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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Ginecologista Erica Mantelli fala sobre as causas da incontinência urinária, além de alertar sobre os cuidados com as roupas íntimas


A incontinência urinária afeta 5% dos brasileiros e pode atingir pessoas de todas as idades e gêneros. O problema pode ser causado por maus hábitos constantes como, por exemplo, segurar a urina por muito tempo ou até por problemas como obesidade, doenças pulmonares crônicas e menopausa. 

Segundo a ginecologista e obstetra Dr. Erica Mantelli, com o passar do tempo, os músculos e nervos da bexiga sofrem danos e, com os maus costumes, o órgão começa a ter dificuldades para armazenar ou esvaziar os líquidos. “Normalmente, as pessoas perdem a capacidade de decidir a hora que vão ao banheiro. Mas, apesar de se tratar de um problema sério, há tratamentos como fisioterapia, medicamentos, implantes de neuromoduladores, toxina botulínica e até cirurgia”, alertou a ginecologista. 

Além da incontinência urinária, o cuidado com o uso das roupas íntimas também pode desencadear problemas nas regiões pubianas. Lavar a calcinha e pendurá-la no box do banheiro, por exemplo, é uma mania muito praticada pelas mulheres, mas que pode resultar na proliferação de fungos e levar à candidíase ou a males ainda mais graves. “O ideal é colocar as roupas íntimas em lugares arejados e com boa ventilação. Evitar usar biquínis úmidos depois de sair da piscina ou da praia e, é claro, higienizar sempre as partes pubianas de maneira correta, usando água corrente e sabonetes neutros”, conclui a médica.







Dra. Erica Mantelli - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).


Aedes coloca visão em risco


Risco está relacionado ao mau uso de repelentes, inflamação intraocular e queda de plaquetas. Entenda



Dados do Ministério da saúde mostram que de janeiro a agosto deste ano foram contabilizados no Brasil 190 mil casos de dengue, 6 mil de zika e 68 mil de chikungunya. Em relação ao mesmo período de 2017 tiveram quedas de 5%, 57% e 60%, respectivamente. 

O problema segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier é que a chegada de dias mais quentes e chuvosos aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypti que transmite as três doenças.

Para evitar a contaminação as duas principais recomendações são evitar o acúmulo de água parada nas áreas externas e usar repelente.


Risco dos repelentes

Queiroz Neto adverte que a aplicação incorreta de repelente pode causar conjuntivite tóxica, alergia e úlcera na córnea. É por isso, comenta, que todos os fabricantes indicam evitar o contato com os olhos, independente do princípio ativo do produto.

As principais orientações do especialista para prevenir complicações oculares são:

·         Proteja os olhos com óculos quando usar aerossol.

·         Lave sempre as mãos após o uso, inclusive de produtos em spray.

·         Nunca utilize no rosto ou mãos.

·         Evite coçar ou levar a mão aos olhos.

·         Alérgicos devem testar a sensibilidade à composição, aplicando uma pequena quantidade no antebraço.

·         Irritação da pele ou alterações nas vias respiratórias exigem troca do produto para evitar reação em cadeia nos olhos.

Em caso de contato acidental com a mucosa ocular a dica do oftalmologista é lavar o olho abundantemente com água filtrada e consultar um oftalmologista se o desconforto não desaparecer em dois dias.


Sintomas e tratamentos

“Tanto a conjuntivite tóxica como a alergia ocular causam os mesmos sintomas – coceira, vermelhidão, sensibilidade à luz, lacrimejamento e pálpebras inchadas – mas os tratamentos são diferentes” afirma. Na conjuntivite tóxica, observa, só o afastamento do produto e uso de colírio lubrificante pode ser suficiente para eliminar o desconforto. “Já a alergia requer tratamento com colírio anti-histamínico. Também é muito importante não coçar os olhos porque isso aumenta a produção de histamina na região dos olhos e leva à piora da coceira”, explica.  Caso o repelente cause dor ocular intensa, vermelhidão, queda visual, lacrimejamento e secreção amarelada indica úlcera na córnea que deve ser tratada com colírio antibiótico e corticóide sempre sob supervisão médica. Dependendo da gravidade, ressalta, pode levar a uma diminuição permanente da visão.


