Pesquisar no Blog

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Cervicalgia pode atingir até 50% da população em alguma fase da vida


Quem nunca teve dor no pescoço ou um torcicolo, levante a mão! A dor atinge a região cervical da coluna vertebral, responsável pela cabeça e pelo pescoço. Esta é a região mais flexível da coluna em relação a movimentos, sendo rica em terminações nervosas que se ramificam para mãos, braços, pescoço e ombros. 

Por isso, em muitos casos, a dor pode se irradiar para essas regiões.
 
Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, além da dor, a pessoa pode apresentar uma limitação na amplitude de movimentos do pescoço, ou seja, vai ficar literalmente com o pescoço mais enrijecido.

“A cervicalgia tem um impacto importante na qualidade de vida. Precisamos lembrar ainda que o pescoço controla os movimentos da cabeça em relação ao resto do corpo e problemas na região podem afetar a visão, o equilíbrio e as funções motoras”

 
Estima-se que a cervicalgia aguda afeta de 30 a 50% da população em geral, em algum momento da vida. A forma crônica, que dura por volta de três meses, pode afetar até 15% das pessoas, sendo as mulheres as principais vítimas.

 
A origem da dor

O fator de risco número um para a cervicalgia é a má postura. “As pessoas que trabalham em computadores ou usam demais o celular, principalmente se ficam com a cabeça abaixada durante um período prolongado, podem sentir dor e desenvolver um quadro de cervicalgia. Outro fator de risco importante é o estresse, pois a tensão acaba se concentrando na região dos ombros e pescoço”, comenta Walkiria.

 
A fisioterapeuta lembra ainda das pessoas que adotam algumas posturas como colocar as mãos na cintura elevando os ombros, ou que mesmo paradas acabam elevando mais os ombros do que deveriam podem ter dores.

“Além das posturas, temos as dores ocasionadas pelo uso de travesseiros inadequados, por torção do pescoço em algum movimento mais brusco nas atividades do dia a dia, pela presença de hérnia discal na região cervical ou ainda por traumatismos ocasionados em acidentes de carro, por exemplo”.


 
O papel da fisioterapia

A fisioterapia é fundamental para tratar a cervicalgia, assim como para prevenir novos quadros da doença. Inicialmente o objetivo é melhorar a dor. “Com o quadro doloroso controlado, serão aplicadas técnicas para recuperação da mobilidade. Finalmente, é preciso um trabalho para fortalecer a musculatura e, principalmente, a correção das posturas. Podemos usar o RPG (Reeducação Postural Global) em conjunto com o Pilates, por exemplo”, cita Walkiria.


 
Cuide bem do seu pescoço em 6 passos
 
Veja algumas dicas da fisioterapeuta para prevenir dores na região cervical:

 
1.   Celular: leve o celular até a linha dos olhos. Se estiver sentado, coloque uma almofada para amparar os braços. Abaixar o pescoço para usar o telefone é uma postura inadequada que pode levar a um quadro de cervicalgia.
 
2.   Mão na cintura: Muitas pessoas têm esse hábito, especialmente se estão em pé e paradas numa fila, por exemplo. Mas, essa postura sobrecarrega os ombros e o pescoço. Então, o melhor é deixar os braços soltos ao lado do corpo.
 
3.   Travesseiro: O travesseiro também é peça-chave para evitar dores na cervical, pois ele é responsável por alinhar a curvatura da cervical. O travesseiro deve ser usado de forma com que a altura se encaixe entre a cabeça e o colchão, nem muito alto, nem muito baixo.
 
4.   Computador: A tela do computador precisa estar distante cerca de 40 a 60 cm dos olhos, de modo que a cabeça fique alinhada e você não precise abaixá-la nem para enxergar a tela, nem para digitar.
 
5.   Uma coisa por vez: Há pessoas que seguram o celular ou o telefone fixo com o pescoço para continuar a digitar ou a fazer o que estavam fazendo. Essa postura pode levar a um torcicolo, pois deixa a musculatura do pescoço totalmente contraída durante bastante tempo. Então, a dica é fazer uma atividade por vez. Se for imprescindível falar ao telefone e digitar, por exemplo, use o viva-voz ou ainda um headset.
 
6.   Respire: Pessoas tensas e estressadas tendem a segurar o ar. Com isso, acabam levando toda a tensão para região dos ombros e pescoço. A dica é respirar e até mesmo suspirar para relaxar a musculatura.

 

Tornozelos e joelhos são os mais afetados com lesões causadas por esportes


Dor é o primeiro sinal de que é preciso parar e consultar um médico


Esportes fazem bem à saúde do corpo e da mente, mas, se não forem conduzidos da forma correta, a chance de lesões é alta. Dependendo da atividade esportiva, diferentes tipos de lesões podem acontecer em diversas articulações do corpo.

