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segunda-feira, 5 de março de 2018

Insegurança, falta de dinheiro e de tempo livre impedem que as brasileiras viajem mais



Pesquisa inédita do Voopter revela que a maioria das mulheres já viajou sozinha ou gostaria de embarcar em uma viagem solo


Pouco dinheiro, falta de tempo e insegurança. São estes os principais entraves que impedem as brasileiras de viajar mais, de acordo com uma pesquisa online, que contou com a participação de mais de 5.000 viajantes. Inspirado pelo Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Voopter, aplicativo brasileiro de comparação de passagens aéreas e promoções, realizou este levantamento, através de seu site, para entender por que mulheres ainda viajam menos que os homens no Brasil.

De acordo com o IBGE, as mulheres representam 51,48% da população, porém, elas são minoria em meio aos passageiros de voos no país, apenas 43,6%, segundo um estudo da Secretaria de Aviação. Elas também têm menos planos de viagem, já que só 27,3% das entrevistadas pelo Ministério do Turismo, na última Sondagem do Consumidor, responderam positivamente quanto a intenção de viajar nos próximos meses, contra 35,3% dos homens.

No levantamento feito pelo Voopter, o principal impeditivo apontado pelas viajantes é a falta de dinheiro (86,6%). O resultado reflete as diferenças salariais, já que elas ainda recebem 16% menos que os homens no Brasil, de acordo com o Ministério do Trabalho. Pode parecer pouco, mas durante um ano isso representa em média R$ 6.000, valor de uma viagem bem confortável pela América do Sul, por exemplo. 

Outro fator que dificulta o voo delas é a falta de tempo livre (50,8%), possivelmente por conta da jornada dupla de trabalho. As brasileiras gastam em média 7,5 horas a mais que os homens por semana com atividades domésticas, aponta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

As mulheres também viajam menos por conta da insegurança e do medo (31,8%), principalmente da violência de gênero (45,7%). E esse é o grande desafio que ainda impede uma parte delas (37,3%) de embarcar em uma viagem solo, apesar de desejar viver essa experiência, que muitas brasileiras (54,2%) já experimentaram. 

A maioria das mulheres não viaja a trabalho (74,6%) e quando o assunto é lazer, elas embarcam apenas uma vez ao ano (41,4%) ou até três vezes nesse mesmo período (35,3%). As viajantes que participaram da pesquisa têm entre 25 e 34 anos (37%) e entre 18 e 24 anos (33,6%). 

O levantamento feito pelo Voopter faz parte da campanha Viaje, mulher!, que defende o direito de todas conhecerem novos lugares, culturas e pessoas, de forma segura e com liberdade. A partir do dia 8 de março, os dados estarão disponíveis em um hotsite, criado especialmente para dar visibilidade a esse assunto. Nas redes sociais, as viajantes já estão compartilhando fotos e dicas de viagem, para inspirar e encorajar outras mulheres, através da hashtag #viajemulher.






Voopter
voopter.com.br


A chave para o sucesso começa na mente



Pensamentos positivos abrem portas para o progresso profissional e pessoal


 Você já teve ou incentivou um pensamento positivo hoje? A forma com que as pessoas enxergam o mundo ao redor refletem de forma direta na maneira com que lidam com o meio em que estão inseridas. Dessa forma, é fundamental observar a qualidade das ideias dos colaboradores da empresa porque são capazes de interferir em decisões e execuções das atividades de trabalho.

De acordo com José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), os pensamentos positivos são os responsáveis por promover grandes benefícios profissionais, e também pessoais, em um curto período de tempo. “Uma inteligência emocional que caminha ao lado de sentimentos bons estimula atitudes favoráveis ao crescimento e a evolução. A partir desta percepção é possível enxergar além dos desafios, perceber a situação, analisá-la, procurar uma solução e absorver o aprendizado junto àquele episódio”, afirma.