Zika

Queiroz Neto destaca que estudos mostram que o vírus Zika transmitido pelo Aedes pode causar em adultos uveíte, uma inflamação intraocular que pode desencadear glaucoma. O tratamento padrão com colírio corticóide também elimina a doença causada por zika.  Já a transmissão do vírus ao feto através da placenta durante a gestação gera lesões na retina e nervo óptico que provocam a perda da visão nos bebês.


Dengue

Queiroz Neto afirma que os maiores risco da dengue para a visão são é a queda de plaquetas que aumenta a chance de uma hemorragia intraocular e a trombose em vasos da retina decorrente do depósito de anticorpos nas paredes das artérias do olho. Por isso, após o diagnóstico de dengue a  a recomendação é passar por um exame oftalmológico mesmo que não perceba qualquer alteração nos olhos. Para quem já teve dengue e é contaminado novamente o médico indica tomar a vacina para prevenir maiores complicações.



COMO O ENVELHECIMENTO MUDOU NOS ÚLTIMOS 20 ANOS


Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, o País superou a marca de 30 milhões de idosos. A previsão é de que, em 2042, a população brasileira atinja 232,5 milhões de habitantes, sendo 57 milhões de idosos (24,5%).

No início do século XX, a expectativa de vida era de cerca de 40 anos. Hoje, gira em torno dos 75-85 anos, principalmente nos Países desenvolvidos. Os avanços da Medicina, ao longo do século XX, e agora no século XXI, contribuíram de modo muito claro para essa longevidade: descoberta das causas de várias doenças e respectivos tratamentos; criação de vacinas; novas tecnologias; mudança de foco de várias áreas da Medicina para a prevenção das doenças; entre outros.

O próprio conceito de idoso já mudou, uma vez que uma pessoa de 60, há cerca de 20 anos, era considerada “velha”. Atualmente, quem tem 60-70 anos pode estar física e mentalmente saudável, com plena disposição para trabalhar, viajar, praticar esportes e namorar. Trata-se de uma população que quer continuar ativa, e está longe de “se aposentar da vida”. Pelo contrário. A maioria das pessoas dessa faixa etária enxerga essa fase como uma oportunidade para, enfim, se divertir! 


Terceira idade com qualidade de vida

O desafio é “fazer do limão uma limonada”, uma vez que envelhecer implica em se ajustar continuamente a um lento processo de perdas físicas, psicológicas e cognitivas, e muito da velhice saudável depende da aceitação dessa condição.

Infelizmente, no Brasil, chegar aos 70 ou 80 anos com tranquilidade financeira é para poucos. Ao chegar na aposentadoria, a maioria dos brasileiros passa a receber um valor muito abaixo da receita que tinha quando trabalhava. Quem não guardou dinheiro ou fez uma previdência privada, e passa a contar apenas com a aposentadoria, provavelmente terá que continuar trabalhando por conta própria para garantir um extra todo mês, ou precisará reduzir bastante seu padrão de vida.

Daí a importância de, desde cedo, se planejar financeiramente e cuidar da saúde mental (ler, frequentar eventos sociais e culturais, etc) e da saúde física (realizar check-up periodicamente, praticar atividade física e adotar uma alimentação saudável). Chegar à terceira idade com dinheiro, boa saúde e oportunidade de fazer o que quiser é uma realidade possível nos dias de hoje. Bem diferente de 20 anos atrás, quando “uma senhora de 60 anos” passava sua velhice fazendo tricô em uma cadeira de balanço.  







Por Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha. Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (CRMSP 34330)


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