“O futebol pode levar frequentemente a entorses (lesões ligamentares), distensões musculares ou lesões ligamentares, principalmente em membros inferiores, como joelho e tornozelo”, explica o ortopedista especialista em medicina do esporte da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Carlos Górios.

Dependendo do tipo de lesão, o atleta pode ficar incapacitado para continuar no esporte. “Além disso, nos casos em que o atleta consegue continuar na prática esportiva, a lesão pode fazer com que aconteça uma queda no rendimento”, alerta Dr. Górios.

Aquecimento prévio e um preparo físico adequado para aquela modalidade são formas de evitar as dolorosas lesões. “As lesões geralmente doem, por isso é necessário tratamento médico. Além disso, podem levar a incapacidades funcionais tanto para as atividades físicas como para as atividades do dia a dia, como caminhadas, subir escadas ou levantar da cadeira”, detalha o especialista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “A pessoa pode ter perda de força no membro lesionado, além de não conseguir se movimentar ou mesmo claudicar (mancar)”


Recuperação das lesões

A boa notícia é que, na maioria dos problemas, é possível tratar as lesões e voltar para o esporte depois de um tempo de recuperação. “O tempo médio de recuperação vai depender do tipo e da gravidade da lesão que o atleta teve. Uma contusão, por exemplo, pode ser de rápida recuperação, em torno de uma semana”, diz o ortopedista.

Já as entorses (lesões ligamentares) dependem do grau da lesão. Se for leve, o tratamento é conservador e o atleta fica afastado das atividades, em média, por seis semanas. Já as lesões mais graves necessitam normalmente de tratamento cirúrgico, onde a recuperação pode levar de seis a oito meses. Só depois desse período é que se pode voltar à prática esportiva.

No caso específico do joelho, a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) - um dos ligamentos intra-articulares do joelho – o tratamento é cirúrgico. “É muito comum lesionar o LCA na prática do futebol. Para essa lesão, devemos realizar a reconstrução do ligamento, que é colocar um enxerto para substituir o ligamento, ou seja, um tratamento cirúrgico”, diz Dr. Górios.

Várias técnicas podem ser usadas para deixar o joelho em pleno funcionamento novamente, no caso da cirurgia do LCA.  “Há diversos tipos de enxerto e diversos tipos de fixação do enxerto. Todas têm o mesmo objetivo, que é de estabilizar a articulação do joelho”, detalha o especialista.


Dor é sinal para parar

Tanto amadores como profissionais, os atletas devem ficar atentos principalmente com a dor. “Para as lesões importantes, como lesão muscular ou ligamentar, com história prévia de trauma, o atleta tem de parar imediatamente a atividade esportiva e procurar um médico”, recomenda Dr. Górios. 


Tratamento avançou

Tanto na prevenção ou no tratamento, os meios disponíveis para afastar e curar as lesões melhorou ao longo dos anos. Dr. Carlos Górios explica que a medicina esportiva conta hoje com um aparato tecnológico que pode identificar o risco de lesão e conseguir prevenir antes mesmo que ela aconteça.

“Nos dias de hoje, a avaliação cinemática – que é a avaliação dos movimentos e das articulações por meio de laboratórios de biomecânica – é fundamental para o excelente rendimento do atleta. A baropodometria, um teste para ver a distribuição do peso corporal na atividade esportiva, é utilizada para prevenção ou mesmo reabilitação de lesões”, explica.

A termografia também é uma aliada. “É usada para medir níveis de calor corporal, que indicam a região do corpo do atleta que necessita de cuidado específico, prevenindo lesões”, detalha Dr. Górios.

As cirurgias também não ficam de fora: novas técnicas minimamente invasivas podem acelerar a recuperação do atleta.


Veja quais são as lesões mais comuns nos esportes

- Futebol: distensões musculares, lesões ligamentares no joelho e tornozelo e entorses são os mais comuns no esporte.

- Tênis: o tênis exige muito da musculatura de todo o corpo, e as lesões musculares são frequentes. Os processos inflamatórios crônicos, como tendinite, principalmente do no ombro, são frequentes.

- Basquete e vôlei: nesses dois esportes, as lesões podem acontecer nos membros inferiores, como as entorses de tornozelos e lesões nos músculos da perna, assim como nos ombros, como tendinites.

- Natação: por não envolver contato físico, mas sim necessidade de força e destreza, a natação pode levar a dor nos ombros ou na coluna vertebral.

- Corrida: a lesão mais frequente em maratonistas são as musculares por fadiga, ou até mesmo a fratura por estresse, provocada por fadiga óssea. Em corridas de tiro, as distensões musculares podem ocorrer.

- Boxe ou MMA: esportes de contato direto, o boxe ou MMA podem causar frequentemente contusões ou até mesmo fraturas em regiões da perna ou costelas.