Entre as vantagens de abrir a mente para a positividade estão o crescimento e o desenvolvimento. A partir do instante que você confia em si, nas suas habilidades e repertório não há adversidades que te impeçam de alcançar os seus objetivos profissionais. Contudo, se deixar a negatividade aparecer vai ficar estagnado na carreira.

Outro motivo para começar a inserir pensamentos positivos na rotina é a preparação para o futuro. 

É permitido sentar e reclamar do trabalho. Na verdade, de todas as situações que não deram certo no passado. Mas, se mantiver uma postura pacífica diante da vida vai enxergar uma lição em cada situação. Ou seja, conseguirá planejar o futuro com mais assertividade. Por consequência estará apto a receber o benefício da diminuição do estresse no ambiente organizacional. “Os colaboradores mais estressados são os que costumam reclamar o tempo inteiro porque focam nos aspectos negativos que lhes rodeiam. Já os que cultivam a positividade podem até se estressar, pois ninguém é de ferro. Porém, respiram fundo e seguem em frente porque sabem que se queixar vai apenas atrapalhar a evolução do trabalho”, pontua o presidente.

Ainda sobre o efeito dominó causado pelo pensamento positivo está a melhora na produtividade. Quem deixa as ideias negativas de fora da rotina de trabalho produz mais e automaticamente aumenta o reconhecimento não só dos líderes, mas, dos colegas de profissão. Por fim, o crescimento da autoestima e da capacidade de resiliência também serão atingidos.

É importante lembrar de que reclamar dos acasos que acontecem diariamente vai gerar uma onda muito maior de episódios infortúnios no caminho. “Quando você escolhe focar no ruim, não consegue prestar atenção nas situações boas que lhe rodeiam. Caso você esteja em um emprego que não te agrada, em vez de ir atrás do que lhe é satisfatório, prefere permanecer no mesmo local.  

Essa atitude resulta em uma falta de movimento para as mudanças boas chegarem. Sendo assim, o primeiro passo para abraçar a positividade é tirar as reclamações da mente”, diz Marques.


