reconhecimento e a valorização da existência do ser humano. Ou seja, somos humanos, na medida em que manifestamos o nosso cuidado pelos outros seres humanos.

Quando vivenciamos catástrofes, calamidades, guerra, terror, horror, podemos ter como decorrência tanto o despertar de ações solidárias, como de recrudescimento e medo. No segundo caso, os mais necessitados, os “sem rosto”, os não reconhecidos acabam esquecidos e deixados à margem. O que fazer diante do avanço da intolerância, da arrogância, do desprezo ao outro? O fato de negar hoje a responsabilidade pelo outro pode ter como consequência ser o “outro” esquecido de amanhã.






Prof. Dr. Luís Fernando Lopes - filósofo, teólogo e coordenador do curso de licenciatura em Filosofia do Centro Universitário Internacional Uninter.


Crise das moedas da Turquia e da Argentina servem como alerta para o Brasil


 Na Argentina, inflação ultrapassa 30%. Crise pode atingir o nosso país


A aversão ao risco segue impactando os mercados emergentes. Após a crise cambial da Turquia, agora é a vez da Argentina. Na última semana, o dólar rompeu a marca de 42 pesos argentinos. Como medida de contenção, o Banco Central Argentino elevou a taxa básica de juros para 60%.

A inflação da Argentina ultrapassa 30% e as contas públicas são alvo de críticas por parte de analistas. Estima-se que a dívida pública chegue a 70% do PIB. Nesta condição caótica, o governo buscou auxílio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e acertou pacote de auxílio sem precedentes na história, U$50 bilhões.

De acordo com o CEO da WM Manhattan, mesa proprietária que opera no mercado de renda variável e ensina traders atuarem na bolsa de valores, Pedro Henrique Rabelo, o anúncio da elevação da taxa de juros na semana passada gerou críticas por não ser precedida de coletiva de imprensa para conscientizar o mercado acerca das novas medidas.

Por isso, na manhã desta segunda-feira (3/9), o presidente Maurício Macri e o ministro da fazenda Nicolás Dujovne apresentaram em público o plano de combate a crise. Pedro Henrique Rabelo explica que a crise, de acordo com o presidente, veio a partir do aumento da taxa de juros dos EUA e das incertezas geradas pela guerra comercial entre EUA e China.

“O plano de Macri envolve a instituição de impostos de 4 pesos por dólar sobre a exportação de produtos primários. Para o restante dos produtos e serviços, será cobrado imposto de 3 pesos por dólar. Do lado fiscal, o Dujovne anunciou que será cortada metade dos ministérios a fim de zerar o déficit fiscal no ano de 2019. Quando da negociação com o FMI, havia sido estipulada uma meta de déficit fiscal de 1,3% do PIB em 2019”, explica Pedro.


Impactos no Brasil

Pedro Henrique Rabelo alerta que a redução da atividade econômica na Argentina traz reflexos diretos para o Brasil. “Dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e Serviços mostram que de janeiro a junho de 2018 o Brasil exportou em torno de US$10 bilhões para a Argentina, o que representou uma alta de 2% em relação a 2017. Em julho, no entanto, foram exportados produtos e serviços que equivalem a US$1,15 bilhões, representando uma queda de 24% com o mesmo período de 2017”.

A situação envolvendo Turquia e Argentina servem como alerta para o Brasil. Com uma queda nas projeções de crescimento mundial após os atritos entre EUA e China, o investidor está mais seletivo quanto a investimentos em países emergentes, os exportadores, por exemplo, já relatam que clientes argentinos já suspenderam pedidos, indicando queda nas exportações.

“Com o período eleitoral se aproximando, torna-se necessário que o cidadão cobre dos candidatos uma postura mais clara quanto às contas públicas para que, em 2019, consigamos manter o crescimento retomado em 2017. Até o momento, o que tem mantido o real em uma situação menos ruim perante o dólar são as reservas cambias que superam os US$300 bilhões. Mas elas não segurarão sozinhas a percepção sobre a economia do país, caso seja eleito um candidato avesso às reformas estruturais que o país tanto precisa”, finaliza.


Posts mais acessados