10 de julho é Dia da Saúde Ocular


Oftalmologistas orientam sobre a necessidade de acompanhamento médico para diagnosticar doenças silenciosas e evitar a cegueira


Enxergar bem nem sempre é sinônimo de boa saúde ocular. Muitas doenças são silenciosas e provocam progressivas perdas visuais sem que a pessoa perceba. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, existem cerca de 1,2 milhões de cegos no Brasil. Mas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 80% desses casos poderiam ter sido evitados ou tratados com um acompanhamento oftalmológico.

“As consultas regulares não são apenas para verificar se existem dificuldades de visão. Também são realizados outros exames específicos fundamentais para descobrir doenças como retinopatia diabética, catarata, glaucoma, ceratocone, entre outras, que nem sempre são percebidas pelo paciente e podem causar cegueira”, revela Ana Paula Canto, oftalmologista da Clínica Canto.

Os cuidados devem começar ainda na maternidade, com a realização do teste do olhinho, que verifica se há alguma alteração no reflexo vermelho do olho que pode ser devido a uma catarata congênita, alterações corneanas ou alterações da retina. “Depois, as avaliações devem ser semestrais até os dois anos de idade. Após esse período, devem ser realizadas consultas anuais ou a cada dois anos”, orienta Geraldo Canto, oftalmologista da Clínica Canto.

Esse acompanhamento é fundamental durante o desenvolvimento da visão, que ocorre até os sete anos de idade. Nesse período, caso exista algum problema que não seja corrigido, a visão pode não se desenvolver totalmente, ocasionando a ambliopia, conhecida popularmente como olho preguiçoso. “É preciso ter muita atenção, pois, algumas vezes, apenas um dos olhos pode ter um grau mais elevado e o outro enxergar bem, e isso pode não ser percebido pelos pais. Então, algumas vezes é somente quando a criança fica adulta que se percebe essa dificuldade e, muitas vezes, não haverá mais tratamento”, salienta Geraldo Canto.

Na vida adulta, as consultas devem continuar a ser realizadas anualmente, especialmente, quando a pessoa chega à terceira idade. Nessa época, doenças como glaucoma (aumento da pressão dentro do olho) e a catarata são comuns e podem ser tratadas logo no início. “Muitos pacientes acreditam que a catarata deve ficar mais ‘madura’ para operar. Mas, a medicina e as técnicas de cirurgias estão cada vez mais modernas e rápidas, o que faz com que possamos operar a catarata assim que o paciente comece a notar seus sintomas e que esses dificultem atividades do dia a dia, como dirigir. O importante é diagnosticar e tratar antes de perder qualidade de vida”, aponta Ana Paula Canto.

O glaucoma é uma doença silenciosa e uma das principais causas de cegueira irreversível. Seu diagnóstico só pode ser realizado através de consultas com o médico oftalmologista que mede a pressão do olho e avalia o nervo óptico que sofre lesões com a evolução da doença. O glaucoma não tem cura, porém tem tratamento, que deve ser iniciado no início da doença para evitar a cegueira, explica a Dra Ana Paula Canto. 


Cuidados diários

Algumas atitudes no dia a dia também são importantes para manter a saúde ocular, pois evitam infecções, alergias ou perfurações que podem prejudicar a visão. Confira as dicas dos oftalmologistas da Clínica Canto:

- Nunca coce os seus olhos, pois isso pode provocar lesões na córnea e facilitar a aquisição de doenças;

- Colírios só devem ser usados com orientação médica, pois alguns deles podem ter efeitos colaterais graves se não forem corretamente indicados;

- Use óculos de sol de qualidade, com atestado de proteção ultra-violeta. Uma lente falsa pode aumentar a exposição dos olhos aos raios solares e causar doenças e tumores oculares;

- Não compartilhe maquiagens, pois elas podem transmitir desde conjuntivites até herpes. Também fique atenta ao prazo de validade, pois produtos vencidos podem causar alergias e infecções;

- Faça a higienização adequada das suas lentes de contato. Não use água ou soro fisiológico, pois eles podem estar contaminados e acabar provocando infecções oculares graves;

- Lentes de contato são objetos de uso pessoal, não podem ser compartilhados;

- Evite mergulhar em rios, mares ou piscinas que pareçam ter água contaminada, pois isso pode provocar infecções e alergias;

- Mantenha sua casa arejada e lave bem cobertores, roupas de cama e casacos que ficaram guardados por um longo período; 

- Se a sua profissão exige óculos de proteção, nunca deixe de usar. Ele é fundamental para evitar acidentes oculares graves;

- Descanse os seus olhos. Se você utiliza muito o computador, faça uma pausa de 20 segundos a cada 30 minutos e olhe para o horizonte ou algum ponto o mais longe possível;

- Lembre-se de piscar varias vezes ao dia, principalmente durante atividades que exigem muita atenção;

- Ingira bastante água, ela ajuda em diversas funções do organismo e na qualidade da lágrima.




Posts mais acessados