Psicóloga dá dicas para educar as crianças sem sexismos



O conceito de igualdade de gêneros é um tema de extrema relevância a ser discutido em sociedade. A busca pela equivalência entre homens e mulheres leva milhares de pessoas a lutarem por direitos e deveres iguais. Um tema tão importante assim deve ser levado em consideração na educação das crianças, permitindo que elas possam crescer sem a interferência ou limitações de estereótipos. A psicóloga do São Cristóvão Saúde, Aline Melo, dá dicas aos pais de como educar os pequenos sem preconceitos. “O mais importante na criação dos filhos mediante este aspecto de igualdade é não fazer diferença entre os gêneros quanto a educação e orientações. É preciso incentivar a independência e autonomia da criança independente do gênero e, principalmente, a possibilidade de que ela tome decisões ponderando sobre as consequências das mesmas sobre si e sobre os outros. Assim, o anseio por autonomia e evolução se transforma em uma regra geral, não direcionada apenas para um ou outro sexo específico”.
O senso de independência da criança deve ser estimulado desde cedo. “Os pais devem mostrar a importância de refletir sobre decisões, pensando em suas consequências, bem como trabalhar a autonomia para ajudar a criar um senso de autocuidado e responsabilidade, o que auxilia até a serem adultos mais seguros no futuro. E este aspecto pode ser incentivado em situações simples, como: no cuidado, preservação e organização de seus brinquedos; e nas tarefas ao qual a criança pode ser inserida visando a perceber a importância de sua contribuição para a família e para si”, explica a especialista.  Um bom jeito de auxiliar no desenvolvimento desta característica é o ato de brincar. “É importante que os pais se apropriem deste momento de descontração com a criança para que elas trabalhem suas fantasias e reflitam sobre seus comportamentos por meio do brincar. Uma criança que não brinca é uma criança triste, o brincar está totalmente atrelado a um melhor desenvolvimento emocional dos pequenos”, assegura Aline.
As brincadeiras das crianças promovem interação e incentivam a criatividade e sociabilidade. Segundo a psicóloga, não devemos limitar suas ações como “coisa de meninas” ou “coisa de meninos”, podendo, sim, meninas brincarem de carrinho, assim como os meninos de boneca. “A criança não nasce com preconceitos ou ideias formadas, isso ela adquire no contato com o outro, na convivência em sociedade. Um menino que é estimulado a nunca chorar, pois isso é ‘coisa de menina’, vai se apropriar de tal aspecto, imaginando uma maior fragilidade feminina. No entanto, também vai sofrer com isso, porque tem sentimentos e medos e precisa se expressar. O preconceito é prejudicial para ambos os sexos”, alerta a profissional.
É muito importante para a criança que ela se sinta amada e reconhecida pelo olhar de seus responsáveis, colaborando para criarem a própria percepção de si, já que a autoestima nada mais é do que o conjunto de crenças que formamos sobre nós. “Atualmente, também precisamos levar em consideração que vivemos em uma sociedade que exige um padrão de beleza especifico e isso acaba envolvendo até mesmo as crianças. Esse é mais um forte motivo para trabalhar a autoconfiança desde cedo, para que as crianças não sucumbam a essas cobranças e aceitem-se como são”, recomenda.
O maior ensinamento que os pais devem transmitir é o respeito e isso é feito por meio de exemplo. “Se um menino cresce vivendo com um pai que desempenha uma postura machista e desrespeitosa para com a mãe, experienciando situações de limitações e imposições constantes para com ela, o menino crescerá com este padrão de percepção, já que os pais são os grandes modelos inspiradores das crianças. Por isso, é preciso pontuar sobre as potencialidades femininas, bem como as masculinas. E, principalmente, mostrar que devemos respeitar não somente as mulheres, mas todos os seres”, aconselha a psicóloga. “Quanto mais discutirmos com nossos filhos essas desigualdades pré-estabelecidas pela sociedade, não somente relacionada à diferença de sexo, mas a qualquer tipo de preconceito, criaremos adultos mais conscientes e orientados a lidar com o outro de maneira humana e ética”, finaliza.

Exemplos práticos:

- Minha filha quer jogar futebol, mas os amigos não deixam. Como agir?
A não aceitação dos amigos provem de uma influência da sociedade, pais e até mesmo das mídias sociais (quantas vezes vemos jogos de futebol feminino gerando tanta repercussão e telespectadores como os jogos masculinos?). Esse é um ponto que deve ser trabalhado amplamente. É importante sinalizar para a menina que situações como esta podem ocorrer por inúmeros fatores, mas que isso não deve faze-la desanimar ou se restringir, apresentando a possibilidade de que ela mostre aos amigos suas capacidades também. Caso seja possível, trabalhar também com os responsáveis desses amigos, visando a estimular tal reflexão.

- Meu filho quis passar batom. Como devo agir?
A princípio, devemos compreender que as crianças são curiosas e que tudo que é novo e atrativo chama a atenção e dá vontade de experimentar e conhecer. Mediante tal ponto, o importante é abordar o assunto com naturalidade e tranquilidade. Muitas vezes, quando tal situação ocorre gera nos pais um medo muito grande de que tal atitude interfira na orientação sexual da criança, porém ninguém se transforma homossexual somente pelo desejo de usar um batom. Isso é importante ficar claro para que se consiga lidar com essa situação sem maiores problemas ou definições do tipo "batom é coisa de mulher", uma boa saída é pontuar que maquiagens em geral pertencem ao mundo adulto, explicando para a criança que ele ou ela terá o momento certo de conhecer mais sobre tal aspecto caso mantenha seu interesse.

- Como explicar para a criança que rosa não é cor de menina e azul não é cor de menino?
Esse é um problema muito comum. Muitas vezes, os pais estão esclarecidos de tais aspectos, mas esbarram nos estereótipos criados por escolas ou até mesmo por outros familiares com os quais a criança convive. É importante levantar essa questão com a escola e trabalhar a reflexão, até mesmo para estendê-la aos outros alunos e pais. 



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